A Segurança Eterna da Aliança da Graça · A firmeza da confiança do crente na segurança eterna...

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A Segurança Eterna da Aliança da Graça Por Silvio Dutra Set/2019

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A Segurança Eterna da Aliança da Graça

Por

Silvio Dutra

Set/2019

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A474 Alves, Silvio Dutra A segurança eterna da aliança da graça Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 44p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé I. Título. CDD 252

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A salvação de pecadores é feita com base

numa aliança de graça feita entre Deus Pai e

Jesus Cristo, antes mesmo da criação do mundo.

O homem não havia ainda pecado quando da sua

criação, e antes mesmo deste ato a aliança de

graça já havia sido celebrada para que fosse

alcançada por ela, pecando ou não pecando,

porque o trato feito entre o Pai e o Filho era que

o homem criado e toda a sua descendência teria

para a adoção de filhos de Deus a todos os que O

amassem, e estes seriam dados ao Filho, para

viverem por sua vida.

Estes que amariam a Deus, quando lhes fosse

revelado o Filho pelo Espírito Santo, foram

conhecidos por Ele em Sua onisciência, e tendo-

os escolhido para Si, no Filho, são chamados de

eleitos de Deus, para o propósito de formar com

eles uma assembleia de santos, uma igreja,

semelhantes a Seu Filho.

A firmeza da confiança do crente na segurança

eterna da sua salvação consiste na completa

fidelidade de Deus em cumprir e guardar esta

aliança de graça feita com o Filho, de também

considerar aliançados com Ele, todos os que

viessem a crer nEle para serem unidos a Ele na

semelhança de todas as coisas (tanto de Sua

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morte, quanto ressurreição, sofrimentos e

glória).

Como Jesus não mais morrerá, eles também não

morrerão eternamente, segundo a Sua

promessa de que todo aquele que nele crê não

mais morrerá eternamente.

É por meio destas verdades que vemos quão

descabida é a proposição feita por alguns de que

Deus deveria salvar a todos os homens sem

exceção, pois ainda que este seja o seu desejo

conforme declarado nas Escrituras, de que não

tem qualquer prazer na morte do ímpio, todavia,

a eleição, como já dissemos antes, é para um

propósito de santificação dos eleitos, e não há

santificação onde não houver uma cooperação

voluntária por parte dos que forem santificados

pelo Espírito Santo, mediante aplicação da

Palavra da verdade às suas vidas.

Quantos estão dispostos a serem santificados,

consagrando-se inteiramente à vontade de

Deus?

Quantos se esforçam para entrar no Reino do

céu, com as motivações corretas, de viverem

para a exclusiva glória do Senhor?

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Quanto estão dispostos a mortificar o pecado, a

se despojarem dos hábitos da velha criatura, e se

revestirem das virtudes de Jesus?

Se a resposta fosse todos, então isto é porque

todos são eleitos de Deus. Mas a experiência

prova o oposto disto, pois mais são os que se

perdem do que os que se salvam, e isto porque

sucede o que Jesus disse a Nicodemos:

“17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao

mundo, não para que julgasse o mundo, mas

para que o mundo fosse salvo por ele.

18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já

está julgado, porquanto não crê no nome do

unigênito Filho de Deus.

19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo,

e os homens amaram mais as trevas do que a luz;

porque as suas obras eram más.

20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a

luz e não se chega para a luz, a fim de não serem

arguidas as suas obras.

21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a

fim de que as suas obras sejam manifestas,

porque feitas em Deus.” (João 3.17-21).

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“39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter

nelas a vida eterna, e são elas mesmas que

testificam de mim.

40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes

vida.” (João 5.39,40).

Disto também nos fala o apóstolo Paulo:

“9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a

eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e

prodígios da mentira,

10 e com todo engano de injustiça aos que

perecem, porque não acolheram o amor da

verdade para serem salvos.

11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda

a operação do erro, para darem crédito à

mentira,

12 a fim de serem julgados todos quantos não

deram crédito à verdade; antes, pelo contrário,

deleitaram-se com a injustiça.” (2

Tessalonicenses 2.9-12).

Isto sucede não por falta de poder em Deus para

transformar árvores más em árvores boas, pois,

na verdade, todos somos árvores más até que

sejamos transformados em árvores boas por

meio da fé em Jesus Cristo.

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“10 Porque, assim como descem a chuva e a

neve dos céus e para lá não tornam, sem que

primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a

façam brotar, para dar semente ao semeador e

pão ao que come,

11 assim será a palavra que sair da minha boca:

não voltará para mim vazia, mas fará o que me

apraz e prosperará naquilo para que a designei.

12 Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os

montes e os outeiros romperão em cânticos

diante de vós, e todas as árvores do campo

baterão palmas.

13 Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e

em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto

glória para o SENHOR e memorial eterno, que

jamais será extinto.” (Isaías 55.10-13).

Enquanto alguém estiver apegado aos seus

pecados e sem buscar lugar de arrependimento

em Deus, jamais poderá ser realizada em sua

vida o cumprimento desta promessa que Deus

faz em Is 55.13.

Somente aos que choram, que lamentam por

causa dos seus pecados, e que se arrependem,

Deus salvará, conduzindo-os à fé em Cristo para

tal propósito.

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“17 Por causa da indignidade da sua cobiça, eu

me indignei e feri o povo; escondi a face e

indignei-me, mas, rebelde, seguiu ele o

caminho da sua escolha.

18 Tenho visto os seus caminhos e o sararei;

também o guiarei e lhe tornarei a dar

consolação, a saber, aos que dele choram.

19 Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz

para os que estão longe e para os que estão

perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.

20 Mas os perversos são como o mar agitado,

que não se pode aquietar, cujas águas lançam de

si lama e lodo.

21 Para os perversos, diz o meu Deus, não há

paz.” (Isaías 57.12-21).

Jesus revelou claramente em Seu ministério

terreno que veio a este mundo para salvar

exatamente estes que choram por causa do

pecado.

Nós vemos isto especialmente nas palavras do

Sermão do Monte, onde diz que são bem-

aventurados e herdeiros do céu e da terra, e que

são consolados todos aqueles são pobres de

espírito, mansos e que choram.

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Por que Ele diz que são bem-aventurados?

Porque com isto, provam para si mesmos que

são de fato eleitos de Deus, e que por

conseguinte serão salvos, pois o que é pobre de

espírito reconhece que necessita da graça

divina para ser verdadeiramente enriquecido

no que convém ser; e assim, recorrerá a ele com

espírito contrito para achar a salvação. O manso

permitirá que Deus opere em sua vida, ainda

que seja através de tribulações, para

transformar o seu caráter pecaminoso em um

caráter santo. E o que chora terá alegria de ver a

sua tristeza pelos seus pecados sendo

transformada em alegria pelo poder de Deus,

por ser perdoado e justificado de todos eles.

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito

quebrantado; coração compungido e contrito,

não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51.17).

“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita

a eternidade, o qual tem o nome de Santo:

Habito no alto e santo lugar, mas habito também

com o contrito e abatido de espírito, para

vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o

coração dos contritos.” (Isaías 51.15).

A eleição não consiste portanto em uma mera

questão de escolher por escolher.

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“1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos

que são forasteiros da Dispersão no Ponto,

Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em

santificação do Espírito, para a obediência e a

aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz

vos sejam multiplicadas.

3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus

Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia,

nos regenerou para uma viva esperança,

mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre

os mortos,

4 para uma herança incorruptível, sem mácula,

imarcescível, reservada nos céus para vós

outros

5 que sois guardados pelo poder de Deus,

mediante a fé, para a salvação preparada para

revelar-se no último tempo.” (I Pedro 1.1-5)

Em Sua presciência Deus nos elegeu para

sermos santificados pelo Espírito mediante

obediência à Palavra da verdade. É a isto que se

refere o apóstolo.

O que está em jogo não se trata de mera questão

sentimental, emocional e até mesmo racional,

mas eminentemente espiritual, em que

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operações para a transformação de corações de

pedra em corações de carne.

“25 Então, aspergirei água pura sobre vós, e

ficareis purificados; de todas as vossas

imundícias e de todos os vossos ídolos vos

purificarei.

26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós

espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e

vos darei coração de carne.

27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que

andeis nos meus estatutos, guardeis os meus

juízos e os observeis.” (Ezequiel 36.25-27).

Esta é uma parte muito importante da eleição,

no que diz respeito aos beneficiados por ela, a

saber, os crentes, mas a outra parte no que diz

respeito ao que foi Eleito por Deus Pai para ser o

consumador da aliança (Jesus Cristo) é a mais

importante dela, porque é inteiramente dEle

que depende a segurança de que jamais nos

desviaremos da aliança que temos com Deus por

meio dEle, porque os termos principais da

aliança foram feitos entre o Pai e Ele, e não

temos nenhuma participação nisto, como por

exemplo que Ele deveria ser o Sacrifício, o

Sacerdote, o Profeta e o Rei para os aliançados,

para que estes vivessem eternamente nEle.

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É Jesus, e somente Ele, quem garante a nossa

permanência na condição de salvos, e unidos a

Deus em espírito. Fracos que somos em nós

mesmos jamais poderíamos ser chamados a

entrar diretamente em aliança com Deus, de

modo que jamais nos desviássemos dEle.

Por isso todas as promessas de segurança da

aliança, e por conseguinte da nossa salvação,

são dirigidas e não a nós. Ele será o garantidor, o

fiador desta aliança e da eternidade desta

salvação.

Isto é o cumprimento da seguinte promessa:

“38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho,

para que me temam todos os dias, para seu bem

e bem de seus filhos.

40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual

não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu

temor no seu coração, para que nunca se

apartem de mim.

41 Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei

bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de

todo o meu coração e de toda a minha alma.”

(Jeremias 32.38-41).

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Para que nosso coração jamais se desviasse de

Deus depois que nos convertêssemos a Ele pela

fé em Jesus Cristo, foi necessário que nos fosse

dado tal Fiador, Salvador, Sacerdote e Rei na

aliança da graça. Por isso são muitas as profecias

que apontam para Jesus como sendo aquele com

quem o Pai entrou em aliança para que

fôssemos salvos por Ele.

“20 Assim diz o SENHOR: Se puderdes invalidar

a minha aliança com o dia e a minha aliança com

a noite, de tal modo que não haja nem dia nem

noite a seu tempo,

21 poder-se-á também invalidar a minha aliança

com Davi, meu servo, para que não tenha filho

que reine no seu trono; como também com os

levitas sacerdotes, meus ministros.” (Jeremias

33.20,21).

Toda vez que se fala da aliança da graça, em seu

caráter eterno, e em que aparece o nome de Davi

no texto, a referência recai sobre Jesus Cristo

que é da descendência de Davi segundo a carne,

mas que seria o único que poderia garantir o

caráter eterno da aliança. Davi é citado para se

indicar a eternidade do reino de Jesus, que

reinaria de fato e efetivamente, pois é sabido

que Davi jamais poderia realizar todo o trabalho

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que Jesus realizou e ainda tem realizado para

efeito da nossa salvação.

“29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos

claramente a respeito do patriarca Davi que ele

morreu e foi sepultado, e o seu túmulo

permanece entre nós até hoje.

30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe

havia jurado que um dos seus descendentes se

assentaria no seu trono,

31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de

Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu

corpo experimentou corrupção.

32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos

nós somos testemunhas.

33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo

recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,

derramou isto que vedes e ouvis.

34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele

mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor:

Assenta-te à minha direita,

35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado

dos teus pés.

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36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa

de Israel de que a este Jesus, que vós

crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos

2.29-36).

“3 Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi,

meu servo:

4 Para sempre estabelecerei a tua posteridade e

firmarei o teu trono de geração em geração.”

(Salmo 89.3,4).

“28 Conservar-lhe-ei para sempre a minha

graça e, firme com ele, a minha aliança.

29 Farei durar para sempre a sua descendência;

e, o seu trono, como os dias do céu.

30 Se os seus filhos desprezarem a minha lei e

não andarem nos meus juízos,

31 se violarem os meus preceitos e não

guardarem os meus mandamentos,

32 então, punirei com vara as suas transgressões

e com açoites, a sua iniquidade.

33 Mas jamais retirarei dele a minha bondade,

nem desmentirei a minha fidelidade.

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34 Não violarei a minha aliança, nem

modificarei o que os meus lábios proferiram.

35 Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu

falso a Davi?):

36 A sua posteridade durará para sempre, e o

seu trono, como o sol perante mim.

37 Ele será estabelecido para sempre como a lua

e fiel como a testemunha no espaço.” (Salmo

89.28-37).

“5 Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus

e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto

produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela

está e o espírito aos que andam nela.

6 Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-

ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador

da aliança com o povo e luz para os gentios;

7 para abrires os olhos aos cegos, para tirares da

prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em

trevas.” (Isaías 42.5-7).

“1 Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe,

escutai! O SENHOR me chamou desde o meu

nascimento, desde o ventre de minha mãe fez

menção do meu nome;

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2 fez a minha boca como uma espada aguda, na

sombra da sua mão me escondeu; fez-me como

uma flecha polida, e me guardou na sua aljava,

3 e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por

quem hei de ser glorificado.

4 Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado,

inútil e vãmente gastei as minhas forças;

todavia, o meu direito está perante o SENHOR, a

minha recompensa, perante o meu Deus.

5 Mas agora diz o SENHOR, que me formou

desde o ventre para ser seu servo, para que

torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele,

porque eu sou glorificado perante o SENHOR, e

o meu Deus é a minha força.

6 Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para

restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer

os remanescentes de Israel; também te dei

como luz para os gentios, para seres a minha

salvação até à extremidade da terra.

7 Assim diz o SENHOR, o Redentor e Santo de

Israel, ao que é desprezado, ao aborrecido das

nações, ao servo dos tiranos: Os reis o verão, e os

príncipes se levantarão; e eles te adorarão por

amor do SENHOR, que é fiel, e do Santo de

Israel, que te escolheu.

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8 Diz ainda o SENHOR: No tempo aceitável, eu te

ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-

ei e te farei mediador da aliança do povo, para

restaurares a terra e lhe repartires as herdades

assoladas;

9 para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em

trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e

em todos os altos desnudos terão o seu pasto.

10 Não terão fome nem sede, a calma nem o sol

os afligirá; porque o que deles se compadece os

guiará e os conduzirá aos mananciais das águas.

11 Transformarei todos os meus montes em

caminhos, e as minhas veredas serão alteadas.

12 Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles,

do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da

terra de Sinim.

13 Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós,

montes, rompei em cânticos, porque o SENHOR

consolou o seu povo e dos seus aflitos se

compadece.” (Salmo 49.1-13).

“Porque os montes se retirarão, e os outeiros

serão removidos; mas a minha misericórdia não

se apartará de ti, e a aliança da minha paz não

será removida, diz o SENHOR, que se

compadece de ti.” (Isaías 54.10).

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“3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a

vossa alma viverá; porque convosco farei uma

aliança perpétua, que consiste nas fiéis

misericórdias prometidas a Davi.

4 Eis que eu o dei por testemunho aos povos,

como príncipe e governador dos povos.

5 Eis que chamarás a uma nação que não

conheces, e uma nação que nunca te conheceu

correrá para junto de ti, por amor do SENHOR,

teu Deus, e do Santo de Israel, porque este te

glorificou.

6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar,

invocai-o enquanto está perto.

7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os

seus pensamentos; converta-se ao SENHOR,

que se compadecerá dele, e volte-se para o

nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías

55.3-7).

“31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que

firmarei nova aliança com a casa de Israel e com

a casa de Judá.

32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais,

no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da

terra do Egito; porquanto eles anularam a minha

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aliança, não obstante eu os haver desposado, diz

o SENHOR.

33 Porque esta é a aliança que firmarei com a

casa de Israel, depois daqueles dias, diz o

SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas

leis, também no coração lhas inscreverei; eu

serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo,

nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece

ao SENHOR, porque todos me conhecerão,

desde o menor até ao maior deles, diz o

SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e

dos seus pecados jamais me lembrarei.”

(Jeremias 31.31-34).

“25 Habitarão na terra que dei a meu servo Jacó,

na qual vossos pais habitaram; habitarão nela,

eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para

sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe

eternamente.

26 Farei com eles aliança de paz; será aliança

perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e

porei o meu santuário no meio deles, para

sempre.

27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei

o seu Deus, e eles serão o meu povo.

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28 As nações saberão que eu sou o SENHOR que

santifico a Israel, quando o meu santuário

estiver para sempre no meio deles.” (Ezequiel

37.25-28).

“1 Eis que eu envio o meu mensageiro, que

preparará o caminho diante de mim; de repente,

virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais,

o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que

ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.

2 Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda?

E quem poderá subsistir quando ele aparecer?

Porque ele é como o fogo do ourives e como a

potassa dos lavandeiros.

3 Assentar-se-á como derretedor e purificador

de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará

como ouro e como prata; eles trarão ao SENHOR

justas ofertas.” (Malaquias 3.1-3).

“27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado

graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele

todos;

28 porque isto é o meu sangue, o sangue da

[nova] aliança, derramado em favor de muitos,

para remissão de pecados.” (Mateus 26.27,28).

“6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério

tanto mais excelente, quanto é ele também

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Mediador de superior aliança instituída com

base em superiores promessas.

7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido

sem defeito, de maneira alguma estaria sendo

buscado lugar para uma segunda.

8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm

dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a

casa de Israel e com a casa de Judá,

9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no

dia em que os tomei pela mão, para os conduzir

até fora da terra do Egito; pois eles não

continuaram na minha aliança, e eu não atentei

para eles, diz o Senhor.

10 Porque esta é a aliança que firmarei com a

casa de Israel, depois daqueles dias, diz o

Senhor: na sua mente imprimirei as minhas

leis, também sobre o seu coração as inscreverei;

e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

11 E não ensinará jamais cada um ao seu

próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:

Conhece ao Senhor; porque todos me

conhecerão, desde o menor deles até ao maior.

12 Pois, para com as suas iniquidades, usarei de

misericórdia e dos seus pecados jamais me

lembrarei.

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13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a

primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e

envelhecido está prestes a desaparecer.”

(Hebreus 8.6-13).

“Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova

aliança, a fim de que, intervindo a morte para

remissão das transgressões que havia sob a

primeira aliança, recebam a promessa da eterna

herança aqueles que têm sido chamados.”

(Hebreus 9.15).

“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre

os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor

das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança,”

(Hebreus 13.20).

Em muitas outras passagens bíblicas podemos

ver citações relativas a esta aliança eterna que

foi feita entre o Pai e o Filho para o benefício dos

que creem.

Quanto à segurança desta aliança de graça,

registramos algumas citações de Thomas

Boston, a seguir:

Cristo, o segundo Adão, consentindo com a

aliança, também é aquele que a garante:

Heb. 7:22, "Jesus se tem tornado fiador de

superior aliança" ou, como outros leem, de uma

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aliança melhor. Uma garantia é alguém que se

compromete com o outro, obrigando-se a pagar

sua dívida, civil ou criminal, ou pela execução de

uma ação. Para que possamos então entender

corretamente o fiança de Cristo, é necessário

considerarmos:

1. Para quem,

2. Pelo que ele se tornou fiador na aliança.

Primeiro, para quem Cristo se tornou fiador na

aliança. Encontro duas coisas nessa questão, a

saber:

(1) que ele se tornou garantia para Deus

(2.) garantia para pecadores contra Deus.

Para o primeiro deles, Cristo se tornou fiador de

pecadores para Deus, bem como garantia para

pecadores contra Deus, empreendendo, por

parte de Deus, que todas as promessas serão

cumpridas para a semente, a saber, para todos

os que acreditam. Não há dúvida, mas as

promessas de Deus são, em relação à sua

verdade e veracidade infalíveis, muito firmes e

seguras em si mesmas, e não podem deixar de

ser cumpridas: mas, sendo criaturas culpadas,

demoramos para acreditar; e, portanto, é

preciso o que pode torná-las mais seguras para

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nós, ou assegurar aos nossos corações que elas

serão realizadas para nós. É por isso porque ele

nos deu sua palavra de promessa sob sua mão

nas santas Escrituras, e um penhor da herança

prometida, Ef. 1:14; o selo do Espírito, verso 13; 2

Cor. 1:22: os selos sacramentais,

Romanos 4:11; sim, e seu juramento solene

também, no assunto, de mostrar aos herdeiros

da promessa a imutabilidade de seu conselho,

Heb. 6:17. E se Jesus Cristo é a garantia para Deus

para nós, não há dúvida para o mesmo fim.

Mas duvido que a sagrada Escritura chame a

Cristo de garantia nesse sentido. Na passagem

prevista, Heb. 7:22, o único texto em que Cristo é

expressamente é chamado de fiador, é evidente,

que sua fiança mencionada nele respeita ao seu

ofício sacerdotal, em que ele lida com Deus por

nós; verso 20.

"E tanto quanto não sem juramento, ele foi feito

sacerdote", 21. (- "por aquele que lhe disse: O

Senhor está ciente, e não se arrependerá; tu és

sacerdote para sempre segundo a ordem de

Melquisedeque) verso 22, Jesus fez uma garantia

de um testamento melhor. "Mas sua busca por

Deus para nós, não podemos nos relacionar com

seu ofício sacerdotal, mas com seu ofício real,

em relação a que todo o poder é dado a ele no

céu e na terra; e consequentemente um poder

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para ver que todas as promessas sejam

cumpridas ao seu povo. E portanto, sua fiança

mencionada nesse texto é para nós para Deus, e

não por Deus para nós. É apenas em outros dois

textos, tanto quanto eu observei, que lemos

sobre uma fiança relativa ao caso entre Deus e

um pecador: e em ambos, a fiança não é para o

pecador, mas para ele. Eles são o Salmo 119: 122:

"Seja fiador do teu servo para sempre;" e Jó 17:

3. "Colocar em garantia contigo." A fraseologia

ou expressão original é o mesmo no último texto

e no primeiro; e o mesmo em ambos, como no

caso da fiança de Judá por Benjamin, a seu pai,

Gênesis 43: 9; e 44:32. Agora, a menos que os

oráculos sagrados se apresentem diante de nós,

ao propor Cristo como uma garantia para Deus

para nós, não vejo razão, por que o ser de uma

coisa dessas deve ser entregue aos adversários,

que fazem uso pernicioso disto. Quanto ao

conforto que possa surgir disso para nós, o

mesmo é totalmente garantido, na medida em

que toda a administração da aliança está

comprometida nas mãos de nosso Senhor Jesus

Cristo; e ele é o administrador e testador da

aliança ou dos benefícios da aliança.

Mas, sem toda a aventura, Cristo, o Mediador e

o segundo Adão,

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ser fiador na aliança, para pecadores a

Deus; como as Escrituras declaram

abundantemente: Salmo 89:19: "Outrora, falaste

em visão aos teus santos e disseste: A um herói

concedi o poder de socorrer; do meio do povo,

exaltei um escolhido." 1 Tim. 2: 5, "Porquanto há

um só Deus e um só Mediador entre Deus e os

homens, Cristo Jesus, homem," Verso 6, "que se

deu um resgate por todos". 2 Cor. 5:21, "Ele o fez

pecado por nós, aquele que não conheceu o

pecado". Isaías 53: 6, "O O Senhor colocou sobre

ele a iniquidade de todos nós." Gál. 3:13, "Cristo

nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se

maldição no nosso lugar. "Isa 53: 5, "Mas ele foi

traspassado pelas nossas transgressões e moído

pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz

a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras

fomos sarados." A aliança da graça foi feita com

a semente espiritual em Cristo, o segundo Adão,

assumindo o fardo sobre ele como sua

garantia. E a garantia não poderia ter sido feita

com eles. Porque eles eram uma companhia de

homens desviados, devido mil vezes mais do que

todos valeram a pena: e sua palavra em uma

nova barganha pela vida e pela salvação não

valia nada; não poderia haver consideração no

céu. Lá nem a verdade nem a habilidade os

deixaria depois que a primeira aliança foi

quebrada.

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Veja seu caráter em questão de verdade ou

veracidade, Romanos 3: 4, "Que Deus seja

verdadeiro, mas todo homem é um mentiroso" e

em termos de capacidade, cap. 5: 6, "quando

ainda estavam sem força, no devido tempo,

Cristo morreu pelos ímpios."

As demandas desse pacto eram altas e muito

acima de sua capacidade de resposta: e, além

disso, eles próprios eram falsos e volúveis.

Então havia uma necessidade absoluta de

garantia para eles. E Jesus Cristo se tornou

garantia para eles; então a nova aliança, da qual

depende toda a sua salvação foi feita e

assegurada.

Salomão nos diz que "Quem fica por fiador de

outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser

estará seguro." Pro. 11:15. Nosso Senhor Jesus

sabia muito bem, o fardo que ele assumiu em

sua busca pelos pecadores; o caráter daqueles

por quem ele se tornou fiador; e que ele não

poderia ter alívio deles; mas seu amor à glória de

seu Pai e à salvação de pecadores, engajaram-

no, tendo a certeza de serem salvos, assim como

parece considerar,

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Em segundo lugar, pelo que ele se tornou fiador

na aliança. A Fiança, em respeito ao objeto, é de

dois tipos.

1. Existe uma fiança para pagar a dívida:

Prov. 22:26, "Não estejas entre os que se

comprometem e ficam por fiadores de dívidas,"

A realização de uma ação: cap. 20:16, "Não estejas

entre os que se comprometem e ficam por

fiadores de dívidas,", que é dele quem é garantia

por seu bom comportamento; pois ela os deixará

em perigo.

Agora, a fiança de nosso Senhor pelos pecadores

era do primeiro tipo. Cristo como o segundo

Adão, concordando com a aliança, garantiu-se

na garantia da dívida da semente representada

por ele. A dívida deles era pela eterna predição

de Deus conhecida e declarada a partir do pacto

quebrado das obras, em latitude das demandas

que eles tinham; e ele se tornou fiador por isso,

batendo as mãos com seu pai para pagá-lo

completamente, e,

1. Ele se tornou fiador do débito de castigo que

eles como pecadores eram responsáveis pelo

pagamento, como diz o original, 2 Tes. 1: 9. Que

era a dívida devida à justiça divina, por todos os

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seus pecados, original ou real. O demérito de

seus pecados, como ofensas contra um Deus

infinito, foi um castigo infinito. Eles estavam

sujeitos a suportar as dores de morte, em plena

latitude; sofrer a força da vingança da ira, para a

completa satisfação da justiça infinita, e

reparação total da ação de Deus em sua honra

ferida. Esta era a sua dívida de punição: uma

dívida que eles mesmos nunca poderiam ter

limpado, embora pagando o máximo possível,

através dos tempos da eternidade. Mas essa é a

dívida deles que Cristo garantia, obrigando-se a

dar a vida pela deles, perdida segundo a lei:

Salmo 40: 6, 7: "Sacrifícios e ofertas não quiseste;

abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas

pelo pecado não requeres. Então, eu disse: eis

aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu

respeito;" João 10:15, "dou minha vida pelas

ovelhas." Verso 18 "Ninguém a tira de mim; pelo

contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho

autoridade para a entregar e também para

reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai."

Davi, no meio do sofrimento, pela morte de seu

filho Absalão, deseja que ele morresse por ele 2

Sam. 18:33; Rúbem vai arriscar a vida de seus

dois filhos por Benjamim, Gn 42:37; e Judá se

aventurará por ele, cap. 43: 9, enquanto ainda

havia esperança de que todos estivessem

seguros; mas nosso Senhor Jesus

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deliberadamente prometeu sua própria vida

pelos pecadores, quando estava além, a

promessa preciosa seria perdida na causa, e que

a morte que ele sofreria seria milhões de mortes

em uma.

Alguns têm oferecido avais em causas capitais e

abraçaram a morte, por seu país ou amigos: e

"porventura, para um homem bom, alguns até

se atrevem a morrer. Mas Deus recomenda seu

amor por nós, enquanto ainda éramos

pecadores (e inimigos), Cristo morreu por nós",

Romanos 5: 7, 8, 10.

Agora, no segundo Adão a fiança para a dívida

criminal de sua semente espiritual não havia

garantia de pagamento de uma maneira ou de

outra, somente; como em simples advertência:

mas houve troca de pessoas; Cristo sendo

substituto no lugar deles e levando toda a

obrigação sobre si mesmo. Essa é a graça

gratuita de Deus que o credor admitiu, quando

ele poderia ter insistido, que a alma que pecou

morresse: e, sendo concedido algum atraso no

momento do pagamento, Deus assim

manifestou sua paciência, celebrada pelo

apóstolo, Romanos 3:25. E em virtude dessa

substituição, Cristo se tornou devedor, obrigado

a pagar a dívida que ele não contraiu; restaurar

o que ele não tirou, Salmo 69: 4. Pois, tornando-

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se uma garantia para eles, até o fim pode ser

estabelecido uma fundação, na lei e na justiça,

para cobrar sua dívida de punição dele, a culpa

foi transferida sobre ele, Isa. 53: 6. "Todos nós

andávamos desgarrados como ovelhas; cada um

se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez

cair sobre ele a iniquidade de nós todos." Isso foi

apontado, na imposição da mão na cabeça dos

sacrifícios nos termos da lei, especialmente na

cabeça do bode expiatório, Lev. 16:21. "Arão porá

ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e

sobre ele confessará todas as iniquidades dos

filhos de Israel, todas as suas transgressões e

todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça

do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um

homem à disposição para isso." Todos os

pecados de todos os eleitos foram

imediatamente imputados ao Fiador, e assim se

tornou dele, assim como sua justiça se torna

nossa, a saber, julgamento da lei, 2

Coríntios. 5:21. "Porque ele fez pecado por nós

quem não conheceu o pecado; para que sejamos

feitos justiça de Deus nele "

E ele mesmo fala assim deles, Salmo 40:12. " Não

têm conta os males que me cercam; as minhas

iniquidades me alcançaram, tantas, que me

impedem a vista; são mais numerosas que os

cabelos de minha cabeça, e o coração me

desfalece.", como vários intérpretes valiosos o

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entendem, conforme o apóstolo nos dá

orientação, determinando o próprio Cristo

como sendo o orador neste salmo. Heb. 10: 5, 6,

7. Ele estava de fato sem pecado inerente a

ele; mas não sem o pecado imputado a ele, até

que em sua ressurreição, ele recebeu sua alta,

tendo liquidado a dívida com sua morte e

sofrimentos. Então ele foi justificado no

Espírito, 1 Tim. 3:16 e assim aparecerá na

segunda vez, sem pecado, Heb. 9:28; o pecado

que foi sobre ele, por imputação, a primeira vez

que ele apareceu, sendo eliminado em sua

ressurreição. Essa relação de nosso pecado com

Cristo é necessária a partir da natureza da

garantia da dívida; Nesse caso, ninguém duvida,

mas a dívida torna-se garantia, quando uma vez

ele tem as mãos para isso. E como mais a lei

poderia ter procedido com justiça contra

Cristo? Como nossa punição seria infligida a ele

na justiça, se ele não tivesse uma relação com o

nosso pecado? Se a lei não pudesse cobrar nosso

pecado sobre ele, em virtude de sua própria

iniciativa voluntária, não poderia haver

fundamento na justiça para infligir nossa

punição a ele.

2. Ele se tornou fiador por sua dívida de dever ou

obediência; o que também é uma dívida de

acordo com o estilo da sagrada Escritura, Gal. 5:

3, " De novo, testifico a todo homem que se deixa

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circuncidar que está obrigado a guardar toda a

lei." A lei como uma aliança de obras, embora

tenha sido violada por eles, e eles haviam

sofrido a penalidade, mas não deixou de exigir

deles a obediência que a princípio exigia do

homem, como condição da vida. Eles ainda

estavam fadados à perfeição de obediência, e em

termos mais baixos poderiam ter vida eterna,

como nosso Senhor ensinou ao doutor da lei por

sua humilhação, Lucas 10:28, "Você respondeu

certo: faça isso, e você viverá." O pagamento da

dívida da punição pode satisfazer quanto à

penalidade do vínculo; mas ainda há mais por

trás, para quem se intrometer nos negócios da

companhia quebrada. Como deve a quantia

principal contida nela ser paga; ou seja, a dívida

de obediência à lei, para a vida e salvação? A

honra de Deus poderia não permitir a

desistência: e eles eram absolutamente

incapazes de pagar apesar disso, isso teria

ocorrido no céu; na medida em que estavam

sem força, Romanos 5: 6, e mortos em ofensas e

pecados, Ef. 2: 1, tão inadequados para a parte

que faz, quanto para a parte que sofre. Mas

Cristo garantia também para essa dívida deles, a

saber, a dívida de obediência à lei como uma

aliança, que foi e é a única obediência a ela por

toda a vida; obrigando-se a limpá-lo,

obedecendo em seu lugar, e cumprindo o que a

lei poderia exigir deles desse tipo: Salmo 40: 7, 8,

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"Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro

está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a

tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu

coração, está a tua lei.", Mat. 3:15, "Assim nos

convém cumprir toda a justiça." Cap. 5:17, "Não

pense que eu vim destruir a lei, eu não vim para

destruir, mas para cumprir."

E aqui também houve uma troca de pessoas

jurídicas, Cristo substituindo em nosso lugar e

assumindo sua obrigação: em virtude da qual,

ele se tornou o devedor da lei por essa

obediência devida por eles; e isso ele próprio

possuía solenemente, por ser circuncidado,

Lucas 2:21, de acordo com o apóstolo, Gal. 5: 3

"testemunho novamente a todo homem que é

circuncidado, é devedor de cumprir toda a lei."

Por se tornar uma garantia para eles neste ponto

também, ele se transferiu para seu estado de

servidão, pelo qual a lei tinha o direito de cobrar

essa dívida dele, que eles, por violação da aliança

de obras, eram responsáveis pelo pagamento.

Para esclarecer isso, deve-se considerar que

toda a humanidade era da primeira aliança, a

aliança das obras, que constituía servos

contratados por Deus; e efetivamente entraram

nesse serviço, sob a cabeça do primeiro Adão.

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E, como sinal disso, somos todos naturalmente

inclinados nesse personagem a lidar com

Deus; embora na queda ao pecado nos tornemos

incapazes de executar o dever disso, Lucas 15:19,

"Faça de mim um dos teus servos contratados". O

trabalho que eles deveriam trabalhar, era

perfeita obediência à santa lei; e o pagamento

que eles deveriam ter pelo trabalho, era vida,

Romanos 10: 5, "O homem que faz essas coisas,

viverá por eles. "A penalidade de romper com

seu mestre, era cativeiro sob a maldição,

Gal. 3:10, "Maldito é todo aquele que não

continua em todas as coisas que estão escritas

no livro da lei para praticá-las.” Violando a

aliança de serviço contratado, eles se afastam de

seu Senhor e Mestre: para que eles não apenas

perdessem todo tipo de recompensa, mas

também tornaram-se escravos sob a

maldição; ainda obrigado a prestar serviço, e

que, além disso, na miséria de um estado de

servidão, Gal. 4:24: "Estas coisas são alegóricas;

porque estas mulheres são duas alianças; uma,

na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera

para escravidão; esta é Agar." A queda deles sob

a maldição inferia a perda de sua liberdade e os

constituiu servos; como aparece na natureza da

coisa, e instâncias do amaldiçoado em outros

casos, como Gen. 9:25, "Maldito seja Canaã; ele

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será um servo de servos". Josué 9:23, "Agora,

pois, sois malditos (os gibeonitas); e dentre vós

nunca deixará de haver escravos, rachadores de

lenha e tiradores de água para a casa do meu

Deus." (Gênesis 3:17). O amaldiçoado cai sob

escravidão, de acordo com as Escrituras,

Romanos 8:21.

Agora, Cristo viu toda a sua semente espiritual

neste estado de servidão; mas incapaz de

suportar a miséria, ou cumprir o serviço; ficou

no lugar deles como eram

escravos; transferindo seu estado de servidão

para si, e, portanto, servindo como servo deles.

A sagrada Escritura coloca esse assunto sob

uma luz clara. Isso é um claro testemunho disso,

Filipenses 2: 6-8, "pois ele, subsistindo em forma

de Deus, não julgou como usurpação o ser igual

a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou,

assumindo a forma de servo, tornando-se em

semelhança de homens; e, reconhecido em

figura humana, a si mesmo se humilhou,

tornando-se obediente até à morte e morte de

cruz." A forma que ele tomou sobre ele, era a

forma de um servo.

Assumir a forma de servo, deve

necessariamente indicar que ele se tornou

realmente um servo de vínculo, como

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realmente o homem fez, que foi trazido à

servidão ou estado de servidão.

O Pai declara solenemente a transferência de

nosso estado de servidão em Cristo, falando

com ele sob o nome de Israel, como foi

esclarecido antes, Isaías 49: 3: "Tu és o meu

servo, és Israel, por quem hei de ser

glorificado." Como se o Pai lhe dissesse: "Filho,

seja sabido, que eu te tomo no lugar de Israel, a

semente espiritual, para realizar o serviço

devido em virtude do contrato original

quebrado: Tu em seu lugar és meu servo; meu

eleito ", como a palavra é traduzida, em Lev.

25:39, e em outros lugares: "é da tua mão que

procurarei esse serviço".

Aqui está o relato que temos de nossa redenção

da maldição, Gal. 3:13. ou seja, que Jesus Cristo

foi "amaldiçoado por nós: por isso está escrito:

Maldito todo aquele que é pendurado no

madeiro." Com o que Cristo morreu, na cruz, a

pena capital dos fiadores.

Veja a solenidade da tradução, Salmo 40: 6,

"Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os

meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo

pecado não requeres."

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Aqui traduzido, significa apropriadamente

escavado, como pode ser visto na margem de

nossas Bíblias: e assim são as palavras: "Meus

ouvidos foram furados".

Isso tem uma visão manifesta daquela lei

relativa ao servo de obrigação voluntária,

Êxodo 21: 6, "Então, o seu Senhor o levará aos

juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o

seu Senhor lhe furará a orelha com uma sovela;

e ele o servirá para sempre.", isto é, na

linguagem da lei, até a morte.

Isto é confirmado por Oseias 3: 2, "Então eu a

comprei por quinze peças de prata ", que era a

metade do preço declarado de uma serva, Êxodo

21:32. No original é: "Então eu a cavei através de

mim"; a mesma palavra sendo aqui usada pelo

Espírito Santo, como Salmos 40: 6. É uma

palavra que é praticamente a mesma em

significado; e o sentido é que eu a comprei e

furei a sua orelha na minha porta, para ser

minha escrava: de acordo com a lei, Deut. 15:17:

"então, tomarás uma sovela e lhe furarás a

orelha, na porta, e será para sempre teu servo; e

também assim farás à tua serva."

José era um tipo eminente de Cristo, como servo

do Pai. E isso é observável que ele era primeiro

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um servo de servos e depois um servo

honorário. No estado anterior, sendo vendido

como um servo, Salmo 105: 17, ele era um tipo de

Cristo, um servo em seu estado de

humilhação; de quem a vida mais preciosa foi

vendida por Judas por trinta moedas de prata, o

preço declarado da vida de um

servo; Êxodo 21:32, "Se o boi chifrar um escravo

ou uma escrava, dar-se-ão trinta siclos de prata

ao Senhor destes, e o boi será apedrejado."

Sendo governante sobre toda a terra do Egito,

Salmo 105: 21, 22; Gênesis 41:40, ele era um tipo

de Cristo, naquele serviço mais honroso e

glorioso ou ministério, que lhe foi conferido em

seu estado de exaltação, em que ele foi

constituído um servo, por cuja lei as ilhas

esperarão, Isa. 40: 1,4; Deus tendo lhe dado um

nome que está acima de todo nome, para que ao

nome de Jesus, todo joelho deve dobrar-se,

Filipenses 2: 9, 10. Este último serviço de Cristo

pertence à promessa da aliança: mas o primeiro,

a saber, o serviço de fiança, sendo seu serviço de

caução, pertence à condição de pacto. Portanto,

ressuscitando dentre os mortos, tendo

cumprido a condição do pacto, pagou a dívida

pela qual ele se tornou fiador e levantou a

quitação, ele adiou para sempre a forma e o

caráter de um servo. "Foi precisamente para

esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser

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Senhor tanto de mortos como de vivos."

Romanos 14: 9.

E, portanto, parece claramente como a

obediência do homem Jesus Cristo vem, em

virtude da aliança, a ser imputada aos crentes

por justiça, bem como sua satisfação pelo

sofrimento: por esse tipo de obediência que ele

realizou como nossa fiança, não era mais devida

por ele, antecedentemente a seu contrato de

fiança, do que sua satisfação pelo sofrimento. É

verdade, a natureza humana de Cristo, sendo

uma criatura, devia obediência a Deus em

virtude de sua criação; e deve-o para sempre, na

medida em que a criatura, como criatura, está

sujeita à lei natural, a regra eterna da justiça:

mas Cristo está se colocando em estado de

servidão, levando nele a forma de servo, e na

qualidade de servo, obediência à lei, como foi

declarado na aliança, por toda a vida e a salvação

era inteiramente voluntária. A obediência à lei

natural foi devido pelo homem Jesus Cristo, por

um laço natural. E a obediência de um filho à lei

natural, ele devia naturalmente: mas

obediência a essa ou a qualquer outra lei, no

caráter de um servo de servos e, assim, para

obter vida eterna e salvação, ele não devia senão

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por um pacto. A natureza humana de Cristo

tinha o direito completo de vida eterna, e na

verdade possuía-a em virtude de sua união com

a natureza divina; para que não houvesse

ocasião para ganhar vida para si mesmo por sua

obediência. Portanto, Cristo está assumindo a

forma de um servo de servos e nesse caráter

obedecendo a lei pela vida e salvação, foi um

mero trabalho voluntário dele, como garantia

para os pecadores; em que ele fez aquilo que ele

não era de outra maneira. vinculado a, do que

por sua própria empresa.

Agora, na medida em que a obediência de Cristo

imputada aos que creem na justiça é apenas sua

obediência desse tipo; existe um fundamento

claro para sua imputação a eles de acordo com a

aliança.

E assim vimos que a fiança de Cristo na aliança é

de garantia para pagar a dívida; e qual era a

dívida em que ele se tornou garantia para nós.

Se for perguntado, se a fiança de Cristo também

é da natureza de garantia para a realização de

uma ação? Ou, se Cristo se tornou garantia de

cautela ao Pai, para que os eleitos acreditem,

arrepender-se e cumprir obediência sincera?

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Eu respondo, embora os eleitos estejam crendo,

arrependendo-se e com obediência sincera,

estão infalivelmente garantidos no pacto; para

que quem seja sujeito capaz dessas coisas faça

viver e morrer sem eles, sem dúvida perecerá, e

não são eleitos de Deus: ainda assim eu julgo que

Cristo não se tornou fiador no pacto, como

cautela para com o Pai, de que os eleitos

realizem esses atos, ou qualquer outro; e que

esse modo de falar não é tão bom de acordo com

o relato das Escrituras da aliança. Porque,

Obscurece em parte a graça, a graça livre da

aliança; considerando que o pacto é

propositalmente ordenado, de modo a

manifestá-la ilustrativamente, sendo de fé, para

que possa ser pela graça, Romanos 4:16.

Por tal fiança, ou advertência para a realização

dessas coisas pelos eleitos, deve as necessidades

pertencer à condição da aliança, propriamente

dita; como sendo uma ação do Mediador, pela

qual ele promete algo a Deus, e pede que seja

realizado por eles; e assim estas coisas por eles

executadas em conformidade, deve fazer parte

da condição do pacto.

Mas que os próprios pecadores realizam

qualquer parte da condição da aliança,

propriamente dita, não pode ser admitido sem

Page 44: A Segurança Eterna da Aliança da Graça · A firmeza da confiança do crente na segurança eterna da sua salvação consiste na completa fidelidade de Deus em cumprir e guardar

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prejuízo para a graça da aliança: na medida em

que realizamos, em nossa própria pessoa, em

qualquer parte da condição, a recompensa não é

da graça, mas da dívida; Porque para aquele que

trabalha é recompensa não reconhecida pela

graça, mas pela dívida, Romanos 4: 4. Mas a

recompensa é totalmente de graça para nós,

como é devida a Cristo; porque "àquele que não

trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio,

A sua fé é contada como justiça ", ver. 5. Cap. 11:

6, "se é pela graça, então não é mais pelas

obras; caso contrário, a graça não é mais graça."