A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO EM AUTO DA COMPADECIDA, DE ARIANO SUASSUNA

8/17/2019 A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO EM AUTO DA COMPADECIDA, DE ARIANO SUASSUNA

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www4.fsanet.com.br/revistaRevista FSA, Teresina, v. 11, n. 3, art. 14, p.323-339, jul./set. 2014 ISSN Impress !1"0#-#3$# ISSN %letr&ni' ! 231(-29"3

)ttp!//*+.* i. r /10.12"19/2014.11.3.14

A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO S !EITOE" A TO DA #O"PADE#IDA$ DE ARIANOS ASS NA

T%E IDENTIT& REPRESENTATION O' T%ES (!E#T IN A TO DA #O"PADE#IDA$ O' ARIANOS ASS NA

Raim)n*a "aria*os Santos

%spe'iali a em et * l ia * %nsin *e n ua rtu uesa e iter/ Fa'ul*a*e*e Te l ia 5ema) %-mail! pr 6ess rarai7) tmail.' m

Teresina,iau ,

8rasil

+rica 'ontesRo*ri,)es 'ontes-

ut ra em R man'e an ua es/ :niversit; 6 N rt)


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=%n*ere ! >ri'a F ntes R *ri ues F ntes:niversi*a*e Fe*eral * iau ,


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R. ". *os Santos$ +. '. R. 'ontes

RES "O

324

N r*este * 8rasil tem si* 1oco *e estu* s a'er'a *ai*enti*a*e *e sujeit s ti* s ' m*i6erentes. %ste arti tem

Bjetiv *e investi ar a representa *e sujeitn r*estin emA)to *a #om


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in*i'ate t)at t)e ')ara'ters represent n t nl; t)en rt)eastern 8ra ilian suBje't, But t)e 8ra ilian suBje't)imsel6.

e wor*s ! iterature. Representati n. I*entit;. Stere t;pe.

Revista FSA, Teresina, v. 11, n. 3, art. 14, p. 323-339, jul./set. 2014

KKK4.6sanet.' m.Br/revista


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A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO S !EITO E" A TO DA#O"PADE#IDA$ DE ARIANO S ASS NA

8 INTROD ÇÃO

Neste estu* , pr p e-se uma re6le+ s Bre a Guest*a i*enti*a*e * sujeit , t man* ' m p nt *e parti*a seu lu ar *e ri em, s Bretu* , sua 6 rma 'ultural.Assim, ' n'eBe-se sujeit ' m pess a e 'i*a* . N'amp *is'ursiv , C ' mum *eparar-se ' m ' n'eit s *ei*enti*a*e Gue, *e 'ert m * , *e6inem um ser *e 6 rma pr nta, a'aBa*a. Iss C Gue se t ma ' m m tiv parauma tentativa *e resp n*er O Guest rela'i na*a O'ara'teri a * sujeit n r*estin *e 6 rma estere tipa*a,' m se esse 6 sse *esenrai a* * rest * 8rasil.

Ini'ialmente, C imp rtante *esta'ar Gue a pe a teatralA)to *a #om


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ara iss , utili am -n s *as te rias *e Stuart all H2003 ,uni S *rC H1999 e utr s 'r ti' s Gue sus'itam uma

re6le+ s Bre ' n'eit s *e i*enti*a*e. AlCm *e te ri' s

Gue, ' m AlBuGuerGue Dr. H200# e Auristela An*ra*eH2000 , aB r*am a Guest * estere tip * sujeitn r*estin .

iante *iss , Bjetiv C investi ar a representa *sujeit n r*estin , atravCs *a an@lise * s pers na ens DEril e


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i*enti*a*e * sujeit e analisan* s aspe't s *ai*enti*a*e n r*estina impress s nesses pers na ens'ari'aturais *a pe a teatral.

#ONTEFT AGIHAÇÃO %IST RI#O SO#IAG0 A J ESTÃOIDENTITÁRIA

' nte+t )ist ri' -s 'ial *a Bra C *e um territ ri Brasileir e+pl ra* ' m t *as as impli'a es *' l nialism L rea6irma *a Bur uesia ' m seus sU*it s, Gueevi*entemente, s Hn r*estin s p Bres, es'ravi a* s,trata* s *e 6 rma *esumana, ten* Gue se 'urvarema sseus sen) res H' l ni a* res u p *er s s , Gue man*am e*esman*am. A 'i*a*e *eTaper @, n sert paraiBan , Ces' l)i*a pel aut r ' m 'en@ri *e t * *rama. Trata-se*e uma ' mC*ia tr@ i'a tant pelas inspira es emS)a5espeare, ' m pela tentativa *e seapr +imar * realsem *ei+ar *e la* m@ i' , ima in@ri *e um p vtipi'amente Brasileir .

A mis'i ena n r*estina ' n6ere a esse p v retrat * 8rasil. p v *a re i n r*este Brasileira C

riun* *a mistura entre p v nativ - n*i ' m

*es'en*entes * p v a6ri'an es'ravi a* , ' l n p rtu u?s, s invas res estran eir s e imi rantes*ivers s. rtant , t rna-se in' nstante *e6inir um per6il *esujeit , t s mente, n r*estin , j@ Gue C resulta* *e umamulti'ultura. > iss Gue se p *e re istrar na ' r *a pele, n s


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)@Bit s e ' stumes, n estil *e vi*a, n s s n) s, nareli i si*a*e, na v nta*e *e viver, n p *er *esupera , naluta, na lin ua em * s pers na ens *a pe aA)to *a

#om


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*e enera* sV na tentativa *e justi6i'ar suas ' nGuistas e*e6en*er p *er *e *ar instru es e a*ministrar.

rCm, esse sujeit a ita* , esGue'i* , su6 'a a * r *a misCria e sup rta a *e ra*ante Gue vive. > um tip Bem' mum n 8rasil, in'luin* sert n r*estin , essen r*estin , representa* pel malan*r D Eril e ' nta* r *e mentiras


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Gue a literatura mantivesse seu 6&le n seu papel *e pereni ar a )ist ria, a 'ultura *e um p v em 6 rma *e arte.


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' muns entre s es'rit res. %ssa alian a reali a*a p r Suassuna p e O m stra a reali*a*en r*estina e, p r ' nse uinte, s aspe't s i*entit@ri s * sujeit .

< m rela a s aspe't s *a i*enti*a*e * sujeit na pe a A)to *a #om


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sujeita a estere tip . %nten*en* a 'ivili a *e um p v' m resulta* *a rela *sujeit ' m mei , essanarrativa p *e n *ar ' nta *e 'ara'teri @-l e *esviar para a ima em *e um tip 'ari'atural *e sujeit e,' nseGuentemente, *e na . Yuest Gue tem pre 'upa*estu*i s s re i nalistas.

8asean* -se na ' n'ep *e re i es Brasileiras*e6en*i*as ' m ' njunt 6 rma* r *e uma na , passa-se a6un*amentar a i*eia *e Gue ser n r*estin C ser Brasileir ,sem Gue um sujeit *essa re i p ssa s 6rer GualGuer tip*e *is'rimina u estran)e a, p l?mi'a Gue permeia,*entre utr s 'amp s, *a 'r ti'a liter@ria. %mA)to *a#om


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s 'ial n C alija* *a s 'ie*a*em *erna. rtant , C ' messa ' n'ep Gue sur e uma narrativa *e i*enti*a*e' n6litu sa, levan* a enten*iment *e Gue e+istem

*ivers s Brasis a invCs *e uma s na Brasileira' m suas*iversi*a*es. Nesse 'as all su ere term i*enti6i'ae n i*enti*a*e *sujeit , numa perspe'tiva *e a6astar-se*a 6 rma pr nta e a'aBa*a e, em ' nseGu?n'ia *iss , a6astar

estran)ament *esse sujeit *entr *e sua pr pria na .< n6 rme R Bs n * s Sant s H2011, p.( , s val res

e tra*i es l 'ais ' mp em a6un*amenta *a na , Gueen' ntra neles seus prin'ipais sustent@'ul s. As in6lu?n'ias

emer em *e re i es e 'ulturas varia*as Hp rtu uesa,) lan*esa, a6ri'ana, in* ena, riental,et'. V. Sant sre' n)e'e Gue N r*este, pel ) Bri* p v Gue ' mp e, Bene6i'ia t *a ana Brasileira ' m seu le a* 'ultural,' ntriBuin* para a val ra na'i nal. essa6 rma, n'aBe e+a er nas ima ens *e 'un) , muitas ve es, pej rativ Gue s 'ria*ass Bre p v n r*estin ,

tamp u' a estran)e a ' m esse p v tem si* trata* ,*urantemuit temp , pela 'r ti'a *e *is'urs re i nalistaseparativista. As re i es * 8rasil, a' ntr@ri , intera ementre si e se ' mpletam, 6 rman* um t * Brasileir , ist C,um t * 6 rma* pelas *iversi*a*es 'ulturais e e' n&mi'as.




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S Bre a Guest * estere tip , t rna-se imp rtante' nsi*erar Gue estran)ament *sujeit n r*estin ,

riun* *e rela es s 'iais ' nturBa*as n pr 'ess' l nial erepuBli'an , e+trap la as Guest es lin u sti'as,')e an* O apar?n'ia 6 si'a, Os vestes, O'ulin@ria. rCm Cna Guest *is'ursiva Gue estere tip se es'an'ara.

urval uni AlBuGuerGue Dr. H200#, p. 20 a6irma Gue

*is'urs *a estere tipia p um*is'urs assertiv ,repetitiv L C uma 6ala arr ante, uma lin ua em Gue leva OestaBili*a*e a'r ti'aV. ara ele, uma v se ura eaut ssu6i'iente Gue se arr a *ireit *e *i er Gue C utrem p u'as palavrasV esti mati a sujeit n r*estin ,tra an* um per6il in' ntest@vel,' n6erin* a esse e Ore i n*e vive 'ara'ter sti'as Uni'as e imut@veis. A esse

tip *e*is'urs , S *rCH1999, p.34 atriBui a ri em *estere tip , Gue seria para ele ai*enti*a*e ' mre6er?n'ia a estaBili*a*e *e representa es, p ssiBilita*a pela r*emsimB li'a *a lin ua em e uni*a*e * sujeit emsi mesm V. 6at p Gue, sen* *is'ursuma pr@ti'as 'ial, esse en' ntra terra 6Crtil para estaBele'iment *estere tip , p is Cnessa pr@ti'a *is'ursiva Gue se 'riam6 rmas *e ' n)e'iment s, se estaBele'em rela ess 'iais ei*enti*a*es. Se un* D an FerrCs H199", p. 141 , estere tip tem suas Bases emuma amea a para a pr priai*enti*a*e, para as 'ren as, para as se uran asV. Trata-se *euma estratC ia *e esta nar sujeit *e tal m * a n )aver Guesti nament s s Bre a sua p si *e suBaltern .


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< n6 rme AlBuGuerGue Dr. H200(, p. 1#2 , tipn r*estin vai se *e6inin* ' m um tip tra*i'i nal,v lta* para a preserva *e um passa* re i nal

Gue estaria *esapare'en* V. r esta ra, C vist ' msujeit atrasa* , sem perspe'tivas, sem 'ultura, n senti* *e p u'a es' lari*a*e e, ' m a m *erni*a*e, )@ uma ten*?n'iaO rejei *aGuilGue C super6i'ial u Gue n representa

n v . > ' m se a )ist ria *a )umani*a*e pre'isasseser *i ima*a, *an* lu ar a um ) mem O 6rente * seutemp para Gue esse sejaa'eit em re i es * 8rasil Guen seja a n r*estina. as C imp rtante lemBrar-se *ain' mpletu*e * sujeit , Guan* per*e parte *e sua pr pria)ist ria. AlBuGuerGue Dr. ressalta tamBCm Gue,

a ima em e te+t * N r*este passam a ser elaB ra* s a partir *e uma estratC iaGuevisava *enun'iar a misCria *e suas 'ama*as p pulares, as injusti as s 'iais aGueestavam suBmeti*as e, a mesm temp ,res atar as pr@ti'as e *is'urs s *erev lta p pular ' rri* s neste espaHA 8:Y:%RY:% DR. 200#, p. 1"4 .

utra pre 'upa a'er'a * estere tip *sujeit n r*estin ressalta*a p rAlBuGuerGue Dr *irespeit O ima em *e sujeit in'apa e miser@vel prC-*estina* a' ntinuar s B * m ni * p *er e' n&mi'e p l ti' . %le justi6i'a Gue a tentativa *e




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*enun'iar a situa *e aBan* n e rev lta, atravCs *eima em e te+t *a re i N r*este *8rasil, 'asi n u a6 rmula ima Cti'a e *is'ursiva *e um tip 6a*a* a6ra'ass e OmisCria. Iss a' nte'e, p rGue *is'urs C pr@ti'a s 'ial Gue permeia t *as as 'ama*as *as 'ie*a*e passiv *e interpreta es, ' n6 rme interesse *a 'lasse* minante.

ara mi 8)aB)a H199", ester tip3 C uma 6 rma*e 'amu6lar a reali*a*e, p rGue C uma 6 rma 6alsa *erepresenta i*entit@ria * sujeit . ara ele, C *is'urs *' l ni a* r,Gue tem intuit *e 6a er * utr um sujeitin6eri r a 6im *e a6irmar p *er *iante * ' l ni a* .Se un* ;nn . T. . *e S u a H2004 , 8)aB)a enten*eGue estere tipsur e *e uma 6alta *e aut ri*a*e u *e

plenitu*e * ' l ni a* r, p r iss , ele e+pli'a estere tip*is'riminat ri ' m estratC ia * ' l ni a* r a partir *' n'eit *e 6eti')e apresenta* p r Freu*4. < n6 rme S u a,esse

... 6eti')e representa j simultWne e) Bri* entre uma a6irma *a plenitu*e e aansie*a*e era*a pela sua 6alta, pelaaus?n'ia! ' m rela a *is'urs ' l nial,

8)aB)a suBstitui s e+empl s *e Freu*t * s s ) mens t?m p?nisV e al uns nt?mV p r e+empl s ' rresp n*entes **is'urs ' l nial! t * s s ) mens t?mra a/'ultura/)umani*a*eV e al uns n t?mra a/'ultura/)umani*a*eV. HS :ZA,2004, p. 12 .


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%m A)to *a #om mesm , p B n*a*e min)a, p rGue

v '? n passa *e um amarel muit sa6a* V.%le Ce+pl ra* e ain*a trata* ' m in6eri r, tant pela i reja,institui *e nature a)umani a* ra, Guant p r seus patr es, Gue representam ' l ni a* r sempre *isp st s area6irmarem aut ritarism .

A antr p l a aristela An*ra*e H2000 aB r*a aGuest * estere tip * sujeitn r*estin , *e6en*en* ai*eia *e Gue este se trata *e uma ' nseGu?n'ia *a pr Blem@ti'a * re i nalism n 8rasil. ara ela,

As rela es interre i nais e interCtni'an 8rasil n e+pressam ' n6lit simp rtantes u pre 'upantes n senti* *e p *er 'asi nar ruptura internas a 'urt u amC*i pra . %ntretant C p ss vel *ete'tar um 'ert rau *e tens 'res'ente nessasrela es, Gue ap ntam para

*esen'a*eament *e int lerWn'ia entrerup s re i nais *istint s, Gue elaB ram umavis ne ativa entre si. > n r*estin , p rCm, prin'ipal alv *e esti mas, e, p rtant , *e uma avalia *epre'iativaGue serepr *u n apenas nas 6alas *'i*a* an&nim , mas tamBCm n s r s*e imprensa e em pesGuisas sup stamente'ient 6i'as, ' m pr p sit *e rea6irmar a

3 ... m * *e representa ' mple+ , amBivalente e ' ntra*it ri V H8)aB)a, 199", p. 110 .4 S Bre a Guest *a plenitu*e * sujeit , S u a H2004, p. 12 , e+pli'a Gue

Freu* representa ' m a 6alta * 6al matern , Guan* a 'rian a se per'eBe ' m ente separa* e *i6erente *a m e leva a sur iment *euma 6i+a s Bre um Bjet - 6eti')e - a 6im *e suBstituir e ' mpensar pela 6alta per'eBi*a *a plenitu*eV.




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' n*i *e re i mais p Bre n ' nte+t na'i nalHAN RA %, 2000, p. 203 .

%sse tip *e repr *u *e 6alas *e Gue se re6ereAn*ra*e, en'amin)a-se para a rea6irma * termn r*estin enGuant estere tip Gue, )ist ri'amente, tem si*ass 'ia* a e+press es ' m misCria, p Bre a, 6 me,s li* , s Brevivente *a se'a e * 'lima Guente, pele

Br n ea*a, p v s 6ri* , p v sem 'ultura$, pess as *e Bai+a estatura e *e s taGue estran)# aBan* na* , mesmassim, ' m esp rit *e s Breviv?n'ia e muita 6C. %m seusenti* mais usual, estere tip C *e t * ruim, p is tra auma 6 rma 'ari'atural * sujeit antiss 'ial, anti-)uman ,imp tente *iante *e sua pr pria reali*a*e.

= ASPE#TOS IDENTITÁRIOS DO S !EITONORDESTINO E" A TO DA #O"PADE#IDA

s estere tip s s pa*r ni a* s, n rmalmente, p r aGueles Gue preten*em justi6i'ar u n rmati ar seu' mp rtament u a , t rnan* suas v timas 'ulpa*as pelseu 6ra'ass uain*a pi r, sujeit s aliena* s. Na pe a$Suassuna representa n r*estin atravCs * s pers na ens

'ari'aturais D Eril e


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*a reali*a*e. rCm, 'aBe re6letir se esses sujeit s t?m essarepresenta t s mente p r ser n r*estin .

s *is'urs s 'ria* s ' m rela a n r*este * 8rasil

6a em ' m Gue essa re i seja uma inven , na ' n'ep*e AlBuGuerGue Dr. H200#, p. 24 , ... pela repeti re ular *e *etermina* s enun'ia* s, Gue s ti* s ' m *e6ini* res* 'ar@ter *a re i e *e seu p v ,Gue 6alam *e sua ver*a*emais interi rV. Tem-se, assim, tamBCm, ' nstru es mentais* s pa*r es *e sujeit s sertanej s. Iss se t rna ' ntra*it ri ,levan* em ' nta Gue esses sujeit st?m almas, sentiment s,s n) s e 'apa'i*a*es *e aut *esenv lviment , ' m pess a u'i*a* .

A misCria, a p Bre a e a 6 me s presentes na vi*a *n r*estin , mas se trata *e um pr Blema s 'ial en' ntra*em t * mun* , Gue pre'isa ser 'ui*a* pel p *er pUBli' , e n *e uma 'ara'ter sti'a inerente O re i . rCm,AlBuGuerGue Dr. H200#, p. 23 *e6en*e Gue

$ term sem 'ulturaV, na ' n'ep *e r ni e %l a Apare'i*aFil)a Hp. 33-34 , isp n vel em! [)ttp!//KKK.B ''.uBi.pt/pa /m r ni-al; ))a- liveira-el a-estere tip s-n -telej rnalism .p*6 K A'ess em! 10*e a . *e 2013, re6erin* -se a sujeit n r*estin est@ rela'i na* O

6alta *e 'ultura n senti* *e e*u'a ,apren*i a emV.# %sse s taGue estran) V p * p nt *e vista * s sujeit s *e utrasre i es Brasileiras, espe'ialmente *a re i Sul e Su*este * 8rasil,se un* r ni e %l a Apare'i*a Fil)a H200#, p. 32-34 .



http://www.bocc.ubi.pt/pag/moroni-alyohha-oliveira-elza-estereotipos-no-telejornalismo.pdfhttp://www.bocc.ubi.pt/pag/moroni-alyohha-oliveira-elza-estereotipos-no-telejornalismo.pdfhttp://www.bocc.ubi.pt/pag/moroni-alyohha-oliveira-elza-estereotipos-no-telejornalismo.pdfhttp://www.bocc.ubi.pt/pag/moroni-alyohha-oliveira-elza-estereotipos-no-telejornalismo.pdf


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tal 'ara'teri a p *e ser 6i+a*a pelas *iversas 6 rmas*is'ursivas, seja 'inema, teatr , atelevis u as pr *u es a'a*?mi'as. ara ele, s *is'urs s pressup em, pr *u em ele itimam um espa . A GuestC Gue tal pr Blem@ti'a a'umula nessa re i um se un* pr Blema - a estere tipa * sujeit , *esen'a*ea* tant pela situa 'alamit sa, Guant p r ' n6lit s re i nais *e

r*em )ist ri' -'ulturais e a*ministrativ s.A)to *a#om


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astU'ia,Gue se mani6esta ' n6 rme sua )ist ria, 'ultura ereli i si*a*e. > Gue ' rre ' m sertanej Gue, ' m seu jeitin) Brasileir V, en' ntra uma sa *a para as

situa es maisemBara sas. Assim ' m D Eril ,


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representa um n r*este a mer'? * *estin , n*e sn r*estin s s perse ui* s pela se'a, pela mispria e pelainjusti a, mas Gue ' nse uem manter seu r ul) *esertanej V Hp.1#" . Nesse senti* , D Eril representa n r*estin Gue n se ' ntenta ' m a s li* uaBan* n , Bus'an* uma sa *a, ain*a Gue *e 6 rma aventureira.

al)a !- Aut *a < mpa*e'i*a] :ma )ist riaaltamente m ral e um apel O miseri' r*ia.D Eril !- %le *i O miseri' r*iaV, p rGue saBe Gue,se 6&ssem s jul a* s pela justi a, t *a ana seria ' n*ena*a.H...D Eril !

uit pel ' ntr@ri , ain*a )ei *e mevin ar * Gue ele e a mul)er me 6i eramGuan* estive * ente. Tr?s *ias passei em'ima *e uma 'ama, para m rrer e nem um

' p *J@ ua me man*aram. as essetraBal) eu 6i ' m st , s mente p rGue setrata *e en anar pa*re. N v u ' m aGuela'ara. HS:ASS:NA, 1990, p. 24 - 3# .

P tima *e sua pr pria )ist ria e *a misCria Gue ass la are i , p v sertanej tem *e ' nviver ' m *es'as*aGueles Gue, pela lei, seriam seus pr tet res. esta*Hjusti a , s patr es Hele e a mul)er e atC a i reja Hpa*re'ita*a nas 6alas *e D Eril s , para este, s 'ausa* res* seu s 6riment . %m ' mplet esta* *e aBan* n , sertanej *esperta a 6alta *e esperan a nas aut ri*a*es *esta* e *a pr pria i reja, restan* , nele, a 6C e a astU'ia. sentiment *e *espre em D Eril se t rna ain*a mais

rave pel tratament *ispensa* p r seus pa*r es.


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pers na em, ' m sertanej , * ta* *e uma 'erta' ns'i?n'ia p l ti'a, an ustia-se ' m a situa em Gue vive, pairan* nele in' n6 rmism . Suassuna, nessa pe a,

aB r*a aBan* n ' m uma Guest s 'ial 'r&ni'a,apesar * s temp s *e m *erni*a*e e *a' ns'i?n'ia Gue n r*estin a*Guirira a'er'a *a r ani a p l ti'a *a

s 'ie*a*e e *e seu papel ' m 'i*a* . D Eril ,mesm vist ' m sem 'ulturaV n seu mei s 'ial,apresenta-se Bastante l '̂i* Guant a s seus *ireit s *e'i*a* Apesar *e ser um sertanej p Bre e amarel , sint per6eitamente Gue est u *iante *e uma ran*e 6i uraVHS:ASS:NA, 1990, p. 14#-14( . %le t rna-se ain*a mais'r ti' Guan* *i !

_ ) mem sem ver n)a] P '? in*a per unta\ %st@ esGue'i* *a e+pl ra Gueeles 6a em ' n s' naGuela pa*aria *in6ern \ ensam Gue s ' s p rGueenriGue'eram, mas um *ia ) *e me pa ar.% a raiva Gue eu ten) C p rGue Guan*estava * ente, me a'aBan* em 'ima *e uma

'ama, via passar prat *e ' mi*a Gue elaman*ava para 'a') rr . AtC 'arne passa*ana mantei a tin)a. ara mim, na*a. DEril Gue se *anasse. :m *ia eu me vin .HS:ASS:NA, 1990, p. 39 .

A 6alta *e es' lari*a*e C uma 'ara'ter sti'a *e DEril , p is n tem * m ni *aleitura, ' m se per'eBe emSuassuna H1990, p. 92 , Gue p Gue tem es'rit a V\< ntu* ,




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33$

iss n si ni6i'a Gue se trata *e t tal 6alta *e 'ultura, nemum pa*r * n r*estin . esm assim, n 6a a'r ti' ,

sem - n V u aliena* .utr aspe't pa*r ni a* n n r*este *i respeit O

lin ua em. Suassuna tra para a narrativa teatral, tra s *es taGues * N r*este. ara iss , imprime, na 6ala * s pers na ens, uma 6 rma esp ntWnea, resultan* na revela*a musi'ali*a*e ral e n us *e palavras u e+press essimB li'as, ' m em Suassuna H1990, p. 13" . D Eril !P '? ain*a per unta\ es*e Gue ')e uei Gue ' me'ei a sentir um ')eir ruim *ana* . %ssa peste *eve ser *iaB V.sterm s *ana* V, pesteV e *iaB V 6a em parte *v 'aBul@ri sertanej , ' n6 rme i'i n@ri *e Term s N r*estin s *e EilBert AlBuGuerGue( e si ni6i'am al

in*eseja* .A musi'ali*a*e 6i'a a 'ar * s at res na

interpreta *as 6alas, p rCm p *e-se per'eBer na es'ritaem v@ri s tre') s Gue apresentam uma s n ri*a*e mar'ante, ae+empl *a e+press *e


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D Eril !- sen) r n repare n , mas *e Besta eus ten) a 'ara. eu trun6 C mai r * GueGualGuer sant .H...A) iss C ' mi . P u 6a er um ')ama*espe'ial, em vers . Earant Gue ela v?m,Guerem ver\ recitan*o.>Pal)a-me N

ssa Sen)

r a,

e *e

eus *e Na

ar C] A


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va'a mansa *@ leite, A Br a Ba *@

Guan*

Guer . A mansa *@


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s

sse

a*a, A Br a Ba levanta

pC.

D@ 6ui Bar' , 6ui navi ,as ) je s u es'alC.D@ 6ui menin , 6ui ) mem,S me 6alta ser mul)er. HS:ASS:NA, 1990, p. 1#9-1(0 .

jeit simples * sertanej D Eril p *e ser ass 'ia* a pr pri Brasileir*espr vi* *as m@s'arasGue 'amu6lam a reali*a*e, s s n) s, s 6at s e 6a * ser )uman um )ip 'rita. D Eril C e+atamente ' ntr@ri O)ip 'risia s 'ial, mas utili a-se *a mentira,Guan*ne'ess@ri em situa es espe' 6i'as. %le se re*ime u

rita, luta, ' n6 rme suane'essi*a*e. A 6C, jeit 6ran' ,esp ntWne , astut *e D Eril , assim ' m a ima ina6Crtil *e


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( isp n vel em

)ttp!//KKK.jessierGuirin .' m.Br/200#/*a* s/*i'i nari .p*6.

A'ess em! 10/0"/2013. Revista FSA, Teresina, v. 11, n. 3, art.

14, p. 323-339, jul./set. 2014 KKK4.6sanet.' m.Br/revista

http://www.jessierquirino.com.br/2006/dados/dicionario.pdfhttp://www.jessierquirino.com.br/2006/dados/dicionario.pdf


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seu s 6riment . % essa situa n 6 i es' l)i*a u pr v 'a*a p r eles, simplesmente C ri ina*a *e sua pr pria )ist ria e *a )ist ria *a )umani*a*e, Gue n se*es6a u se apa a.as se re6a , se re' nstr i, ' nservan*as ra es. N r*este, ' n6 rme AlBuGuerGue Dr.H200#, p.## , n p um 6at inerte na nature aV u um p v a'r ti'e sem sentiment s. 'r ti' ')ama a aten para uma

re6le+ s Bre a ' n*i )umana *esse p v esGue'i* e seu *ireit *e 'i*a* Brasileir ' m sujeit ativ e parti'ipativ .

4 #ONSIDERAÇLES 'INAIS

A pr p r um estu* s Bre s aspe't s i*entit@ri s *

sujeit n r*estin , impress s n s pers na ens D Eril e


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seu mei , Os v nta*es * utr numa tr 'a pela reali a* seu eu interi rGue, p r sua ve , C 'arre a* *esuBjetivi*a*es, *e parti'ulari*a*es transmiss veis a utrem,Guan* esse assume seus mUltipl s papeis na s 'ie*a*e.

Nessa *inWmi'a *e ' nstru , enten*e-se Gue sujeit e+er'e in6lu?n'ia s Bre a6 rma 'ultural *euma p pula , *e um p v , *e uma na , assim ' ma na tamBCm in6luen'ia na 6 rma i*entit@ria *essesujeit a ela perten'ente. rtant , pu*em s Bservar Gue saspe't s i*entit@ri * s pers na ens D Eril e


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*este ' m a s 'ie*a*e e Gue amB s s ' mple+ s emut@veis, tal *is'urs C in' nsistente e in' erente.

utr aspe't a ser ' nsi*era* C Gue a e+peri?n'ia *eaBan* n , representa*a pel s pers na ens D Eril e


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sujeit Gue pensa, s n)a e sente, ' mpr van* Gue, p rtr@s*esse tip , vist p r al uns sujeit s, prin'ipalmente,aGueles *e 'lasses s 'ialmente privile ia*as, ' m

*e enera* , )@ um ser s 'i@vel, n antiss 'ial, )uman ,n anti-)uman e, s Bretu* Brav , p tente e n imp tente,apesar *e sua reali*a*e.

< n'lui-se, ain*a, Gue, ass 'iar a 6alta *e 'ultura O6alta *e es' lari*a*e, j@ C um' n'eit *est r'i* , uma veGue a ' n*i *e anal6aBet C *e' rrente *e um pr Blema*e r*em s 'ial e n pess al e Gue n p *e ser 'ulpa* pel atriBut Gue l)e C *a* . rtant ,n p *e si ni6i'ar um pa*r s para n r*estin . esm assim, tal ' n*in 6a t talmente a'r ti' , sem nen)uma n *areali*a*e u um sujeit ' mplet aliena* ,' nsi*eran*

6en&men * m *ernism e *a l Bali a .Tamp u' , 6a semsentiment s. > v@li* , ain*a,reservar aten O Guest *a simpli'i*a*e * s pers na enssertanej s D Eril e


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33"

RE'ERMN#IAS

A 8:Y:%RY:% D:NI R, . . A invenB:o *o nor*este . 3.e*. S aul ! < rte , 200#.

A 8:Y:%RY:% D:NI R, . . Preconceito*e ori,em ,eo,rC ca e *e 1),ar0 as 6r nteiras*a *is' r*ia. S aul ! < rte , 200(.

A 8:Y:%RY:%, E. DicionCrio *e termosnor*estinos - palavras e e+press es n r*estinas pesGuisa*as e *i'i nari a*as pel paraiBan *e


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A S. A i*enti*a*e c)1t)ra1 na < smo*erni*a*e . Tra*u ! T ma *a Silva, Euara'ira pes

ur . 10 e*. Ri *e Daneir ! bA, 2003.

AN A, S. 8. Ra Qes *o (rasi1. 2#. e*. S aul ! < mpan)ia*as etras, 2009.

AEA I, S. O


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339


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SANT S, R.#)1t)ra e tra*iB:o em i1berto 're re0esB *e interpreta * ani6est re i nalista. RevistaS 'i l ia e


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A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO EM AUTO DA COMPADECIDA, DE ARIANO SUASSUNA

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