A sociologia e o senso comum.émile durkheim.

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ÉMILE DURKHEIM (1858-1917) Sociologia – 1º ano Prof. José Amaral

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ÉMILE DURKHEIM(1858-1917)

Sociologia – 1º anoProf. José Amaral

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Breves apontamentos sobre a vida e a obra

Presenciou a Comuna de Paris (1871). A intelectualidade do período acreditava que vivia-se um período de desordem social, moral e política;

Influenciado pelo Positivismo de Augusto Comte (1798-1857), acreditava no progresso das sociedades;

Criador do primeiro curso universitário de Sociologia (1895);

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Principais obras

Da Divisão do Trabalho Social (1893); As Regras do Método Sociológico (1895); O Suicídio (1897); As Formas Elementares da Vida Religiosa

(1912).

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A sociedade moderna

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As formas de solidariedade

Em sociedades tradicionais, com baixa divisão do trabalho, os indivíduos compartilhavam as mesmas experiências e crenças – solidariedade mecânica;

Com o avanço da industrialização e da urbanização, a divisão crescente do trabalho abalou essa forma de solidariedade;

No mundo moderno, as pessoas estão vinculadas pela interdependência econômica, isto é, porque cada pessoa precisa dos bens e serviços que outras podem suprir – solidariedade orgânica.

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Há uma crise moral na sociedade?

As relações de interdependência econômica substituíram as crenças comuns ao criarem consenso social.

Eis por que temos a impressão de vivermos uma crise moral. Na sociedade moderna, os indivíduos não são obrigados a compartilhar os mesmos pensamentos.

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Anomia

Consiste na sensação de falta de objetivos, provocada pela vida social moderna;

Os controles e padrões morais tradicionais (principalmente religiosos) foram derrubados e isso produz a sensação de que as vidas cotidianas carecem de significado.

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O método sociológico de Durkheim

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O holismo

Holismo consiste numa concepção metodológica que utiliza coletividades como variáveis explicativas;

Para Durkheim, a sociedade apresenta primazia sobre os indivíduos;

A sociedade não equivale ao mero somatório de suas partes;

A sociedade é composta de uma consciência coletiva, cuja existência é sui generis e que se impõe aos indivíduos;

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O estudo do suicídio (1897)

Para o senso comum, o suicídio é tido como uma atitude completamente pessoal;

Durkheim mostrou que está submetido a influências coletivas: Egoísta: quando as instituições dão muita margem de

liberdade ao indivíduo (protestantes cometem mais suicídios do que os católicos, p. ex.);

Altruísta: quando o indivíduo considera a coletividade mais importante do que sua própria vida (os camicases, os homens-bomba etc., que sacrificam a própria vida em prol de uma causa);

Anômico: quando há uma crise social (em crises econômicas, revoluções políticas etc., a taxa de suicídios aumenta).

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O método sociológico

Em As Regras do Método Sociológico, Durkheim especificou as etapas que o sociólogo deveria seguir na elaboração do conhecimento científico;

Em outras palavras, Durkheim forneceu orientações para identificarmos os fenômenos sociais;

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Os objetos de estudo da sociologia

Para observarmos os objetos de estudo da sociologia, devemos verificar maneiras de agir, sentir e pensar que apresentam as seguintes características: Generalidade: que são praticadas por um grande

número de indivíduos; Exterioridade: cuja existência ultrapasse a vontade do

indivíduo, isto é, mesmo que ele não queira agir, sentir ou pensar de uma determinada maneira, a ação, sentimento ou pensamento continuará existindo;

Coercitividade (obrigatoriedade): se não for praticada pelo indivíduo, este sofrerá sanções ou penalidades (vergonha, marginalização, punição legal...)

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Os Fatos Sociais

Durkheim denominou como FATOS SOCIAIS os objetos de estudo da sociologia: Maneiras de agir, sentir e pensar que são

externas, gerais e coercitivas aos indivíduos.

Exemplos: Leis; Educação; Linguagem; Instituições de maneira geral.

Segundo Durkheim, devemos “tratar os fatos sociais como coisas”, isto

é, sem levar em consideração as nossas

opiniões pessoais.

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Referência bibliográfica

GIDDENS, A. Sociologia. 4ª Ed. São Paulo: Artmed, 2005.