A rede ferroviária portuguesa

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A Rede Ferroviária Portuguesa Trabalho realizado por: Miguel Jesus nº28 11ºL2 Disciplina: Geografia A Professora: Helena Magro

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A Rede Ferroviária Portuguesa

Trabalho realizado por:

Miguel Jesus nº28

11ºL2

Disciplina: Geografia A

Professora: Helena Magro

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Introdução

• Neste trabalho irá ser abordado um tema no âmbito da disciplina de

Geografia A, relacionado com o Tema 4 do 11º ano “A população: como

se movimenta e comunica”.

• O tema abordado será a rede ferroviária nacional, escolhido por ser um

tema pouco debatido, neste trabalho irão ser referidos alguns aspetos

da mesma, assim como a suas potencialidades e a sua importância para

a economia do país, bem como a importância quem tem para o

deslocamento das populações.

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História• As primeiras tentativas para a implementação deste meio de transporte

iniciaram-se na década de 1840, pois as vias de comunicação no interior eram

muito deficientes, sendo muito difícil a movimentação da população por via

rodoviária, sendo muito utilizado o transporte marítimo e fluvial e era necessário

encontrar um transporte alternativo.

• As obras para a primeira ligação ferroviária só tiveram início em 1853, tendo

sido o primeiro troço, entre Lisboa e o Carregado aberto 3 anos depois, em

1856, ano da primeira viagem de comboio feita em Portugal, com partida em

Lisboa.

• O caminho de ferro chegou à fronteira com Espanha em 1863 e ao Porto em

1877, graças à construção da Ponte D. Maria Pia.

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História (2ª Parte)

• Em 1882 e 1887, foram concluídas, as Linhas da Beira Alta e do Douro.

• Em 1891, terminou-se a Linha do Oeste e, em 1904, a Linha da Beira Baixa e o

Ramal de Vendas Novas.

• No que diz respeito à Linha do Sul, as cidades de Setúbal, Évora e Beja foram

ligadas ao Barreiro, em 1861, 1863 e 1864, tendo o caminho de ferro chegado a

Faro em 1889, e a Vila Real de Santo António em 1909, sentindo-se uma

verdadeira revolução ferroviária.

• Em 1902, 1903, 1904 e 1905, foram terminados, os Ramais de Moura, a ferrovia

chagara a Portimão, Vendas Novas, e Vila Viçosa.

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História (última parte)

• Em 1902, 1903, 1904 e 1905, foram terminados, os Ramais de Moura, a ferrovia

chagara a Portimão, Vendas Novas, e Vila Viçosa.

• A Linha da Beira Baixa abriu em 1904, a Linha do Algarve chegou a Vila Real de

Santo António em 1906, e o Ramal de Mora foi concluído em 1908.

• Em 8 de Setembro de 1911, foi inaugurada a Linha do Vouga e, em 1915, a Linha

do Vale do Sado.

• Em 1996 o governo português começou a elaborar um projecto para que o

trafego ferroviário passa-se pela Ponte 25 de Abril, tendo em 1999 inaugurada

essa travessia.

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Estrutura da Rede

• Atualmente, rede ferroviária nacional é constituída por linhas

principais (ex.: Linha do Norte), linhas secundárias (ex.: Linha

de Sintra) e por fim por uma serie de ramais (ex.: Ramal de

Tomar).

• Em 2007, a rede ferroviária nacional tinha cerca de 3600 km

de extensão, tendo este número diminuído devido ao

encerramento de troços como o ramal da Figueira da Foz.

• A rede ferroviária já teve uma extensão maior, mas com o

encerramento de algumas linhas e ramais, devido à falta do

serviço prestado, no que diz respeito ao tempo de

deslocação, comodidade, segurança e à falta de

investimentos para os manter, esta diminuiu.

• A empresa responsável pela gestão das infraestruturas é a

REFER, sedo que os operadores de transporte de passageiros

e mercadorias são a CP, a CP Carga, a Fertagus e a

TAKARGO. Rede ferroviária nacional no séc. XX.

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Características da Rede• A rede ferroviária nacional caracteriza-se por, na sua maioria,

pouca modernizada, com uma serie de linhas e ramais ainda por electrificar e duplicar/quadruplicar, pois, em muitos destes ainda só existe uma via para as locomotivas passarem.

• Outra característica relevante da mesma, é a de esta não ter uma distribuição regular no território nacional, havendo fortes assimetrias a níveis regionais, sendo a rede mais concentrada no litoral, do que no interior, consequentemente a densidade de passageiros e mercadorias transportados também são condicionados por esta assimetria.

• A rede, também, se encontra hierarquizada em linha de via dupla electrificada (ex.: Linha de Sintra, Linha do Norte e Linha de Cascais), linhas de uma só via e não electrificadas (ex.: Linha do Oeste e Linha do Minho) e por fim, as linhas de via estreita (ex.: Troço ainda existente da Linha do Tua e a Linha do Vouga).

• A rede divide-se também em três categorias:

• - Rede principal;

• - Rede complementar;

• - Rede secundária.

Rede explorada pela REFER, em 2006

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Rede Principal• É constituída por linhas rentáveis que podem vir a ser privatizadas.

• Identifica-se com os eixos de maior procura e com as principais

acessibilidades Às plataformas logísticas e deverá corresponder, em

termos de parâmetros técnicos de infraestrutura e serviços, a

instalações vocacionadas para padrões superior de oferta de transporte

ferroviário.

• Exemplo de linhas pertencentes à rede principal, são a Linha do Norte,

do Sul e a da Beira Alta.

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Rede Complementar

• É constituída por linhas consideradas de utilidade publica, mas pouco rentáveis

economicamente, cuja manutenção e funcionamento são da competência do

Estado.

• As funções desta rede são, essencialmente o fecho de malha e a ligação à rede

principal, cobrindo territórios de escalões secundários de procura, em

articulação com os territórios adjacentes aos corredores da rede principal.

• Exemplos de linhas pertencentes à rede complementar são, a Linha do Oeste, a

Linha de Guimarães e a Linha de Vendas Novas.

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Rede Secundária

• É constituída por linhas que não estão dentro dos interesses nacionais, apenas

são de interesse local e regional, cuja manutenção e funcionamento é da

responsabilidade das autarquias locais.

• Os serviços nesta rede adaptam-se às características da área, como por

exemplo, a densidade populacional, a mobilidade e as actividades instaladas.

• A Linha do Tua é um dos melhores exemplos de rede secundária, apenas serve

as populações dos concelhos e freguesias do seu percurso e não tem qualquer

ligação ao resto da rede ferroviária nacional.

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Principais Infraestruturas

• As principais infraestruturas em termos de estações são a estação de

Lisboa Sta. Apolónia, ponto de partida e chegada de vários comboios

nacionais, mas que perdeu alguma importância, devido à construção da

Gare do Oriente, outra estação de grande importância em Lisboa,

outras estações importantes a nível nacional são a de Porto Campanhã,

a estação do Entroncamento, Coimbra, Guarda, devido à ligação

internacional, em Vilar Formoso, no Alentejo as estações de maior

importância são as de Évora e Beja e no Algarve as de Lagos (inicio da

linha do Algarve), Faro (ligações com a capital) e V. R. de S. António

(terminal da Linha do Algarve).

• Em termos de linhas, as mais importantes a nível nacional são a do

Norte, a da Beira Alta (ligações internacionais com Espanha), a do Sul

(Eixo Norte-Sul, juntamente com a Linha do Norte) e as linhas

suburbanas da AML e da AMP, que têm importância a nível local.

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Linhas Urbanas

• Em Portugal, as áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP) são servidas por

um conjunto de vias ferroviárias, onde os serviços ferroviários de transporte de

passageiros prestados são de grande e alta frequência, feitos a curtas e médias distância

e, desde das cidades principais às suas respectivas preferias.

• Na AML existem 4 linhas onde são prestados, principalmente serviços urbanos, a Linha de

Sintra, a Linha da Azambuja (parte da Linha do Norte, até à estação da Azambuja), a

Linha de Cascais e a Linha do Sado

• Na AMP existem, também, 4 linhas de serviço ferroviário urbano, a Linha Porto – Caíde

(parte da Linha do Douro), a Linha Porto – Guimarães, a Linha Porto – Braga e a Linha

Porto – Aveiro (parte da Linha do Norte), está em proposta um serviço suburbano até

Oliveira de Azeméis, passando a rede de urbanos da AMP também a servir a subregião

do Entre Douro e Vouga .

• Também pode ser classificado como urbano o troço ferroviário compreendido entre a

cidade de Coimbra e a Figueira da Foz, que usa o ramal de Alfarelos.

• A principal vantagem destas linhas e dos serviços prestados nelas, é o facto de facilitarem

as deslocações das populações dentro das áreas metropolitanas, em que estão inseridas,

tendo algumas vantagens ambientais, como a redução da poluição.

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Transporte Regional, Intercidades

e Alfa Pendular• O transporte ferroviário regional e inter-regional, em Portugal, permitem ligações rápidas

entre os centros de principal dinâmica local e regional e os centros urbanos e as suas

áreas de influência. Os seus principais troços são: Valença – Viana do Castelo – Porto,

Pocinho – Régua – Porto, Coimbra – Guarda, Coimbra - Aveiro, Guarda – Vilar Formoso ,

Aveiro – Sernada do Vouga, Coimbra – Lisboa, Tomar – Entroncamento – Lisboa, Caldas

da Rainha – Lisboa, Lisboa – Castelo Branco – Covilhã, Vila Nova da Baronia – Beja e

Lagos – Faro – Vila Real de Santo António.

• O serviço Intercidades, como o nome indica liga de forma rápida a longa distância as

principais cidades, dentro do território português, com o maior dos confortos, os troços

intercidades são: Guimarães/Porto Campanhã – Lisboa, Guarda – Lisboa, Covilhã –

Lisboa, Lisboa – Évora/Beja, Lisboa – Faro.

• O serviço Alfa Pendular é feito pelo comboio mais rápido de toda a frota portuguesa

ferroviária , com o mesmo nome do serviço que desempenha, o Alfa Pendular (série 4000

da CP), pode atingir a velocidade de 220 km/h e oferece aos passageiros todos os

confortos necessários para as viagens de longa distância. O serviço Alfa Pendular liga as

cidades de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Faro em poucas horas, por exemplo

uma viajem de Lisboa a Porto demora, apenas 2h35, o que é muito rentável para, por

exemplo, uma viagem de negócios.

• Estes serviços rápidos, permitem ligar vários pontos do país em poucas horas , o que é

vantajoso em relação ao transporte rodoviário e aéreo, porém têm alguns custos

acrescidos

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Transporte de mercadorias• O transporte de mercadorias em Portugal tem perdido importância, devido à competitividade

do setor rodoviário em termos de flexibilidade de itinerários, no que diz respeito ao tráfego interno, ainda assim o transporte ferroviário de mercadorias mantem alguma importância, no que diz respeito à ligação Portugal – Espanha, e até mesmo no interior de Portugal, pois este é economicamente vantajoso para o tráfego de mercadorias pesadas e volumosas a médias e longas distancias, tendo maior capacidade de carga.

• O setor ferroviário de mercadorias português apenas representa 15% do total da Península Ibérica.

• As linhas ferroviárias utilizadas somente para o tráfego de mercadorias, em Portugal são a Linha de Sines, que liga o Porto de Sines ao resto da rede ferroviária internacional, partindo daqui o carvão que abastece a Central Termoeléctrica do Pego, onde o mesmo chega graças ao Rama do Pego, construído pela EDP, em 1992 e que entronca com a Linha da Beira-Baixa, o Ramal do Porto de Aveiro, inaugurado em 2010, que une a plataforma multimodal de Cacia, localizada na Linha do Norte ao Porto de Aveiro (ver vídeo anexo no slide 19) e o Ramal de Neves Corvo, que liga as minas de Neves Corvo à rede ferroviária nacional, de ondem provêm o cobre e o zinco, o Ramal do Louriçal na Linha do Oeste e a Linha da Matinha que liga Santa Apolónia ao Porto de Lisboa.

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Potencialidades

• A rede ferroviária portuguesa possui inúmeras

potencialidades, especialmente, no que diz respeito ao

turismo, devido ao facto de muitas das nossas linhas, tanto

principais, como secundárias, terem dentro dos seus

percursos paisagens fantásticas, mas também por algumas

estações espectaculares, como por exemplo as de Porto S.

Bento e a estação do Rossio, consideradas como duas das

estações mais belas do mundo, outros exemplos de belas

estações portuguesas são a estação de Aveiro e a Gare do

Oriente.

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Potencialidades (2ª parte)• Infelizmente, Portugal, tem desaproveitado algumas das potencialidades turísticas da

sua rede ferroviária, exemplo disso são as linhas de via estreita do Douro (Linha do

Tâmega, do Corgo, do Tua e do Sabor), que na sua maioria passam por paisagens

magnificas e que na altura em que ainda funcionavam atraiam turistas, dando uma

certa importância económica e turística às regiões por onde passavam (ver vídeos

anexos).

• Além de oportunidades turísticas, o setor ferroviário em Portugal, ainda apresenta

outras potencialidades, como o transporte de passageiros e de mercadorias em

grandes massas

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Alta Velocidade• A implantação de uma rede de alta velocidade, em Portugal, estava, até 2011, ao cuidado

da empresa RAVE, que foi extinta disposições do Orçamento de Estado de 2011.

• O projeto de alta velocidade, em Portugal, foi adiado, devido à falta de posses

económicas do Estado Português para levar o projecto para a frente-

• Os eixos principais da rede de alta velocidade, em Portugal, seriam Lisboa – Porto e

Lisboa – Madrid, tendo o último uma ligação com o novo aeroporto de Lisboa, que

também foi um empreendimento cancelado devido à falta de possibilidades financeiras.

• Os custos da construção da rede de alta velocidade seriam, no caso do troço Lisboa –

Madrid de 2,4 milhões de euros, no caso do troço Lisboa – Porto o custo seria de 4,7

milhões de euros.

• O projeto iria trazer inúmeras vantagens para a rede ferroviária nacional e para o país,

entre as quais a diminuição da duração da viagem entre os diferentes pontos do país e

Espanha , que, no caso Lisboa - Porto passaria para apenas de 1h15 de viagem e de 2h45

de Lisboa à capital espanhola.

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Conclusão

• Com a realização deste trabalho concluiu-se que o transporte

ferroviário contribuiu para o desenvolvimento do pais e é importante

para o mesmo, tendo alguns potenciais, quer no transporte de

passageiros, quer no transporte de mercadorias, e que os mesmos

podem ser aproveitados com a reabilitação de alguns troços ferroviários

e na construção de novas e melhores infraestruturas.

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Vídeos anexos

• Ramal do Porto de Aveiro: http://www.youtube.com/watch?v=F0JapOkG_fM

• Linhas de via estreita do Douro:http://www.youtube.com/watch?v=EBDnGJP-XPg

• Linha do Tua: http://www.youtube.com/watch?v=hCN9jk1TYQ0

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Bibliografia

• http://www.transportesemrevista.com/Default.aspx?tabid=210&language=pt-PT&id=1283

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramal_do_Pego