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© 2010, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Originalmente publicado em inglês com o título:Superman Syndrome – Chad MitchellOriginal English Copyright © 2009 by Evergreen PressThis Translation Edition is published by arrangement with Evergreen Press, Mobile, Alabama.All Rights Reserved

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesAdaptação Capa: GuilDiagramação: Cora FigueiredoTradução: Ariana Fátima C. BaptistaRevisão de Texto: Christiano Titoneli Santana

ISBN: 978-85-61411-32-91ª edição – Abril/2010Impressão: Imprensa da FéClassificação: Liderança/ Moral Cristã e Teologia Devocional

Impresso no Brasil


A todos os pastores e líderes de igreja que são corajosos e desejosos o suficiente para tirarem suas próprias capas, máscaras e escudos de proteção e assim, se

tornam mais vulneráveis que todos ao andarem lado a lado com os rejeitados, falidos e esquecidos...

Aos que são vítimas da injustiça e àqueles cujas vidas estão sempre sendo mudadas

pelas consequências da violência...

Àqueles que ouvem as notícias e conhecem todas as trágicas histórias muito bem e, por causa disso, escolheram estar envolvidos ativamente em suas igrejas

e comunidades a fim de dividir o amor de Cristo com toda a humanidade...

Àqueles cujas histórias têm sido mescladas com as nossas conforme nos esforçamos para viver o chamado de Deus,

nós somos honrados e abençoados por estarmos ao lado de vocês na luta contra a injustiça.

Nós dedicamos este livro a todos vocês.

A Deus, por ser glorioso em tudo que o realiza!


Sumário

1. Servos ou superestrelas? 1

2. Deixe seu ego de lado! 7

3. Conhecê-los é amá-los 29

4. Precisa-se: Equipe Demolidora 43

5. Perdendo nossa religião 57

6. Qual é a diferença? 81

7. Ai! Eu pensei que isso não doía! 95

8. Montanha-Russa! Montanha-Russa! 126

9. Correndo atrás do “Felizes para Sempre” 153


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Agradecimentos

Em primeiro lugar e, principalmente, eu quero agradecer ao meu Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Sem Ele, eu sou um insig-nificante e um eterno sem esperança.

Agradeço insuficientemente à minha linda esposa, Ashley. Sem o seu amor incondicional, paciência surpreendente, perdão ilimitado e apoio infinito, este projeto nunca teria chegado ao fim e nem eu teria a felicidade que tenho hoje.

Agradecimentos especiais também vão para:Minha pequena princesa, Alexis. Você trouxe alegria à mi-

nha vida que eu ainda não havia experimentado. Você a cada dia me ensina mais sobre o amor de Cristo pela humanidade, mais do que qualquer compêndio, palestra ou pastor poderiam me ensinar.

Meus pais maravilhosos, Jeff e Katta Mitchell. Vocês sempre estão ao meu lado em minhas lutas, triunfos e derrotas. Sem o apoio e amor incondicional de vocês, de maneira alguma eu se-ria a pessoa que hoje sou.

Sheri Bennett. Sem o seu trabalho incansável, devoção in-descritível e paixão incomum, de jeito nenhum este livro teria existido.

Justin Leifeste. Sua arte e paixão em adorar a Jesus através da arte são de tirar o fôlego. Obrigado por adicionar criatividade e exclusividade em “A síndrome do Super-homem” através de suas ilustrações.

Meus veteranos na Missão Abilene. Vocês são incríveis! O apoio e a confiança em crer na voz de Deus libertaram-me para seguir o coração do Pai sem obstáculos.

Minha equipe. A dedicação, lealdade e paixão de vocês por Jesus e pela humanidade inspiram-me a ser não somente um lí-der, mas também um cristão melhor.


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Aos membros da Missão Abilene. Vocês são os melhores! É uma honra liderar uma comunidade de pessoas tão apoiadoras, enérgicas e amáveis como vocês.

Pastor Trace Michaels, Bispo Rob Nichols, Dr. Kelvin Kelley e Dr. Tom Copeland. As incontáveis horas de diálogo, o amor e o apoio incondicionais e a integridade genuína que cada um de vocês tem mostrado a mim através dos anos deixaram-me sem palavras. Sem o direcionamento de vocês, conselhos e paciên-cia para me ouvir, minha jornada no ministério já estaria auto-destruída há anos.

A equipe RevPress – Brian, Jeff e Kathy. Sem seu trabalho intenso e apoio inacreditável, A síndrome do Super-homem ainda seria somente um sonho pessoal.

E finalmente, a todos os meus amigos. Obrigado por estarem lá e caminharem comigo em meio às lutas; por celebrarem mi-nhas horas de sucesso e estarem ao meu lado em minhas der-rotas. Sem cada um de vocês, minha vida seria consumida pela solidão e pela falta de zelo.

Vivam com amor, Chad Mitchell.

Como Chad, minha gratidão maior pertence a Ti, Jesus, o amor e remédio da minha alma. Como Paulo disse, Tu verdadei-ramente estás acima de todas as coisas e em Ti todas as coisas ca-minham juntas – incluindo toda palavra que nós já escrevemos.

Chad, eu nem consigo expressar o quanto significa receber a honra de fazer parte desta aventura, e que aventura! Você promo-ve e impulsiona; inspira e encoraja e nunca deixa de falar a ver-dade por amor a mim. Você tem me ensinado e exemplificado a tremenda força através da graça. Você ainda é a única pessoa que eu conheço que é tão teimosa quanto eu! Eu não consigo agra-decê-lo o suficiente por deixar Deus usar você para me alcançar.


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Tom e Lori Copeland, vocês têm me dado mais do que a gra-ça, o amor e a paciência que eu mereço. Tom, você me trouxe de volta a coragem para viver e sonhar através de seus sábios con-selhos. Minha jornada de volta para a vida começou com você. Lori, você inspirou a paixão e o propósito em mim para seguir um ministério chamado HOPE. Juntos, vocês têm me mostrado que existe uma verdadeira beleza na graça. Obrigado por enco-rajarem-me e nunca desistirem de mim.

Missão Abilene, vocês verdadeiramente se tornaram minha família em todos os sentidos – e que família animada e maravi-lhosamente diferente vocês são! Eu amo vocês. Vocês me dão prazer, paz e a sensação de sempre fazer parte entre vocês – sem falar em algumas histórias impressionantes! Eu sou muito aben-çoado e agraciado por lhes chamar de meus irmãos e irmãs em Cristo.

E finalmente, minhas lindas, lindas crianças – Brittany, Mi-key e Kaci, Andy, Elias e Zachary – vocês são minha vida e meu legado. Obrigado por me amarem dentre os esforços, desenten-dimentos e separações. Obrigado pela paciência e perdão e pela oportunidade para crescer e mudar. Eu oro para que possam ver e conhecer em mim a graça de Deus que eu vivo e compartilho hoje.

Sejam abençoados!Sheri Bennett.


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Prefácio

Verdade. Palavra grandiosa. Nós estamos vivendo e minis-trando em um mundo que acredita que não há coisa maior do que a verdade absoluta. Estes pensamentos permeiam através de nossa cultura e, infelizmente, em nossas igrejas. Recentemente, eu estava estudando o livro de Rute e ele me fez pensar no cená-rio daquela história: “No dia em que julgavam os juízes” (Rute 1:1). Conforme eu imaginava o que aquela palavra poderia pa-recer, as palavras finais do livro de Juízes percorreram minha cabeça: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” ( Juízes 21:25). Eu pensei: “Nossa, que tempo horrível para se viver!” E então, eu percebi que estávamos vivendo hoje no mesmo tempo daqueles dias. Todos fazem aqui-lo que é certo a seus próprios olhos! A verdade hoje tem uma enorme diferença de significado. Muitos daqueles que estamos ministrando para duvidarem da verdade absoluta. A realidade é que eles acreditam que a sua verdade é a verdade absoluta, seja lá o que eles pensem, sintam ou acreditem no que seja verdade para eles, incluindo a Bíblia.

E o pior é que existem pastores que estão inocentemente co-meçando a se curvarem para essa verdade em seus ministérios devido à falta de foco no Rei dos reis, apoiando-se em itens peri-féricos que não fazem a mínima diferença para o Reino. Nós so-mos direcionados a olhar em todo lugar e a fazer com que aqui-lo que acreditamos traga as pessoas para Cristo. A questão é: o que estamos sacrificando por esta vida? Nós estamos fazendo de tudo: grandes templos com iluminações brilhantes, músicas agitadas e campanhas astutas. Não há nada de errado com estas coisas, exceto quando estas outras coisas estão tomando o lugar da oração, do estudo e da verdade bíblica dominical.


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Nós estamos tão ocupados saindo com pressa de nossas igre-jas que estamos esquecendo da Verdade? Nós somos contempla-tivos o bastante ou estamos muito ocupados? Nós balançamos nossa cabeça em sinal de negação quando pensamos nas coisas desta cultura que começam a se tornar verdade, tudo isto, en-quanto permitimos que estas coisas penetrem e tomem o con-trole de nossas igrejas.

Nós estamos contribuindo para o relativismo pútrido de nos-sos tempos! É por isso que o livro que você tem em suas mãos é tão reanimador! Ele não é nada mais que a verdade. Conforme o leio, eu encontro o essencial de mim mesmo muitas vezes. Eu precisava ouvir algumas das coisas que Chad escreve, uma vez que eu com frequência penso que sou um super-homem moder-no da igreja. Eu tive que rever muitas coisas em mim durante a leitura destas páginas. E você quer saber? Isso foi ótimo! Eu sou afortunado por ter muitos amigos que são pastores, evangelistas, educadores e missionários. Eu amo a todos com muito carinho, mas estremeço só em pensar quantos de nós varrem as coisas para debaixo do tapete, escondendo a verdade.

Chad Mitchell expôs seu coração para o Senhor e para as pes-soas de um jeito muito forte. Nós pensamos que podemos fazer tudo. Nós queremos fazer tudo. Nós queremos fazer a diferença para Jesus, mas às vezes, nós estamos tão ocupados, tentando fazer de tudo que perdemos o foco na única coisa que realmente importa – Jesus e Seu amor. O que nós estamos tentando fazer? Construir nosso reino ou o dele? Meu amigo expôs a si mesmo e a seu ministério de formas inacreditáveis nas páginas que se seguem e eu oro para que você leia-as como eu li – como uma prece, pedindo ao Senhor para lhe mostrar maneiras de levar seu ministério de volta para a verdade, não a sua verdade, mas a encontrada nas Escrituras e na Cruz. Nós fazemos tudo que este livro fala. A questão é: nós estamos abertos para mudar ou


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continuaremos tentando ser super-homens? Obrigado, Chad, por compartilhar a verdade e o amor. Obrigado por rasgar a falsa aparência que cerca muitos de nós. Obrigado por nos lembrar a Verdade real e por nos ajudar a olhar para dentro de nossas vidas e de nossos ministérios.

Não largue este livro até que você tenha colocado tudo em prática no seu ministério. Estas palavras devem começar uma re-volução em função do Único que deu a Sua vida por nós. Vamos permitir que estas palavras mudem o foco de nós mesmos de volta para o Alfa e Ômega. Eu oro para que você seja abençoado por estas páginas que, com certeza, transformarão vidas.

Trace Michaels, Pastor,Igreja Ponto Sul, Abilene, Texas.


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Introdução

Em primeiro lugar, minha intenção é inspirar e desafiar com-panheiros cristãos líderes a ousarem ser os líderes que Deus nos chamou para ser, desenvolvendo um estilo e identidade de mi-nistério que alcança as necessidades exclusivas daqueles entre nossas esferas individuais de influência. É minha oração que este livro reacenda cada paixão e desejo de líder de buscar o verda-deiro coração de Cristo, assim como eles, por sua vez, desafiem os outros a fazerem o mesmo.

Em segundo lugar, este livro expõe a maioria das concepções errôneas comuns aos membros da igreja que pensam que é a res-ponsabilidade única dos líderes ou dos pastores anunciarem o evangelho. Sem levar em consideração se queremos admitir ou não, Deus leva cada um de nós em lugar da liderança no preci-so momento em que nós escolhemos aceitar Jesus Cristo como nosso Salvador. Em Romanos 10:14-15, Paulo explica:

“Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anun-ciam coisas boas!”

Em toda Sua infinita sabedoria, Deus poderia ter seleciona-do qualquer veículo possível para partilhar a mensagem de Seu Evangelho, mas Ele não quis. Ele escolheu a espécie humana para ser Sua porta-voz - para dividir nossa própria experiência de salvação com outros que não O conhecem. Uma vez que nós tenhamos tido um encontro com o Cristo da Cruz e acredita-mos no milagre e vitória de Sua ressurreição, nós somos escolhi-dos para compartilhar a história da redenção com os outros. Ele


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nos salvou e, em retorno, nós somos chamados a dizer isso aos outros. Mas Ele não nos deu, repentinamente, poderes super- -humanos para salvarmos a nós mesmos. Este não é o nosso tra-balho. Ele nos chamou para usarmos nossas habilidades únicas e nossas fraquezas também – para oferecer a graça que recebemos livremente. Nós falamos; Ele salva. Você sabe, nós não escolhe-mos uma carreira: Ele nos escolheu para sermos Suas mãos, Seus pés e Sua voz”. Nesta ordem: Ele nos chama, nós atendemos e obedecemos.


Capítulo 1

Servos ou Superestrelas?

Além da Ambição para a Servidão

Quando menino, eu praticamente o idolatrava. Quem não o idolatrava? Quem não queria ser o super-ho-mem? Ele é um ícone cultural ameri-cano, que fascina estudantes e críticos da mesma forma que estes exploram o impacto das características indivi-duais e da sociedade como um todo. Quando eu era criança, meus sábados

de manhã eram de muita leitura - você já conseguiu captar! Bem no meu quarto na frente da televisão, estava minha vida e meus sonhos de glória através de gibis e mais gibis de desenhos ani-mados. O super-homem era um dos meus favoritos.

Num memorável sábado, eu tive uma epifania – eu decidi que poderia ser o super-homem! Eu corri pra o meu quarto e vesti minha capa de super-homem, a qual eu estava certo de que pos-suía super poderes. Eu subi ao ponto mais alto de nosso sofá da sala, pronto para fazer minha estreia. Eu ia voar como o super--homem! Com os joelhos tremendo de medo, eu confiei em meus

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A Síndrome do Super-Homem

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poderes e pulei heroicamente. Acima e avante! (Tudo bem, eu sei que a inteligência não foi o meu forte naquele momento!)

No ar, eu percebi que minha capa de super-homem não era tão consistente para gravidade e, num piscar de olhos, eu estava indo de cara no chão, numa terrível dor. O desenho animado ecoou no fundo: “É um pássaro, um avião!? Não! É o SUPER--HOMEM!” E, tragicamente, eu percebi que eu não era ele! Horas mais tarde, quando eu finalmente admiti aos meus pais o quanto eu estava machucado, nós descobrimos que eu estava com uma clavícula quebrada. Eu aprendi uma dura lição naquele dia: só existe um super-homem, e não sou eu! Eu simplesmente tinha que ser quem eu era, e não uma outra pessoa.

Infelizmente, esta é a mesma realidade para muitos líderes de igreja. Nós lemos, observamos e pesquisamos o que está abas-tecendo outros líderes e suas igrejas – as razões pelas quais eles estão crescendo. Então, nós tentamos produzir em massa a fór-mula que funciona para eles. Nós nos tornamos clones de plás-tico genéricos das convicções e aspirações de um outro alguém. Levou-me um tempo, mas eu finalmente percebi que só existe um Billy Graham e eu não sou ele. Só existe um Martin Luther King Jr. e, é óbvio, que eu não sou ele também. Eu sou e somente posso ser o Chad Mitchell, mas eu não estava sendo o Chad Mi-tchell que Cristo me criou para ser.

Por favor, não me entenda mal; eu acredito de todo coração que todo cristão deve ter pessoas como exemplo para inspirar e encorajar a todos a serem “nuvem de testemunha”, conforme falado em Hebreus, mas se tudo o que eu faço é copiar a outra pessoa ou ideia, eu me torno uma pessoa sem finalidade – vazio e queimado como o resultado de não buscar meus próprios ta-lentos. Eu não posso fazer o trabalho de outra pessoa, eu só pos-so fazer aquilo que Deus tem exclusivamente me chamado para fazer. Não importa de qual função nós nos encarreguemos no


Servidores ou Superestrelas?

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ministério, nós todos fomos criados e designados para um pro-pósito especial – um propósito que ninguém mais pode repre-sentar. Ninguém é menos ou melhor do que ninguém, porque tal coisa nos leva a realizar o plano de Deus. Por nada menos do que a inspiração do Espírito Santo, Paulo explica o plano de Deus em termos práticos, sob os quais nós podemos relatar:

Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só mem-bro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas num só corpo. Não podem os olhos dizer à mão: “não precisamos de ti”. Nem ainda a cabeça aos pés: “não preciso de vós” (1 Co. 12:18).

No verso acima, Paulo vividamente confirma que cada um de nós tem um papel exclusivo na maior história já escrita: a reden-ção dos homens pelo sacrifício de Jesus Cristo. Como pastores, líderes ou mesmo leigos, nós construímos a Igreja, Corpo de Cristo. Um pastor sozinho não é a igreja inteira. Assim como os olhos não podem fazer o trabalho das mãos, eu não posso fazer o trabalho do Chan. Deus o levou a Simi Valey, Califórnia, para ministrar e servir de maneiras diferentes que não posso servir em Abilene, Texas. Eu respeito e admiro seu ministério e doação. Eu posso obter discernimento no ministério através de minha aprendizagem com ele, mas eu não posso ser ele. Minha igreja não pode e não deve ser a igreja dele. O propósito de Deus para mim em minha igreja é exclusivamente para mim, e se eu tentar ser o Chan ou o Graham ou o Osteen, eu cairei ao chão quebran-do-me assim como eu o fiz quando tentei ser o super-homem.

Eu tenho estudado sobre o crescimento espiritual individu-almente e dentro da igreja ao longo dos anos e, uma verdade muito evidente e aparente é provada continuamente. As igre-



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jas crescem e prosperam simplesmente porque Deus está vivo e presente agindo nas vidas dos líderes e do corpo da igreja. Os métodos e fórmulas só funcionam quando nós deixamos Deus nos usar como líderes e pastores para encontrarmos as neces-sidades específicas e os objetivos dentro de nossos ministérios individuais. Nós fomos exclusivamente criados, cada um de nós, designados para um propósito especial.

Quando eu me tornei um pastor, eu lia tudo o que poderia es-tar relacionado ao crescimento da igreja: as novas tendências de adoração, os métodos falhos de doação, assim como tudo o que se sucede das histórias de pastores superestrelas de megaigrejas. Não seria muito mais fácil se existisse um método garantido que fizesse nossas igrejas crescerem? Nós todos não queremos que nossas igrejas cresçam como cresceu a Igreja de Lakewood do pastor Joel Osteen em Houston? Queremos ou não queremos? Ao longo do tempo, eu finalmente percebi que não há uma re-ceita de crescimento somente individual que funcione em todos os casos e culturas. Eu fiquei consumido tão rapidamente por seguir o modelo de outros pastores e igrejas, que comecei a me transformar em alguém que não era verdadeiro – uma imitação barata de quem Deus queria que eu fosse. Eu tive que cair na real de que a linha de montagem de produção em massa tinha que cessar e que Deus criou-me com habilidades únicas para impac-tar a minha esfera de influências. Eu finalmente percebi que para eu ser o homem e pastor que Deus queria que eu fosse eu teria que esvaziar de mim mesmo de todas estas noções de super-he-róis e ideias de megaigrejas, para que o Espírito Santo pudesse agir em mim e através de mim, realizando o propósito único que Deus tem para mim.

Com que frequência nós olhamos para o sucesso e fama de um outro alguém e nos tornamos menos satisfeitos com os nos-sos próprios ministérios? Se eu esquecer mesmo que por uma



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estação do ano que minha igreja é o Corpo de Cristo e não o corpo do Chad ou o de um pastor indiferente (que eu li sobre muito recentemente), eu cairei na “Síndrome do Super-homem”, tentando ministrar do meu jeito, não no do Senhor. Você já se encontrou nesta situação? Nós queremos ser tão eficazes no mi-nistério que ficamos cheios de ideias e visões – nossas próprias, assim como os últimos maiores líderes da igreja – que acabamos perdendo de vista que somos os servos dele e não superestrelas. Tudo que fizermos deve apontar para Ele e somente Ele. Muitos de nós lembramos um dos competidores da sexta edição do pro-grama de calouros “American Idol”*, Chris Sligh. Ele arriscou sua fama e fortuna no programa para realizar o propósito ex-clusivo de Deus, e apesar de ter ficado em décimo lugar naquela temporada, ele compartilhou a mensagem da graça e da salvação através de suas performances. Enquanto estava em turnê com o “American Idol”, ele escreveu a canção, “Empty Me” [Esvazia--me] que exemplifica a necessidade de se desfazer das ambi-ções e bobagens das quais nós, geralmente, escondemos como ministros.

Deus nos chamou para compartilhar o evangelho de Cris-to, não o evangelho do tirar vantagens. Todos os bons planos e visões arrogantes dos pastores e outras igrejas não farão minha igreja, Missão Abilene, como a Igreja de Lakewood, nem eu de-veria querer isso para minha igreja. Meu chamado é para estar bem onde estou, partilhando o amor e a graça de Jesus Cristo pelo exercício dos meus talentos dados por Deus. O passo a pas-so no planejamento do ministério de ninguém pode embelezar o que Deus me chamou a fazer. Ele me deu somente um mode-lo para seguir que realmente não tem nada a ver com o estilo de adoração, o tamanho da construção da igreja ou as roupas que usamos. Só existe um único caminho para ser cristão: ser como Jesus Cristo e viver em Seu nome. Eu não preciso de uma

* Programa de TV americano que busca novos talentos da música. No Brasil, a versão nacional recebeu o nome de “Ídolos”



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fórmula secreta ou de poderes super-humanos; eu só tenho que viver e amar como Ele viveu e amou – viver uma vida extraordi-nária.

Conforme cada um de nós começa a contemplar o inimitá-vel propósito que Deus tem para nós mesmos como indivíduos e líderes, eu oro para que, em primeiro lugar, nós deixemos de lado todas as nossas ambições. Vamos nos libertar daquilo que nós queremos e deixar o Espírito preencher-nos com o desejo e a determinação que realiza Seu plano. Conforme eu partilho mi-nhas histórias e percepções, nosso objetivo não é que você copie meu estilo de ministério ou que eu coloque à vista instruções explícitas passo a passo, para que você siga a receita, mas sim para você utilizar minhas experiências a fim de descobrir como fazer sua vida e ministério florescerem de acordo com o divino desígnio do Senhor. Conforme lideramos e guiamos nossas igre-jas, nossas famílias e comunidades, eu espero que cada um de nós possa orar diariamente as mesmas palavras que Chris Sligh orou e cantou em seus quinze minutos de fama. Não é engraçado que embora ele tenha perdido e não tenha realizado seu próprio sonho como um ídolo americano, ele ainda venceu no propósi-to e plano de Deus? O eco de seu coração e seu ministério ain-da tocam a verdade. Dividindo meu coração com vocês, minha oração é para que eu permita que Deus faça o mesmo comigo: “Deus, por favor, esvazia-me”.



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Questões para Estudo

1. Quem foram seus ídolos de infância?

2. Descreva um momento de sua vida em que você viu o sucesso e fama de alguém e se tornou menos feliz com seu próprio mi-nistério.

3. Quê passos você está dando com o seu próprio ministério para levar as pessoas a Cristo ao invés de ao seu próprio ministério?

4. De quê maneiras você está libertando-se para que você queira e deixe o Espírito lhe preencher com o desejo e determinação que realizam o plano dele?


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