A SEMANA

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>>> CÂMARA PAG 4 COLLOR E VILELA: U MA “BRIGA” QUE ANTECIPA PROCESSO ELEITORAL DE 2014 Maceió, segunda-feira, 04 a 10 de março de 2013 l Ano III l Nº 138 l R$ 1,00 l WWW.ASEMANA-AL.COM.BR Zirlane Flores ajuda o leitor com dicas para uma boa viagem para Porto, em Portu- gal PAG 16 PAG 11 Toquinho e João Bosco relembram clássicos da Música Popular Brasileira nos palcos alagoanos. O show encanta gerações e vem sendo aplaudido pela crítica e pelos fãs, por onde a dupla passa. Ao trocarem farpas pela imprensa, o senador Fernando Collor de Mello e governador Teotonio Vilela transformam jornais em “um ringue” que traz para o público o que será a disputa pela cadeira do Senado VEREA DORES INCIAM DISCUSSÕES SOBRE ORÇAM ENTO E DUODÉCIMO NESTA SEMANA PAG 6 x x

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N° 138 - 04 de março de 2013

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Page 1: A SEMANA

>>> CÂMARA

PAG 4

COLLOR E VILELA: UMA “BRIGA” QUEANTECIPA PROCESSO ELEITORAL DE 2014

Maceió, segunda-feira, 04 a 10 de março de 2013 l Ano III l Nº 138 l R$ 1,00 l WWW.ASEMANA-AL.COM.BR

Zirlane Flores ajudao leitor com dicas

para uma boa viagempara Porto, em Portu-gal PAG 16

PAG 11

Toquinho e João Bosco relembram clássicos daMúsica Popular Brasileiranos palcos alagoanos. Oshow encanta gerações e

vem sendo aplaudido pelacrítica e pelos fãs, por onde adupla passa.

Ao trocarem farpas pela imprensa, o senador Fernando Collor de Mello e governador Teotonio Vilela transformam jornais em “um ringue” que traz para o público o que será a disputa pela cadeira do Senado

VEREADORES INCIAM DISCUSSÕES SOBREORÇAMENTO E DUODÉCIMO NESTA SEMANA

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Presidente do Senado lamenta situação dramática vivida pelo ser-tanejo alagoano

Diversos senadores se ressentiam da escassez de debates sobreos grandes temas nacionais. Ocorre que o regimento interno limita otempo do uso da palavra e dificulta o debate. É certo que esses dis-positivos limitadores do tempo democratizam o uso da palavra. Maso Regimento não contempla momentos em que é necessário umtempo maior para se instalar o debate.

Desde o Império, o Senado tem por vocação aglutinar e aprofun-dar temas relevantes de interesse nacional, especialmente em virtudeda natureza de sua composição representativa. Para resolver o proble-ma, a atual Mesa Diretora apresentou o projeto que "institui assessões de debates temáticos no Senado Federal”. Isso significa que oSenado retomará a discussão dos grandes temas da agenda nacional.

Outra importante iniciativa da atual direção do Senado Federal éagilizar o processo legislativo. Por este motivo vamos apressar a refor-ma do Regimento do Senado, que se encontra na Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania, dando assim prioridade ao temaassim que forem eleitos os presidentes das Comissões técnicas.

De outro lado irei procurar o presidente da Câmara dosDeputados, deputado Henrique Eduardo Alves, para anunciarmosuma comissão mista para propor o aperfeiçoamento do RegimentoComum do Congresso, que também é de 1970. Desta forma,traremos para o Século XXI os regimentos que norteiam os trabalhoslegislativos. A atual direção do Senado também apresentou uma pro-posta para que as agências reguladoras, através de seus Diretores,prestem contas anualmente de suas atividades, em reunião conjuntada comissão específica incumbida de sabatinar seus dirigentes com ascomissões de Constituição e Justiça e Assuntos Econômicos.

Dois temas fundamentais para o País também receberam trata-mento prioritário. Após um acordo entre os líderes, pautamos para odia 19 de março a votação dos critérios de divisão do Fundo deParticipação dos Estados e também a regulamentação do inciso XVdo artigo 52 da Constituição que define ser atribuição do Senadoavaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema TributárioNacional.

Outra iniciativa de atual direção do Senado Federal diz respeito àdemocratização da agenda legislativa. Vamos partir de uma amplareunião da Mesa Diretora com os novos presidentes das comissõestemáticas, após serem eleitos. Vamos levantar as matérias em trami-tação e definir uma agenda legislativa para o primeiro e segundosemestres. Em apenas duas semanas de trabalhos efetivos, o Senadojá vem respondendo os anseios por um parlamento mais enxuto, aus-tero e eficaz. Depois de cortamos despesas em R$ 262 milhões,vamos agora trabalhar para que o Congresso seja uma instituição ágile consiga responder os desejos da sociedade de maneira mais rápidae eficiente.

Os artigos assinados são de inteira responsa bilidade de seus autores, não refletindo neces sariamente a opinião

deste semanário.

Rua Dr. Antônio Pedro de Mendonça, 73Jaraguá - Maceió / Alagoas - CEP: 57030-070

Redação e Comercial: (82) 3317-0213e-mail: [email protected]

luis VilaREDITOR-GERAL

MiGuel oliVeiRaDIRETOR-COMERCIAL

luCiano andResonDIAGRAMADOR

Alguém tem dúvida ainda que o proces-so eleitoral - que deveria ser iniciadoapenas em 2014 - já começou? Porisso que é tão difícil construir um país

sério e - por outro lado - tão urgente a reformaeleitoral que se arrasta no Congresso Nacional.Esta história de eleições de dois em dois anosprovoca o que está acontecendo no Brasil nesteinstante. De um lado as estratégias do PT emmassacrar a oposição. Do outro, a oposição ten-tando consolidar um candidato.

Se esta é a agenda das discussões que pau-tam a mídia, o que acaba acontecendo é aausência de espaço para temas mais impor-tantes e que merecem ser aprofundados pelobem do país. Longe das declarações ‘bombásti-cas’ e das trocas de farpas, estão questões vitaiscomo Economia, Saúde, Educação e SegurançaPública que - em função dos interesses eleitor-eiros - acabam sendo colocadas em segundoplano.

Em Alagoas, por fazer parte do país e por“respirar” mais política que os outros estados dafederação, a agenda não poderia ser diferente.O processo eleitoral alagoano já se iniciou e asmovimentações no tabuleiro do xadrez sãodiversas e - como sempre - eles possuem acerteza tão grande de que basta resolver entreeles, que se esquecem do povo. É com estecenário que assistimos as trocas de farpas entreo governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho(PSDB) e o senador Fernando Collor de Mello(PTB). O que os motiva? Eleições de 2014.Ambos são candidatos ao mesmo cargo: a únicacadeira do Senado Federal.

As motivações dos discursos fazem com queestes percam a consistência a cada fala proferi-da. Seja de um lado; seja do outro. Agora, foi avez de Teotonio Vilela Filho rebater o grupo decomunicação de Fernando Collor de Mello. Otucano enxerga ataques direto a ele em algumasmatérias.

Vilela lança um desafio ao senador FernandoCollor: “apresentar as obras e as ações que elefez quando governador do Estado e presidenteda República”. O tucano ainda complementa:

“eu só quero que ele mostre, do que fez emAlagoas, 10% do que eu já fiz. Só 10%. Apenas10%”.

Será que esta vai ser a pauta do debate até2014? Vilela acusa Collor de querer criar uma“intriga” entre o atual governo estadual e apresidenta Dilma Rousseff (PT). Tudo istoporque Teotonio Vilela Filho tem bom trânsitocom Dilma e com o ex-presidente Luis InácioLula da Silva. Por sinal, um tucano quase petistade tão amigo da “turma”.

“Fui surpreendido hoje com o jornal deCollor afirmando que eu comparei o Bolsa-família a esmolas. Não é verdade. Nunca fiz estacomparação. Ao contrário, eu tenho dito emminhas entrevistas e discursos que não há reti-rantes da seca exatamente porque existe oBolsa-Família. No governo de FernandoHenrique Cardoso (FHC), fui eu quem trouxepara Alagoas - para São José da Tapera - olançamento nacional do Bolsa-alimentação. OBolsa-família é hoje um programa aperfeiçoadodo Bolsa-alimentação e do bolsa-escola, ambosdefendidos por mim no Senado da República”,colocou Vilela.

Para Vilela, a suposta distorção de seu dis-curso tem endereço certo: levar tais palavras aoPalácio da República. “Collor, como já disse, ébom de gogó. Diferente dele, eu reconheço osméritos do meu adversário. O Bolsa-família temsido componente fundamental para o enfrenta-mento à miséria no Brasil. Ao contrário de ten-tar me intrigar com as famílias do Bolsa-famíliae com a presidenta Dilma, deveria era respondero meu desafio”, complementou o governador.

Eis uma briga que ainda deve render muitapauta. O problema é o que estes discursostrazem de novo para o alagoano além do nívelque cada vez desce um degrau. A agenda dasdiscussões políticas poderiam - e devem! - teroutro norte em Alagoas. Afinal, o Estado precisaencontrar soluções para diversos problemas,como a questão da segurança pública. Taissoluções não nascerão por mágica, nem pelogasto excessivo com saliva que não se traduzem trabalho: seja de um lado; seja do outro.

>>> EDITORIAL

>>> ARTIGO

O UFC DE COLLOR E VILELA

Dever de casaRENAN CALHEIROS / pResidente do senado fedeRal

04 a 10 de março de 2013

OPINIÃO2

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O prédio da Câmara Municipalde Maceió, que existe há quase60 anos, não possui a infraestru-tura necessária para comportaros 260 funcionários, os 21vereadores e pessoas quequeiram participar do legislativo.Por conta disso existe uma ne-cessidade urgente em construiruma nova sede para a instituição,algo que o atual presidente daCasa de Mario Guimarãesvereador Francisco HolandaJúnior (PP), se propôs a fazer.

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Entre os anos de 2010 e 2012a Mesa Diretora, com a presidên-cia do vereador Galba Novaes(PRB), tentou conquistar uma novasede para o legislativo municipalpor duas vezes. As tentativasforam frustradas. A primeira nãoobteve sucesso, pois não haveriatempo hábil para finalizar o pro-jeto e a construção da nova sedeem um terreno doado pelaPrefeitura Municipal de Maceióonde funciona a SuperintendênciaMunicipal de Transporte e Trânsito(SMTT), no Tabuleiro do Martins.

A segunda alternativa foi a decomprar o prédio ocupado pelaUnimed Maceió, na Av. FernandesLima, de propriedade da constru-tora Humberto Lobo, mas a pro-posta de R$ 6 milhões, oferecidapela Câmara Municipal de Maceiónão foi aceita. “Nós oferecemosum valor de R$ 6 milhões para acompra do edifício, mas a con-strutora só queria R$ 7,6 milhões.Uma pena, pois não conseguimos

concretizar uma sede com toda ainfraestrutura necessária, comconforto e praticidade para osservidores, os vereadores e a pop-ulação ”, informou Galba Novaes.

Para o vereador Silvanio Bar-bosa (PSB) é imprescindível a con-quista de uma nova sede para aCâmara de Maceió prover umlocal adequado para profissionaise população. “É de grande im-portância uma nova sede paraMaceió, pois o legislativo deveevoluir na mesma medida em queas necessidades da população eda cidade crescem. Sendonecessária uma infraestrutura comespaço suficiente para aportartodas as necessidades dos fun-cionários e da população”, enfati-zou.

O vereador Wilson Júnior (PDT)disse que a atual Mesa Diretoradeve fazer de tudo para construirum novo prédio, pois a sede é o

local onde as pessoas sabem quepodem encontrar os vereadores; e,assim reivindicar os seus direitosem um local apropriado. “Não ex-iste espaço para todos osvereadores, nem mesmo tem localpara receber as pessoas. Esta situ-ação não pode continuar, pois osfuncionários do legislativo munic-ipal necessitam de condiçõesapropriadas para efetivar os seusserviços da melhor maneira”,ressaltou.

A vereadora reeleita, FatimaSantiago falou que ela está muitodifícil exercer suas obrigações semespaço para se reunir e encontraros gestores e pessoas necessáriaspara concluir um projeto. “Euestou acumulando dificuldadesdevido ao espaço insuficiente, poisas próprias comissões não pos-suem local para funcionar e é im-possível continuar dessa forma”,observou.

POLÍTICA

04 a 10 de março de 2013

3 >>> PARLAMENTO-MIRIM

Câmara de Maceió quercomprar um novo prédiono 2º semestre

Chico Filho alega que a atual sede não teminfraestrutura para abrigar os trabalhos

Câmara reinicia legislaturasem funcionamento pleno doPortal da Transparência

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BLOG DO VILAR

O Portal da Transparência José Alencar - aprovadoem 2010 pela Câmara Municipal de Maceió, quandoo deputado estadual Dudu Holanda (PSD) era presi-dente - ainda se encontra sem funcionar. O avançomáximo foi colocar no ar o portal da Casa de MárioGuimarães ao apagar das luzes da gestão do ex-presidente e ex-vereador Galba Novaes (PRB).

>>>Desde então, os dados foram disponibilizados no

dia 31 de dezembro de 2012, mas em 1º de janeiro de2013 já não se encontrava mais no ar. As licitações, osbalancetes e as prestações de conta, que deveriamestar disponíveis no Portal da Transparência da Casa,não passam de folhas em branco no formato PDF.

O portal não foi ar - conforme informações do Leg-islativo - por questões técnicas. Resultado, há umapromessa de colocá-lo em funcionamento no próximomês, conforme me garantiu o presidente FranciscoHolanda Filho, o Chico Filho (PP), em um recente diál-ogo. Mas, há entraves em relação a aproveitar o que jáfoi feito, ou remodelar tudo para colocar o portal emfuncionamento pleno, conforme colhido em basti-dores.

Quem saiu perdendo até o presente momento? Apopulação, que poderia ter acesso fácil aos númerosda Casa de Mário Guimarães e continua sem ter. Overeador Eduardo Canuto (PV) disse - em entrevista aeste blogueiro - ser testemunha do esforço para colo-car o site no ar o quanto antes. É tão difícil assim? E seé, uma outra pergunta: que nó foi esse que a gestãopassada da Casa deu impossibilitando o site?

E vale a atenção para a seguinte questão: se hou-ver necessidade de contratação de uma nova empresapara a elaboração do Portal da Transparência, o que aCâmara Municipal terá a dizer sobre o que já foi gastopara se colocar no ar um site que não funciona? É“bonitinho” e arrumadinho para colocar os releasescom as ações dos edis, mas não vai além disso. Ficasem atender os requisitos mínimos de transparênciacom os recursos públicos.

O presidente Francisco Holanda Filho demonstrou- nas recentes entrevistas - preocupação em atender atodas as demandas que chegarem à Casa com base naLei de Acesso à Informação. Que bom! Chico Filho - defato! - tem tido atenção total no sentido de facilitar ocaminho da imprensa até às informações da Casa. Soutestemunha disto e da qualidade do traba-lho im-pecável que vem sendo feito pela assessoria.

>>> Chico Filho fala que prédio atual é ultrapassado

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>>> JOGO POLÍTICO

Com acusações para todos os lados, senador e governador ocupam principais manchetes

DA REDAÇÃO

O senador Fernando Collor de Mello(PTB) e o governador de Alagoas,Teotonio Vilela Filho (PSDB), entraramem um jogo político que só possui umfoco: as eleições de 2014. Com isto, osdois antecipam um debate que sódeveria ocorrer daqui a um ano eacabam promovendo ações mera-mente eleitoreiras e longe de con-tribuir com a sociedade alagoana. Oque assusta é o fato das farpas tro-cadas pela imprensa terem cada vezmais baixado o nível entre os repre-sentantes que foram eleitos democra-ticamente. Um acusa outro de nãofazer nada por Alagoas com todos ostipos de palavras e vice-versa.

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As mais recentes farpas foramdurante as ações do governo do Estadode Alagoas no Sertão. Vilela - desta vez- puxou a briga em um discurso feito nointerior do Estado de Alagoas em queacusou Fernando Collor de nunca terfeito nada enquanto presidente daRepública e governador do Estado pelopovo sertanejo. O tucano ainda puxoupara si o lucro político da construção doCanal do Sertão, que serviu até de motedas propoagandas do PSDB na rede detelevisão.

Dia depois, Collor assumiu aComissão de Infraestrutura do SenadoFederal e resolveu rebater TeotonioVilela Filho. Chamou o governador depreguiçoso e acusou a ação do gover-no no Sertão do Estado de “anteci-pação eleitoreira”, já que - na versão deCollor - o governo federal havia man-dado recursos para ações de combate àseca durante a estiagem, mas por“preguiça” Vilela não havia usado.Conforme o senador do PTB, o dinheiroadormecia nos cofres do Estado por

inoperância da atual gestão. Collor e Vilela se enfrentaram nas

urnas em 2010. Naquele ano, FernandoCollor de Mello foi candidato ao cargode governador, numa eleição disputa-da. Do outro lado estavam TeotonioVilela Filho e o ex-governador RonaldoLessa (PDT). Collor foi derrotado aindano primeiro turno. Apoiou Lessa nosegundo turno, mas ainda assim Vilelasuperou os dois nas urnas. Mas, nemnaqueles momentos a tensão entreCollor e Vilela era tão grande quantoagora.

NOVA DISCUSSÃOA mais nova discussão que gerou

um embate entre Collor e Vilela foramrecentes declarações do governadorsobre o programa do governo federalBolsa Família. Vilela - de acordo comCollor - foi infeliz ao comparar o pro-grama a “esmola”. A declaração deVilela rendeu matéria no jornal Gazetade Alagoas, de propriedade do senadorFernando Collor de Mello.

Lá, Vilela foi rebatido pelos dep-utados estaduais AntônioAlbuquerque (PTdoB), Paulo Fernandodos Santos, o Paulão (PT), e JudsonCabral (PT). Todos “condenaram” adeclaração do governador. Nodomingo, dia 03, o chefe do Executivoestadual se pronunciou sobre oassunto. Teotonio Vilela Filho acredita- segundo ele mesmo! - que amatéria é uma ação política deFernando Collor de Mello. Foi o sufi-ciente para a reabertura da tempora-da de ataques.

Vilela lançou um desafio aosenador Fernando Collor: “apresentaras obras e as ações que ele fez quan-do governador do Estado e presidenteda República”. O tucano ainda com-plementa: “eu só quero que elemostre, do que fez em Alagoas, 10%do que eu já fiz. Só 10%. Apenas 10%”.

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>>> Collor e Vilela pautam imprensa com trocas de acusações

Trocas de farpas entre Collor e Vilela antecipam eleições de 2014

Será que esta vai ser a pauta dodebate até 2014? Vilela acusa Collorde querer criar uma “intriga” entre oatual governo estadual e a presidentaDilma Rousseff (PT). Tudo isto porqueTeotonio Vilela Filho tem bom trânsi-to com Dilma e com o ex-presidenteLuis Inácio Lula da Silva. Por sinal, umtucano quase petista de tão amigo da“turma”.

“Fui surpreendido hoje com o jor-nal de Collor afirmando que eu com-parei o Bolsa-família a esmolas. Não éverdade. Nunca fiz esta comparação.Ao contrário, eu tenho dito em min-has entrevistas e discursos que não háretirantes da seca exatamente porqueexiste o Bolsa-Família. No governo deFernando Henrique Cardoso (FHC), fuieu quem trouxe para Alagoas - paraSão José da Tapera - o lançamentonacional do Bolsa-alimentação. OBolsa-família é hoje um programaaperfeiçoado do Bolsa-alimentação edo bolsa-escola, ambos defendidospor mim no Senado da República”,colocou Vilela.

DISTORÇÃOPara Vilela, a suposta distorção de seu

discurso tem endereço certo: levar taispalavras ao Palácio da República. “Collor,como já disse, é bom de gogó. Diferentedele, eu reconheço os méritos do meuadversário. O Bolsa-família tem sido com-ponente fundamental para o enfrenta-mento à miséria no Brasil. Ao contrário detentar me intrigar com as famílias doBolsa-família e com a presidenta Dilma,deveria era responder o meu desafio”,complementou o governador.

Eis uma briga que ainda deve rendermuita pauta. O problema é o que estesdiscursos trazem de novo para o alagoanoalém do nível que cada vez desce umdegrau. A agenda das discussões políticaspoderiam - e devem! - ter outro norte emAlagoas. Afinal, o Estado precisa encontrarsoluções para diversos problemas, como aquestão da segurança pública. Taissoluções não nascerão por mágica, nempelo gasto excessivo com saliva que nãose traduz em trabalho: seja de um lado;seja do outro.

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04 a 10 de março de 2013 POLÍTICA /5

Recorrente no plenário da Casa de TavaresBastos, a questão da segurança pública foinovamente tema de debate. O assunto foitomado no pronunciamento do deputadoRonaldo Medeiros (PT), que criticou aforma como foi posto em prática o PlanoBrasil Mais Seguro, cuja implantação teve oEstado de Alagoas como laboratório. Ele,que preside a Comissão Parlamentar criadapara acompanhar as ações desencadeadasno Estado, disse que irá reunir os inte-grantes da comissão para dar início aos tra-balhos.

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O petista iniciou o pronunciamento ap-resentando dados contidos em um relatórioque recebeu dando conta de que dezcidades alagoanas são responsáveis por 70%da criminalidade no Estado. “Maceió re-sponde por 40% dos crimes ocorridos emAlagoas; 8% em Arapiraca. Rio Largo ePalmeira dos Índios representam 3,48%;Coruripe, Pilar, Marechal Deodoro, Penedo,Santana do Ipanema e Joaquim completamo rol das dez cidades mais violentas do Es-tado”, informou Medeiros.

“Citei essas cidades e falo sobre essetema para questionar quais ações estão im-plementadas no sentido de combater aonda crescente de violência que coloca o Es-tado de Alagoas como o mais violento doBrasil”, informou o parlamentar, acrescen-

tando que o Plano Brasil Mais Seguro, por sisó, não irá conter a criminalidade emAlagoas.

Ronaldo Medeiros questiona se nos mu-niciípios apontados com mais violentos, ex-iste algum projeto social sendo implantadocom o objetivo de tirar os jovens da crimi-nalidade. “Se nós não investirmos em pro-gramas sociais nesses municípios, teremoscada vez mais o aumento da delinquência ecriminalidade”, observou Medeiros, co-brando maior investimento na educação egeração de emprego e renda por parte dogoverno.

Os dados apresentados pelo deputadoRonaldo Medeiros provocaram um longodebate no plenário da Casa, com a realizaçãode apartes dos deputados Sérgio Toledo(PDT), Ricardo Nezinho (PMDB), JudsonCabral (PT), Olavo Clheiros (PMDB) e FláviaCavalcante (PMDB). Todos se associaram aopronunciamento do petista. Por outro lado,o líder do governo, deputado Edival GaiaFilho (PSDB), defendeu o Executivo, argu-mentando que o governador Teotonio Vilelatem feito grandes esforços no sentido deminimizar o nível dos indicadores sociais.

Deputados questionam eficiência do plano BrasilMais Seguro Ronaldo Medeiros criticou a forma como

o governo implantou ações no Estado

>>> SEGURANÇA PÚBLICA

>>>Antônio Albuquerque faz duras críticas a falta de autoridade do Executivo

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Antônio Albuquerquediz que falta autoridadeao governo em AlagoasApós uma sessão plenária bastantemovimentada, onde foram discuti-dos diversos temas de interesse dasociedade alagoana, a exemplo deeconomia, saúde, educação e segurança, o presidente da sessão,deputado Antonio Albuquerque(PTdoB) criticou a atuação do governo.

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Na opinião dele, os baixos índicessociais e a falta de segurança públicano Estado se devem a falta de au-toridade por parte do Executivo. “Oque falta em Alagoas é autoridade.Não está faltando recurso, não estáfaltando polícia. A violência cresce acada dia. Meninos de 15 anos as-saltando à mão armada, como acon-teceu semana passada na cidade deTaquarana. Falta é governo, falta de-terminação, falta preocupação”, criti-cou Albuquerque.

Durante o pronunciamento, opresidente da sessão seguiu tecendocríticas ao governo do Estado, ci-tando, inclusive, ter sido alvo tam-bém de críticas em emissoras derádios do Sertão alagoano, por te seposicionado contrário à transferênciada sede do Governo para a cidade deSantana do Ipanema. “Uma transfer-ência inoportuna, inadequada eatrasada”, disse Antonio Albu-querque.

Albuquerque relatou que o PoderLegislativo precisa voltar a cumprirsuas obrigações, contribuindo paracolocar Alagoas nos trilhos do de-senvolvimento, da ordem e da paz emostrou preocupação com a grevedos médicos, que prejudica direta-mente às vítimas da violência emAlagoas.

“Quando ouço sobre segurançapública, um arrepio me percorre a es-pinha, pois a insegurança quase viti-mou meu filho mais velho. Não é fácilpara mim, como homem público,acessar a internet e ver que o HGEteve uma ala fechada, em protestoporque os médicos não têmcondições de trabalhar. Se os profis-sionais da Unidade de Emergênciado Agreste tivessem em greve no dia3 de fevereiro do ano passado, euteria perdido o meu filho”, falou,relembrando o atentado do qual seufilho foi vítima.

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04 a 10 de março de 20136 / POLÍTICA

>>> LEGISLAÇÃO

Câmara deve iniciar tramitação do orçamento nesta semana

Previsão de receita é de R$ 1,7 bilhão.Duodécimo deve sercongelado em R$ 50 mi

DA REDAÇÃO

O acordo entre o Legislativo municipalde Maceió e a Prefeitura deve permitirque o orçamento para o exercíciofinanceiro deste ano - que deveria tersido analisado e aprovado no ano pas-sado - inicie sua tramitação na próxi-ma terça-feira, 05, quando os edis ini-ciam as sessões ordinárias da semana.Em pauta, as emendas que serão feitasa Lei Orçamentária Anual (LOA) que foirevisada na gestão de Rui Palmeira(PSDB), apesar de ter sido elaboradaainda pela equipe do ex-prefeitoCícero Almeida (PSD).

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Porém, o ponto central dos debates- para a aprovação da peça orçamen-tária - deve ser mesmo o repasse anualpara a Câmara Municipal de Maceió.Os vereadores - ainda no início dasdiscussões - brigavam para que oduodécimo da Casa de MárioGuimarães ficasse em R$ 55 milhões.Mas, o interesse do prefeito RuiPalmeira em manter o congelamentodeve prevalecer. A Câmara Municipaldeve aprovar um repasse no limite doteto constitucional (4,5%) de R$ 50milhões.

Entretanto, ainda há uma discussãoque pode pressionar para a reduçãodeste valor. De acordo com o MinistérioPúblico de Contas (MPC), o cálculo pre-ciso - levando apenas em consideraçãoas receitas que devem entrar para esti-mar o repasse - aponta para umduodécimo de R$ 42 milhões. Inclusive,em parecer, o MPC afirma que asgestões anteriores de Cícero Almeidapassou dinheiro a mais para a CâmaraMunicipal. O Ministério Público deContas trabalha para que Almeida sejacondenado a devolver este dinheiro.

A ação do MPC pode ainda refletirem uma ação no Ministério PúblicoEstadual que pode acabar incluindotambém - no processo - a antiga MesaDiretora da Casa de Mário Guimarães.Temendo ações já contra a atualgestão, a Mesa Diretora presidida porFrancisco Holanda Filho, o Chico Filho(PP), pode acabar concordando com oparecer do Ministério Público deContas. Porém, nada ainda é oficial. Asdiscussões devem começar por estasemana.

Para dar celeridade ao trâmite doorçamento, o presidente Chico Filho -diante do fato da Comissão deConstituição e Justiça e as demais daCasa ainda não terem sido montadas -deve designar um relator especial para

a peça. Os vereadores ainda preten-dem realizar pelo menos uma audiên-cia pública, o que fará com que a LeiOrçamentária Anual (LOA) só seja defato aprovada no final do mês demarço.

LÍDER DO GOVERNODe acordo com o líder do governo

na Casa de Mário Guimarães, overeador Eduardo Canuto (PV), asmodificações que foram feitas na LeiOrçamentária Anual (LOA) visam ape-nas a adequação do orçamento previs-

to de R$ 1,7 bilhão às prioridadestraçadas pelo prefeito Rui Palmeira,que pensa em aplicar mais recursos naárea de Saúde, Educação e AssistênciaSocial.

Canuto avalia ainda que o senti-mento da Câmara Municipal é de darceleridade ao processo, inclusive com opossível congelamento do valor doduodécimo em R$ 50 milhões. Logo,esta deve ser a orientação dada aosvereadores da bancada governista, queainda não se encontra plenamente for-mada.

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>>>Canuto ressalta que duodécimo deve ser congelado

GUILHERME CARVALHO

Heloísa Helena defende a redução do duodécimo da Câmara Municipal de MaceióPara Heloísa Helena, o “parlamento-mirim”pode contribuir com o “interesse público”ao reduzir o duodécimo deixando atémesmo de aplicar o “tento constitucional de4,5%”. “Eu até respeito quem defende o lim-ite máximo de 4.5%, mas este limite nãopode ser tratado como piso. Não é piso, nãoé o limite para ser repassado para a Câmara.Deixo claro a minha posição: não soufavorável ao limite máximo para a Câmara”,colocou.

A vereadora do PSOL ainda coloca que“o vereador não é maior que as crianças forada escola, que a situação dos postos deSaúde. A casa legislativa pode sim reduzirdespesas para que sobre dinheiro para oExecutivo e que este seja investido comoutra finalidade”. Para Heloísa Helena, istopode ocorrer se os edis resolverem abrirmão do “teto constitucional” com o umesforço coletivo para reduzir despesas.

“Pode haver redução do duodécimo

sim, até porque pensar em aumento éimpossível”, destacou. Heloísa Helena aindadefendeu que não é o pagamento dosservidores da Casa de Mário Guimarãesque impactam na receita de forma tal a

impedir redução de custos.“Assim que o orçamento chegar, temos

que trabalhar para pensar em reduzir cus-tos para ajudar um Executivo que diz quenão pode nem financiar um ‘boi’ para oCarnaval. Eu já dou a minha cota de sacrifí-cio porque não recebo verba de gabinete,porque não recebo 14º, nem 15º. Meu dis-curso não é demagógico porque eu jáajudo na redução de despesas”, disse ainda.

A psolista afirmou que - na legislaturapassada - devolveu os recursos de verba degabinete “apesar de não ter tido destaquena imprensa”. “Pedi para que fosse investi-do em Educação, não sei se foi”.

>>> Heloísa Helena defende redução

JANE DE ARAÚJO

Page 7: A SEMANA

04 a 10 de março de 2013

Condenado pelo mensalão, José Dirceu vem palestra em AL

>>> PARTIDO DOS TRABALHADORES

Ex-ministro aceitou o convite do presidente do PT no Estado,Joaquim Brito

DA REDAÇÃO

Condenado pelo Supremo TribunalFederal (STF) como um dos envolvidosem um dos maiores esquemas de cor-rupção da República, o mensalão, o ex-ministro da Casa Civil do governo doex-presidente Luis Inácio Lula, JoséDirceu, da Silva estará em Alagoas, parauma palestra direcionada aos mili-tantes. Dirceu executa um dos planosdo Partido dos Trabalhadores: anteciparas discussões sobre as eleições presi-denciais de 2014 e dar um “xeque-mate” na oposição tucana e nas demaiscandidaturas que são ventiladas na im-prensa nacional, como a de MarinaSilva, por exemplo.

>>>

Dirceu cumprirá - enquanto esperao fim do julgamento que já o conde-nou à prisão - uma agenda em todo opaís com falas e “ensinamentos” dire-cionados à militância petista. O PT temaderido a uma verdadeira estratégia deguerrilhas nas redes sociais no intuitode fortificar o projeto de permanênciana presidência, diante do já favoritismo

de Dilma Rousseff (PT), candidata àreeleição. Alagoas não ficará de forado mapa. Afinal, aqui estão impor-tantes aliados de Rousseff, como ossenadores Fernando Collor de Mello(PT) e Renan Calheiros (PMDB).

A militância petista em peso devecomparecer para ovacionar JoséDirceu. Como coloca o blogueiro doCadaMinuto, Bernardino Souto Maior,José Dirceu - o ex-todo-poderoso daEra Lula - vem para Maceió a convitede Joaquim Brito. Foi o próprio Britoque anunciou a vinda de Dirceu comtoda “pompa e circunstância”. Apalestra acontece no Sindicado dosUrbanitários.

Na sede do sindicato, ondeJoaquim Brito foi presidente, ZéDirceu conversará com a militância etrocará experiências. Ele vem reafir-mar que o PT no encontro em Fort-aleza, aprovou resoluçãoconclamando a militância para a dis-puta política com a oposição, quetentar antecipar o processo eleitoralde 2014.

Zé Dirceu é um dos padrinho fortede Brito, que tenta ser diretor de Se-guridade da Faceal, o que voi vetadopelo seis membros do conselho lider-ado pelo advogado e presidenteLeonardo Gominho.

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>>> Dirceu estará em Alagoas para conversar com militantes

As constantes quedas de energiaelétrica nas regiões do Agreste edo Sertão de Alagoas estão con-tribuindo para agravar ainda maisos efeitos danosos da seca junto àpopulação, advertiu o deputadoestadual Inácio Loiola (PSDB) noplenário da Assembleia Legislativado Estado na semana passada.

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O parlamentar disse que a faltade energia elétrica impede o fun-cionamento das adutoras que, con-sequentemente, não têm comodistribuir água para as comunidadesdas zonas urbana e rural. O maiorprejudicado é a população, em par-ticular as donas de casa, que nãodispõem de água para os afazeresdo dia a dia da família. Por outrolado, o pequeno produtor rural,além de não dispor de água, aindafica impossibilitado de acionar amáquina para triturar o resto depalma que ainda existe na BaciaLeiteira para alimentar o rebanho.

A indústria sertaneja tem sidobastante atingida, assim como ospequenos negócios estabelecidosno comércio. Essa realidade, alerta oparlamentar, prejudica o desem-penho do setor produtivo sufo-cando a geração de renda e denovos postos de trabalho."A prob-lemática da energia elétrica prevale-ceu nas discussões e nas reuniõesdas lideranças políticas e de em-presários com o governador Teoto-nio Vilela, em Santana do Ipanema,onde está instalada a sede do Gov-erno do Estado", declarou Inácio.

Quedas de energiaagravam ainda maisefeitos da seca, afirmaInácio Loiola

PAC de Convivência com o SemiáridoO depuatdo propôs ainda acriação do PAC de Convivên-cia com o Semiárido pelogoverno federal, cujopropósito consiste em criar econceder meios de sobre-vivência digna do homem

com o semiárido."Nada mais justo nesse

momento em que oNordeste atravessa a maissevera e perversa seca, oGoverno Federal criar o PACde Convivência com o Semi-

árido, ajudando o nordestinoa viver dignamente com suafamília sem abandonar seupedaço de chão" argumen-tou o parlamentar.“A viabili-dade do semiárido está navontade política, e não mera-

mente na questão técnica.Outras regiões mais áridasencontraram alternativaspara a população, por quenão o Nordeste brasileiro?”,indagou Loiola.

"A problemática da energiaelétrica prevaleceu nas discussões e nas reuniões das lideranças políticas e deempresários com o governador Teotonio Vilela,em Santana do Ipanema,onde está instalada a sede do Governo do Estado"

POLÍTICA / 7

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CIDADES8

04 a 10 de março de 2013

“No entanto, deixamos claro quenós continuaremos rodando atéque a instância superior se pronuncie em definitivo sobre alicitação. Não iremos deixar quenossas famílias passem necessidades por causa dejogadas políticas, egoístas edesleais. Como diz o dito popular: para os amigos, o favor da lei, para os inimigos, o rigor da lei. Assim é comportamento da Arsal”, concluiu o presidente daCoopervan.

Da Redação

O julgamento do agravo impetrado pelaCooperativa de Transporte Complementarde Alagoas (Coopervan) junto ao Tribunalde Justiça do Estado de Alagoas para ten-tar anular a licitação do transporte públicointermunicipal realizada pela AgênciaReguladora dos Serviços Públicos deAlagoas (ARSAL) representa também -além da batalha jurídica - um confronto debastidores entre a direção da Coopervan ea diretoria da ARSAL, com um já início detroca de farpas pela imprensa.

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Tudo se iniciou quando a direção daCoopervan resolveu questionar uma visitade cortesia que o presidente da ARSAL,Waldo Wanderley, fez ao presidente doTribunal de Justiça do Estado de Alagoas,José Carlos Malta. Conforme a Coopervan,a visita foi uma busca por um acordo jáfavorecendo a Agência Reguladora.Porém, a mesma direção da Coopervan jáestivera reunida com a Justiça antes, tam-bém em uma visita de cortesia. A estraté-gia da direção da cooperativa - conformeinformações de bastidores - é colocar ojulgamento sob suspeita caso o resultadolhe seja desfavorável.

De acordo com a Coopervan, a açãona Justiça - mesmo sem ter passado pelopleno - já tem resultado certo e em favorda ARSAL, mesmo, conforme a cooperati-va, indo de encontro à lei de número8.666/93, que regulamenta as licitações.Segundo os cooperados, a legislação asse-gura a participação de sociedades cooper-ativas em licitações públicas.

A Coopervan acredita que vai perderna Justiça e já começa a se antecipar. Paraisto, rebate uma nota que foi divulgadapela ARSAL. Na nota, o presidente daAgência, Waldo Wanderley, apenasressalta a visita de cortesia feita ao Tribunalde Justiça. Mas, o assunto foi interpretadode outra forma pela Coopervan, comoexplica o advogado da cooperativa HélioNavarro.

De acordo com ele, a visita de cortesia- que ocorreu no dia 27 - já antecipou -por meio da nota - o resultado do julga-mento, mesmo sem ter passado pelopleno. A Coopervan coloca que a ARSALAfirma o fato da “licitação está concluída”,quando - ainda conforme a versão daCoopervan - se sabe que nenhum passopoderia ser dado antes do julgamento doagravo impetrado pela Coopervan desdesetembro de 2012, o qual, sete mesesdepois, não foi julgado.

“Está claro que tudo se resume a um

jogo de cartas marcadas pela Arsal, onde apolítica se sobrepõe à justiça. Infelizmentesão coisas só observadas em nosso Estadode Alagoas”, afirmou o presidente daCoopervan, Marcondes Prudente. Com odesenrolar dos fatos, a diretoria daCoopervan está aguardando apenas opronunciamento do TJ/AL, que dará ganhode causa à Arsal, de acordo com a própriaagência reguladora. “A partir daí, a cooper-ativa irá recorrer à instância superior, comoforma de provar que a Justiça é indepen-dente e sabe, sim, respeitar as leis”, disse.

Ainda segundo o presidente daCoopervan, as 700 famílias de cooperadose a sociedade devem continuar confiandona Justiça. “Esse avanço da licitação dotransporte complementar, cheio de irregu-laridades e falhas desde o seu lançamento,é ilegal e nós vamos provar isso. Um dosexemplos é o item 2.1.1 da concorrênciaAMGESP-005/2009. Como a Arsal podecelebrar uma licitação se ela própria des-cumpre o Edital? É público e notório queum grupo, com atuação dentro da agênciareguladora, está sendo beneficiado”, frisouPrudente. Os fiscais da Arsal já se pronun-ciaram, ao longo da última semana, que, apartir do dia 10 de março, os veículos quenão participaram da licitação serãoproibidos de rodar nas respectivas linhas.

Arsal x Coopervan: a disputajurídica envolvendo otransporte intermunicipal

>>> EMBATE

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Presidente da ARSAL diz que Coopervan é leviana e ressalta benefícios da licitação

o jornal a semana pode ser acessado

também pela internet, pormeio do endereço eletrônicowww.asemana-al.com.br

Page 9: A SEMANA

O presidente da Agência Reguladorade Serviços Públicos do Estado deAlagoas (ARSAL), Waldo Wanderley,negou que a visita de cortesia feitaao presidente do Tribunal de Justiçado Estado de Alagoas, desembar-gador José Carlos Malta, seja umaantecipação de decisão em relaçãoao processo da primeira licitação doTransporte RodoviárioIntermunicipal.

>>>

Waldo Wanderley - em conversacom a imprensa, por meio de suaassessoria - reagiu com “indignação”e “surpresa”. Ele destacou que o rep-resentante da Coopervan tambémrealizou visitas ao Judiciário paramostrar um dos lados da questão.Neste sentido, o que a ARSAL tentoufazer foi um relato da versão daempresa para os fatos e para a neces-sidade da licitação.

“Em momento algum o desem-bargador José Carlos Malta se posi-cionou sobre a questão. Apenasouviu o que tinhamos a colocar. Asilações levantadas pela diretoria daCoopervan colocam em xeque oJudiciário e são levianas. Não con-dizem com a verdade”, colocou aindaWaldo Wanderley.

O presidente da ARSAL aindaressaltou que - segundo ele - emmomento algum a nota divulgadapela sua assessoria fala sobre anteci-pação de resultado de julgamento. “Éum absurdo o que foi dito”. Tanto quea fala sobre a licitação ser um proces-so concluído está entre aspas na notae pertence ao próprio WaldoWanderley. Em momento algum é umjuízo de valor do Judiciário.

Para Waldo Wanderley, aCoopervan comete um equívocograve, pois insinua um acordo inexis-tente no sentido de abalar a credibil-idade da Justiça. O presidente daARSAL reafirma ainda a seriedade doTJ/AL durante a visita de cortesia.“Fomos recebidos, como eles foramrecebidos pelo TJ também”, finalizou.

Em relação à licitação, WaldoWanderley explica que o processocontou com 801 transportadores ecinco empresas de ônibus aprovadas.Eis a fala de Waldo Wanderley sobrea visita de cortesia: “com a licitaçãoconcluída, todos os veículos serãomonitorados eletronicamente.Estamos visando, acima de tudo, asegurança e o conforto da popu-lação”, frisou, acrescentando que “oedital da nova licitação - para opreenchimento de cerca de 600vagas restantes – deverá ser lançadono próximo mês de março”.

TRANSPARÊNCIAWaldo Wanderley expôs todo o

processo licitatório, destacando aforma transparente como o certamefoi realizado e informou que umanova licitação será aberta nos próxi-mos dias para o preenchimento demais de 500 vagas restantes.

No dia 18 de fevereiro, o

Ministério Público Estadual (MPE/AL)indeferiu o requerimento ondeaCoopervan solicitava o desarquiva-mento da representação da entidadeem relação à primeira Licitação doTransporte Rodoviário Intermunicipalde Passageiros do Estado. A decisãofoi publicada no Diário Oficial destasegunda-feira, 18 de fevereiro.

“O arquivamento da denúnciaapresentada pela Coopervan foi umadecisão unânime do ConselhoSuperior do Ministério Público. Pararevertê-la, teria que haver um recursoao Colégio de Procuradores, o quenão aconteceu, portanto, o arquiva-mento é imutável no âmbito doMinistério Público”, explicou o procu-rador-geral de Justiça, Sérgio Jucá.

Na ocasião, o presidente da Arsalresumiu como se deu a primeira lici-tação do Transporte Intermunicipal evoltou a frisar que o certame foi real-izado dentro da legalidade, com totaltransparência e acompanhado peloMPE que arquivou, por unanimidade,as denúncias apresentadas à épocapela Coopervan.

Com a homologação da licitação,as cinco empresas de ônibus e oscerca de 800 transportadores aprova-dos já estão aptos para realizar otransporte rodoviário intermunicipalde passageiros em Alagoas. Umanova licitação será aberta – em dataainda não definida - para o preenchi-mento de mais de 500 vagasrestantes no sistema.

04 a 10 de março de 2013 CIDADES / 9

Waldo Wanderley se diz surpreso com declaraçõese acha “levianas” as insinuações da Coopervan

>>> SEGURANÇA PÚBLICA

>>> Waldo Wanderley preside a ARSAL

PRAÇA MANOEL DUARTE, 45, 57030-105, PAJUÇARA, MACEIÓ/AL FONES: (82)3327.9992 / 9351.0101

Page 10: A SEMANA

04 a 10 de março de 201310 / CIDADE

Alagoas sedia evento da Copa do Mundo nesta segunda

>>> FIFA

Programação abordaregras para exibiçõespúblicas de jogos doMundial

SUANA NOBREColaboração

A capital alagoana foi escolhida parasediar, nesta segunda-feira (4), oSeminário sobre Eventos de ExibiçãoPública da Copa do Mundo da Fifa.O evento oficial é inédito e apresen-tará critérios e regras para a pro-teção dos direitos da TV Globo,licenciada principal de mídia da Fifano Brasil.

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Representantes da Fifa, do ComitêOrganizador Local (COL) e da Rede

Globo irão ministrar as palestras,seguidas por uma sessão de pergun-tas dos participantes. O seminário teminício às 10h, no Hotel Ritz Lagoa daAnta. A abertura do credenciamentose dará às 8h.

O seminário é organizado peloCOL da Copa do Mundo da Fifa Brasil2014 e pela Fifa, com o apoio do Gov-erno de Alagoas, através do ComitêGestor do Projeto Alagoas Centro deTreinamento Seleções da Copa doMundo 2014 (Comcopa Alagoas).Entre os convidados e palestrantesconfirmados estão o ministro do Es-porte, Aldo Rebelo, o chefe do depar-tamento de TV da Fifa, Sven

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Schaeffner, a representante da TVGlobo, Patrícia Príncipe, e o CEO doComitê Organizador Local, RicardoTrade.

“Necessitamos implementar açõesque promovam a visibilidade donosso Estado em âmbito mundial eum evento inédito como esse, certa-mente, é uma grande oportunidadepara Alagoas”, considerou o se-cretário-chefe do Gabinete Civil epresidente do Comcopa Alagoas, Ál-varo Machado.

Detalhes sobre o regulamento daFifa para eventos de exibição públicase encontram no site www.exibicaop-ublicafifa.com.br.

Governo assina ordem de serviço para 8 mil unidades de conservação de águaO Governo do Estado assinou aordem de serviço para construçãode 8 mil unidades de conservaçãode água em municípios do Agrestee do Sertão, que sofrem com osefeitos da estiagem prolongada.

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A assinatura foi realizada pelogovernador Teotonio Vilela, o se-cretário de Estado da Agricultura edo Desenvolvimento Agrário, JoséMarinho Júnior, e os representantesdas entidades credenciadas para aexecução do Projeto Água paraTodos em Alagoas.

Ao todo, 15 municípios serãobeneficiados com a instalação decisternas de primeira e de segundaágua, cisternas-calçadão, barragenssubterrâneas e tanques de pedra. Aação faz parte de um convênioentre o Governo do Estado, por

meio da Secretaria da Agricultura edo Desenvolvimento Agrário (Sea-gri), e o Ministério do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome(MDS), como parte das metas doÁgua para Todos, lançado em julhode 2011 pela presidenta DilmaRoussef em visita a Alagoas.

“A construção dos reservatóriosdeve começar imediatamente e fazparte das ações estruturantes doGoverno do Estado, em parceriacom o Governo Federal, para mini-mizar os efeitos da seca. Vamosgarantir água para o consumo hu-mano e também água para pro-dução e consumo animal”, frisou osecretário José Marinho Júnior.

As cisternas de primeira água,como são conhecidas, têm capaci-dade para 16 mil litros e serão us-adas para consumo humano,enquanto as cisternas de segundaágua têm capacidade para 52 mil

litros e podem ser usadas para pro-dução ou consumo animal.

Segundo o secretário, as enti-dades que vão executar o ProjetoÁgua para Todos em Alagoas já têmexperiência na área e, além de rece-ber a unidade, as famílias serão ca-pacitadas em gestão de recursoshídricos. Os produtores que rece-berão as cisternas e demaisunidades fazem parte do CadastroÚnico (Cadúnico) do Governo Fed-eral, ou seja, são beneficiários dealgum programa social, e a famíliaé quem trabalha na terra para pro-dução de alimento ou criação deanimais.

PLANEJAMENTOA Seagri montou um plano de

ação durante o períodopreparatório, no qual reuniu técni-cos, engenheiros e administradores,que vão acompanhar a execução do

projeto, a construção das unidades e aprestação de contas. De acordo como secretário José Marinho Júnior, atémarço de 2014 todas as unidadesserão instaladas. “Já fizemos reuniõescom as entidades credenciadas paradefinição das metas, prestação decontas das obras e da execução finan-ceira. Teremos relatórios constante-mente de toda a situação do projeto”,explicou.

Genivaldo Vieira, presidente daCentral Estadual das Associações deAgricultores Familiares (Ceapa), umadas entidades credenciadas para exe-cução do projeto, contou que estáotimista com o trabalho, inclusive como planejamento realizado durante aparte preparatória. Já Luciano Mon-teiro, da Cooperativa AgropecuáriaRegional de Palmeira dos Índios(Carpil), outra entidade credenciada,destacou a importância do projetopara as ações de apoio à agriculturafamiliar. “Tudo no campo depende deágua, assim, esse projeto vai possibil-itar o trabalho das famílias e a exe-cução de políticas públicas”,comentou.

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04 a 10 de março de 2013

CULTURA11

Toquinho & João Bosco seapresentam emMaceió

Dupla cantará 25 clássicos da música

popular brasileira

TOQUINHOAntonio Pecci Filho, mais conhecido como Toquinho, nasceu em

São Paulo. Ele já gravou cerca de 80 discos e compôs mais de 450músicas. Tem como parceiros Vinicius de Moraes, Chico Buarque,Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, Francis Hime. Em 2011, Toquinholançou "Quem Viver, Verá" (Biscoito Fino), depois de oito anos semgravar canções inéditas. Ele traz parcerias com sua filha Jade Pecci,Eduardo Gudin, Carlinhos Vergueiro, Dora Vergueiro e o poetachileno Antonio Skármeta. O disco conta ainda com as participaçõesde Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e a cantora Anna Setton.

JOÃO BOSCOJoão Bosco nasceu em Minas Gerais e

soma 40 anos de carreira. Após seis anossem gravar inéditas, apresentou, em 2009,"Não vou pro céu, mas já não vivo no chão",com o qual rodou o Brasil e também

fez shows na Europa.

No próximo dia 08, Dia Internacional da Mulher, Maceió recebeToquinho e João Bosco. O show no formato acústico reúne no reper-torio 25 clássicos da música popular brasileira. O show será no Teatro

Gustavo Leite, 21 horas.

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Toquinho abre a noite cantando músicas já conhecidas do grande público, como"Que maravilha", com coautoria de Jorge Ben Jor. A parceria com Vinicius de Moraes nãopodia ser deixada de lado, sendo representada pelas canções "Samba de Orly", "Eu seique vou te amar" e "Sei lá".

João Bosco traz clássicos como "O bêbado e a equilibrista", "Dois pra lá dois pracá" e "Corsário", todas assinadas por ele e Aldir Blanc, além de "Jade" e "Papel marché"estão entre as selecionadas. A promessa é de que a dupla também se apresente juntaem alguns momentos do show.

serviço:Toquinho e João Bosco Teatro Gustavo Leite- Centro de Convenções Ruth Cardoso -Rua Celso Piatti - Jaraguá Maceió Sexta (8), às 21h.Informações: (82) 9972-7171

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Page 12: A SEMANA

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04 a 10 de março de 2013

ÚLTIMAS13 Para juristas, réus do

mensalão não serão presosantes do fim do anoMARIANA OLIVEIRADo G1, em Brasília

O ex-ministro do Supremo TribunalFederal Carlos Velloso e o presi-dente da Associação dosMagistrados do Brasil (AMB), NelsonCalandra, avaliaram como improváv-el, em entrevistas ao G1, que oprocesso do mensalão termineantes do final do ano.

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Vinte e dois réus foram condena-dos pelo tribunal em regime semi-aberto ou fechado e, se a decisãonão for modificada, devem ir para aprisão. Depois que o processo transi-tar em julgado (ou seja, seesgotarem as possibilidades derecursos), os condenados começarãoa cumprir as penas de prisão.

Na última quinta-feira (28), opresidente do Supremo TribunalFederal (STF) e relator do processo,ministro Joaquim Barbosa, estimouque, até julho, a ação estará concluí-da e os condenados, presos.

Segundo Velloso e Calandra,para que sejam respeitados os pra-zos processuais, a conclusão da açãopenal demandará mais tempo.

Virãos os embargos, observam-se prazos. [...] É o preço que se pagapara ter um processo justo. É a liber-dade de uma pessoa em jogo, nãoimporta quem seja. Então, acreditoque só seja encerrada [a ação do

mensalão] no fim do ano ou nocomeço do ano que vem."

Atualmente, os ministros estãoem fase de revisão dos votos pro-feridos durante o julgamento. Dos11 que participaram do julgamento,seis informaram que já entregaramos votos. Quando todos liberarem,será publicado o acórdão, documen-to que resume as decisões tomadas.A previsão é de que o documentosaia no começo do mês que vem.

Após o acórdão, abre-se prazode cinco dias para apresentação deembargos de declaração. Essesrecursos precisam ser julgados peloplenário. Depois, há possibilidade deembargo do embargo. Quem rece-beu quatro votos favoráveis podeentrar ainda com embargo infrin-gente e pleitear até um novo julga-mento. Só depois disso que oprocesso transita em julgado, quan-do não há mais chance de recurso. Asentença de condenação, então,poderá ser executada e os condena-dos irão para prisão.

Para o ex-ministro do SupremoCarlos Velloso, em razão de todo otrâmite restante, a previsão deJoaquim Barbosa de concluir tudoaté julho é "muito otimista".

Há dúvidas sobre a eficácia doembargo infringente. Isso porque alei 8.038, de 28 de maio de 1990,que regula as ações penais noSupremo, não trouxe a possibilidadedesse recurso. Na avaliação de juris-tas, a lei de 1990 derrubou a possi-

bilidade de embargos, previstos noregimento.

"É previsão muito otimistaporque acho que isso vai pelomenos até o fim do ano. Digamosque o acórdão seja publicado emabril. Virãos os embargos, obser-vam-se prazos. [...] É o preço que sepaga para ter um processo justo. É aliberdade de uma pessoa em jogo,não importa quem seja. Então,acredito que só seja encerrada [aação] no fim do ano ou no começodo ano que vem", disse Velloso.

O ex-ministro acrescentou aindaque, durante a análise dos recursos,o tribunal pode decidir ainda secabem ou não embargos infrin-gentes (entenda no quadro aolado). "Isso pode atrasar ainda maiso processo." Para ele, o recurso éválido.

Presidente da Associação dosMagistrados do Brasil (AMB), NelsonCalandra afirmou não ver "possibili-dade de finalizar" [o processo domensalão] antes do fim do ano.

"Metas devem ser estabelecidas.mas não depende só do ministroJoaquim. Eu acho que, fazendo aprojeção de prazo, considerandoque é preciso levar em conta a formado processo (as regras a seremseguidas), não vejo possibilidade definalizar antes do fim de 2013.Imagino que um prazo menor seriainexequível. Talvez a primeira etapade julgamento de embargos termineaté julho", disse Calandra.

Decisões do julgamento do mensalão O julgamento do mensalão foi con-cluído em 17 dezembro, após qua-tro meses e meio e 53 sessões.

O tribunal decidiu condenar 25dos 38 réus do processo e fixou aspunições de cada um. Durante o jul-gamento, o Supremo entendeu queexistiu um esquema de compra devotos no Congresso Nacionaldurante os primeiros anos do gover-no do ex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva. Os ministros entenderamque houve desvio de dinheiro públi-co, de contratos da Câmara dosDeputados e do Banco do Brasil,para abastecer o esquema criminoso.

Dos 38 réus do processo, umdeles teve o processo remetido paraa primeira instância. Outros 12acabaram inocentados. Dos 25 con-siderados culpados, o réu queobteve maior pena foi MarcosValério, apontado como o operadordo esquema do mensalão, querepassava o dinheiro a parla-mentares. Valério foi condenado amais de 40 anos de prisão.

Caso as condenações sejam man-tidas, quatro deputados federaisdevem perder o cargo: José Genoino(PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP),Pedro Henry (PP-MT) e ValdemarCosta Neto (PR-SP).

SAIBA MAIS

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ESPORTES14

04 a 10 de março de 2013

Botafogo, bate o Flapor 2x0 e vai a finalPOR GLOBOESPORTE.COM

Uma vitória implacável doprimeiro ao último minuto. Assimfoi, de forma emocionante, o tri-unfo do Botafogo sobre o Fla-mengo por 2 a 0, neste domingo,no Engenhão. Com um gol deJulio Cesar logo no lance inicial ede Vitinho no fim (aos 48), o timealvinegro garantiu vaga na final daTaça Guanabara e quebrou umjejum de quase três anos semvencer o rival. Os últimos trêspontos haviam sido conquistadosem 18 de abril de 2010, no 2 a 1da cavadinha de Loco Abreu quegarantiu a Taça Rio e o título cari-oca no Maracanã.

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Ainda por cima, essa vitória é a

primeira sobre os rubro-negros noEngenhão, justamente no dia doaniversário de Zico, que completou60 anos. O "presente" para o ídolorival teve a assinatura de vários per-sonagens importantes. Além dosautores dos gols, outros dois nãopodem ser esquecidos: o goleiroJefferson, que além das grandesdefesas puxou o contra-ataquepara o segundo gol, de Vitinho. E ocamisa 10 Seedorf, que com exper-iência comandou a equipe nos mo-mentos mais críticos na partida.

A torcida alvinegra que com-pareceu ao Engenhão - cuja rendafoi de 831.380,00, com público pa-gante de 17.554 pessoas e pre-sente de 21.545 - já começara odomingo feliz por conta da vitóriasobre o Flamengo por 2 a 1 tam-bém nas semis, pelo sub-20, nestedomingo. Depois, saiu de campo

eufórica com a boa atuação dotime. O goleiro Jefferson tambémnão escondia a empolgação, emandou um recado.

- O Botafogo não pode se con-tentar com o vice. Vamos brigarpara sermos campeões.

A torcida rubro-negra, quechegara ao Engenhão fazendofesta para Zico - levou máscarascom o rosto do ídolo e bandeirascom mensagens -, saiu com acerteza de que o time precisa mel-horar, e muito, para brigar pelo tí-tulo. Agora, ao Flamengo só resta aTaça Rio para ter espe-ranças dechegar à decisão do CampeonatoEstadual. O time não perdia desde10 de outubro, quando foi derro-tado por 3 a 2 pelo Corinthians, noCampeonato Brasileiro.

PAREDÃOJEFFERSON

Quando o Flamengo acordou nojogo, o goleiro brilhou com grandesdefesas e ainda puxou o contra-ataque do segundo gol. Foi o destaque da partida.

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LANCE CAPITAL1 DO 1º TEMPO

Não é todo dia que alguém faz umgolaço no primeiro minuto de jogodecisivo. Julio Cesar fez isso e deses-truturou o Fla, que entrou jogandopelo empate.

>>>

DECEPÇÃOHERNANE

Com a banca de artilheiro docampeonato, o camisa 9 teve atuação frustrante. Desperdiçou aúnica chance que teve em doislances seguidos e pouco fez.

>>> TAÇA GUANABARA

Julio Cesar abre o placar no primeiro minuto de jogo, Vitinho carimba avitória no último, a primeira sobre Fla no Engenhão, pondo fim a jejum>

FOTOS G1

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04 a 10 de março de 2013 ESPORTES / 15

Ênio Oliveira voltou porcima. Assumiu o

Corinthians restandoquatro rodadas, fora dazona de classificação e

tendo três jogos em seisdias. Levou o time ao

titulo da fase e a vagada Copa do Brasil em

2014. Parabéns peloretorno vitorioso.

Parabéns peladistribuição do conhecimento.

opinião COMMaRlon aRaúJo / [email protected]

VOLTA TRIUNFAL

TIME SIMPLES.. MAS QUE ENCAIXOUO Corinthians não é um time do outro mundo. É um timesimples, operário. Com alguns belos jogadores, entre eles,Evson, Djavan e Thiago Silva, o time mais uma vez mostraforça e chega em condições de brigar pelo titulo.Condições é uma coisa, conseguir é outra totalmentediferente.

TIME SIMPLES. QUE NÃO ENCAIXOUO CSA tem um time simples. Nada de especial, mas nãoconseguiu encaixar. Dou um desconto que o técnico BetoAlmeida não teve tempo para treinar, mas também nãovejo o CSA com penetração, uma jogada, uma ultrapas-sagem. Vai precisar de muita coisa para tentar o titulo.

DECEPÇÃOSomente na reta final tentou qualificar o elenco com PauloVictor, Luís Paulo e Ibson Melo. Mas o CSE sobrou emerros, teve dificuldades, mudou de comando técnico já trêsvezes e vai lutar contra o rebaixamento. Uma pena.

PEQUENININHO....Termina a primeira fase, digo sem medo de errar: o nívelda 1ª fase do Alagoano foi muito baixo. Poucos jogadoresde destaque, qualidade técnica ruim das equipes e poucascoisas boas a aproveitar. Espero que tudo mude na retafinal

FAVORITOS?ASA e CRB entram na competição como favoritos? Achoque sim. O ASA já provou que tem time forte. Já o CRBtem um elenco bom, mas ainda não tem um time. Se vãopor isso em pratica os resultados vão dizer.

CHEIRO RUIMA CBF resolveu tirar da última rodada do Brasileiro os clás-sicos. Entendo ser um retrocesso e um terreno fértil paraas armações. Também ficou muito ruim a saída do Cel.Aristeu do comando da arbitragem. Ele queria apurardenuncias contra árbitros. Marin não gostou. As duas situ-ações tem a cara do atual presidente da CBF. Péssimopolítico prefere colocar assuntos em baixo do tapete. Umavergonha!

>>> ALAGOANO 2013

Corinthians: conquistaprimeira fase e vagana Copa do BrasilCHARLENE ARAÚJO E CLAUDEMIR ARAÚJOGazetaweb

O Corinthians Alagoano venceu a equipe doComercial de Viçosa por 2 a 0 na tarde deste sába-do (02), no Estádio Teotonio Vilela e com isso con-quistou o título da primeira fase do CampeonatoAlagoano. Além disso, o Timão da Via Expressaassegurou vaga para a Copa do Brasil de 2014. Osdois gols da partida foram marcados por Daniel,aos 3 e aos 13 minutos do segundo tempo.

O Tricolor da Via Expressa encerrou a primeira

fase com 24 pontos. O Comercial somou 17 pon-tos, na 6ª posição e agora vai disputar o Torneio daMorte.

Na abertura do hexagonal, o Corinthians terácomo adversário o CRB. Para esse jogo, nãopoderá contar com o lateral Aderlan, punido como 3º cartão-amarelo. Em compensação, terá asvoltas do volante Evson e do atacante Patrick, queforam suspensos pelo TJD por duas partidas e jácumpriram ambas. Patrick está entregue ao setormédico, mas tem grande possibilidade de ser lib-erado.

Após dois dias intensos de competição, a alagoana Danielle AlvesBalbino da Silva conquistou o principal prêmio do campeonato de fisi-culturismo Arnold Classic Amateur, realizado em Ohio, nos EstadosUnidos. O torneio é promovido pelo ator e ex-fisiculturista ArnoldSchwarzenegger.

“A felicidade é tanta que não cabe dentro de mim tanta emoção”,disse a alagoana em seu perfil no Facebook. “Amanhã [neste domingo]irei apertar a mão do Arnold. A ficha ainda não caiu”, publicou ela nestesábado. Danielle foi a campeã Overall da categoria Physique e tambémlevou o troféu na modalidade Ladies physique, A class - up to 1,63. Coma conquista, ela ganhou o direito de receber o cartão de atleta profis-sional das mãos do próprio Arnold Schwarzenegger.

C U R T A

Alagoana vence competição internacional de fisiculturismo

>>> Daniel marcou os dois gols da equipe da Via Expressa, que encara o CRB no hexagonal

Page 16: A SEMANA

por ZIRLANE FLORES [email protected]

CONECTADA/VIAGENS: PORTUGAL/PORTOO Porto é uma cidade pequena e charmosa, onde a parte

antiga se mistura com a nova, onde construções de design semisturam com prédios de séculos. Onde a cultura portuguesaestá tão enraizada. Onde as pessoas são simpáticas e acolhe-doras.

Onde ficar: Hotel Tryp, que fica na Praça da Batalha, bemno centro. Outro que fica muito bem localizado, na avenidados Aliados, é o Hotel Pão de Açucar. O ideal é que você fiquehospedado nessa zona no centro, da Praça da Batalha (metrôestação Bolhão) ou na zona de Aliados (estação Aliados ouTrindade), que é o centrão! Lá você faz praticamente tudo a pée, se precisar, tem 3 estações de metrô pelas imediações queprovavelmente usará quando for para a parte nova da cidade.Estando em Aliados, você pode tirar um dia para passear porali, ir na Ribeira, que é onde tem uma das vistas mais lindas dacidade e otimos restaurantes. Do outro lado da Ponte DomLuis fica Vila Nova de Gaia, onde pode visitar as caves de vinhodo Porto.

Onde comer: O gostoso da Ribeira é você entrar numdos restaurantes de lá e comer uma boa comida portuguesa,com um bom vinho, e ver o pôr do sol lá mesmo, tomandoum vinhozinho do Porto. Experimente o “Peza Arroz” ou “ACanastra da Ribeira”

Lazer: Não deixe de fazer um passeio de barco subindoo Rio Douro, ouvindo um belo Fado, regado a um bom Vinhodo Porto, que termina com uma inesquecível visita ás cavesonde se produzem os vinhos.

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destaQue da seMana / ELEUSA FARIAS

>>> Em reunião íntima, Eleusa farias,comemorou em alto estilo seu aniversário,ladeada por seu amor, familiares e amigos.

>>> Parabenizo o Coronel do Bope TúlioRoberto, pela sua atuação em nosso estado, quevem sendo executada com grandiosidade, porsuas operações inteligentes e eficazes. “BravoCoronel Túlio”.

CONECTADA / VINHO: A gastronomia identifica-se com a cultura de

um povo e o Brasil não foge à regra. Porque beber vinho também é um ato de cultura,

fazendo ele parte da gastronomia, ambos associadosreforçam a sua identidade cultural. Não podemos es-quecer, que a harmonia entre vinho e comida é parteobrigatória do prazer de estar à mesa. Em termos gas-tronômicos, o vinho é importante na cozinha, nãoapenas por ser parte integrante da refeição, mas tam-bém por ser um agente que realça os sabores da boacomida. Há muito se estabeleceram algumas regras,por todos conhecidas, que nos ditam que um pratode peixe deverá ser servido com vinho branco, queos mariscos pedem vinhos verdes ou brancos acídu-los, que as carnes se fazem acompanhar por vinhostintos e que com as sobremesas se deverão servir vin-hos licorosos ou espumantes mais ou menos doces.

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CONECTADA / SAÚDE:Sustentabilidade

Bicicleta faz bem para o corpo e também para o meio am-biente, essa atividade ajuda a perder peso e tonificar a muscu-latura. Além de ser uma alternativa sustentável e aumentar aqualidade de vida, andar de bicicleta é também uma excelenteopção para a saúde e a forma física. Pedalar é uma ótima ativi-dade não só para o emagrecimento, mas também para a mel-hora do condicionamento cardiovascular e tonificação damusculatura. A atividade pode ser realizada diariamente e aprática regular proporciona também outros benefícios, comotonificação da musculatura das pernas (quadríceps, posterioresde coxa, glúteos e panturrilha), da musculatura abdominal eeretores da coluna. O gasto calórico, como em qualquer outraatividade, varia de pessoa para pessoa, de acordo com tempode exercício, a intensidade, e outros fatores.

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SOCIAL

Bento XVI voltou ainda a referir que a sua decisão foi tomada “emprofunda serenidade espiritual” e pediu aos fiéis para rezarem peloscardeais que têm agora a tarefa de eleger o novo chefe da IgrejaCatólica. Antes da sua intervenção, Joseph Ratzinger deu uma voltano papamóbil pela Praça de São Pedro para se despedir das cercade 200 mil pessoas que quiseram assistir à sua última audiência.Recorde-se que Bento XVI, de 85 anos, anunciou a sua resignaçãono passado dia 11 de fevereiro, alegando que já não tinha a forçafísica necessária que o cargo lhe exigia. De acordo com o porta-vozdo Vaticano, Federico Lombardi, o novo Papa deverá ser escolhidoaté à Páscoa, a 31 de março. No último dia 28 de fevereiro, JosephRatzinger dormiu na vila Castel Gandolfo, a 20 km de Roma, e os209 cardeais católicos começam a reunião para decidir quem seráo seu sucessor. O conclave para eleger o novo Papa começará porvolta do dia 10 de março e, quando sair "fumo branco" da cham-iné da Capela Sistina, em Roma, haverá um Papa e ex-Papa. Ou umemérito Romano Pontífice, como Ratzinger decidiu passar achamar-se. O seu último dia no Vaticano foi planeado minuto aminuto, de modo a parecer tão atrativo como um guião de cin-ema. Desta vez, o Papa vai de viagem mas para sempre, o que éuma novidade absoluta e por isso teve de ser preparado interpre-tando as leis, porque até agora os Papas não se reformavam, mor-riam.

Entrevista / Papa Bento XVI

Esta quarta-feira ficoumarcada pela últimaaudiência do pontifi-

cado de Bento XVI. O Papaaproveitou a ocasião que,apesar de ter vivido muitosmomentos de felicidade, en-frentou um “mar agitado”,“ventos contrários” e que,por vezes, parecia até “que oSenhor estava a dormir”.

04 a 10 de março de 2013

CONECTADA /ÓSCARES

Vencedores e vencidosreuniram-se no Bailedos Governadores apósos Óscares. Depois dacerimônia seguiu-se omomento de descon-tração na tradicionalfesta. A ce-rimônia deentrega dos Óscares foi, com certeza, uma noite de emoções para todos osnomeados. E, após a noite de gala e entregues os prêmios, os vencedores, eos que não levaram a cobiçada estatueta para casa, juntaram-se no tradi-cional Baile dos Governadores. Os atores e realizadores como Anne Hath-away, Jennifer Lawrence, George Clooney, Ben Affleck, Tommy Lee Jones eQuentin Tarantino, entre outros, descontraíram, jantaram e conviveram comos amigos durante umas horas antes de seguirem para as outras festas quemarcaram a mais esperada noite da indústria do cinema norte-americano.

CONECTADACONECTADA