A seguir veremos um quadro com algumas figuras de linguagem usadas na Bíbli1

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1 A seguir veremos um quadro com algumas figuras de linguagem usadas na Bíblia: 1. Metáfora É uma comparação em que um elemento é, imita ou representa outro (sendo que os dois são essencialmente diferentes). A comparação está implícita, sendo caracterizada pelos verbos “ser” e “estar”. Isaías 40.6; João 15.1; Mateus 5.13; João 10.9; João 14.5; Jeremias 50.6; Gênesis 49.9. 2. Sinédoque É tomar parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa. Ela trata mais de idéias e conceitos. Salmo 16.9; Atos 24.5; Gênesis 6.12; Romanos 1.16. 3. Metonímia É o emprego de um nome por outro com o qual tem relação. É empregar a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo. Lucas 16.29; João 13.8; 1João 1.7; 1Coríntios 10.21; Hebreus 13.4. 4. Prosopopéia É a personificação das coisas inanimadas, atribuindo-lhes os feitos e ações de pessoas. Isaías 55.12; Salmo 85.10-11 5. Ironia É a expressão do contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro. 1Reis 18.27; Jó 12.2 6. Hipérbole É um exagero para dar ênfase, representando uma coisa com muito maior ou menor grau do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação Números 13.33; Deuteronômio 1.28; João 21.25; Mateus 5.29,30 7. Alegoria É uma ficção em que se admite um sentido literal, exigindo, todavia, uma interpretação figurada. São várias metáforas unidas. João 6.51-65; Salmo 80.8-13 8. Enigma Um tipo de alegoria, porém sua solução é difícil e abstrata. Juízes 14.14 9. Tipo Uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas ou objetos no porvir. É prefigurativo. João 3.14; Mateus 12.40 10. Símbolo É uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra coisa ou fato similar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação. É ilustrativo. Batismo; Ceia; Sacrifício; 2Reis 13.14-19 11. Parábola É uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes. É um símile ampliado. Mateus 13.3-8; Lucas 18.10-14; João 15 12. Símile É uma comparação expressa pelas palavras semelhante ou como. A ênfase recai sobre algum ponto de similaridade entre duas idéias, grupos, ações etc. 1Pedro 1.24; Salmo 1.3,4 13. Apóstrofe É uma figura usada pelo orador no discurso. Consiste em interrompe-lo subitamente, para dirigir a palavra, ou invocar alguma pessoa ou coisa presente, ausente, real ou imaginária. Jeremias 47.6; Salmo 114.5-8; Isaías 14.9-32; Deuteronômio 32.1 14. Antítese Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos que fazem Mateus 7.13-14; Mateus 7.17-18

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A seguir veremos um quadro com algumas figuras de linguagem usadas na Bíblia:

1. MetáforaÉ uma comparação em que um elemento é, imita ou representa outro (sendo que os dois são essencialmente diferentes). A comparação está implícita, sendo caracterizada pelos verbos

“ser” e “estar”.

Isaías 40.6; João 15.1; Mateus 5.13; João 10.9; João 14.5; Jeremias 50.6;

Gênesis 49.9.

2. Sinédoque É tomar parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa. Ela trata mais de idéias e conceitos.

Salmo 16.9; Atos 24.5; Gênesis 6.12; Romanos 1.16.

3. Metonímia É o emprego de um nome por outro com o qual tem relação. É empregar a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo.

Lucas 16.29; João 13.8; 1João 1.7; 1Coríntios 10.21; Hebreus 13.4.

4. Prosopopéia É a personificação das coisas inanimadas, atribuindo-lhes os feitos e ações de pessoas. Isaías 55.12; Salmo 85.10-11

5. Ironia É a expressão do contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.

1Reis 18.27; Jó 12.2

6. Hipérbole É um exagero para dar ênfase, representando uma coisa com muito maior ou menor grau do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação

Números 13.33; Deuteronômio 1.28; João 21.25; Mateus 5.29,30

7. Alegoria É uma ficção em que se admite um sentido literal, exigindo, todavia, uma interpretação figurada. São várias metáforas unidas.

João 6.51-65; Salmo 80.8-13

8. Enigma Um tipo de alegoria, porém sua solução é difícil e abstrata. Juízes 14.14

9. Tipo Uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas ou objetos no porvir. É prefigurativo.

João 3.14; Mateus 12.40

10. SímboloÉ uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra

coisa ou fato similar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação. É ilustrativo.

Batismo; Ceia; Sacrifício; 2Reis 13.14-19

11. ParábolaÉ uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou

acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes. É um símile ampliado.

Mateus 13.3-8; Lucas 18.10-14; João 15

12. Símile É uma comparação expressa pelas palavras semelhante ou como. A ênfase recai sobre algum ponto de similaridade entre duas idéias, grupos, ações etc.

1Pedro 1.24; Salmo 1.3,4

13. Apóstrofe É uma figura usada pelo orador no discurso. Consiste em interrompe-lo subitamente, para dirigir a palavra, ou invocar alguma pessoa ou coisa presente, ausente, real ou imaginária.

Jeremias 47.6; Salmo 114.5-8; Isaías 14.9-32; Deuteronômio 32.1

14. Antítese Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos que fazem contraste um com o outro

Mateus 7.13-14; Mateus 7.17-18

15. ProvérbioÉ um dito comum, popular. Os provérbios do AT estão redigidos em maior parte de forma poética, consistentes em dois paralelismos, que geralmente são sinônimos, antitéticos ou

simétricos.

Lucas 4.23; Marcos 6.4; 2Pedro 2.22; Livro de Provérbios

16. Paradoxo Vem de para (contra) + doxa (opinião). Uma declaração oposta à opinião comum, que parece absurda, porém, quando estudada, torna-se correta e fundamentada.

Mateus 23.24; Mateus 19.24; 2Coríntios 12.10; Marcos 8.35

17.Personificação É atribuir características humanas a coisas, idéias ou animais. Gênesis 4.10; Números 22.3018 Antropomorfismo É atribuir características humanas a Deus. Salmo 8.3; 2Crônicas 16.9

19. Eufemismo É suavizar a expressão de uma idéia substituindo a palavra ou expressão própria por outra mais agradável, mais polida.

Atos 7.60; Gênesis 4.1; 1Tessalonicenses 4.13-15

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2. Guia Prático de Exegese Básica

Nossa intenção nesta seção do estudo é elaborar um manual básico de exegese bíblica, levando em consideração as ferramentas que a hermenêutica nos fornece. Para os teólogos mais eruditos, a boa exegese sempre parte da leitura bíblica nas línguas originais (hebraico e grego). Entretanto, para este curso básico, tentaremos aproveitar ao máximo as ferramentas que supram a falta de maior conhecimento das línguas originais. É possível fazer uma interpretação sem o estudo prévio do grego e hebraico bíblico. Tomaremos como base alguns dos passos oferecidos no livro “Manual de Exegese Bíblica” de Douglas Stuart e Gordon D. Fee, Ed. Vida Nova.

2.1 Introdução

“A chave para a boa exegese é a habilidade de fazer perguntas certas para o texto a fim de captar o significado pretendido pelo autor.” (Gordon D. Fee)Existem duas categorias básicas de perguntas que devemos fazer para o texto: “O que foi que o autor quis dizer no texto?” e “Por que o autor disse isso?”Pensando primeiro no “por que”, temos que entender o contexto do que foi escrito. Normalmente o contexto depende totalmente de questões históricas, sociológicas, culturais, a ocasião específica do documento e questões literárias (o motivo de algo ter sido dito em determinado ponto na argumentação ou narrativa).

Pensando especificamente no “que o autor quis dizer”, entramos em pontos como a determinação das palavras na língua original do autor, o significado de suas palavras, o relacionamento gramatical entre suas palavras e o relacionamento das palavras do autor com o contexto histórico-cultural (“por que”) dos seus leitores.

2.2 A Importância da Revelação de DeusRevelação é o processo espiritual pelo qual Deus desvenda aos homens o seu caráter e o seu plano eterno. Além dos aspectos científicos da

interpretação bíblica, verdadeiros cristãos devem levar em consideração a revelação de Deus à medida que for desenvolvendo sua exegese. Um grande privilégio que temos em nossas vidas é a existência das Escrituras para que conheçamos a Deus. A forma mais preciosa da auto-revelação de Deus é a Palavra escrita, que exprime para nós quem Deus é. Há muitas afirmações na bíblia que declaram que todas as palavras das Escrituras são palavras de Deus, mesmo que tenham sido escritas por homens.

No Novo Testamento, várias passagens indicam que todos os escritos do Antigo Testamento são vistos como a Palavra de Deus. O texto de 2Timóteo 3.16 diz: “toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para correção e para instrução na justiça”. A palavra grega referente à expressão “inspirada por Deus” (theopneustos) deve ser entendida como uma metáfora da palavra falada de Deus transformada em escritura, como se, ao ler, Deus fosse falando diretamente conosco.

Uma indicação da qualidade dos escritos do AT como palavra de Deus encontra-se em 2Pedro 1.21, onde, no verso 19, o autor diz que nenhuma dessas profecias veio “por vontade de Deus” e, antes, “homens falaram da parte de Deus movido pelo Espírito Santo”. Pedro não estava negando a personalidade humana da composição das escrituras, antes queria dizer que a fonte definitiva de toda profecia nunca foi a decisão de um homem, mas a ação do espírito no profeta. Os escritos do NT também são chamados de escrituras juntamente aos do AT, como observamos em 2Pedro 3.16, onde Pedro mostra que as cartas de Paulo também são classificadas como escrituras divinamente reconhecidas. Também, em I Timóteo 5.18, Paulo cita palavras de Jesus e as chama escritura.2.3 Passos Básicos para Uma Interpretação Bíblica Coerente

Passo 1. Estudo do Contexto Histórico Geral

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a. Faça algumas perguntas-chave: Quem é o autor? Quem são os destinatários? Qual é o relacionamento entre ambos? Onde os destinatários vivem? Quais são suas circunstâncias no momento? Que situação histórica levou à composição do documento? Qual é o propósito do autor? Qual é o tema geral ou preocupação do autor?

b. Pesquise em materiais secundários: Manuais bíblicos, Bíblias de estudo, Dicionários Bíblicos, Livros de Arqueologia Bíblica, Introduções ao Antigo Testamento, Introduções ao Novo Testamento, Comentários bíblicos, Léxicos etc. são fontes indispensáveis de pesquisa. Pergunte aos professores sobre indicação de bons livros e editoras.

c. Leia o livro todo de uma só vez tentando responder às perguntas-chave e fazendo um esboço. Não há o que substitua esse passo, pois não há exegese de um versículo isolado do contexto geral. Você precisa ter uma noção do todo antes de analisar uma parte.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Durante sua leitura procure descobrir tudo o que puder. Faça perguntas ao texto e procure notar sempre questões, palavras ou idéias que são repetidas frequentemente.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Se possível faça um esboço anotado de todo o livro ou capítulo para que se sinta à vontade com o todo da passagem analisada.

Exemplo de Contextualização Básica: Livro de Jeremias

Autor: Profeta Jeremias, com ajuda de seu secretário, Baruque. Jeremias era um sacerdote de Anatote a quem Deus incumbiu a função profética e o impediu de casar e ter filhos, uma vez que a mensagem de Jeremias era do juízo de Deus contra Judá, que aniquilaria a geração seguinte onde se encontrariam os filhos de Jeremias. Por ser um profeta com uma mensagem controversa de juízo divino e domínio dos inimigos sobre Judá, Jeremias era solitário, porém tinha um secretário, chamado Baruque, que anotava suas palavras.

Data: O ministério profético de Jeremias começou em 626 a.C. e terminou em algum momento após 586 a.C. Seu ministério foi antecedido por Sofonias. Habacuque e Obadias eram da mesma época, sendo que Ezequiel viveu nos últimos dias do ministério de Jeremias, já exilado na Babilônia.

Conteúdo do livro: Relato do ministério profético de Jeremias, cuja descrição pessoal é a mais detalhada dos profetas do AT. Jeremias começou a profetizar em Judá no reinado de Josias (640-609 a.C.) e continuou nos reinados de Jeoacaz (609), Jeoaquim (609-598), Joaquim (598-597) e Zedequias (597-586). Foi um período duro e cheio de pressões para a terra de Judá. Os países menores da Ásia sempre sofreram pelas lutas de poder entre gigantes como Egito, Assíria e Babilônia, sendo que Jeremias viveu em um período desses, quando a Babilônia era o grande dominador. Ao mesmo tempo, o povo de Judá vivia no ápice de uma história de pecado e abandono da Lei do Senhor. Jeremias foi chamado para a tarefa ingrata de proclamar destruição do Reino de Judá, totalmente corrompido, logo após o reinado longo e pecaminoso do rei Manassés. Ele combatia duramente os falsos profetas que falavam de vitória de Judá sobre a Babilônia, obscurecidos pelo orgulho. Jeremias dizia que o povo deveria se render para sofrer menos.

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Exemplo de Esboço: Jeremias 28.1-17

1. O Debate profético (Jr 28.1-11)

1.1 Hananias - profeta de Gibeão (Js 9.1-15)

1.2 Profecia de Hananias:1.2.1 Fórmula profética - autoridade (28.2)1.2.2 Quebra do domínio (jugo) da Babilônia (28.2,4)1.2.3 Retorno dos utensílios do Templo (28.3)1.2.4 Retorno do rei legítimo (Joaquim) e dos primeiros exilados (597 a.C.) (28.4)

1.3 Réplica de Jeremias (28.6-9)1.3.1“Amém” - Resposta positiva ou irônica? (28.6)1.3.2 Verdadeiro profeta: profetiza ruína - (28.7s.)1.3.3 Quem profetiza “Shalom”: sob suspeita (28.9)

1.4 Tréplica de Hananias (28.10s.)1.4.1 Ação simbólica: quebra do jugo (28.10)1.4.2 Profetiza rebelião contra Bab. (28.11) [Obs.: 70 anos de Jr em 25.11; 29.10]

2. A Resposta Divina (28. 12-17)

2.1 Réplica de Jr:2.1.1 Bab.: Jugo de ferro x jugo de madeira (28.13)2.1.2 Bab. = instrumento de disciplina (28.14)2.1.3 Hananias: “não enviado”, falso prof. (28.15)2.1.4 Hananias: castigo de Deus “enviado” à morte (28.16-17)

Passo 2. Confirme os limites da passagem.

d. Verifique se você escolheu para a exegese uma unidade genuína e completa. Na maioria das bíblias os limites das passagens são delimitados por títulos dentro dos capítulos, mas não se engane, pois algumas passagens se estendem por mais de um capítulo, ou começam na metade de um, terminando na metade do próximo. Mesmo que você faça a exegese de uma só frase, ela deve ter um lugar no seu próprio parágrafo.

e. Domine completamente a passagem em estudo.

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< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Faça uma lista provisória de todas as dificuldades de interpretação e dúvidas que você tenha, tentando sempre relacionar com o que foi escrito anteriormente ou posteriormente dentro do livro todo que você já leu.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Leia toda a passagem em várias traduções e anote principais diferenças (ex. Almeida Corrigida, Almeida Atualizada, Almeida Séc. 21, NVI, Bíblia na Linguagem de Hoje etc.) Veja quais diferenças são apenas sinônimos ou questões de gosto do tradutor e quais diferenças realmente mudam o sentido da passagem

f. Analise a estrutura das frases e as relações sintáticas. É fundamental que desde o início da exegese você tenha uma boa noção do fluxo do argumento (ou narrativa) e que reconheça as estruturas básicas e a sintaxe de cada frase. Para fazer isso bem, não existe nada melhor do que escrever toda a passagem de forma estruturada.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Faça um fluxograma das frases com anotações sobre o fluxo do argumento. Também faça um diagrama de frases para facilitar o entendimento das complexidades gramaticais. Este é o esboço exegético.

EXEMPLO:Colossenses 3: 1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. 3 Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.

Fluxograma de Frases da Passagem Fluxo do Argumento

Portanto, Ligação com passagem anterior

...já que vocês ressuscitaram com Cristo, Base das Exortações

...procurem as coisas que são do alto, Exortação 1

...onde Cristo está assentado à direita de Deus. Expansão da Exortação 1

Mantenham o pensamento nas coisas do alto, Exortação 2

...e não nas coisas terrenas. Contraste da Exortação 2

Pois vocês morreram, Razão 1 das Exortações

...e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Especificação da Razão 1

Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, Base da Conclusão

...então vocês também serão manifestados com ele em glória. Conclusão

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Passo 3. Determine a idéia central da passagem

< !--[if !supportLists]-->a. <!--[endif]-->O que é a Idéia Central? Pensamento ou conceito organizador da passagem, que não necessariamente é o tema da passagem. Por exemplo: Em Mt 7.15-23 o tema da passagem é “falsos mestres, frutos maus-bons, hipocrisia” e a Idéia Central é “características do falso mestre”. Outro exemplo: em Gn 3 o tema do capítulo é “processo da tentação, astúcia do mal, fraqueza do ser humano” e a Idéia Central é “alienação de Deus”.A idéia central normalmente é apresentada como uma sentença representando a idéia básica do texto.

EXEMPLO:Mateus 28: 18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Possibilidade de Idéia Central do texto: A Missão, segundo Jesus Cristo, tem como base sua autoridade absoluta, consiste em reproduzir o que somos: discípulos; não tem prazo de validade antes da consumação; tem como garantia a presença do comissionador.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Esboço exegético: Afirmação Básica: Foi-me dada toda autoridade... Exortação: Vão e façam discípulos... Consequência: Eu estou com vocês...Passo 4. Considere os contextos bíblicos e teológicos mais amplos

a. Reúna todas as suas descobertas e ligue com o contexto mais amplo. Comece a focalizar na ligação, ou “mensagem”, de sua passagem, você logo desejará encaixar tudo isso nos contextos bíblicos e teológicos mais amplos.

< !--[if !supportLists]--> <!--[endif]-->Comece a perguntar: Como a passagem funciona dogmaticamente na seção, no livro, na divisão, no Testamento, na Bíblia? Como ela e seus elementos se comparam com outras passagens que tratam dos mesmos tipos de questões? Que outros elementos nas escrituras a ajudam a se tornar compreensível? O que se perderia, ou como a mensagem do contexto (capítulo, livro, Bíblia) seria incompleta se essa passagem não existisse? O que a passagem contém que contribui para a solução de questões doutrinárias, ou que fortalece soluções oferecidas em outros lugares da Bíblia?

b. Investigue o que outros disseram sobre a passagem. Embora você tenha consultado comentários, gramáticas e outros tipos de livros no processo de completar os passos anteriores, agora deve trabalhar em uma investigação mais sistemática da literatura secundária que possa se aplicar à sua exegese. Para que a exegese seja um trabalho seu e não uma compilação mecânica das perspectivas de outros, só tome esse passo mais aprofundadamente no final do trabalho.

Bibliografia:

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Barker, Kenneth – Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida

Fee, Gordon D.; Stuart, Douglas – Manual de Exegese Bíblica – Ed Vida Nova

Fee, Gordon D.; Stuart, Douglas – Entende o Que Lês? – Ed Vida Nova

Zuck, Roy B. - A Interpretação Bíblica – Ed. Vida Nova