A recordista brasileira de vendas de DVDs e downloads na ... · O último álbum da banda...
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ivete sangalo
A recordista brasileira de vendas de DVDs e
downloads na internet nos concedeu uma
entrevista exclusiva
Inside Dante: mais
curiosidades sobre
nossos professores Setembro 2009 - Ano II - no 03
polo aquático e badminton:o que você sabe sobre essas modalidades?
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Alunos Jornalistas: Ana Beatriz Paixão de Queiroz Beatriz Sabetta de OliveiraCaio Tabarin StancatiCaroline Ribeiro MonastérioClara Varandas AbussamraGuilherme SantoroJacqueline Meei Jy ChenLuisa Harumi Visconti KonoMarcelo de Arruda Pereira PimentelPedro de Alcantara Graça
Ex-Aluno Jornalista Colaborador: Lucas Cassoli Cortez
projeto gráfico: Gustavo Cordeiro BorgesProfª Verônica Martins Cannatá
Jornalista responsável: Marcella Chartier – MTb: 50.858
Professora responsável: Renata Guimarães Pastore
Revisão:Profª Miriam Stuart Luiz Eduardo Vicentin
foto da capa:Divulgação Caco de Telha
Tiragem:1.000 exemplares
Envie suas críticas e sugestões para o e-mail:[email protected]
Uma realização dos Departamentos de Língua Portuguesa, Tecnologia Educacional, Comunicação e Eventos e Editoração
do Colégio Dante Alighieri
Colégio Dante AlighieriAlameda Jaú, 1061 - CEP 01420-001 - SP
Tel.: (11) 3179-4400 - Fax: (11) 3289-9365www.colegiodante.com.br
E-mail: [email protected]
Cartas
“A Diretoria do Colégio Dante Alighieri, por meu intermédio, faz presente, ao valoroso corpo de redatores da Revista Foco, sua alegria por manter viva e atuante uma tradição jornalística da Escola: notícias, entrevistas e colaborações no nível da excelência.Parabéns!”
José de oliveira Messina
Presidente
O jornalista Gilberto Dimestein informou e comentou sobre o DANTE CATRACA na CBN!Alunos do Dante querem transformar Avenida Paulista em sala de aulahttP://cbn.globoradio.globo.coM/colunas/Mais-sao-Paulo/Mais-sao-Paulo.htm
“Vocês estão de parabéns. Estou impressionada como estão crescendo.Bastante sucesso.Beijos”
regina Marques Profa de tecnologia - ed. infantil
“Excelente! Vamos ser inteligentes espiritualmente também!!!! Combater o consumismo abusivo e abastecer nossos queridos filhos com cultura, educação, amor!!!!!!”
Vera SerranoMãe de aluno
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Sumario´Editorial Making ofPoesia | Mágica Noturna
Off Dante | O maratonista do Dante
Dicas da Foco | de todos os cantos da música
Ensaio | São Paulo por trás das lentes
Capa | Ivete sangalo: a musa da bahia
Crônica |A gota
Esporte | Além do Futebol
Destaque | Contando com Lygia
Conto | Agulhofobia
tribos e sons | O brasil na rota das grandes bandas
Inside Dante | Quando eu crescer
Passatempo | Caça-palavras
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Está sendo um ano e tanto: um ne-gro assumiu a Presidência dos EUA, a crise mundial atingiu o seu ápice, levando grandes firmas à falência e outras à desestabilização econômica, a gripe suína assusta o mundo — e ainda paira no ar —, o novo acordo ortográfico da língua portuguesa en-trou em vigor. A revista Foco assume, na primeira edição deste ano “cheio de acontecimentos”, uma nova cara, com novas seções e um projeto edi-torial muito mais interessante!
Sempre pensando nos nossos leitores, seções como Esporte, Músi-ca e Poesia poderão ser conferidas nesta terceira edição. Já a antiga seção Aqui no Dante saiu da nossa revista, uma vez que os textos que a equipe Foco produz a respeito de eventos no Colégio agora podem ser lidos no site institucional do Dante (www.colegiodante.com.br).
Foi também no início deste ano que a nossa equipe assumiu uma parceria com o site Catraca Livre (www.catracalivre.com.br),proposta pelo seu responsável, o jornalista Gilberto Dimenstein. A parceria resultou na criação do blog Dante Catraca (http://dante.catraca.blogdante.com.br), que, assim como o Catraca Livre, usa a internet para a divulgação de atividades culturais gratuitas ou que atinjam, no máximo, o va-lor de R$05,00. De modo diferente do Catraca Livre, que engloba toda a cidade de São Paulo, o nosso pro-jeto tem como cenário a região da Avenida Paulista e o seu entorno. É por meio dessa iniciativa que temos
o objetivo de fazer com que os jovens criem o hábito de frequentar pontos culturais. Para o Dante Catraca, tam-bém criamos uma nova seção na Foco, selecionando o que tivemos de mais interessante publicado no blog do projeto nos últimos meses.
Os assuntos de pauta para esta edição com novas seções foram surgindo, e fomos nos aproximando do resultado final. Escolhemos falar das grandes bandas internacionais que fizeram escala no Brasil. Pre-paramos também um ensaio fotográ-fico que levará a um passeio pelos marcos culturais de São Paulo. Além disso, esta Foco traz informações so-bre esportes que não são tão famo-sos quanto o futebol, mas nos quais temos atletas representando bem o Brasil; a continuação do Inside Dante da 2ª edição, falando um pouco da infância de nossos professores; a vida de um porteiro da Escola que também é maratonista; e um perfil exclusivo com a cantora Ivete San-galo, que concedeu uma entrevista à Foco.
Com mais fotos, seções, curiosi-dades e conteúdo; não perdemos o foco de nossa missão: informar e também entreter. Trabalhamos duro para que esta terceira publicação viesse a ser a mais interessante e a mais completa.
Boa leitura!
Editorial
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Poe
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A fumaça do tremPerfuma a noite escura
Logo a lua vemIluminar a rua
As estrelas sãoAnjos que brilhamE iluminam o céu
O silêncio canta Como um sabiá.
O vento grita,Com o seu assobiar
Está tudo calmoMas quando amanhecer
Toda a mágica noturnaCom a escuridão irá se perder
Por Ana Beatriz Paixão
Mágica NoturnaFo
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Off Dante
O maratonista do DantePor Ana Beatriz Paixão e Caroline Monasterio
Nascido no Ceará, o porteiro Gon-çalo José Soares de Macedo
começou a sua carreira com 14 anos em pistas e ruas de sua cidade. Hoje, aos 42, continua correndo, sem medo de perder.
Sua rotina de treinamento é bem administrada. Assim que acaba o seu turno no Dante, por volta das 14h20, vai ao Parque do Ibirapuera, onde corre em média de 25 a 30 km. Além disso, se exercita em uma academia duas vezes por semana. “É complicado e cansativo ter que treinar depois do trabalho. Mas tem benefício: qualidade de vida. Eu me sinto mais disposto para vir ao Colégio no dia seguinte,” _ explica o porteiro.
Gonçalo trabalha no Dante há 12 anos e conseguiu o patrocínio do Colégio. “O Fernando, gerente do Departamento de Comunicação, colaborou muito. Ele que me ajudou no contato com o presidente da época, que era o dr. Marco Formicola”, lembra o corredor.
O Colégio expõe duas vezes por ano as medalhas e troféus de Gonçalo, na portaria principal. “É bacana, e muito bom, pois no final eu ganho o reconheci-mento de todos.”
Seu principal título foi o Desafio da Trilheira, em Ribeirão Pires, onde depois de 26 km conquistou o segundo lugar. Sempre correndo em direção à vitória, Gonçalo segue seu caminho.
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Diz Gonçalo: “É complicado e cansativo ter que treinar depois do trabalho. Mas tem benefício: qualidade de vida. Eu me sinto mais disposto para vir ao Colégio no dia seguinte.” 7
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os cantos da músicaComo música é a parte da cultura que eu mais adoro, irei indicar bons álbuns
que tenho escutado neste ano. Bom proveito!
Começo falando do CD mais recente do Paramore, “RIOT!”. A qualidade das músicas (compostas, na maioria das vezes, pela banda inteira) é muito boa, pois nelas mantêm-se uma precisa e ótima mistura de um som pe-sado com os vocais suaves e melódicos da vocalista Hayley Williams.
Recomendo também um álbum que propôs uma mistura no mínimo inte-ressante: combinou o pop, o rock clássico, a música eletrônica, o indie-rock e o psicodelismo em um magnífico álbum denominado “Oracular Spetacular”, da banda estadunidense MGMT.
Ainda falando de música eletrônica, dois álbuns franceses merecem destaque: “Discovery”, do Daft Punk, por incluir em suas composições ou-tras músicas de variados artistas dos anos 70 e 80, e “†”, do Justice, que comprou a proposta de misturar a música eletrônica com elementos do rock, como guitarras distorcidas e contratempos de bateria.
No rock clássico, temos o álbum triunfal de retorno dos australianos do AC/DC, intitulado “Black Ice”, que promete uma turnê mundial (e tem pla-nos de passar pelo Brasil no ano que vem). O metal surpreende cada vez mais. O penúltimo álbum de estúdio da ban-da brasileira Angra, “Temple of Shadows”, é surpreendente porque, além de incorporar, ao peso do metal, sons de diferentes culturas do mundo, conta com a participação do cantor brasileiro Milton Nascimento na faixa “Late Redemption”. Não poderia haver melhor intérprete para essa sur-preendente faixa, que misturou o choro de um violão a uma composição orquestral.
O último álbum da banda finlandesa Nightwish, banda que também é adepta do metal, “Dark Passion Play”, contou com a participação da Or-questra Filarmônica de Londres, regida pelo maestro Philip Williams. Sigur Rós, um grupo islandês, gravou um álbum impecável com com-posições muito bem trabalhadas em seu último álbum, de pronúncia ra-zoavelmente difícil, “Með Suð í Eyrum við Spilum Endalaust”. Essa banda já vem ganhando certa fama pela originalidade do som que faz (que é de uma harmonia e beleza únicas).
Na cena independente, temos como destaque a banda paulistana Trivia, cujos integrantes são ex-alunos do Colégio (o trabalho deles pode ser con-ferido gratuitamente no site www.myspace.com/triviarock).
Por Lucas Cassoli
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Ensaio
São Paulo por trás das lentes
São Paulo é uma cidade grande, com histórias diferentes que podem ser encontradas a cada olhar. Não é difícil descobri-las
a partir de detalhes que nos chamam a atenção, seja na arquitetura preservada da Estação da Luz, seja nas pessoas que por ali circulam. Mas nem sempre temos a oportunidade e a paciência de parar e olhar o que está à nossa volta. E é justamente isso que este Ensaio propõe: um leve e atento passeio pela frenética São Paulo. As fotos foram tira-das durante o Roteiro Cultural organizado pelo Colégio, que aconteceu no dia 4 de abril e levou cerca de 300 alunos para conhecerem marcos importantes da nossa cidade.
Fotos e texto Pedro Graça
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a musa da bahiaem entrevista exclusiva
iveteSão mais de 10 milhões de CDs
e DVDs vendidos no Brasil e no exterior. No show que lotou e sa-cudiu o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, compareceram cerca de 70 mil pagantes. Ela é a artista brasileira com o maior número de downloads na in-ternet; seu DVD MTV ao Vivo é, até agora, o mais vendido da história fonográfica do Brasil (mais de 1 milhão e 250 mil cópias), e re-cebeu certificação de diamante quíntuplo. Poderíamos escrever um texto somente com seus números surpreen-dentes. Eles são conquistas de uma cantora que repre-senta o nosso Brasil, e é o maior ícone do axé: Maria Dias de Sangalo, ou, como é mais conhecida, Ivete Sangalo.
Por Caio stancati, jacque chen e pedro graça
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Com todos esses números, Ivete se sente ”feliz, muito realizada e amada”, o que não podia ser diferente, como reve-lou em uma entrevista exclusiva à equipe Foco.
Nascida em 1972 em uma família de músicos em Juazeiro, na Bahia, ela revela que cantar sempre foi a sua paixão: “Gosto de cantar desde que sou miudinha e até hoje eu amo”, conta. Nos intervalos de aula, Ivete aproveitava para tocar violão, sendo que nos saraus e reuniões familia-res, era a sua voz que contagiava a todos. Com dezessete anos, saiu de Juazeiro e foi para Salvador, com o sonho de ser modelo. Mas a música fazia o seu coração bater mais forte.
No início de sua carreira, aos 23 anos, chegou a cantar em barzinhos e foi assim que conheceu o produtor da banda Eva. Depois disso, todos já sabem o que acon-teceu. É Ivete quem faz a Bahia pular no carnaval mais animado do planeta. Na banda Eva a cantora lançou seis álbuns, vendendo mais de 5 milhões de cópias. O grupo entrou para a história da música do país e suas canções estão na voz dos fãs até hoje.
Ivete tinha talento de sobra para se lan-çar numa carreira solo, e foi isso que acon-teceu na quarta-feira de Cinzas de 1999.
Mas foi no show realizado no estádio do Maracanã em 2006, que ela atingiu o auge de sua carreira, recebendo elogios na crítica especializada nacional, em outros países americanos e até mesmo na Europa (como Portugal, que é o país estrangeiro em que ela faz mais sucesso).
Ivete acaba de lançar seu novo projeto:
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o CD e o DVD Pode Entrar, gravado dentro do estúdio da casa da cantora. “Fiz tudo o que já sonhei musicalmente”, afirma. A can-tora já confirmou o projeto de seu terceiro DVD ao vivo, que será gravado no Madison Square Garden, em Nova Yorque. Previsto para novembro de 2010, terá a participa-ção especial do cantor Lenny Kravitz.
Nos palcos, Ivete vai além de cantar e dançar: a cantora tem uma energia invejá-vel, e não para de pular do começo ao fim. Não é à toa que, se não fosse cantora, seria uma atleta. “Faria qualquer esporte!”, diz.
Mesmo grávida, ela não perdeu o pique. A baiana não desmarcou muitos shows programados para este ano. E são cerca de 10 a 15 apresentações por mês. Na época do carnaval, a procura é muito maior. O show mais interessante de sua carreira? Ela garante que não existe ape-nas um. “Todos são sempre muito impor-tantes. Mas, no Brasil, o bicho pega ainda mais, né?”, aponta.
Apesar de ser um ídolo do axé, Ivete também admira músicos de estilos dife-rentes, como Gilberto Gil e Stevie Wonder. Uma experiência marcante com mais um de seus ídolos foi o encontro com o rei Ro-berto Carlos nos bastidores do show Elas Cantam Roberto “Fiquei estatelada, sem fala e com uma pitada de tietagem. Foi ótimo. Ele é muito querido e correspondeu a esse meu carinho”, lembra.
Para conquistar tanto sucesso, Ivete destaca a importância do apoio familiar. “Hoje somos um time e trabalhamos jun-tos e com todo afinco”, explica a baiana.
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A gota
Imagine uma gota d’água caindo lentam-ente até chegar ao chão e se desmanchar
por completo.Nem sempre, porém, elas chegam direta-
mente ao chão. Podem parar no vidro de um carro, onde vivem um rápido momento de adre-nalina. Ou no vidro de uma janela, onde podem testemunhar um casal de namorados se bei-jando, ou brigando. Pessoas que choram e riem, brigam e brincam.
Uma gota-d’água pode mudar tudo. Pode apagar uma brasa, antes que se torne chama, ou acabar com seu dia. Uma gota-d’água faz toda a diferença: ela pode fazer transbordar um copo cheio.
A gota é água, não tem opinião formada so-bre tudo; não fala, mas pode transmitir seus mais profundos sentimentos. A lágrima faz isso. É uma suave mão que nos acalma e acaricia quando choramos, dando-nos um pequeno conforto por nos ajudar a expulsar as angústias – ou por exal-tar nossa alegria. Não importa se estamos sozi-nhos – a lágrima sempre vem para nos ajudar.
A gota-d’água é muito mais que uma simples gota; é parte essencial de nossa vida.
Queria eu ser uma gota.
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^ Por Pedro Graça
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Esporte
Além do futebolPor Guilherme Santoro e Marcelo Pimentel
Num país em que o futebol é, de longe, o esporte mais famoso, temos várias modali-
dades que ficam em segundo plano. Dois exemplos são o Badminton e o Polo Aquático. Os dois existem desde o século XIX e nunca se firmaram em nosso país à altura de seus talentos. O Polo Aquático, por exemplo, foi o primeiro esporte coletivo oficial da Olimpíada junto com o Futebol, mas no Brasil é um esporte quase amador, apesar de sermos os me-lhores da modalidade na América do Sul.
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O jogador Erik Seegerer em jogo pela seleção brasileira de pólo aquático
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Para esta edição, entrevista-mos Erik Michael Seegerer, tetra-campeão sul-americano de Polo Aquático, que joga pelo Esporte Clube Pinheiros. Erik está criando um projeto justamente para divulgar e fazer o esporte crescer, levando-o aos CEUs para quem não tem como pagar sua prática. “O esporte não é caro. Cara é a piscina, que se encon-tra nesses espaços educacionais.”, revela o atleta. “O que falta mesmo é a profissionalização”.
Além disso, o estímulo é escasso: não existe salário de atleta, apenas na seleção brasileira ou entre téc-nicos e professores. Alguns atletas recebem apenas uma compensação financeira.
Já o badminton é praticado desde a Idade Média e só se tornou uma modalidade esportiva em 1887. “Falta um grande ídolo internacional para que o esporte cresça no Brasil”, diz Paulo Nunes, professor de bad-minton do Esporte Clube Pinheiros. Segundo ele, um ídolo faria com que o esporte crescesse de várias manei-ras, por exemplo no apoio da mídia e no maior oferecimento de espaços para treino.
Vale lembrar que, mesmo em esportes sem muito apoio, temos destaques brasileiros individuais como Marta (melhor jogadora de futebol feminino do mundo) e Robert Scheidt (bicampeão olímpico de vela na categoria laser).
Polo Aquático
O jogo: Em uma piscina equipada nas ex-tremidades com traves como as do futebol, mas em tamanho bem menor, dois times com sete jogadores, incluindo um goleiro em cada um, têm o objetivo de marcar gols. É um esporte com dois juízes (um de cada lado) e mesários. O jogo ocorre em quatro quartos tempos.
Países que se destacam: Hungria, Sérvia, Montenegro, Espanha e Rússia.
País de origem: Inglaterra (Londres)
Ano de criação: 1870
Badminton
O jogo: A quadra é dividida por uma rede, bem no meio. Cada jogador usa uma raquete e tem como objetivo passar a peteca ao ou-tro lado em um toque, sem deixá-la cair. O que primeiro vencer dois sets de 21 pontos ganha o jogo.
Países que se destacam: Japão, Malásia, Tailândia, Paquistão, Índia, Indonésia e China
País de origem: Inglaterra
Ano de criação: 1887
Saiba mais
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Destaque
Contando com LygiaCerimônia do “Contando 2009”
recebe Lygia Fagundes Telles
Por Clara Abussamra e Harumi Visconti
No dia 18 de junho, o Colégio teve a honra de receber uma das maiores
escritoras do país: Lygia Fagundes Telles. Au-tora de “Ciranda de pedra”, “As meninas” e conhecida principalmente por seus contos, Lygia veio ao Dante receber uma homena-gem dos alunos do 9º ano do Ensino Fun-damental, na cerimônia de premiação do “Contando”, concurso de contos promovido pelos departamentos de Língua Portuguesa e de Tecnologia Educacional. “Participamos do projeto desde a sua primeira edição e nosso objetivo é facilitar sua execução desde a preparação até a conclusão”, afirma a pro-fessora Valdenice Minatel, coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional.
Durante o evento, que aconteceu no au-ditório Miro Noschese, os 39 vencedores re-ceberam um livro com todos os textos pre-miados, escritos a partir de vários trechos iniciais de contos da autora. “Percebemos que, desde a primeira edição do “Contan-do”, a grande maioria dos alunos escolhia trechos da obra dela. Por isso, neste ano, re-solvemos homenageá-la”, disse a coordena-
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Na noite da premiação foi lançado um livro com os contos
dos alunos.
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dora do Departamento de Língua Portuguesa, profa Maria Cleire Cor-deiro.
Em seu discurso, Lygia citou trechos da obra de Cecília Meirelles e Machado de Assis. Muito emocio-nada, falou uma frase que atingiu principalmente os alunos: “É preciso ser fiel à vocação, seguir a paixão”. Além disso, contou sobre sua tra-jetória na tradicional Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na qual também estudou o nosso pre-sidente, dr. José de Oliveira Mes-sina.
A escritora ficou emocionada ao ver que a juventude ainda se interes-sa pela literatura. “Vejo aqui dentro vários Rubem Braga, vários Rubem Fonseca, várias Clarice Lispector”, comentou. Finalizou o discurso com uma frase que dizia quando ainda estudava Direito: “Quando o Brasil tiver mais escolas e creches, haverá menos cadeias e hospitais”, levando o público a aplaudi-la por muito tempo.
Durante o coquetel oferecido em seguida à cerimônia, no pátio do edifício Michelangelo, os alunos autografaram os livros e foram pres-tigiados por seus maiores fãs: os pais. “É um evento maravilhoso, que proporcionou à juventude a chance de conhecer e trabalhar a obra de Lygia Fagundes Telles”, afirma Luiz Ricardo Santoro, pai do aluno Gui-lherme Santoro, este um dos 39 vencedores.
Logo após o evento, foi servido um coquetel no pátio do edifício
Michelangelo, onde os alunos autografaram seus livros.
Hoje é sábado, está de manhã e tem alguém me sacudindo da cama para
eu me levantar:— Clara, sua mãe mandou você acordar.
Levanta, menina, preciso varrer o quarto.É a Lu; a empregada. Ela cuida de mim
desde pequena, e seu esporte favorito é me fazer acordar. Aposto que ela ganharia uma olimpíada de tão boa que ela é.
— Levanta logo... Olha que eu faço cócegas! Por favor, levanta, você tem que fazer exame!
Exame? Que exame que eu não estou sabendo? Ah, droga, é hoje o exame de sangue? Gelei.
— É agora que eu não levanto mesmo. Odeio tirar sangue com todas as minhas forças. Passo mal só de pensar naquela agu-lhinha, entrando no meu braço, nas minhas veias. Ai! Dói só de pensar. Está decidido, hoje não saio da cama, nem por decreto!
Falando em decreto, olha quem entra, a minha mãe! A advogada do diabo em pes-soa!
— Clara, levanta, você tem exame daqui a meia hora. Já não te disse para obedecer à Lu quando ela manda você acordar?
— Já vou, mãe. É que eu não estou me sentindo muito bem – digo fazendo a me-lhor voz de doente do mundo.
— O que é que você tem?— Estou mole e com dor no corpo e na
cabeça.Ela vem até mim e põe a mão na minha
testa.— Com febre você não está, deve ser do
jejum. Agora para de enrolar e levanta.Com a maior má vontade do mundo, me
“Agulhofobia”levanto e me visto.
— Está pronta? Vamos logo, estamos atrasadas!
Na garagem, me jogo no carro como um saco de roupa suja. Mamãe logo diz:
— Ânimo, menina. É só uma picadinha!— Uma picadinha? É um furo! Um bu-
raco! Uma cratera!— Para com essa ladainha. Você nem
vai sentir! Agora, sacode esse medo e se le-vanta que nós chegamos.
É só pôr a perna fora do carro e já ouço aquela musiquinha de filme de terror. En-tro pela porta dupla e já sou anunciada a próxima...
Uma velhinha, com cara de boazinha, vem e pede para eu acompanhá-la até o laboratório.
Depois desse comunicado não penso nela apenas como boazinha, mas sim como uma bruxa má e feia que quer abrir um bu-raco no meu braço.
Entro na sala e sento. A bruxa põe aque-la borrachinha que aperta o meu braço.
Oh, não! Ela está vindo, chegando, e...desmaio!
Acordo logo depois e meu sangue já está no vidrinho do meu lado. Começo a rir e minha mãe também. Ela diz:
— Vamos logo. É só pagar e ir embora almoçar!
— Ok!Na recepção, uma mulher entrega a con-
ta e minha mãe fica pálida.Olho o valor. É muito. Olho de volta para
minha mãe, dou-lhe um tapinha nas costas e digo:
— Está tudo bem. Não vai doer nada!
Por Clara Abussamra
Conto
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O Brasil na rota das grandes bandas
A razão pela qual o Brasil parece atrair cada vez mais bandas de grande porte é, na verdade, um somatório de fatores: fãs leais às bandas, a ex-istência de locais de grande porte para se realizar um show, a animação excessiva dos brasileiros e um clima favorável (que nem sempre coopera, mas nunca impede que um show seja fantástico). A teoria que circula pelo meio artístico interna-cional parece se confirmar: “Quanto mais para o sul do planeta, mais loucos são os fãs”. Veja duas bandas que passaram por aqui neste ano.
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Por Harumi Visconti e Lucas Cassoli
RadioheadNa turnê de seu último álbum, In Rain-
bows, a banda inglesa Radiohead, ícone da música alternativa, finalmente veio ao Bra-sil. Eles tocaram no festival Just A Fest, que aconteceu no dia 20 de março no Apoteose (RJ), e no dia 22 do mesmo mês na Chácara do Jóquei (SP).
O último CD do Radiohead foi lançado no site da banda, oferecendo aos ouvintes a opção de pagar ou não pelas músicas. O disco é composto de faixas com arranjos muito bem elaborados, com guitarras dis-torcidas e falsetes agudos de Thom Yorke, o vocalista.
O show contou com os sucessos de Fake Plastic Trees, Karma Police, Paranoid Android e Everything Is In The Right Place, assim como algumas músicas dos discos Hail To The Thief, Kid A, The Bends e do clássico OK Computer. Eles tocaram todas as faixas do In Rainbows, finalizando o show com a música mais famosa da banda: Creep, levando o público ao êxtase.
KissSão Paulo e Rio de Janeiro receberam a
lendária banda estadunidense de hard-rock Kiss. Nos shows, fãs de todas as gerações encontravam-se unidos por uma só paixão. O espetáculo começou de forma literal-mente explosiva. A grande cortina preta, em que estava escrito com fonte prateada o nome da banda, caiu, e fogos de artifício anunciaram a chegada da banda. O set-list contou com músicas famosas, como “Deuce”, “Nothing to Lose”, “Love Gun”, Shout it out Loud” e “Rock ‘n Roll all night”. Mas, além das memoráveis composições, o show foi marcado pelas performances cêni-cas dos integrantes: a cuspida de fogo do baixista Gene Simmons, a guitarra que dis-parava foguetes, de Tommy Thayer, e o vôo do vocalista e guitarrista Paul Stanley em direção à plateia. Impossível que alguém tenha saído do Anhembi descontente.
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Radiohead
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Depois do sucesso da seção Inside Dante na segunda edição da revsita Foco, voltamos com mais histórias sobre a infância de
nossos professores. Descobrimos um pouquinho dos “micos” e so-nhos deles. Confira!
Por ana beatriz Paixão e Jacque chen
Costabile SqüillaroProfessor do Departamento de Geografia
Onde estudou: No Dante
O que gostava de fazer: Jogava futebol, andava de bicicleta, ia ao cinema e competia em campeonatos internos realizados pela escola. Gostava muito de viajar.
O que queria ser quando crescesse: “Nossa, tanta coisa! Queria ser médico, jogador de futebol e também trabalhar na administração de navios”.
Curiosidade de quando estudava: “Tive um colega que sempre pedia cola. Até que, um dia, o menino pediu a mim, e falei que a resposta era capítulo tal, página tal. Então ele escreveu na resposta: ‘capítulo tal, página tal’. A professora, na hora de entregar a prova, perguntou ao menino: ‘Como assim a resposta da questão é a página tal, capítulo tal?’ Todos deram risada”.
Inside Dante
Quando eu crescer
Kátia VillariProfa do Departamento de Língua Portuguesa
Onde estudou: No Dante
O que gostava de fazer: Jogava com meus irmãos, ia para a praia nos fins de semana, andava de bicicleta e lia.
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Maria Antonieta RonconiCoordenadora e professora do Departamento de Italiano
Onde estudou: Colégio Visconde de Porto Seguro O que gostava de fazer: Ir à discoteca, ao teatro e patinar.
O que queria ser quando crescesse: “Sempre gostei muito de crianças e de línguas estrangeiras. Relacio-nei os dois e hoje sou professora de Italiano”.
Curiosidade de quando estudava: “Uma vez, no recreio, o salto do meu sapato fincou-se no chão do pátio e não percebi de imediato. O salto ficou e eu fui! (risos)”.
Suely Villaça Matiskei Assistente de Diretoria Pedagógica do Ensino Médio e ex-professora do Departamento de Língua Portuguesa
Onde estudou: No Instituto de Educação Antônio Firmino de Proença, na Mooca.
O que gostava de fazer: “Todo dia, depois das tarefas de escola, à tardinha, meus amigos e eu dávamos um bom passeio de bike. Além disso, gostávamos muito
de cinema; nós mesmos fazíamos os filmes e depois os apresentávamos num telão armado na minha garagem. Tínhamos ataques de riso!”
O que queria ser quando crescesse: “Sempre gostei muito de contar histórias; quem fazia meu irmão dormir era eu, com minhas histórias de aventura. Gostava e ainda gosto de livros, de filmes, de revistas em quadrinhos, de tudo relacionado à literatura”.
Curiosidade de quando estudava: “No Firmino de Proença, tive um colega que estava bem mais adiantado do que eu e que já demonstrava características de líder estudantil. Era muito inteligente e sabia falar muito bem. Ele formou-se antes de mim e depois foi estudar na USP, também. Hoje, ele é o governador do Estado de São Paulo, José Serra. Ele tinha cabelos castanhos e era disputado por todas as meninas do colégio”.
O que queria ser quando crescesse: Professora de Língua Portuguesa no Dante
Curiosidade de quando estudava: “Antigamente, as cadeiras eram de madeira. Um dia, a professora pediu para eu pegar algo que estava em um lugar alto. Subi na cadeira, ela quebrou e fiquei presa”.
26Foco |Setembro 2009
AXÉBAHIA
CRESCERDANTE
FACULDADE FOCO
HIPISMO INFÂNCIA NTERNET
ITÁLIA IVETE
MÚSICA POESIA PROVASREMO
REVISTAPor beatriz sabetta
27Foco |Setembro 2009