A Rotina Em Montes Claros

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Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1

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PROPOSTA CURRICULAR – ANOS INICIAIS Versão Preliminar - Ensino Fundamental

Primeiro ao Quinto Ano

Dezembro/2011

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Prefeito Luis Tadeu Leite Vice-Prefeita Tereza Cristina Pereira Secretária Municipal de Educação Mariléia de Souza Secretária adjunta Municipal de Educação Martha Aurora Mota e Aquino Secretária Adjunta Municipal de Educação Telma Veloso Santos Costa Diretora Técnico-Pedagógica Elisangela Mesquita Silva Diretoria Técnico- Administrativo Bernadete Alves Aguiar Santos Coordenadora de Ensino Fundamental Nailde Dorisday Pereira de Queiroz Coordenador de Avaliação Sistêmica e Monitoramento Curricular Herbertz Ferreira

Colaboradores Edmara Moreira Cerqueira Eliária Silvana Evangelista Magna Leite Pereira Shirley Patricia Nogueira de Almeida e Castro Elaboradores: Equipe Técnica da Seção Anos Iniciais: Ana Paula Rodrigues Fonseca Ruas Josiene Dias Soares Márcia Antônia Alves Maria Jaqueline de Almeida Thais Lopes Vieira Zenilca Damásio Silva Tófani

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................... 6

INTRODUÇÃO ........................................................................... 7

OBJETIVOS ................................................................................ 9

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ....................................10

PERFIL DO EDUCADOR ........................................................ 11

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE ALFABETIZADOR ........ 13

A ROTINA EM SALA DE AULA ............................................ 14

AVALIAÇÃO ............................................................................ 16

AVALIAÇÕES EXTERNAS .................................................... 18

LÍNGUA PORTUGUESA ......................................................... 24

• PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS –

VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º E 3º ANOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL ......................................... 28

• PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS –

VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ......................................................... 51

MATEMÁTICA ........................................................................ 68

• PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA–

VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL ......................................... 75

• PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA –

VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ......................................................... 85

HISTÓRIA ................................................................................ 95

• PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA– VERSÃO

PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ........................................................ 98

• PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA – VERSÃO

PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL........................................................ 104

GEOGRAFIA .......................................................................... 118

• PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA –

VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL ....................................... 122

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• PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA –

VERSÃO PRELIMINAR- 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ....................................................... 127

CIÊNCIAS ............................................................................... 137

• PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS– VERSÃO

PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ...................................................... 142

• PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO

PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ...................................................... 148

ARTES .................................................................................... 172

• PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES– VERSÃO

PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ....................................................... 175

• PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES – VERSÃO

PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ....................................................... 181

EDUCAÇÃO FÍSICA .............................................................. 189

• PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO

FÍSICA/JOGOS E RECREAÇÃO – VERSÃO

PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ....................................................... 192

• PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO

FÍSICA/JOGOS E RECREAÇÃO – VERSÃO

PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ....................................................... 195

EDUCAÇÃO RELIGIOSA ..................................................... 200

• PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO

RELIGIOSA – VERSÃO PRELIMINAR - 1º AO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................ 203

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................... 210

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APRESENTAÇÃO

Aos Educadores,

Com esta Versão Preliminar da Proposta Curricular para

os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a Secretaria Municipal

de Educação de Montes Claros oferece aos profissionais do

Sistema Municipal de Ensino orientações e sugestões que possam

contribuir para a prática em sala de aula.

Pretende-se, desta forma, imprimir um parâmetro de

trabalho comum às escolas do Sistema Municipal de Ensino. Não

esquecendo que esse processo de construção coletiva exigiu o

envolvimento amplo de todos os educadores que atuam no

Sistema Municipal e a participação ativa das diretoras e

supervisoras de ensino das unidades escolares, que atuaram como

coordenadoras do debate e mediadoras das discussões, bem como

das tomadas de decisões acerca desta versão preliminar

apresentada. Mediante tal ação, entendemos que os professores

saberão recriar e adaptar as ideias aqui abordadas, conjugando os

seus próprios conhecimentos com a realidade local que deverá ser

contemplada em seus planejamentos diários, levando em

consideração o nível de aprendizagem dos alunos.

Considerando as especificidades da Alfabetização e do

Letramento presentes nos anos iniciais, em cada escola e no

interior da sala de aula, optamos por organizar os conhecimentos

em dois ciclos, sendo que o primeiro contempla os três primeiros

anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º, 2º e 3º anos de

escolaridade) e o segundo, os dois últimos - Anos

Complementares da Alfabetização (4º e 5º anos de escolaridade),

exceto para disciplina de Educação Religiosa que contempla

todas as abordagens do 1º ao 5º ano de escolaridade. Assim,

caberá aos professores observarem as capacidades e conteúdos

segundo as necessidades e potencialidades dos alunos, definindo

o que será mais adequado a cada ano de escolaridade.

Importante ressaltar que por ser uma versão preliminar

este documento continuará a ser analisado durante a sua aplicação

a partir de Fevereiro de 2012, e deverá ser submetido à leitura

crítica nos momentos de planejamento e formação continuada

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pelos profissionais das unidades escolares. Esta versão preliminar

para os Anos Iniciais é um convite a uma reflexão e possíveis

diálogos, bem como futuras reformulações, que refinarão cada

vez mais este instrumento. O que se pretende é transformá-lo num

parâmetro eficaz na orientação do trabalho dos profissionais das

escolas no planejamento pedagógico.

É necessário assegurar que ao final dos anos iniciais e

complementares do Ensino Fundamental, todos os alunos tenham

adquirido as noções básicas pertinentes a cada disciplina contidas

neste documento, pois sem estas capacidades introduzidas,

trabalhadas, retomadas e consolidadas, os alunos terão

dificuldades de prosseguir os estudos com segurança e

competência.

Outrossim, destacamos a necessidade da articulação deste

documento com os resultados das avaliações externas como:

Provinha Brasil, Programa de Avaliação da Alfabetização -

PROALFA, Programa de Avaliação da Rede Pública de

Educação Básica - PROEB, Prova Brasil e Sistema de Avaliação

Municipal de Ensino – SAME, de modo a elaborar planejamentos

de ensino condizentes com às necessidades de aprendizagem dos

alunos.

INTRODUÇÃO

A versão preliminar da Proposta Curricular para os Anos

Iniciais do Ensino Fundamental no Sistema Municipal de

Educação de Montes Claros contempla os direcionamentos

teóricos do ensino organizado em ciclos. Assim, os conteúdos

deverão ser planejados em função da criança e de seu direito de

viver situações de aprendizagem e formação. Nesse processo

visa-se a continuidade de experiências formadoras e não a

fragmentação do processo de ensino-aprendizagem.

Como nos cadernos do Centro de Alfabetização e

Letramento/UFMG - CEALE (2005) – os quais tomamos como

referência para os processos de alfabetização e letramento nos

Anos Iniciais e Complementares do Ensino Fundamental1 - a

opção pelo termo capacidade justifica-se pelo fato de ser amplo

1 Proposições Curriculares – Ensino Fundamental – 1º ciclo – Rede Municipal de Belo Horizonte – Texto Preliminar, 2009, p. 10-13

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e, aqui, sendo utilizado como norte, dando conta de denominar:

os atos motores, as operações mentais, as atitudes que favorecem

a autonomia e os valores.

Esta Proposta Curricular, pressupõe que o

desenvolvimento das capacidades deve ser previsto dentro de uma

lógica e organização que introduz , retoma, trabalha e consolida

os conhecimentos escolares, visando favorecer o

desenvolvimento das capacidades e habilidades.

Para tanto, apresentamos a definição destes tipos de

abordagem:

I – Introduzir – Em uma abordagem inicial, levar os estudantes a

se familiarizarem com conceitos e procedimentos escolares, não

perdendo de vista as capacidades que já desenvolveram em seu

cotidiano ou na própria escola.

R – Retomar – Em meio ao trabalho pedagógico haverá a

necessidade de retomar capacidades já consolidadas, sendo

ampliados na medida em que se trabalha sistematicamente.

Assim, teremos a oportunidade de trabalhar capacidades que,

mesmo após serem consolidadas, deverão ainda estar presentes

em sala de aula, por serem importantes no desenvolvimento de

outras. Não devemos esquecer que Retomar não é o mesmo que

revisar, e sim que, o estudante já está aprendendo algo novo que,

para tanto, há uma nova abordagem. Possibilita-se, assim, uma

ampliação das capacidades e novas oportunidades para aqueles

estudantes que não a desenvolveram completamente.

T – Trabalhar – Abordagem que explora sistematicamente as

diversas situações de aprendizagem e que promove o

desenvolvimento das capacidades e habilidades enfocadas pelo

professor. Requer um planejamento cuidadoso das atividades, que

deverão ser variadas, de modo a explorar as várias dimensões dos

conhecimentos disciplinares que se relacionam a uma

determinada capacidade e também as inter-relações com outras

capacidades e habilidades. Esse tipo de abordagem necessita de

uma atenção redobrada do professor no que diz respeito aos

processos avaliativos, que apontarão as intervenções a serem

feitas no processo de ensino-aprendizagem, de modo a ter clareza

sobre o que efetivamente poderá ser consolidado pelos estudantes

ao final desse processo.

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C – Consolidar – consolidar as aprendizagens dos alunos

sedimentando os avanços em seus conhecimentos e capacidades.

Assim determinados conceitos, procedimentos e comportamentos

que foram trabalhados sistematicamente pelo professor devem ser

colocados como objeto de reflexão na sala de aula, de modo a

verificar se o trabalho pedagógico realizado foi claramente

concluído. Aqui também o aspecto avaliativo da aprendizagem é

fundamental, esse pode ser formalizado através de resumos,

sínteses, produções e outros registros.

Este documento preliminar organiza-se em eixos,

capacidades, conteúdos, detalhamento e abordagem2, que

orientarão os planejamentos pedagógicos nas unidades escolares,

bem como, a seleção e estruturação dos conhecimentos, as

metodologias e também a avaliação, levando em consideração as

condições do estudante. As disciplinas possuem eixos que

organizam as capacidades a serem trabalhadas. Os conteúdos

2 Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento

foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

estão ligados às capacidades, de modo que, o seu trabalho

sistemático favorece o desenvolvimento do educando na direção

apontada pela Proposta Curricular. As orientações didáticas, que

ajudam na aplicação dos conteúdos, estão no detalhamento de

cada área curricular. A abordagem servirá para direcionar o

momento e a intensidade do ensino dos conteúdos em uma lógica

de planejamento que determina o que a criança deverá ser capaz

de realizar a cada etapa do Ciclo. Assim, busca-se subsidiar o

trabalho docente dando uma visualização mais clara dos objetivos

de seu trabalho e das metas a serem atingidas.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

Propor à comunidade escolar do Sistema Municipal de

Ensino de Montes Claros um parâmetro curricular para os Anos

Iniciais e Complementares da Alfabetização, que auxilie no

planejamento, execução e avaliação do processo da alfabetização

e letramento.

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Objetivos Específicos:

• Contribuir para instrumentalização do trabalho docente no

campo da alfabetização e letramento;

• Propiciar aos professores um referencial de orientação

didática que sirva como proposta norteadora no

planejamento e avaliação escolar;

• Oferecer aos educandos e educadores uma proposta

pedagógica adequada a sua realidade e em conformidade

com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e com

a Proposta Curricular do Estado de Minas Gerais.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Numa sociedade caracteristicamente grafocêntrica exige-

se a utilização da linguagem escrita em diversas situações

cotidianas. Pois, vivenciamos práticas de leitura e escrita em

diversos modos e espaços com funções diversificadas.

Nessa perspectiva, a alfabetização e o letramento surgem

como dois processos indissociáveis e interdependentes, sendo

o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessárias para uma participação ativa e competente na cultura escrita. (CEALE, 2005:50).

Conforme Soares (2003), alfabetização é a apropriação do

processo de decodificação e codificação da linguagem oral em

linguagem escrita, ou seja, é um saber funcional que ao ser

adquirido não pode estar desvinculado de seu uso social. Para

tanto, é necessário não só o domínio das letras e fonemas, mas,

saber usar socialmente a leitura e a escrita nas práticas cotidianas.

Neste sentido, o letramento é considerado como o

processo de inserção na cultura escrita. Uma condição para o

aprendiz cultivar e exercitar práticas sociais de leitura e escrita.

Portanto, a alfabetização e o letramento se dão

simultaneamente de modo a não dicotomizar o processo ensino-

aprendizagem. Tendo ciência que um não vem após o outro, nem

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se deve privilegiar um em detrimento ao outro, mas eles se

complementam e se coadunam para um fim em si mesmo.

PERFIL DO EDUCADOR 3

Devido às especificidades do trabalho a ser desenvolvido

nos anos Iniciais de Alfabetização torna-se necessário que a

escola adote critérios para a escolha ou indicação de professores

alfabetizadores, assim como dos demais profissionais que atuarão

na coordenação do projeto de alfabetização da escola, tais como

supervisor pedagógico. Esses profissionais deverão apresentar

conhecimentos prévios sobre as atividades a serem

desempenhadas, além de uma competência aliada ao perfil

necessário que possibilite o êxito do processo ensino-

aprendizagem.

3 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria

Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p.15-16.

Devem ser consideradas as características, a seguir

relacionadas:

a) O professor alfabetizador tem uma identidade própria

que precisa ser reconhecida pela importância do seu

trabalho. Devido à especificidade do momento no qual a

trajetória do aluno delineia-se, o trabalho do professor

alfabetizador, deve incluir saberes sistematizados das disciplinas

ou áreas de conhecimento, saberes pedagógicos e saberes

práticos. Essa última dimensão representa um grande diferencial

no perfil de professores alfabetizadores de sucesso, que

acumulam um “saber fazer” digno de atenção no processo

reflexivo e nas escolhas da escola.

b) O conteúdo de alfabetização é tão elaborado e

complexo quanto os demais conteúdos trabalhados em

outros ciclos e níveis de ensino. O professor alfabetizador

precisa dominar o conhecimento em relação a:

• Pressupostos e implicações político-pedagógicos dos

processos de alfabetização e letramento;

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• Capacidades dos alunos e como eles valorizam e

compreendem a escrita e a própria escolarização

(aspectos sócio-culturais, cognitivos e atitudinais);

• Conteúdos e conhecimentos lingüísticos que devem ser

enfatizados no Ciclo;

• Possibilidades metodológicas mais pertinentes aos

objetivos do ensino (a didática da alfabetização);

• Instrumentos de avaliação mais adequados ao processo

(diagnóstico e intervenções).

c) O profissional que atua no Ciclo Inicial de

Alfabetização deve possuir competências e sensibilidade

para o trabalho com alunos na faixa etária de seis anos a

oito anos. O professor alfabetizador deve se identificar com

alunos da faixa etária própria ao ciclo, entendendo o momento

que vivem no processo de escolarização e as experiências extra-

escolares que trazem. Essa faixa etária define um momento

psicológico e cultural da infância que marcará os temas

preferidos por essas crianças, as brincadeiras vivenciadas, a

atividade física em expansão, as modalidades de linguagem

utilizadas, as possibilidades de relacionamento sócio-afetivos e

de compreensão de regras.

d) O professor deve promover o convívio e o trabalho

entre a diversidade e a diferença. Essa pluralidade desdobra-

se em dimensões sócio-econômicas, ético-raciais ou, ainda, de

gênero. As diferenças, também, dizem respeito aos ritmos de

aprendizagem. É importante que o alfabetizador saiba criar um

ambiente de parceria, de troca e de intervenção na sala de aula,

de modo e permitir a cada aluno avançar em relação ao nível em

que se encontra.

e) O professor alfabetizador deve desenvolver

expectativas de sucesso e estimular a autonomia dos alunos.

Este profissional precisa acreditar nas capacidades de

aprendizagem de todos os seus alunos, independente de sua

origem social, cultural ou de outras diferenças apontadas no

tópico anterior. A motivação para estudar e a disponibilidade

para aprender são resultantes da valorização que o aluno recebe

quando está aprendendo a ler e escrever, das expectativas

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afirmativas em relação às suas possibilidades e da auto estima

positiva que poderá se consolidar nesse processo.

f) O profissional da alfabetização desenvolve uma atitude

de pesquisa em relação à sua atividade e investe na

socialização de conhecimentos produzidos na área. O

profissional que atua na área de alfabetização deve se dispor a

elaborar registros de sua prática, refletindo sobre seus avanços e

dificuldades na escolha de contextos, de estratégias, de materiais

para ensinar a ler e a escrever.

g) O profissional da alfabetização desenvolve a

perspectiva do trabalho coletivo e compartilhado. A

perspectiva do trabalho coletivo ou parceria é a de que as

aprendizagens do professor sejam compartilhadas, contribui

para maior consistência de seu desempenho em sala de aula,

propiciam reflexões sobre experiências, conquistas e

frustrações, espelhadas nas práticas e nos sentimentos dos seus

pares.

h) O profissional responsável pela alfabetização participa

de processos de formação continuada. O professor deve

demonstrar interesse e compromisso em participar de cursos de

formação, grupos de estudos, além de relacionar aos

pressupostos teóricos inovadores na busca de compreensão da

alfabetização em suas dimensões políticas e sócio-culturais,

mediante ações e intervenções intencionais e sistematizadas

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE ALFABETIZADOR 4

Aliado a relevância de traçar o perfil do alfabetizador,

encontra-se o planejamento do trabalho em sala de aula, cuja

importância é fundamental para a organização, definição de

rotinas, pensando tempos e espaços adequados às necessidades do

momento.

Nessa direção, é imprescindível que seja oferecido à

criança, ao ingressar no espaço escolar, um ambiente

4 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria

Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p. 16-17.

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alfabetizador que possibilite vivenciar situações estimuladoras

através da interação com variados materiais portadores de textos e

a utilização do mesmo em prática de letramento. Daí, a

necessidade de uma rotina de trabalho entendida como uma

cadência alicerçada na geografia do espaço, nas atividades, o que

possibilita articular o tempo de construção democrática à

construção do conhecimento. Por intermédio desse processo, as

crianças desenvolvem normas, ampliam expectativas, definem

papéis estabelecem relações, respeitando ritmos. Este processo

pedagógico propicia aos professores e a escola, ricos e preciosos

momentos de reflexão coletiva, nos quais têm a oportunidade de

exercer sua autonomia propiciada pelos preciosos, visualizados

através da reflexão coletiva.

Ao planejar, executar e avaliar, tanto a escola quanto

professores contextualizam e ampliam saberes possibilitando o

aprofundamento de estudo, a elaboração de novas estratégias, a

análise e reflexão sobre problemas identificados. Isso demanda,

por parte dos profissionais, uma atuação mediadora que propicie,

também, a construção da autonomia pelos alunos ao longo da sua

escolaridade. Ao exercitar esse fazer, por meio de orientações,

desenvolvendo atividades individuais ou coletivas, debates, o

aluno busca por estratégias, a construção de hipóteses para a

resolução de situações problematizadas, ao mesmo tempo em que

se organiza para apresentar, de forma clara, suas conclusões e

sínteses.

É, também, por meio do planejamento que a escola

constrói seus passos, sua identidade buscando transformar

intenções em ações concretas.

A ROTINA EM SALA DE AULA

Planejar e estabelecer uma dinâmica diária de trabalho

pressupõe promover rotinas para a sala de aula. Organizar as

atividades e trabalhar de forma sistematizada possibilita a

racionalidade do tempo e tranqüilidade ao professor para seguir o

ritmo preestabelecido, sem improvisos. Assim, rotina e

planejamento seguem juntos na busca da efetiva qualidade da

aprendizagem.

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Conforme Barbosa (2006, p. 122)

no que concerne ao ato educativo, os psicanalistas afirmam que a delimitação de tempos e espaços é essencial, pois oferecer tudo é como nada dar. Assim, reafirma-se a legitimidade e a necessidade de uma rotina.

A dinâmica de trabalho deve transformar o processo

ensino-aprendizagem em algo intencional e sistemático,

ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada

estudante. Isso possibilita que ele faça relações com seus

conhecimentos prévios. Além disso, encerrar o dia informando o

aluno sobre o que será estudado no dia seguinte é uma estratégia

que gera uma expectativa positiva fazendo com que perceba a

continuidade do processo educativo.

Alguns elementos definem, segundo Barbosa (2006,

p.117), os modos de pensar e prescrever uma rotina:

• A organização do ambiente – é preciso que o ambiente

seja favorável ao desenvolvimento de múltiplas

habilidades e sensações, a partir da riqueza e diversidades

oportunizadas dentro do espaço físico. Pois, através da

organização da sala de aula, o aluno terá condições de

adaptar-se e reconhecer-se, apropriando-se desse espaço

com autonomia.

• O uso do tempo – o tempo é primordial na demarcação

das dinâmicas diárias, de modo a possibilitar o controle de

execução das ações num período e espaço determinados

para atingir os objetivos propostos.

• A seleção e as propostas de atividades – é necessário

que a seleção das atividades propostas seja exposta na sala

de aula, construída e reconstruída diariamente junto com

os alunos. Fornecendo-os subsídios para avaliar o que foi

e como foi trabalhado, bem como o que precisa ser

retomado.

• A seleção e a oferta de materiais – quanto à seleção e

oferta de materiais, o educador deve previamente

organizar os materiais didáticos de modo que eles

atendam eficazmente aos objetivos. Uma vez que os

recursos, conteúdos e objetivos devem estar imbricados no

fazer pedagógico.

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Não existe certo ou errado quando se fala em rotina. Cada

professor descobrirá, no decorrer da prática pedagógica diária, as

ferramentas que melhor se encaixam ao contexto de sua turma e

ao seu estilo de trabalho.

AVALIAÇÃO

A avaliação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

deve exercer uma função formativa e não classificatória. Ela

serve para planejar, intervir e replanejar a prática pedagógica.

Quando realizada de maneira eficiente, contemplando todos os

seus objetivos, exerce um valor fundamental na sala de aula e na

escola, pois valoriza o processo educativo, trazendo mudanças e

melhorias à prática docente e ao desenvolvimento das crianças.

A unidade de ensino em seu Projeto Político Pedagógico,

ou Plano de Ação, precisa ter bem claro para todos os seus

agentes um projeto educativo em que a avaliação é um

componente pensado, estruturado de forma clara e realizável para

todos. Assim, a avaliação, instrumento de planejamento, deve ser

também pensada e planejada pelos membros da comunidade

escolar. Dessa forma, ela se torna um valioso meio de apuração

de informações relevantes ao processo de ensino-aprendizagem e

também um veículo de comunicação mais claro e objetivo para

todos os agentes escolares (incluindo, principalmente, os alunos e

seus familiares). Nessa perspectiva, a avaliação ocorre nos

tempos e modos do projeto educativo, provocando uma unidade

no processo avaliativo que permite a leitura e aproximação de

toda a comunidade escolar.

Todo o processo avaliativo evidenciado no projeto

educacional não avalia somente as aprendizagens dos alunos,

mas, também, a atuação do professor, a eficiência da escola e de

seus gestores. Dá pistas e material para a construção e revalidação

das próximas ações educativas. Impulsiona a escola às inovações

educacionais e dá suporte à importantes decisões pedagógicas

(como agrupamentos ou reagrupamentos temporários, projetos e

programas especiais de ensino, etc.).

Três importantes momentos avaliativos na sala de aula

são: a avaliação inicial (diagnóstica), a avaliação formativa

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(durante todo o processo) e a avaliação somativa (que comunica

aonde se chegou).

A avaliação inicial, importante aliado ao planejamento do

professor, é realizada num determinado momento, o início da

etapa educativa. Ela dá pistas a respeito do que a criança já sabe,

o que ela ainda não construiu e as possibilidades mais próximas

dela. Informa, ainda, “sobre o conhecimento e as capacidades dos

alunos em relação aos novos conteúdos de aprendizagem”

(BASSEDAS, 2006).

A avaliação formativa, não possui um momento concreto

para a sua realização. Ela acontece de maneira contínua e paralela

ao processo de ensino-aprendizagem. Ajuda o aluno a progredir

em seu desenvolvimento. Permite ao professor agir em tempo

hábil, a intervir e redirecionar as aprendizagens mais eficazmente.

A avaliação formativa leva o professor a observar mais metodicamente os alunos, a compreender melhor seus funcionamentos, de modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada suas intervenções pedagógicas e as situações didáticas que propõe, tudo isso na expectativa de otimizar as aprendizagens [...]. (PERRENOUD, 1999).

A avaliação somativa realiza-se no encerramento do

processo de ensino-aprendizagem e seu objetivo é verificar as

aprendizagens desenvolvidas pelos alunos em relação aos

conteúdos trabalhados. Ela acontece não para classificar alunos,

mas para valorizar seus progressos, suas conquistas. Possibilita

um importante momento de reflexão sobre a prática pedagógica.

Por fim, é importante ressaltar o papel do professor como

o principal instrumento avaliador na sala de aula. Ele tem sua

maneira própria de realizar sua avaliação com a qual dialoga com

seus alunos e seus contextos, seus resultados e suas

potencialidades. Investigar estes elementos e os processos de

aprendizagem (como a criança aprende) com olhar apurado e

sensível, registrar e organizar as observações, analisar seus

resultados, comparar as atividades, comunicar a análise e

replanejar a proposta pedagógica, são ações imprescindíveis para

um processo de avaliação que se quer formativo e coerente com

uma prática educativa comprometida com o desenvolvimento dos

educandos.

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AVALIAÇÕES EXTERNAS

Avaliação Externa Municipal

O Sistema de Avaliação Municipal de Ensino

(SAME) é um instrumento pedagógico da Secretaria Municipal

de Educação para diagnosticar os níveis de aprendizagem dos

discentes das escolas municipais. Foi criado pela Secretaria

Municipal de Educação de Montes Claros, em 2006 e trata-se de

uma avaliação sistêmica censitária aplicada a todos os alunos do

3º, 5º, 7º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 5º e 6º períodos

da EJA.

O SAME foi idealizado para fornecer dados que sejam

capazes de revelar a realidade de cada turma e das Unidades de

Ensino, proporcionando aos docentes, aos gestores e à

comunidade escolar acompanhar,

sistematicamente, o desempenho de seus alunos.

O SAME representa um progresso na pesquisa

educacional da SME, e seus resultados indicam principalmente

aos docentes caminhos a seguir em estudos e práticas

educacionais pontuais, ações significativas para o

redirecionamento das questões pedagógicas em sala de aula,

sobretudo, com vistas a melhorar os índices de desempenho dos

alunos e seus níveis de conhecimento. O resultado do SAME de

2010 será publicado como Revista digital, com ISSN: 2236-6075

e passou a ser aplicado 2 (duas) vezes ao ano, como instrumento

comparativo semestral.

• No início do ano letivo, para que o professor tenha um

diagnóstico preciso do nível de proficiência de seus

alunos e conhecimento dos descritores e habilidades que

precisam ser enfatizados nos conteúdos de Língua

Portuguesa, Matemática e Produção de Texto,

contextualizados com os demais conteúdos escolares.

• No final do ano letivo, a aplicação do SAME permite

verificar a aprendizagem da turma a partir da intervenção

realizada pelo professor e compará-la com o resultado

anterior, apontando novas perspectivas na construção de

uma educação melhor para todos.

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19

Após a aplicação das avaliações, os dados são entregues

digitalizados para cada unidade escolar a fim de que diretores e

supervisores divulguem amplamente para os professores os

resultados da avaliação censitária aplicada aos alunos. Por meio

de relatórios detalhados apresentam-se dados quantitativos de

forma clara, em planilhas e gráficos para que toda comunidade

escolar possa conhecê-los e analisá-los, para se destacar a

aprendizagem de cada aluno, bem como ser utilizado como

instrumento para nortear os trabalhos pedagógicos em novas

práticas de intervenção.

Para uma melhor compreensão dos resultados do SAME

são utilizados descritores de proficiência que orientam a

elaboração das avaliações. Esses descritores têm como base a

Matriz de referência do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita

– CEALE, do Sistema de Avaliação da Educação Básica –

SAEB e Matriz de referência da Secretaria Municipal de

Educação de Montes Claros – SME.

A escala de proficiência utilizada pela SME vai de 0 a

100 divididas em três níveis:

1. Recomendável – 80% a 100% - Configura a aquisição

satisfatória de capacidades para o nível de escolaridade.

2. Intermediário – 50% a 79% - Configura a aquisição

parcial de capacidades básicas para o nível de

escolaridade.

3. Baixo Desempenho – 0 a 49% - Configura pouca ou

nenhuma aquisição de capacidades básicas para o nível

de escolaridade.

Avaliações Externas Estaduais e Federais sob

Responsabilidade Logística da Divisão de Avaliação Sistêmica

1. Avaliações estaduais:

SIMAVE (PROEB): É uma avaliação que contempla

alunos da rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas

Gerais, cujo objetivo é avaliar competências e conhecimentos dos

alunos para produzir informações criteriosas, que possibilitem aos

gestores identificar problemas e tomar decisões fundamentadas,

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20

destinadas à melhoria da qualidade dos serviços educacionais.

Essa avaliação acontece uma vez por ano para os alunos do 5º e

9º anos do ensino fundamental.

PROALFA : É uma avaliação que contempla alunos da

rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas Gerais.

Ela tem como objetivo determinar o nível de leitura e escrita

alcançado, para que sejam realizadas intervenções pedagógicas

com alunos de oito anos de idade, a fim de que possam ler e

escrever plenamente. Essa avaliação também acontece uma vez

por ano para o 3º ano do ensino fundamental, sob a forma

censitária e amostral com alunos de baixo desempenho.

2. Avaliações Federais

Provinha Brasil: É um instrumento pedagógico, sem

finalidades classificatórias, que fornece informações sobre o

processo de alfabetização aos professores e gestores das redes de

ensino. Tem o objetivo de avaliar o nível de alfabetização dos

alunos/turma nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como

diagnosticar possíveis insuficiências das habilidades de leitura e

escrita. Essa avaliação acontece em dois momentos do ano letivo,

sendo no início e no final de cada ano para os alunos do 2º ano de

alfabetização do ensino fundamental.

Prova Brasil: É uma avaliação para diagnóstico em larga

escala, desenvolvida pelo INEP/MEC, com o objetivo de avaliar a

qualidade do ensino oferecido pelo Sistema Educacional

Brasileiro a partir de testes padronizados e questionários

socioeconômicos. Essa avaliação ocorre de dois em dois anos

para os alunos dos 5º e 9º anos do ensino fundamental da rede

pública e urbana de ensino. Sua aplicação, bem como todo o

processo de correção e divulgação dos resultados é de inteira

responsabilidade do MEC.

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21

Matriz de Referência e os Descritores5

Matriz de referência é um documento que se organiza

em subconjuntos de habilidades correspondentes ao nível da série

ou ano de escolaridade dos alunos a serem avaliados. Também

leva em conta as concepções de ensino e aprendizagem da área,

mas é composta apenas por um conjunto delimitado de

habilidades e competências definidas em unidades denominadas

descritores, agrupadas em tópicos (Língua Portuguesa) e Temas

(Matemática) que compõem a matriz de uma dada disciplina em

avaliações dos tipos Prova Brasil e SAEB. Assim o descritor é

uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais

desenvolvidas pelo aluno, que traduzem certas competências e

habilidades. Os descritores indicam habilidades gerais que se

esperam dos alunos e constituem a referência para seleção de

itens que devem compor uma prova de avaliação. As

5 Adaptado do Material Língua Portuguesa e Matemática – SAEB/PROVA BRASIL –

INEP.

habilidades são decompostas em descritores, que têm a função

de avaliar as unidades mínimas de cada habilidade.

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23

LÍNGUA PORTUGUESA

O ensino da Língua Portuguesa destina-se a preparar o

aluno para lidar com as linguagens em suas diversas situações

sociais, tendo em vista, seu uso e manifestações. O domínio da

língua materna revela-se de fundamental importância para o

acesso às demais áreas do conhecimento. Ela media o processo de

ensino-aprendizagem dotando o aluno de determinadas

habilidades importantes para o seu desenvolvimento.

O trabalho com a Língua Portuguesa deve ser planejado

com finalidades definidas, para que o aluno adquira novos

conhecimentos e venha a progredir na apropriação do saber já

construído.

A partir das concepções tratadas pelo Centro de

Alfabetização Leitura e Escrita - CEALE, o Ciclo Inicial de

Alfabetização do Ensino Fundamental redirecionou o trabalho

pedagógico com a leitura e a escrita, tendo em vista os objetivos e

capacidades que se pretende avaliar e alcançar. Um dos principais

objetivos propostos pelo CEALE é contribuir para a

operacionalização e instrumentalização do trabalho docente,

visando à organização do processo de alfabetização de forma que

não haja rupturas durante o processo de aprendizagem.

O ensino da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais requer

muito dinamismo, as aulas devem ser inovadoras e dinâmicas,

com o objetivo de favorecer o aprendizado, proporcionando aos

educandos o prazer de aprender.

Segundo Soares (2003), “a alfabetização consiste na ação

de ensinar a ler e a escrever, já o letramento pressupõe o estado

ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever”.

É imprescindível que as atividades sejam significativas,

que valorize os conhecimentos dos alunos e suas vivências, uma

vez que, as oportunidades precisam ser adequadas para que os

alunos descubram a leitura e a escrita como uma forma de prazer

e interação social. Além disso, deve-se favorecer o contato

sistematizado com diferentes tipos e gêneros textuais com

práticas que incentivem o aprendizado e o interesse da criança.

Essa versão preliminar da Proposta Curricular de Língua

Portuguesa está organizada em Eixos, Capacidades/Habilidades,

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Conteúdos/Conceitos, Detalhamento por ciclo, e, a Abordagem,

por ano de escolaridade. No que diz respeito à abordagem, é

importante salientar que sua função é facilitar o planejamento não

devendo com isso, descartar as características da escola, da turma

ou do contexto social da qual fazem parte. Nessa concepção,

propõe-se o trabalho considerando os seguintes eixos norteadores:

“Compreensão e valorização da cultura escrita, Apropriação do

sistema de escrita, Leitura, Produção escrita, Desenvolvimento da

oralidade e Conhecimentos ortográficos e lingüísticos”. Este

trabalho toma por base a concepção de ensino pautado na cultura

da alfabetização e letramento propostos pelo CEALE que

privilegia um contato organizado, sistematizado e constante com

os diferentes tipos de manifestação escrita.

De acordo com o CEALE (2003), alfabetização e

letramento são processos diferentes, cada um com suas

especificidades, mas complementares, inseparáveis e ambos são

indispensáveis no processo de aprendizagem. Não se trata de

escolher ou de valorizar um ou outro, mas de se alfabetizar

letrando, ou seja, esta é uma maneira articulada e simultânea.

1 - Os Eixos da Proposta Curricular de Língua Portuguesa

O eixo “Compreensão e valorização da cultura escrita”

compreende o processo de alfabetização aliado ao letramento, ou

seja, um depende do outro para a inserção da criança no mundo

letrado. Para isso é necessário que o aluno assimile os usos

sociais da escrita, dominando de fato, as capacidades necessárias

para o seu entendimento ao longo do ciclo de alfabetização.

Já o eixo “Apropriação do sistema de escrita” trata dos

conhecimentos que os alunos necessitam assimilar para

compreender as regras que orientam a leitura e a escrita no

sistema alfabético, bem como, a ortografia na Língua Portuguesa.

Por isso, o trabalho realizado pelo professor deve voltar-se para a

diversidade e ao mesmo tempo, ser sistemático, articulado e

sequencial. Essa forma de trabalho possibilitará aos alunos

experiências de leitura e escrita diferenciadas, contribuindo para a

ampliação de seus conhecimentos.

O bom desempenho escolar depende do aprendizado da

“Leitura”, pois a criança que adquire as capacidades propostas

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nesse eixo irá desenvolver competências cognitivas necessárias às

demais áreas do conhecimento. O ato de ler ativa uma série de

ações na mente do leitor. Por meio delas, ele extrai informações,

faz inferências e amplia o vocabulário.

As estratégias de leitura são importantes para o

desenvolvimento de uma mente leitora na criança. Este período é

o momento mais propício para provocar situações que despertem

a criança ao entusiasmo pela leitura, motivando-a para que

adquira o fascínio pelo mundo letrado.

Seguindo a definição de Cegalla, a leitura consiste na

arte de ler: a leitura permite uma viagem no tempo e no espaço. [...] Já o ato de ler consiste em percorrer com a vista os sinais gráficos de uma língua, decifrando e interpretando, em silêncio ou em voz alta. (CEGALLA, 2008, p. 535-536).

A leitura diária é importante para que as crianças possam

construir um repertório próprio de histórias, em uma linguagem

diferente da fala cotidiana e da língua que se escreve. “A leitura

entra na sala de aula como fato comum, mas tão importante que

deve possuir um momento especial em nossa rotina”.

(CAVALCANTE, 1997). A competência leitora do aluno também

é definida pela sua familiaridade em relação aos textos propostos,

o que por sua vez, é construído ao longo das oportunidades que

lhes são oferecidas no ambiente escolar e em outros contextos.

Quanto à “Produção escrita” esta, pode ser considerada

como uma representação da linguagem ou como um código de

transcrição gráfica das unidades sonoras. “A invenção da escrita

foi um processo histórico de construção de um sistema de

representação, não um processo de codificação”. (FERREIRO

2001).

A produção escrita deve ser contextualizada ao

conhecimento da utilidade da escrita na vida individual e coletiva,

além da apropriação de seus usos, de forma gradativa, sempre

com vistas a sua ampliação e atualização.

O “Desenvolvimento da oralidade” é iniciado antes da

chegada dos alunos no âmbito escolar, através da vivência e das

experiências que adquiriram anteriormente. A linguagem é um

elemento bastante relevante no cotidiano, pois se trata do

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principal instrumento de comunicação entre as pessoas. Para o

desenvolvimento da linguagem oral, podem ser desenvolvidas em

sala de aula: produções coletivas de texto, organização da rotina

diária com os alunos, decisões coletivas sobre assuntos de

interesses comuns, planejamento de festas, torneios esportivos e

outros.

O papel da escola consiste em oportunizar ao educando, o

acesso às variedades lingüísticas socialmente privilegiadas e que

configuram a chamada “língua padrão”. Porém a escola não deve

desprezar e nem desvalorizar os conhecimentos prévios ou a

comunicação oral trazidos pelos alunos, pois se constituem em

sua identidade e foram adquiridos ao longo das suas interações

em família e em sociedade.

No que diz respeito aos “Conhecimentos ortográficos e

lingüísticos”, o professor deve promover um clima de

aprendizagem em que o aluno tenha um motivo para escrever

corretamente.

Conforme Moraes (1998), as distintas dificuldades

ortográficas exigem diferentes estratégias de ensino, que levem o

aluno a reflexão e a compreensão. As atividades devem promover

a observação e formulação de hipóteses para que os alunos

confrontem suas descobertas. De acordo com os Parâmetros

Curriculares Nacionais (1997), ainda que tenha um forte apelo à

memória, a aprendizagem da ortografia não é um processo

passivo: trata-se de uma construção individual, para a qual a

intervenção pedagógica tem muito a contribuir.

2 - Gêneros Textuais

Nas diferentes situações comunicativas que a escola

oferece, o aluno defronta-se com a necessidade de lidar com

diversos gêneros de discursos que podem circular em forma de

linguagem escrita ou oral. Cada gênero textual tem características

próprias e específicas e assim pode ser identificado. Isso acontece

porque a situação de produção desses gêneros de texto é marcada

por elementos próprios, pois apresentam distintas finalidades.

Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente

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cumprem um papel referencial, servindo de repertório textual e

suporte de atividade intertextual.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Portuguesa (1997) propõem o trabalho com os gêneros textuais

com o objetivo de inserir os alunos no mundo letrado e na vida

social, tendo em vista sua emancipação e crescimento intelectual.

Cabe a escola, portanto viabilizar o acesso do aluno ao universo

de textos que circulam socialmente, ensinando-os a produzi-los e

a interpretá-los, porém, isso não impede o trabalho com textos em

outras disciplinas, ao contrário, todas as disciplinas têm a

responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso,

mas é o ensino da Língua Portuguesa que deve tomar para si o

papel de fazê-lo de modo mais sistemático.

Segundo Naspolini,

a organização e distribuição dos diversos gêneros textuais nas aulas semanais e ao longo do ano depende das características dos alunos, do momento de sua inclusão no planejamento, do nível de aprofundamento desejado. (NASPOLINI, 2008).

Neste trabalho o que se pretende é que o aluno seja

progressivamente produtor e leitor do próprio texto.

A diversidade textual que existe fora da escola pode e

deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado,

fazendo parte da vida do aluno. A maioria das crianças

brasileiras, principalmente as que são atendidas pelo sistema

público de ensino, em sua experiência pré e extra-escolar, tem

acesso restrito à escrita e desconhece muitas de suas

manifestações e utilidades. Em razão disso, é importante que a

escola propicie aos alunos acesso aos diferentes gêneros e

suportes de textos escritos e lhes possibilite a vivência e o

conhecimento de diversos espaços de produção.

A convivência com a riqueza de recursos pedagógicos fará

com que o aluno tenha mais prontidão para o processo de ensino

aprendizagem, uma vez que, os aspectos diferenciados dos textos

e das aulas instigarão a curiosidade do educando.

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PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS - VERSÃO PRELIMINA R - 1º, 2º e 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXOS

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/ CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO

1º 2º 3º

1. C

ompr

eens

ão e

Val

oriz

ação

da

cultu

ra e

scrit

a

1.1- Conhecer, utilizar e valorizar os modos de produção e circulação da escrita na sociedade.

• Vivência e conhecimento de ações, valores, procedimentos e instrumentos que constituem o mundo letrado. • Participação ativa na cultura escrita pela ampliação da convivência e do conhecimento da língua escrita.

A compreensão da cultura escrita, pelos alunos, vem de um processo de integração no ambiente letrado, seja através da vivência numa sociedade que faz uso generalizado da escrita, seja através da apropriação de conhecimentos da cultura escrita especificamente trabalhados na escola. Esse processo possibilita aos alunos compreenderem os usos sociais da escrita e, pedagogicamente, pode gerar práticas e necessidades que darão significado às aprendizagens escolares e aos momentos de sistematização propostos pelo professor. Estar ativamente inserido na cultura escrita significa ter comportamentos letrados, atitudes e disposições frente ao mundo da escrita (como o gosto pela leitura), saberes específicos relacionados à leitura e à escrita que possibilitam usufruir de seus benefícios. A compreensão do funcionamento da escrita e a inserção nas práticas do mundo letrado incluem as capacidades de ler e escrever autonomamente, mas não dependem exclusivamente dessas capacidades. A compreensão geral do mundo da escrita é tanto um fator que favorece o progresso da alfabetização dos alunos como, uma conseqüência da aprendizagem da língua escrita na escola. Por isso é um dos eixos a serem trabalhados desde os primeiros momentos do percurso de alfabetização. Isso significa promover simultaneamente a alfabetização e o letramento. Para tanto, é importante que a escola, pela mediação do professor, proporcione aos alunos o contato com diferentes gêneros e suportes de textos escritos e lhes possibilite vivência e conhecimento: • Dos espaços de circulação dos textos (no meio doméstico, dos espaços

institucionais de manutenção, preservação, distribuição e venda de material escrito - bibliotecas, livrarias, bancas, etc.)

• Das formas de aquisição e acesso aos textos (compra, empréstimo e troca de livros, revistas, cadernos de receita, etc.)

• Dos diversos suportes da escrita (cartazes, outdoors, livros, revistas,

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folhetos publicitários, murais escolares, livros escolares, etc.) • Dos instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito (lápis,

caneta, cadernos, máquinas de escrever, computadores, etc.)

1.2- Conhecer os usos e funções sociais da escrita.

Suporte textual tipos, formato, características, finalidade/função. Gêneros textuais: • Finalidades e funções dos gêneros textuais. • Características dos gêneros textuais (elementos comuns em todos os textos do mesmo gênero. • Tipos de linguagem, locutor e interlocutor. • Formatação de gêneros textuais diversos.

No dia-a-dia dos cidadãos, as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, a todo momento, cumprindo diferentes funções. Há escritas públicas que funcionam como documentos (o dinheiro, o cheque, as contas a pagar, o vale-transporte, a carteira de identidade), outras que servem como formas de divulgação de informações (o letreiro dos ônibus, os rótulos dos produtos, as embalagens de defensivos agrícolas, os avisos, as bulas de remédio, os manuais de instrução), outras permitem o registro de compromissos assumidos entre as pessoas (os contratos, o caderno de fiado), outras viabilizam a comunicação à distância (nos jornais, nas revistas, na televisão), outras regulam a convivência social (as leis, os regimentos, as propostas curriculares oficiais); outras, ainda, possibilitam a preservação e a socialização da ciência, da filosofia, da religião, dos bens culturais (nos livros, nas enciclopédias, na Bíblia). O trabalho com esta capacidade deve possibilitar ao aluno ser capaz de fazer escolhas adequadas, ao participar das práticas sociais de leitura-escrita, porque o interesse e a própria disposição positiva para o aprendizado tendem a se acentuar com a compreensão da utilidade e relevância daquilo que se aprende. Trabalhar os conhecimentos e capacidades envolvidos na compreensão dos usos e funções sociais da escrita implica, em primeiro lugar, trazer para a sala de aula e disponibilizar para observação e manuseio pelos alunos, muitos textos, pertencentes a gêneros diversificados, presentes em diferentes suportes. Mas implica também, ao lado disso, orientar a exploração desses materiais, valorizando os conhecimentos prévios do aluno, possibilitando a ele deduções e descobertas, explicitando informações desconhecidas. Para trabalhar esse aspecto da capacidade o professor pode: • Introduzir o gênero, possibilitando o manuseio, pelo aluno, de exemplares

que circulam socialmente, possibilitando sua familiarização. (ex.: gênero a ser trabalhado – convite – levar e pedir que os alunos levem para a sala de aula, convite de casamento, aniversário, missa de 7º dia, formatura,

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1.3- Reconhecer as funções de diferentes formas de acesso à informação e ao conhecimento através da língua escrita, bem como as suas funções específicas (bibliotecas, bancas de revista, livrarias, Internet, etc.) e saber utilizá- las.

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chá de panela, chá de bebê, etc. para serem manipulados pela turma sob a orientação do professor).

• Trabalhar sistematicamente identificando, sob orientação do professor, a característica de formatação e linguagem de cada gênero, considerando sua finalidade e o destinatário.

• Refletir também sobre o que é comum em todos os textos do mesmo gênero independentemente de sua finalidade e destinatário, o que é diferente e as causas dessa diferença.

Para consolidar, o professor poderá criar situações de: • Elaboração e uso do gênero estudado; • Comparação de gêneros textuais diversos para a compreensão de suas

funções, suportes e características; • Conhecimento e classificação, pelo formato, de diversos suportes da

escrita, tais como livros, revistas, jornais, folhetos; • Identificação das finalidades e funções da leitura de alguns textos a partir

do exame de seus suportes; • Relacionamento entre suporte e possibilidades de significação do texto.

1.4- Conhecer os usos da escrita na cultura escolar.

- suportes textuais - redatores de textos (computador, papel e caneta, etc)

O desenvolvimento dessa capacidade implica: • Conhecer para que servem e como são usados os suportes e instrumentos

de escrita (livro didático, livros de histórias, caderno, bloco de escrever, papel ofício, cartaz, lápis, borracha, computador) no cotidiano da escola.

• Identificar suas peculiaridades físicas (tamanho, formato, disposição e organização do texto escrito, tipo de letra, recursos de formatação do texto, interação entre linguagem verbal e as linguagens visuais).

• O professor pode utilizar-se de atividades que possibilitem a exploração sistemática, em sala de aula, das especificidades dos suportes e instrumentos de escrita usuais na escola, tais como: � nos livros e nos cadernos, como se faz a sequenciação do texto nas

páginas (frente e verso, página da esquerda e página da direita, numeração);

� como se dispõe o escrito na página (margens, parágrafos, espaçamento entre as partes, títulos, cabeçalhos);

� como se relacionam os escritos e as ilustrações;

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1.5- Compreender a escrita no contexto escolar em suportes como quadro de giz, cartaz, aviso, livro, revista, gibi e saber usar instrumentos como caderno, folha de papel, tela do computador, etc.

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� como se sabe o nome de um livro e quem o escreveu, qual a sua editora e sua data de publicação;

� como se faz para localizar, no livro didático ou no livro de histórias, uma informação desejada, como se consulta o índice, o sumário;

� como a sequenciação do texto, sua disposição na página, sua relação com as imagens e ilustrações funcionam no computador;

� qual a melhor maneira de dispor um texto num cartaz, que tipo de letra e que recursos gráficos devem ser usados (lápis de escrever, lápis de cor, caneta esferográfica, tinta guache);

1.6- Desenvolver as capacidades necessárias para o uso da escrita no contexto escolar.

- Observação, análise e utilização dos instrumentos de escrita no cotidiano escolar.

Saber manusear os livros didáticos e de literatura infantil, usar de maneira adequada os cadernos, saber segurar e manipular o lápis de escrever, os lápis de colorir, a borracha, a régua, o apontador, a caneta, sentar corretamente na carteira para ler e escrever, cuidar dos materiais escolares, lidar com a tela, o “mouse” e o teclado do computador, são algumas das aprendizagens que os alunos precisam desenvolver logo que entram na escola.

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1.7- Saber usar os objetos de escrita presentes na cultura escolar.

I/T T/C C/R

1.8- Desenvolver capacidades específicas para escrever.

- Disposição da escrita no papel - Utilização de letra legível. - Utilização dos diversos tipos de letra.

O desenvolvimento dessa capacidade supõe possibilitar ao aluno ser capaz traçar corretamente as letras, fazendo uso dos tipos de letras, inclusive da letra cursiva. Organizando o texto no papel conforme padrão textual e estético. I/T T/C C/R

2-A

prop

riaçã

o do

S

iste

ma

de E

scrit

a

2.1- Compreender diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

Identificação e diferenciação entre a escrita alfabética e outras formas gráficas: letras e desenhos; letras e rabiscos; letras e símbolos gráficos (asteriscos, sinais matemáticos, sinais de trânsito, etc.).

O aluno precisa diferenciar letras de números e de outros símbolos. Deve reconhecer, por exemplo, um texto que circula socialmente ou um sequência que apresenta somente letras, ou que apresenta letras e números e outros símbolos. É o contato com essas tantas situações comunicativas que propiciará ao aluno o desenvolvimento dessa capacidade. E o professor deve estar atento para isso, oportunizando aos alunos o contato com textos que se componham dos diversos símbolos gráficos, de maneira que eles compreendam o seu significado no contexto. Quanto à distinção entre letras e outros símbolos significativos, é possível

I/T/C R R

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propor aos alunos que procurem saber ou levantar hipóteses sobre a presença dos símbolos, como, por exemplo, o que representam os números, os ícones, as figuras, em calendário, listas telefônicas, folhetos com preços de mercadorias, etc. Nos textos essa capacidade pode se desenvolver com atividades como:

• Leitura de textos em que haja grande quantidade de números. • Leitura de textos que contenham letras, números, desenhos: carta

enigmática, cartões de visitas, etc., mostrando as diferenças entre eles, inclusive dos sinais de pontuação.

2.2- Dominar convenções gráficas.

- Orientação e alinhamento da escrita na Língua Portuguesa -Delimitação de palavras e frases.

Dois tipos de convenção gráfica fundamentais no sistema de escrita do português precisam ser compreendidos pelos alfabetizandos logo no início do aprendizado:

• Nossa escrita se orienta de cima para baixo e da esquerda para a direita;

• Há convenções para indicar a segmentação de palavras (espaços em branco) e frases (pontuação). Por isso se recomenda que sejam introduzidos e trabalhados sistematicamente no 1º ano do Ciclo, objetivando-se a sua consolidação.

Distribuição espacial do texto no suporte. • Frente e verso da folha; • Escrita dentro das margens, a partir da margem esquerda.

É bom que os alunos comecem por perceber e aprender a direção convencional e que, aos poucos, possam analisar outras disposições da escrita, em diferentes materiais. A exploração dos gêneros textuais que subvertem o alinhamento e/ou a direção mais freqüentes deve ser feita tomando-se como ponto de referência a orientação convencional. Num momento posterior do processo, um objetivo a alcançar será, por exemplo, ensinar aos alunos os princípios direcionais da leitura de gráficos e tabela. No início do processo, uma atividade que contribui para o aprendizado da orientação e do alinhamento convencionais é o professor assinalar com o dedo as linhas dos textos que lê, para que os alunos observem a direção da leitura. Nesse caso, o professor atua como modelo e, ao mesmo tempo, cria

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R R

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oportunidade para os alunos observarem a relação existente entre o que ele lê e os signos escritos presentes no texto. Progressivamente, os alunos deverão ganhar autonomia, lendo por conta própria textos que ocupam linhas inteiras ou que se organizam em colunas, além de poemas de diferentes configurações.

2.3- Compreender a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.

- Segmentação dos espaços em branco e a pontuação de final de frase.

Um outro aspecto importante da organização do sistema alfabético está relacionado com o fato de que a linearidade da escrita tem características diferentes da linearidade da fala. Para quem já sabe ler, esse conhecimento parece muito simples e é acionado quase que de forma automática. No entanto, para um aprendiz iniciante, as questões decorrentes desse fato podem não ter sido ainda percebidas e representar grande dificuldade. O professor precisa ficar atento para orientar seus alunos para o significado dos espaços em branco entre as palavras (segmentação) e a importância da pontuação no final de frase. Tanto a fala quanto a escrita são produzidas em seqüência linear, isto é, "som" depois de "som", ou letra depois de letra, palavra depois de palavra, frase depois de frase. Mas um dos pontos fundamentais no início da alfabetização é compreender que essa linearidade acontece de maneira diferente na fala e na escrita. As marcas que usamos na escrita para distinguir palavras, frases e seqüências de frases não são "óbvias" nem "naturais", são convenções sociais que precisam ser ensinadas e aprendidas na escola. Uma maneira de chamar a atenção dos alunos para as marcas de segmentação da escrita é, ao fazer a leitura oral em sala de aula, solicitar que eles próprios identifiquem os diferentes marcadores de espaço (espaçamentos entre as palavras, pontuação, parágrafos). Um recurso muito interessante é o trabalho com textos fatiados em parágrafos, frases, palavras.

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2.4- Reconhecer unidades fonológicas.

- Reconhecimento de unidades fonológicas: fonemas, sílabas, rimas, terminações de palavras. -Identificação de fonema/grafema em um conjunto de palavras.

Esta capacidade desenvolve-se utilizando atividades orais e o professor deve envolver os alunos em brincadeiras como cantigas de roda, jogos, trava-línguas e a criação de nova. Desenvolver a consciência fonológica significa: identificar e discriminar os diferentes sons da língua. Ela é fundamental para que o aluno perceba a correspondência entre sons e letras (fonemas/grafemas). O professor deve utilizar-se de atividades como:

• Exploração oral de sílabas, rimas, aliterações (repetição de um

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- Composição de palavras a partir de sílabas. -Decomposição e recomposição de palavras em sílabas.

fonema numa frase ou numa palavra. Ex. Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido), terminações semelhantes de palavras em jogos, desafios e parlendas.

• Associação de palavras ao nome do objeto; • Imitação de sons; • Identificação, ao ouvir uma palavra, do número de sílabas

(consciência silábica); • Identificação da sonoridade de sílaba consoante/vogal em princípio

ou final de palavras. • Decomposição oral de palavras em sílabas. • Recomposição oral de palavras a partir das sílabas.

O alfabetizando precisa identificar, oralmente, o número de sílabas que compõe uma palavra ao ouvir a pronúncia de palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas, polissílabas; com diferentes estruturas.

2.5- Conhecer o alfabeto. - Alfabeto (identificação das letras e reconhecimento da ordem alfabética).

Isso significa que o professor deve apresentar aos alunos o alfabeto e promover situações que possibilitem a eles a descoberta de que se trata de um conjunto estável de símbolos “as letras” cujo nome foi criado para indicar um dos fonemas que cada uma delas pode representar na escrita. Isso permite uma visão do conjunto, que facilita a compreensão do todo e a distinção de cada unidade, além de dar condição aos alunos de ampliarem sua compreensão da cultura escrita, familiarizando-se com um conhecimento de grande utilidade social, visto que muitos dos nossos escritos se organizam pela ordem alfabética. É importante que todas as letras estejam visíveis na sala de aula, para que os alunos, sempre que for necessário, tenham um modelo para consultar.

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2.6- Compreender a categorização gráfica e funcional das letras.

- Função social da ordem alfabética.

Conhecer o alfabeto implica, ainda, que o aluno compreenda que as letras variam na forma gráfica e no valor funcional. Cabe ao professor possibilitar ao aluno compreender que as variações gráficas seguem padrões estéticos, mas são também controladas pelo valor funcional que as letras têm. As letras desempenham uma determinada função no sistema, que é a de preencher um determinado lugar na escrita das palavras. Portanto, é preciso conhecer a categorização das letras, tanto no seu aspecto gráfico, quanto no seu aspecto funcional (quais letras devem ser usadas para escrever determinadas palavras

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e em que ordem). Apesar das diferentes formas gráficas das letras em nosso alfabeto (maiúsculas, minúsculas, imprensa, cursiva), uma letra permanece a mesma porque exerce a mesma função no sistema de escrita, ou seja, é sempre usada da maneira exigida pela ortografia das palavras ( uma letra, apesar de ter grafias diferentes, representa o mesmo fonema) O aluno precisa aprender que não pode escrever uma letra em qualquer posição numa palavra, porque as letras representam fonemas, os quais aparecem em posições determinadas nas palavras. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades que utilizem, por exemplo, nomes de alunos que tenham uma letra com sons diferentes e fazer a análise, juntamente com eles. Para trabalhar a função social da ordem alfabética, o professor deve apresentar para os alunos instrumentos como enciclopédias, dicionários, catálogos, diários de classe, agendas. É importante que os alunos manuseiem esses materiais e exercitem o seu uso em atividades como: onde colocar o seu nome na agenda; onde encontrar uma palavra nova surgida em um texto para ver o seu significado (no dicionário), entre outras; construir a agenda de endereços da turma; organizar os times em ordem alfabética; procurar, no catálogo, o telefone do pai de um colega; procurar, na enciclopédia, a biografia de um poeta ou escritor. Todas essas atividades devem ser sempre junto com o professor, uma vez que os alunos estão em processo de alfabetização. É importante que haja compromisso real nessas atividades. Não apenas colocar em ordem alfabética uma série de palavras.

2.7- Compreender a natureza alfabética do sistema de escrita

- Valor da posição das letras nas palavras, com vista à compreensão da natureza alfabética do sistema de escrita.

- Quantidade, variação e posição das letras nas palavras.

Um sistema de escrita é alfabético quando seu princípio básico é o de que cada som é representado por uma letra. A compreensão disso se dá quando o aluno entende que a escrita é a correspondência letra (grafema) e som (fonema). Muitas crianças chegam à escola desconhecendo a representação da escrita. Elaboram hipóteses variadas: uns acham que se escreve representando as palavras através de desenhos, outros acreditam que se usam letras ou símbolos para representar o que se quer escrever e acreditam, ainda, que objetos grandes se escrevem com muitas letras, outros pensam que cada letra representa uma sílaba, hipóteses já descritas nos estudos da psicogênese da

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língua escrita. É muito importante que o professor saiba reconhecer e valorizar essas etapas que são fundamentais na aquisição do sistema de escrita pelo aluno. Um conhecimento básico que os alunos precisam adquirir, no seu processo de alfabetização, diz respeito à natureza da relação entre a escrita e a cadeia sonora das palavras que eles tentam escrever ou ler. É necessário que o professor saiba identificar e compreender o raciocínio feito pelos alunos, para conseguir orientá-los com sucesso na superação das hipóteses e na descoberta da explicação do sistema de escrita do português. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades como: bingo, textos com lacunas, colocação de palavras em ordem alfabética, confronto entre a escrita produzida pelo/a alfabetizando/a e a escrita padrão.

2.8- Dominar as relações entre grafemas e fonemas.

2.9 - Dominar regularidades ortográficas

- Reconhecimento das relações entre fonemas e grafemas, com vista ao domínio das regularidades ortográficas.

Apropriar-se do sistema de escrita depende fundamentalmente de compreender um princípio básico que o rege: os fonemas, unidades de som, são representados por grafemas na escrita. Grafemas são letras ou grupos de letras, entidades visíveis e isoláveis. Exemplos: a, b, c, são grafemas; qu, rr, ss, ch, lh, nh também são grafemas. Os fonemas são as entidades elementares da estrutura fonológica da língua, que se manifestam nas unidades sonoras mínimas da fala. É preciso, então, que o aluno aprenda as regras de correspondência entre fonemas e grafemas, a partir do tratamento explícito e sistemático encaminhado pelo professor na sala de aula. Compreender as relações entre grafemas e fonemas é decisivo para que o aluno se aproprie, além do sistema de escrita, da ortografia das palavras. É no processo de alfabetização que o aluno começa a perceber que a fala é tão diferente da escrita, não só no aspecto ortográfico. É importante que o aluno aprenda as regras de correspondência entre fonemas e grafemas, a partir da intervenção sistemática encaminhada pelo professor em sala de aula. As regras de correspondência são variadas, ocorrendo algumas relações mais simples e regulares e outras mais complexas, que dependem da posição do fonema-grafema na palavra, ou dos fonemas/grafemas que vem antes ou depois. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades como:

• Observar, discutir as regras através de jogos ortográficos, palavras cruzadas, charadas, caça-palavras, correção orientada de textos.

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• Trabalhar os nomes dos alunos de forma a possibilitar aos mesmos compreender que as letras obedecem a uma sequência e que não são escolhidas e escritas aleatoriamente.

• Trabalhar palavras que tenham sentido para o aluno a partir dos textos lidos e/ou aproveitando os temas transversais trabalhados na escola e deixá-las expostas nas salas.

• Se a escola trabalha com o método de silabação a partir de uma palavra chave, é interessante que, o professor trabalhe essas palavras com os alunos de forma a assegurar que eles as reconheçam em qualquer contexto e saibam ortografá-las.

As relações entre grafemas e fonemas, na maior parte dos casos, não são biunívocas (isto é, não há um só grafema para representar determinado fonema, o qual, por sua vez, só pode ser representado por aquele grafema) e, além disso, elas envolvem diferentes graus de dificuldade. Por isso é particularmente recomendável que, nesse momento do ensino da escrita, a sistematização em sala de aula se oriente pelo critério da progressão, indo do mais simples para o mais complexo: dos casos nos quais os valores atribuídos aos grafemas independem do contexto para os casos nos quais os valores dos grafemas dependem do contexto. São exemplos de grafemas que não dependem do contexto das letras: p, b, t, d, f, v. E também, grupos de letras, como o dígrafo nh, que representa sempre o mesmo fonema e é a única possibilidade de grafar esse fonema em português.

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2.10- Dominar irregularidades ortográficas

- Irregularidades ortográficas Ao trabalhar essa capacidade é preciso que o professor analise o nível de competência de escrita dos alunos e suas dificuldades com base nos textos produzidos por eles e as utilize para ensinar os princípios ortográficos corretos. As maiores dificuldades para o aprendiz dominar o sistema ortográfico do português se devem ao fato de haver, por um lado, fonemas que, mesmo quando em contextos idênticos, podem ser representados por diferentes grafemas, e, por outro lado, casos em que um mesmo grafema, também em contextos idênticos, pode corresponder a diferentes fonemas. Para o primeiro tipo (um fonema/vários grafemas) é preciso trabalhar os casos que envolvem o fonema /S/ que pode ser grafado pelas letras s, c, ss ,ç, sc, xc; para o segundo tipo temos o grafema x representando vários fonemas, como /z/ e /s/ (ver caderno 2 SEE/MG/CEALE p. 39 a 41) A saída nesses casos é consultar modelos – locais onde sabemos que determinada palavra está escrita da maneira correta – e usar o dicionário (que envolve conhecer a forma como as palavras estão nele organizadas e como procurar um termo flexionado, por exemplo). O professor pode também combinar com a turma a produção de uma pequena lista de palavras de uso frequente que eles devem memorizar para não mais errar.

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3.1- Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura

-- Comportamentos sociais próprios de leitor.

- Formação de um gosto estético.

- Conhecimento e utilização de espaços de leituras.

Manuseio de livros e outros materiais impressos, através de visitas a bibliotecas, livrarias, bancas de revistas, etc. Incentivar a utilização de livrarias e bancas e bibliotecas como locais de acesso a livros, jornais, revistas, etc. Incentivar a leitura dos escritos urbanos e materiais escritos que circulam na escola (cartazes, avisos, bilhetes aos pais, murais, etc.) Pesquisa na internet e uso de e-mails. Leitura de histórias, poemas, contos, notícias, instruções de jogos, parlendas, piadas, etc. pelo professor e/ou aluno. Criação e organização do canto de leitura, biblioteca de classe, jornal, mural, saraus de leitura, etc.

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3.2- Saber decodificar palavras e textos escritos.

- Relação entre grafemas (letra) e fonemas (som). - Identificação de unidades fonológicas. - Decodificação de palavras. - Decodificação de pequenos textos

O professor deve oferecer aos alunos pequenos textos, tais como: parlendas, piadas, tirinhas, pequenas histórias em quadrinhos, etc. para serem decodificados por eles. Observação: Nos casos em que o professor trabalhe silabação, ele poderá selecionar textos que contenham muitas palavras formadas por sílabas já trabalhadas, estando, atentos, porém, para a qualidade destes textos.

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3.3- Saber ler reconhecendo globalmente as palavras.

- Reconhecimento de palavras sem análise de fonemas e sílabas

A criança reconhece palavras ou textos que fazem parte de seu universo e aparecem em suas leituras com bastante frequência (nome próprio, palavras utilizadas para organização da classe, palavras de parlendas que já foram trabalhadas, rótulos de produtos a que elas tenham acesso frequente, parlendas que decoram letras de músicas, pequenas poesias, etc.)

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3.4- Desenvolver capacidades necessárias à leitura com fluência e compreensão.

- Compreensão linear do texto. (informação explícita).

- Produção de inferência (informação implícita)

A compreensão dos textos pela criança é a meta principal no ensino da leitura e as estratégias de decifração e reconhecimento são caminhos e procedimentos para se chegar a esse ponto. Ler com compreensão inclui, entre outros, três componentes básicos: a compreensão linear, a produção de inferências, a compreensão global. A compreensão linear do texto diz respeito à capacidade de reconhecer informações "visíveis" no corpo do texto e construir, com elas, o "fio da meada" que unifica e inter-relaciona os conteúdos lidos. A capacidade de compreensão não vem automaticamente, precisa ser exercitada e ampliada em diversas atividades com os alunos, durante toda a trajetória escolar. Textos narrativos: ao acabar de ler o aluno deve saber dizer:

• quem fez o que • quando • como • onde • por quê.

No caso de Textos argumentativos: ao acabar de ler o texto o aluno deve saber dizer:

• de que fala o texto • que posição defende

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• que argumentos apresenta para convencer o leitor • a que conclusão chega • ler nas entrelinhas, compreender os subentendidos, os não-ditos, • Utilização de conhecimentos prévios para compreensão dos não

ditos. • Compreender o sentido de palavras a partir do texto. • Exemplos de gêneros textuais que podem ser trabalhados na

inferência: charge, piadas, tirinhas, fábulas, propagandas, etc. O trabalho deve ser iniciado com textos de temas, complexidade de estrutura e de linguagem bastante simples, e ir dificultando gradualmente. Além disso, a proposta destas atividades deve considerar, também, o progresso da autonomia da criança. O trabalho com a compreensão pode e deve ser começado antes mesmo que as crianças tenham aprendido a decodificar e a reconhecer globalmente as palavras. Essas duas capacidades fazem parte da capacidade mais importante, que é "ler com compreensão", mas não são pré-requisitos para se chegar a ela. Quando o professor lê em voz alta e comenta ou discute com seus alunos os conteúdos e usos dos textos lidos, está contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de compreensão. Este é um procedimento que pode e deve ocorrer desde os primeiros dias de aula, utilizando contos infantis, poemas, notícias interessantes às crianças, artigos publicados nos suplementos infantis de vários jornais e/ou revistas e demais gêneros

3.5– Identificar a finalidade e funções da leitura, reconhecimento do suporte, do gênero e sua contextualização

- Identificação do gênero; da finalidade; do suporte; da contextualização do texto.

Para contribuir com o desenvolvimento da capacidade dos alunos de ler com compreensão, é importante que o professor lhes proporcione a familiaridade com gêneros textuais diversos lendo para eles em voz alta ou pedindo-lhes leitura autônoma. Além disso, é desejável abordar as características gerais desses gêneros (do que eles costumam tratar, como costumam se organizar, que recursos lingüísticos costumam usar, para que servem). A capacidade de reconhecer diferentes gêneros textuais e identificar suas características gerais favorece bastante o trabalho de compreensão, porque orienta adequadamente as expectativas do leitor diante do texto. Assim, antes da leitura feita em voz alta pelo professor, ou em grupos, ou individualmente pelos alunos, é bom propor às crianças perguntas como: o texto que vamos ler

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vem num jornal, num livro, num folheto, numa caixa de brinquedo? Que espécie (gênero) de texto será esse? Para que ele serve? Quem é que conhece outros textos parecidos com esse? Onde? Outro tipo de procedimento para desenvolver a capacidade de compreensão é buscar informações sobre o autor do texto, a época em que ele foi publicado, com que objetivos foi escrito. Esses dados permitem situar o texto no contexto em que foi produzido e ampliam as possibilidades de compreensão e de fruição do que vai ser lido, além de contribuir para a formação de um leitor cada vez mais bem informado e interessado, mais capaz de tirar proveito do que lê.

3.6- Antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, seu gênero e sua contextualização

- Elaboração de hipótese, identificação do suporte do gênero e funções. - Identificação e compreensão do título.

Antes de começar a leitura são também válidos alguns procedimentos ligados à antecipação de conteúdos, como a elaboração de hipóteses (Este texto trata de que assunto? É uma história? É uma notícia? É triste? É engraçado?). Até o leitor iniciante pode tentar adivinhar o que o texto diz, pela suposição de que alguma coisa está escrita, pelo conhecimento do seu suporte (livro de história, jornal, revista, folheto, quadro de avisos, etc.) e de seu gênero, pelo conhecimento de suas funções (informar, divertir, etc.), pelo título, pelas ilustrações. A contextualização do texto é um procedimento importante nesse momento, que favorece a produção de sentido e contribui para a formação do aluno como leitor. Essa é uma prática que deve estar presente desde os primeiros dias do Ciclo Inicial de Alfabetização, quando o professor lê em voz alta para os alunos, até depois da conclusão da trajetória escolar. Quando se começa a leitura sabendo quem escreveu o texto, quando escreveu, com que objetivos e funções, para circular em que suporte e atingir que público, já se definem as linhas que vão orientar e facilitar o trabalho de interpretação e compreensão do texto.

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3.7- Levantar e confirmar hipótese relativa ao conteúdo do texto que está sendo lido.

- Levantamento e confirmação de hipóteses. - Previsões relativas ao texto baseadas em informações, estilo do narrador ou personagem, insinuações do

Um dos componentes da capacidade de ler com compreensão é a estratégia de ler com envolvimento, prevendo o que texto ainda vai dizer e verificando se as previsões se confirmam ou não. O leitor interessado e cuidadoso não levanta qualquer hipótese, a troco de nada. Suas previsões se baseiam em elementos do texto - informações, modo de dizer do narrador ou dos personagens, insinuações do autor, sinais de pontuação, etc. - ou se baseiam em inter-relações que ele (leitor) estabelece entre esse texto e outros que conhece, ou

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autor, sinais de pontuação, interpretações com outros textos ou situações vivenciadas.

entre esse texto e situações que já vivenciou. Esse jogo de levantar e confirmar hipóteses pode começar antes da leitura e em geral percorre todo o processo - mesmo sem que o leitor perceba que o está fazendo. Assim, levantando e checando hipóteses interpretativas, a classe vai produzindo o indispensável fio da meada, que permite ao leitor compreender o texto.

3.8- Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer inferências), ampliando a compreensão.

- Estrutura composicional (organização em partes) - Recursos linguísticos (discurso direto e indireto, tempo dos verbos, linguagem coloquial e linguagem formal, frases curtas e longas). - Recursos expressivos e literários (rimas, linguagem figurada e jogos de palavras). - Inferências - Intertextualidade - Estabelecimento de relações entre informações.

Propor atividades desafiadoras que permitam aos alunos: - Identificar o princípio, meio e fim do texto lido; - Identificar quem está com a palavra no texto; - O tempo onde o texto se desenrola; - Identificar tipos de linguagem (gírias, linguagem coloquial, linguagem formal); - Identificar rimas, linguagem figurada, jogos de palavras; - Ir além do que está dito, ler nas entrelinhas; - Interligar conhecimento prévio; - Identificar e compreender palavras em destaque, formatos gráficos (caixa alta, aspas, negrito, etc.) e ilustrações; - Fazer leituras orais para os alunos, com muita expressividade, dirigindo o foco para alguns elementos chave para a compreensão.

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3.9- Construir a compreensão global do texto, unificando e inter-relacionando informações explícitas e implícitas, produzindo inferências.

- Resumir, recontar, reescrever textos lidos. - Explicar e discutir o texto lido.

Propor atividades significativas e desafiadoras que possibilitem ao aluno construir uma visão global do texto, de modo que, ao final da leitura, o aluno saiba do que o texto fala, por onde ele começa, que caminhos ele percorre, como ele se conclui. Instigar os alunos a prestar atenção e explicar os não-ditos no texto, a descobrir e explicar os porquês. A identificar e a explicitar as relações entre o texto e seu título.

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3.10- Avaliar efetivamente o texto fazendo extrapolações.

- Avaliação, comentário e extrapolação de textos lidos.

Depois da leitura, que pode ter sido feita em voz alta pelo professor, os alunos podem partilhar sua emoção e sua compreensão com os colegas, avaliando e comentando afetivamente o que leram, fazendo extrapolações (isto é, projetando o sentido do texto para outras vivências, outras realidades),

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buscando outros textos do mesmo autor, ou sobre o mesmo tema. Ser capaz de fazer extrapolações pertinentes - sem perder o texto de vista - é importante para o aprendizado afetivo e atitudinal de descobrir que as coisas que se lêem nos textos podem fazer parte da nossa vida, podem ter utilidade e relevância para nós.

3.11- Ler oralmente com fluência e expressivamente.

- Leitura silenciosa com rapidez, objetividade e compreensão.

- Leitura oral com fluência, ritmos e expressividade, compreensão.

Para contribuir com o desenvolvimento da capacidade de compreensão global, o professor pode orientar os alunos com mais independência a fazer uma leitura silenciosa do texto todo, com certa rapidez, sem se perder em detalhes. Outras vezes, pode convidá-los a ler em voz alta, com fluência, ritmo e expressividade, pelo prazer de sentir-se participante do texto - como um narrador, como um repórter que trabalha na rádio ou na televisão. Só quem compreende é capaz de fazer uma leitura oral de qualidade.

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4.1- Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes gêneros.

- Reconhecimento da utilização da escrita na vida individual e coletiva.

- Reconhecimento sobre a finalidade/função de textos de diferentes gêneros adequados a cada idade e etapa escolar (listas, crachás, etiquetas, cartazes, avisos, bilhetes, convites, histórias, poesias, notícias, propagandas, histórias em quadrinhos e outros).

É importante trabalhar essa capacidade desde os primeiros dias da Etapa de Alfabetização, para que os alunos compreendam e valorizem os diferentes usos e funções da escrita, em diferentes gêneros e suportes. Pode-se criar situações em que os alunos possam observar o valor, o uso e a função da escrita, na sociedade, tais como:

• Procurar o telefone e o endereço de alguém ( catálogo telefônico); • Localizar ruas, bairros, cidades, estados e países em mapas . • Ler histórias, parlendas, poesias, etc. para os alunos; • Levar jornais e revistas para, ler alguma notícia ou reportagem

interessante para os alunos; • Verificar, na secretaria da escola, como a vida escolar dos alunos é

registrada; • Pesquisar em casa como a família usa a escrita; • Realizar debate para socialização da pesquisa;

Fazer o registro das conclusões (texto coletivo, escrito em cartaz, pela professora para ficar exposto na sala).

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4.2- Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação.

- Consideração das condições de produção (definidas na atividade)

- Para quem escrever, para que escrever, onde o texto vai circular;

-Planejamento, da produção e revisão do texto escrito.

Uma palavra qualquer, um nome próprio podem ser um texto, se forem usados numa determinada situação para produzir um sentido. Com essa compreensão do que seja texto, pode-se afirmar que as crianças de seis anos, que põem pela primeira vez os pés na escola, podem produzir textos escritos(Tendo o professor como escriba) desde os primeiros dias de aula. Possibilitar aos alunos a percepção de que ao escrever deve-se ter em mente qual é o objetivo da escrita, quem vai ler o texto, em que situação o texto vai ser lido e, em razão desses fatores, qual gênero e qual estilo de linguagem são mais adequados e devem ser adotados. Para isso, o professor pode utilizar atividades como:

• Produção coletiva de recontos escritos de histórias lidas pelo professor.

• Recriação de histórias lidas, acrescentando informações coerentes com a temática (traços das personagens, descrição do ambiente, criação de diálogos entre personagens, criação de novos desfechos, etc.).

• Produção de textos escritos mais usados nas atividades de sala de aula, como: cartão, convites, bilhete, aviso, cartaz, carta informal,

receita culinária, regras de jogo, combinados de convivência, diários, histórias e outros.

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4.3- Dispor, ordenar e organizar o próprio texto de acordo com as convenções gráficas apropriadas.

Organização do texto, buscando legibilidade , alinhamento e direção da escrita, espaçamento entre palavras. - traçado da letra, espaçamento entre títulos e corpo do texto, emprego da letra no formato adequado, dentre outros aspectos. - Emprego da letra maiúscula nos nomes próprios e início de frase. - Utilização de regras ortográficas básicas de escrita e de regras de pontuação (interrogação, exclamação, ponto final, vírgula nas enumerações, dois pontos e travessão nos diálogos). - Organização do próprio texto de acordo com as convenções de escrita (parágrafo, margem, título, noções básicas de pontuação).

O professor deve focalizar o uso das convenções gráficas (alinhamento, direção, espaços em branco, pontuação no final de frase). E, deve ficar atento para que os exercícios de escrita estejam voltados para o domínio do princípio alfabético, isto é, a representação correta do fonema na escrita: escrever o próprio nome, confeccionar crachá, organizar em ordem alfabética os nomes dos colegas para construir a agenda do telefone da turma, para o caderno de controle de empréstimo e devolução de livros, brinquedos e objetos, listas de grupos de trabalho e outros. As escritas dirigidas de textos significativos para o aluno devem possibilitar a aprendizagem do traço das letras (a princípio caixa alta e depois cursiva), chamando a atenção para a organização do texto no papel (margem, da esquerda para a direita, ir até o final da linha, etc.).

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4.4- Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos.

- Planejamento da própria escrita: sobre o que falar, como usar a língua, as palavras, considerando o destinatário, o ambiente de circulação, o modo como o texto (a ideia) vai se apresentar (o gênero), como começar, como desenvolver e como terminar, considerando o gênero.

Essa capacidade diz respeito à organização dos conteúdos do texto de modo que pareça, aos leitores, sensato, lógico e bem encadeado e sem contradição. Para as crianças que ainda não sabem escrever, o professor deve proceder a produção coletiva,e tentar conduzir de maneira simples o planejamento, fazendo ver o quanto ele é útil e produtivo. As crianças precisam aprender que, no planejamento da produção do texto, é sempre necessário levar em conta para que e para quem se está escrevendo e em que situação o texto será lido: o que se vai dizer, por onde começar, como continuar, como terminar, será que não falta nada, o leitor vai entender do jeito que se quer que ele entenda? Esses elementos é que orientam o processo de escrita e é bom que os alunos aprendam a lidar com eles desde cedo, para que a coerência se estabeleça e não se perca o tema proposto.

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4.5- Organizar os próprios textos segundo os padrões de composição usuais na sociedade.

- Exploração das características físicas e estruturais de gêneros mais usuais: aviso, cartão, bilhete, carta, convite, receita culinária, propaganda, histórias, notícias e outros. - Produção escrita de textos em situação coletiva e individualmente.

Esta capacidade diz respeito ao modo de organização do texto em partes. Os diferentes gêneros textuais costumam se compor de acordo com um padrão estabelecido nas práticas sociais e que tem certa estabilidade. Esses padrões não são formas fixas, obrigatórias e imutáveis; eles comportam alguma flexibilidade, podem se adaptar às circunstâncias específicas de uso e mudam com o tempo. Eles são como pontos de referência, que, no caso da língua escrita, facilitam a leitura e a produção, porque orientam o trabalho de compreensão e de redação. Para o desenvolvimento desta capacidade, o professor deve partir sempre de gêneros textuais já conhecidos e trabalhados sistematicamente com os alunos, pois não podemos construir um texto seguindo os padrões de composição usuais da sociedade, se não conhecemos seu gênero, sua estrutura, sua forma e nem seu contexto de circulação. O professor deve se utilizar de várias situações reais para promover o conhecimento do gênero e proceder a construção coletiva de textos como, convites, cartazes, reportagens, relatórios. Por exemplo, uma carta geralmente se compõe de localidade e data, vocativo, abertura, corpo, fechamento e assinatura.

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4.6- Usar a variedade linguística apropriada à situação de produção e de circulação, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática.

-Reconhecimento das -variantes linguísticas usadas nos ambientes com que se tem contato - Produção de textos de diferentes gêneros considerando : linguagem , destinatário, situação comunicativa e objetivos.

Essa capacidade diz respeito à possibilidade de se escrever utilizando palavras coerentes com o estilo do texto que está sendo escrito, sabendo escolher os recursos adequados aos objetivos que seu texto deve cumprir junto aos leitores a que se destina.

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4.7- Usar recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e aos objetivos do texto

- Reconhecimento e emprego de recursos como linguagem figurada, efeitos de humor, duplicidade de sentido, rimas, aliterações.

O professor deve apresentar textos para que a partir de sua leitura e interpretação, os alunos percebam os efeitos de humor e comicidade, os jogos de palavras e as manobras utilizadas para surpreender o leitor. Interpretar e apreciar a linguagem figurada e a recriação poética da realidade, nos textos lidos em sala de aula, possibilita ao aluno aprender e utilizar esses efeitos, nos textos escritos com o professor e por ele mesmo.

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4.8- Revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previsto.

- Emprego de estratégias de revisão dos próprios textos: o que escrever; para que escrever; para quem escrever; como escrever (gênero, vocabulário, linguagem, recursos de pontuação, ortografia).

Essa capacidade pode começar a ser desenvolvida na escola desde os primeiros e mais simples textos que as crianças produzem. A escrita do próprio nome num crachá, por exemplo, vai requerer critérios específicos de revisão e reelaboração: o nome está grafado corretamente? Com letra legível, de tamanho e cor que facilitam a visualização? Está disposto adequadamente no papel? Planejar, escrever, revisar, avaliar e reelaborar os próprios textos, são práticas essenciais para o aluno se tornar um usuário da escrita eficiente e independente. O aluno dever ser capaz de fazer uma avaliação do seu texto, ao revisar (reler cuidadosamente), avaliar (julgar se está bom ou não) e reelaborar (alterar, reescrever) os próprios textos, adequando-os aos objetivos e ao destinatário, ao modo e ao contexto de circulação. O professor deve oportunizar ao aluno essa prática, como rotina, oportunizando, inclusive, uma atitude reflexiva ou individual, uma vez que o exercício de reavaliar o próprio texto torna o aluno mais crítico e atento enquanto produtor de textos.

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5- C

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5.1- Conhecer as classes de

palavras. - Separação silábica; - Classificação da palavra quanto ao número de sílabas: monossílaba, dissílaba, trissílaba, polissílaba; - Sílaba átona e tônica; - Posição das palavras quanto a posição da sílaba tônica: oxítona, paroxítona, proparoxítona. -Substantivo masculino/feminino; primitivo/ derivado; singular/plural; diminutivo/aumentativo; Substantivo concreto e abstrato Substantivo simples e composto. Substantivo coletivo. - Adjetivo; -Artigo: feminino/masculino; singular/plural. Artigo: definido e indefinido. -Pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos. - Verbos e a noção de presente, passado e futuro. - modo indicativo e subjuntivo dos verbos

É importante o professor ter a consciência de que o trabalho com as classes de palavras deve ser sempre de forma contextualizada, articulando os conteúdos com a fala e com a produção de textos. Dessa forma os conteúdos trabalhados terão sentido para as crianças, além de possibilitar a ampliação de suas formas de expressão. Também, vale lembrar que o trabalho com as classes de palavras varia de escola para escola, assim como sua abordagem varia de acordo com o ano de escolaridade e com o nível de cada turma e, não se pode esquecer de que os conteúdos são revisados de ano para ano.

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- Advérbio de tempo, de modo e de lugar. - Numeral (conceito, identificação); - Interjeição (conceito e identificação)

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6.1- Participar das interações cotidianas em sala de aula: - Escutando com atenção e compreensão; - Respondendo às questões propostas pelo professor. - Expondo opiniões nos debates com os colegas e com o professor.

- Oralidade, argumentação. -Combinados de convivência escolar e social.

Formar cidadãos aptos a participar plenamente da sociedade em que vivem começa por possibilitar-lhes a participação na sala de aula desde seus primeiros dias na escola. O professor deve desenvolver atividades como: - Elaborar junto com os alunos regras de convivência e interações orais (falar um de cada vez, esperar a vez de falar, etc.). - Criar, com a turma, o hábito de ouvir quem fala, com atenção. - Estimular os alunos a emitir opiniões e defender suas ideias, principalmente os mais tímidos. - Incentivar os alunos a dar respostas, opiniões e sugestões nas discussões de sala de aula, falando de modo a ser entendido, respeitando professor e colegas. - Proporcionar a participação oral dos alunos na organização de rotinas das aulas na produção coletiva de textos, nas decisões coletivas de assuntos de interesse comum, nos planejamentos coletivos de atividades de recreação ou de aprendizagem.

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6.2- Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da escola, bem como por pessoas da comunidade.

-Atitudes e procedimentos éticos em relação à variedade lingüística.

- Reconhecer a existência das diversas variedades da língua. - Respeitar a sua própria maneira de falar e a dos outros (professor, colegas, funcionários da escola, enfim, de toda a comunidade escolar). - Desenvolver o respeito mútuo.

I/T/C R R

6.3- Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade

- Adequação do modo de falar às circunstâncias da interlocução verbal.

O trabalho pedagógico deve possibilitar ao aluno o uso de variedades linguísticas de modo que, em algumas atividades, como narrar casos e histórias da cultura popular, será adequado o uso da variedade coloquial cotidiana; em outras, como expor oralmente o resultado de trabalhos individuais ou feitos em grupo, será necessário adotar uma linguagem mais cuidada.

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Um procedimento relativamente usual e que pode ser útil para o desenvolvimento da fluência e adequação da língua falada das crianças é solicitar-lhes que dêem avisos ou recados para o professor ou os alunos de outras turmas. Para desenvolver essa capacidade, o professor deve criar situações em que os alunos precisem preparar-se para falar adequadamente em situações públicas e formais. Para isso pode-se oferecer atividades como simulação de jornais falados, entrevistas e debates na TV e no rádio, apresentação em eventos escolares, campanhas públicas a serem efetivadas pelos alunos dentro e fora da escola.

6.4- Vivenciar a fala em situações formais.

- Planejamento da fala considerando o objetivo de quem fala, expectativa e disposições de quem ouve, ambiente em que a fala acontecerá.

Planejar a fala de forma concisa e organizada a partir de situações lúdicas, interessantes e envolventes: jornal falado, entrevistas, debates, eventos, campanhas, etc..

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6.5- Realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa da escuta atenta e da compreensão.

- Ouvir com atenção e compreensão.

Quando o aluno acompanha a aula e compreende o que o professor e os colegas falam já está exercitando essa capacidade. Mas, há possibilidades de orientá-la e desenvolvê-la especificamente em sala de aula, por exemplo, lendo em voz alta textos diversos, de cuja compreensão dependerá a realização de tarefas como fazer um resumo, responder um questionário, jogar determinado jogo, superar determinado obstáculo numa gincana, montar ou fazer funcionar um aparelho, etc..

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*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS – VERSÃO PRELIMINA R – 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADE CONTEUDOS/CONCEITOS DETALHAMENTO AB ORDAGEM POR ANO

4º 5º

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1.1- Conhecer e valorizar os usos e as funções sociais da escrita, reconhecer e saber utilizá-las.

- Espaços de circulação no meio doméstico, urbano e escolar; - espaços institucionais: bancos, bibliotecas, livrarias; - Formas de aquisição e acesso aos textos: compras, empréstimos, trocas; - Suportes da escrita: cartazes, outdoor, folhetos publicitários, murais; - Instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito: lápis, cadernos, computadores, etc.

- No dia-a-dia dos cidadãos, as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, cumprindo diferentes funções. Há escritas públicas que funcionam como documentos, outras como divulgação de informações, registro de compromissos, os que regulam a convivência social, e outros ainda que possibilitam a preservação da cultura. Esta capacidade diz respeito também ao saber onde e como a escrita é usada no universo social, sua importância na vida das pessoas, quem produz textos escritos e quando são produzidos, como e onde esses textos circulam. - Os professores dos anos complementares da Alfabetização devem consolidar os portadores de textos abordados no 1º ao 3º anos e trabalhar sistematicamente os textos mais complexos.

R

R

1.2 -Conhecer e desenvolver habilidades necessárias para o uso da escrita no contexto escolar.

- Suporte e instrumento de escritas usuais na escola: • sequenciação do texto nas

paginas, • disposição do texto escrito na

página (margens, parágrafos, espaçamentos entre as partes, títulos, cabeçalho);

• relação entre texto escrito e as ilustrações;

Entre os suportes e instrumentos de escrita do cotidiano escolar nos dias de hoje podemos listar o livro didático, livro de histórias, cadernos, cartaz, computador. Conhecer esses objetos de escrita, significa saber para que servem e como são usados identificando suas particularidades (tamanho, formato, disposição, tipo de letra, linguagem verbal e linguagem visual). Na escola, esse conhecimento deve tornar-se um dos objetivos do processo inicial de ensino-aprendizagem da língua escrita, envolvendo uma abordagem didática com apresentação, observação e exploração dos suportes e instrumentos escolares de escrita e suas características materiais.

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• exploração do livro: título, autor, editora, data da publicação;

• localização, no livro didático, no livro literário, no dicionário, na enciclopédia, na internet, de uma informação desejada;

• consultas a índice, sumário; • como funcionam no

computador: seqüência de texto, disposição na página, relação com imagens e ilustrações;

• Cartaz: tipos de letra, disposição e recursos gráficos;

• histórias em quadrinhos, tirinhas, jornais, revistas, propagandas, entre outros.

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2.1- Desenvolver atitudes e disposições favoráveis a leitura.

- Os escritos urbanos e escolares, uso do computador na busca de informações na internet, uso de e-mail, etc. - Prática de leitura de jornal, livros, revistas, etc.

- O sujeito demonstra conhecimentos de leitura quando sabe a função de um jornal, quando se informa sobre o que tem sido publicado, quando localiza pontos de acesso público e privado aos textos impressos, quando identifica pontos de compra de livros, ou seja, depois que um leitor realiza a leitura, os textos que leu vão determinar suas futuras escolhas de leitura e servirão de ponto de partida para outras leituras.

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2.2- Ler com compreensão diferentes gêneros textuais, considerando sua função social, seu suporte, seu contexto de circulação e suas características lingüístico-discursivas.

- textos: instrucionais, manchetes, reportagens, legendas, artigos de divulgação científica, verbetes de dicionário e enciclopédia, informativos, cartas de leitor, tiras de jornal, entrevistas, tabelas, diagramas, textos não-verbais, entre outros.

- Há que se considerar, nesta etapa escolar, a introdução de gêneros ainda não trabalhados, ou a escolha de textos de gêneros já trabalhados. É importante que o professor evidencie “para que” se lêem esses textos, o que se busca neles quando são lidos, possibilitando ao aluno adotar atitudes diferentes de leitura ao se colocar diante de um texto. Além disso, o professor deve também, adotar procedimentos de leitura adequados aos interesses e objetivos, desenvolvendo estratégias de leitura como: folhear um livro, buscar informações em jornais, folhetos de supermercados, rótulos, catálogos, sites de buscas da internet, ler

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- Exploração de gêneros já trabalhados: cartas, bilhetes, avisos, contos, tirinhas, notícias, cartilha educativa, instruções de usos, poemas, mapas gráficos, outros. - Exploração de imagens, títulos, autor dos textos lidos, fonte, data de publicação, suporte, etc. - Exploração da perigrafia do livro (capa, folha de rosto, sumário, orelhas, prefácio, etc.)

cuidadosamente palavras ou trechos para recuperação futura de informações, etc.

2.3- Antecipar conteúdos de textos a serem lidos a partir do suporte, do gênero, do contexto de circulação, das características gráficas e de conhecimentos prévios sobre o tema.

- Procedimentos de leitura: recuperação de informações, de sequências, assuntos, de temas, de vocabulário, estratégias de antecipação, de decifração, seleção, inferência e verificação; - Levantamento e confirmação de hipóteses, antes e no decorrer da leitura; - Finalidades e usos sociais de textos e seus portadores; - reconhecimento das condições de produção e leitura de textos.

- Para trabalhar esta capacidade é preciso criar expectativa para leitura, questionando de onde vem o texto (se vem de jornal, se acompanha um produto); quanto ao formato (se parece com algum texto já lido, etc). Essas hipóteses levantadas, entretanto, precisam ser confirmadas ou descartadas, durante a leitura, considerando os elementos do texto que garantam isso. É preciso também levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos sobre aquele assunto, levantar hipóteses sobre o ambiente em que texto circulará e para quem foi escrito. Dessa forma, se incentivará o gosto pela leitura e criará um ambiente propício à sua compreensão.

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2.4- Ler e compreender textos expressos em linguagem visual.

- História, quadrinhos, tirinhas, pinturas, fotografias, mapas, placas, etc.

- Ler outras linguagens constitui uma prática de leitura porque, implica na atribuição de significados. Não constitui uma atividade isolada, permeia outras leituras e outras atividades da língua. Muito antes de ser capaz de ler, no sentido convencional, a criança tenta interpretar os diversos recursos visuais que estão ao seu redor. Nos atos de desenhar, pintar, interpretar imagens, a pessoa articula e estrutura o sentir e o pensar. Neste sentido, o trabalho com a linguagem visual permite a organização e a ordenação do pensamento, e a expressão da história pessoal e social do sujeito.

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2.5 - Relacionar o texto que está sendo lido a outros textos, orais ou escritos, reconhecendo e promovendo relações intertextuais pertinentes.

- Jornais, revistas, internet, campanhas publicitárias, entre outras. - Relações intertextuais.

- O trabalho com essa capacidade possibilita ao aluno reconhecer as diferenças e proximidades entre textos que tratam do mesmo tema, do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia, da época em que foi produzido e das intenções comunicativas. Como exemplo disso, encontram-se histórias infantis utilizadas nos textos publicitários, links da internet que conectam um texto ao outro, fazendo integração também a imagens.

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2.6-Compreender globalmente os textos lidos, identificando o tema central, sendo capaz de localizar informações explicitas e de inferir informações implícitas, inter-relacionando essas informações no processo de compreensão.

- Gêneros diversos: • Estratégias básicas para a produção de respostas pertinentes. • Argumentação, explicação, justificação. • Relação título/texto na construção da coerência do texto; • Informações explícitas e implícitas e a relação entre elas para a produção de sentidos.

- Ler com compreensão inclui, entre outros, três componentes básicos: a compreensão linear, a produção de inferência, a compreensão global. A compreensão linear: supõe ler o que está escrito e saber, ao final da leitura, se for um texto narrativo, o que acontece, onde, quando, quem fez o que, com quem, como e porque. A produção de inferências: diz respeito à compreensão do que está sugerido no texto, mas não está explicitado em palavras, valendo-se dos conhecimentos prévios do leitor e das pistas que o próprio texto oferece. A compreensão global: não se dá apenas pelo processamento de informações explícitas, mas pela integração das informações expressas com os conhecimentos prévios do leitor e/ou com elementos pressupostos no texto.

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2.7 – Inferir pelo contexto o sentido das palavras ou expressões.

- Palavras ou expressões desconhecidas apresentadas nos textos lidos - Efeitos de sentido produzidos no texto pelo uso intencional de palavras, expressões, recursos gráficos visuais, pontuação.

- A capacidade de inferir o significado de palavras - compreensão do que está nas entrelinhas do texto – evita sério problema que se constitui quando o leitor se depara com um grande número de palavras cujo significado desconhece, o que interfere na leitura fluente do texto. As palavras são polissêmicas, isto é, podem assumir sentidos diferentes em contextos diferentes. É preciso que o professor trabalhe com os alunos essa capacidade de forma que sejam capazes de realizar esse tipo de inferência, percebendo o sentido que a palavra assume dentro do texto. Os textos poéticos, literários, publicitários são especialmente úteis para o trabalho com os diferentes sentidos das palavras e das expressões dentro do contexto.

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2.8 – Reconhecer e identificar variedades linguísticas presentes nos textos, compreendendo que

- Variantes linguísticas contextuais; - Reconhecimento das variantes

- Identificar marcas linguísticas significa reconhecer as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. As variações linguísticas, manifestam-se por formas, marcas, estruturas que

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concorrem para a construção do sentido do texto.

linguísticas presentes no texto em articulação com a identificação do locutor e do interlocutor no processo de comunicação. - Conhecer variedades regionais.

revelam características do locutor e , por vezes, do interlocutor. O professor pode trabalhar a variação linguistica em gravações de áudio e vídeo de textos orais, dramatização de textos de vários gêneros e em atividades com músicas.

2.9 – Reconhecer a presença de diferentes vozes nos textos lidos (narrador, personagens, diálogos, etc) identificando as marcas linguísticas que sinalizam esses enunciadores (aspas, dois pontos, travessão, discurso indireto, etc)

- Recursos linguísticos e gráficos utilizados nos textos como marcadores de enunciação. - Gêneros textuais como: contos, histórias em quadrinhos, anedotas, piadas, etc. - Identificação de recursos usados em entrevistas, falas de personagens em diálogos; - Explorar os efeitos de sentido provocados pelo uso de verbos que introduzem falas (murmúrio), contestar, resmungar, protestar, etc. - Reconhecimento da utilização de regras básicas de concordância verbal e nominal em textos escritos na norma padrão.

- O professor, em sala, deve trabalhar com textos que contenham muitas variantes linguísticas, como expressões informais, expressões regionais, expressões características de uma faixa etária ou de uma época, etc. - È importante que o aluno perceba as marcas de coloquialidade ou de formalidade de uma modalidade linguística e identifique o locutor por meio das marcas linguísticas e gráficas que sinalizam suas vozes.

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2.10 – Distinguir um fato da opinião relativa a este fato.

- Explorar notícias, reportagens, resenhas publicadas em cadernos de jornais voltados para o público infantil, identificando palavras ou expressões que introduzem opiniões. - Trabalhar os articuladores usados para introduzir opiniões

- O fato é aquilo que aconteceu, enquanto que a opinião é o que alguém pensa que ocorreu, uma interpretação dos fatos. É importante um trabalho bem elaborado a este respeito para que o aluno saiba diferenciar fato de opinião e utilizar no seu dia-a-dia, pois, vivemos num mundo em que tomamos decisões a partir de informações o tempo todo. Estas nos chegam por meio de relatos de fatos e expressões de opiniões; fatos usualmente podem ser submetidos à prova: por números, documentos, registros; opiniões, por outro lado, refletem juízos, valores, interpretações. Muitas pessoas confundem fatos e opiniões, e quando isso ocorre temos de ter cuidado com as informações

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ou contra-opiniões (no entanto, apesar disso, embora, etc.) e recursos de modalização (verbos, advérbios, etc).

que vêm delas; igualmente temos de estar atentos às nossas próprias opiniões, pois elas podem ser tomadas como fatos por outros. Nossas decisões devem ser baseadas em fatos, mas podem levar em conta as opiniões de gente qualificada sobre tais fatos.

2.11- Reconhecer e interpretar efeitos de ironia e de humor em textos variados.

- Explorar textos de humor como anedotas, tirinhas, charges, entre outras; - Recursos que provocam humor ou ironia como: caricaturas, ambigüidades, exageros, imagens, recursos gráficos, etc.

Para trabalhar e alcançar esta capacidade é importante que o professor selecione textos de gêneros diferentes (tirinhas, piadas, pequenas crônicas engraçadas) e proponha aos alunos que reconheçam os efeitos de ironia ou humor causados por expressões diferenciadas (que podem ou não estar assinaladas), utilizadas no texto pelo autor, ou, ainda, pelo uso de pontuação e notações. A ideia é avaliar o grau de consciência do aluno em relação às estratégias linguísticas - jogos de linguagem, a falta de lógica, o inusitado, os desvios e as distorções do padrão, o duplo sentido, as amplificações - que geram o efeito cômico ou irônico. E, ainda refletir como as expressões ou os sinais de pontuação podem distorcer a ponto de gerar ironias. É interessante que o estudante perceba a função do sinal de pontuação para a compreensão do texto.

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2.12– Identificar os elementos que constroem a narrativa, bem como reconhecer o que deu origem à história ou ao fato narrado, ou seja, o conflito gerador do enredo.

- Narrativa: contos infantis, histórias de aventuras, blogs (diários), notícias de jornais, poemas.

Histórias são narrativas, isto é, contam uma série de ações que se passam em diferentes lugares e em diferentes épocas. Existem várias maneiras de se fazer uma narrativa. Algumas são feitas na forma de poemas, em versos, outras em prosa. Há narrativas longas, como romances, ou curtinhas, como piadas. Algumas têm muitos diálogos, outras são contadas de uma vez só, como num diário de viagem. Algumas são construídas para parecerem verdadeiras como as notícias de jornal, outras já mostram, desde o começo, que são inventadas, como as que começam assim: era uma vez num reino muito distante... Como é possível perceber existe uma gama de textos e situações em que se pode trabalhar em sala de aula os elementos de uma narrativa, por isso, o professor deverá explorar onde?, quando?, como?, com quem?, e ainda, o fato que deu origem à história e como esta acabou. Esses elementos dizem respeito tanto às narrativas literárias como as não-literárias (noticias de jornais).

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2.13– Compreender e reconhecer a organização dos conteúdos dos textos identificando relações de tempo, espaço, causa, finalidade, oposição, conclusão, comparação, outras

- Gêneros diversos; - Expressões conectoras (conjunções, preposições, advérbios e suas locuções) - Flexões de modo e de tempo como recursos lingüísticos em favor da coerência e da coesão textual.

O aluno precisa entender a sequência dos conteúdos apresentados pelo texto, como eles se organizam, ou seja, que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os seus enunciados. - Essa organização tem a ver com o tipo de texto: . Narrativo: as informações se organizam por relação tempo e espaço – quando e onde os fatos aconteceram; . Expositivo e argumentativo: predominam as relações lógicas – causa, consequência, condição, implicação, finalidade, etc; . Descritivo: orientação espacial. As informações são ordenadas a partir de um ponto; . Coesão sequencial: Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos: . Conjunções e locuções conjuntivas: porque, quando, se, portanto, entretanto, etc); . Os advérbios e locuções adverbiais: aqui, ali, naquele lugar, ontem, antes, depois, etc; . Algumas expressões ou orações criadas especialmente no texto para efeito de conexão.

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2.14 – Compreender o processo de introdução e retomada de informações nos textos.

- Pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos e relativos. - sinônimos ou expressões do mesmo campo semântico.

-Todo texto se refere a uma ou a algumas coisas e, na medida em que vai se desenvolvendo, vai introduzindo referentes novos ou retomando os que já foram apresentados. - Para compreender um texto, é indispensável saber, a cada passagem, qual é o referente, ou seja, saber do que cada passagem esta falando, a que cada uma se refere. O referente pode ser retomado, no texto, por meio de vários recursos e estratégias: • repetição; pronomes; sinônimos; expressões que possam ser semanticamente

associadas ao antecedente (viagem: mala, ônibus, estrada); expressões que possam ter relação metafórica com o antecedente (mulher malvada: bruxa);

• expressões que possam ter relação metonímica com o antecedente (a parte pelo todo ou o todo pela parte, o indivíduo pela espécie ou a espécie pelo indivíduo – ônibus = veículo). Ex.: em um texto é importante o aluno entender a que informação se refere um pronome como ele, ou expressões como naquele dia, seu brinquedo ou palavras e expressões de significado próximo como filha do rei/princesa, mendigo/pobre homem).

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2.15 – Ler oralmente com fluência e expressividade levando-se em consideração ritmo e entonação adequada.

- Leitura expressiva de poemas, textos teatrais, jogral, músicas, etc.

Só quem exercita a leitura compreende o que lê e é capaz de fazer uma leitura oral competente. Portanto, o professor deve criar situações em que o aluno se sinta como participante do texto na função de narrador, de repórter, de ator numa encenação. E, o aluno, deve ser incentivado a se preparar lendo silenciosamente, depois lendo em voz alta, com expressividade e ritmo, tanto na escola quanto em casa para os pais ou outras pessoas. Como exemplo sempre que o professor for fazer alguma leitura de texto para os alunos deve fazê-lo com bastante expressividade, realçando a pontuação. É importante também que incentive os alunos a assistirem os jornais da televisão para observarem como os apresentadores agem: postura corporal, entonação, se lê as notícias ou se falam decorados, etc. Posteriormente, conversar com os alunos e anotar as conclusões a que chegaram sobre a apresentação dos jornais televisivos, em relação à fluência e expressividade na leitura e o que é necessário para serem capazes de fazer o mesmo: ler com fluência e expressividade.

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2.16 - Posicionar-se criticamente diante de um texto, fazendo apreciações estéticas, éticas, políticas e ideológicas.

- Reflexão e crítica sobre textos lidos.

Trabalhar esta capacidade faz-se necessário para a formação de leitores críticos e cidadãos conscientes tendo em vista um trabalho voltado para a educação do gosto, da sensibilidade, da percepção (saber escolher o texto a ser lido); para que o aluno aprenda a ir além do texto, extrapolá-lo, relacioná-lo com outros textos, com a vivência pessoal, com a própria observação da realidade; aprender a avaliar o texto e a julgar a pertinência e a justeza de seus pontos de vista éticos, políticos e ideológicos; Todos os dias o professor deve levar um texto para ser lido para os alunos: notícia interessante, previsão do tempo, histórias, fábulas, etc e após a leitura dos mesmos incentivar os alunos a o avaliarem afetivamente: vocês gostaram do texto? Porque? Vocês já viveram algo parecido com o que o texto fala? Como foi? Vocês já ouviram outros textos parecidos com este? Em que eles eram parecidos? Onde vocês encontraram esse texto? Etc.

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3.1- Compreender e valorizar a presença e o uso da escrita na sociedade contemporânea.

- Diversos gêneros: lista telefônica, jornais, revistas, parlendas, poesias, livros de registros, etc.

As funções da escrita se realizam por meio de diferentes formas – os diversos gêneros textuais, que circulam em diferentes grupos e ambientes sociais, em diferentes suportes (ou portadores de texto). Acredita-se que um processo eficiente de ensino-aprendizagem da escrita deve tomar como ponto de partida e como eixo organizador a compreensão de que cada tipo de situação social demanda um uso da escrita relativamente padronizado. Na escola, o professor deve criar situações onde os alunos possam observar o

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valor, o uso e a função da escrita na sociedade, tais como: - procurar o endereço e o telefone de alguém (uso do catálogo telefônico); - localizar ruas, bairros, cidades, estado e país em mapas; - ler histórias, parlendas, poesias, etc. para os alunos; - levar jornal e revistas para ler alguma notícia ou reportagem interessante para os alunos; - Verificar, na secretaria da escola, como a vida escolar dos alunos é registrada; - pesquisar em casa como a família usa a escrita; - seminário para socialização da pesquisa; - registro das conclusões (texto coletivo, escrito em cartaz, pela professora para ficar exposto na sala).

3.2- Produzir textos escritos de gêneros diversos, considerando seu suporte, seu contexto de circulação, sua estrutura, suas características lingüísticas e discursivas.

- diversos gêneros: e-mail, avisos, noticias, anúncios, lendas, fábulas, poemas, receitas, relatórios, etc. - suportes: mural, cartaz, jornal, livro, revista, folheto, etc. - contexto de circulação: imprensa, internet, ciência, religião, literatura, etc. - estrutura: as partes que compõem um texto e como elas se organizam. -características ligüístico-discursivas: Era uma vez, para os contos de fadas; senhores pais ou responsáveis, nos avisos da escola, entre outras.

A escrita na escola, assim como nas práticas sociais fora da escola, se realiza situada num contexto, se orienta por algum objetivo, tem alguma função e se dirige a algum leitor. O objetivo geral do ensino de redação é proporcionar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação. O trabalho nesse sentido pode ser feito na sala de aula mesmo antes que as crianças tenham aprendido a escrever, porque o professor estará orientando seus alunos para a compreensão e a valorização dos diferentes usos e funções da escrita, em diferentes gêneros e suportes. O professor deve considerar a produção dos gêneros previstos para as etapas anteriores, exercitando-a, e trabalhar os sugeridos para essa etapa para ampliar gradativamente a competência do aluno na produção dos próprios textos.

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3.3– Dispor, ordenar e organizar o próprio texto de acordo com as convenções gráficas apropriadas.

- Tipos de letras; formas de apresentação; margens; espaçamento; alinhamento de parágrafos, linguagem verbal e não-verbal, etc. - Regras de pontuação de final de frase, de sinalização de diálogos, incluindo o emprego de vírgulas, no aposto, vocativo e nas enumerações.

O professor deve apresentar o texto, seja de forma manuscrita ou digitalizada, demonstrando que ele precisa atender aos princípios que regem a escrita. Cabe ao professor orientar seus alunos para a estrutura física de cada gênero e suas características internas, para que, ao produzir seus textos, os alunos obedeçam ao padrão.Ao apresentar qualquer texto para os alunos inclusive durante as excursões pela escola, pela rua, pelo bairro, o professor deve questionar sempre: - para que esse texto foi escrito? - o que o texto diz? - como é o início do texto? - como o autor deu continuidade ao texto? (o que mais ele falou?) - como ele terminou o texto? - o que entendemos do texto? - Qual é o título do texto? - se você fosse escrevê-lo, ele seria diferente? Por quê?ou Como?

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3.4 – Escrever textos grafando as palavras de acordo com o princípio alfabético e ortográfico, e segundo as regras de pontuação.

Regras ortográficas e princípio alfabético (descritas no eixo Conhecimentos Lingüísticos e Ortográficos).

O professor deve chamar a atenção dos alunos para a importância da escrita correta das palavras, pois quando escrevemos é para alguém ler. Principalmente no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, a capacidade de dominar o sistema ortográfico pode ser associada à produção de textos escritos com função social bem definida. Por exemplo, cartazes, avisos, murais são gêneros textuais que, em razão de seus objetivos e de sua circulação pública, devem apresentar a ortografia padrão. Assim, se as crianças se envolverem na produção, individual ou coletiva, de textos como esses, tendo em mente as circunstâncias em que serão lidos, compreenderão que, nesses casos, é justificável dedicar atenção especial à grafia das palavras e aos sinais de pontuação bem colocados.

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3.5 – Planejar e produzir a escrita de texto considerando os objetivos comunicativos, o tema, o leitor previsto, as condições de leitura e o gênero adequados à situação.

- Estruturação de diferentes gêneros. - Termos de coesão e coerência.

- Cada texto tem sua função e essas funções precisam ser trabalhadas. Escrever um bilhete é diferente de um poema. O conteúdo de um texto deve sempre se relacionar com o contexto social, com as circunstâncias de vida do aluno, sempre revelando uma situação social real. O professor deve orientar os alunos a produzirem textos coerentes e coesos, sem o excessivo apoio em conhecimento de mundo e com o uso adequado de conectores. Um bom exercício para esta capacidade é o professor incentivar as anotações de aulas, filmes, palestras, para produzir resumos escritos e relatórios.

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3.6 – Usar a variedade linguistica apropriada ao gênero textual, à situação de produção e de circulação, ao destinatário, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática.

- Regras de concordância verbal e nominal adequados ao gênero e à intenção comunicativa.

- Expressões de tratamento utilizados em cada gênero.

- Recursos de linguagem

- Explorar formas de registros e dialetos.

- O trabalho com esta capacidade deve favorecer a compreensão de que a língua não é fixa, mas está em constante mudanças; e que há formas diferentes de uso da linguagem que devem ser igualmente valorizadas, que variam de acordo com as características dos diversos grupos sociais (idade, região, época); saber escolher com adequação a variante de língua utilizada em cada situação de comunicação escrita: falas de personagens, interferência do narrador, etc. É importante que o aluno desenvolva atitudes não preconceituosas e respeitosa frente a variantes linguísticas que se distinguem da variante culta.

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3.7 - Revisar e reelaborar os próprios textos, considerando sua adequação ao gênero e à situação comunicativa (destinatário, objetivos, contexto social e suporte de circulação).

- Estratégia para revisão de texto (adequação da linguagem, pontuação, ortografia, coerência e coesão textuais, outros).

- O domínio das operações de revisão, auto-avaliação e reelaboração de textos escritos começa com a orientação dada pelo professor ou pela professora e depois vai gradativamente, se interiorizando e se tornando uma capacidade autônoma. Isso envolve bem mais que conhecimentos e procedimentos, mais do que saber fazer porque requer a atitude reflexiva de voltar-se para os próprios conhecimentos e habilidades para avaliá-los e reformulá-los. Os alunos devem aprender a considerar diferentes dimensões de seus textos, levando em conta a adequação aos objetivos, ao destinatário, ao modo e ao contexto de circulação.

T T/C

3.8 – Organizar os conteúdos dos próprios textos, considerando as relações de tempo, espaço, causa, finalidade, oposição, conclusão, comparação, ordenação, entre outras, utilizando os recursos linguísticos adequados.

- Recursos linguísticos que sinalizam relações de temporalidade, espacialidade, causalidade e outros, na produção de textos narrativos. - Conjunções, preposições, dos advérbios e suas locuções, compreendendo seu significado e importância na construção das relações de sentido.

- Para desenvolver essa capacidade, o professor pode se valer de textos de gêneros variados para trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando aos alunos que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados, as frases que compõem o texto. Os textos argumentativos e os textos informativos, como as noticias dos jornais, possibilitam trabalhar essa capacidade. É lendo e analisando, com a orientação do professor que o aluno se torna capaz de fazer os usos desses elementos em seu próprio texto.

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3.9 – Produzir resumos pertinentes aos textos lidos.

- Produção de textos escritos, resumos, narrativas com autoria; - Segmentação de palavras; - Ortografia; - Acentuação de palavras; - Uso de letra maiúscula; - Pontuação;

Ao fazer um resumo de texto, o aluno terá sempre a vantagem de, além de fixar melhor o aprendizado, atualizar continuamente seu modelo de escrita.Os resumos devem ser sempre operacionais, além de conter as indicações bibliográficas necessárias para a recuperação imediata da obra resumida.O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais contidos num texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades como leitura

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- Segmentação do texto; - Coerência e coesão; - Concordância verbal e nominal.

competente, análise detalhada das idéias do autor, discriminação e hierarquização dessas idéias e redação clara e objetiva do texto final. Em contrapartida, dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, idéias, etc. O professor poderá ajudar seus alunos na elaboração de um resumo, seguindo os seguintes passos: - ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as idéias que forem parecendo significativas à primeira leitura; - identificar o gênero a que pertence o texto; - identificar a ideia principal do texto - identificar a organização - articulações e movimento - do texto (o modo como as idéias secundárias se ligam logicamente à principal); - identificar as idéias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo: segundo sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de importância; segundo pontos em comum, quando se perceberem subtemas); - identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo formal, apenas no livre, quando necessário).

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4.1. Ler e escrever palavras e textos em letra cursiva, utilizando adequadamente maiúsculas e minúsculas e observando a caligrafia e a legibilidade.

- Alfabeto (emprego de letras maiúsculas em início de frases e de parágrafos) - Tipos de letra - Nomes próprios.

É preciso conhecer a categorização das letras, tanto no seu aspecto gráfico, quanto no seu aspecto funcional (quais letras devem ser usadas para escrever determinadas palavras e em que ordem). Apesar das diferentes formas gráficas das letras em nosso alfabeto (maiúsculas, minúsculas, imprensa, cursiva), uma letra permanece a mesma porque exerce a mesma função no sistema de escrita. O emprego das letras maiúsculas e minúsculas, nessa etapa da vida escolar, já se supõe ser um conhecimento consolidado. De acordo com a regra ortográfica – letras maiúsculas para nomes próprios e para início de frase e minúsculas para as demais palavras – esse aprendizado deve ser sempre retomado tão logo se verifique o não uso da norma. Em discussões coletivas, sobre adequação ortográfica de textos produzidos pelos alunos, bem como, individualmente, em orientação para autocorreção e a reescrita do texto, a intervenção do professor deve sempre ocorrer. O professor deve promover, por exemplo, atividades em que as letras sejam

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situadas em sílabas, em palavras e em textos. Diante de textos lidos - mesmo que pelo professor - os alunos podem se deter no reconhecimento das letras e de sua posição, distribuição e função nas palavras. Do mesmo modo, na tentativa de escrever textos simples, os alunos poderão operar direta e produtivamente com a categorização gráfica e funcional das letras.

4.2. Compreender e aplicar na grafia a segmentação da cadeia sonora, entendendo que se fala de uma maneira e se escreve de outra.

- Diferença entre fonemas e grafemas - Domínio da grafia de palavras que sofrem interferência da fala.

Essa é uma capacidade que deve estar praticamente consolidada, entretanto o professor precisa estar atento, porque pode ser que os alunos já se tenham conscientizado de que o i e o u átonos de final de palavras sejam escritos com e e o respectivamente, mas há situações, como o –r final dos infinitivos verbais, o –ndo dos gerúndios, os ditongos não pronunciados, que requerem uma atenção especial do professor, como por exemplo na fala coloquial “Vô trabalhá/Tô escreveno...

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4.3. Aplicar regras ortográficas referentes aos pares de letras b/p, t/d, f/v, e aos dígrafos qu/gu, não trocando p e b, t e d, f e v, qu e gu.

- Consoantes homorgânicas - As consoantes homorgânicas são aquelas cuja pronúncia se dá no mesmo ponto de articulação. A diferença entre os pares está na sonoridade (f/v; p/b;t/d; q/g; qu/gu.). É preciso que a sílaba se constitua, porque os sons desses fonemas são definidos sempre a partir do apoio da vogal. Nem todos os alunos têm dificuldades com os fonemas consonantais homorgânicos, mas o professor precisa estar atento para as situações em que a dificuldade ocorrer e trabalhar com seus alunos os casos em pares – guerra diferente de quero, vez diferente de fez, bata diferente de pata. Além de trabalhar palavras isoladas, é importante que o professor trabalhe também textos em que estes pares de palavras apareçam.

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4.4. Conhecer e aplicar as regras ortográficas relativas à sinalização de nasalização (m, n e til), bem como o uso da letra m antes de p e b, e da letra n antes das demais consoantes.

- Regras de ortografia relativas à sinalização da nasalidade. - Banco de palavras.

- A criança quando escreve cãpo ao invés de campo, demonstra um grande avanço fonético. Percebe a inexistência do fonema, mas não resolve a exigência da letra. Ao comparar a sua escrita com outro material de consulta descobre a presença da letra m ou n nasalizando o a. Trabalhando com palavras nasalizadas por til, a criança percebe a equivalência dos sinais m, n, ou til, podendo ocorrer nessa fase, erros de hipercorreção (cãpo, amanham, etc). Quanto ao emprego de M antes de P e B, e N antes das demais consoantes há regularidade, o que facilita para os alunos a sistematização. Este trabalho de sistematização pode ser realizado com a observação das palavras nos textos, com jogos, como caça-palavras, cruzadinhas e outros.

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4.5. Aplicar regras ortográficas contextuais, isto é, aquelas que dependem da posição que fonema / grafema ocupam na palavra.

- Banco de palavras - Grafemas e fonemas

- No 4º e 5º anos do Ensino Fundamental as situações de desafio devem persistir. Os conceitos construídos farão surgir novas hipóteses para construção de novos conceitos. Em certas variantes dialetais, os falantes trocam o L de final de sílaba pelo R, e vice-versa (carma-calma/galfo-garfo). Tal especificidade deve ser respeitada na leitura e na linguagem oral. A medida que o aluno se familiariza com a variedade padrão, a tendência é essa troca desaparecer. Outra dificuldade aparece no registro do fonema /u/ (saldade, fugio, cauma, no lugar de saudade, fugiu e calma).

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4.6. Memorizar a escrita ortográfica de palavras em que as relações fonema / grafema são arbitrárias, isto é, não obedecem a princípios fonético-fonológicos.

- Regras ortográficas - Grafia arbitrária (palavras de uso mais comum)

- Quanto às grafias que não permitem sistematização, por serem escritas arbitrárias, não tendo apoio nem na posição da palavra, nem no contexto, sendo situações específicas, a aprendizagem se faz por meio da visualização e da memorização. É na freqüência de usos, nas situações de leitura e de escrita, na compreensão de seu significado (dimensão semântica) dentro dos textos, na observação de família de palavras, que se dará o aprendizado delas. O professor poderá estimular a observação e, consequentemente, a memorização, com atividades de uso de dicionário, com jogos de ortografia, como palavras cruzadas, caça-palavras, entre outros, em que as palavras cujas grafias apresentem dificuldades, sejam o alvo da “brincadeira de aprender”. O professor pode também utilizar-se das aulas de informática para o trato final aos textos produzidos.

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4.7. Usar o dicionário autonomamente para sanar as dúvidas quanto à grafia das palavras.

- Ortografia - Funções gramaticais - Sinônimos, antônimos - Prefixo/sufixo

Tanto na fala quanto na escrita, quem usa uma língua enfrenta cotidianamente situações em que seu domínio e mesmo seu conhecimento sobre as palavras pode ser decisivo para a eficácia de uma ação, por isso o dicionário deverá ser um instrumento permanente na escola, pois, seja como for, após uma consulta a um dicionário bem elaborado, consciente de suas possibilidades e limites, o usuário sai enriquecido da experiência. E um desses enriquecimentos será a sua progressiva familiaridade com a organização própria do dicionário, ou seja, o conhecimento que adquire sobre os tipos de informação que ali se encontram, ou mesmo a rapidez crescente com que localizará uma informação. Nesse sentido, o uso consciente, crítico e autônomo de um dicionário acaba desenvolvendo uma proficiência específica para a busca, o processamento e a compreensão das palavras. Conhecimento esse que, por sua vez, será uma excelente ferramenta para o desenvolvimento da competência leitora e domínio do mundo da escrita. É exatamente por esse motivo que o uso do dicionário, nas mais diferentes

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situações sociais, indiciam um alto grau de letramento, seja da sociedade, seja do usuário proficiente. A partir do trabalho com o dicionário o professor poderá explorar vários tipos de informações contidas nele, como por exemplo: • Tirar dúvidas sobre a escrita de uma palavra (ortografia); • Esclarecer os significados de termos desconhecidos (definições); • Desvendar relações de forma e de conteúdo entre palavras (sinonímia, antonímia, homonímia etc.); • Dar informações sobre as funções gramaticais da palavra, como sua classificação e características morfossintáticas (descriçãogramatical); entre outras informações.

4.8 - Utilizar a pontuação de final de frase e de sinalização de diálogos. 4.9 - Utilizar com compreensão os diversos elementos que compõem as classes de palavras.

- Pontuação: Interrogação, exclamação, reticências, travessão, dois pontos, vírgula (nas enumerações, aposto e vocativo). - Classes de palavras: • Substantivo: próprio/comum,

masculino/feminino, primitivo/ derivado, simples/composto, coletivo.

• Adjetivo: gênero e número; • Numeral; • Artigo: gênero/número;

- Aprender a pontuar um texto é um aprendizado para a vida inteira. São tantas possibilidades de jogos discursivos de pontuação que dificilmente teremos compreensão de sua totalidade. Além disso, pontuar exige esforço de análise e síntese integrado, difícil, mas, não impossível de ser realizado pelos jogos produtores de texto. Por isso, é imprescindível que o professor crie situações para uma tomada de consciência das escolhas de pontuações que estão fazendo para rever possíveis conceitos errados ou ampliar conceitos só parcialmente compreendidos. Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a capacidade de empregar a pontuação em final de frase, imprimindo aqui a intenção do emprego desses sinais associada à intencionalidade contida no texto, ou seja, se é declarar, perguntar, admirar-se ou deixar em suspense o pensamento não acabado. Quanto à pontuação dos diálogos, o aluno deverá consolidar o emprego da sinalização clássica do discurso direto: dois pontos para anunciar a fala da personagem, parágrafo com travessão para indicar a fala e o emprego do ponto final, exclamação e outros. O estudo da gramática deve desenvolver a capacidade expressiva dos alunos como usuários da língua, para poderem empregá-la na mais variadas situações de uso. Portanto, é necessário que o professor evite os estudos de estruturas gramaticais como uma habilidade isolada, adotando atividades contextualizadas em que os conteúdos estejam articulados sempre com a fala e com a produção de textos. Dessa forma os conteúdos trabalhados farão sentido para as crianças, além de possibilitar a ampliação de suas formas de expressão. Também, vale lembrar que o trabalho com as classes de palavras varia de escola para escola, assim como

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definido e indefinido; • Advérbio: de modo, de tempo

e de lugar; • Pronome: pessoais,

possessivos e demonstrativos. • Preposição; • Conjunção; • Interjeição; • Verbo: modos indicativo,

subjuntivo e imperativo; flexão: número e pessoa.

sua abordagem varia de acordo com o ano de escolaridade e com o nível de cada turma e, não se pode esquecer de que os conteúdos são revisados de ano para ano. Uma estratégia bastante eficaz é ensinar os alunos a interrogar os textos, sejam de outros autores ou escritos por eles. A exploração de textos pode ser realizada mediante atividades de interrogação: como avança um texto, como ele progride, como as estruturas da língua estão ligadas à sua estrutura? Que aspectos gramaticais estruturam estes textos? E, a partir destas interrogações, pode-se chegar a sistematização dos conteúdos.

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5.1- Ouvir com respeito falas expressas em diferentes variedades linguísticas, em situações escolares e não escolares;

- Gêneros como: poemas, parlendas, músicas, histórias, adivinhações, bulas, receitas, debates, juri simulado, etc. - Variações linguísticas – o modo de falar do brasileiro. - Marcas típicas da oralidade, adequando o padrão de linguagem às situações cotidianas.

- O papel do professor é ensinar a adequação da fala ao contexto das situações. Não existe superioridade, do ponto de vista linguístico, de uma sobre a outra. Não há o certo ou errado linguisticamente, há o diferente. Todas as variedades são boas e funcionam segundo regras rígidas. A língua é uma forma de interação, e uma interlocução de falantes, sujeitos, de sua própria história. Ex.: relatar fatos vividos na vida escolar, passeios, eventos locais e regionais, realizar atividades de livre expressão. Além disto, o professor por meio de exposições e estímulo à tolerância poderá ajudar no aprendizado desta capacidade que envolve atitudes e valores éticos. - Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opiniões.

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5.2- Participar das atividades cotidianas em sala de aula; interagindo com os colegas e o professor. Ouvir e respeitar opiniões alheias, concordando ou discordando delas.

- Ouvir: cartas, mensagens, avisos, notícias, instruções de jogos; - Recursos paralinguisticos de sustentação da fala (gestos, tonalidade da voz, expressões faciais) de acordo com os objetivos do ato de interlocução

- Da interação com o outro e com o mundo é que o aluno se apropria da linguagem. O professor deve propiciar espaço para o aluno ouvir o outro num clima de respeito em que opiniões e sentimentos surjam espontaneamente. Ex.: Trocar ideias sobre fatos narrados, histórias ou notícias fazendo comentários e indagações de acordo com sua curiosidade e necessidade. - ouvir histórias lidas e contadas pelo professor e/ou colegas, dando opiniões. - Realizar trabalhos escolares para apresentar aos pais, turma e escola, em forma de auditórios e teatros, levando em conta a adequação da linguagem e do conteúdo e o público definido.

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5.3 – Ouvir e compreender a leitura de textos de

- Gêneros orais como: juri simulado, debate, jornal falado,

- O desenvolvimento da oralidade inclui, além da capacidade de falar, a de ouvir com compreensão. É uma capacidade necessária para o exercício da cidadania. É

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diferentes gêneros, relacionando-os às situações em que são usados.

seminário, apresentação de pesquisa, de experiências científicas e entrevistas.

preciso saber ouvir e entender os jornais da TV e do rádio, entrevistas e declarações de políticos. O primeiro contato da criança com a leitura de texto de gêneros diversos se dá através da leitura feita por alguém. No ato de ouvir, a criança atribui sentido ao texto lido, apropriando-se de ideias, relacionando-as com o conhecimento já adquiridos, entendendo pelo contexto palavras fáceis e difíceis.

5.4 – Produzir textos de diferentes gêneros orais, empregando a variedade linguística, ritmo, entonação e postura adequados à situação comunicativa e na produção de textos orais.

- História, caso, piada, rap, aviso, exposição de trabalho escolar.

- O próprio convívio social proporciona às crianças boas intuições sobre como organizar as ideias para produzir textos que os ouvintes considerem coerentes. Possibilitar ao aluno ser ainda mais competente enquanto falante, considerando a intenção comunicativa, o gênero escolhido, o conteúdo do texto, o interlocutor, ao produzir textos orais é tarefa da escola. É importante compreender que a fala diverge da escrita, admitindo repetições, retomadas no decorrer da fala para maior compreensão do ouvinte. Ex.: O professor deve trabalhar os gêneros utilizando recursos como esquemas, cartazes para suporte nas apresentações orais.

T/C T/C

5.5 – Recontar oralmente histórias lidas ou ouvidas, expressando-se com clareza e desenvoltura.

- Histórias, notícias, contos, etc. - Contar e inventar histórias são aspectos importantes de um programa de linguagem oral. Constitui uma das melhores oportunidades para a expressão criadora. As crianças ouvem, reproduzem e enriquecem suas experiências, sua linguagem, seu pensamento lógico e desenvolvem sua imaginação. Para que o aluno conquiste essa competência, o professor precisa começar com a leitura de histórias menores como as fábulas, as lendas, trechos de filmes, chegando ao reconto de textos mais ricos e mais complexos.

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5.6 – Planejar trabalhos escolares e apresentar para pais, turma, escola levando em conta a adequação da linguagem e do conteúdo ao público definido.

- Planejamento de apresentação de trabalhos (relatos de experiências e viagens, conclusões de observações, de pesquisa de campo, auditórios, apresentação de teatros, gincanas, etc.)

- O professor deve orientar os alunos para o exercício da linguagem falada, com o caráter mais formal em termos técnicos que possam ser utilizados nos trabalhos escolares , em explicações e em linguagem que os colegas de turmas mais jovens, os pais e a comunidade possam compreender.

T/C T/C

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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MATEMÁTICA

É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da Matemática. No entanto, conhecer possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. (PCN, 1997, p.42).

O ensino da Matemática tem passado, ao longo dos anos, por

sucessivas reformas. Muitas práticas pedagógicas foram aperfeiçoadas

com vista à melhoria do ensino-aprendizagem desta área de

conhecimento. Mesmo assim, o fracasso escolar matemático continua.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs apontam para a

necessidade de mudanças urgentes no que ensinar e de como organizar

as situações de ensino e de aprendizagem, colocando o papel da

Matemática como facilitador do desenvolvimento do pensamento do

educando e como instrumento de formação de sua cidadania. “Falar em

formação básica para a cidadania significa falar em inserção das

pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura, no

âmbito da sociedade brasileira.” (PCN, 1997, p.29)

As crianças que ingressam nos primeiros anos do Ensino

Fundamental, mesmo aquelas que não frequentaram a Educação

Infantil, trazem consigo uma bagagem de noções informais sobre

aspectos da Matemática que foram construídas em sua vivência

cotidiana. E, o professor deve utilizar essas noções como referência na

organização da sua proposta de trabalho investigando qual é o domínio

que cada criança possui sobre o assunto que irá explorar.

Para tanto, é de suma importância que o processo de ensino-

aprendizagem da Matemática esteja articulado à alfabetização e à

socialização, a fim de que se efetive num ambiente propício ao diálogo,

à troca de informações, a negociação e ao respeito mútuo. E, como o

individualismo é característica marcante aos alunos desta fase, é

fundamental a intervenção do professor para promover a socialização e

ensinar os alunos a compartilhar os conhecimentos.

O trabalho com os diversos tipos de textos que envolvem o

conhecimento matemático, também é de muita importância nas séries

iniciais, pois o aluno irá aprender a contrapor as estratégias de escrita,

de representação e de leitura que estes textos demandam, dessa forma

se apropriará do vocabulário matemático.

Além disso, é imprescindível que o professor utilize as diversas

práticas pedagógicas citadas no PCN, tais como: resolução de

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problemas, história da matemática, tecnologia da informação e os

jogos.

A resolução de problemas sempre foi um recurso utilizado

apenas como forma de aplicação de conhecimentos já adquiridos pelos

alunos, ou seja, como forma de avaliar se os alunos são capazes de

empregar o que lhes foi ensinado. O professor explora apenas os

resultados, as definições, as técnicas e demonstrações e não a atividade

em si.

É por isso que o PCN defende uma proposta de resolução de

problemas fundamentada nos seguintes princípios6:

• “o ponto de partida da atividade matemática não é a definição,

mas o problema. No processo de ensino e aprendizagem,

conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados

mediante a exploração de problemas, ou seja, de situações em

que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia

para resolvê-las;

6 Princípios retirados do PCN vol.3 – Matemática, 1997 p.43 e 44.

• o problema certamente não é um exercício em que o aluno

aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo

operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o

enunciado da questão que lhe é proposta e a estruturar a situação

que lhe é apresentada;

• aproximações sucessivas ao conceito são construídas para

resolver um certo tipo de problema: num outro momento, o

aluno utiliza o que aprendeu para resolver outros problemas, o

que exige transferências, retificações, rupturas, segundo um

processo análogo ao que se pode observar na história da

Matemática.

• o aluno não constrói um conceito em resposta a um problema,

mas constrói um campo de conceitos que tomam sentido num

campo de problemas. Um conceito matemático se constrói

articulado com outros conceitos, por meio de uma série de

retificações e generalizações;

• a resolução de problemas não é uma atividade para ser

desenvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem,

pois proporciona o contexto em que se pode apreender conceito,

procedimentos e atitudes matemáticas”.

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Na resolução de problemas o professor deve estimular o aluno a

elaborar um ou vários procedimentos de resolução fazendo comparação

das diversas estratégias usadas na obtenção dos resultados, validando

seus procedimentos, questionando sua própria resposta e o problema.

Essa forma de trabalhar evidencia uma concepção de ensino e

aprendizagem voltada para a ação reflexiva que constrói

conhecimentos.

Quanto à História da Matemática o professor, ao mostrá-la

como uma criação humana, desenvolve atitudes e valores no aluno

diante do conhecimento matemático. Em muitas situações, esse

conhecimento ajuda o aluno a construir ideias matemáticas, a dar

respostas aos “porquês” e, com isso, favorecem o criticidade sobre os

objetos de conhecimento.

Os recursos tecnológicos são um dos principais agentes

transformadores da sociedade atual devido às influências exercidas no

cotidiano das pessoas. E é um desafio para a escola incorporá-los ao seu

trabalho.

A calculadora é um instrumento tecnológico que pode ser usado

pela escola podendo contribuir para o ensino da Matemática. Outro

recurso que está se tornando cada dia mais indispensável é o

computador. Embora esses recursos ainda não estejam altamente

disponíveis para a maioria das escolas, eles já integram muitas

experiências educacionais. E isso exige a incorporação de estudos nessa

área, seja na formação inicial como na formação continuada dos

professores.

O computador pode ser usado como apoio ao ensino, como

fonte de aprendizagem e como ferramenta para o desenvolvimento de

habilidades. O trabalho com o computador pode ensinar o aluno a

aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando

suas produções e comparando-as.

Para o desenvolvimento dos processos psicológicos básicos,

outro recurso que pode ser utilizado é o jogo que, além de ser um objeto

sociocultural, o autoconhecimento e a interação com outros.

Para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, os

jogos geram satisfação e formam hábitos. Por isso devem estar

presentes nas atividades escolares. Por meio dos jogos as crianças

aprendem a lidar com símbolos e a criarem analogias, produzem

linguagens, criam convenções, tornam-se capazes de se submeterem a

regras e dar explicações.

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O jogo torna-se uma estratégia didática quando as situações são

planejadas e orientadas pelo professor visando uma finalidade de

aprendizagem, isto é, de proporcionar à criança algum tipo de

conhecimento, alguma relação ou atitude. Para o aluno é visto como um

desafio, além de gerar interesse e prazer, por isso sempre deve fazer

parte da cultura escolar. A participação em grupos de jogos permite o

desenvolvimento das áreas cognitivas, emocional, moral e social da

criança e um estímulo para o avanço do seu raciocínio lógico.

Eixos da Proposta Curricular

Números e Operações

Um fator que merece atenção do professor é a construção do

número. Ele deve estar atento se os seus alunos dominam ou apenas

possuem noção das atividades pré-numéricas, pois antes que eles

construam o conceito de número, é indispensável que desenvolvam

atitudes como: conservar quantidades, líquido e massa, classificar,

seriar, ordenar mentalmente, pensar de forma reversível, contar e

incluir hierarquicamente e em classe.

Conservar é a habilidade de concluir que uma quantidade, seja

objetos, massa ou líquido, mesmo estando em lugares ou recipientes

diferentes, sempre permanece a mesma. Piaget (1971), diz que para

conservar as quantidades a criança precisa de uma condição mental

chamada reversibilidade, que é a capacidade de fazer e desfazer

mentalmente uma ação, sendo que essa construção se efetiva aos sete

ou oito anos. Joseph e Kamii afirmam que

(...) quem sabe conservar, o faz porque já construiu esse conhecimento lógico-matemático. Quem não conserva, não o faz porque seu conhecimento lógico-matemático não é ainda forte o bastante para superar a aparência empírica dos objetos. (JOSEPH e KAMII 2005, P.17).

Classificar é uma operação lógico-matemática que supõe as

relações de pertinência e de inclusão de classes. Quando uma subclasse

se encaixa numa classe maior, haverá uma relação de inclusão de

classes estabelecendo uma relação entre a parte e o todo.

Portanto, o professor deve saber que, ao oferecer as crianças

situações em que elas possam desenvolver o pensamento através de

atitudes de conservação, ordenação, contagem, classificação, seriação,

estará favorecendo a construção do raciocínio lógico-matemático.

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O professor deve mostrar às crianças as diferentes situações em

que os números são utilizados. Em seu aspecto cardinal, o número

indica uma quantidade de elementos e permite que se imagine essa

quantidade sem que eles estejam presentes. Em seu aspecto ordinal, o

número indica posição. Já nos racionais, o professor deverá apresentá-

los sempre mostrando a utilização desse número no cotidiano.

Uma vez construído o conceito de número, os alunos do 1º ao 3º

anos de escolaridade devem aprender a calcular adições e subtrações

básicas, cabendo ao professor graduar as dificuldades. É importante

também, nesta etapa de escolarização, o trabalho com a multiplicação e

a divisão de forma mais simples.

Apesar da habilidade de resolver as quatro operações ser suporte

para o cálculo mental e escrito, nunca se deve apresentar listas

intermináveis de contas para serem resolvidas e sim propor exercícios

sempre na forma de situações-problemas. Os alunos devem recorrer

inicialmente a estratégias próprias de resolução, com o uso de material

concreto, e serem estimulados sempre a troca de ideias e a explicação

em voz alta ou por escrito de como cada um resolveu.

Já no 4º e 5º anos, as operações com números naturais são

ampliadas para desenvolver o cálculo mental e escrito. A calculadora é

usada como recurso para verificação e análise de resultados. Os alunos

vão ampliar seus procedimentos de cálculo mental, à medida que

conheçam mais as regras do sistema de numeração decimal. Deverão

desenvolver a análise e resolver também problemas com números

racionais (frações e decimais).

Espaço e Forma

Para compreender, descrever e representar o mundo em que

vive, o aluno precisa, por exemplo, saber localizar-se no espaço,

movimentar-se sobre ele, dimensionar sua ocupação, perceber a forma e

tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. As atividades devem

estimular nos alunos a capacidade de estabelecer pontos de referência a

seu redor, situar-se no espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo

comandos e compreendendo termos como direita, esquerda, distância,

deslocamento, acima, abaixo, ao lado, atrás, perto, etc. Deve também

saber reconhecer formas geométricas planas ou espaciais presentes em

objetos naturais e criados pelo homem, além de saber identificar as

diferenças entre eles.

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74

Grandezas e Medidas

O trabalho com grandezas e medidas deve ser desenvolvido com

atividades que leve o aluno a compreender o procedimento de medir

usando instrumentos usuais ou utilizando estratégias pessoais (palmo,

pés, etc.). Também as unidades de tempo (dia, mês, minutos, hora,

etc.), de medidas (metro, centímetro, quilograma, litro, etc.) e de

temperatura, devem ser abordadas através de situações e simulações do

dia-a-dia, bem como, o uso do dinheiro no nosso cotidiano e as formas

de representá-lo graficamente.

Tratamento da Informação

O trabalho com este eixo deve despertar o espírito de

investigação e organização de informações. O assunto deve ser tratado

em função da utilização cada vez maior de informação desse tipo em

nossa sociedade. O professor deve trabalhar com a leitura e

interpretação de informações contidas em imagens, pedir que os alunos

coletem e organizem as informações, interpretem e elaborem tabelas e

gráficos (de acordo com o nível de cada ano de escolaridade).

Avaliação

As mudanças no processo de ensino e aprendizagem da

Matemática requerem uma maior reflexão sobre as finalidades da

avaliação, sobre o que e como se avalia, levando em conta as diversas

situações de aprendizagem, como a resolução de problemas, os jogos, o

uso de recursos tecnológicos, entre outros.

Os resultados expressos nos instrumentos de avaliação

utilizados pela escola, sejam eles trabalhos, provas, posturas em sala,

são indícios de competências adquiridas pelas crianças. Cabe ao

Professor, interpretar estes resultados e reorganizar a sua proposta de

trabalho.

O erro deve ser sempre interpretado como um caminho para

buscar o acerto. E é através do diálogo que o professor consegue

descobrir o que o aluno não está compreendendo, e assim poder

planejar a intervenção adequada para auxiliá-lo a avaliar o caminho

percorrido.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – VERSÃO PRELIMIN AR - 1º, 2º e 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXOS

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO

1º 2º 3º

1-

Núm

eros

e O

pera

ções

1.1 - Utilizar critérios de classificação, seriação e conservação de quantidades.

- Conceitos pré-numéricos: - Comparação, seriação, inclusão e conservação de quantidades

- Atividades pré-numéricas - Antes de partir para os números propriamente ditos e em suas relações de quantidade, é preciso que as crianças tenham noções de seriação, classificação, quantidade, diferenciação, cores, noções de distância, de tempo e de localização. Esses pré-conceitos são a base para trabalhar mais a frente questões propriamente numéricas. Para a construção do conceito de número natural, destacam-se quatro noções básicas: classificação, seriação, correspondência biunívoca e conservação da quantidade. - Classificar é agrupar segundo um critério. Podemos classificar figuras geométricas (cor, forma, tamanho), livros de história (gênero), animais (espécie), figurinhas, materiais escolares, enfim, tudo aquilo que for da vivência da criança. - Seriar significa colocar em série, em ordem, ordenar. Podemos seriar com materiais diversos, tais como: blocos lógicos, botões, palitos, tampinhas e com os próprios alunos, estabelecendo relações do tipo: maior que, menor que, mais pesado que, entre outras. Seriar conforme a cor, do mais claro ao mais escuro, fazer seqüência lógicas em cartões (histórias), seqüência de posições e de atividades. - Correspondência biunívoca é a correspondência também chamada um a um, ou seja, cada elemento do primeiro conjunto deverá corresponder a somente um elemento do segundo conjunto que também será esgotado. - Conservação de quantidade: a criança conserva a quantidade no momento em que ela reconhece que o número de elementos de um conjunto não varia quaisquer que sejam as maneiras como se agrupam esses elementos.

T C R

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1.2- Utilizar, em situações-problema, diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamentos.

- Quantificações discretas: correspondência biunívoca, seqüência oral numérica, zoneamento (os elementos contados e a contar) e nomeação de coleções por uma quantidade de objetos ou por figuras, tomando como referência o último elemento contado.

É importante que os alunos: reconheçam as diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção para estabelecer a correspondência um a um; mantenham a ordem das palavras numéricas; saibam etiquetar cada objeto uma só vez sem omitir nenhum; numerem todos os objetos. Ao explorarem as situações-problema, os alunos deste ciclo precisam do apoio de recursos como materiais de contagem (fichas, palitos, reprodução de cédulas e moedas entre outros.).

I

T

T/C

1.3- Reconhecer em diferentes contextos – cotidianos e históricos, os números naturais, racionais na forma decimal e racionais na forma fracionária.

- História da matemática - A construção do número - Números no dia-a-dia - Identificar a localização de números naturais na reta numérica.

O objetivo dessa abordagem é resgatar a história do homem como sujeito criador ao longo do tempo e compartilhar com os alunos o fato de que as ideias e os conceitos atualmente ensinados e aprendidos na escola são, na realidade, frutos da construção do conhecimento matemático em épocas passadas e atuais. É por meio de brincadeiras, do convívio com os familiares e outras pessoas que a criança vai descobrindo o número e seus mais variados usos: servem para indicar quantidades, para numerar as coisas, para contar, para indicar preços, idades, alturas, comprimentos, além de outros usos. Como código, indica números de telefones, de ônibus, placas de carros, etc. Com os números e os sistemas de numeração, o contato e a utilização desses conhecimentos podem ocorrer em problemas cotidianos, no ambiente familiar, em brincadeiras, nas informações que lhes chegam pelos meios de comunicação. Na contagem podem ser usados os jogos, brincadeiras e cantigas que incluem diferentes formas de contagem. Na notação e escrita numéricas, os números podem ser lidos, comparados e ordenados, através de histórias, quando a leitura do índice e da numeração das páginas é incluída. Histórias em capítulos, coletâneas e enciclopédias são muito interessantes nesse processo. Em álbuns de figurinhas, pode ser pedido que antecipem a localização da figurinha no álbum ou, se abrindo em determinada página, que folheem o álbum para frente ou para trás. O uso de calendários, marcando os dias ou escrevendo a data na lousa; fazer contagem para datas importantes como aniversário das crianças, data de passeio, etc. Pesquisa das informações numéricas de cada membro do grupo, como idade, número de sapato e roupa, peso, altura, etc.

I

T

T

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Nas operações pode ocorrer a realização de estimativas, propiciando que as crianças comparem, juntem, separem, combinem grandezas ou transformem dados numéricos.

1.4- Ler, escrever, comparar e ordenar números naturais pela formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela compreensão das características do sistema de numeração decimal.

- Sistema de Numeração Decimal: . registro, leitura e escrita numérica de quantidades até 1000 . contar até 100 ou mais de 2 em 2, de 3 em 3, de 5 em 5, de 10 em 10, de 25 em 25, de 50 em 50 e de 100 em 100 .agrupamentos e desagrupamentos até 100 . valor posicional dos números . composição e decomposição de números por parcelas, fatores, ordens e classes . agrupamento na base 10 . número par e impar . antecessor e sucessor . números ordinais: função, leitura e representação .representação escrita por extenso dos numerais . séries numéricas em ordem crescente e decrescente . o milhar . sinais convencionais para registrar adição e subtração . cálculo mental em situações de atividade matemática oral . relações entre os números: maior que, menor que, estar

No desenvolvimento dessa capacidade esperamos que o aluno compreenda: - que a base do nosso sistema de numeração é decimal (base 10). As trocas são realizadas a cada agrupamento de dez unidades; -que existem dez algarismos para registrar qualquer quantidade (0 a 9); - que existe um símbolo – 0 (zero) – para indicar ausência de quantidades; - que o valor de um algarismo é determinado pela posição que ele ocupa em um número. - o principio aditivo do nosso sistema pode ser escrito através da decomposição do número – por exemplo o número 342 pode ser escrito como 300 + 40 + 2; - o princípio multiplicativo – por exemplo, o número 342 pode ser escrito como 3 x 100 + 4 x 10 + 2 x 1. - No desenvolvimento dessa capacidade esperamos que o professor utilize em sua prática de ensino: . situações-problema; . desafios; . jogos; . material concreto (manipulativo).

� O trabalho com contagens, quantidades, posições, etc., deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma.

I T T/C

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entre . estimativa . dobro, triplo, quádruplo . dúzia, meia dúzia . valorização das mãos como ferramenta na realização de contagem e cálculos . situações de partilha com registro pictórico (através de desenhos).

1.5 - Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números naturais.

Noções de adição: juntar e acrescentar - Noções de subtração: tirar, comparar e completar - Adição e subtração de dois ou mais algarismos sem recurso (empréstimo) e sem reagrupamento - Adição e subtração de dois ou mais algarismos com recurso (reserva) e com reagrupamento - As propriedades da adição e da subtração -Situações-problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição e subtração. - Noções de multiplicação: possibilidades - Noção de divisão: ideia de repartir - Fatos fundamentais e operações simples.

- O professor deve levar o aluno à apropriação de habilidades para elaborar situações que lhe permita estabelecer estratégias para resolver problemas diversos, ligados ou não a cálculos numéricos. - O trabalho na sala de aula com estas capacidades deverá contemplar primeiramente o concreto e o pictórico, construindo as noções matemáticas a respeito desta capacidade.

� O trabalho com estes conteúdos deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma.

I T T/C

1.6 -Reconhecer e representar o número

- Frações comuns: metades, terços, quartos, quintos, sextos e

- Trabalhar essa capacidade implica em explorar o conceito de fração recorrendo a situações em que está implícita a relação parte-todo – é o caso

I T T/C

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fracionário em situações significativas e concretas.

oitavos. das tradicionais divisões de um chocolate ou de uma pizza em partes iguais. O conteúdo deve ser desenvolvido utilizando materiais concretos.

� O trabalho com as frações deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma.

1.7 - Reconhecer a função da vírgula na escrita e leitura de números decimais em situações envolvendo valores monetários por meio de preços, trocos, orçamentos.

- Sistema monetário brasileiro e suas unidades de medida.

- Nessa capacidade, é importante salientar que a função da vírgula é indicar a ordem da unidade e, em decorrência, separar a parte inteira (reais) da parte fracionária (centavos).

I T T

2 –

Esp

aço

e F

orm

a

2.1- Conhecer os conceitos de linhas, curvas abertas e fechadas, de pontos interiores e exteriores a uma curva fechada simples

- Pontos, Linhas, Curvas abertas e fechadas.

- O aluno poderá diferenciar as formas das linhas e seus diferentes traçados. .Observar as formas das curvas abertas e fechadas. .O desenvolvimento desta capacidade ajuda na construção de trajetos feitos de um lugar para o outro. - O professor pode pedir a seus alunos que pesquisem em revistas, livros ou jornais algumas figuras que contenham curvas abertas e fechadas. A partir destas figuras, propor a eles que tentem explicar o que são curvas abertas e fechadas, sempre guiando-os a observar o contorno das figuras e fazendo com que eles percebam que muitas imagens desenham curvas.

I T/C R

2.2- Descrever, interpretar, identificar e representar a movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construir itinerários

- Noção de direção e sentido: percursos. . deslocamento nos espaços próximos ou em trajetórias familiares; . relato de orientação e deslocamento no espaço; . representação de deslocamento por meio de desenhos, mapas e plantas (para o reconhecimento do espaço e localização nele); - Descrição de uma posição por meio do uso de expressões de

-Exercitar essas capacidades implica em desenvolver a percepção de relações de objetos no espaço, a identificação e descrição de uma localização ou deslocamento, compreendendo termos como esquerda, direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na frente, atrás, perto, longe, para descrever a posição, construindo itinerários. -O professor poderá realizar atividades como: passeio no entorno da escola, excursão pelas ruas do bairro, elaboração de maquete do caminho percorrido etc. Trabalhar frente e verso, bem como apresentar desafios que dizem respeito às relações habituais das crianças com o espaço, como construir, deslocar-se, desenhar, etc. .Observação de pontos de referência que as crianças adotam, a sua noção de distancia, de tempo, propor jogos em que precisem se movimentar ou movimentar um objeto no espaço.

I T T

2.3- Representar a posição de uma pessoa ou objeto utilizando malhas quadriculadas.

- I T

2.4- Identificar pontos de referência para situar-se no espaço e deslocar pessoas/objetos no espaço.

I T C

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2.5- Representar o espaço por meio de maquetes, croquis e outras representações gráficas.

referência: à frente, à esquerda de, à direita de, atrás de, etc.

-Desenhar objetos a partir de diferentes ângulos de visão, como visto de cima, de baixo, de lado, e propor representações tridimensionais, como construções com blocos de madeira, maquetes, painéis. O uso de figuras, desenhos, fotos e certos tipos de mapas para a descrição e representação de caminhos, itinerários, lugares, localizações, etc.

I T T

2.6- Identificar, descrever e comparar padrões (blocos lógicos usando uma grande variedade de atributos como tamanho, forma, espessura e cor).

- Dimensionamento de espaços: relação de tamanho e forma. - As formas geométricas presentes no cotidiano (escola, objetos, natureza, etc.) - Construção e representação de formas geométricas. - Figuras Planas: quadrado, triângulo e retângulo. - Triângulos e quadriláteros. - Semelhanças e diferenças entre as formas geométricas espaciais e planas.

-Para desenvolver essas capacidades é importante que os alunos observem semelhanças e diferenças entre a forma e o tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. Também é importante que observem semelhanças e diferenças entre formas tridimensionais e bidimensionais (cubos/quadrados, paralelepípedos/ retângulos, pirâmides/triângulos, esferas/ círculos), figuras planas e não planas, que construam e representem objetos de diferentes formas. Paro trabalho com triângulos e quadriláteros indica-se o Tangran.

� O trabalho com os quadriláteros e suas posições deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma.

I

T

T/C

2.7- Identificar triângulos e quadriláteros ( quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango) observando as posições relativas entre seus lados.

I

T

T

2.8- Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras planas (triângulo, quadrilátero e pentágono ) de acordo com o número de lados.

Trabalho de formas geométricas por meio da observação de obras de arte, de artesanato de construções de arquitetura, pisos, mosaicos, vitrais de igrejas, ou ainda formas da natureza, como flores, folhas, casas de abelha, teias de aranha, etc. - Formas geométricas espaciais e planas nos mais diferentes contextos. - Composição e análise de figuras em malhas quadriculadas e sua relação com a medida de perímetro. - Caracterização dos elementos das figuras espaciais: superfícies, bases, construções, número de faces, vértices e arestas.

- I T

2.9- Identificar elementos de figuras geométricas, como faces, vértices, arestas e lados.

- I T

2.10 - Identificar linhas de simetria em figuras geométricas, objetos, imagens, letras e no ambiente

Eixo de simetria: linha que divide uma figura em duas partes simétricas - Figuras simétricas. - Simetria de reflexão.

-No ensino de matemática as simetrias das figuras serão estudadas para proporcionar a conceituação de congruência e de semelhança, procurando desenvolver a capacidade de perceber se duas figuras têm ou não a mesma forma e o mesmo tamanho independente da posição que elas ocupam no espaço. É importante lembrar que nas séries iniciais este deve ser um trabalho lúdico, fortemente marcado pelo prazer das cores e pela oportunidade de criação de belas formas através do desenho. É, portanto, um trabalho

I T T

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marcado pelo exercício das habilidades de observação, concepção e representação. Podemos observar a simetria segundo três movimentos: translação, rotação e reflexão. Translação: Na simetria de translação a figura desliza sobre uma reta, mantendo-se inalterada. Rotação: Na simetria de rotação a figura toda gira em torno de um ponto que pode estar na figura ou fora dela, e cada ponto da figura percorre um ângulo com vértice neste ponto. Reflexão: Na simetria de reflexão observamos um eixo, que poderá estar na figura ou fora dela, e que servirá como um espelho refletindo a imagem da figura desenhada. As simetrias de translação e a de rotação são as mais simples de serem trabalhadas, pois visualmente as duas figuras são muito “parecidas”, no entanto, na reflexão há uma modificação na “aparência” da figura, o que a torna mais complexa de ser reconhecida. -As atividades de simetria colaboram no desenvolvimento de habilidades espaciais, como a discriminação visual, a percepção de posição e a constância de forma e tamanho (percepção de que a forma de uma figura não depende de seu tamanho ou de sua posição). Essas habilidades são importantes não apenas para o aprendizado de Geometria, mas também para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. O trabalho com dobradura e com figuras de papel recortado contribui para melhor compreensão do significado de simetria.

2.11 – Identificar semelhanças e diferenças entre poliedros (cubo, prisma, pirâmide e outros) e não-poliedros (esfera, cone, cilindro e outros).

- Elementos das figuras espaciais: cilindros, cones, pirâmides, paralelepípedos, cubos. - Poliedros e corpos redondos.

-Os alunos devem diferenciar os poliedros dos corpos redondos pela observação de suas características (faces, vértices, arestas). É importante que o aluno faça os dois movimentos: planificação e construção do sólido, pois, dessa forma, a habilidade ganha significado.

- I T

3.1 - Comparar, através de estratégias pessoais, grandezas de massa, comprimento e capacidade, tendo como referência unidades de medidas não

- Noções de distância, espessura e tamanho (conceitos básicos). - Medidas não convencionais e medidas convencionais: .Instrumentos de medida não convencionais: passos, palmos,

-Levar a criança a compreender o procedimento de medir, explorando, para isso estratégias pessoais e o uso de alguns instrumentos, como balança, fita métricas e recipientes de uso frequente. Exemplo: medir e pesar os alunos, medir as carteiras, a sala, o pátio, etc. As medidas podem ser feitas pelos meios convencionais, como balança, fita métrica, régua, ou por meios não convencionais, como passos, pedaços de

I/T T T

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convencionais ou convencionais.

barbante, etc. . Uso da régua e da fita métrica. - Medidas de capacidades: litro, meio litro e mililitro. - Medidas de massa: quilograma, grama, tonelada; . Uso de balanças.

barbante, palmos ou palitos.

3.2 – Utilizar instrumentos de medidas conhecidas para medir grandezas relacionadas a tempo, comprimento e massa.

I T T

3.3 - Reconhecer e utilizar, em situações-problema, modelos concretos e pictóricos (através de desenhos), as unidades usuais de medida: tempo, sistema monetário, comprimento, massa, capacidade e temperatura.

I T T

3.4- Identificar, estabelecer relações e fazer conversões em situações-problema, entre unidades usuais de medidas de comprimento e massa.

I T T

3.5- Estimar e medir o decorrer do tempo usando “antes ou depois”; “ontem, hoje ou amanhã”; “dia ou noite”; “manhã, tarde ou noite”; “hora ou meia hora”.

- O tempo: antes ou depois; ontem, hoje ou amanhã; dia ou noite; manhã, tarde ou noite; hora ou meia hora.

-O aluno deve estabelecer relações entre fatos e ações que levem à distinção de noções temporais: . antes/entre/depois; . ontem/hoje/amanhã; . manhã/tarde/noite; entre outros.

I T C

3.6-Identificar instrumentos apropriados (relógios e calendários) para medir tempo (incluindo dias, semanas, meses, semestre e ano).

- Instrumentos de medida de tempo: calendário, relógio.

-O aluno deve conhecer os instrumentos de medida convencionais e sua utilização na vida prática. O calendário e o relógio são convenções sociais que se integram à vida e nos permite interpretar o seu ritmo, a seqüência de fatos que vivenciamos e que acontecem em nosso entorno, perceber, controlar e prever a periodicidade dos eventos. -O professor deve criar um ambiente para explorar o tempo:

I/T T C

3- M

edid

as e

Gra

ndez

as

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3.7-Usar relógios, calendários e calcular o tempo decorrido em intervalos de hora para solucionar problemas do cotidiano

- Medidas de tempo: segundos, minutos, horas, dia, semana, mês, bimestre, trimestre, semestre, ano, década.

· É bastante útil providenciar um relógio grande de parede para a sala de aula. - Preparar uma receita e medir o tempo gasto no preparo, registrar o horário de início e término da aula, etc. · Ter um calendário na classe em lugar visível e explorar os tempos que ele marca. · Ter na classe a lista dos nomes de todos os meses do ano e aniversariantes.

I T T

3.8 - Identificar e escrever medidas de tempo marcadas em relógios digitais e analógicos.

- Tempo: hora / meia hora -Para desenvolver essa capacidade o professor deve levar para a classe vários tipos de relógios, digitais e analógicos (de ponteiros), e colocar em evidência as características de cada um, comparando-os.

I T C

3.9 - Identificar medidas de temperaturas em termômetros.

- Medida de temperatura: termômetro

-Explorar o significado de indicadores de temperatura, com os quais o aluno tem contato pelos meios de comunicação e sua vivência. Isso pode ser feito a partir de um trabalho com termômetros.

- I T

3.10- Identificar e comparar quantidade de dinheiro em cédulas e moedas.

-Sistema Monetário: .reconhecimento e utilização de cédulas e moedas; . leitura e escrita por extenso de valores;

-O estudo do Sistema Monetário favorece a compreensão das regras do sistema de numeração decimal devido às possibilidade de troca entre notas e moedas considerando seus valores e à comparação e ordenação de quantidades expressas por valores; a familiarização do aluno com a escrita de números com vírgula; e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao senso numérico. O professor deve mostrar ao aluno que o dinheiro é uma grandeza de medida. Ele possui várias finalidades didáticas, como fazer trocas, comparar valores, fazer operações, resolver problemas e visualizar características da representação dos números naturais e dos números decimais.

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4- T

rata

men

to d

a In

form

ação

4.1- Coletar, organizar e registrar dados e informações (usando figuras, materiais concretos ou unidades de contagem).

- Noções de registro de dados. -A consolidação dessas capacidades supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir representações para formular e resolver situações-problema que impliquem o recolhimento de dados e análise de informações. (Situações-problema são aquelas que desafiam o aluno, oportunizam a aplicação de conhecimentos já adquiridos e permitem o emprego de vários procedimentos e estratégias). -O desenvolvimento das atividades deve estar relacionado a assuntos de interesse das crianças. Exemplo: construir uma lista com as datas dos aniversários dos alunos, organizando-a em ordem alfabética, meninos e meninas, etc.

I/T T C

4.2- Criar registros pessoais para comunicação das informações coletadas.

- Organização de dados. - Registro de dados em tabelas simples.

I T C

4.3- Ler e interpretar informações e dados

- Leitura e interpretação de dados em listas, tabelas, mapas,

I T T/C

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Seção Anos Iniciais

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apresentados de maneira organizada por meio de listas, tabelas, mapas e gráficos, e em situações-problema;

gráficos.

4.4- Transformar listas e tabelas em gráficos pictóricos, de barra ou de colunas e vice-versa;

- Construção de gráficos pictóricos, de barra ou de colunas. Obs.: Gráficos Pictóricos são aqueles representados por figuras. Devem ser usados para comparações e não para afirmações isoladas.

-O trabalho com gráficos permite a representação de dados sobre diversos conteúdos uma vez que não se esgota como conteúdo, mas favorece uma articulação da matemática com as outras áreas do conhecimento. Quando as crianças já são capazes de analisar e avaliar informações em listas e tabelas, orientadas pelo professor poderão construir gráficos, interpretá-los e resolver situações-problema. Exemplo: construir um gráfico, usando desenhos ou figuras, comparando as quantidades das diferentes frutas trazidas pelos alunos para a preparação de uma salada ou construir gráficos a partir dos resultados dos jogos trabalhados em “Números e Operações”, pois trabalhar a produção de registros e a sua interpretação depende, antes de mais nada, de que os alunos compreendam a sua utilidade. Assim, realizar registros que ajudem a chegar ao resultado de um problema matemático é um aprendizado importante para as crianças das séries iniciais. Esse conteúdo de ensino pertence ao bloco Tratamento da informação, uma área do conhecimento na Matemática que se articula com todos os outros campos da disciplina no Ensino Fundamental I - Números e Operações, Espaço e Forma e Grandezas e Medidas -, mas que tem especificidades a serem desenvolvidas desde cedo.

I T T

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – VERSÃO PRELIMIN AR– 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/ CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO 4º 5º

1-N

úmer

os e

ope

raçõ

es

1.1- Relacionar a história da matemática na construção do conceito de número e sua importância no contexto social

-História da Matemática: • Sistema de numeração indo – arábico • Sistema de Numeração Romano - Significado e composição dos números.

- A História da matemática é uma importante construção social ao longo da história da humanidade. Tendo em vista, as diversas formas em que foi criada, principalmente, quanto à concepção de número. - A história do desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos pode contribuir para a compreensão de certos conceitos. Além disso, entender a Matemática como uma criação humana, com seu corpo de conceitos e procedimentos em constante transformação e evolução, pode contribuir para que os estudantes se sintam mais próximos desta área de ensino.

T T/ C

1.2- Reconhecer o agrupamento em base 10 e sua relação com o Sistema de Numeração Decimal: ordens, classes e valor posicional, construindo terminologias a partir da compreensão do significado dos mesmos.

-Sistema de numeração decimal: -Agrupamento em base 10: ordens, classes e valor posicional.

-Ordens e classes dos números maiores que 100.

-Leitura, escrita, comparação e ordenação de números naturais maiores que 1000.

-6º ordem em diante.

- Por meio do reconhecimento e utilização de características do sistema de numeração decimal, pode-se avaliar a habilidade de explorar situações em que o aluno perceba cada agrupamento de 10 unidades, 10 dezenas, 10 centenas etc., respectivamente. Além disso, o aluno pode analisar , interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo alguns dos significados das operações de adição e subtração de números naturais. Portanto, o entendimento dos números e de suas funções como: identificação, medição, quantificação, localização e ordenação, favorecerão a compreensão das relações numéricas, o entendimento das ordens de grandeza dos números, a percepção dos números fora do contexto matemático. Além disso, desenvolve habilidades de estimativa, de procedimentos de contagem e interpretação dos resultados de cálculos considerando uma situação ou contexto.

T T/ C

1.3- Escrever, comparar e ordenar números naturais de qualquer grandeza.

T T/ C

1.4- Identificar a localização de números naturais na reta numérica.

-Representação e localização de números naturais na reta numérica. - Classes e ordens, sucessor e antecessor. - Interpretação de sequências numéricas.

- Esta capacidade desenvolve a habilidade de compreender a representação geométrica dos números naturais em uma reta numerada, e também a representação como um conjunto de elementos ordenados, organizados em uma sequência crescente que possui primeiro elemento, mas não tem ultimo elemento. -Essa habilidade é avaliada por meio de problemas contextualizados, que requerem do aluno completar na reta numérica uma sequência de números naturais, com quantidade variada de algarismos, utilizando números com zeros intercalados e no final, números com os mesmos algarismos em diferentes posições.

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1.5– Utilizar estratégias pessoais e técnicas convencionais para resolver situação-problema envolvendo, adição, subtração, multiplicação e divisão.

-Adição e Subtração, Multiplicação e Divisão com números naturais; -Composição e decomposição de números por parcelas, fatores, ordens e classes; -Compreensão das quatro operações e seus significados; -Propriedades das operações; -Cálculos aproximados; -Resolução de situações-problema envolvendo as quatro operações; -Expressões numéricas simples com os números naturais envolvendo as quatro operações.

-Na parte de operações, alguns descritores se referem à elaboração de questões que envolvem situações-problema e outras que checam conhecimentos de nível técnico, com enunciados curtos do tipo calcule ou efetue. Construir o significado de uma operação implica conhecer as diferentes situações em que essa operação se aplica e outras tantas em que ela não se aplica; isto é, estabelecer os contextos de uso de cada operação, conhecendo suas ideias e propriedades. Nesta fase (4º e 5º anos), são exploradas as ideias da multiplicação (adição de parcelas iguais, combinatórias) e da divisão (repartir, medir), embora o trabalho com a adição e subtração continue sendo frequente. -Podem ser apresentados aos alunos diferentes formas de resolver uma multiplicação, o algoritmo convencional permite que o aluno faça comparações com os outros procedimentos apresentados. É importante estimular o aluno a perceber outras formas de cálculo diferentes do convencional, caso contrário, estará sendo negada a riqueza de ideias presente no processo de descoberta de um caminho próprio de resolução.

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1.6- Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, idéia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória.

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1.7– Reconhecer números naturais e racionais em diversas situações sociais.

- Números naturais e racionais no cotidiano.

- É importante que o aluno perceba os usos sociais dos números em seu cotidiano, ampliando o seu significado, explorando situações-problema com contagens, medidas, códigos e como indicador de ordem, tendo em vista, as diferentes funções que eles assumem. -Para explorar as ordens de um número, pode-se utilizar recursos como o material dourado, o ábaco ou modelos de cédulas e moedas, sempre procurando utilizar situações variadas do dia-a-dia, para que os alunos não se apoiem exclusivamente nesses recursos.

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1.8- Escrever, comparar e ordenar números naturais de qualquer grandeza.

-Leitura, escrita, comparação e ordenação de números até a ordem da dezena de milhar, por meio do Sistema de Numeração Decimal. -Utilização do número em contagens, como código, indicador de ordem e para expressar uma medida.

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1.9 - Representar números racionais nas formas fracionárias, decimal e de porcentagem.

- Conceito de fração; -Frações equivalentes, -Simplificação de frações; -Comparação de frações;

-A busca por representações para indicar números não naturais sempre ocorreu na história da humanidade, devido ao fato de haver problemas que não podiam ser resolvidos utilizando-se os números naturais, sendo as representações decimais e fracionárias dos números racionais a versão mais atualizada dessa

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1.10 – Resolver problemas, utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.

-Adição, Subtração com frações; -Situações-problema envolvendo fração. -Localização de números racionais na reta numérica. *Sistema de numeração decimal: -Inteiros, décimos, centésimos e milésimos; -Significado, representação, leitura, escrita, comparação. -Operações (adição, subtração, multiplicação e divisão); -Situações-problema envolvendo números decimais. -Ordens e classes; -Arredondamentos; -A classe dos milhares, milhões e bilhões. -*Sistema Monetário Brasileiro -Reconhecimento de cédulas e moedas; -Compra, venda, orçamento, lucro e prejuízo;

*Situações-problema simples envolvendo ideia de porcentagem e probabilidade. -Situações-problema envolvendo o Sistema Monetário. *Utilização da calculadora para

busca. -É importante que o aluno perceba que existem várias maneiras de representar uma mesma quantidade: usando palavras, números naturais, números decimais, frações e outros. A ênfase será dada ao estabelecimento de relações entre a escrita fracionária e a decimal. Além disso, é relevante relativizar a noção de inteiro, proporcionando ao aluno a possibilidade de realizar diferentes partições, utilizando tanto o todo contínuo quanto o todo discreto, ou seja, é preciso trabalhar de maneira que o aluno perceba que uma unidade nem sempre é um objeto ou uma figura e que, portanto, qualquer conjunto de elementos discretos pode ser considerado uma unidade. -O trabalho com números racionais na escola envolve a exploração de uma grande variedade de problemas que os números naturais não são suficientes para resolver. O trabalho com os números racionais (nas formas fracionárias, percentual e decimal) explora seus significados em diversos contextos e as articulações com os conteúdos do bloco Grandezas e Medidas. Assim, os problemas propostos aos alunos podem envolver a utilização de representações decimais e racionais, além de suas respectivas localizações na reta numérica e resolução de problemas que envolvam o uso da porcentagem no contexto diário tais como 10%, 20%, 50%, 25%, etc. -A calculadora não substitui o raciocínio dos estudantes. Com o uso bem orientado, ela se torna uma ótima aliada e um recurso valioso para trabalhar com as características de nosso sistema de numeração. A calculadora também serve como um instrumento auxiliar para os momentos em que a classe precisa trabalhar com problemas mais complexos, que exigem a realização de várias operações e envolvem muitos dados ou números grandes. Ao facilitar o trabalho, ela deixa o foco no principal, que é a reflexão sobre estratégias e caminhos para solucionar os problemas propostos. -Já o trabalho com medidas de valor no Ensino Fundamental se desenvolve sob um duplo enfoque. O primeiro, matemático, visa desenvolver habilidades de lidar com dinheiro, dar e receber troco, realizar operações matemáticas com reais e centavos, ler e escrever quantias, efetuar cálculos sem uso de lápis e papel, interpretar tabelas de preço, preencher cheques e recibos. O segundo enfoque, social, está relacionado à formação de atitudes. As atividades envolvendo dinheiro, além de sua conotação prática, oportunizam a abordagem de problemas sociais (emprego, moradia, custo de vida, benefícios, etc); dependendo da idade e do interesse dos alunos, a discussão desses problemas

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1.11 – Comparar e ordenar números racionais na forma decimal.

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1.12 – Localizar na reta numérica a posição de números racionais.

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1.13 – Analisar e resolver situações-problema com o uso de números racionais.

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1.14 – Estabelecer relações entre as diferentes representações de um número racional.

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1.15– Reconhecer quando se dá o uso de porcentagem no cotidiano.

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produzir e comparar escritas numéricas. *Porcentagem -Significado, leitura. -Relações entre porcentagens e frações. Capital, juro e montante.

podem levar inclusive à mudança de postura ou à formação de atitudes mais compatíveis com a cidadania responsável. -De modo geral, por meio de vivências pessoais e da escolaridade nos primeiros ciclos, o aluno já traz um conhecimento sobre a relação entre produção e comercialização, entre trabalho e remuneração, sobre o sistema de compra-venda e trocas monetárias, conseguindo recompor determinadas cadeias produtivas e visualizando a relação entre estas fazendo aproximações ao conceito de sistema produtivo. Portanto, a abordagem didática deve considerar os conhecimentos, procedimentos e valores dos educadores e alunos, de forma a favorecer a capacidade de pensar compreensivamente sobre eles, criando espaços de trabalho pedagógico na sala de aula, na escola, interagindo com organizações preocupadas com a temática existente na localidade, fomentando a troca de pontos de vista sobre experiências que devem ser problematizadas explicitamente.

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2.1 - Descrever, interpretar, identificar e representar a movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construir itinerários.

-Orientação Espacial Localização, descrição, interpretação, representação e movimentação de corpos no espaço sob diferentes pontos de vista, além da construção de itinerários.

-É importante que o aluno desenvolva a habilidade de perceber elementos usando termos do cotidiano – como em cima , embaixo, na frente, atrás e entre, em cenas simples, tomando como referência a própria posição – e de identificar posição ou movimentação de elementos em malha quadriculada percebendo a necessidade de duas informações para observar a posição de um objeto na malha. Pode-se também fazer o uso de malhas para ampliação e redução de figuras. A realização de tarefas tais como – desenhar a planta da sala de aula, medir a altura de uma árvore, traçar um mapa de um percurso, fazer composições decorativas à base de figuras semelhantes, etc., serão boas oportunidades para trabalhos de grupo. Enfim, a construção do espaço pela criança envolve inicialmente o conhecimento, o domínio e a organização de seu esquema corporal. Os gestos e movimentos com o próprio corpo auxiliam no desenvolvimento da percepção, orientação, movimentação e representação do espaço.

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2.2 – Representar a posição de uma pessoa ou objeto utilizando malhas quadriculadas.

-Utilização de malha quadriculada para representar, no plano da posição , uma pessoa ou objeto. -Ampliação e redução em malha quadriculada. -Ampliação e redução de figuras em malha triangular.

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2.3 – Identificar pontos de referência para situar e deslocar pessoas/ objetos no espaço.

-Descrição, interpretação e representação do movimento.

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2.4 – Representar o espaço por meio de maquetes, croquis e outras representações gráficas.

-Construção e interpretação de maquetes, croquis e outras representações gráficas.

-As habilidades que podem ser avaliadas referem-se ao reconhecimento, pelo aluno, da localização e movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço, sob diferentes pontos de vista. -Cabe lembrar que o espaço em que vivemos pode ser representado em três dimensões (tridimensional), e as questões da avaliação são propostas no espaço de duas dimensões (bidimensional) como, por exemplo, ao serem representadas formas tridimensionais por meio de desenhos em folha de papel, é recomendável que a criança realize percursos, depois desenhe, e compare seus desenhos (espaço bidimensional) com os caminhos percorridos.

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2.5 – Identificar e conceituar paralelismo e perpendicularismo entre retas.

*Retas paralelas e perpendiculares.

-Segmento de reta, reta e semi-reta;

-Relações de paralelismo e perpendicularismo.

*Ângulo: reto, obtuso, agudo.

-A familiarização com figuras e características geométricas tem como objetivo despertar a atenção do aluno para identificação de figuras geométricas por meio do desenvolvimento de habilidades de percepção, construção, representação e concepção. -Por meio da observação o aluno desenvolve a habilidade de percepção de figuras geométricas e suas propriedades. Já a confecção de figuras a partir de moldes, por exemplo, os alunos desenvolvem a habilidade de construção. Portanto, as atividades permitem ao aluno a criação de uma imagem mental sobre o objeto ou o desenho e assim desenvolve a habilidade de representação. E por fim, o momento e a possibilidade de criar e conceber idéias sobre formas e modelos indica o desenvolvimento da concepção. -Portanto, por meio de situações-problema contextualizadas, o aluno poderá identificar características próprias das figuras geométricas quadriláteras, de acordo com a posição dos lados: lados paralelos, perpendiculares e concorrentes e também podem ser realizadas ampliações, reduções e deformações em figuras desenhadas sobre malhas quadriculadas, onde a utilização das artes plásticas para estudar as formas geométricas, os mosaicos, as simetrias (reflexão, rotação, translação), o Tangram etc., favorecem o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da intuição, da percepção geométrica e do pensamento espacial. -O trabalho inicial com figuras geométricas deve ser iniciado de forma lúdica, utilizando materiais concretos e depois com o pictórico para que o aluno construa suas idéias em torno da geometria. -Quanto a ampliação e a redução de figuras geométricas seria conveniente que o aluno observasse e descobrisse exemplos diversos de figuras semelhantes, procurando o que têm em comum. Uma atividade significativa é a ampliação e a

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2.6 – Identificar triângulos e quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango) observando as posições relativas entre seus lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares).

*Figuras bidimensionais: -Formas geométricas planas e seu contorno.

*Polígonos;

-Classificação dos polígonos em quadriláteros, triângulos e círculos; -Ângulos em polígonos; -Ponto, Linhas simples, abertas e fechadas; -Perímetro e área;

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* Figuras tridimensionais: *Poliedros -Classificação; -Elementos de um poliedro; -Propriedades comuns e diferenças; -Planificação (composição e decomposição) de figuras tridimensionais (cubos e paralelepípedos): construção de sólidos e embalagens. -Ampliação e redução de figuras geométricas. *Circunferência e Círculo *Mosaicos

*Tangram

*Simetria -Figura simétrica -Eixo de Simetria

redução de figuras usando papel quadriculado, ou a partir de um ponto dada uma constante. Ao ampliar ou reduzir figuras geométricas, o aluno verificará experimentalmente que os ângulos se mantêm e os comprimentos são proporcionais. Será então dada a definição de polígonos semelhantes a partir dos lados e dos ângulos.

2.7-Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais (cubo e bloco retangular) com suas planificações.

-Os poliedros são sólidos geométricos formados apenas por polígonos. A esfera, o cone e o cilindro não são poliedros, são corpos redondos, já o cubo, a pirâmide e os prismas, são poliedros . É importante que os alunos saibam identificar as suas especificidades, diferenciando os poliedros dos polígonos. -Para tanto, os alunos poderão encontrar diversos poliedros na forma de: latas, embalagens, etc . Podem também ,junto com o professor , providenciar objetos que lembrem prismas com bases diferenciadas, na forma de: hexágonos, pentágonos, triângulos etc., para que os alunos possam manuseá-los e diferenciá-los, além de poderem confeccioná-los. -Com relação ao uso do tangram o professor pode trabalhar:

• identificação, comparação, descrição, classificação, desenho de formas geométricas planas, visualização e representação de figuras planas, exploração de transformações geométricas através de decomposição e composição de figuras, compreensão das propriedades das figuras geométricas planas, representação e resolução de problemas usando modelos geométricos noções de áreas e frações.

-Esse trabalho permitirá o desenvolvimento de algumas habilidades importantes para a aquisição de conhecimentos em outras áreas, tais como:

• visualização / diferenciação, percepção espacial, análise / síntese, desenho, relação espacial, escrita e construção.

-Uma das primeiras características geométricas com que deparamos é a simetria que pode ser encontrada na natureza sob as mais diversas formas e em diferentes locais. *A simetria na Natureza é um fenômeno único e fascinante. Esta ideia surge naturalmente ao espírito humano, remetendo-o para um equilíbrio e proporção, padrão e regularidade, harmonia e beleza, ordem e perfeição. Estes são alguns dos vocábulos que resumem reações que temos inerentes às simetrias que existem na Natureza, nas formas vivas e inanimadas. *Já uma figura geométrica plana, diz-se simétrica se for possível dividi-la por uma reta, de forma que as duas partes obtidas possam sobrepor por dobragem.

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2.8-Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais (triângulo, quadrilátero e pentágono) pelo número de lados e pelos tipos de ângulos.

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As retas que levam a esse tipo de divisão chamam-se eixos de simetria da figura. Um perfeito exemplo de simetria encontrada na natureza é o caso da borboleta, a qual apresenta um único eixo de simetria.

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3.1 – Comparar grandezas de massa, comprimento, capacidade e tempo, tendo como referência unidades de medidas não convencionais ou convencionais.

-Unidades de medidas (comprimento, massa, capacidade, superfície, temperatura, tempo). -Duração, seqüência temporal e periodicidade -Velocidade, distância e simultaneidade .

-O aluno pode usar medidas não-convencionais, como por exemplo, usar um lápis como unidade de comprimento, ou um azulejo, como unidade de área, e para lidar com medidas adotadas como convencionais como metro, quilo, litro, etc. Porém não se deve descartar a contextualização por meio de situações-problema, que requeiram do aluno identificar grandezas mensuráveis que ocorrem no seu dia-a-dia, convencionais ou não, relacionadas a comprimento, massa, capacidade, superfície, etc. Para isso, a utilização dos instrumentos de medidas presentes no cotidiano: régua, trena, fita métrica, metro, balança, recipientes graduados (para comparar quantidade de líquido), termômetro, velocímetro, relógios e cronômetros são extremamente importantes.

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3.2 – Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/ g/ mg, l/ml.

-Medidas de massa e capacidade. -Situações-problema envolvendo as medidas de tempo, superfície, massa e capacidade. -Situações-problema significativas que requeiram conversão (transformação): km/m; m/dm; m/cm; cm/mm; m/mm; m²/dm²; dm²/cm²; kg; g/mg; l/kg; etc.

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3.3 – Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo, isto é, hora/ minuto, minuto, minuto/ segundo, dia/ mês, dia/ semana, outros e compreender as transformações do tempo cronológico em situações do cotidiano.

-Situações envolvendo unidades de tempo: hora, minuto, dia, semana, mês, ano; -Utilização de instrumentos de medida de tempo: relógios, agendas e calendário.

-Nestas capacidades avalia-se a habilidade de o aluno compreender, relacionar e utilizar as medidas de tempo realizando conversões simples, como por exemplo, horas em minutos e minutos para segundos, podendo também ser contextualizadas, através de situações-problema que requeiram do aluno utilizar medidas de tempo constantes nos calendários como milênio, século, década, ano, mês, quinzena, semana, dia, hora, minuto e segundo.

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3.4 – Reconhecer e interpretar datas e horas em relógio analógico e digital.

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3.5 - Estabelecer relações entre o horário de início e término e /ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento.

- O uso de “folhinhas”, calendários, agendas, cartazes de aniversariantes do mês, ilustrações relacionando estações do ano, atividades cotidianas realizadas sempre em determinado horário, observação da rotina da escola ou da casa, tudo isso enriquece e amplia os conceitos relacionados ao tempo. - À medida que a criança vai progredindo na elaboração dos conceitos de tempo, o vocabulário específico cresce e termos variados se incorporam naturalmente à linguagem do aluno: bimestre, trimestre, semestre; anual, mensal, semestral; quinquênio, década, século, milênio. - A organização de linhas de tempo constitui excelente oportunidade para análise de sequência dos fatos históricos e das relações de causa e efeito.

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3.6 – Resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro ou estimativa de áreas de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

- Medida de comprimento e superfície: cálculo de perímetro e da área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas; - Comparação de perímetros a áreas de duas figuras.

- Medir é eleger uma unidade (tanto as convencionais como também não convencionais tais como: pés, palmos etc.) e determinar quantas vezes ela cabe no objeto a ser medido. A escola deve ajudar a turma a refletir sobre os diferentes resultados obtidos e a necessidade de padronização.

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4.1 – Coletar, organizar e registrar dados e informações.

-Pesquisa de campo (observações, questionários, levantamentos, medições). - Interpretação de dados. -Seleção e organização dos dados em tabelas simples.

-O tratamento da informação é introduzido nas séries iniciais do Ensino Fundamental, por meio de atividades diretamente ligadas à vida criança. A organização de uma lista ou uma tabela, bem como as informações sobre o assunto, estimulam os alunos a observar e estabelecer comparações sobre a situação ou o fenômeno em questão e favorecem uma melhor compreensão dos fatos mostrados. Como consequência, propiciam o desenvolvimento de sua capacidade de estimativa, de emissão de opiniões e de tomada de decisão. -Avalia-se a habilidade do aluno ler, analisar e interpretar informações e dados apresentados em tabelas, listas e gráficos. Essa habilidade é avaliada por meio de situações-problema contextualizadas, em que é requerido do aluno que ele identifique características e informações indicadas pelos instrumentos apresentados aos alunos. Para isso, é necessário criar situações nas quais a criança seja instigada a pensar sobre formas de coletar, organizar e analisar dados e, para tanto, torna-se fundamental explorar temas que estejam presentes

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4.2 – Ler informações e dados apresentados por meio de listas, tabelas, mapas e gráficos, e em situações-problema.

-Leitura e interpretação de informações presentes nos meios de comunicação e no mundo, registrados por meio de tabelas e gráficos.

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4.3 – Elaborar tabelas e gráficos a partir de situações-problema e por meio de apresentação de dados.

-Interpretação e sistematização dados.

-Elaboração de tabelas e gráficos.

no cotidiano do aluno, tais como brincadeiras preferidas, animais de estimação, características físicas, reciclagem de lixo e outros.

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4.4 – Transformar listas e tabelas em gráficos e vice-versa.

-Interpretação e sistematização os dados de listas, tabelas e gráficos.

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4.5 – Reconhecer possíveis formas de combinar elementos de uma coleção e de contabilizá-las, usando estratégias pessoais (forma de fazer de cada aluno, a partir dos conhecimentos prévios).

-Noções de combinação associada à multiplicação e tabela.

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*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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HISTÓRIA

“Na dialética entre natureza e o mundo socialmente construído, o organismo humano se transforma. Nesta mesma dialética o homem produz a realidade e com isso se produz a si mesmo. (BERGER E LUCKMANN, 1974, p.241).

A escola está inserida num cenário em constantes movimentos

que geram a modernidade. Desta forma presenciamos muitas lutas

internas e externas aos muros das escolas.

No Brasil, a História tem estado presente no currículo a partir

da Constituição do Império em 1822. Naquele momento a escola

destinava a ensinar uma política de forma superficial, uma história civil

articulada à história sagrada. Neste período a disciplina de História era

optativa.

Somente em 1837 acontece a História como disciplina

autônoma, e somente em 1855 é que se introduziu a História do Brasil

nas escolas. De lá para cá mudanças aconteceram e em 1930, passou-se

a ensinar a História Geral, onde introduziu-se os Estudos Sociais.

Somente nos anos 80 é que o estudo da História volta desvinculado dos

Estudos Sociais, e nos últimos anos, um dos nossos grandes desafios, é

não apenas transmitir conhecimentos, mas sim, inserir em nossos

educandos, segundo Gadotti (1992, p.82), a máxima de que “somos

agentes de nossa história”.

Ainda conforme Gadotti,

A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. (GADOTTI, 1992).

É o momento de deixarmos de ver nossos alunos como um

recipiente a ser preenchido e sim como sujeitos críticos, participantes e

produtores de história. O trabalho com a História deve resgatar através

de atividades diversificadas a história pessoal e do grupo de convívio

com os alunos, buscando assim construir a identidade do grupo e a

compreensão das relações sociais que o cercam.

Desta forma devemos trabalhar abordando as diferenças,

reconhecendo-as, e entendendo que para conhecer a si mesmo, é

preciso conhecer o outro. E neste movimento a aula deverá contar com

diversas expressões de linguagens, onde o aluno possa desenvolver de

forma criativa a sua autonomia através de debates, oficinas, trabalhos

em equipes, entre outras estratégias.

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É imprescindível estar atento às tradições, as

lembranças, aos sinais que vão aos poucos contribuindo para a

construção cultural de um povo. Assim, é importante ressaltar um

trabalho centrado numa prática social, e na realidade de cada local,

enfatizando o contexto histórico. Faz-se importante, não perder de

vista a pluralidade social de cada um, pois é a mesma que irá contribuir

com o exercício da cidadania.

Sendo assim a versão preliminar da Proposta Curricular para o

ensino de História abordará os seguintes eixos:

• Autoconhecimento

• Moradia

• Rua e bairro

• Escola

• Temporalidade histórica

• O município e a cidade onde moro.

• O estado de Minas Gerais

• Ocupação do território brasileiro

• O Brasil colonial

• A Indepêndência do Brasil

• O Império e a Proclamação da República.

Orienta-se o trabalho com estes eixos, segundo a perspectiva

dos PCNs, onde:

A escolha metodológica representa a possibilidade de orientar trabalhos com a realidade presente, relacionando-a e comparando-a com momentos significativos do passado. Didaticamente, as relações e as comparações entre o presente e o passado permitem uma compreensão da realidade numa dimensão histórica, que extrapola as explicações sustentadas apenas no passado ou só no presente imediato. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 31).

Para o ensino de História, o educador deve buscar estratégias

que tornem a aula prazerosa, desafiadora e dinâmica através de:

A- “Pesquisa7 - ‘A pesquisa escolar é uma maneira

inteligente de estudar e aprender. Não é simplesmente, um trabalho que

você faz para entregar ao professor. A pesquisa é como um jogo no

qual formulamos perguntas e nós mesmos temos que dar as respostas. É

como se brincássemos de detetives sozinhos’. (RUTH ROCHA 1996).

B- Estudo do Meio - Proporciona o contato direto dos

alunos com a realidade.

7 Texto publicado na Matriz Curricular - Ciclo de Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros , 2008, P.48

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C- Filmes - Estimula os alunos a realizar observação,

reflexão e análise crítica.

D- Músicas - Exploram a criatividade dos alunos.

E- Construção de maquete - Desenvolve noções espaciais e

cartográficas.

F- Dramatização - Desenvolve a espontaneidade e a

criatividade.

G- Trabalho com textos e imagens - Visa enriquecer e

motivar a aprendizagem.

H- Trabalho coletivo - Possibilita o desenvolvimento da

capacidade de argumentação, cooperação, troca, escuta e respeito pela

opinião do outro.

I- Jogos e brincadeiras - Possibilitam que o aluno reflita e

sistematize conhecimentos.

J- Entrevistas - Forma valiosa e interessante de coletar

dados e informações”.

O professor deve ter consciência de que as produções dos alunos

não são semelhantes àquelas construídas pelos historiadores e nem

devem dar conta de explicar a totalidade das questões que,

possivelmente, poderiam decorrer de estudos mais elaborados.

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PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA - VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/ CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR

ANO 1° 2° 3°

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1.1 – Conceituar História. -O que é História? -Por que estudar História? -Diferenciar: presente, passado e futuro. -A importância do estudo da História.

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1.2 – Conhecer a própria história e a origem do nome e sobrenome.

- Quem sou eu? - Nomes e sobrenomes. - Eu e minhas relações sociais. - Eu e os outros. - Quem eu era e como eu sou. - Meus sentimentos. - Minhas preferências. - Regras de convivência (combinados) - Descobrindo a própria história. - Diferentes registros: orais e escritos -Os documentos que registram a história de cada um, tais como: registro de nascimento, Carteira de Identidade.

-Entender sua história, a escolha de seu nome e origem do seu sobrenome (relatórios orais, entrevistas com os pais e parentes, sobre seu nome e origem de seu sobrenome). O objetivo é fazer com que o aluno perceba que o nome de cada pessoa tem um significado, uma história, e que compõe a sua biografia. *Documentos Históricos: Certidão de Nascimento, Carteira de Vacinação, fotografia e outros. - No âmbito da sala de aula, seria interessante o relato de alguns depoimentos sobre o dia do próprio nascimento e saber quem contou sobre esse dia a eles, também seria relevante a troca dos registros entre os alunos e, levantamento com o grupo sobre os acontecimentos que ocorreram no Brasil e no mundo nos anos em que eles nasceram. A partir disso, poderiam ser confeccionados juntamente com os alunos, cartazes em um retângulo de cartolina, organizá-los em ordem cronológica e fazer uma linha do tempo. - Diferenciar fato pessoal (nascer no dia do aniversário da mãe), fato nacional (nascer no dia da morte de Airton Senna) e fato mundial (nascer no ano da Copa do Mundo). -Promover uma ida à Biblioteca para pesquisar poemas que tragam nomes de gente.

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1.3 – Conhecer documentos, registros que fazem parte da história de vida de cada um.

-Realizar um recital com os poemas coletados. -Conversar com a turma sobre o que ela sabe a respeito de documentos. -A certidão de nascimento deve ser explorada como um dos diversos documentos que registram a história de uma pessoa. O aluno deve perceber a importância desse documento e o direito que cada um tem a ele. Além disso, é importante que o aluno tenha acesso a outros tipos de documentos históricos, pois a carteira de vacinação também é um documento que traz informações sobre a história da criança. -A carteira de vacinação, além de ser um ótimo recurso para comentar os tipos e a importância das vacinas para a prevenção das doenças, é um documento que serve para demonstrar a passagem do tempo na vida da criança. -Conhecimento e confecção da carteira de identidade da criança. -Propor a confecção de um álbum de lembranças e a construção da linha de tempo de cada um.

I/T T T/C

1.4 - Conhecer as diferentes realidades sociais e étnico-culturais, reconhecendo a si mesmo como parte de um grupo.

-As diferentes realidades sociais. -Diversidade e miscigenação.

-Relacionar e respeitar a diversidade social e cultural, percebendo-se parte de um grupo com especificidades importantes para a construção de uma sociedade justa e democrática. -Explorar o conhecimento prévio dos alunos sobre os hábitos e costumes do povo brasileiro, moradia, meios de transporte, vestuário, religião, brincadeiras, festas, etc. -Comentar a diversidade da nossa cultura influenciada pelos índios, negros e demais povos.

I T T

1.5- Conceituar família.

*Eu minha família e minha história. -Conceito de família. • Diferentes tipos de família em várias épocas. • Relatos orais. *O meu grupo familiar: • A família de cada um.

-O trabalho com a noção de família possibilita às crianças um aprofundamento do seu autoconhecimento e a identificação de sua realidade social mais próxima: as pessoas que com elas convivem em casa e as que cuidam delas. É importante que reconheçam que cada um faz parte de um tipo de família, pois existem diversas formas de composição familiar - Fazer a observação de fotos das famílias verificando diferenças e semelhanças. -Propor o desenho da família identificando a função de cada membro. - Entrevistar os familiares mais idosos para conhecer a história da família. - Fazer a exposição de fotos e objetos antigos que retratam a história da família. - Construir a linha do tempo da própria família.

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• Meus parentes. • A vida em grupo.

*Memórias da família

• A minha história e a História da minha família.

• Retratos e objetos do passado.

-Pequena “linha do tempo”. -Grupos familiares em diferentes espaços: hábitos, costumes, modos de falar. - Descrição e caracterização; diversas formas de composição do grupo família. -Os grupos familiares e suas diferentes organizações: divisão de trabalho; rotina familiar.

1.6- Valorizar e reconhecer a importância da família na formação e desenvolvimento pessoal dos indivíduos.

- As crianças devem perceber que as famílias também se modificam através do tempo (na forma de se vestir, na composição família e na forma de se relacionar) e que as imagens, (fotografias) contam histórias. Para isso, pode-se trabalhar com diversos materiais que envolvam o tema em questão, em que poderá se utilizar fotografias, objetos antigos de família, brincadeiras de família, lendas, histórias dos pais quando eram crianças e outros. O aluno deve perceber que cada objeto pode contar um pouco da história da família. E que a vida da família através do tempo e das gerações apresenta permanências e mudanças - Através de fotos, gravuras verificar as diferentes organizações familiares, divisão do trabalho nas famílias antigas e atuais, nas tribos indígenas e reflexão do papel da mulher ao longo do tempo; o dever de cada um na rotina familiar atual.

I T C

1.7- Identificar os membros que compõe uma família. – Perceber a diversidade da composição familiar.

I/T T/C T/C

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1.8- Identificar e relacionar o modo de vida de cada um ao de outros grupos sociais, em suas manifestações culturais e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças.

-As famílias brasileiras: de onde vieram nossos costumes. -Origem e características dos diversos grupos sociais.

-Relacionar as diferenças e as semelhanças existentes entre os grupos sociais e suas manifestações através de brincadeiras, jogos, festas, costumes, crenças, etc.

I T/C C/R

1.9- Compreender que as características pessoais e comportamentais são reflexos do grupo a que pertence o indivíduo.

-Mudanças e permanências (gostos, características físicas).

-Reconhecer e respeitar o modo de ser e viver de cada um: costumes, sotaques, música, comida.

I T C

1.10- Compreender e identificar as atividades do dia-a-dia de sua família.

-O dia-a-dia da família -Identificar as atividades de cada membro da família, reconhecendo a importância da cooperação entre eles, distinguindo as atividades de trabalho, descanso e lazer.

I/T T/C T/C

2 –

Mor

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2.1- Reconhecer as casas, suas histórias e diferenciar os tipos de casas construídas ontem e hoje.

-As casas e sua história -Casas de ontem, casas de hoje

-Identificar construções antigas e modernas e verificar as mudanças que ocorrem nos locais ao longo do tempo, utilizando gravuras e fotos; bem como realizar excursões nos locais históricos da cidade. - Analisar os diferentes materiais utilizados.

I/ T T/C C/R

2.2- Compreender as várias formas de moradia das pessoas. (própria, aluguel, favelas/ aglomerado, cortiços, apartamentos, cedido (a), financiada etc.)

-Diferentes tipos de casas. -De quem são as casas.

-Identificar os diversos tipos de casas percebendo que elas também tem seus registros históricos, podendo ser própria ou não. - Analisar a planta de uma casa e propor que cada um faça a planta de sua casa.

I/ T T/C C/R

3 –

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3.1- Conhecer a história da rua e do bairro onde mora, identificando os pontos de referência existentes.

-A rua onde moro. -A origem do nome das ruas. -A rua e o bairro: espaços de convivência. -As ruas de ontem e ruas de hoje.

– Conhecer a história da rua/ bairro e identificar o seu próprio endereço apontando os pontos de referência nele existentes.

I/ T C R

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3.2- Reconhecer os modos de viver dos grupos sociais presentes no bairro.

-O bairro e a comunidade (urbana ou rural) -As transformações do bairro.

-Compreender o conceito de comunidade, as diferentes comunidades existentes e o que determina uma boa qualidade de vida para os diferentes grupos (comércio, igreja, lazer, segurança etc.)

I T C

3.3- Valorizar o trabalho dentro do contexto sócio-cultural da comunidade local.

-O conceito de trabalho. -Tipos de trabalhadores existentes na comunidade. -Os trabalhadores da comunidade no passado.

-Conhecer o tipo de trabalho predominante na comunidade local, verificando se houve mudança ao longo do tempo.

I T C

3.4- Reconhecer a importância e o valor das diversas profissões.

-As profissões e suas especificidades. -O papel das profissões na sociedade.

Valorizar cada profissão, reconhecendo sua importância na comunidade. I T C

3.5- Conhecer a história da sua cidade e suas principais características.

- A cidade tem sua história - A origem da cidade - A história do nome da cidade - Cidade: patrimônio do povo - (público ou privado) - Comunidade urbana e rural - Cidade: direitos e deveres dos cidadãos

- Conhecer e valorizar e conservar sua cidade e sua história, seu nome, suas produções culturais e suas principais características, se sentindo sujeito participante deste universo, portador de direitos e deveres.

I I/T T

4 -

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4.1 – Conhecer a história da escola, sua importância e função social.

-A história de sua escola

-Conhecer a história da escola e entender sua importância, funcionamento e organização dá oportunidade ao aluno de ampliar o seu processo de identificação enquanto parte de um grupo externo ao seu. O professor pode propiciar ao aluno atividades com visitas às dependências da escola, entrevistas com funcionários, pesquisas sobre história da escola, galeria de fotos antigas e novas e outras para fortalecer o sentimento de pertencer ao grupo.

I/ T I/T/C C/R

4.2 – Conhecer e entender as relações de convivência na escola.

-As normas de convivência na escola. - Os direitos e deveres da escola e do estudante (ECA).

-Inserir o aluno nesse novo grupo supõe possibilitar-lhe conhecer e discutir as normas de convivência social na escola, destacando a importância do respeito nas relações professor/ aluno, aluno/ funcionários, funcionário/ funcionário, professor/ professor.

I/T T/C T/C/R

4.3 – Conhecer e valorizar o patrimônio escolar.

-Conceito de patrimônio -Valorização do patrimônio escolar.

- É importante que o aluno compreenda o que é patrimônio, tendo em vista a sua conservação e valorização social e cultural.

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5 -T

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a

5.1 – reconhecer e utilizar de maneira consciente a tecnologia presente no nosso cotidiano.

- Meios de transporte Trânsito - Meios de Comunicação Televisão Rádio Internet Telefone - Tecnologia e lazer (Video-game,Câmeras fotográficas, Brinquedos eletrônicos,Robôs

- Levar a criança a reconhecer a presença da tecnologia no nosso cotidiano em casa na escola, no lazer, entendendo que ela também traz mudanças culturais e comportamentais. - Como utilizar a tecnologia a nosso favor.

I/T I/T/C T/C

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA - VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/ CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM

POR ANO 4º 5º

1-T

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a

1.1 – Diferenciar os períodos de tempo relativos a dia, semana, mês, ano.

-Noções de cronologia. - Ordenação cronológica

-Noções básicas de marcação do tempo -Instrumentos de medida de tempo. -Agenda -Calendário

-O estudo da História envolve três conceitos fundamentais: fato histórico, sujeito histórico e tempo histórico. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) “(...) os fatos históricos podem ser entendidos como ações humanas significativas, escolhidas por professores e alunos, para análises de determinados momentos históricos. Podem ser eventos que pertencem ao passado mais próximo ou mais distante, de caráter material ou mental, que destaquem mudanças ou permanências ocorridas na vida coletiva. Assim, por exemplo, dependendo das escolhas didáticas, podem se constituir em fatos históricos as ações realizadas pelos homens e pelas coletividades que envolvem diferentes níveis de vida em sociedade: criações artísticas, ritos religiosos, técnicas de produção, formas de desenho, atos de governantes, comportamentos de crianças ou mulheres, independências políticas de povos. (...) -O trabalho com a noção de tempo histórico possibilita a ampliação da compreensão formal dos alunos com relação à cronologia e ordenação de sequências temporais, onde a linha do tempo pode ser utilizada como recurso na apresentação da ordenação cronológica de acontecimentos. Assim, as unidades de tempo também podem ser ampliadas para que seja possível trabalhar com narrativas de duração mais longa, como a história de uma pessoa ou de um lugar. -O tempo nessa complexidade utiliza o tempo institucionalizado (tempo cronológico), mas também o transforma a sua maneira. Isto é, utiliza o calendário, que possibilita especificar o lugar dos momentos históricos na sucessão do tempo, mas também procura trabalhar com a sucessão do tempo. -É importante que os alunos percebam a ordem cronológica dos fatos, tendo em vista a duração dos mesmos. Aqui é possível citar os estudos que apontam o primeiro “medidor de tempo” como sendo um simples bastão, conscientemente atolado ao solo para que se acompanhasse o passar do tempo seguindo o deslocamento da sombra produzida (acredita-se que isso aconteceu aproximadamente 3000 anos a.C. e, a partir dessa técnica, conseguiu-se dividir o dia em manhã e tarde).

I/T/C R/T/C

1.2 – Apropriar-se de alguns instrumentos de marcação e datação do tempo e iniciar a sistematização de conceitos, tais como: passado/ presente/ futuro, sucessão/ simultaneidade, mudanças, permanências, diferenças/ semelhanças.

I/T/C R/T/C

1.3 – Compor um calendário anual.

I/T/C R/T/C

1.4 – Diferenciar o relógio analógico e ampulheta como instrumentos de contagem de tempo utilizados pelos egípcios da antiguidade.

I/T/C R/T/C

1.5 – Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência os

I/T/C R/T/C

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conceitos de anterioridade e simultaneidade.

-Além disso, pode-se estabelecer relações dos instrumentos de medida do tempo com cotidiano histórico-social em que está inserido, mostrando seu uso em diversos contextos e destacando as demandas que atendem. -A ampulheta teve diversos usos: foi freqüentemente utilizada em igrejas para controlar o tempo das missas; quando do desenvolvimento do telefone, fora usada para contar o tempo gasto nas chamadas (na parte norte de Portugal esta era uma prática corriqueira em casas de comércio); foi usado em tribunais para contar o tempo que cada advogado ou testemunha tinha para falar. Além disso, tinha relação com as crenças compartilhadas em determinados momentos históricos, chegando a ser símbolo do caráter transitório da vida. Em termos gerais, deve-se chegar à questão do deslocamento, uma vez que a ampulheta permitia seu uso em diversos espaços e era facilmente transportada de um lugar a outro. -Músicas, expressões orais, vestuários e Documentos oficiais, como procurações, certidões, despachos, leis etc., podem ser trabalhados em sala de aula, estimulando os alunos a perceberem os aspectos objetivos e subjetivos presentes no texto. Levar os alunos a perceberem a diferença entre análise de aspectos objetivos e subjetivos de documentos é uma forma de estimular a formação do senso crítico. -Assim como no caso de documentos escritos, o uso de imagens oferece inúmeras possibilidades em sala de aula. É importante lembrar que as imagens não são neutras, elas mostram o que o artista ou o fotógrafo quis mostrar .

1.6 – Associar as diferentes preferências (musicais, expressões orais, vestuários, costumes, hábitos etc.) entre pessoas de gerações distintas como sendo um aspecto que demonstra mudanças de comportamento em termos históricos.

I/ T I/T/C

1.7- Perceber as diferenças entre o tempo do indivíduo, o tempo das instituições sociais (família, escola, igreja, fábrica, comunidade) e o tempo histórico mais amplo (séculos,épocas).

-O tempo histórico pode ser (...) considerado em toda a sua complexidade, cuja dimensão o aluno apreende paulatinamente. O tempo pode ser apreendido a partir de vivências pessoais, pela intuição, como no caso do tempo biológico (crescimento, envelhecimento) e do tempo psicológico interno dos indivíduos (idéia de sucessão, de mudança). E precisa ser entendido como um objeto de cultura, um objeto social construído pelos povos, como no caso do tempo cronológico e astronômico (sucessão de dias e noites, de meses e séculos).

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1.8 – Compreender que os diferentes padrões de moradia são exemplos de transformação histórica das sociedades.

I/ T I/ T/C

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2 –

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2.1- Localizar o município e a cidade onde mora.

-O município e a cidade onde moro. A localização da cidade nos mapas de Minas Gerais e do Brasil. -Leitura de mapas. -História do município e da cidade. -Conceito de cidade. -Atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do município e da cidade. -A organização político-administrativa dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário municipal. -Serviços: atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas – saúde, educação, lazer, habitação, segurança, transporte, telecomunicações, tratamento de água e esgoto, energia elétrica, outras. -Problemas do município e da cidade e suas possíveis soluções. -Os impostos e suas funções.

-Neste eixo, o aluno já pode perceber que pertence a um espaço e tempo específicos e já compreende a importância de processos históricos na formação do meio social e atual e mais amplo em que vive. Além disso, o conhecimento histórico não se confunde com a realidade passada, pois é construído em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo. È um conhecimento que envolve escolha de abordagem, reflexão e organização de informações, problematizações, interpretação, análise, localização espacial e ordenação temporal de uma série de acontecimentos da vida coletiva, que ficaram registrados, de algum modo por meio de escritas, desenhos, memórias individuais e coletivas, fotografias, instrumentos de trabalho, fragmentos de utensílios cotidianos e estilos arquitetônicos, entre outras possibilidades. -Portanto, todas as fontes históricas serão importantes como fontes de informações a serem analisadas e comparadas, onde os alunos poderão perceber as semelhanças e diferenças ocorridas ao longo do tempo. -O ensino de História apresenta-se como um ponto de partida para a aprendizagem histórica, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador/educando/sociedade e o meio em que vivem e atuam. O local é o espaço primeiro de atuação do homem, por isso, o ensino da História precisa configurar também essa proposição de oportunizar a reflexão permanente acerca das ações dos que ali vivem como sujeitos históricos e cidadãos. -Assim sendo, o ensino de História pode configurar-se como um espaço de construção da reflexão crítica da realidade social, considerando-se que o local e o presente são referentes para o processo de construção de identidade.

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2.2- Perceber o município como lugar de vivência imediata e, simultaneamente, parte de uma realidade mais ampla: o Estado- (o município faz parte do território do Estado).

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2.3- Ler e comparar mapas do município, de Minas Gerais e do Brasil.

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2.4- Conhecer a história do município e história da cidade.

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2.5- Compreender o conceito de cidade.

I/ T /C __

2.6- Identificar as principais atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do município.

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2.7 – Compreender a organização, o papel e a atuação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário dos interesses do município.

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2.8 - Compreender que as atividades de prestação de serviços relacionadas à

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saúde, educação, transporte, segurança, saneamento básico entre outras são atividades essenciais para satisfação das necessidades humanas.

2.9- Identificar os principais problemas do município e da cidade onde mora, relacionados à educação, saúde, habitação, lazer, cultura, segurança, outros e possibilidade para minimização desses problemas.

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2.10- Reconhecer a importância do pagamento de impostos como garantia das atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas.

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3 –

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3.1- Compreender Minas Gerais como o lugar onde vive e convive a população mineira.

- A história de Minas Gerais. -Os mineiros e sua terra. -Localização do Estado de Minas no Brasil. -O Estado de Minas Gerais e os

-Neste eixo, é interessante o trabalho com conceitos fundamentais para entender o contexto da formação da sociedade mineira, tendo em vista os aspectos socioculturais que marcaram a sociedade mineira, sua história, sua gente, sua localização, seus municípios e sua divisão política.

-No que diz respeito ao estado de Minas Gerais é interessante desenvolver um trabalho atrelado aos mapas, onde os alunos poderão visualizar as especificidades e compreendê-lo como uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a quarta maior em extensão territorial, podendo também perceber sua localização e os estados vizinhos.

-Em pesquisas orientadas pelo professor os alunos também poderão verificar: a população do estado, seus meios de transporte, seus aspectos históricos e geográficos e outros que forem pertinentes. Também é muito importante sob o aspecto histórico: cidades erguidas

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3.2- Conhecer a história de Minas Gerais e suas conexões com história do Brasil.

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3.3- Identificar, a partir do mapa político do Brasil e dos pontos cardeais e colaterais, os estados

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vizinhos de Minas Gerais. Municípios mineiros. -A divisão política do Estado de Minas Gerais. -Os bandeirantes e descoberta de ouro e diamantes; -A ocupação do território mineiro; -A organização das estruturas produtivas de comercialização, de transporte e comunicação. -A Estrada Real; -O trabalho e a escravidão; -A produção e o comércio; -Os povoados e as vilas;

durante o ciclo do ouro no século XVIII, que consolidaram a colonização do interior do país e estão espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira. Por isso, é interessante a busca de informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens, etc.); e análise de documentos de diferentes naturezas (comparações entre o antigo e atual e suas transformações); além de:

• Troca de informações sobre objetos de estudo;

• Comparação de informações e perspectivas diferentes sobre o mesmo conteúdo, fato ou tema histórico;

• Formulação de hipóteses e questões a respeito dos temas estudados;

• Registro e exposição de diferentes formas: textos, livros, fotos, vídeos, exposições, mapas, etc.;

• Cálculo e uso de diferentes medidas do tempo; estudo, comparação e análise de calendários;

• Criação de atividades de pesquisa conversa com especialistas, visitas prévias em diferentes locais;

• Conhecimento e uso de diferentes medidas de tempo;

• Visitas a museus, bibliotecas, centros especializados.

-Observação: É fundamental destacar a importância do professor não realizar comparações que depreciem qualquer cultura, orientando seus alunos também nesse sentido.

3.4- Entender o Estado de Minas Gerais como parte de uma realidade mais complexa – o Brasil.

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3.5- Identificar no mapa do Brasil a localização de Minas Gerais e sua capital.

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3.6- Reconhecer a divisão política de Minas Gerais.

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3.7- Compreender que Minas Gerais é o único Estado da região sudeste que não é banhado pelo Oceano Atlântico.

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3.8- Identificar a formação inicial de Minas Gerais no contexto da vida social, econômica e político-administrativa, no século do ouro.

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3.9- Compreender que o desenvolvimento da vida urbana em Minas foi incentivado pela riqueza do ouro e dos diamantes.

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3.10- Identificar as primeiras vilas e povoados que se originaram na

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região de exploração do ouro.

-A religiosidade e a cultura do Barroco. -O patrimônio artístico e cultural mineiro. - Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e seus inúmeros trabalhos espalhados pelas cidades históricas de Minas Gerais. -Da Inconfidência à independência. -Fatos e personagens da Inconfidência Mineira e a relação com a Independência Brasileira. -Os impostos .Casas de fundição .Quinto do Ouro -Pecuária; -Mineração; -Produções de minas, agricultura, pecuária, indústria e mineração; -A Divisão Política de Minas Gerais.

- O professor poderá propor pesquisas que leve o aluno a identificar a diversidade de bens materiais e imateriais produzidos no âmbito de diferentes culturas, refletindo sobre as várias dimensões da memória social e das diversas experiências humanas no tempo.

- Neste item, é possível que o aluno identifique as características da arte barroca, conhecendo a história de vida e as obras de Aleijadinho, podendo conhecer e apreciar os elementos que as constitui, e também organizar um portfólio de imagens.

3.11- Reconhecer as crenças e valores do catolicismo como fonte de inspiração dos artistas de Minas Gerais, na época do ouro

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3.12- valorizar e Identificar o patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais (igrejas, capelas, casas, imagens, edificações, mobiliários, outros).

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3.13- Conhecer a vida e obra do grande desenhista, arquiteto, pintor e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

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3.14- Compreender os ideais da Conjuração Mineira.

-Para se dar início ao trabalho com a Inconfidência Mineira pode-se criar debates em sala de aula, em torno do tema, mas previamente a esses, pode-se pedir aos alunos que façam pesquisas, cartazes, maquetes e outros trabalhos que possam enriquecer os debates. É importante discutir com os alunos a criação das Intendências das Minas, em 1702; o pagamento do "quinto" e as variações na forma de sua arrecadação; a criação da Casa de Fundição em Vila Rica, em 1720, destacando a ação do governo português contra o contrabando do ouro, contrapondo as motivações da metrópole para austeridade fiscal e os motivos que levaram os colonos a se revoltarem. -Depois de feitas as pesquisas deve - se focar o objetivo da revolta e como os planos dos inconfidentes foram frustrados após alguns membros do grupo serem convocados à Junta da Real Fazenda. Destaque a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, militar de baixa patente, que mantinha boa relação com a elite local, identificado como líder. Depois pode ser feita uma exposição, em que os alunos se organizem em grupos e elaborem um relatório com as informações colhidas sobre Tiradentes, que podem ser

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3.15- Reconhecer Tiradentes como principal personagem da Inconfidência Mineira, por meio da análise histórica de fontes e documentos na historiografia atual.

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3.16- Compreender e conceituar imposto, casa de fundição e quinto de ouro.

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-A realidade social econômica de Minas Gerais: .Lavoura .Indústria .Comércio -O papel e atuação dos três Poderes na esfera estadual. -Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. -Bandeira do Estado de Minas Gerais e seu lema: Libertas Quae será Tamén. -Agricultura cafeeira -Política do Café - Os Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário -A diversidade regional mineira:

pesquisadas em livros, revistas e internet. -propor aos alunos que exponham as informações que encontraram sobre Tiradentes. Perguntar qual a imagem eles acham que melhor representa o Alferes Joaquim José da Silva Xavier: herói ou criminoso? Observar a reação e a opinião dos alunos e então trabalhar a construção do mito Tiradentes, comemorado até hoje em feriado nacional.

3.17- Reconhecer e respeitar a Bandeira do Estado de Minas Gerais.

-A Bandeira de Minas Gerais representa um marco na História de Minas, tendo em vista sua simbologia,seu significado político e seu lema : “luta permanente dos homens pela liberdade, mesmo que demorem a conquistá-lo.”

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3.18- Compreender o significado atribuído ao lema da Bandeira. de Minas Gerais,

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3.19- Destacar na formação e no desenvolvimento do Estado o papel da agricultura cafeeira e da mineração de ferro e das atividades industriais.

-Para se dar início ao trabalho com a Agricultura cafeeira, pode-se fazer um breve histórico sobre o café, no Brasil, que chegou em 1727, pelas mãos de Francisco de Melo Palheta, sargento-mor do exército. -Durante muito tempo, o café permaneceu como o maior produto da economia brasileira e ditou os rumos políticos do país. É interessante articular este período histórico á atualidade, pois hoje, o país possui torrefadoras que estão entre as maiores e mais modernas do mundo. -Para incrementar a aula, pode-se fazer um trabalho com receitas que envolvam café e receitas que o acompanham, tais como: pães, bolo, biscoitos e outros.

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3.20 Identificar as mudanças sociais e econômicas em Minas Gerais, depois do século do ouro.

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3.21- Reconhecer o papel e a atuação dos três poderes, em defesa dos interesses do estado mineiro.

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3.22- Identificar os municípios que compõem as regiões mineiras.

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3.23- Identificar as principais cidades

-No contexto da exploração mineral, pode-se indagar sobre as formas de dominação praticadas pelos bandeirantes na Colônia, bem como sua contribuição para a fixação dos

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mineiras e a sustentabilidade das mesmas.

-As regiões mineiras: o Sul, a Mata, o Rio Doce, o Centro-Oeste e o Triângulo Mineiro. -Belo Horizonte:- a Capital de Minas Gerais: História, População , Localização. -Aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais e naturais. -A sustentabilidade Econômica -O Patrimônio Natural, Histórico e Cultural -Turismo -As instâncias Hidrominerais -Os meios de Transporte e Comunicação. -As políticas públicas

núcleos de povoamento no interior. É importante salientar os reflexos da implantação da sociedade mineira. Tendo em vista, o seu desenvolvimento atual, podendo fazer comparações.

3.24- Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região mineira.

-Conhecer a cultura mineira, seus costumes, suas tradições folclóricas e outros. Para isso, pode-se trabalhar textos e poesias de personalidades e personagens mineiros tais como: Carlos Drumond de Andrade, Darcy Ribeiro, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Ziraldo, Fernando Sabino, Tancredo de Almeida Neves e Santos Dumont. -A História não deve ser vista como um conjunto de acontecimentos ou fatos produzidos por uma classe social isoladamente. Por isso tampouco pode ser entendida como resultado dos pequenos fatos que ocorrem no nosso cotidiano. Estes fazem parte de um conjunto maior que é nossa história de vida como em nossa casa, na nossa rua, em nosso bairro, na nossa cidade e também em nosso país.

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3.25- Conhecer e valorizar a língua, a cultura e as tradições de cada região mineira respeitando a diversidade étnica, social e cultural existentes nas regiões do Estado.

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3.26- Reconhecer a importância dos meios de comunicação para o desenvolvimento social do Estado.

-O professor pode construir junto com os alunos linhas de tempo que demonstrem a evolução dos meios de transporte e de comunicação. -Propor pesquisas, debates, entrevistas e outros sobre as políticas públicas criadas para minimizar os problemas sociais.

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3.27 Reconhecer a importância dos meios de transportes e comunicação para o desenvolvimento social do Estado.

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3.28 – Identificar problemas sociais e possibilidades de superação dos mesmos, por meio do desenvolvimento de políticas públicas de educação, saúde, segurança, habitação, etc.

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leiro

4.1 – Identificar as grandes navegações e as descobertas como marcos importantes na criação do mundo moderno.

-As grandes navegações: objetivos, rotas e técnicas de navegação. -A chegada dos portugueses ao Brasil. -O descobrimento do Brasil -Formação Histórico-Social do Brasil: povo indígena, povo africano e povo português. -Os primeiros habitantes do Brasil. -A diversidade de povos indígenas no Brasil. -Povos indígenas na atualidade: moradia, alimentação, relação com a natureza, o trabalho.

-Nesse contexto, é interessante para o aluno, a visualização de mapas para que possa ver as rotas e leitura de textos que relatem os objetivos das grandes navegações, isso serve para que a turma observe como os aspectos geográficos - locais e globais – são modificados de acordo com os eventos históricos. Além disso, o uso de mapas de diferentes períodos e a possibilidade de compará-los criticamente auxilia na compreensão de conceitos como mudança e permanência.

-É importante estudar o cenário em que um mapa foi feito e compará-lo com outros do mesmo período buscando perceber que o conceito de verdade único em História não existe. Assim, eles compreenderão melhor as temáticas abordadas nos textos estudados que falam sobre a expansão geográfica da região no período. Durante esse processo, é importante discutir constantemente com o grupo o que se manteve e o que foi alterado, na paisagem urbana.

-Além disso, pode-se realizar juntamente com os alunos uma reflexão sobre as viagens portuguesas dos séculos XV e XVI que colocaram vários povos em contato com o europeu. Por isso, é importante refletir como se constrói a relação com o outro, com o diferente. Também pode ser trabalhada a relação da distância temporal, por meio de como a sociedade portuguesa organizou a exploração marítima em decorrência de sua necessidade de consumo de determinados produtos, no caso, as especiarias. Para incrementar a aula, o professor pode pedir aos alunos que levem para a sala de aula algumas especiarias, como canela, pimenta, páprica, cravo-da-índia, coentro, comentando sobre a origem de algumas delas mostrando para os alunos as origens no mapa-mundi, colocando para eles que apesar de fazerem parte da nossa culinária, não são provenientes da América.

__ I/T/C

4.2 – Compreender o contexto e as motivações das grandes navegações portuguesas.

__ I/T/C

4.3 – Descrever a chegada dos portugueses ao Brasil.

__ I/T/C

4.4 – Relacionar a chegada dos portugueses ao Brasil com o desenvolvimento das atividades comerciais do Brasil.

__ I/T/C

4.5 – Identificar quem eram, e como viviam os primeiros habitantes do Brasil.

__ I/T/C

4.6 – Perceber e valorizar a diversidade étnica e cultural do povo brasileiro.

__ I/T/C

4.7 – Compreender a contribuição de diferentes povos para a formação do povo brasileiro.

__ I/T/C

4.8 – Confrontar hábitos do cotidiano dos antepassados dos índios da atualidade.

__ I/T/C

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4.9 – Compreender as relações estabelecidas entre os grupos indígenas e os portugueses colonizadores das terras brasileiras.

-Escravização dos africanos no Brasil -Escravidão e sociedade escravocrata -Comércio de pessoas na África, viagem para o Brasil. -O trabalho dos escravos nos Engenhos, nas minas de ouro e de diamante, na lavoura. -Os africanos, afrodescendentes e o fim da escravidão no Brasil. -Os quilombos -Os movimentos abolicionistas, as leis contra a escravidão no Brasil. -Os imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, outros e suas

-Com relação à escravidão, pode-se realizar um trabalho bem diversificado, utilizando-se textos, poemas, leis, charges e outros. Com relação às charges, o professor pode levá-las para exercitar a leitura delas com os alunos, procurando fazer com que o aluno perceba a finalidade específica desse tipo de arte – que é fazer uso da crítica, da ironia ou da sátira – para mostrar os problemas políticos e sociais, pois esse tipo de comunicação apresenta aspectos da realidade vivida pelas pessoas.

__ I/T/C

4.10 – Ler interpretar mapas do Brasil que mostram a distribuição dos povos indígenas, na atualidade.

__ I/T

4.11 – Valorizar diferenças entre os grupos humanos, rejeitando qualquer tipo de discriminação.

__ I/T/C

4.12 – Comparar a situação do indígena e do negro na sociedade brasileira em diversas épocas da nossa história.

__ I/T/C

4.13 – Identificar os movimentos de resistência dos africanos e afrodescendentes (quilombos).

__ I/T/C

4.14 – Compreender as condições gerais de transporte e de trabalho dos escravos no Brasil.

__ I/T/C

4.15 – Descrever o fim da escravidão no Brasil.

__ I/T/C

4.16 – Identificar a entrada e as contribuições dos

__ I/ T/C

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imigrantes para o Brasil ao longo do tempo.

histórias. -O trabalho dos imigrantes nas fábricas, no café, nas indústrias, outros trabalhos. -Cortiços -Movimentos -As Entradas e Bandeiras

-Seria interessante para o professor trabalhar as expedições, tendo em vista: como elas aconteciam, quais eram os motivos principais que levavam a esses acontecimentos, seu funcionamento e organização, além da expansão do território brasileiro durante as mesmas.

-As Entradas e Bandeiras foram expedições organizadas para explorar o interior com o propósito de procurar riquezas minerais, tais como ouro, prata e pedras preciosas. Objetivavam também caçar e aprisionar índios para escravizá-los. Não era uma tarefa fácil organizá-las, e muito menos explorar o interior do território colonial. Havia a necessidade do preparo de muitas provisões, como alimentos, armas e instrumentos, que deviam ser transportados por animais e pelos próprios exploradores.

4.17- Identificar as semelhanças e diferenças de hábitos e costumes dos imigrantes e dos brasileiros.

__ I/ T

4.18- Reconhecer o movimento imigratório como a solução encontrada para os problemas de mão-de-obra decorrentes da abolição do tráfico negreiro.

__ I/T/C

4.19 Compreender o funcionamento de uma expedição bandeirante.

__ I/T/C

4.20 Compreender o processo de expansão do território brasileiro durante o período colonial.

__ I/T/C

5 –

O B

rasi

l Col

onia

l

5.1 – Compreender o contexto de transferência da família real para o Brasil.

-A chegada da família real portuguesa ao Brasil. -Brasil: de Colônia a Império.

-Inicialmente, deve-se situar os alunos nos acontecimentos europeus dos séculos XVIII e XIX mostrando -os aspectos da política expansionista de Napoleão Bonaparte, recorrendo ao mapa europeu e explicando os países que haviam sido invadidos pelo governante francês. -Em seguida, pode-se falar sobre a situação específica de Portugal que estava sob fogo cruzado. De um lado era pressionado por Napoleão a apoiá-lo na luta contra os ingleses e, de outro, tinha relações comerciais e políticas com a Inglaterra há muito tempo. Com isso, a exibição de um filme sobre o tema seria bem relevante para os alunos. -Ao final, pode-se solicitar que os alunos elaborem cartazes, maquetes, poemas, textos e outros relacionados ao tema trabalhado.

__ I/T/C

5.2 – Identificar no período colonial, os acontecimentos ocorridos entre os anos de 1500 até os anos de 1822 e os impactos causados nos aspectos político, social e econômico do Brasil.

__ I/T/C

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5.3 – Contextualizar a descoberta do ouro no território brasileiro, no período colonial.

-Cobrança de impostos durante o ciclo do ouro, contrabando, revoltas.

__ I/T/C

5.4 – Compreender o significado da abertura dos portos na economia do Brasil, no período colonial.

__ I/T/C

5.5 – Identificar os benefícios provocados pela abertura dos portos às nações amigas.

__ I/T/C

5.6 – Identificar o sistema de Capitanias Hereditárias como a primeira tentativa de povoamento do território brasileiro.

-Capitanias Hereditárias -Implantação do Governo Geral -Cidades de Salvador e Rio de Janeiro.

- O professor poderá explorar esse tema com seus alunos através de textos diversificados, análise de imagens e pinturas, e estabelecer comparações entre as capitais Salvador e Rio de Janeiro suas histórias e suas características no período colonial.

__ I/T/C

5.7 – Identificar as transformações que ocorreram nas capitais brasileiras (Salvador, Rio de Janeiro), as diferenças e semelhanças entre elas e suas histórias.

__ I/T/C

6 –

O B

rasi

l Im

pério

6.1 – Contextualizar o processo de Independência do Brasil.

-Independência -A manutenção da escravidão -Criação e dissolução da Assembléia Nacional Constituinte -A Constituição de 1824 -A Revolta de Pernambuco -Abdicação de Dom Pedro I -Os Reinados

- É interessante a contextualização do processo de Independência e para isso poderiam ser feitas pesquisas, encenações teatrais, exposição de fotografias do período colonial, além de aulas expositivas e outros que possam ampliar os conhecimentos dos alunos.

-O estudo do processo de Independência do Brasil, que tem um importante ponto de inflexão em 1822, é uma boa oportunidade para aguçar o olhar do estudante para uma importante questão: o tamanho do Brasil. Se observarmos o mapa da América Latina atual, veremos que o território brasileiro é consideravelmente maior do que os territórios nacionais dos países de língua castelhana, por exemplo.

__ I/T/C

6.2 – Compreender as formas de Governo do Brasil a partir de 7 de Setembro de 1822.

__

I/T/C

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6.3- Identificar e valorizar os movimentos de Independência do Brasil, como fator importante para a formação da identidade e da cidadania brasileira.

__ I/T/C

7 –

O B

rasi

l Rep

úblic

a

7.1 – Compreender o processo de transição da forma de Governo Imperial para a forma de Governo Republicano.

-O fim da Monarquia e a Proclamação da Republica -Conceito de República - Símbolos nacionais - Leis e cidadania - Regime político (voto, democracia e cidadania) - Os três poderes: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. -A República e as mudanças econômicas e sociais.

-É importante que o professor esclareça a diferença entre as formas de governo monárquica e republicana, podendo estabelecer uma comparação entre os dois modelos, para melhor compreensão do processo democrático brasileiro. -Neste eixo seria interessante a escolha de textos simples, com linguagem compatível com o vocabulário do aluno, e a inclusão de ilustrações e outros recursos visuais que incentivem o envolvimento dele com os conteúdos trabalhados, colaborando para desenvolver e enriquecer seu conhecimento. -Acreditamos que o trabalho de análise de imagens, tal como no caso da leitura de um texto, supõe indagar sobre o contexto de sua elaboração, sobre as intenções que orientaram o olhar do autor (pintor, fotógrafo, ilustrador,) e sobre o sentido das idéias comunicadas. -O contexto político atual veiculado pela mídia coloca as crianças desde cedo em contato com a vivência democrática. Elas têm acesso às campanhas dos candidatos e podem, junto com as suas famílias, participar das opiniões acerca dos debates que precedem as eleições. Nesse sentido, a temática república e sua instalação pode ser interessante e despertar a atenção dos alunos, pois se relaciona com seu cotidiano. Portanto, algumas ações realizadas no passado podem ser acopladas ligadas a atualidade, tendo em vista o contexto político atual.

__ I/T/C

7.2 – Compreender que República é uma forma de governo de um país, baseada na participação dos cidadãos.

__ I/T/C

7.3 – Identificar o período da República para se situar historicamente.

__ I/T/C

7.4 – Identificar os acontecimentos ocorridos no Brasil entre os anos de 1889 até os nossos dias, nos aspectos políticos, administrativos, sociais e econômicos.

__ I/T/C

7.5 – Compreender que na República existem três Poderes e, que cada um deles, exerce funções distintas.

-Como os três poderes se relacionam com a temática dos direitos e deveres no âmbito da cidadania? -Nesse momento, proponha aos estudantes uma pesquisa sobre os três poderes, tendo em vista a relação entre eles e o exercício da cidadania. Além disso, é importante perceber as diferenças entre os poderes: Legislativo, Executivo ou Judiciário.

__ I/T/C

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*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010

7.6 – Compreender que o papel dos três Poderes é defender os interesses da Nação.

-A redemocratização do Brasil e as Constituições. -A Construção de Brasília A Globalização -Acontecimentos políticos do período da globalização. -As políticas Públicas (Educação, Saúde, Segurança, Habitação, entre outros).

__ I/T/C

7.7 – Diferenciar os períodos monárquico e republicano.

__ I/T/C

7.8 – Compreender e definir “Constituição.”

-Para se dar início ao trabalho com a Constituição, seria interessante a exploração de conceitos como liberdade, independência, leis e Constituição de forma a despertar o interesse dos alunos para esses temas, para que eles compreendam melhor os acontecimentos da época.

__ I/T/C

7.9 – Reconhecer a importância da construção de Brasília para o desenvolvimento do país e sua história.

- O professor pode propor aos alunos uma pesquisa sobre a construção de Brasília e posteriormente promover um debate sobre os possíveis motivos que levaram a transferência da capital para Brasília.

__ I/T/C

7.10 – Compreender a influência da globalização na maneira de viver de um povo (hábitos, tradições, modo de pensar, etc.)

-Em globalização pode-se começar a discussão com uma pergunta. Por que os produtos norte-americanos estão mais presentes na nossa vida do que os de outros países? Para se aprofundar no assunto localizando no mapa-mundi os principais atores do mercado internacional, discorrendo sobre as diferentes visões teóricas da globalização. Podendo ainda numa aula expositiva, fazer junto com os estudantes uma lista com nomes de produtos, palavras, empresas e roupas que vêm de outras nações. Além disso, pode-se separar o material por país ou bloco econômico e dividir a turma: cada grupo estudará detalhadamente um desses locais. -As equipes podem montar painéis com recortes de jornal e organizar um plebiscito sobre um acordo comercial entre o Brasil e esse possível parceiro. Vários aspectos geográficos e históricos relativos ao tema podem ser trabalhados de forma interdisciplinar. Em Matemática, indicadores estatísticos. Em Ciências Naturais, os convênios firmados entre as nações para pesquisar a cura de doenças. Em Língua Portuguesa, os estrangeirismos.

__ I/T/C

7.11 – Identificar os problemas sociais do Brasil e possibilidades de superação, por meio de políticas públicas

-Ser cidadão é participar da vida do país, eleger os governantes com consciência, conhecer seus direitos e deveres e cumprir as leis. O momento é excelente para uma discussão sobre cidadania. O que é ser cidadão? Quais seus direitos? É suficiente haver direitos consignados na Constituição? Estimule os alunos a dar sua opinião, argumentar e concluir.

__ I/T/C

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GEOGRAFIA

A Geografia esteve sob a forma de Estudos Sociais, juntamente

com a disciplina de História por um longo tempo.Dai para cá

aconteceram muitas mudanças . A Geografia , hoje,através das diversas

tecnologias (como o computador e a Internet),ganhou uma nova forma

de representação dos fatos ,contribuindo assim para a criticidade do

aluno,que se coloca diante desse espaço como um agente transformador

de seu meio .

Hoje a educação, inserida em um novo contexto com novos

desafios, busca interdisciplinar os conhecimentos historicamente

construídos com as informações e linguagens da sociedade atual. O

importante é envolver o aluno em seu processo de aprendizagem como

sujeito também responsável por ela. Para que, assim, ele possa perceber

o espaço, a natureza, as relações sociais em uma perspectiva própria, ou

seja, como parte integrante, sujeito consumidor, transformador, desses

elementos.

Nesse diálogo, encontramos oportunidade favorável ao estudo

da Geografia, uma vez que, ela possibilita o estudo da natureza e da

sociedade seus aspectos espaciais, temporais e seus fenômenos, em um

enfoque de um mundo em constantes mudanças. Mudanças que a cada

dia ocorrem mais velozmente.

A compreensão dessas dinâmicas requer movimentos constantes entre os processos sociais e os físicos e biológicos, inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os diferentes espaços geográficos; como os fenômenos que constituem as paisagens se relacionam com a vida que as anima. Para tanto, é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, numa determinada paisagem, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que nela convivem e que podem ser compreendidos através da análise do processo de produção/organização do espaço. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1996).

Dentro desta perspectiva, no sentido de articular estes

conhecimentos à realidade das crianças inseridas no contexto do Ensino

Fundamental – Anos Iniciais, a versão preliminar da Proposta

Curricular para o ensino de Geografia, contempla em seus eixos:

• Eu e o espaço de vivência e convivência;

• A escola, suas representações e sua importância na vida das

pessoas;

• O ambiente em que vivemos: casa, rua, bairro, município: suas

representações para a vida em sociedade;

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• A natureza e sua dinâmica: paisagem natural e meio ambiente;

• Linguagem Cartográfica.

• O ambiente em que vivemos: campo e cidade/ espaço rural e

urbano;

• As regiões do Brasil: Centro-oeste, Nordeste, Sul , Sudeste e

Norte ,

• O planeta Terra.

Esse trabalho de reconhecimento cartográfico, paisagista,

ambiental temporal e espacial possibilita ao aluno a apropriação das

capacidades/habilidades importantes para a alfabetização, uma vez que

instiga o seu pensamento, a sua sensibilidade, curiosidades, o seu estar

e mover no mundo.

Deste modo, Pérez (2004) afirma que,

a geografia é um instrumento importante para a compreensão do mundo, portanto, pensar o ensino de geografia em sua função alfabetizadora é tomar as noções de espaço, território, lugar e ambiente como conteúdos alfabetizadores. Nesta perspectiva o cotidiano se constitui no eixo articulador de uma prática alfabetizadora em que a aprendizagem da letra está intimamente vinculada à aprendizagem do espaço e as experiências culturais locais da criança. (PÉREZ, 2004).

Neste sentido, há de se aliar o trabalho da Geografia à

alfabetização através de projetos interdisciplinares que promovam a

articulação entre esses dois campos, onde a leitura e a escrita sejam

instrumentos para pesquisar o mundo natural e social. Com isso

algumas atividades podem nortear os trabalhos da Geografia tais

como8:

A- Atividades com textos e imagens - Proporcionar o contato com

diferentes fontes de informação, visando estimular o senso

crítico, baseado na observação da realidade.

B- Elaboração e Leitura de mapas - Elaborar e “ler” mapas simples

a partir do seu espaço de vivência: caminho da casa até a escola;

a localização da casa ou da escola no bairro ou comunidade.

C- Trabalho de campo - Permite ampliar o conhecimento sobre a

realidade física, social e cultural dentro do espaço escolar, no

entorno e em pontos estratégicos da comunidade.

D- Resolução de problemas - Orientar atitudes de busca de

respostas para questões pessoais e coletivas.

8 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p. 4

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E- Pesquisa - Desenvolver a autoconfiança e a autonomia, na

medida em que desenvolve habilidades como selecionar

informações e utilizar diferentes fontes de consultas.

F- Debate - É importante para a formação de atitudes, relacionando

à construção de um conhecimento sobre um determinado tema.

G- Entrevista - É uma forma interessante de coletar dados e

informações sobre um tema.

H- Maquete - É um modelo em miniatura usado para representação

tridimensional do espaço, levando o aluno a fazer a transposição

da realidade vivida para o espaço representado.

I- Filmes - Criar situações de aprendizagens que poderão estimular

a realização de observação, reflexão e análise crítica.

J- Músicas - Recurso para enriquecer, introduzir e consolidar

conteúdos.

K- Dramatização - Desenvolver a aprendizagem através do lúdico,

desenvolvendo a espontaneidade nos alunos, propiciando a

socialização e incentivando a prática de diferentes formas de

expressão.

Portanto, o estudo coerente e comprometido da

Geografia favorecerá a fomentação de uma consciência

ambiental , social e solidária, não só ao aluno, mas a toda a

comunidade escolar. Este é um dos fins da educação, a

construção de uma sociedade sustentável praticante de valores

que promovam e humanizam a vida.

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PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – VERSÃO PRELIMINA R - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/CONCEITOS

DETALHAMENTO ABORDAGEM

POR ANO 1º 2º 3º

1.

Eu

e o

Esp

aço

de V

ivên

cia

e C

onvi

vênc

ia

1.1 Reconhecer-se como ser único e atuante na sociedade.

- Quem sou eu? - Todo mundo tem um nome. - Nosso nome, nossa história

Esta capacidade está relacionada à necessidade de desenvolver no aluno o sentimento de pertencer a um grupo, a uma comunidade. São pertinentes as atividades que fazem a criança refletir sobre o papel que ocupa na sociedade como ser único, que tem um nome, uma identidade.

I/ T/ C __ __

1.2 Conscientizar-se das suas características físicas, aceitando as diferenças e constatando as semelhanças.

- Eu e o outro: semelhanças e diferenças. - O jeito de cada um; características físicas comuns. - Meu corpo, minha referência.

Após reconhecer-se como ser único e atuante na sociedade, podemos inserir novos elementos (o outro), levando-os a estabelecer relações de comparação. Retoma-se também o trabalho com os cuidados e higiene do corpo.

I/ T/ C R R

1.3 Compreender os sentimentos envolvidos nas relações que se formam nos ambientes sociais.

- O que somos e o que nos sentimos diversos ambientes sociais. - Que é o outro, o que ele sente.

Esta capacidade esta relacionada à habilidade de saber conviver com diferentes pessoas em seus diversos ambientes sociais, vivendo diferentes emoções e sentimentos.

I/ T/ C R R

1.4 Reconhecer os limites do próprio corpo no espaço de convivência com o grupo social e com a família.

- Direitos e deveres para a convivência no espaço social.

Esta capacidade esta relacionada ao reconhecimento que o aluno deve ter dos limites do corpo para que possa exercer seus direitos e deveres, ao movimentar-se no espaço de convivência, com respeito e atenção.

I/ T/ C R R

1.5 Reconhecer a linguagem cartográfica como fonte de informação e representação do espaço geográfico.

- Mapeamento e desenho do corpo considerando as características físicas comuns, e do ambiente social, considerando a distribuição dos objetos no espaço geográfico e dos caminhos e espaços de vivência e convivência.

Pressupõe saber representar pessoas e ambientes, através do levantamento de dados, elaboração e leitura de gráficos, tabelas, escalas, mapas de trajetos e suas legendas, entre outros.

I/ T/ C R R

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2.

A e

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a, s

uas

repr

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impo

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cia

na

vida

das

pes

soas

2.1 Demonstrar atitudes de respeito e boa convivência no espaço da escola.

- O direito de estudar. - Minha escola é assim - A escola como um espaço de convivência. - Direitos e deveres na escola.

Um dos objetivos desse eixo é fazer com que a criança perceba a importância da escola como espaço de convivência, onde possa desenvolver práticas de cidadania, atitudes conscientes e responsáveis em relação aos hábitos de consumo, evitando o desperdício, além de atitudes de cooperação para a construção de um ambiente agradável para o estudo e outras atividades do dia-a-dia. A partir do reconhecimento do espaço escolar, saber conviver bem com os outros, demonstrando atitudes de respeito no espaço de convivência.

I/ T T T/ C

2.2 Compreender a importância da função social da escola.

- A importância da escola na vida das pessoas.

O papel da escola na formação da sociedade, da família, do trabalho, das relações sociais deve ser abordado em sala de aula. O tema escola permite ampliar o estudo do espaço vivido pelos alunos e possibilita que eles se reconheçam integrantes de outros grupos sociais, além de sua família.

I/ T T/ C R

2.3 Reconhecer as pessoas e as funções que elas desenvolvem na escola.

- As pessoas que trabalham na escola: quem são e qual a sua função.

Trabalhar essa capacidade significa antecipar o reconhecimento de cargos e funções em outros espaços sociais e de trabalho, ao perceber e reconhecer na escola, além do espaço familiar, que as pessoas têm funções, competências, responsabilidades individuais, mas interligadas no todo e em favor de todos. Pode-se pedir aos alunos que façam visitas em outras salas de aula, convidar vários profissionais para falarem sobre suas respectivas profissões e, em especial que sejam convidados os pais dos alunos, os professores das outras salas de aula e outros que compõe o quadro de servidores do município.

I/ T T/ C R

2.4 Reconhecer o ambiente da escola e das salas de aula sob os aspectos físicos, sociais e culturais.

- Os espaços da escola. - O ambiente escolar. - Cuidados com a escola. - A comunidade escolar. - A sala de aula. - Representação do espaço e os objetos da escola e da sala de aula.

Sob os aspectos físicos: saber movimentar-se com desenvoltura no ambiente escolar. Sob os aspectos sociais: saber viver e conviver com cada indivíduo, no ambiente escolar, respeitando o espaço de cada um, convivendo com as diferenças culturais e a diversidade social. Além de espaço de aprendizagem, a escola cumpre um importante papel como espaço privilegiado para a convivência entre as crianças de origens culturais e sociais diversas. Essa sociabilidade tem seu ponto alto no intervalo do recreio, já que no pátio as relações de amizade e de afetividade, que também ocorrem na sala de aula, podem se manifestar fora da presença dos adultos. As conversas e brincadeiras que ocorrem no recreio também são parte do aprendizado, na medida em que se trata de aprender a conviver.

I/ T T/C R

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2.5 Reconhecer o entorno da escola e a paisagem.

- O entorno da escola: paisagem, meio ambiente.

Identificar os ambientes e as paisagens que fazem parte do entorno da escola.

I/ T T/ C R

2.6 Reconhecer o conceito de distância entre lugares

- Trajetos: de casa para a escola e da escola para a casa.

Esta capacidade está relacionada a habilidade de formar a representação do espaço geográfico entre dois ou mais lugares distintos.

I/ T T/ C R

2.7 Reconhecer a linguagem cartográfica como instrumento de representação dos espaços da escola.

- Croqui, planta, tabelas e gráficos de representação do espaço e dos ambientes.

- Os alunos deverão reconhecer a importância do trabalho na produção do espaço geográfico. Em relação à escola é fundamental que valorizem as ações de todos os que participam da comunidade escolar (colegas, pais, professores, funcionários etc.). Além disso, pode-se pedir aos alunos que montem a representação da escola ou da sala de aula em forma de maquete, tendo em vista que a confecção é muito importante, pois envolve vários aspectos: permite trabalhar o ponto de vista vertical, projeta o aluno (observador) fora do espaço onde ele se encontra (sala de aula), possibilita a visualização do todo e favorece o desenvolvimento de noções de proporcionalidade, localização, distância e escala. - Ao confeccionar a planta da sala de aula a partir de maquete, os alunos estarão passando de uma representação tridimensional (a maquete) para uma representação bidimensional do espaço (a planta).

I/ T T T/ C

3.O

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.

3.1 Perceber a moradia como direito de todo cidadão.

- Nossa moradia. - O lugar onde eu moro: endereço, a planta da minha casa. - Como vejo minha casa. - O quarteirão da minha casa.

- O tema moradia possibilita trabalhar com um espaço significativo pra os alunos, pois, dessa forma, eles desenvolvem relações sociais e atividades do seu cotidiano. A partir do reconhecimento do local que mora e do seu entorno, esta capacidade deve levar o aluno a refletir sobre o seu direito como cidadão para garantir sua moradia e de sua família.

I/ T T T/ C

3.2 Compreender a casa como espaço de convivência da família.

- Como é a minha casa por dentro e por fora: organização. - Quais as pessoas que convivem comigo em minha casa. - Qual o espaço que ocupo dentro da minha casa.

- Discutir sobre as partes que compõe uma casa, que tipos de casas os alunos conhecem, que cuidados devemos ter com moradia. - O aluno deve aprender a conviver com seus familiares, dentro de sua casa, respeitando o espaço de convivência.

I/ T T/ C R

3.3 Reconhecer os diversos tipos de habitação e os espaços que ocupam.

- Tipos de moradias. - Espaços que ocupam. - Quem constrói as moradias? - Materiais utilizados na construção de moradias.

- O aluno deverá ser capaz de identificar diversos tipos de moradia, como e por quem são construídas. Como modificam a paisagem natural, no ambiente que ocupam, identificando as habitações de tribos indígenas que variam conforme a cultura de cada povo. Além disso , é importante desenvolver nos alunos uma postura crítica diante da extrema desigualdade social presente em nosso país por meio da comparação entre moradias de diferentes padrões e dos moradores de rua.

I/T T/C R

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125

- No estudo dos materiais de construção, chamar a atenção para a transformação dos recursos naturais por meio do trabalho humano. - Destacar a organização da moradia em seu aspecto funcional e em sua conservação.

3.4 Compreender a rua como local de transito das pessoas da comunidade e de veículos.

- Sinalização e transito em minha rua. - As pessoas que transitam nas ruas. - Como vejo o movimento das pessoas e de veículos em minha rua.

- O professor deverá discutir com seus alunos seu papel como cidadão que faz parte de uma determinada comunidade, respeitando pedestres e motoristas que transitam pelas ruas do bairro. É importante que os alunos reconheçam a existência e a importância das principais regras de trânsito que regulam a locomoção de veículos e pedestres nas ruas e a necessidade de respeitá-las, desenvolvendo, atitudes responsáveis ao circular pelas ruas.

I/T T/ C R

3.5 Reconhecer o bairro, percebendo-se como integrante das relações sociais que se formam entre os indivíduos da comunidade.

- O bairro onde moro e sua localização no mapa de municípios. - O que representa meu bairro para a organização do município. - Os serviços públicos do bairro. - O trânsito em meu bairro.

- O aluno deverá se identificar com o ambiente e as paisagens de seu bairro e sentir-se inserido nas relações que se formam entre as pessoas. - Antes de trabalhar a localização do bairro o professor deve explorar os conceitos de lateralidade e direção. Informar sobre a existência do código de trânsito brasileiro, tendo em vista o reconhecimento das regras de trânsito como segurança para os transeuntes.

I/T T T/C

3.6 Reconhecer a linguagem cartográfica como representação do espaço da comunidade/bairro.

-Aspectos de reconhecimento do bairro/município. - Representação de dados através de gráficos, tabelas, mapas, outros.

- O aluno deverá ser capaz de representar através da linguagem cartográfica as informações e dados levantados durante o trabalho com este eixo.

I T T/ C

4.

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4.1 Reconhecer a paisagem natural.

- O que é a paisagem natural: suas características. - O que é meio-ambiente: suas características. - Como o homem modifica a paisagem e o meio-ambiente. - Elementos que interferem na paisagem e no meio ambiente.

- Reconhecer a paisagem natural significa saber conceituar os elementos que a compõem, saber identificar os fatores que atuam na modificação da paisagem e do meio ambiente e as ações do homem que interferem na qualidade do ambiente, levando em conta diferentes pontos de visão.

I/T T/ C R

4.2 Identificar as características do ambiente e da paisagem no espaço da escola e da residência, reconhecendo diferenças e semelhanças.

- A paisagem à minha volta (de casa, da escola) - O meio-ambiente com o qual convivo na escola e na comunidade. - Outros lugares, outras paisagens, outras histórias.

- O aluno deverá relacionar as paisagens e os ambientes em que vive e estuda, com as pessoas que fazem parte deste ambiente, identificando diferenças e semelhanças nos espaços geográficos.

I/T T/C R

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Seção Anos Iniciais

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- Espaço rural e espaço urbano: diferenças de paisagens. - Paisagem do município, sua localização no estado e no país. - Meio ambiente em meu município. - Paisagem: relevo, águas, ar, terra. - As pessoas e o meio ambiente. Direitos e deveres para com o meio ambiente.

4.3 Reconhecer a linguagem cartográfica como representação do espaço natural.

- Elaboração de mapas e tabelas para representar paisagens e a sua relação com o meio ambiente.

I T T

5.

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arto

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ica.

5.1 Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica: representação de espaço nas fotografias, plantas maquetes, croquis, mapas, entre outras.

- O que é cartografia. - Linguagem cartográfica: mapas, plantas, escalas, globos, maquetes, legendas, gráficos, tabelas, entre outros.

O aluno deverá ser capaz de interpretar dados e informações representadas através da linguagem cartográfica.

I T T

5.2 Utilizar os mapas como meio de comunicação e leitura da realidade.

- Elaboração de tabelas, gráficos e outros instrumentos de comparação de dados.

Saber ler mapas para reconhecimento de espaços geográficos e para favorecimento da comunicação social.

I T T

5.3 Localizar em mapas: bairros, cidades, municípios, países.

- Onde estamos no mapa. Saber ler mapas para reconhecimento dos diversos espaços geográficos. I T T

5.4 Compreender o conceito de escala, a partir da representação de plantas e mapas reduzidos.

- Representação dos lugares através da linguagem cartográfica.

O aluno deverá compreender que representa-se um objeto ou num determinado espaço geográfico através da noção de proporção (escala).

I T T

5.5 Construir e compreender itinerários.

- Construção do caminho de um lugar para outro: de casa para a escola, da escola para casa, para o mercado, etc.

Saber construir e compreender trajetos entre dois ou mais pontos e lugares distintos.

I T T

5.6 Comparar dados e informações.

- Análise dos dados, comparando informações, buscando soluções.

I T T

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – VERSÃO PRELIMINA R - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO 4º 5º

1.

Ling

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1.1 - Ler, interpretar e representar o espaço usando mapas, atlas e o globo terrestre.

- Cartografia - O que os mapas representam - A Linguagem, a importância e a produção de mapas - Convenções cartográficas - Outras representações como: Fotografias, plantas e maquetes.

Através da linguagem cartográfica, é possível sintetizar informações, representar temas (conteúdos) e conhecimentos. Deve-se propor situações nas quais os alunos sejam ancorados na idéia de que a linguagem cartográfica é um sistema de símbolos que envolve proporcionalidade, uso de signos ordenados e técnicas de projeção. Uma vez que, as representações cartográficas se valem de muitos símbolos para transmitir informações aos usuários, é importante salientar que “a escola deve criar oportunidades para que os alunos construam conhecimentos sobre essa linguagem nos dois sentidos: como pessoas que representam e codificam o espaço e como leitores das informações expressas por ela”. (PCN, 1991:87). É possível perceber que o estudo da linguagem cartográfica vem, cada vez mais, reafirmando sua importância desde o início da escolaridade. Ele contribui não apenas para que os alunos compreendam os mapas, mas também para desenvolver capacidades relativas à representação do espaço

- Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania. Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos).

I/ T T/ C

1.2 - Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica: formas de representação de espaço nas fotografias aéreas, plantas, maquetes, entre outras.

- O espaço não é neutro, e a noção de espaço que a criança desenvolve não é um processo natural e aleatório. A noção de espaço é construída socialmente e a criança vai ampliando e repensando o seu espaço vivido concretamente. A capacidade de percepção e a possibilidade de sua representação é um desafio que motiva a criança a desencadear a procura, a aprender a ser curiosa para entender o que acontece ao seu redor, e não ser simplesmente espectadora da vida.

I/T R/T/C

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1.3 - Descrever lugares de sua escola, casa, quarteirão, bairro, cidade, município a partir da representação em mapas, utilizando-se da legenda.

- Localização do Município, do Estado de Minas Gerais, do Brasil e do Mundo no Mapa-Mundi. - Planta, planisfério e globo geográfico. - Itinerários, estradas, guias.

- “A capacidade de entender um espaço tridimensional representado de forma bidimensional, aliado à concepção de que a terra é redonda e, portanto, não há ‘em cima’ nem ‘em baixo’, poderá ser desenvolvida a partir da realização de diversas atividades de mapeamento” (Callai, 2000, p.105-106). -Essas habilidades são adquiridas a partir da exercitação continuada em desenvolver a lateralidade, a orientação, o sentido de referência em relação a si próprio e em relação aos outros, além do significado de distância e de tamanhos. Elas podem ser simplesmente exercitadas, procurando-se alcançar o seu domínio. Mas o que nos interessa não é simplesmente ter domínios, que o capacitem a viver no mundo, é claro, mas poder, por meio dessa exercitação, dar conta de aprender a ler e viver o mundo. Aprender a pensar e reconhecer o espaço vivido. Não simplesmente como espaço que pode ser neutro, ou estranho a si próprio, mas pensar um espaço no sentido de se apropriar das capacidades que lhe permitirão compreender o mundo, reconhecer a sua força, e a força do lugar em que vive. Aprender para viver, mas aprendendo a buscar a transformação capaz de tornar o espaço mais justo, pelo acesso aos bens do mundo e da vida. Aprender a construir a sua cidadania. - O uso de mapas e Atlas no ensino de Geografia permite ao aluno conhecer e investigar sobre lugares onde nunca esteve. Para tanto, é necessário que domine a linguagem cartográfica, ou seja, saiba decodificar os símbolos que estão ali representados. Os mapas representam, no plano cartográfico, os objetos geográficos que seu autor entendeu ser importante estarem presentes. Ao entender o pensar geográfico como a capacidade de integrar os diversos elementos presentes no espaço, como paisagens, hábitos e costumes e compreender sua organização, pode-se dizer que, se o aluno der conta de identificar e decodificar os componentes e variáveis que compõem um mapa, terá condições de explorar o material pensando geograficamente. De acordo com FANTIN, E. e TAUSCHECK: [...] “a alfabetização cartográfica é importante para além de seu aspecto técnico de decodificação de códigos. É fundamento para a leitura de espaços geográficos “visitados”, muitas vezes, apenas através dos Atlas. Se o mapa passa a ser um “texto” para o aluno, ele é passível de leitura e interpretação, traz informações que podem e devem ser discutidas e analisadas. E, sobretudo, deixa de ser aquele instrumento de tortura pedagógica, em que o aluno copia e pinta, por obrigação, algo que nada significa para ele.” -Além dos mapas e Atlas impressos, como os ofertados pelo Instituto Brasileiro de

T/ C R/ T

1.4 - Compreender informações a partir de fontes variadas como notícias de jornal, filmes, entrevistas, obras literárias, música, etc.

I/ T T

1.5 - Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo).

I/ T T/ C

1.6 - Descrever itinerários, utilizando-se de mapas.

I/ T T/ C

1.7 - Reconhecer que a partir dos mapas é possível conhecer detalhes de lugares próximos ou distantes, planejar ações, compreender o espaço geográfico e suas alterações.

I/ T T/ C

1.8 - Identificar os mapas como meio de comunicação da representação gráfica do espaço geográfico.

I/ T T/ C

1.9 - Representar e interpretar informações sobre diferentes paisagens, utilizando procedimentos convencionais da linguagem cartográfica.

I/ T T/ C

1.10 - Produzir mapas ou roteiros simples considerando as

T T/ C

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Seção Anos Iniciais

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características da linguagem cartográfica como as relações de distância, direção, o sistema de cores e legendas.

Geografia e Estatística – IBGE, e por diversas editoras, esses recursos também são disponibilizados de forma digital. O Atlas escolar do IBGE existe na versão digital disponível na web e em Compact Disc (CD); o instituto também oferece em seu sítio, na rede mundial de computadores, um rol de mapas interativos que permitem a manipulação de informações espaciais. As páginas oferecem opção de consulta na tela do computador e de impressão dos mapas que podem ser utilizados como recursos didáticos para complementação das aulas.

1.11 - Reconhecer a importância da representação cartográfica para desenvolver habilidades de representar o município, a cidade, o estado de Minas Gerais, o Brasil e o Mundo.

I/ T T/ C

1.12 - Apropriar-se da linguagem cartográfica para desenvolver habilidades de representar o Município, a Cidade, o Estado de Minas Gerais, o Brasil e o Mundo.

I/ T T/ C

1.13 - Compreender seu espaço imediato, localizar-se e localizar objetos no espaço.

- Escala - Ampliação e variação da escala - Escala numérica e escala gráfica - Mapas temáticos - Construção de maquetes, plantas e legendas

-A escala é apresentada de duas formas: na forma numérica e na forma gráfica. A escala padrão é a gráfica, devido a facilidade de sua interpretação e utilização pelos alunos da faixa etária, do Ensino Fundamental. No entanto, inúmeras outras representações, com as quais eles entrarão em contato, possuem a escala numérica. Portanto, perceber que a escala apresenta a relação entre o tamanho da área na representação e o tamanho da área representada, ou seja, da área real, é extremamente importante.

T T/ C

1.14 - Compreender o conceito de escala e utilizá-la para representar aspectos da realidade.

T T/ C

1.15 - Medir distâncias, utilizando-se de escala métrica.

I T

1.16 Associar o tamanho real de um determinado espaço com o tamanho representado na folha de papel a partir de variados padrões de medidas (passos, pés, palmos, escala métrica, entre outros)

T T/ C

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2 –

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2.1 - Diferenciar paisagens de campo e de cidade.

- Vida no Campo *Êxodo rural: causas e consequências - Vida na Cidade - Relação campo e cidade - Espaço rural, espaço urbano e suas paisagens - Os problemas ambientais no campo e na cidade - Os principais problemas urbanos: moradia, Saúde, transporte, saneamento básico, segurança,educação. - Qualidade de vida no campo e na cidade, direito de todos. - As questões ambientais no campo e na cidade:desmatamento, monocultura,irrigação/drenagem modernização da pecuária, uso de agrotóxicos,

- Os alunos deverão identificar e conceituar o espaço rural e espaço urbano. Para isso irão interpretar e analisar imagens e textos sobre a cidade e o campo, com suas particularidades e seus grupos sociais, percebendo a maneira como esses grupos se apropriam do espaço e de que forma essa apropriação interfere na sua vida.É importante que os alunos percebam os tipos de trabalho realizados tanto no campo quanto na cidade e as relações entre eles, para que eles comecem a compreender que os espaços urbano e rural são interdependentes. Além disso, pretende-se que eles se conscientizem das enormes desigualdades sociais que marcam esses espaços para, assim, desenvolver seu espírito crítico e participativo.

- Um dos objetivos desse tema é levar o aluno a refletir sobre a ação humana, realizada por meio do trabalho, nas diversas paisagens do meio em que vive e a reconhecer as transformações que dela resultam.

I/T/C __

2.2 - Distinguir as semelhanças e as diferenças entre os modos de vida na cidade e no campo, relativas ao trabalho, às expressões de lazer e de cultura.

I/T C __

2.3 - Observar, descrever, explicar, comparar e representar paisagens urbanas e rurais.

I/T/C __

2.4 - Identificar alguns problemas socioambientais presentes no espaço em que se vive buscando alternativas de intervenção para preservação e correção dos rumos.

I/ T __

2.5 - Identificar alguns problemas socioambientais presentes no espaço em que se vive buscando alternativas de intervenção para preservação e correção dos rumos.

I/T/C __

2.6 - Identificar as várias modalidades de poluição no ambiente urbano e as iniciativas no sentido de minimizá-las.

I/T/C __

2.7 - Identificar a questão dos resultados urbanos e discutir prováveis soluções.

I/T/C __

2.8 - Adotar atitude responsável em relação ao meio ambiente, reivindicando o direito de todos a uma vida plena no ambiente preservado e saudável.

I/ T __

2.9 - Discutir a qualidade de vida no campo e na cidade.

I/T/C __

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2.10 - Comparar a qualidade de vida no Campo e na Cidade.

-Mecanização da agricultura, -Alimentos transgênicos - Maquetes, croquis de paisagens rurais e urbanas. - A população brasileira: urbana e rural

I/T/C __

2.11 - Comparar os meios de transportes presentes no lugar onde vive, suas implicações na organização da vida em sociedade e nas transformações da natureza.

I/T/C __

2.12 - Compreender as funções que o transporte assume nas relações entre as cidades e o campo, observando seu papel na interdependência que existe entre ambas.

I/T/C __

2.13 - Identificar problemas associados à agricultura, como desmatamento, monocultura, uso de transgênicos, utilização de práticas inadequadas, etc, e discutir estratégias para soluções.

I/T/C __

2.14 - Conhecer algumas conseqüências das transformações na natureza causadas pelas ações humanas, presentes em paisagens urbanas e rurais.

I/T/C __

2.15 - Reconhecer o papel da Tecnologia, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e rurais.

I/T/C __

2.16 - Construir maquetes e croquis de paisagens rurais e urbanas.

I/T/C __

2.17 - Identificar os processos de organização e construção de paisagens ao longo do tempo.

I/T/C __

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2.18 - Localizar-se e orientar-se no espaço.

- Construção de tabelas e gráficos.

I/T/C __

2.19 - Situar objetos nos espaços. I/T/C __ 2.20 - Identificar a população urbana e a população rural do Brasil.

I/T/C __

2.21 - Perceber a evolução da população urbana e a diminuição da população rural do país.

I/T/C __

2.22 - Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território.

__ I/ T

2.23 - Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população urbana e rural do país.

I/ T T/ C

3-A

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3.1 - Reconhecer elementos da natureza a partir da observação do seu entorno, das gravuras e de outros recursos.

- As paisagens dos lugares - O relevo terrestre - O Relevo brasileiro - A hidrografia brasileira - As bacias hidrográficas - Os rios e seu aproveitamento

-Para iniciar o trabalho pode-se levar para a sala de aula fotografias de diferentes tipos de paisagens. Posteriormente, é importante que o professor faça uma pesquisa de campo para que os alunos percebam as diferentes formas de superfície que influem na organização social e econômica dos seres humanos. Como por exemplo, o fato de que as áreas próximas dos rios (mais sujeitas a alagamento) e áreas com declividade acentuada (áreas sujeitas a deslizamentos) são frequentemente ocupadas pelas classes de menor poder aquisitivo. Por outro lado, a sociedade também faz alterações no relevo para atender a suas necessidades de trabalho e ocupação do espaço. Atividades como essas são fundamentais para que os alunos internalizem e analisem as interações do ser humano com o meio. - As atividades de campo permitem trabalhar, ainda, com questões de ética, além de desenvolver um olhar sensível sobre a realidade observada, uma vez que estimula o hábito de atribuir valor aos fatos observados, favorecendo assim, uma atitude de comprometimento e não de alienação diante dos problemas diários que a sociedade enfrenta. - Quanto às bacias hidrográficas é importante que os alunos compreendam o que é uma bacia hidrográfica e quais são as principais bacias do Brasil. - Para que os alunos percebam a quantidade de água salgada e doce no Planeta Terra é importante que eles visualizem no mapa-mundi, no globo terrestre e no mapa do Brasil, podendo assim perceber os rios localizados no Estado e na região na qual se

__ I/ T/ C

3.2 - identificar as principais formas de relevo da superfície terrestre.

__ I/ T /C

3.3 - Compreender que o relevo é modificado pela ação da natureza e dos seres humanos.

__ I/ T /C

3.4 - Identificar as características do relevo brasileiro.

__ I/ T

3.5 - Reconhecer as partes de um rio e entender a sua morfologia.

__ I/ T /C

3.6 - Identificar os diferentes usos das águas dos rios.

__ I/ T /C

3.7 - Discutir a importância da preservação dos cursos de água.

__ I/ T /C

3.8 - Identificar as principais bacias hidrográficas do Brasil.

__ I/ T

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3.9 - Identificar os principais climas do Brasil.

- Climas do Brasil - Elementos e fatores climáticos - A vegetação do Brasil - Tipos de vegetação no Brasil: Cerrado, caatinga, pantanal Florestas - Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Mata dos Pinhais.

encontram. - No que diz respeito aos rios, pode-se abordar a importância deles, seu aproveitamento para a agricultura e para os seres vivos. Também não se deve esquecer de que algumas transformações provocadas nesses rios têm prejudicado a qualidade de suas águas e a manutenção da vida nesses ambientes, portanto, seria interessante um trabalho voltado para a preservação dos rios e córregos brasileiros.

__ I/ T

3.10 - Identificar as principais paisagens vegetais brasileiras.

__ I/ T

3.11 - Conhecer os efeitos da devastação da mata atlântica e do cerrado, discutindo alternativas de preservação.

__ I/ T

3.12 - Refletir sobre a ação humana em relação aos aspectos naturais.

__ I/ T

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4.1 - Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território.

- As regiões brasileiras Centro-oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte. - Critérios para a regionalização das regiões brasileiras. - Os estados brasileiros e suas capitais. - Aspectos regionais do Brasil. - População - Território - Hidrografia /relevo - Clima e vegetação - Recursos vegetais e fontes de energia.

- É importante que os alunos compreendam o conceito de região e de regionalização. Explicar que a regionalização de um território permite conhecer a distribuição espacial dos fenômenos estudados. Esse conhecimento facilita a administração e o estudo do território, orienta o planejamento de ações governamentais e ajuda a conhecer os dados numéricos ou estatísticos sobre um tema ou assunto. Assim a regionalização do território brasileiro permite aos governos direcionar melhor suas ações para atender às necessidades de sua população, tendo em vista suas particularidades. - É fundamental ler o mapa do Brasil com os alunos, destacando a função da legenda. Chamar a atenção para a divisão em grandes regiões e em estados. Também é importante esclarecer que a divisão política corresponde à divisão do território em unidades político-administrativas, e que a divisão regional corresponde à divisão do território em regiões. - Neste eixo, os alunos terão contato com a noção de território, associando a materialidade do espaço na sociedade a eventos relacionados ao processo de urbanização e de industrialização.

__ I/ T /C

4.2 - Identificar a população urbana e a população rural do Brasil.

__ I/ T /C

4.3 - Perceber a evolução da população urbana e diminuição da população rural no país.

__ I/ T /C

4.4 - Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população do Brasil.

__

I/ T /C

4.5 - Interpretar as diferentes divisões regionais do Brasil, levando em conta os critérios usados nessa regionalização.

__ I/ T /C

4.6 - Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região brasileira e suas respectivas capitais.

__ I/ T /C

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Seção Anos Iniciais

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4.7 - Identificar os estados que formam cada região brasileira e suas respectivas capitais.

- Aspectos econômicos - Diversidade cultural e regional - Características sociais - A industrialização -Transporte e meios de comunicação.

__ I/ T /C

4.8 - Identificar a extensão territorial e a população de cada região.

__ I/ T /C

4.9 - Identificar a altitude da maior parte de cada região.

__ I/ T /C

4.10 - Identificar o maior rio que banha as terras de cada região.

__ I/ T /C

4.11 - Reconhecer a cobertura vegetal predominante em cada região.

__ I/ T /C

4.12 - Descrever as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada região.

__ I/ T /C

4.13 - Classificar a população dos estados de cada região brasileira, do mais para o menos populoso.

__ I/ T /C

4.14 - Identificar em cada região brasileira a expectativa de vida dos habitantes.

__ I/ T /C

4.15 - Identificar os principais problemas enfrentados por cada região e as possíveis soluções para resolver esses problemas.

__ I/ T /C

4.16- Compreender particularidades relacionadas aos aspectos naturais e sociais das regiões brasileiras.

__ I/ T /C

4.17 - Compreender a realidade, percebendo suas semelhanças, diferenças e desigualdades sociais e discutir propostas para sua transformação.

__ I/ T /C

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Seção Anos Iniciais

135

5. O

Pla

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Ter

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5.1 - Conhecer algumas características do planeta Terra.

- O planeta Terra - Os movimentos da Terra: rotação e translação - As estações do ano e suas características - Oceanos, continentes, ilhas, arquipélagos, baías e lagos - As imagens, os lugares e os mapas - O Brasil na América do Sul - Os pontos cardeais e colaterais

-Para se iniciar o trabalho com o Planeta Terra é interessante levar para a sala de aula o Globo Terrestre, pois ele é a representação mais fiel que se conhece da Terra. Embora saibamos que o nosso planeta não é uma esfera perfeita nada há mais semelhante a ele do que um pequeno globo. Então, se um globo é a representação esferoidal da Terra, nos seus aspectos geográficos, uma carta é a representação plana da Terra. Através do Globo Terrestre pode-se localizar vários países, estados, oceanos, mares e outros. Além disso, pode se fazer um trabalho com as maquetes a serem utilizadas nas aulas de Geografia. - No que diz respeito as estações do ano, é importante que o aluno perceba as suas características. Ttambém seria interessante o uso do calendário para que o aluno saiba identificar as mudanças ocorridas. - Quanto ao movimento da Terra, é importante que o aluno perceba que a Terra gira em torno de si mesma, através do movimento que é chamado de rotação, este período de rotação é de um dia, isto é, 24 horas. Assim, o aluno irá perceber que a Terra demora 1 dia para completar uma volta em torno de si mesma, pois o movimento de rotação da Terra explica a existência dos dias e das noites. Para isso, poderão construir um modelo com uma esfera de isopor e um palito de churrasco. A esfera representará o Planeta Terra e o palito deverá ser introduzido na esfera passando aproximadamente pelo centro e ficando levemente inclinado indicando o eixo inclinado do nosso planeta. Com uma lanterna fazer uma representação do movimento de rotação da terra e a sucessão dos dias e das noites. Utilizar um planetário para verificar o movimento de translação da Terra bem como o surgimento das estações do ano. - Confeccionar a Rosa dos Ventos para verificação dos pontos cardeais e colaterais, propondo atividades concretas para os alunos se orientarem na escola e localizarem os principais pontos de referência do bairro e cidade.

__ I/ T /C

5.2 - Relacionar a inclinação do eixo de rotação da Terra à existência das diferentes zonas climáticas.

__ I/ T /C

5.3 - Compreender as estações do ano e as características de cada uma e como elas influenciam as paisagens e a vida das pessoas.

__ I/ T /C

5.4 - Associar o dia e a noite ao movimento de rotação, o ano, ao movimento de translação.

__ I/ T /C

5.5 - Reconhecer, a partir de um mapa-mundi, os continentes, oceanos, ilhas, arquipélagos, baías e lagos.

__ I/ T /C

5.6 - Identificar, a partir do mapa político do Brasil e dos pontos cardeais e colaterais os países vizinhos do Brasil.

__ I/ T /C

5.7 - Localizar-se, utilizando os pontos colaterais e cardeais.

__ I/ T /C

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais

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Page 137: A Rotina Em Montes Claros

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Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais

137

CIÊNCIAS

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. (Paulo Freire)

O trabalho com a área das Ciências Naturais deve oferecer

aos educandos a oportunidade de ampliação de suas curiosidades,

incentivo a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre

os fenômenos químicos e físicos, sobre os seres vivos e sobre a

relação entre o homem e a natureza e entre o homem e a

tecnologia, tendo em vista o favorecimento da aprendizagem

significativa do conhecimento historicamente acumulado. O

ensino de Ciências deve possibilitar o desenvolvimento de

projetos e ações que permitam ao aluno refletir sobre os

conhecimentos aprendidos, tomar atitudes a fim de solucionar

problemas do meio em que vive. Soluções que evidenciem a

aplicação de conhecimentos e a manifestação de comportamentos

preservacionistas, humanitários, fraternos e éticos.

Para tanto, a versão preliminar da Proposta Curricular de

Ciências Naturais contempla, do 1º ao 3º anos, os seguintes eixos:

Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde, Recursos Tecnológicos;

e do 4º ao 5º anos, contempla os eixos: Vida e Ambiente, Ser

Humano e Saúde, Terra e Universo, Tecnologia e Sociedade.

Estes eixos serão abordados levando em consideração a premissa

de que as crianças, ao se ingressarem na escola, já possuem

conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e

senso comum dos conteúdos que serão trabalhados. E, também,

pela consciência de que compete a escola contribuir para que o

aluno tenha percepção de que existem diferentes maneiras de

explicar o mesmo fenômeno.

Neste trabalho, o professor dos anos iniciais do Ensino

Fundamental pode fazer uso das Ciências para incentivar o

processo de leitura e escrita dos alunos. Pois, estes, aprendem

listas de nomes de objetos e seres vivos, suas partes e

propriedades, relatam observações realizadas e querem

comunicar tudo isso aos colegas.

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138

E é também nesta fase, que o professor pode e deve

incentivar o uso de desenhos para enriquecer a narração ou

descrição de um fato. O desenho é um importante instrumento

neste período de escolaridade, devendo ser oportunizado aos

alunos, a observação de desenhos elaborados por adultos, em

livros, enciclopédias ou o desenho do próprio professor.

Outro procedimento importante nesta fase é a comparação

entre fenômenos. O professor deve oferecer informações, propor

investigações, incentivar a formulação de suposições e perguntas

para que os alunos realizem comparações e estabeleçam

regularidades que permitem algumas classificações e

generalizações que são muito importantes no estudo das Ciências

Naturais.

O educador, ao desenvolver o trabalho com os conteúdos

de Ciências deve, também, levar em conta alguns procedimentos

que, segundo os PCNs são: a problematização, a busca de

informações em fontes variadas, filmes, construção de modelos,

construção de maquetes, uso de recursos tecnológicos e os

projetos.

Ao utilizar o procedimento da problematização, o

professor deve levar em conta os conhecimentos prévios dos

alunos e o senso comum que eles trazem para a sala de aula,

criando situações que estabeleçam os conflitos necessários para a

aprendizagem. Coloca-se então, um problema para os alunos,

cuja solução passa por coletar novas informações.

Para tanto, é necessário que os conhecimentos prévios e o senso

comum trazidos pelos alunos sejam insuficientes para explicar o

fenômeno a ser estudado. A partir daí, o professor orienta-os a

elaborar um novo conhecimento mediante investigações e

confrontações de ideias, usando o procedimento de busca de

informações em fontes variadas.

Este procedimento apresenta várias modalidades que são:

observação, experimentação, leitura, entrevista, excursão ou

estudo do meio.

A observação é uma estratégia guiada e planejada

previamente pelo professor. Existem dois modos de observação:

direta e indireta. As observações diretas são realizadas mediante

estudo do meio ou objeto. As observações indiretas são aquelas

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139

realizadas com auxílio de materiais, como: microscópios, filmes,

gravuras, fotos, telescópio, etc. Uma vantagem dessa observação

é possibilitar o contato com imagens distantes no espaço e no

tempo.

A experimentação tem como principal objetivo despertar a

curiosidade dos alunos para o entendimento dos fenômenos

científicos, desenvolver a habilidade da observação e da

realização de procedimentos práticos necessários ao trabalho

investigativo, promover o levantamento de hipóteses, favorecer a

atividade em grupo, reconhecendo a natureza coletiva da

construção do conhecimento científico, e enfatizar a importância

da produção de relatórios conclusivos para o registro e a

comunicação das etapas realizadas. Para tanto, o trabalho com

leitura e escrita de textos informativos deve ser realizado desde os

primeiros anos do ensino fundamental, pois segundo os PCNs

uma das causas do baixo índice de aprendizagem nos anos

avançados é o fato desses textos não terem sido trabalhados nos

anos iniciais.

É importante que as salas de aula tenham um acervo com

diversas fontes que oferecem textos informativos, além do livro

didático de Ciências, como enciclopédias, livros paradidáticos,

artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde,

textos da mídia informatizada, etc.

A entrevista é uma técnica de coleta de dados que visa a

transferência de informações do entrevistado para o entrevistador.

Antes de preparar o questionário os alunos devem ter

conhecimento prévio do tema ou do objeto de pesquisa. E as

perguntas do questionário devem ser objetivas a fim de coletar as

informações necessárias para o estudo que a turma esteja

fazendo.

O Estudo do Meio é um método didático que oportuniza

ao educando ser o sujeito ativo no processo de construção de seu

conhecimento. Essa prática visa proporcionar ao aluno uma

assimilação natural dos conteúdos trabalhados em sala de aula,

através do contato direto com o meio, despertando seu interesse e

sensibilidade, desenvolvendo sua capacidade de observar, sentir,

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140

selecionar, criar, modificar, analisar, experimentar, além de

favorecer a sociabilidade do grupo.

Outro excelente procedimento didático é a exibição de

filmes em sala de aula, seja um documentário ou uma ficção. É

importante que o educador analise cada filme antes de utilizá-lo a

fim de aplicá-los em momentos adequados como para coletar

informações, observar ambientes de outras épocas e lugares e de

entendimentos da interação entre os seres vivos e outros

fenômenos difíceis de observar no cotidiano.

Outro procedimento que desperta a curiosidade e o

interesse dos alunos é a construção de modelos e de maquetes. As

duas são construídas pelas crianças junto com o professor. A

construção de modelos é um apoio visual que permite uma

imagem mental do objeto de estudo quando não é possível

observar o próprio objeto. O professor deve adequar a construção

dos modelos de acordo com as habilidades dos alunos e os

materiais disponíveis. São exemplos de modelos que podem ser

confeccionados na sala de aula: o globo terrestre, o planetário, os

órgãos que compõem os sistemas do corpo humano, etc.

A confecção de maquetes é utilizada quando se deseja

representar de forma tridimensional determinado espaço físico.

Ela estimula as habilidades motoras, a abstração e o senso de

proporção. É possível reproduzir qualquer ambiente por meio de

maquetes, e os materiais utilizados são muito simples.

O uso da TV e do computador em sala de aula auxilia na

construção de ideias. A TV permite a visualização de ambientes

próximos e distantes, no tempo e no espaço, mas não permite a

interação. O vídeo já amplia as possibilidades, pois permite

selecionar, recortar, recompor sons, textos e imagens.

O computador é um recurso tecnológico, que amplia ainda

mais a interatividade, pois os alunos se sentem mais motivados

em buscar informações, organizá-las e reconstruir seus

conhecimentos.

O projeto é um procedimento de trabalho que não deve

partir apenas do professor. Ele pode também, partir de indagações

dos alunos acerca de algum fenômeno ou dos próprios conteúdos

a serem trabalhados. O trabalho com projetos deve ser realizado

em equipe de modo a favorecer a articulação entre os diferentes

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conteúdos da área de Ciências Naturais e desses com os de outras

áreas do conhecimento, na solução de um dado problema.

Envolve várias atividades e tem o propósito de produzir, com a

participação das equipes de alunos, algo com função social real:

um livro, um mural, um jornal, entre outros.

Todo projeto segue uma sequência de etapas que

conduzem ao produto desejado: a definição do tema; a escolha do

problema principal que será alvo de investigação; o

estabelecimento do conjunto de conteúdos necessários e

suficientes para que o aluno realize o tratamento do problema

colocado; o estabelecimento das intenções educativas, ou objetos

que se pretende alcançar pelo projeto; a seleção de atividades

para exploração e fechamento do tema; a previsão de modos de

avaliação dos trabalhos do aluno e do próprio projeto.

Sendo assim, a avaliação não deve se restringir à

verificação da aquisição de conceitos pelos alunos e, sim,

considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com

relação à aprendizagem de conceito, de procedimentos e de

atitudes.

O professor pode solicitar que os alunos interpretem

situações relativas aos conteúdos aprendidos ou interprete uma

história, uma figura, um texto ou trecho de texto, um problema ou

um experimento. Podendo, também pedir que façam comparações

e estabeleçam relações. Dessa forma, tanto a evolução conceitual

quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo

avaliadas.

Portanto, a avaliação não pode ser desvinculada do

processo de ensino e aprendizagem, mas um momento nesse

mesmo processo. Para isso, é imprescindível rever os métodos de

ensino, revisar os meios e a concepção de avaliação.

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO

CAPACIDADES

CONTEÚDOS/ CONCEITOS

DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO

1º 2º 3º

1.

Ser

Hum

ano

e S

aúde

1.1 Valorizar o próprio corpo com atenção para o bem estar físico e social incorporando medidas de asseio corporal para a manutenção da saúde (Hábitos alimentares, de higiene corporal e práticas de esportes);

- Hábitos de higiene pessoal; lavar as mãos, escovar os dentes, pentear cabelos, tomar banho, comer frutas e verduras lavadas.

- Esta capacidade refere-se à compreensão do corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões psicológicas, afetivas e sociais. Deve-se garantir a construção da noção do corpo como um todo integrado e dinamicamente articulado à vida emocional e ao meio físico e social, para isso é importante descrever e vivenciar tipos de higiene como os bons hábitos diários relacionados à alimentação, ao corpo e à convivência social e sua importância para a vida. Apontar os hábitos de higiene como elementos importantes para a manutenção da saúde.

I/ T T T/C

1.2 Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico, econômico e sócio-cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que vive.

- Relações entre a falta de higiene pessoal e ambiental e a aquisição e doenças por contagio de vermes e microorganismos.

- Levar o aluno a perceber que as condições culturais, sociais e afetivas refletem-se no corpo e que a saúde é um valor social, pessoal e coletivo.

I T T/C

1.3 Adotar medidas de prevenção de doenças mais comuns na infância conhecendo os recursos da comunidade e os serviços de saúde;

- Aspectos importantes para a prevenção de Saúde: higiene ambiental, higiene pessoal, alimentação, lazer e vacinação

- o aluno deve reconhecer a relação entre higiene, ambiente e saúde e conhecer os órgãos sociais que trabalham neste sentido.

I/T T/ C T/ C

1.4: Reconhecer as principais características do corpo humano, suas diferenças, peculiaridades e compreendê-lo com um todo integrado.

- Características gerais do corpo humano, como sinais vitais (batimentos cardíacos, respiração, temperatura, movimentos, reflexos); peso,

- Esta capacidade deverá propiciar aos alunos o conhecimento inicial sobre as dimensões biológicas e as características e partes que formam o corpo humano, bem como, reconhecer que todas as pessoas quando possuem o organismo saudável, são formados pelos mesmos órgãos,

I T/C R

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altura, cor da pele, cor dos olhos, impressão digital, etc. - Diferenças físicas, afetivas e psicológicas entre os indivíduos.

(guardadas as diferenças sexuais). O conhecimento sobre o corpo humano para o aluno deve estar associado a um melhor conhecimento do seu próprio corpo. Essa visão favorece o desenvolvimento de atitudes de respeito pelo próprio corpo e pelas diferenças individuais. Essa capacidade deve ser desenvolvida com a realização de atividades que permitam a criança explorar o próprio corpo e as características comuns e as de cada um, e que incentivem o respeito e valores de igualdade em contra posição as formas de discriminação e desvalorização.

1.5- Reconhecer as transformações que ocorrem no corpo humano durante o desenvolvimento e crescimento.

- Consciência corporal e principais partes do corpo humano. -Diferenças externas do corpo humano infantil masculino e feminino. - Características físicas dos alunos e as transformações ocorridas em seu corpo até a presente data (medidas, visualização em espelhos, registros fotográficos, objetos de uso pessoal, etc) - O ciclo de vida dos seres humanos (bebê, criança, jovem, adulto, idoso).

Nesta capacidade deve-se propiciar aos alunos conhecimentos e vivências sobre a anatomia e fisiologia do organismo, como também, levar o aluno a entender as modificações que ocorrem no funcionamento do seu corpo, em função do crescimento e desenvolvimento.

I/T T T

1.6- Compreender que as partes principais do corpo são formadas por subpartes.

- O corpo Humano: cabeça, tronco, membros. - Sistema locomotor (reforçar, exemplificar e vivenciar a idéia de que os ossos e os músculos são os responsáveis pelo movimento)

- Trabalhar com a criança o reconhecimento das principais partes do corpo dividindo-o em cabeça, tronco e membros, levando em conta que cada parte tem uma função que contribui para a harmonia do todo.

I/T T T

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- Cinco sentidos (tato, olfato, visão, paladar e audição) . sua função; . órgãos responsáveis; . utilidade dos sentidos na percepção do meio em que vive; . cuidados com os órgãos dos sentidos.

1.7- Reconhecer os tipos de movimentos que as partes do corpo podem realizar, conforme as articulações.

- Articulações e tipos de movimentos (movimentação do próprio corpo e do corpo do colega) -As junções corporais (lugares do corpo movimentados por serem articulados, joelhos, ombros, cotovelos, pulsos, dedos, tornozelos) - O começo da vida: desenvolvimento de ovos e sementes; desenvolvimento do bebê humano;

- Esta capacidade refere-se à importância da movimentação do corpo ao trabalho conjunto de ossos, músculos e articulações, como também as possibilidades e respeito aos limites do corpo. O professor pode associar tipos de brincadeiras a tipos de articulações da parte do corpo que está sendo usado e solicitar descrição das partes do corpo utilizando desenhos e colegas citando o componente de cada corpo. - Valorizar os movimentos corporais nas atividades em sala de aula e fora dela.

I/T T T

2-V

ida

e A

mbi

ente

2.1- Valorizar a vida em sua diversidade, reconhecer e adotar atitudes de preservação dos ambientes.

- Definição e características do meio ambiente; - Preservação e sustentabilidade; - Seres Vivos e não vivos.

- Para o desenvolvimento dessa capacidade, que tem por objetivo gerar o sentimento e atitude responsável quanto à preservação do meio ambiente, é preciso que as crianças compreendam o que é meio ambiente, o que há nele e quem vive nele. Devem ser desenvolvidas atividades de observação do espaço que vivemos, das plantas, animais, seres humanos, solo, água, luz e calor. A criança deve ser estimulada a questionar, identificar, relacionar, formular explicações para elementos, fenômenos e acontecimentos presentes no ambiente de seu convívio, e, sobretudo, sentir-se responsável por este ambiente.

I/T T C

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2.2- Reconhecer que um ambiente é composto por seres vivos e não vivos.

- As relações existentes entre os seres vivos nos diversos ambientes;

-Atividades que levem a criança a perceber o que diferencia os seres vivos dos não vivos. -Perceber a importância dos ciclos de vida dos seres vivos, valorizando-os e respeitando o meio ambiente.

I T C

2.3- Reconhecer e registrar semelhanças e diferenças entre os diversos ambientes, identificando a presença comum de seres vivos de ar, água, luz, calor, solo e as características específicas dos diferentes ambientes e suas relações de interdependência;

- Dependência dos seres vivos em relação ao ar, água e solo;

- Essa capacidade diz respeito ao reconhecimento que existem relações de dependência e interdependência entre os seres vivos (essas relações podem ser percebidas quanto à alimentação, transporte e outros) e o ambiente em que se vive, incluindo o ser humano.

I T T/C

2.4- compreender que os animais são seres vivos, suas diferentes características de locomoção, reprodução e alimentação, seus diferentes “habitat”, classificá-los de acordo com o meio onde vivem;

- Mundo animal: características, alimentação, locomoção e habitat; - Classificação de vertebrados e invertebrados.

- Essa capacidade diz respeito à compreensão por parte das crianças de que os seres vivos podem ser diferenciados e classificados através da composição corporal, modos de alimentação, sustentação, locomoção e outras características que permitam explorar e sobreviver em seu meio específico.

I R/T R/T

2.5- Identificar animais invertebrados e vertebrados mais comuns;

- Fazer a observação de animais vertebrados e invertebrados verificando as diferenças entre eles.

I R/T R/T

2.6- compreender os vegetais como seres vivos, seus diferentes tipos, características, ciclo da vida e utilidades;

- Mundo vegetal: • Características • Partes das plantas (raiz, caule,

folha, flor, frutos) • Ciclo da vida • Utilidades

- Essa capacidade diz respeito à compreensão por parte das crianças de que os vegetais são seres vivos e, portanto, possuem ciclo de vida. No ambiente encontramos diferentes tipos de vegetais, que possuem variadas utilidades (medicinais, alimentares, etc.). A criança deve perceber que diferentemente dos animais (que dependem de outros seres vivos para se alimentarem) os vegetais produzem o seu próprio alimento. - O professor poderá fazer questionamentos como e de que os vegetais se alimentam. Utilizar experimentos para verificar a necessidade de ar, água e luz solar pelos vegetais.

I R/T T

2.7- Reconhecer que os vegetais fabricam seu próprio alimento e que os animais dependem de outros seres vivos para obterem sua alimentação.

- Fotossíntese como transformação que produz alimento;

I R/ T T/ C

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2.8- Observar e comparar diferentes tipos de solos, identificando seus elementos, suas propriedades, utilização, importância para os seres vivos

O solo: • elementos que formam o solo; • utilidades (dentre elas produção de alimentos que o solo permite) • tipos de solo • práticas de conservação do solo: irrigação, drenagem, reflorestamento, curva de nível; -Poluição

- Essa capacidade refere-se ao reconhecimento da importância do solo para os seres vivos, a identificação dos elementos que o compõe, os tipos de solos existentes e as formas de conservação. As crianças devem entender como o solo pode ser poluído e os males que pode trazer ao ecossistema.

I T T

2.9- Reconhecer a importância da água e os benefícios para nossa saúde e bem estar

- A água: • existência e importância • localização da água na natureza • estados físicos e o ciclo da água • distribuição da água na comunidade • utilidades (consumo, transporte, produção de energia e outros) • qualidade da água • poluição da água

- Essa capacidade refere-se ao reconhecimento da importância da água para o planeta, identificando seus estados físicos, seu ciclo na natureza, sua distribuição e qualidade para o consumo. - a criança deve perceber a importância de desenvolver hábitos de preservação da água.

I T T

2.10- Reconhecer que o ar existe e que ocupa lugar no espaço, identificando fatores que constem sua presença;

- O ar: • existência e importância • respiração • qualidade do ar respirável • os ventos suas causas e

conseqüências • poluição do ar, agentes

poluidores (tabagismo, emissão de partículas, etc)

- Essa capacidade permitirá a criança reconhecer que o ar existe em todas as partes e que não há como sobreviver sem a sua presença. Identificar a importância da qualidade do ar que respiramos.

I T T

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2.11- Observar as variações do tempo (umidade do ar, temperatura, ventos, chuvas, luz solar)

Variações Climáticas; - Estações do ano

- Essa capacidade refere-se à observação das variações do tempo que podem ocorrer e as influências dessas variações para os seres vivos.

I T T/ C

2.12- Reconhecer as principais formas de poluição e outras agressões ao meio ambiente, especialmente da região que a escola está localizada.

- Poluição: Tipos de poluição Reciclagem do lixo Higiene ambiental Atitudes de respeito e preservação Sustentabilidade.

- Esse conjunto de capacidades refere-se ao reconhecimento por parte das crianças das principais formas de poluição do meio ambiente e do meio em que a criança está inserida, suas causas e conseqüências para o planeta. A criança deve observar e zelar pela redução do lixo e de outros poluentes.

I T T

2.13- Caracterizar causa e conseqüências da poluição da água, do ar e do solo.

-- -- I

2.14- Valorizar formas de redução do lixo doméstico pelo consumo consciente, reconhecendo modos adequados para sua deposição em casa e na escola.

I/T R/ T R/ T

3. R

ecur

sos

Tec

noló

gico

s

3.1- Reconhecer os recursos tecnológicos utilizados no seu dia-a-dia, identificando os instrumentos que favorecem a comunicação entre as pessoas tais como: telefone, rádio, televisão, fax, computador.

- Recursos tecnológicos utilizados no dia-a-dia - Meios de comunicação;

- Essa capacidade diz respeito ao reconhecimento, por parte das crianças dos recursos tecnológicos presentes no seu dia a dia como: os eletrodomésticos, os brinquedos, os meios de comunicação e outros. Também devem reconhecer os recursos escolares (lápis, caderno, borracha, etc.) e os recursos utilizados na educação como TV, DVD, computador, etc.

I T R/C

3.2- Reconhecer a importância da tecnologia para o transporte, trânsito, indústria.

- Meios de transporte - Semáforos - Robôs

-O professor poderá propor aos alunos que pesquisem sobre os diferentes tipos de Meios de Transportes que existem , quais eram utilizados no passado, e os atuais . Pode-se destacar a importância do avanço tecnológico para o desenvolvimento da indústria , transporte e trânsito.

I T R/C

3.3- Reconhecer que é possível utilizar a energia encontrada na natureza

- Fontes de energia - Utilização da energia no cotidiano

- Essa capacidade refere-se ao reconhecimento de que podemos encontrar energia na natureza e relacionar as atividades cotidianas com o tipo de energia utilizadas para executá-las.

-- -- I

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/CONCEITOS DETALHAMENTO ABORDAGEM POR ANO

4º 5º

1.V

ida

e A

mbi

ente

1.1 -Estabelecer relação entre troca de calor e mudanças de estados físicos da água para fundamentar explicações acerca do seu ciclo .

ÁGUA: • Estados físicos • Mudanças de estados

O trabalho sobre os estados físicos da água pode ser desenvolvido através de experimentos.As experiências na sala de aula são importantes, pois dão legitimidade ao trabalho desenvolvido, fazendo com que os alunos descubram verdadeiramente como acontecem as transformações. Por exemplo: preparo de uma receita culinária de gelatina, picolés, chupa-chupa, etc..

Antes de partir para as experiências, é importante que o professor converse com os alunos sobre os estados físicos das matérias, o que é líquido, o que é gasoso e o que é sólido. Aos poucos, irá colher informações sobre aquilo que as crianças já dominam, já entendem.

Se quiser trabalhar o estado gasoso é preciso que tenha muito cuidado. Antes de colocar a água para ferver, deve solicitar ajuda de alguém, para não correr o risco de alguma criança se queimar. Mostre o vapor que sobe da panela quando a água ferve e também que o vapor acumulado se transforma em água novamente, como na tampa da panela.

T/ C __

1.2 - Comparar diferentes misturas na natureza identificando a presença da água, para caracterizá-la como solvente.

• Características da água. Como no trabalho com os estados físicos da água, trabalhar misturas requer colocar as teorias, também em prática. A professora pode lançar mão também das receitas culinárias, pois os alunos podem observar a solubilidade da água, além de saborear uma receita no final da aula. Ex. preparo de gelatina, saladas de frutas, sucos, bolos, etc.

T T/ C

1.3- Identificar os processos de capacitação, distribuição e armazenamento de água e os modos domésticos

• A distribuição da água doce no planeta • A água que bebemos • Processos de capacitação, distribuição e armazenamento

• O problema da escassez de água potável no planeta é tão grave que se tornou imprescindível que a escola trate desse assunto com muito cuidado em todo o Ensino Fundamental. Evidentemente, são necessários recortes diversos, com aprofundamentos distintos para os níveis de escolaridade.

I/ T T/ C

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de tratamento – fervura e adição de cloro relacionando-os com as condições necessárias.

da água • Processo de tratamento da água

• A água deve ser tratada dentro de uma perspectiva interdisciplinar, levando-se em conta: - os pontos de vista global e local; - a conservação dos recursos hídricos; - os cuidados com a sua qualidade; - a ocupação das áreas de mananciais; - as condições do sistema de saneamento básico; - a relação entre água e saúde. • No desenvolvimento desse tema, é interessante considerar os seguintes aspectos:

- O ciclo da água faz com que a quantidade total de água do planeta permaneça sempre a mesma, apesar das contínuas transformações de estado e mudanças de localização. - Do total de água existente no planeta, somente 1% é de água doce e própria para consumo. - A água é desigualmente distribuída na superfície terrestre: existem regiões que têm água em abundância, ao passo que outras são muito secas. - No Brasil, país rico em recursos hídricos, a água existe em maior quantidade nas regiões menos habitadas. - O uso indiscriminado de água nas atividades industriais e agrícolas, mais as perdas relativas ao uso doméstico, acarretam o desperdício de grande quantidade de água, além de contribuir para a crise de abastecimento que ora vivemos.

1.4- Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas para promoção e manutenção da saúde.

• Processos de despoluição e reutilização da água

É importante que os alunos conheçam os processos de despoluição da água, principalmente os domésticos: filtração, fervura, cloração, decantação, etc., e que conheçam e adotem ações de reutilização da água em casa e na escola, elaborando cartazes e panfletos para serem distribuídos na escola e comunidade.

I/ T T/ C

1.5- Reconhecer a importância da água na

• Conservação da água • Poluição

• A escola precisa encarar essas questões e é papel do professor oferecer subsídios para que os alunos possam:

T T/ C

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natureza como bem finito (preservação)

- refletir sobre o grave problema da escassez de água que afeta bilhões de pessoas diariamente; - reconhecer a forma como esse problema se revela em diversos níveis de sua experiência de vida, da questão local ao problema global; - propor soluções em nível individual e coletivo, no sentido de minimizar o problema em questão, sendo capaz de avaliar diferentes soluções em diferentes contextos (levando em conta as possibilidades em um dado espaço e momento); - refletir sobre a parcela de responsabilidade do poder público e a dos cidadãos com relação à preservação e à utilização desse recurso natural; - perceber-se como sujeito capaz de atuar junto à sua comunidade, no sentido de encaminhar soluções para problemas locais, deixar de jogar lixo nas ruas porque este chegará aos rios, não desperdiçar água, cobrar das autoridades competentes (prefeitos, vereadores) condutas que minimizem ou impeçam a contaminação das águas. • Seja qual for a faixa etária com que se esteja trabalhando, é importante que a escassez da água potável seja colocada como um problema que resulta, entre outras coisas, da idéia errônea de que a natureza está aí para nos servir e de que esse recurso é inesgotável. • Importa, também, que os alunos compreendam que a água é desigualmente distribuída nas diferentes regiões do nosso país. É preciso ainda que os alunos percebam que existem ações que podem minimizar esse problema, cuja implementação depende do poder público e de cada cidadão.

1.6- Comparar solos de diferentes ambientes relacionando suas características às condições desses ambientes para se aproximar da noção de solo como componente

SOLO: • Formação • Tipos de solo • Propriedades • Características do solo • Composição do solo • Minerais

• Promover palestra com geólogo para ampliar o estudo sobre formação dos solos. • Incentivar os alunos a falar de suas experiências e a expor os conhecimentos que possuem sobre os tipos de solo. • Mostrar os diferentes tipos de solo aos alunos para que aprendam a diferenciá-los. • Trazer argila para a sala de aula para que os alunos modelem objetos. • Chamar a atenção para os alunos perceberem que os solos que vemos hoje não

I/ T T

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dos ambientes integrados aos demais.

são os mesmos que existiram há milhões de anos. Levá-los a perceber que, embora a rocha seja de grande dureza, ela se desgasta com o tempo, com a ação do clima e de micro-organismos. • Levar os alunos a perceber que a permeabilidade do solo está relacionada a sua composição. • Montar um minhocário em um aquário pequeno, usando terra fértil, sacos pretos de lixo e minhocas. Revestir as paredes do aquário com o plástico preto, colocar a terra e as minhocas no aquário e deixá-las escavar para penetrar no solo. Após duas semanas, retirar o plástico para que os alunos observem os canais formados. O objetivo é mostrar-lhes que solos férteis são permeáveis e permitem que a minhoca transite por eles, formando canais.

1.7- Caracterizar técnicas de utilização do solo nos ambientes urbano e rural, identificando as conseqüências das formas inadequadas de seu uso.

• Técnicas de utilização do solo.

• Ao estudar o desgaste e a destruição do solo, comente com os alunos as transformações naturais que o solo sofre e as ações provocadas pelo ser humano. Procure enfatizar que as transformações naturais são menos nocivas ao ambiente que a ação humana. • Verificar a opinião que os alunos têm sobre o uso das técnicas de desmatamento. É importante respeitar suas ideias, mesmo que alguma sugira prática que cause danos ao ambiente. Entretanto, conscientizá-los de que aprovar o uso desses tipos de técnica significa estar de acordo com práticas que degradam o ambiente. • Pesquisar se, na região em que o aluno mora, a técnica da queimada é usada. • Promover uma campanha de conscientização da população, com ambientalistas, sobre as graves consequências que o desmatamento provoca. • Solicitar aos alunos que tragam sementes de plantas diversas para serem plantadas em canteiros, vasos ou no entorno da escola. Estabelecer quais alunos deverão cuidar diariamente dessas plantas ou árvores, fazendo um esquema de rodízio para que todos possam participar da atividade.

__ I/ T

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1.8- Estabelecer relação entre o solo, a água e os seres vivos nos fenômenos de permeabilidade, fertilidade e erosão.

• O solo e os seres vivos • Propor entrevista com um agricultor para que informe como se dá a preparação do solo para o plantio de hortaliças ou outro tipo de vegetal. • Levar à escola uma pessoa que tenha a prática da adubação natural para informar os benefícios de seu uso. • Propor uma pesquisa sobre o plantio de arroz e de feijão, comparando as características do solo de que cada cultura necessita para se desenvolver. • Solicitar que entrevistem pessoas que tenham a prática do plantio de hortaliças, de plantas ornamentais ou de outras culturas e que utilizem o esterco de galinha ou de outro animal como adubo, a fim de conhecer os resultados benéficos dessa prática. . Realizar experimentos que verifiquem a permeabilidade em vários tipos de solos, a fertilidade e a erosão.

• Coordenar um trabalho de produção de solo fértil a partir de solo infértil. Sugerir a coleta de uma amostra de solo e sua divisão em duas partes: uma receberá nutrientes para o plantio e outra não. Para isso, será necessária a aquisição de húmus em lojas de jardinagem ou o uso de restos de vegetais como folhas, galhos e frutos que deverão ser misturados a uma das amostras de solo pobre para a formação de uma porção de solo rico em nutrientes. Propor o plantio de algumas sementes, de crescimento rápido, no solo preparado e no solo que não recebeu nenhuma interferência. Certamente surgirá uma pequena planta no solo fértil. Assim que ela aparecer no solo preparado, perguntar aos alunos qual o motivo dessa diferença. O objetivo é que os alunos verifiquem a necessidade de um solo fértil para que o vegetal nasça e se desenvolva. Caso surja uma planta no outro solo também, avalie com os alunos se ambas têm a mesma vitalidade.

I/ T T/ C

1.9 - Reconhecer o ar como elemento da natureza que ocupa espaço e suas propriedades.

AR: • Características do ar • Propriedades do ar

Inicialmente o professor deve propor aos alunos atividades de observação, como sentir o vento nas árvores, corpo, etc. e fazer experimentações para comprovar a existência do ar.

T T/ C

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1.10 Identificar os gases que compõe o ar e a importância deles para a vida do planeta.

• Composição do ar O professor poderá aprofundar os conhecimentos dos alunos com textos informativos sobre os gases componentes do ar.

I/T T/ C

1.11- Identificar as situações de poluição do ar suas conseqüências e as medidas para a sua redução.

• Poluição do ar • Conseqüências da Poluição e Medidas de redução

• Ler e explicar a definição de poluentes para que os alunos compreendam as alterações que essas substâncias provocam no ar. • Conscientizar os alunos das graves interferências causadas pelos poluentes à saúde humana e ao ambiente, ocasionando a chuva ácida, a destruição da camada de ozônio e o agravamento do efeito estufa, que provoca o aquecimento global. • Informar que as doenças respiratórias causadas pela poluição do ar são um grande problema para a saúde pública, uma vez que os gastos com hospitais, prontos-socorros e postos de saúde aumentam consideravelmente. • Conscientizá-los de que a poluição do ar já se tornou um problema mundial, principalmente nos países industrializados. Informá-los de que esses países são os grandes responsáveis pela emissão de gases poluentes no ar pela grande atividade industrial que detêm. A China, os Estados Unidos, entre outros, são exemplos de países poluidores. • Mostrar a importância de se tomar medidas urgentes para combater a poluição do ar, como a melhoria e a expansão do transporte coletivo, pois esse é um meio de atrair aqueles que se utilizam de automóvel como meio de transporte. • Comentar com os alunos a necessidade de existirem leis, em grandes centros urbanos como São Paulo, para tentar diminuir a poluição do ar. • Levá-los a refletir sobre a necessidade de haver maior rigidez no controle da emissão de gases poluentes no ar. • Solicitar aos alunos que coletem notícias sobre atitudes que têm sido tomadas pelos governos para que haja melhoria na qualidade do ar. • Promover uma palestra com um médico, preferencialmente um pneumologista, a fim de orientar os alunos sobre como driblar a poluição do ar, na tentativa de minimizar os males provocados à saúde. • Solicitar aos alunos que tragam notícias de jornais e revistas que tratem do problema da chuva ácida e façam cartazes para serem afixados no mural da sala, se possível, também nos murais da escola para que mais pessoas possam tomar consciência desse fato.

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1.12- Reconhecer a importância da camada de ozônio para a preservação da vida e saúde dos seres vivos e as conseqüências da emissão de gases poluentes na atmosfera.

• Camada de ozônio • Função • Conseqüência da poluição

do ar na atmosfera.

• O professor deverá discutir sobre a camada de ozônio e levar os alunos a perceber sua importância para proteger o planeta dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Explicar que, se não fosse a existência dessa camada, não seria possível existir a vida na Terra como a conhecemos, pois os raios ultravioleta matariam grande parte dos seres vivos na superfície do planeta e os demais organismos provavelmente morreriam em decorrência desse desequilíbrio. • Enfatizar a necessidade de se proteger do Sol em virtude do mal que a radiação ultravioleta pode causar à nossa saúde.

T T

1.13- Compreender o efeito estufa enquanto processo natural benéfico para a vida na Terra.

• O efeito estufa e a vida na Terra.

• Levar os alunos a entender que o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para que se mantenha a temperatura da Terra. • Chamar a atenção para a importância do equilíbrio da temperatura na Terra, pois graças a isso é possível existir a diversidade de seres vivos que compõem a fauna e a flora do nosso planeta.

I/ T T

1.14- Relacionar o efeito estufa com o processo contínuo de aquecimento global e suas conseqüências.

• O efeito estufa e o aquecimento global.

• Explicar aos alunos que o aquecimento global é uma consequência do agravamento do efeito estufa. • Enfatizar, neste momento, que o efeito estufa só é prejudicial ao planeta quando agravado pela emissão de gases poluentes na atmosfera, decorrente das ações humanas. • Conscientizar os alunos das consequências que o aquecimento global pode trazer para o planeta. • Levantar, junto com os alunos, medidas que poderiam ser tomadas pelas autoridades competentes para frear o aquecimento global. Por exemplo, a criação de leis rígidas para penalizar pessoas ou indústrias que continuam emitindo gases poluentes na atmosfera; utilizar os meios de comunicação para fazer campanhas pela redução da emissão desses gases na atmosfera, entre outros.

I/ T T

1.15- Compreender o ar em movimento e seus efeitos.

• O ar em movimento. Definir ar em movimento, conhecê-los e diferenciá-los. I/ T/ C T

1.16- Reconhecer o ar como fonte de energia e os processos para a sua utilização.

• Ar, fonte de energia. • Pesquisar sobre energia eólica. •Construir cata-ventos e fazer experimentações sobre a energia oriunda do ar em movimento.

T T/ C

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1.17- Estabelecer relações de dependência entre os seres vivos em diferentes ambientes.

SERES VIVOS: • Os seres vivos e a cadeia

alimentar.

• Comparar o modo dos animais se alimentarem (vão à caça ou recebem alimento, logo não precisam produzi-lo) como os vegetais. • Propor um passeio ao zoológico para que os alunos construam uma tabela e nela registrem informações sobre os hábitos alimentares dos animais vistos. Classificá-los em carnívoros, herbívoros ou onívoros. Se for possível, entrevistar o veterinário e/ou os tratadores de animais do zoológico para conhecer as funções que fazem parte de sua profissão. • Elaborar, com os alunos, um levantamento dos seres vivos da região em que a escola se localiza, procurando identificar as relações alimentares que existem entre eles. • Solicitar a construção de um cartaz com imagens de animais consumidores primários, secundários e terciários. • Realizar uma pesquisa com os alunos, por meio de livros ou da internet, sobre imagens ampliadas de seres decompositores. Orientá-los sobre a existência de alguns organismos macroscópicos, como certas espécies de fungos (orelha-de-pau, por exemplo). • Pedir que assistam ao filme O Rei Leão (1994), dos Estúdios Walt Disney, e analisem as cadeias alimentares apresentadas na animação. Mostrar aos alunos os trechos em que essas cadeias possam ser vistas e analisadas. Caso não seja possível exibir esse filme em sala de aula, indicar o trecho ou a parte em que essas informações aparecem. Propor que construam, com recortes e colagem, uma dessas cadeias alimentares. • Confeccionar cartazes que apresentem cadeias alimentares de ambientes aquáticos. • Propor uma pesquisa de imagens dos seres vivos que habitam as profundezas do mar. • Propor uma pesquisa sobre os hábitos alimentares de alguns animais, como onça-pintada, serpentes, coruja, jacaré etc., de modo que os alunos percebam os limites da representação de cadeia alimentar. Geralmente o que ocorre na natureza é que os animais podem se alimentar de várias espécies de seres vivos e não de apenas uma. Sugerir a construção de uma teia alimentar com os animais pesquisados.

I/ T T/ C

1.18- Estabelecer • As plantas/ características • Colocar folhas picadas de uma planta verde em um copo com álcool. Depois de R/T/ C __

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relação de dependência entre a luz e os vegetais (fotossíntese), para compreendê-los como indicadores das cadeias alimentares.

• Partes da planta • Fotossíntese • Espécies • Habitat

algum tempo, pedir aos alunos que observem a cor do álcool e escrevam o que aconteceu. (A coloração da solução é justificada pela retirada da clorofila da folha pelo álcool. A clorofila é a responsável pela produção da glicose no vegetal.) • É interessante levar uma flor para a sala de aula e mostrar aos alunos a parte responsável pela reprodução dos vegetais. Se for possível, apresentar um exemplar com os órgãos masculino e feminino. • Comentar as formas de polinização das flores. Destacar a importância das abelhas, dos passarinhos e até mesmo de algumas espécies de morcego que participam da polinização. • Enfatizar que a água e o vento também são agentes polinizadores. • Ao ler o texto sobre a reprodução sem sementes, perguntar aos alunos quem já viu esse tipo de reprodução. Comentar que, em casa, é possível reproduzir mudas de violetas, plantando folhas em vasos. • Fazer um levantamento a respeito de formas de reprodução conhecidas pelos alunos e montar um painel com o conhecimento prévio que eles possuem. • Pedir que façam um cartaz com saquinhos de sementes, identificando-as com o nome do fruto. Exemplo: semente de melancia. • Sugerir uma pesquisa sobre a função dos perfumes nas plantas e elaborar um texto coletivo com as informações trazidas pela classe. • Fazer com os alunos um painel com fotos de vegetais, cuja reprodução não se dá por sementes. • Propor que fotografem ou recortem imagens de vegetais nas diversas fases de desenvolvimento, isto é, nas fases em que apresentam flores, sementes e frutos. Compor um painel e expor na sala de aula.

1.19- Reconhecer a diversidade de hábitos e comportamentos dos seres vivos relacionados aos períodos do dia e da noite e à disponibilidade de água.

• Hábitos e comportamentos dos seres vivos

• Mundo animal e vegetal

• Propor uma pesquisa sobre o hábitat de alguns animais. Após a coleta das informações, sugerir a confecção de um cartaz com a tabela ANIMAL / HÁBITAT. Sugestões de animais para a pesquisa: siri-azul, boto-cor-de-rosa, tartaruga-de-pente, peixe-palhaço, lobo-guará, onça-pintada, arara-azul, mico-leão-dourado etc.

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1.20- Comparar as • Condições do solo, do ar e • Solicitar aos alunos que tragam para a sala de aula recortes de artigos sobre T T/ C

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condições do solo, do ar, da água e a diversidade de seres vivos em diferentes ambientes ocupados pelo homem.

da água e a diversidade de seres vivos.

diferentes ecossistemas. • Confeccionar um painel com legenda. • Propor a montagem de um aquário, de modo que os alunos possam observar as relações entre os seres vivos desse pequeno ecossistema. Para conhecer, em detalhes, as etapas de sua montagem, acessar o site <http://repteis.com.br/livreto/aquario/montagem.htm>. • Propor uma pesquisa sobre as características dos ambientes naturais da região onde os alunos vivem, analisando quais desses ambientes estão preservados ou não. • Confeccionar, com os alunos, um jornal de circulação interna que publique notícias relacionadas ao meio ambiente. Esse trabalho pode ser integrado com as aulas de Artes. • Solicitar uma pesquisa sobre a Amazônia, a maior floresta do mundo, e sobre o rio Amazonas, o maior rio do mundo em volume de água. Orientar os alunos para que busquem informações sobre como esses ecossistemas se encontram atualmente e como eram antes da exploração e ocupação. • Acessar o site do Ibama, <www.ibama.gov.br/>, para conhecer as leis de proteção ao meio ambiente.

1.21- Caracterizar os espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida.

• A vida no planeta. • Espaços ocupados pelo homem. • Qualidade de vida.

• Explicar sobre a biosfera – ecossistemas. • Pesquisar sobre os espaços ocupados pelo homem e as condições mínimas para a sobrevivência do ser humano nestes ambientes.

I/ T T/ C

1.22- Interpretar informações de diferentes fontes sobre transformações nos ambientes provocadas pelo homem e o risco da extinção de espécies.

• A atuação do homem na depredação ambiental e extinção das espécies.

• Utilizar textos informativos, poemas, músicas que tratam da depredação do meio ambiente e extinção das espécies. • Pesquisar as espécies ameaçadas de extinção, principalmente na nossa região e o impacto disso no desequilíbrio ambiental.

T T

1.23- identificar e compreender as relações

• Relação: solo, ar, água e • Estudar as causas das enchentes nas grandes cidades e nos ambientes rurais, assoreamento dos rios e a erosão do solo.

I/ T T/ C

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entre solo, água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes urbanos e rurais.

seres vivos. • Fenômenos

1.24- caracterizar as causas e conseqüências da poluição da água, do solo e do ar.

• Conseqüências da poluição do solo, do ar, da água na vida no planeta.

• Mostrar que a ação inconsequente dos seres humanos destrói o ambiente. • Levar os alunos a refletir sobre a intensidade da poluição do ar, uma vez que já se tem notícia de que há migração de poluentes de uma cidade para outra. • Promover uma discussão da questão de levantamento de conhecimento prévio solicitando aos alunos que defendam seu ponto de vista. • Propor aos alunos a elaboração de um texto, em duplas ou trios, focando atitudes positivas que podem ter para a preservação do ambiente. • Propor a criação de um texto teatral, com diálogos entre pessoas que se preocupam com o meio ambiente, e representá-lo. • Solicitar que coletem notícias sobre a poluição para leitura e reflexão em sala de aula. Após essa etapa, fazer um relatório dos principais aspectos que a notícia traz.

T T/ C

1.25- reconhecer as principais formas de poluição e outras agressões ao meio ambiente da região em que a escola está localizada, identificando as principais causas e relacionando-as aos problemas de saúde

Verificando o entorno: • Poluição e degradação ambiental. • A saúde nesses ambientes.

• Fazer estudo do meio para verificar os tipos de poluição existentes na nossa cidade e possíveis soluções.

T/ C __

1.26- relacionar a reciclagem dos materiais com a preservação ambiental.

• Reciclagem e conservação ambiental.

• Rever as práticas de coleta seletiva, reciclagem e reutilização de materiais, bem como prática de conservação dos ambientes.

T T/ C

1.27- reconhecer o lixo como fator de degradação ambiental,

• Lixo • Degradação ambiental

• Alertar os alunos quanto o maior problema da humanidade: o lixo. • Estudar os espaços degradados criando soluções possíveis.

T T/ C

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suas conseqüências e possibilidades de recuperação dos espaços degradados e de reutilização dos materiais do lixo.

• Recuperação de espaços degradados.

1.28- caracterizar materiais recicláveis e processos de reciclagem do lixo.

• Tratamento e reciclagem • Coleta seletiva • A vida nos lixões • Catadores de lixo

• Visitar o aterro sanitário, entrevistar catadores de lixo, usinas de reciclagem, etc. Propor reciclagem de papéis na escola e redução da utilização destes.

T T/ C

1.29- reconhecer o saneamento básico como técnica que contribui para a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.

• Saneamento básico e a qualidade de vida

• Reproduzir filmes e documentário que associa saneamento básico com qualidade de vida. • Ressaltar a importância do trabalho dos garis e coleta de lixo para a qualidade de vida da população.

I/ T T/ C

1.30- relacionar queimadas à morte dos seres e do solo e conseqüentemente à perda da fertilidade.

• As queimadas e suas conseqüências.

• Visitar locais que foram afetados pelas queimadas no nosso município para fazer o levantamento das consequências e possíveis causas. Caso não possa realizar a visita in loco, utilizar fotos, reportagens e vídeos.

T T/ C

2. S

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e

2.1- Compreender que as células são as menores unidades que formam o corpo humano. 2.2- Reconhecer cada sistema em sua particularidade, sua relação com os demais e com o corpo humano como um todo, num processo harmônico.

• Célula: menor parte que compõe o corpo humano.

• Tecidos e a formação dos órgãos.

• Os órgãos e suas funções. • O corpo humano e seus

sistemas • O corpo humano: um todo

integrado • Aparelhos e sistemas:

articular,muscular, excretor, cardiovascular, esquelético

• Resgatar a importância da célula como unidade fundamental do corpo. • Inserir o conceito novo de tecido como sendo a associação de várias células semelhantes. • Explicar que os tecidos são classificados em epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. • Explicar que os órgãos são formados pela junção de vários tecidos que realizam determinada função. • Retomar as informações de que o conjunto de células com funções iguais forma um tecido, o conjunto de tecidos forma um órgão, o conjunto de órgãos forma um sistema, e o conjunto de sistemas forma o corpo humano. • Enfatizar que os sistemas trabalham em conjunto. • Levar os alunos a conhecer os órgãos que fazem parte do sistema respiratório para que percebam o caminho do ar.

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respiratório, digestório, nervoso, urinário e reprodutor.

• Enfatizar que o sistema respiratório também tem o papel de expelir substâncias tóxicas do nosso organismo: o gás carbônico. • Aproveitar a oportunidade e conversar com os alunos sobre a importância de respirar pelo nariz, pois nele já começa a filtração, por meio dos pêlos presentes na mucosa da cavidade nasal, das partículas maiores existentes no ar. • Enfatizar o mal que o cigarro causa não só aos pulmões do fumante, mas à sua saúde em geral, bem como à saúde dos não-fumantes que convivem com ele, os chamados “fumantes passivos”. • Analisar a ilustração do sistema cardiovascular. • Levar os alunos a compreender o processo da circulação do sangue em nosso organismo, percebendo que é pelo sangue que os nutrientes chegam às células do nosso corpo. • Insistir na ideia de que os sistemas atuam em conjunto no organismo. Levar os alunos a verificar isso mostrando a integração entre os sistemas esquelético, articular e muscular, que são coordenados pelo sistema nervoso. Deixe claro que isso ocorre em todos os sistemas. • Levar para a sala imagens do esqueleto humano e afixá-las no mural da escola enquanto os alunos estiverem estudando esse assunto. • Caso haja um esqueleto humano no laboratório da escola, levar os alunos até lá para que observem o esqueleto do corpo humano em tamanho natural. • Solicitar que tragam para a sala de aula radiografias de partes ósseas do corpo humano. Sugerir que juntem todas elas e tentem formar o esqueleto humano. • Promover o “Dia da postura”. Orientar os alunos para que sentem com a coluna reta, encostada no espaldar da cadeira. Verificar se adotam essa postura no dia-a-dia. • Levar os alunos a refletir sobre o sistema articular que tem a função de permitir a mobilidade do corpo humano. • Levar os alunos a perceberem que o termo usado para designar a união entre os ossos e que formam o esqueleto é articulação. • Conscientizar os alunos de que existem articulações móveis, semimóveis e imóveis. • Retomar o trabalho com as radiografias para montar o sistema esquelético e pedir aos alunos que localizem as articulações. • Levar os alunos ao pátio e brincar de correr, agachar, parar e andar. Eles devem levar caderno, lápis e borracha. Orientá-los para que fiquem atentos às

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articulações que utilizam nessas brincadeiras. Em seguida, pedir que se sentem e façam um relatório indicando as articulações utilizadas enquanto brincavam. • Levar os alunos a refletir sobre o porquê dos músculos receberem os nomes de voluntários e involuntários. Se necessário, comparar com ações do dia-a-dia, como jogar futebol, vôlei, basquete, praticar natação, em que os movimentos são voluntários. Obs.: O trabalho com os sistemas do corpo humano deve ser voltado para a interdependência entre os órgãos e sistemas a fim de que os alunos percebam-no como um todo integrado. • Sugerir aos alunos para desenhar e recortar um corpo humano em papelão em seguida, desenhar, pintar e recortar os órgãos que o compõem para que possam reconstruir o corpo humano explicando a função de cada órgão e sistema.

2.3- estabelecer relações entre os diferentes aparelhos e sistemas que realizam as funções de nutrição para compreender o corpo como um todo integrado: • Transformações sofridas pelo alimento na digestão e na respiração; • Transporte de materiais pela circulação e eliminação de resíduos pela urina.

• Desenhar o contorno do corpo em tamanho natural e o caminho pelo qual o alimento passa, dando nomes às partes estudadas. Essa atividade deve ser feita coletivamente, estabelecendo uma função para cada aluno, de modo que todos participem da atividade. • Pedir que montem com massinha e sucata os órgãos do sistema digestório. Podem-se usar mangueiras para representar os intestinos e o esôfago. • Propor uma palestra com um médico ou um profissional da área da saúde para que fale sobre anorexia e sua relação com o sistema digestório e a saúde de modo geral. • Pedir que pesquisem em que regiões do Brasil há mais pessoas carentes, com fome, o motivo de estarem nessa situação, as consequências que a desnutrição pode trazer ao ser humano e o que poderia ser feito para melhorar a vida dessas pessoas.

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2.4- Reconhecer que a urina é produto de filtração do sangue pelos rins, processo que concorre para a eliminação de resíduos do corpo.

• Analisar a ilustração do sistema urinário para que os alunos conheçam os órgãos que o formam. • Enfatizar que esse sistema é responsável por expelir parte das substâncias tóxicas do nosso organismo. • Chamar a atenção para o fato de que os rins têm grande importância nesse processo, pois funcionam como filtros para o sangue, além de controlar a quantidade de sais minerais e de água presentes no organismo. • Propor uma palestra com um profissional da saúde para que fale sobre a função

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do sistema urinário e comentar também as possíveis causas de uma criança urinar na cama até uma idade mais avançada e como lidar com a situação. • Propor que pesquisem o que é hemodiálise e para que é utilizada. • Propor a redação de um texto relatando a importância da água em nosso organismo e enfatizar a importância dos órgãos urinários.

2.5- reconhecer que as fezes são constituídas por materiais que não foram absorvidos pelo organismo durante o processo digestivo.

• Aproveitar o trabalho com o sistema digestório para explicar sobre as fezes. __ I/ T/ C

2.6- identificar limites e potencialidades do próprio corpo, compreendendo-o como semelhante, mas não igual aos demais para desenvolver auto-estima e cuidado com si próprio.

CUIDADOS COM O CORPO: • Higiene • Alimentação • Exercício físico • Saúde

Ao trabalhar cada sistema do corpo humano, o professor deve ter o cuidado de relacionar a saúde a cuidados com o corpo.

T T/ C

2.7- Comparar os principais órgãos e funções do aparelho reprodutor masculino e feminino, relacionando o seu amadurecimento às mudanças ocorridas no corpo e no comportamento de meninos e meninas durante a puberdade e respeitando as diferenças individuais.

SISTEMA REPRODUTOR: • As fases da vida • Diferença no desenvolvimento de meninos e meninas.

• Fazer o levantamento do conhecimento prévio dos alunos. Geralmente eles costumam ter vergonha de se expor. Uma boa solução é utilizar uma caixa na qual os alunos, sem ser identificados, devem colocar suas questões para que possam ser respondidas. Se você puder contar com um profissional da área para dar esclarecimentos, será muito interessante. • Analisar os esquemas de representação dos sistemas genitais masculino e feminino. Levar os alunos a conhecer os órgãos que fazem parte desses sistemas e os nomes dos principais. • Pedir que pesquisem a diferença entre parto normal e parto por meio de cesariana. • É importante que os alunos compreendam por que ocorre supressão da menstruação quando um óvulo é fecundado. • Explicar por meio de desenhos como se dá a fecundação. • Propor uma pesquisa para determinar o período em que ocorre a ovulação e em que momento há a possibilidade de gravidez.

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2.8- reconhecer a alimentação, a higiene pessoal e ambiental, os vínculos afetivos, a inserção social, o lazer e repouso adequados como conjunto de atitudes e interações com o meio de que dependem o equilíbrio físico e mental e, conseqüentemente, a saúde do ser humano.

Corpo Humano: Saúde Física, Mental e as Interações com o Meio. • Importância da alimentação saudável, dos cuidados pessoais, da higiene pessoal e ambiental, dos vínculos afetivos, das relações familiares e sociais para o equilíbrio físico e mental.

• Fatores de risco à saúde presentes no meio em que se vive e formas de combatê-los e/ou evitá-los.

• Melhoria das condições de vida e sua relação com a melhoria na saúde.

• Pedir para que os alunos façam um levantamento dos motivos pelos quais devemos nos alimentar, lembrando-os de que, quando dormimos, também gastamos energia, uma vez que alguns órgãos continuam funcionando. • Pedir que façam pesquisas em revistas, jornais ou na internet sobre os locais que mais sofrem com o problema da fome e da desnutrição, procurando investigar os motivos que levam a isso. Questionar o papel dos governantes desses locais no sentido de resolver ou pelo menos amenizar esses problemas. • Relacionar saúde com boa alimentação. • Elencar causas para a alimentação inadequada nos dias atuais.

T T/ C

2.9- Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico, econômico e sócio-cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que se vive.

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2.10- estabelecer relações entre aspectos biológicos, afetivos, culturais, socioeconômicos e educacionais na preservação da saúde e do bem-estar psíquico, físico e social.

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2.11- Estabelecer relações entre aspectos biológicos, afetivos e culturais na compreensão

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da sexualidade e suas manifestações nas diferentes fases da vida.

2.12- Conhecer e utilizar formas de intervenção sobre fatores desfavoráveis à saúde, agindo com responsabilidade em relação à própria saúde.

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2.13- Estabelecer relações entre a saúde do corpo e a existência de defesas naturais (sistema imunológico) e estimuladas (vacinas)

• Cuidando da saúde • Causas de algumas doenças • Doenças infecciosas • Verminoses • Sistemas imunológicos e as vacinas. Vacinas: • Importância • Período de aplicação

• Relacionar algumas doenças com o abuso de um tipo de alimento.(Ex. excesso de açúcar, pode colaborar para o aparecimento da diabetes). • Analisar o cartão de vacina de cada criança. • Relacionar doenças infecciosas e verminoses com falta de higiene.

T T/ C

2.14- identificar as campanhas de vacinação pública como medidas preventivas em favor da saúde da população.

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2.15- Identificar o uso de soros como medidas curativas de acidentes (antiofídico, outros).

• Soros curadores • Instrumentos para os cuidados com a saúde.

• Pesquisar sobre os soros utilizados contra acidentes com animais peçonhentos. • Conhecer e saber utilizar instrumentos utilizados para cuidar da saúde. • Conhecer e saber fazer o soro caseiro contra desidratação.

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2.16- Reconhecer o termômetro, o aferidor de pressão como instrumentos utilizados para cuidar da saúde.

__ I/ T/ C

2.17- Conhecer os recursos da comunidade voltados para a promoção, proteção e

• Políticas públicas voltadas para a saúde • Serviços • Saneamento básico

• Entrevistar funcionários de PSF e Postos de Saúde sobre o serviço prestado em prol da saúde das pessoas. • Entrevistar um sanitarista que fale sobre a importância do saneamento básico para a saúde da população.

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recuperação da saúde, bem como os serviços ligados a ela. 2.18- reconhecer o processo de alimentação como forma de obtenção de nutrientes (materiais e energia) para o funcionamento e crescimento do corpo.

• Pirâmide alimentar: como ter uma alimentação saudável.

• Fazer observação e análise da pirâmide alimentar. • Construir cardápio balanceado utilizando os alimentos da pirâmide alimentar. • Fazer um levantamento entre os alunos para saber se eles têm conhecimento de alguma doença causada por falta ou excesso de alimento.

I/ T T/ C

2.19- Estabelecer relações entre falta de higiene pessoal e ambiental e a aquisição de doenças. Contágio por vermes e microorganismos.

• A falta de higiene pessoal e ambiental e o desenvolvimento de doenças.

. • Enfatizar a importância de se ter higiene para evitar doenças. Alertá-los para ter o cuidado de lavar bem as mãos antes das refeições, de não pôr as mãos na boca, pois estas são um canal fácil de transmissão de doenças. • Alertá-los sobre a importância de consultar um médico quando se tem algum sintoma de doença, em vez de se automedicar. • Elaborar uma lista de recomendações para prevenção de doenças como parasitoses, verminoses, viroses etc. • Propor que pesquisem em algum órgão de saúde de sua cidade as estatísticas da incidência de doenças como amarelão, ascaridíase, esquistossomose e teníase. • Propor aos alunos que entrevistem um médico veterinário para obter informações sobre os animais que causam raiva.

T T/ C

2.20- Reconhecer os alimentos como fonte de energia e materiais para crescimento e manutenção do corpo saudável, valorizando a máxima utilização dos recursos disponíveis na reorientação dos hábitos de alimentação.

• Desenvolvimento de bons hábitos alimentares para a manutenção da saúde em todas as fases da vida.

• Através de leituras de textos informativos, levar os alunos a refletir sobre seus hábitos alimentares e, quando necessário, modificá-los para garantir uma alimentação equilibrada. O intercâmbio de vivências possibilita uma abertura para a experimentação de novos alimentos. Por exemplo, um aluno que não come vegetais crus pode interessar-se por prová-los ao ouvir um colega afirmar que saboreia esse tipo de alimento. O mesmo pode ocorrer com frutas e outros tipos de alimento. • Se a escola tiver um refeitório ou uma cantina, analise os produtos oferecidos, selecionando os considerados mais saudáveis. • Estimular os alunos para que cada um obtenha pelo menos uma receita curiosa, inédita e de custo reduzido, para a turma elaborar um livro com uma alimentação variada, equilibrada e saudável. Cada receita deve ser acompanhada de breve pesquisa sobre a região ou o país de origem. Obs.: Pode-se fazer um livro de receita com partes de legumes, verduras e frutas

T T/ C

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que são descartadas. • Fazer um levantamento entre os alunos para saber se eles têm conhecimento de alguma doença causada por falta ou excesso de alimento.

2.21- Associar o amadurecimento dos órgãos genitais internos e externos à capacidade reprodutiva.

• A puberdade e suas características • Doenças sexualmente transmissíveis: AIDS – contágio e prevenção.

• Em muitas sociedades e culturas há eventos que marcam a passagem da infância para a adolescência. São como ritos de passagem. Peça aos alunos que pesquisem os diferentes ritos de passagem para a puberdade. • Promover palestras com pessoas que possam orientar os alunos nas questões sobre doenças sexualmente transmissíveis e convidar os pais e a comunidade do bairro onde fica a escola para discutir e tirar suas dúvidas a esse respeito. • Conversar com os alunos enfatizando a necessidade de tomar cuidado para não contrair os vírus HIV e HPV. • Levar os alunos a refletir sobre a necessidade de ter cuidado e respeito com o próprio corpo. • Mostrar que uma pessoa infectada com o vírus HIV ou HPV leva uma vida normal, e que o acompanhamento médico e o apoio da família e dos amigos são muito importantes. • Promover bate-papos para falar sobre as ações de prevenção contra a Aids e o HPV, discutindo também sobre a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas infectadas.

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2.22- identificar as formas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à AIDS.

__ I/ T/ C

2.23- Avaliar as conseqüências do uso das drogas na vida pessoal e no convívio familiar e social.

• As drogas e suas conseqüências.

• Promover palestras com especialistas sobre as drogas lícitas e ilícitas e suas consequências na vida dos jovens. (Alertar principalmente quanto à bebidas alcoólicas e cigarro). • Incentivar a prática de esportes como meio de distanciamento das drogas.

__ I/ T/ C

2.

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3.1 Reconhecer as teorias que tentam explicar a origem do universo, o pensamento e as crenças do homem em diversos momentos da história da humanidade.

UNIVERSO: ORIGEM/ CORPOS CELESTES • Teorias para a origem do universo.

• Fazer o levantamento das hipóteses dos alunos sobre a origem da Terra, aceitando mesmo que sejam de ordem religiosa. Comentar que os cientistas dão explicações científicas de acordo com suas investigações e as conclusões a que chegam. A escola, como o lugar que promove o conhecimento, apresenta a teoria científica. • Ao tratar do assunto Pangeia, expor o mapa-mundi na sala de aula, primeiro para confirmar se todos sabem o que é continente; depois, para que visualizem e percebam as divisões que aconteceram ao longo de bilhões de anos; e, finalmente, para que possam compará-las com a divisão atual. • Propor aos alunos uma pesquisa sobre as primeiras tentativas do ser humano de explicar a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos.

__ I/ T

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• Organizar os alunos em pequenos grupos, solicitando a cada um que crie uma história em quadrinhos sobre como a vida teve início em nosso planeta, apresentando a evolução dos seres vivos. • Assistir a trechos dos filmes de animação computadorizada Dinossauro (Dinosaur, EUA: Walt Disney Pictures, 2000) e A era do gelo (Ice Age, EUA: Twentieth Century Fox Film Corporation,2002) com a classe e promover uma discussão sobre as possíveis relações entre as cenas assistidas e o estudo da unidade. • Propor aos alunos uma pesquisa sobre as eras geológicas, em especial a Era Mesozoica, que foi a era dos dinossauros. Depois pedir que pesquisem os períodos em que ela foi dividida. • Fazer um levantamento dos alunos que assistiram ao filme, O parque dos dinossauros ( Jurassic Park, EUA: Universal Pictures, 1993) e questionar as atitudes humanas na tentativa de reaver os dinossauros por procedimentos científicos. • Propor montagem de maquete representando a Terra no tempo dos dinossauros. Pedir aos alunos que confeccionem dinossauros e depois organizem uma exposição para as demais classes. É importante que pesquisem a paisagem do ambiente em que os dinossauros viviam: a vegetação, o solo e os demais seres vivos daquela época • Explorar com os alunos o surgimento do ser humano sobre diferentes pontos de vista.

3.2- Compreender o que são Corpos Celestes e como as teorias explicam a existência, o movimento, a expansão permanente do universo e de seus componentes.

• Movimento e expansão do universo

__ I/ T

3.3- identificar galáxias, estrelas, planetas, satélites naturais e artificiais.

• Corpos celestes • Orientar sobre o que é galáxia, apresentar figuras que permitam visualizar que existem diversos tipos de galáxia e, em especial, destacar a Via Láctea entre as demais. •Propor pesquisa e debates sobre o que são estrelas, planetas, satélites naturais e artificiais, identificando a lua como satélite natural da Terra e sua influência nos fenômenos naturais.

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3.4- identificar o sol, os planetas e seus satélites como constituintes dos sistema solar, consequentemente, da galáxia Via Láctea.

• Sistema solar • Explorar a observação da representação do Sistema Solar, chamando a atenção para as características de cada planeta. • Explicar que Plutão deixou de ser considerado um planeta, houve muitas controvérsias até que a decisão dos cientistas fosse tomada. Enfatizar a todo momento que Plutão já passou pela denominação de planeta-anão e que, hoje em dia, é considerado um plutoide. Para mais informações,acessar o site <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u411587.shtml>. • Apresentar ilustrações, simulações ou filmes que lhes permitam situar o Sistema Solar no espaço dentro da Via Láctea. • Confeccionar com os alunos a representação do sistema solar.

I/ T/ C __

3.5- Compreender que vivemos na superfície da Terra que é um planeta do sistema solar.

• Planeta Terra • Apresentar um globo terrestre para que os alunos visualizem um modelo tridimensional do planeta. Permitir que realizem o movimento de rotação com ele. • Caso a escola tenha laboratório de informática com acesso a internet, navegar pelo programa Google Earth, que pode ser baixado gratuitamente. Acompanhar os seguintes passos: 1. Observar o planeta, identificando os oceanos e continentes. 2. Identificar as áreas mais verdes como concentrações de florestas e as áreas brancas como formações glaciais. 3. Identificar a divisão política dos continentes em países. 4. Reconhecer que, quanto mais se aproximar a imagem, maior será o número de detalhes apresentados. 5. Aproximar-se do estado e da cidade em que a escola está localizada, tentando chegar o mais próximo possível da região ou bairro. • Comentar com os alunos que a crosta terrestre é a camada externa da Terra na qual nós vivemos. Perguntar a eles se sabem por que razão nós não caímos. Ouvir suas respostas e, se necessário, explicar que a força da gravidade da Terra é que nos mantém nela. • Verificar se entenderam o que é hidrosfera e atmosfera da Terra. Perguntar-lhes em qual camada da Terra vivem os peixes e em qual camada da Terra as aves voam. • Propor aos alunos a construção de uma maquete das seguintes camadas da Terra: crosta terrestre, manto e núcleo. Para isso, peça que levem argila e três bolas plásticas cortadas ao meio, de três tamanhos diferentes, para serem utilizadas como moldes de cada uma das camadas.

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• Propor que consultem livros, Internet e observem as camadas da Terra – hidrosfera e atmosfera – e façam uma ilustração. Sugerimos que essa atividade seja feita em duplas ou trios.

3.6- Identificar os dois movimentos simultâneos realizados pela Terra: Rotação e Translação e suas decorrências:

• Calendário • Estações do ano • Dias e noites

• Movimentos de Rotação e Translação

• Fazer uma teatralização com três alunos: um, ao centro, é o Sol; os outros, ao seu redor, devem representar, um de cada vez, os movimentos de rotação e de translação da Terra. Fazer a relação da rotação ao surgimento do dia e da noite, e da translação a formação do ano. • Estabelecer a relação da posição inclinada da Terra, com o seu movimento de translação recebendo, devido a isso, diferentes luminosidades do sol em determinados meses originando as estações do ano.

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3.7- Identificar a lua como satélite da Terra:

• Fases da lua • Movimentos • Eclipses

• Lua: satélite natural da Terra. • Observar e nomear as fases da Lua e seu movimento no céu. • Fazer experiências para explicar a eclipse solar e a eclipse lunar,

I/ T T/ C

4. T

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de

4.1- Comparar e classificar equipamentos, utensílios e ferramentas de trabalho, para posteriormente estabelecer suas características e formas de utilização.

EQUIPAMENTOS E FONTES DE ENERGIA: • Da enxada aos computadores: as ferramentas de trabalho no campo e na cidade. • As grandes invenções.

Utilização das fontes de energia: • Do vento • Da água • Do sol • Dos gases • Do petróleo

• Propor pesquisa sobre os equipamentos e ferramentas de trabalho utilizados ao longo da história da humanidade como fonte de energia. • Propor um seminário sobre as fontes de energia utilizadas atualmente oriundos do vento, da água, do sol, dos gases, do petróleo. • Realizar experimentações acerca de geração de energia.

__ I/ T/ C

4.2- Reconhecer e nomear as fontes de energia que são utilizadas por equipamentos ou que são produtos de sua transformação.

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4.3- relacionar algumas atividades humanas (iluminação pública,

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telecomunicação, uso de eletrodoméstico, indústrias, informática) com a utilização de diferentes formas de energia.

4.4- Relacionar principais instrumentos de observação astronômica (telescópios, lunetas, satélites, sondas) aos tipos de informações obtidas com seu uso.

• As grandes invenções em torno da astronomia.

• Utilização de textos informativos sobre as grandes invenções. __ I/ T/ C

4.5- Elaborar relatórios dos experimentos ou atividades realizadas.

SISTEMATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS: • Elaboração de relatórios

• Propor a elaboração de relatórios para qualquer atividade realizada em sala de aula ou em casa, seja observação, experimentação, excursões, etc.

I/ T T/ C

4.6- elaborar perguntas, formular hipóteses durante o processo de realização das atividades.

• Elaboração de planos de trabalho

Montar com os alunos um plano de trabalho do que vai ser estudado, para que eles se sintam motivados a pesquisarem e a confirmarem suas hipóteses, construindo o conhecimento.

I/ T T/ C

4.7- Buscar e organizar informações por meio de observação direta e indireta, experimentação, entrevistas, visitas, leituras de imagens e textos selecionados, valorizando a diversidade de fontes.

• Produção de textos científicos de observação e de experimentação

A intenção é propor aos alunos a elaboração de textos científicos sobre os estudos realizados em sala de aula, de forma a incentivar a pesquisa propriamente dita.

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4.8- Confrontar suposições individuais e coletivas com as informações obtidas.

• Produção de registros em outros gêneros: tabelas, maquetes, gráficos, quadros.

Incentivar os alunos a estarem coletando dados utilizando tabelas, maquetes , gráficos e quadros a fim de usarem na conclusão definitiva dos seus trabalhos.

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4.9- Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, listas, textos, maquetes.

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4.10- Interpretar informações por intermédio do estabelecimento de causa e efeito; sincronicidade e sequência.

• Utilização do laboratório para experimentos e descobertas.

A experiência é uma oportunidade dos alunos investigarem e testarem suas hipóteses, sem ter como objetivo final demonstrações ou comprovações rigorosamente científicas. O objetivo é a construção do conhecimento.

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4.11- Utilizar informações obtidas para justificar as idéias construídas, desenvolvendo flexibilidade para reconsiderá-las mediante fatos e provas.

• Comunicação aos pais e comunidade escolar das experiências e descobertas realizadas.

Ao final de cada estudo os alunos chegarão a uma conclusão que deve ser divulgada em murais na própria escola e realização de amostras e/ou feira de ciências com a presença dos pais e comunidade escolar.

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4.12- Comunicar, escrita e oralmente, suposições, dados e conclusões.

I/ T T/ C

4.13- Realizar a divulgação dos conhecimentos elaborados na escola para a comunidade.

I/ T T/ C

4.14- Tomar fatos e dados como tais e utilizá-los na elaboração das próprias idéias

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*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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ARTES

Não há separação entre vida, arte e ciência, tudo é vida e manifestação de vida. (BRASIL, 1998).

A Arte nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é vista como um

modo privilegiado de o Educador trabalhar um conjunto de capacidades.

Elas levarão a criança a expandir seu olhar, sua sensibilidade e suas leituras

para despertar a criatividade, o pensamento, novas linguagens no sentido de

descobrir diferentes caminhos para a resolução dos desafios presentes em

seu cotidiano.

O fazer artístico na sala de aula vai além da feitura de desenhos e

pintura de figuras temáticas. Ele deve estar presente como um estudo

planejado e direcionado à aproximação da criança com a Arte como bem

social e forma de expressão do homem. Assim, ela torna-se um objeto de

conhecimento em si mesma, uma importante linguagem humana presente na

sociedade. Exonera-se, então, a Arte como um mero recurso didático que

apenas apóia um determinado conteúdo e imputa-lhe seu real significado

enquanto objeto de conhecimento que busca construir e reconstruir

pensamentos, expressar e registrar experiências de distintas culturas através

do tempo e do espaço marcando o próprio percurso histórico da

humanidade.

No entanto, ressaltamos o valor da arte-educação em relação às

demais disciplinas. Todas as habilidades trabalhadas por meio dela - como o

desenvolvimento da percepção, imaginação, comunicação, reflexão,

sensibilidade - favorece ao aluno atuar de forma criativa com os outros

conteúdos escolares, criando estratégias, dialogando e raciocinando de

forma mais ampla com os instrumentos e informações ao seu redor.

O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentimento da vida. (BRASIL, 1997).

Os processos pelos quais a arte pode ser trabalhada na sala de aula

passa pela apreciação, contextualização e produção artística. Na apreciação

o educador deve apresentar a obra de arte à criança para que ela possa senti-

la, fazer sua leitura e adotar uma postura dialógica diante dela. Explorar sua

apresentação, seus sons, movimentos, sua textura, suas cores, suas formas,

etc. Na contextualização, deve-se situar a obra em seu tempo e espaço, seu

autor, seu momento histórico, entre outras informações importantes para a

busca da razão de ser de cada obra. Já a produção artística é o momento da

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criança participar de um processo de confecção de uma obra de arte seja ela

musical, teatral, arte visual ou dança.

Na versão preliminar da Proposta Curricular para os Anos Iniciais

do Ensino Fundamental, Artes Visuais, Música, Dança e Teatro são os eixos

elencados que agrupam as capacidades e os conteúdos a serem abordados na

sala de aula. Todos eles trazem grandes possibilidades para o

desenvolvimento das aulas de Artes. As Artes Visuais possuem um campo

rico em pinturas, esculturas, arquiteturas, paisagismos, fotografias, cinemas,

etc., que apresentam um mundo de cores, luzes, formas, texturas, imagens

capazes de envolver todos os sentidos da criança. A Música compreende

um vasto repertório cultural e conta com a predisposição positiva da

criança. Ela permite aos alunos vivenciá-la como ouvintes, intérpretes,

compositores e improvisadores, além da exploração dos ritmos e das

partituras convencionais e não-convencionais. A Dança contribui

expressivamente para o desenvolvimento e compreensão do movimento, do

equilíbrio, da expressão corporal, trabalhando assim, o conhecimento do

corpo (principal instrumento de aprendizagem e comunicação da criança)

articulado com a percepção do tempo e espaço. O Teatro, sempre presente

na escola em datas comemorativas, deve ser trabalhado na sala de aula, com

todos os seus elementos, como uma forma de arte capaz de interagir

simbolicamente com a realidade, produzindo conhecimento pessoal e

promovendo importantes habilidades valorizadas socialmente (como falar

ou se apresentar em público).

É importante o educador, além das grandes obras de arte

pertencentes ao nosso patrimônio mundial, sempre valorizar e trabalhar as

manifestações artísticas presentes no contexto social do aluno e que fazem

parte de sua identidade cultural em sua comunidade, cidade ou região.

Para tanto, o educador poderá desenvolver atividades em grupos,

que favoreçam o trabalho com a coletividade, a interação e a socialização,

ou individuais, que desperta a criança para o autoconhecimento e afirmação

da sua identidade em construção. Assim, espera-se atender a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, que promulga em seu texto como

responsabilidade da escola a promoção do crescimento integral e cultural do

educando.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES - VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º, 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO ABORDAGEM POR ANO

1º 2º 3º

1-A

rtes

Vis

uais

1.1-Reconhecer em seres e objetos, em paisagens naturais e artificiais características expressivas das artes visuais.

- Características expressivas presentes em: • Pinturas;Desenhos; Esculturas; Gravuras; Paisagens naturais e artificiais; Fotografias; Produções informatizadas, outros. Elementos básicos: • Ponto;Plano;Textura;Forma;

Luz;Volume;linhas. Percepção das variações de cores, texturas, formas e luminosidade.

-Trabalhar essa capacidade implica em estimular e desenvolver a percepção do aluno instigando-o a observar os elementos formais e expressões – cores, formas, textura, volume, proporção, ponto, linha, luz, movimento – presentes em objetos, seres e paisagens naturais e artificiais. -De acordo com a LDB, o ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos, daí percebe-se a importância do desenvolvimento de trabalhos que envolvam a arte local, tendo em vista as artes folclóricas e as festas tradicionais.

I T T

1.2-Experimentar, selecionar e utilizar diversos suportes, materiais e técnicas artísticas a fim de se expressar e se comunicar em artes visuais.

-Estudo das cores (cores primárias, secundárias, terciárias, cores frias e cores quentes), suas diversas representações presentes na natureza. -Seleção, manipulação e utilização de: *Suportes: referências bibliográficas, visuais e audiovisuais. *Técnicas artísticas: • Desenho – lápis de cera, sobre

lixa e impressão de folhas. • Pintura – com rolos, peneira,

barbante, papel. • Colagens – com papel, fitas,

sementes, serragem, vidros, areia e outros.

• Escultura – madeira, barro. • Dobraduras e recortes.

-Exercitar essa capacidade significa colocar o aluno em contato com a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da fotografia e permitir-lhe a utilização de diversos instrumentos, materiais e suportes necessários para o fazer artístico.

I T T

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1.3-Criar e recriar produções de artes visuais, a partir de estímulos diversos tais como: a ação, a emoção, a observação de modelos naturais e artificiais e a apreciação de obras de arte.

-Formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional – duas dimensões – largura e altura e tridimensional – três dimensões – largura, altura e volume). -Colagem de figuras sólidas (bidimensionais e tridimensionais) construindo objetos diversos (animais, formas humanas e outros).

-Essa capacidade requer o contato do aluno com estruturas bidimensionais e tridimensionais que lhe permitam montar e desmontar, colar e justapor materiais, estimulando a imaginação, a observação e a criação de obras de arte. Requer também a convivência com produções visuais (originais e reproduzidas) a fim de buscar inspiração para suas criações e recriações.

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1.4-Apreciar suas produções visuais a as dos colegas por meio de observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos.

-Contato sensível com obras produzidas para identificar, através da observação, leitura e análise: • Características; • Técnicas e procedimentos artísticos presentes nelas; • Título; • Elementos utilizados como ponto, linha, forma, cor e textura; • Autor ou produtor. • Época histórica

-Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade é importante que o professor estimule o aluno a compartilhar emoção e compreensão, apreciando afetivamente os trabalhos artísticos visuais produzidos por si e por seus colegas. Ao compreender e apreciar os trabalhos de artes visuais, o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com a própria arte, consigo e com o mundo.

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1.5-Desenvolver habilidades de elaborar registros pessoais para a sistematização das experiências vivenciadas.

-Registro das experiências vivenciadas através dos seguintes instrumentos e recursos: - Trabalhos artísticos (desenhos, objetos, ilustrações); Fotografia; Relatos (orais e escritos); Vídeo; Portfólio;Outros.

-O professor precisa orientar o aluno a fazer os registros para a sistematização de suas experiências.

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2-

Mús

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2.1-Perceber os sons ambiente (vozes, corpos e materiais sonoros) associando-se à fonte.

-Identificação e diferenciação dos sons (corporais e ambientais) parâmetro do som (altura, intensidade) e ritmo (ritmo do corpo e da linguagem). -Percepção da origem e da direção

- O trabalho com música precisa ser significativo para o desenvolvimento dos alunos em sua capacidade de perceber diferentes sons: sons da voz, do meio ambiente, de instrumentos conhecidos e de outros materiais. Para percebê-los e associá-los adequadamente às suas fontes, torna-se necessário exercitar a escuta e a sensibilidade do aluno.

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dos sons. -Audição de músicas que exploram sons da natureza, sons de instrumentos musicais ou reciclados e de composições clássicas.

2.2-Reconhecer diferentes gêneros musicais.

-Conhecimento de várias canções: • Ninar e cirandas; • Roda e cirandas; • Populares; • Folclóricas; • Religiosas; • Cívicas; • Modernas e outras.

-A música, além do poder de encantar e proporcionar distração, pode ser utilizada para transmitir conhecimentos de naturezas diversas. As canções de ninar, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais e outras produções do acervo cultural infantil devem se constituir em conteúdos de trabalho.

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2.3-Conhecer diferentes ritmos em músicas do repertório familiar, comunitário, regional e nacional.

-Conhecimento de vários ritmos musicais: • Forró; • Samba; • Hip Hop; • Maracatu; • Frevo e outros.

-O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música. Ouvir música, aprender uma canção, realizar atividades rítmicas são meios que estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva. -Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de movimentos se articulam com os elementos da linguagem musical.

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3-D

ança

3.1-Criar diferentes gestos a partir das danças vivenciadas compreendendo as possibilidades de transformação da expressão

-Formas dramáticas – movimentos corporais e expressões faciais – para representar idéias e sentimentos. -Jogos dramáticos ou não com base em histórias do repertório infantil. -Acompanhamento de diferentes ritmos com o corpo (intenso – moderado – lento) explorando todos os planos de ação do movimento (alto, médio, baixo), elaborado e explicitando diferentes interpretações diante de

-A linguagem da dança permite ao aluno experimentar a plasticidade de seu corpo, inventar sequências de movimento, explorar sua imaginação e o espaço físico, o que contribui para o seu crescimento individual. - Representar experiências como: derreter-se como um sorvete, flutuar como um floco de algodão, balançar como folhas, correr como um rio, voar como uma gaivota, cair como um raio etc., são exercícios de imaginação e criatividade que reiteram a importância do movimento para expressar e comunicar idéias e emoções.

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diversos timbres (intensidade) de sons. -Coreografias (solo-individual ou pequenos grupos) que, expressem sentimentos e sensações (medo, coragem, amor, raiva, etc) identificando-as em ações pessoais ou em ações de outras pessoas e no contexto escolhido. -Movimentos em duplas ou grupos contrapondo qualidade de movimentos: leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo.

3.2- Elaborar formas de registros pessoais para a sistematização das danças vivenciadas em diferentes grupos socioculturais.

- Diferentes características das danças pertencentes a outros grupos socioculturais: • Afro-descendentes, indígenas, imigrantes (alemão, italiano, português, japonês e outros). Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros.

-Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados.

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3.3-Identificar as principais características das danças apreciadas e vivenciadas em diferentes grupos socioculturais.

-Agilidade, equilíbrio e coordenação. -Características da dança: número de participantes, ritmo, significado da dança, papéis, funções e movimentos durante a prática.

-As manifestações culturais devem ser valorizadas pelo professor e inseridas no repertório dos alunos, pois são partes da riqueza cultural dos povos. As cirandas, danças folclóricas e outras devem ser incorporadas por meio de atividades gestuais e coreográficas.

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3.4-Perceber e compreender a -Noções básicas de estrutura e -Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade, é I T T

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estrutura e o funcionamento do corpo humano, como forma de expressão e comunicação.

funcionamento do corpo. -Exploração do próprio corpo: postura, lateralidade, locomoção e respiração. -Noções de direção e movimento: horizontal, vertical, diagonal, para cima, para baixo e para os lados. -Observação das características corporais individuais: a forma, o volume e o peso. -Conhecimento dos diferentes tecidos que constituem o corpo humano (pele, músculo e ossos).

importante que o professor compreenda que correr, pular e subir são necessidades naturais da criança e fazem com que ela experimente o próprio corpo e teste seus limites, compreenda também que ela possui um vocabulário gestual fluente e espressivo, necessitando ser desenvolvido como forma de expressão e comunicação.

3.5-Compreender as diferentes possibilidades de movimento do corpo na dança.

-Conhecimento e experimentação das possibilidades do corpo na dança: impulsionar, flexionar, contrair, elevar, alongar, relaxar, etc., identificando-as em diferentes modalidades da dança. -Reconhecimento e realizações de movimentos do corpo e de suas partes, em diferentes posições, de acordo com as possibilidades individuais.

-Desenvolver na criança o entendimento de como seu corpo funciona é criar-lhe possibilidades de usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.

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4-T

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o

4.1-Experimentar o teatro com o corpo, identificando as habilidades necessárias ao desenvolvimento das expressões facial, gestual e sua conjugação com vocalizações e sons.

-Participação em jogos teatrais (estimulam a relação com o outro, a criatividade, a expressividade do corpo, a desenvoltura e a concentração). -Jogos teatrais: • Mímica • Dito popular • Profissões

-Desenvolver a capacidade expressiva corporal, facial e gestual, no plano individual e coletivo, exercita habilidades necessárias para o teatro como atenção, observação, concentração, cooperação, diálogo, respeito mútuo e flexibilidade de aceitação das diferenças. -Os alunos têm de construir ligações entre a manifestação artística e o repertório pessoal. O papel do educador é fornecer elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão da turma sobre o teatro em geral.

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• Troca de máscaras, outros. -Inter-relação de personagem: amor, ódio e outros.

4.2-Compreender e apreciar as diversas possibilidades teatrais produzidas pelas diferentes culturas.

-Assistir às manifestações artísticas teatrais em diversas modalidades e gêneros. -Modalidades: máscaras, fantoche, boneco, sombra, pantomima, etc. -Gêneros: comédia, drama, trama, tragédia e musical.

-Mediar a vivência de experiências estéticas ricas e contextualizadas, tanto no ambiente escolar quanto em visitações e espaços de divulgação cultural, podendo se realizar por meio de pesquisas, observações e identificação da atuação cênica dos artistas. -Apreciar, uma das competências básicas a ser desenvolvida na disciplina de Arte, não pode significar simplesmente levar a turma ao teatro (tal como olhar para um quadro, no caso das artes visuais, e escutar uma composição, no caso da música). Até os sinônimos atribuídos ao termo apreciação - julgamento, avaliação, juízo - apontam que se trata de algo mais reflexivo. -O foco do trabalho deve ser, fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta atentos quando assistem a espetáculos. "Elas precisam perceber significados da obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros elementos.

I T T

4.3-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das experiências observadas e vivenciadas.

-Descrições, pequenos relatórios, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros.

-Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se eles articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados.

I T T

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES – VERSÃO PRELIMINAR - 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO

ABORDAGEM POR ANO

4° 5°

1-A

rtes

Vis

uais

1.1- Reconhecer nos seres, objetos e paisagens naturais e artificiais, características expressivas das Artes.

-Desenho, pintura, colagem, escultura, gravura, modelagem, fotografia, vídeo, histórias em quadrinhos, produções informatizadas (software), bordado, máscara, outros. -Variações das características expressivas das artes visuais: cores (tons e semitons), pequenas variações de textura, formas, luminosidade. -Elementos formais e expressivos das artes visuais presentes em objetos da natureza e cultura. -Suportes: referências bibliográficas, visuais e audiovisuais. - Materiais: papéis, tecidos, madeiras, barro, pedras, vidros, metais, plásticos, pincéis, lápis, giz de cera, tintas, argila e outros. -Conhecer os principais artistas brasileiros e suas obras, analisando as características presentes em seus trabalhos.

-Trabalhar essa capacidade implica em estimular e desenvolver a percepção do aluno instigando-o a observar os elementos formais e expressivos – cores, formas, textura, volume, proporção, ponto, linha, luz, movimento – presentes em objetos, seres e paisagens naturais e artificiais. -A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Portanto, é importante que haja exposições dos trabalhos produzidos e reproduzidos pelos alunos, para que eles se sintam valorizados nas suas ações e se envolvam verdadeiramente nas propostas do âmbito escolar. -A cor também é importante para que possamos expressar nossas idéias e sentimentos para outras pessoas, utilizando linguagens artísticas (pintura, desenho, gravura, teatro). É um elemento que tem significados diferentes para diferentes culturas e sua análise possibilita conhecer mais sobre suas possibilidades.

R/ T R/ T/ C

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1.2- Selecionar e utilizar diversos suportes materiais e técnicas artísticas.

-Técnicas artísticas: desenho com lápis de cera, textura de folhas, sobre lixa, a carvão e outros; pintura com rolos, impressão de folhas, peneira, barbante, papel dobrado, lavado; modelagens com papel machê, de serragem; colagens com fitas, papel de seda, folhas, sementes, vidros, gravuras, dobraduras e outras; escultura com madeira, barro. Outros meios: máquinas fotográficas, DVD, aparelho de som, computador. -Manipulação, exploração e transformação dos objetos em espaços variados, observando: forma, textura, temperatura, tamanho, volume e outros.

-Exercitar essa capacidade significa colocar o aluno em contato com a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da fotografia e permitir-lhe a utilização de diversos instrumentos, materiais e suportes necessários para o fazer artístico. -Criar e perceber formas visuais implica trabalhar frequentemente com as relações entre os elementos que as compõem, tais como ponto, linha, plano, cor, luz, movimento e ritmo. Portanto, é importante que os alunos tenham conhecimento das mais diversas técnicas, tendo em vista a criatividade e o desenvolvimento da sensibilidade artística.

R/T R/T/C

1.3- Criar e recriar produções artísticas plásticas, a partir de estímulos diversos como a ação, a emoção e a observação de modelos naturais e artificiais.

-Produções visuais (originais e reproduzidas) -Criação de formas plásticas e visuais em espaços variados, observando forma, textura, temperatura, tamanho, volume e outros. -Criação de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional – duas dimensões – largura e altura e tridimensional – três dimensões – largura, altura e volume). -Formas representativas da tridimensionalidade – cone, cubo, esfera, pirâmide, cilindro e paralelepípedo e da

-As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor, e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes etc. -O movimento, o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, o contraste, continuidade, a proximidade e a semelhança são atributos da criação artística. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo às Artes Visuais. -Ao compreender e apreciar os trabalhos de artes visuais, o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com a própria arte, consigo e com o mundo. -Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade é importante que o professor estimule o aluno a compartilhar emoção e compreensão, apreciando afetivamente os trabalhos por si e por seus colegas.

I/ T

R/ T

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bidimensionalidade – quadrado, círculo e triângulo. -Elementos básicos da linguagem visual (relação entre ponto, linha, plano, cor, forma, volume, luz, movimento, equilíbrio). -Técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais, título.

1.4- Identificar as principais características das produções das artes visuais.

I/ T R/ T

1.5- Elaborar e organizar as etapas e produções dos processos (percepção, criação/ produção/ comunicação/ representação, análise e registro) vivenciando nas artes visuais.

I/ T R/ T

2-D

ança

2.1-Perceber e compreender a estrutura e funcionamento do corpo humano, como forma de expressão e comunicação.

-Tecidos que constituem o corpo humano: pele, músculos, ossos. -Características corporais individuais: forma, volume, peso. -Gestos, movimentos, expressões faciais e sons que demonstrem idéias, sentimentos e sensações.

-A dança é identificada por sua linguagem corporal. Considerando a conceituação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, as expectativas de aprendizagem relacionam-se ao desenvolvimento de habilidades relativas à: 1. Produção: percepção, experimentação, criação, produção. 2. Fruição (apreciação): comunicação, leitura, compreensão, análise e interpretação. 3. Reflexão (contextualização): pesquisa, reflexão, crítica, autocrítica. -Porém alguns aspectos devem ser observados, tais como: • Princípios do movimento: respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural.; • Elementos do movimento: o quê, como, onde e com que nos movemos; • Processos da dança: improvisação, composição coreográfica, repertórios; • Dimensões sócio-histórico-culturais da dança e aspectos estéticos: história,

estudos étnicos, música, crítica e estética; • Relações entre o ensino de dança nas escolas e a sociedade contemporânea:

conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias, interdisciplinaridade.

I/ T R/ T/ C

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2.2-Compreender as diferentes possibilidades de movimento do corpo na dança.

-Movimentos do corpo na dança: impulsão, flexão, contração, elevação, alongamento, relaxamento e outros. -Diferentes ritmos com o corpo (intenso – moderado – lento), explorando todos os planos de ação do movimento (alto, médio, baixo), elaborando diferentes interpretações diante de diversos timbres (intensidade) de sons. -Movimentos criados pelos elementos básicos da dança: saltos, quedas, giros, rolamentos e deslizamentos; e outros.

-Desenvolver na criança o entendimento de como seu corpo funciona é criar-lhe possibilidades de usá-lo expressivamente com maior autonomia, responsabilidade e sensibilidade.

I/ T R/ T/ C

2.3-Criar diferentes gestos a partir das danças vivenciadas, compreendendo a possibilidade de transformações de expressão corporal.

-Coreografia (solo – individual ou pequenos grupos) que expressem sentimentos e sensações (medo, coragem, amor, raiva, etc), identificando-os em ações pessoais ou em ações de outras pessoas e o contexto escolhido. -Movimento em duplas ou grupos opondo qualidade de movimentos: leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo.

-A linguagem da dança permite ao aluno experimentar a plasticidade de seu corpo, inventar sequências de movimento, explorar sua imaginação e o espaço físico, o que contribui para o seu crescimento individual. Representar experiências como: derreter-se como um sorvete, flutuar como um floco de algodão, balançar como folhas, correr como um rio, voar como uma gaivota, cair como um raio etc., são exercícios de imaginação e criatividade que reiteram a importância do movimento para expressar e comunicar idéias e emoções.

I/ T R/ T/ C

2.4-Identificar as principais características das danças apreciadas e vivenciadas em diferentes grupos socioculturais.

-Comunicação por meio de gestos, dos movimentos, das danças folclóricas e populares: locais, regionais, nacionais. -Características da dança: ritmo, significado da dança, papéis e funções durante a prática, movimentos, outros.

--As manifestações culturais devem ser valorizadas pelo professor e inseridas no repertório dos alunos, pois são partes da riqueza cultural dos povos. As cirandas, danças folclóricas e outras devem ser incorporadas por meio de atividades gestuais e coreográficas.

I/ T R/ T/C

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2.5-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das danças vivenciadas em diferentes grupos socioculturais.

-Diferentes características das danças pertencentes a outros grupos socioculturais: afro-descendentes, indígena, imigrantes (alemão, italiano, português, japonês e outros). -Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros.

-Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados.

I/ T R/ T/ C

3-M

úsic

a

3.1-Perceber os sons ambientes (vozes, corpos, e materiais sonoros), associando-se à fonte.

-Percepção, criação/ produção, comunicação/ apresentação, análise e registro. -Sons ambientes, naturais e outros, de diferentes épocas e lugares e sua influência na vida das pessoas. -Sons musicais a partir de instrumentos tradicionais e alternativos (construídos com diferentes materiais) -Produção de diferentes intensidades e alturas de sons (tocado/ cantado)

-A música, uma das linguagens da disciplina de Arte, está presente no nosso dia-a-dia, na televisão, nas ruas, nas igrejas, consultórios, no cinema, no carro e também nas escolas, e nós nos relacionamos com ela sendo músicos profissionais ou “leigos apaixonados”. Como professores, usamos a música em vários momentos, como um recurso para ensinar fórmulas, para decorar sequências numéricas. -Além disso, seria interessante a valorização da nossa cultura musical, nossas tradições folclóricas e artísticas. - A Arte na escola deve ser vista como o direito de os alunos usufruírem o patrimônio artístico da humanidade, de terem acesso a ele, valorizando as experiências estéticas como representações culturais de luta e de construção de identidades em diferentes tempos e lugares e, ao mesmo tempo, reconstruindo-as frente às suas expectativas pessoais.

I/ T R/ T/ C

3.2-Reconhecer diferentes gêneros musicais.

-Gêneros musicais e suas variações rítmicas: rock, funk, rap, forró, samba, valsa, hip hop, chorinho, outros. Principais características da música: título, autor, intérprete. -Elementos formais: som, silêncio, ruído.

-A música, além do poder de encantar e proporcionar distração, pode ser utilizada para transmitir conhecimentos de naturezas diversas. As canções de ninar, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais e outras produções do acervo cultural infantil devem se constituir em conteúdos de trabalho.

I/ T R/ T/ C

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3.3-Perceber e distinguir diferentes ritmos em musicais infantis, do repertório regional e nacional.

-Produção de sons em diferentes fontes sonoras: sopro, cordas, percussão, outros. -Músicas pertencentes a diferentes lugares e grupos socioculturais: rural – sertaneja, toada, pantaneira, forró, outras; urbano – rap, funk, hip hop, samba, outras. -Jogos sonoro-musicais: onomatopéias, parlendas, trava-línguas, paródias, histórias cantadas, cantigas de roda, acalantos, canto coral, jogral, outros. -Composição: letra, música Expressão: entonação, afinação e ritmo. -Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros.

-O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música. Ouvir música, aprender uma canção, realizar atividades rítmicas são meios que estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva. -Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de movimentos se articulam com os elementos da linguagem musical.

I/ T R/ T/ C

3.4-Elaborar formas de registro para documentar as experiências sonoras vivenciadas (percepção, criação)

I/ T R/ T/ C

4-T

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o

4.1-Experimentar o teatro com o corpo, identificando as habilidades necessárias ao desenvolvimento das expressões facial, gestual e sua conjugação com vocalizações e sons.

-Participação em jogos teatrais (estimulam a relação com o outro, a criatividade, a expressividade do corpo, a desenvoltura e a concentração). -Jogos teatrais: • Mímica • Dito popular • Profissões • Troca de máscaras, outros. -Inter-relação de personagem: amor, ódio e outros.

-Desenvolver a capacidade expressiva corporal, facial e gestual, no plano individual e coletivo, exercita habilidades necessárias para o teatro como atenção, observação, concentração, cooperação, diálogo, respeito mútuo e flexibilidade de aceitação das diferenças. -Os alunos têm de construir ligações entre a manifestação artística e o repertório pessoal. O papel do educador é fornecer elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão da turma sobre o teatro em geral.

R/ T T

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4.2-Compreender e apreciar as diversas possibilidades teatrais produzidas pelas diferentes culturas.

-Assistir às manifestações artísticas teatrais em diversas modalidades e gêneros. -Modalidades: máscaras, fantoche, boneco, sombra, pantomima, etc. -Gêneros: comédia, drama, trama, tragédia e musical.

-Mediar a vivência de experiências estéticas ricas e contextualizadas, tanto no ambiente escolar quanto em visitações e espaços de divulgação cultural, podendo se realizar por meio de pesquisas, observações e identificação da atuação cênica dos artistas. -Apreciar, uma das competências básicas a ser desenvolvida na disciplina de Arte, não pode significar simplesmente levar a turma ao teatro (tal como olhar para um quadro, no caso das artes visuais, e escutar uma composição, no caso da música). Até os sinônimos atribuídos ao termo apreciação - julgamento, avaliação, juízo - apontam que se trata de algo mais reflexivo. -O foco do trabalho deve ser fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta atenta quando assistem a espetáculos. Elas precisam perceber significados da obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros elementos.

R/ T T

4.3-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das experiências observadas e vivenciadas.

-Descrições, pequenos relatórios, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros.

-Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se eles articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados.

R/ T T

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.

John Dewey.

A Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental se

constitui numa prática de extrema importância para o desenvolvimento

da criança, e, a escola enquanto meio educacional, deve oferecer a

oportunidade de uma ótima prática motora, pois ela é essencial e

determinante no processo de desenvolvimento integral da criança. É na

escola que a criança terá a oportunidade de desenvolver habilidades

corporais e também de participar de atividades culturais, com

finalidades de lazer, expressão de sentimentos de afetos e emoções.

O ensino-aprendizagem de Educação Física, conforme os

Parâmetros Curriculares Nacionais reconhece que as crianças ao

ingressarem na escola, já possuem uma série de conhecimentos sobre

movimento, corpo e cultura corporal, frutos de experiência pessoal, das

vivências dentro do grupo social em que estão inseridas e das

informações veiculadas pelos meios de comunicação. Assim, as

diferentes competências com as quais as crianças chegam à escola, são

determinadas pelas experiências corporais que tiveram a oportunidade

de vivenciar. Porém, se não puderam brincar, conviver com outras

crianças, explorar diversos espaços, provavelmente suas competências

serão restritas. Entretanto, os alunos perceberão que a escola configura-

se como um espaço diferenciado, onde terão que ressignificar seus

movimentos e atribuir-lhes novos sentidos, além de realizar novas

aprendizagens.

Nesse aspecto, o trabalho da Educação Física nos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental é essencial, pois possibilita aos alunos terem,

desde cedo, o contato com jogos e brincadeiras, que favorecem o

despertar de novas experiências psicomotoras e que progressivamente

se ampliam para níveis de competências cada vez mais complexas. A

Educação Psicomotora é uma técnica, que através de exercícios e jogos

adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global

de ser. Devendo estimular toda atitude relacionada ao corpo,

respeitando as diferenças pessoais e levando à autonomia do indivíduo,

como forma de percepção, expressão e criação em todo seu potencial.

Dentro da educação psicomotora deve-se buscar o desenvolvimento da

lateralidade, da orientação espacial, além da coordenação motora, do

equilíbrio e da flexibilidade e ainda a concentração e o

desenvolvimento de atitudes, tais como: lealdade, companheirismo e

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Seção Anos Iniciais

190

solidariedade. Além disso, um dos objetivos da Educação Física é a

promoção da socialização e interação entre os alunos, visando o

exercício da cidadania e a saúde. Portanto, é importante que se garanta

a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e

ginástica, tendo em vista a saúde e a qualidade de vida.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a maneira de

brincar e jogar dentro do ensino da Educação física na escola sofre uma

profunda modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade.

Ocorre uma ampliação da capacidade de brincar: além dos jogos de

caráter simbólico, nos quais as fantasias e os interesses pessoais

prevalecem, as crianças começam a praticar jogos coletivos com regras,

nos quais têm de se ajustar às restrições de movimentos e interesses

pessoais. Portanto, a possibilidade e a necessidade de jogar junto com

os outros, em função do movimento dos outros, passa pela

compreensão das regras e um comprometimento com elas. Isso leva

algum tempo para ser construído, pois, o professor deve discutir o

sentido de tais regras, explicitando quais são suas implicações nos jogos

e brincadeiras. Nos casos em que houver desentendimentos, é

importante lembrar como as regras foram estabelecidas e quais suas

funções, tentando fazer com que as crianças cheguem a um acordo.

A Educação Física é importante na medida em que trabalha este

ser corpóreo, via movimento intencional, visando à formação do

homem como cidadão: crítico, participativo, transformador. Eis aí, a

função social da Educação Física que deve interagir com as demais

disciplinas, num caráter interdisciplinar, em que todas as iniciativas

devem oportunizar a produção e a socialização do conhecimento, a

partir de interesses transformadores.

Nesse sentido, a música pode ser uma aliada às aulas de

Educação Física favorecendo o processo de interação do aluno com as

aulas, auxiliando na aprendizagem de vários conteúdos, ou ainda com

atividade de relacionamento e divertimento na escola.

A função social da Educação Física está na aprendizagem de

temas relacionados ao movimento/corporeidade, através da Dança,

Ginástica, Jogo e Esporte. Conhecimentos produzidos historicamente

pela humanidade e sistematizados nessa proposta. Levando-se em conta

a ludicidade que deve estar presente em todos os temas, por ser uma das

mais importantes características da Educação Física Escolar.

Assim, esta proposta de conteúdos prevê para as aulas de

Educação Física nos Anos Iniciais, basicamente, a ludicidade, onde, os

jogos pré-desportivos serão introduzidos apenas nos 4º e 5º anos.

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Seção Anos Iniciais

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Pensando que, através do lúdico, será possível alcançar as capacidades

e habilidades necessárias para futuramente introduzir os esportes

propriamente ditos.

Nesse sentido, à estruturação da Proposta Curricular de

Educação Física consiste em: Jogos e brincadeiras, Danças e

movimentos expressivos, Higiene, corpo e saúde – qualidade de vida/

nutrição para o 1º, 2º e 3º anos e para o 4º e 5º anos: Jogos pré-

desportivos, Jogos e brincadeiras, Danças e movimentos expressivos.

Por fim, é de suma relevância nas aulas de Educação Física,

diagnosticar e reconhecer a turma para que o professor saiba quando

retomar ou consolidar este ou aquele conteúdo.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA/ JOGOS E RECREAÇÃO – VERSÃO PRELIMINAR –1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENT O ABORDAGEM POR

ANO 1º 2º 3º

1-

Jo

gos

e B

rinca

deira

s

1.1-Vivenciar e diferenciar os jogos e as brincadeiras de cada tema.

-Jogos e brincadeiras e sua importância no desenvolvimento do aluno. -Jogos de salão, jogos de raquete, jogos populares, brinquedos cantados, psicomotricidade. -Jogos pedagógicos

-Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria para o espaço no qual se encontra. O jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente. Uma questão importante é o aspecto lúdico para a criança, sendo extremamente relevante para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e cultural. -Os jogos e brincadeiras que estimulam a auto-expressão, a descoberta e o poder de imaginação exploram a criatividade e permitem que alunos e professores se expressem de modo global e potencializem suas habilidades e capacidades. Também ao desenvolver sua própria criatividade, o educador passa a compreendê-la e adquire parâmetros para proporcionar experiências criativas aos seus educandos.

I/ T T T/ C

1.2- Construir e reconstruir jogos e brincadeiras

-Criação e reconstrução de jogos. -O aluno deve ser capaz de construir novos jogos e reconstruir a partir dos jogos já existentes, como: queimada e quatro cantos. -O lúdico se relaciona com a brincadeira e com o jogo, no qual existe o desafio, acionando o corpo e a mente. Tem caráter integrador, propiciando ao aluno o desenvolvimento de habilidades que envolvem identificação, análise, síntese, comparação, ajudando-o, portanto, a conhecer suas próprias possibilidades. Além disso, permite que o aluno desenvolva a autoconfiança e autonomia

I/ T T/ C R/T/C

1.3- Compreender que as brincadeiras proporcionam alegria e descontração.

-Jogos e brincadeiras: alegria e descontração.

-Levar a criança a perceber a alegria e a descontração que os jogos e brincadeiras proporcionam.

I/ T/ C T/ C R/T/C

1.4- Utilizar as brincadeiras e os jogos para o desenvolvimento individual por equipe.

-Jogos e brincadeiras: fonte de desenvolvimento.

-A criança deverá ser capaz de verificar o seu crescimento em relação a si e ao grupo.

I/ T/ C R/ T T/ C

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193

2 -

Dan

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ovim

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ssiv

os

2.1- Articular o gesto com sons e ritmos produzidos pelo corpo, por diferentes objetos e instrumentos musicais.

-Articulação entre gesto e ritmo: expressão corporal.

-Segundo Haetinger, a dança criativa é uma dança não coreográfica, realizada a partir de estímulos sonoros (música e/ou ruídos). Ao praticá-la, a dança cria movimentos livremente ou a partir da provocação de um mediador. Deste modo, a dança criativa parte de uma brincadeira infantil e se manifesta quando a criança usa seu próprio corpo para brincar e se movimentar ao ritmo de uma música ou som. -Nos ambientes escolares, o educador pode trabalhar a dança criativa provocando reações e interpretações por parte das crianças. Através de brincadeiras que envolvem situações e sons específicos, o professor estimula a criança a dançar e usar sua imaginação.

I/ T T T/ C

2.2- Vivenciar movimentos em diferentes ritmos.

-Ritmos e seus movimentos. -Fazer o educando movimentar o seu corpo, se orientando ao ritmo da música. O professor pode utilizar-se de atividades como: dança de ritmos variados.

I/ T T/ C R/T/C

2.3- Expressar sentimentos e ideias utilizando as múltiplas linguagens do corpo.

-Sentimentos e ideias e as múltiplas linguagens do corpo.

-A criança deve expressar seus sentimentos e idéias através da linguagem corporal.

I/ T/ C R/ T T/ C

2.4- Vivenciar a dança em eventos escolares.

-Festival de dança na escola. -A dança é uma das formas de expressão fundamental para o desenvolvimento psicomotor. Isso porque, quando alguém dança, está necessariamente controlando e coordenando seus movimentos corporais associados ao pensamento. O resultado desta atividade é o exercício físico e mental relacionado ao prazer e a alegria. -Na escola, podemos trabalhar com vários tipos de dança e entre eles, a Dança Criativa. A dança criativa está presente em muitas circunstâncias da realidade escolar. As próprias crianças, em suas brincadeiras no pátio da escola, inventam “coreografias” e dançam as músicas da moda ao seu jeito. -Conscientização dos alunos acerca dos variados tipos de dança, fazendo-os refletir sobre a dança vulgar. -Os alunos devem participar de eventos e festivais em que organizem apresentações de dança.

I/ T T T/ C

2.5-Reconhecer a qualidade dos -Ritmo e movimento. -O aluno deve reconhecer os ritmos e expressões, levando em I T T/ C

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194

movimentos nas atividades rítmicas e expressivas quanto, ao ritmo, à velocidade, intensidade e a sua fluidez.

conta a velocidade, intensidade e fluidez. Isso pode ser trabalhado através de atividades como: dança dos ritmos, dança dos níveis, dança dos tempos.

2.6-Compor pequenas coreografias a partir de temas materiais ou música.

-Composição de pequenas coreografias.

-A criança deve ser capaz de criar e executar pequenas coreografias, partindo de temas e/ ou músicas como: dança dos bichos, dança das frutas, desafio musical.

I T T/ C

3 -

Hig

iene

, Cor

po e

Saú

de –

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e de

Vid

a/ N

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o.

3.1-Iden tificar limites e potencialidades do próprio corpo, respeitando as individualidades de cada um e desenvolvendo a auto-estima e cuidado com si próprio.

Cuidados com o corpo: • Higiene • Alimentação • Exercício físico • Saúde

- A cada trimestre o professor irá abordar um tema teórico relacionado a higiene, saúde, qualidade de vida e nutrição. -Ao trabalhar cada sistema do corpo humano, o professor deve ter o cuidado de relacionar a saúde a cuidados com o corpo.

I T T

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA/JOGOS E RECR EAÇÃO–VERSÃO PRELIMINAR– 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADE CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO ABORDAGEM

POR ANO 4º 5º

1– J

ogos

Pré

-Des

port

ivos

1.1 –Executar os elementos básicos de cada modalidade pré-desportiva ludicamente.

-Elementos básicos de cada modalidade pré desportiva.

-Propiciar ao aluno oportunidades de jogar e brincar, em situação direcionada, permite que ele conheça ludicamente os movimentos básicos de cada modalidade pré-desportiva. É dessa forma que o professor vai favorecer o desenvolvimento dessa capacidade, utilizando jogos como: queimada gigante, jogo de estafeta, jogo de varal são boas estratégias.

I/ T R/ T

1.2-Conhecer os objetivos e regras dos jogos pré-desportivos usados.

-Regras e objetivos dos jogos pré-desportivos.

-Oportunizar as crianças conhecer os jogos e praticá-los com regras pré-estabelecidas ou construídas por elas, com a mediação do professor, colocando-as em situação que lhes permite desenvolver essa capacidade.

I/ T R/ T

1.3–Organizar autonomamente alguns jogos pré-desportivos.

-Organização de jogos pré-desportivos.

-Os alunos devem ter oportunidade de criar jogos e elaborar regras a partir de jogos tradicionalmente conhecidos. Brincar com esses jogos e brincadeiras aparentemente novos dá aos alunos a sensação de autoria e autonomia.

I/ T R/ T

1.4-Compreender os jogos pré-desportivos como opção de lazer.

-Brincadeiras livres. -Jogos pré-desportivos na construção do respeito às diferenças.

-Os alunos devem ter momentos em que possam brincar livremente, utilizando-se de brincadeiras conhecidas como: amarelinha, roda, pular corda, escravo de Jó, bilboquê, adoleta. -Respeitar as diferenças é uma capacidade que deve ser desenvolvida em todos os conteúdos e momentos da vida escolar, inclusive nas aulas de Educação Física. Para isso, os alunos devem se dividir em grupos para a prática dos jogos.

I/ T R/ T

1.5-Compreender e identificar o vestuário adequado para a prática de educação física.

-Vestuário adequado: uma necessidade para prática desportiva.

-Conscientizar as crianças da importância do uso de vestuário adequado para a prática de atividades física também é tarefa do professor. Ele poderá utilizar-se de roda de conversa, pesquisa, trabalho interdisciplinar com Ciências, a fim de que oriente seus alunos para que venham preparados para esse momento escolar e, consequentemente, para outras práticas esportivas.

I/ T R/ T

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1.6-Reconhecer o potencial dos jogos pré-desportivos no desenvolvimento de atitudes e valores.

-Desenvolvimento de atitudes e valores na prática de jogos.

-A criança deve usar os jogos pré-desportivos para aprender e desenvolver atitudes e valores. Tais jogos consistem: futebol maluco, corre cutia, procure seu par, cada pássaro em seu ninho.

I/ T R/ T

2- J

ogos

e B

rinca

deira

s

2.1-Compreender a importância dos jogos e brincadeiras na vida dos sujeitos.

-O brincar na vida dos adultos. -Jogos Cooperativos -Jogos populares -Jogos esportivos -Jogos de raquete -Jogos de salão -Capoeira

--De acordo com Marcos Miranda Correia o esporte, jogo ou competição são muito mais do que representações culturais, ou sociais. Expressam concepções de mundo, de ser humano e de valores que estiverem em voga em um determinado momento. Hoje, valores como a cooperação, a solidariedade, a preocupação com a ecologia estão ganhando destaque nos discursos de diversos setores da sociedade. Assim, é possível que a educação física descubra outras práticas corporais além do esporte e que este e os jogos incorporem os novos valores eminentes. Nesse contexto e nesse momento, os jogos cooperativos tornam-se a proposta mais adequada para atender ao chamado da cooperação. Em relação à capoeira, não a definimos como luta, esporte, dança ou outro conteúdo. Aceitamos a possibilidade desta como conteúdo “isolado”, assim como Soares et al (1992), que defendem a divisão dos conteúdos da Educação Física escolar “numa ordem arbitrária: Jogo; Esporte; Capoeira; Ginástica e Dança” (p.64). Tais autores entendem que a capoeira possui características próprias, diferente de outros conteúdos e de documentos que a “classificam” como uma luta. -Pode-se privilegiar as questões em torno da linguagem do corpo, apresentando a história da capoeira e considerações em torno da sua construção social, e enfatizar, nas vivências, o elemento lúdico a partir da movimentação do corpo dos diferentes ritmos da capoeira, reconhecendo a gestualidade construída na história da capoeira, bem como abrindo espaço para a criação de novas possibilidades de movimentação, num diálogo com a diversidade de experiências corporais dos alunos.

I/ T/ C R/ T

2.2-Conhecer e vivenciar as regras dos jogos e brincadeiras. I/ T/ C R/ T

2.3-Diferenciar e vivenciar jogos e brincadeiras de cada tema. I/ T R/ T/ C

2.4-Conhecer a origem dos jogos e brincadeiras. I/ T R/ T/C

2.5-Compreender regras, sua funcionalidade e implicações em jogos e brincadeiras.

I/ T R/ T/ C

2.6-Valorizar a ludicidade, a inclusão e a socialização. I/ T/ C R/ T

2.7-Identificar valores éticos nos jogos e brincadeiras. I/ T T/ R/ C

2.8-Identificar e valorizar os jogos e as brincadeiras da comunidade local.

I/ T/ C R/ T

2.9-Ser capaz de participar dos jogos e brincadeiras e também modificá-los ou inventar outras formas diante de uma situação problema.

I/ T R/ T/ C

2.10-Construir materiais para a vivência de jogos e brincadeiras. I/ T/ C T/ C

2.11-Organizar jogos, brincadeiras e outras atividades lúdicas.

__ T/ C

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2.12-Participar de competições, como campeonatos, olimpíadas, etc. I/ T/ C I/ T/ C

2.13-Conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas.

__ I/ T/ C

3 D

ança

s E

Mov

imen

tos

Exp

ress

ivos

3.1-Vivenciar o movimento em diferentes ritmos.

O corpo na dança e nos movimentos expressivos -Criação e improvisação -A diversidade cultural das danças brasileiras.

-Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com sua realidade, assim como compreendê-lo em diferentes épocas e culturas.

I/ T T/ C

3.2-Articular o gesto com sons e ritmos produzidos pelo corpo, por diferentes objetos e instrumentos musicais.

I/ T T/ C

3.3-Expressar sentimentos e idéias utilizando as múltiplas linguagens do corpo.

I/ T T/ C

3.4-Conhecer as possibilidades do corpo na dança, impulsionar, dobrar, flexionar, contrair, elevar, alongar, relaxar, dentre outras.

I/ T T/ C

3.5-Compor pequenas coreografias a partir de lemas, materiais ou músicas.

__ I/ T/ C

3.6-Vivenciar a dança em eventos escolares.

I/ T T/ C

3.7-Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais da dança em nosso país.

__ I/ T/ C

3.8-Vivenciar diferentes I/ T T/ C

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manifestações culturais da dança.

-Dança como meio do desenvolvimento de valores e atitudes. -Dança e relações de gênero. -Dança e mídia

3.9-Compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes – afetividade, confiança, criatividade, sensibilidade, respeito às diferenças, inclusão.

__ I/ T/ C

3.10-Identificar a dança como possibilidade de superação de preconceitos.

__ I/ T

3.11-Compreender as relações sociais entre homens e mulheres na dança.

__ I/ T

3.12-Identificar a influência da mídia nas formas de dança.

I/ T T/ C

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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EDUCAÇÃO RELIGIOSA

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (Nelson Mandela).

O Ensino Fundamental tem por objetivo a formação

básica do cidadão, da qual o Ensino Religioso é parte integral. Ele

é um conteúdo essencial para a formação do cidadão.

O trabalho com a Educação Religiosa nos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental não tem como objetivo defender ou

professar determinada fé ou religião, e sim, desenvolver atitudes

de diálogo, reflexão, compreensão e tolerância, quebrando

paradigmas, preconceitos, resistências que possam estar presentes

na sala de aula, oriundas do ambiente social do qual as crianças se

originam. A aplicação de conteúdos desta disciplina na sala de

aula traz a oportunidade para o educador trabalhar com as

crianças habilidades importantes que as auxiliem a perceber-se,

conhecer-se e aceitar-se, para que elas possam, assim, perceber,

conhecer e aceitar os outros, adquirindo atitudes de diálogo,

compreensão, bondade, compaixão, respeito, entre outros valores

em sua vida. O diálogo nas rodas de conversa sobre as

preferências, as necessidades, os desejos, os sentimentos pode

gerar um trabalho de reflexão sobre as diferentes preferências e

características das pessoas. O importante é que a criança perceba

que as pessoas têm diferentes atitudes frente às mesmas questões

e tenha oportunidade para opinar, argumentar, enfim, expressar-

se.

Dessa forma, procuramos atender a Lei 9.475/97, que dá

novos direcionamentos ao art. 33 da LDBEN n.º 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, não anulando a fé nas tradições religiosas,

mas trabalhando o pluralismo e a diversidade cultural presentes

em nossa sociedade. Cabe ao sistema de ensino, regulamentar os

procedimentos e os conteúdos para a efetivação da Educação

Religiosa nas escolas, esta é a intenção deste documento.

Na versão preliminar da Proposta Curricular de Educação

Religiosa, o educador encontrará as capacidades a serem

trabalhadas agrupadas em três eixos, a saber: Identidade,

Educação Religiosa e Meu mundo. Em cada uma delas, estão

contempladas habilidades de autoconhecimento, saúde, valores,

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cidadania, entre outros. Esses conteúdos deverão ser abordados de

maneira contextualizada com a realidade dos alunos, de forma

criativa e dialógica, construindo um espaço aberto e participativo,

onde todos se sintam a vontade em expressar suas opiniões,

construindo, assim, uma atitude positiva frente ao educador, à

escola e aos colegas. Sugere-se que o educador lance mão de

atividades educacionais que privilegiem a pesquisa, a interação, o

debate, a retórica através de estratégias como seminários, júri

simulado, entrevistas, enquetes, rádio-escola, mídias, campanhas

públicas, etc..

É também o momento de levantar alguns questionamentos

sobre importantes elementos da nossa sociedade, como fé,

religião, ciência e cultura. Não é a intenção da Educação

Religiosa buscar respostas a estas questões, mas promover

perguntas que instigam o pensamento, a reflexão crítica e a

oratória.

A cultura é um importante aspecto da humanidade a ser

analisado para o entendimento das práticas religiosas e da

religiosidade em qualquer sociedade. O homem através de sua

ação, do seu trabalho, do seu mover no mundo, transforma e

modifica a natureza levando em conta suas necessidades de

sobrevivência, suas produções culturais, bem como seus

comportamentos e atitudes. Por isso, a cultura é reveladora de

múltiplos sentidos e significados, dizendo muito da identidade de

um povo.

A produção cultural humana vincula-se também à necessidade do sujeito de transcender, quer por meio das artes, da música, da literatura, do artesanato, da necessidade de aproximação de uma dimensão superior, da poesia, enfim, das muitas obras que realiza, na tentativa de dar conta de sua condição de ser inacabado. (SEDUC, 2009).

A aula de Educação Religiosa é também o momento de

construção de atitudes que promovam a paz. Partindo do

pressuposto de que a violência não é algo natural, inerente ao ser

humano, mas uma postura cultural difundida socialmente como

meio de solucionar conflitos. A educação para a paz vem divulgar

métodos mais saudáveis para a resolução de situações adversas.

Ela consiste, portanto, na construção, junto ao educando, de

novas maneiras de interagir com o mundo.

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Na escola, o educador deve apoiar o aluno em sua atuação

como sujeito do seu desenvolvimento. Orientá-lo a optar por

escolhas e atitudes saudáveis à sua integridade física, emocional e

social. Levá-los a reconhecer as relações com as pessoas e com o

ambiente como fundamentos de garantia da qualidade de vida a

ser preservada.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA - VERSÃO PRELIMINAR – 1º AO 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/CONCEITOS DETALHAMENTO A BORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º 4º 5º

1- Id

entid

ade

1.1- Perceber–se como pessoa capaz de: - Sentir; - Amar; - Escolher; - Criar. - Redescoberta de si e de seus semelhantes como seres únicos; - Busca da razão de existir como alguém que é parte de um universo mais amplo onde nasce, cresce e aspira a plenitude do ser; - Busca da sua realização como pessoa atuando como sujeito do seu desenvolvimento. - Perceber sua origem. - Valorizar a sua vida e sua história. - Gostar e cuidar do corpo como um instrumento especial;

- Quem sou eu;

- Origem da vida;

- Sentimentos e emoções

No desenvolvimento desta capacidade esperamos que o aluno perceba-se como um ser único, capaz de desenvolver-se, amando seu próximo, bem como a si mesmo.

O professor poderá explorar através de narração, encenação e ilustração a história de sua vida: nascimento, história do nome, aniversário, entrada para a escola, e outros momentos interessantes da vida do educando.Poderá também trabalhar com os sonhos, os anseios, seus medos, os projetos de vida de cada criança.

I T T/ C R/ T R/ T

1.2- Conhecer, respeitar e honrar a sua família. - Respeitar a família dos colegas. - Conhecer os abrigos como espaço de acolhimento e

- Família;

- Instituições Familiares;

Nesta capacidade espera-se que as crianças observem e reconheçam o perfil das pessoas da família ou dos componentes do grupo que a substitui: - Pode-se descrever por escrito ou oralmente sobre os diferentes membros da família ou do grupo a que pertence destacando os aspectos da boa convivência em

I T T/C R/ T R/ T

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estabelecimento de relacionamentos sociais.

família. - Trabalhar com as crianças a valorização do esforço das pessoas que trabalham para sustentar a família. - Trabalhar de forma que a criança se perceba como pessoa capaz de modificar e transformar problemas sociais e familiares.

1.3- Esforçar-se para manter como alguém integrado no grupo onde a sua individualidade é afirmada e respeitada, ao passo em que se coloca uma atitude de abertura para acolher o outro, reconhecê-lo como irmão, amigo, com quem dialoga, caminha e constrói. - Percepção da amizade, da lealdade e da boa convivência entre as pessoas, como sinal de presença de Deus. - Acolher o outro como ser humano a merecer atenção, respeito, compreensão e presença solidária; - Formar do senso de cooperação, partilha, respeito, solidariedade, interesse compreensão, gratidão, justiça, em relação às pessoas da família ou grupo que a substitui.

- Valores: • Amizade • Respeito • Generosidade • Honestidade • Bondade • Paciência • Amor • Lealdade • Solidariedade • Gratidão • Fé • Esperança • Educação • Tolerância • Temperança • Justiça • Humildade • Cooperação • Polidez • Responsabilidade

Nesta capacidade espera-se que as crianças descubram a importância de entender e praticar valores que promovem a vida, a paz e a felicidade,percebam que a atitude de cada um contribui para influenciar a atitude do colega, identifica situações onde a falta de valores determinam a ação das pessoas causando mal a si mesma e aos que estão ao seu redor. Com este trabalho espera-se que as crianças se conscientizem da importância dos estudos para melhorar a qualidade de vida.

I T T/C R/T R/T/C

1.4 -Conhecer os direitos e os deveres dos adultos, das

-Direitos e deveres; Nesta capacidade as crianças deverão: - Entender que temos direitos, mas que também temos

I T T R/T R/T/C

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crianças e dos idosos; - Entender que as leis existem para a garantia do dever e do direito de cada um.

- Construir regras e respeitá-las para um bom relacionamento na comunidade.

-Convivência;

-Sociabilidade;

-Cidadania;

deveres; - Perceber que o meu direito termina onde começa o direito do outro; - Ser capazes de criarem regras de convivência e ao mesmo tempo respeitar as regras já existentes para o bem comum;

1.5- Perceber que a vida é feita de escolhas; - Conhecer o conceito de livre-arbítrio; - Reconhecer que o ser humano é um ser em construção, cheio de possibilidades, consciente de seus limites; - Saber que não existem as escolhas certas, mas que, você deve basear as suas escolhas nos valores praticados em sua vida.

-Escolhas

-Livre arbítrio

Nestas capacidades as crianças deverão: - Entender que a vida sempre encontra-se em situações de escolhas, das mais simples (como o que vestir, o que brincar) como as mais complexas (dizer a verdade e assumir as conseqüências ou mentir, revelar algum acontecimento ou omitir)

I T T R/T R/T/C

1.6- Perceber seu corpo como principal instrumento de relacionamento consigo e com o mundo, cuidando da sua alimentação, tendo hábitos saudáveis; - Perceber atitudes que o levem a danificar a saúde do corpo; - Conhecer e trabalhar os conceitos de auto estima, e saúde mental.

Saúde.

Hábitos

Auto-estima

Álcool, cigarro e outras drogas

Nestas capacidades as crianças deverão perceber : - O corpo humano e sua saúde, como um todo integrado que possui dimensões psicológicas, afetivas e sociais. - Quando inserimos em nossa vida hábitos saudáveis estamos contribuindo positivamente para a saúde de nosso corpo e mente.É importante que o aluno compreenda também que a auto- estima elevada, é um fator de saúde para o corpo e mente, e que a mesma, parte do auto conhecimento, ou seja quem você é em relação a si mesma e em relação as pessoas com as quais você convive.Além de reconhecer que o vício do álcool, cigarro e outras drogas, afetam sua saúde física e

I T T T T/ C

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- Reconhecer o mal causado pelo consumo de drogas, como: álcool, cigarro, maconha, entre outros.

psíquica;

2- E

duca

ção

Rel

igio

sa

2.1- Reconhecer a Religião como a maneira própria das pessoas se relacionarem com o divino, individual e comunitariamente, alimentando a sua esperança exercitando a sua fé, buscando nela os meios de encontrar a paz. - Identificar as diferentes formas através das quais as pessoas humanas se relacionam com o sagrado e utilizam os símbolos que comunicam e os seus significados na Religião que professam.

Cultura e religiosidade.

Nesta capacidade as crianças deverão entender que: - A religião faz parte da cultura de um povo, pois, conhecendo a religião de uma certa comunidade ou país pode-se encontrar pista a respeito das pessoas que ali vivem. - Reconhecer a sua volta quais manifestações culturais que são de cunho religioso; - Entender que a escolha da religião deve ser feita individualmente, de acordo com a sua convicção;

- - - I T

2.2 -Saber que existem vários livros sagrados.

-Perceber que a Bíblia é o livro que contém os textos sagrados dos cristãos.

Livros Sagrados;

Nesta capacidade as crianças deverão; - Conhecer a Bíblia enquanto livro sagrado para o Cristianismo; - Entender que a Bíblia é dividida em diversos livros, capítulos e versículos; -Os alunos poderão fazer pesquisas sobre outros livros sagrados pertencentes a outras religiões ,aprendendo a respeitar aas demais culturas religiosas

I T T I T

-Discernimento dos elementos construtivos que promovem a paz através da justiça na maneira de pensar, sentir e

Cultura da Paz;

Proporcionar situações em que o aluno seja capaz de : - Identificar o significado da palavra Paz, na prática; - Desenvolver habilidades que as auxiliem perceber seus estados interiores e dos outros, bem como expressá-los

I T T R/T R/T/C

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atuar das pessoas que fazem parte desses grupos, em seus diferentes níveis de organização formal e não formal.

para que adquiram atitudes de diálogo, compreensão, compaixão e respeito. Além disso, que desenvolvam atitudes que atuem como antídotos contra as emoções destrutivas. - Compreender que a maioria das situações de violência ( na escola, na cidade, jornais ou em filmes) decorrem de frustrações e das dificuldades que temos de resolver os conflitos de maneiras saudáveis e pacíficas.

2.3- Conviver em paz com todos independente , de cor, raça ou religião;

• Respeitar as diferenças individuais e sociais;

Diversidade e Inclusão;

Preconceitos.

No desenvolvimento desta capacidade, as crianças deverão: - Perceber o outro como um ser único, diferente, e que deve ser respeitado; - Entender e conhecer os diferentes níveis sociais, respeitando os indivíduos que a eles pertencem;

I T T R/T R/T

3- M

eu M

undo

3.1 Compreender a função da escola como instituição organizada ,a fim de colaborar na formação de seres humanos comprometidos com o valores fundamentais para realização da pessoa como cidadão político, crítico, solidário. - Perceber as relações de ajuda que acontecem no dia- a – dia da escola entre educadores e educandos, administradores e demais funcionários; - Reconhecer a importância do papel de cada um na escola em suas respectivas funções. - Reconhecer o papel da escola como lugar onde o saber sistematizado oferece condições para a melhoria da

Escola;

Educadores e educandos

Educação e conhecimento

Nesta capacidade as crianças deverão: - Entender que ir a escola é um direito de todos. Nela as crianças fazem amizade e aprendem a ouvir e a respeitar as idéias dos outros. - Perceber que a escola não é apenas um lugar de estudo, e sim um local de convivência com pessoas diferentes; - Além dos professores e dos alunos, o diretor e os funcionários também vão todos os dias para a escola. Ela é local de trabalho de todas estas pessoas que cuidam para que as regras de convivência sejam respeitadas. Cada um deles tem sua função na escola e o trabalho de todos é muito importante. - As crianças devem Conscientizarem-se da importância da organização e conservação dos materiais pessoais e do patrimônio escolar.

I T T R/T R/T/C

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qualidade de vida. 3.2 Interessar-se pela harmonia da cidade onde mora , estuda, e convive com os demais. - Entender que a cidade onde mora é construída com a participação de todos, conservada com dedicação e boa vontade pelos adultos, jovens e crianças que nela residem. -Reconhecer os lugares públicos mais freqüentados pela comunidade como lugares que estão a serviço da população. -Reconhecer dos lugares sagrados da cidade que merecem respeito, cuidado, atenção, porque se relacionam com as crenças das pessoas. -Conhecer a cultura do povo da cidade onde se vive como parte da identidade que a constitui.

-Cidade;

-Conservação

-Serviços públicos

No desenvolvimento desta capacidade o aluno deverá: - Entender que a cidade não se constrói somente com políticos, mas com a participação de todos que nela vivem; - Perceber que todos os lugares públicos estão a serviço da população e desta forma devem ser conservados por todos; - Respeitar os diversos tipos de templos ou igrejas, mesmo aquelas que não professam a sua crença; - Perceber-se como pessoa que contribui para escrever a história da sua cidade, valorizando suas manifestações culturais .

I T T T T/C

3.3 Promover o sentimento de patriotismo provocando uma postura crítico-reflexiva. -Conhecer e respeitar a cultura popular e religiosa do Brasil.

-País;

-Patriotismo

No desenvolvimento desta capacidade as crianças devem: - Reconhecer o Brasil como sua Pátria, que deve ser amada e respeitada, valorizando as qualidades do país e do povo brasileiro; - Perceber e valorizar a diversidade de práticas

- - - I T/C

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- Despertar a esperança para tornar o Brasil em um lugar onde as pessoas vivam em paz.

religiosas no Brasil; - Sentir-se como sujeito ativo responsável também pela construção e consolidação da paz no Brasil;

3.4 Respeitar à natureza como fundamento de garantia da vida a ser preservada; - Admirar o belo e harmonioso que a natureza é portadora como manifestação de uma presença transcendental no mundo; - Perceber o conflito provocado pela destruição da natureza e ter postura crítica diante de fatos constatados. - Compreender do valor da água, do fogo, da terra, do ar como elementos fundamentais da vida, se bem utilizados e preservados.

-Natureza;

-Preservação X Destruição;

-Atitude.

Espera-se que nesta capacidade seja trabalhado com a criança: - A percepção da natureza como um bem precioso dado a nós e que merece cuidado, respeito e carinho. Os seres humanos e os animais dependem da natureza para sobreviver. - Que a criança seja capaz de desvendar o olhar para admirar as coisas belas da natureza: as plantas, as flores, os animais, rios, etc. - Conduzir a turma, através de pesquisas, debates, a perceber os danos causados pelo ser humano: poluição, queimadas, desmatamento, construção de barragens em locais indevidos, sujeira, esgoto a céu aberto, uso dos rios como esgoto, etc. - Realizar campanhas e caminhadas pelas ruas em defesa do meio ambiente: fauna, flora, higiene pessoal, limpeza das ruas e dos lugares públicos.

I T T R/T T/C

*Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010.

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Seção Anos Iniciais

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