A área de A PNAD/89 começando ióformática se prepara para ... · Internacional do Livro, no...
Transcript of A área de A PNAD/89 começando ióformática se prepara para ... · Internacional do Livro, no...
ANO IH - SETEMBRO DE 1989 - 28
A área de ióformática se prepara para o Censo 90
O IBGE .está se preparando para o C€nso 90. Na área de informática isto significa, também, implantação de Çentros dz Processamento de Dados nas Unidades Regionais, passando para os estados parte do trabalho que antes era centralizado na Diretoria de Informática, no Rio.
- Isso envolve uma luta por verbas. Exatamente. num momento em que o país está vivendo . grave crise econômica. E a gente tendo urgência de obter recursos para realizar um projeto feito esse, que é fundamental para a rápida e boa . c~mclusão do Censo, uma operação gigantesca qu.e traz resultados de inquestionável importância para a . sociedade. (Entrevista com o Diretor de Infprmática, J QSé Sant'Anna Bevilaqua, na página 3.)
Técnicos das Unidades Regionais têm encontro n·o Rio
O Núcleo de Planejamento e Supervisão - NPS, da 'Diretoria de Pesquisas, está orga~izando na Escola Nacional de Ciên-
. cias Estatísticas - ENCE, no Rio,· de 18 de setembro a 13 de outubro, o Censo .de Apedeiçoamento . e Capa.citação em Pesquisa.
Gerentes, subgerentes, chefes de Serviço e coordenadores estaduais de' todas as Unidades Regionais participarão d~sse treinamento onde técnicos da DPE atuarão como instrutores e falarão sobre os conceitos básicos de estatística, economia e sociologia utilizados nas pesquisás da DPE.
A ·hora· de dançar a Ciranda .
Setembro é mês de Ciranda em Itamaracá. E quem convida é Lia, a cirandei1'à mais famosa da ilha. O X Festival de Ciranda de Pernambuco começa com a primeira lua cheia do mês na praia de 1 aguaribe e só termina dia 30, reunindo os grupos ·de cirandeiros para a finalíssima. (Página 7)
A PNAD/89 está começando
Cerca de 84 mil domicílios brasileiros serão visitados . por . mais de 900 entrevistadores, de 2
· de outubro a. 30 de novembro. Está começando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/ 89 . .
Realizada anualmente ..:.... menos em ano de Censo -, a PNAD 'pesquisa informações sobre habitação, rendimento e . mão-de-obra, associadas . a características demogrâficas e eçlucacionais. Além disso, a PNAD é s~mpre acompanhada de uma pesquisa suplem~ntai: que, este ano, terá como tema o' mercado informal de trabalho.
A divulgação da pesquisa será feita em nível nacional, utilizando jornais, rádio e TV ·e, inclusive, propaganda no·horário gratuito de TV, por
· quatro semanas, em todo o Brasil. Serão distri-
Geógrafos pesquisam habitações populares·
Favela da Mangueira: tijolo substitui tábua mas a carên-cia continua. ·
O DEGEO está fazendo o Cadastro de Aglomerados Subnormais. Trata-se de um levantamento de conjuntos de habitações precárias, carentes de serviços públicos como água, luz e esgoto, em todo o Território NacionaL Encerrada a primeira fase do estudo, ficou co~statado que a Região Metropolitana . de. São Paulo. é a que tem o maior número de aglomerados (1.100), enquanto o Rio fica com 700. (Página 8)
buídas, també~, por intermédio das Unidades Regionais, milhares de cartas personalizadas, assinadas pelo Presidente do IBGE, pàra governadores, secretários de estado, prefeitos, associações, sindic~tos, igrejas. Isto com o objetivo de facilitar o máximo possivel o trabalho dos pesquisadores. · .
Para permitir que este retrato fiel de nossa ·gente se~a traçg.do com maior eficiência ainda, foi organizado um treinamento que apresenta
. uma novidade em relação ·aos outros anos: desta ·vez em regime de internato_, no Hotel Chácara das Rosas, em Petrõpolis, região serrana do Rio de Janeiro, de 11 a 15 de setembro: (Editorial e página 7)
''Brosilão" no Bie ~nal Brasil - uma V!são Geográfica nos Anos 80
foi o grande lançamento do IBGE na IV Bienal Internacional do Livro, no Riocenfro. O "BrasiJão" 'foi a publicação que inais vendeu no estande do IBGE e só foi m~smo super~da pelos imbatíveis mapas, :-sempre campeões de venda. O lançamehto, ·no sábado, dia 2 de setembro, foi prestigiado pelo Diretor de .Geociências, Mauro ·Pereira da Mello, pela Oiretora-Adjunta Marilourdes Fe:rr~ita e pela equipe do DEGEO, liderada por Solange Tietzmann Silva. (Página 6)
O lançamento do "Brasilão" contou com a ·presença de técnicos do Departamento de Geografia e · do Diretor Mauro Mello. ·
Pág' · 2 JORNAL DO IBGE - Setembro de 1989 --=--------------------------------------------------------------------------------------,..
Editorial Quando os entrevistadores do IBGE 'ganha
rem as ruas no dia 2 de outubro estarão ini
ciando o trabalho de campo da última PNAD
desta década.
Você faz ~rte desta equipe que envolve,
nos bastidores, milhares de pessoas na pre
paração, processamento e divulgação da
PNAD/89.
Mais do que ninguém, você sabe a serie
dade e o profissionalismo que cercam cada
trabalho desta Casa. Portanto, é muito impor.
tante a sua participação nesse "mutirão" que
vai abrir para o IBGE as portas de cada casa
visitada.
Com esse objetivo, o de facilitar o acesso do
e~trevistador e esclarecer o entrevistado sobre
a importância desta pesquisa, tem propaganda
sendo veiéulada na t~levisão, tem todo um
trabalho da imprensa e estão sendo distribuí
dos pacotes promocionais a entidades públicas
e privadas, em todo o país. Essas entidades
vão funcionar como multiplicadores de opi
~o, colaboràndo com o nosso trabalho.
Mas é voc'ê, funcionário .do IBGE, que
melhor do que ninguém pode promover, di
vulgar a PNAD/89. Este trabalho é dé todos
nés. Partic~pe . ... . Presidente da República
José Samey
Ministro-Chefe da· Secretaria <le Planejamento e Coordenação João Batista -de Abreu
Secretário-Geral Ricardo Luís Santiaco
~· -~ FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASIÍ.;EIRO DE GEOGRAFIA E
ESTA11STICA - IBGE
Presidente: Char!es Curt Mueller Diretor-Geral: David Wu Tai
Diretor de Pesquisas: Lenitdo Fernandes Silva Diretor de Geociências: Mauro Pereira de Mello
Diretor de Informática: José Sant' Anna llevilaqua.
JORNAL DO IBGE Ano 111 - setembro 1989 - N.0 28
Publicação mensal destinada aos funcionlirios do IBGE Editado pela Co&rde'Da!loria de Comunicaçiio Soda! - A'(enid'l Franklin ROQWYe!t, 194 - 9.o andar - ·Rio de Janeiro -Te!.: (021) ~20-1~22 · · Editora ReSponsável: Shirley Soares (Reg. no 12 . 466" MT -RJ) Editora Assistente: Sheila Rierá Redaçiio e Reportacem: Marco Santos, Paulo Roberto Cardoso e Lecy Delfim Equipe de· Apoio: 'Fátima ·.santos, Gilson Costa, Paulo Villas B~as e Robson Waldhelm Publicidade: Teresa Cristina Millions. (l\esponsá.vel) ProlfiUilllção Gráfico-Editorial: Gerência de '"Ed;toraçlio Diqramaçio: Sér!Po Lopes Compoaição, Arte-Finalização, lmpreuio e Circulação: Centro de Documentação' e Disseminação de Informações - CDDI/ Departamento de Produção Cráfica e Ger~ncia de Marketing Tiragem: 14. 000 exemplares Permitida a transcrição total ou parcial de matérla publicada do Jornal do IBGE, desde que citada a fonte
Sementes · de tamboril
Reynaldo Euclydes Pacheco, de Sã'o Paulo, faz: uma solicitação.
( ... ) J;>eço, se p.o~ível, o envio de semen-- tes da flora da Reserva Ecológica, como, por
exemplo, o tamboril ( ... ) Informo que devo plantá-l!ls. na cidade de ltanhandu, ·sul de Minas Gerais.
N. R.: Seu pedido foi encaminhado à Reserva Ecológica do IBGE em Brasília.
D;tdos sobre a . população
Agnáldo Santos do·s Reis de Conceição de
Jacuípe, na Bahia, pede infonnilções sobre
população.
( ... ) Após ter assistido ao programa Glo
bo Ciência, que· enfocáva o tema "'Quantos
somos, Quantos seremos", resolvi ·escrever ' '
para o IBGE e solicitar infc.rmações.
. ~ .. R. : Agnaldo, você de;erá estar receben
do, além deste jornal, algumas publicações .e
textos nossos sobre o assunto.
Homenagem ao craque
Os fJ.lllcionários da Unidade Regional do Rio
Grande do Sul prestam homenagem ao cole
ga e ex-craque de futebol, Elizeu Guima
rães de Oliveira, contando um pouco da
sua história. ,
( ... ). Ele tem 64 anos e a ~ispostção e o
~entusiasmo que muitas vezes faltam ao jo
vem, de hoje ( ... ), Çomeçou a jogar aos 12
anos no Clube Amador Tristezense em Porto
Alegre ( ... ). Em 47 ele conseguiu realizar
ull)a das façanhas que até o momento não
foi superada no iHo Grande do Sul ( . .. )
marcou seis gols em uma só partida ( ... ).
O gol mais lindo de toda a sua carreira foi
na disputa em Porto Alegre entre o Inter e
o Flamengo, O placar final apontou 6x2 e
marcou o quinto gol da partida ( . . . ). Em
entrevista concedida !lo jornal Zero Hora da
capital gaúcha, ele confessou que os g.ols
sempre foram a sua maior alegria dentro do
futebol ( ... ). Entretanto, seu coraÇão o im
pediu de continuar jôgando ( ... ) ·e a Dele
gacia. do IBGE passou a confar .com ele
( .· .. ). Hoje, seu coração só 'tem ' problemas
quando e1.1:á . torcendo por seu "timão" do
peito: o Colorado de Porto Alegre ( ... ). . .
.N. R . : Com certeza, este é um assunto que o
Jl vai pautar, se possível, áinda este ano.
Para tirar suas. dúvidas, escreva para a equipe médica, na Av. Beira-Mar, 436, 4.0 andar, Castelo, Rio de Janeir.o;. Não precisa se identificar.
1) Os animais domésticos
podem transmitir o vírus da
AIDS para o ser humano?
R. Não. O convívio com ani
mais, como cães, gatos, .pássa
.ros o papagaios, !lão apresenta
risco de · contaminação para o
ser humano. Estes animais não
~ão reservatórios para o vírus da
AIDS e não o transmitem; além
d~sso, o vírus ql.le provoca AIDS
em animais ·é diferente do vírus
que causa a AIDS no ser hu-
mano.
2) O que posso f!lzer para
ajudar um amigo que contraiu
o vírus da AIDS, sem ter ainda ·
desenvolvido a ·doença, e que
está muito preocupado, inclusi
ve demonstrando sinais de de
pressão?
R. Por ser uma doença in
curável e que gera muitos pre
conceitos, a AIDS leva geral
mente à d~pressão e ao isola
mento. Principalmente as pes-. . soas mais próxi!llas devem com
partilhar desses momentos difí~
ceis. No seu caso, procure estar
perto dessa pessoa, sen~o o ami
go que ~empre foi. Procure
programar junto com ele pas
seios que ·sempre tenham feito
juntos, coisas agradáveis que o
façam esquecer um poucO da
9oença. Procure sempre saber
como ele está se ' sentindo, para
que possam conversar sobre is·
so cliuamente. sempre que ele
estivet disposto; falar sobre al
go, no caso uma dóença, que
esteja nos assustando, diminui
a ansiedade, que é difícil de
supürtar sozinho. Erifim, tente
estar disponível para ouvi-lo,
ser amigo, buscando juntos as
formas possíveis de auxílio, co
mo procurar um médico ou
psicoterapeuta, por exemplo. A
sua amizade e presença ;podem
ajudar a afastar o medo e a di
minuir a solidão.
3) A masturbação recíproca,
entre pessoas do mesmo sexo .ou
de sexos dife.I;"entes, pode trans
mitir AIDS? .
R: A pdncípio não. O risco só
~xiste se pelo menos uma das
pessoas estiver contaminada . com o vírus da AIDS e o esper·
ma ou secreção vaginal dessa
pessoa éntrar em contato com
a pele ferida ou com lesões in
flamàtórias do parceiro.
JORNAL DO ffiGE- Setembro de 1989 . Página 3
DI: a descentraliza~ão atinge maturidade
Essa história comeÇou há cinco anos, com a decisão de passar para as Unidades Regionais as tarefas de preparação dos dados para o processamento das pesquisas. Era o ponto de ~ida para a descentralização operacional do IBGE. Apesar das dificuldades econômicas, · naquela época já se pensava na criação dos Centros de Processamento de Dados - CPD nos .diversos estados. Sabiase, no entanto, que antes dessa ·im~. plantação dos CPD era da maior importância a preparação de documentação sobre as rotinas opera-cionais. •
- Vimos logo que as Unidades Regionais precisariam de um manual
· próprio para a crítica dos dados, além dos manuais de coleta. E haVia, também, a necessidade de . uma homogeneidade nos procedimentos de rotina~ para que todt>s pudéssemos trabalhar da mesma forma. Do contrário, chegaríamos a resultados, impossíveis dé ser somados, comparados, afirma o Diretor de Informática, José Sant' Anna -Bevila'qu~. .
O começo da desCentralização
O primeiro passo, então, foi a produção de vários manuais orl.entando sobre os prôcessÓs de crítica e codificação dos questionários. Pouco depois, essas tarefas passaram a ser executadas nas Unidades Regionais do Espírito Santo, 1üo Grande do Norte e. Santa· Catarina, que fizeram. parte da fase .de experiência do projeto. Ficou comprovado que o trabalho feito dessa forma ganhava maior rapideZ e qualidade e valia a pena estendê-lo · a outrqs estados. Nessa segunda fase, foi implantado
. . O processo de descentralização da
·infonnática no IBGE teve início em 1984. Mas a sua maturidade só veio com ~ . experiência do Censo . Experimental
. de L~eira. Hoje, as Unidades · Regionais se prepàram para o
X Recense~ento Geral do Brasil.
•
FunciOnários das UR~ recebem treinamento na DI.
Mas, apesar da iiQplantação desses centros de processamento em alguns e$tados, o trabalho conti~uava estruturado dentro de uma metodologia centralizada. Havia sido transferida para as URs apenas parte do trabalho. Mas era preciso dar um salto qualitativo. E esse salto aconteceu com o Censo Experimental de Limeira. Pela primeira vez, foi testado um procedimento .operacional que permitia o manuseio dos dados, feito totalmente · na unidade descentralizada~ A interá-,ção com os recursos da sede só acontece no final do processo, quando o dado já está pronto.
reduz drasticamente a· intervenção manual.
Tudo isso foi testado em Limeira. Em três ·meses ·o Ceruo estava fechado, pronto para ser traballiado. Era possível fazer funcionar um ·centro de produção' de dados,. mantendo ·o controle à distAncia .. Sempre que foi
· preciso resolver àlgum problema ·em Limeira, a equipe de suporte da · DI, no Rio, atuou junto aos fun~ionários de lá, sem ter q~e se deslocar, supervisionando-os por meio de. terminais remotos de cómputador.
o CPD de São Paulo, já com . um .. Um salto na qualidade
- . Chegamos à conclusão de que havia necessidade de expandir o projeto para as demais Unidades .Regionais e que 21 URs tinham porte para receber os equipamentos necessários, diz Bevilaqua. · equipamento ma,is sofisticado.
- Em 1985, a administração apaixonou-se pelo projeto e decidiu investir, expandindo essa descentrali:zação. O projeto tinha sido forte o sufi~iente para vencer a mudança política e se estabelecer pela sua importância, lembra Bevilaqua.
'No Censo Experimental .de Limeira foi introduzido um novo conceito na parte de codificação, que será fundamental para melhor~ a qualidade do pr.Oéesso · operacional do Censo Demográfico de 90. 11: a coc;lificação assistida por eomp1,1tador, que
O que se tem hoje
Atu!llmente1 . há dez centros de processamento montados, cujo objetivo é a produção de pesquisas contínuas:
Pará, Ceará, Rio Grande do Norte; Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. _Está prevista a iristalação dos centros de Goiás, Distrito Federal; Maranhão, Piauí, Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraíba.
Em alguns estados vale a pe_na investir ainda na criação de centros de processamento fora da capital. Há um projeto para a implantação de pelo menos 12. centros que deverão ser montados no interior do país, como unidades de apoio para ~ ·apuração do Censo .00.
As Unidades Regionais que já têm Centro de Processamento de Dados
. para as ~quisas contínuas deverão expandir os recursos .de informática para processar o1 Censo 90. Segundo Bevilaqua, "atualmente há preocupação em trabalhar ~e forma descentralizada as pesquisas contínuas para que isso sirva também co~o treinamento das URs. Aquelas que só trabalhavam com a coleta de dados agora são responsáveis, também, pelo tratamento básico da informação. Além de coletar, estão codificando, empastando, digitando e criticando os dados".
Isto envolve um treinamento, que tem que ser feito pela Diretoria de
. Informática e pela Diretoria de Pesquisas em conjunto. A primeira entra com a estrutura operacional e a segunda com a metodologia da pesquisa. Isso habilita as URs a implantar novos serviços, como os do' Censo, utilizando a estrutura de que já dispõem, Essa é a eStratégia que a ' DI tem seguido: "Unir o -útil ao agradável". Ou seja, ao mesmo tempo em que isso . é bom para as pesquisas contínuas, deixa, também, a equipe treinada para as tarefas do Censo 90 - um trabalho do tamanho do Brasil.
Página 4 · JORNAl DO IBGE Setembro de 1989
Pagamento ficou • mais rápido
• • .com o novo sistema
Antigamente, para receber o pagamento do mês era preciso enfrentar; com paciência, a· fila do guichê da tesouraria, onde um funcionári.o. entregava envelope por .envelope cada salário. Com o pagamento feito por intermédio dos bancos a vida fi.cou mais fácil, pois os salários passaram a ser de.positados nas contas deis funcionários. E hoje, c'om o uso de computadores, esse processo ficou ainda mais rápido. O novo sistema de pagamento utilizando o Banco dé Dados foi implantado no IBGE, em janeiro, e trouxe economia de tempo e de gastos operacionais.
Mas, afinal, qu~ .processo é esse? Qua.l o C!llJlinho que os nossos salários percorrem até ~hegarem às nossas mãos? .
Diversos setores do Rio e dos estados participam desse processo. Mas é. o De" partàqlento de Administração de Recursos Humanos - DERHU, da Superintendência de Re'cursos Humanos, responsável pelo planejamento das atividades ·de pe~al, a unidade centralizadora de toda operação, no Rio. E conta com o apoio indispensável da Diretoria de lnf4?rmática, · através das Gerências de Suporte e Produção - GESUP e de Desenvolvimento.
Tudo começa com as folhas de freqüência. Nelas são. registradas, diariamente, além da freqüência, falta, abonoacordo e. dispensa médica. Terminado o mês, as unidades em t~o o país têm um prazo de dois dias para epviar essas folhas à Dl/GESUP.
Folhas de pagamento
Após a verificação das folhas de freqüência é feito um levantamento de transferências e promoções de funcionários, auxílios (creche, babá e reabilitação) e de$contos ( SIAS; ASSIBGE, Imposto de Renda, JAP AS e Ticket-Refeição). Todas essàs informaçõe~ vão para o Banco de Dados. Aí que sai a folha de pa-gamento e o .contracheque. ~
As Unidades Regionais, que já con- :i tam com um Centro de Processamento = . > de Dados, encaminham essas informa- 0
ções à DI, via computadõr, e recebem ~ as folhas de pagamento também por computador, fazendo seus próprios con- ~ tracheques. Para as demais tudo é via malote: tanto os dadqs para serem digi-
tados no Rio quan't<) as folhas de pagamento e os contracheQues dessas Unida-des Regionais. -• Feitos os contracheques, os setores de
pessoa.l de todos os estados aguardam in~ormação do Rio, confirmando a data do pagàmento, para· a sua distribuição.
Finanças
Quando a folha de pagamento fica pronta é enviada à área financeira local. Cabe ao Departamento de Finança~, da Superintendência de Recursos Financeiros, Materiais e Patrimoniais - SPF, processar e adequar as despesas com pessoal ao orçamento da Casá.
O IBGE tem crédito do Tesouro Nacional e o pagamento · depende de um repasse de verbas da , SEPl.AN. Quando a folha chega às nossas mãos, fazemos o depósito para o pagamento do pe~soal do Rio e efetuamos um "subrepasse" para os funcionários dos estados, explicá Jorge Fernandes Marques, gerente. de.Finanças da SPF.
se·gundo ele, esse processo de depósito no Rio leva normalmente três dias. Só depois que os bancos confirmam a liberação dô pagamento é que é emitido o memorando a todas as unidades de pessoal pa~a que elas distribuam os contracheques: O processo é o mesmo em to~os os estados, variando apenas o
As infonnaçõ~s ·relativas à$ folhas de freqüência e respectivos descontos são introduzidas no Banco de Dados.
As Unidades de Pessoal separam e encaminham os cootracheques para os departamentos.
prazo para a liberação do pagamento nos bancos.
Jorge Fernandes lembra, aincfa, que a verba de pessoal liberada pela SEPLAN só pode ser usada para o pagamento dos funcionários . Compra de computadores e material de limpeza, por exemplo, só com a verba de custeio e despesas de capital, também liberada pela SEPLAN.
Outros encargos
.Liberado o pagamento, são feitos,- ainda, os relatórios do Imposto. de Renda, IAP AS, de dependentes etc. E, às vezes, é necessário fazer uma folha su{llementar para corrigir algumas d_iferenças .
. Isto vem ocprrendo, por exemplo, com relação ao desconto do Imposto de Renda. · Como a tabela tem chegado depois do fechamento da ,folha· de pagamento, tem sido preciso fazer uma outra com os devidos acertos.
Além disso, existe a remuneração de férias, que segue um processo semelhante ao do pagamento mensal. Aqui
· também ouve melhoria com o novo sistema de pagamento pelo Banco de Dados.
Cláudio Antônio Pires Brandão, chefe do DERHU, elogia o novo sistema, que .foi desenvolvido por técnicos de vários departamentos do IBGE: .
- Este sistema simplificou os cálculos e trouxe benefícios aos empregados. Agora podemos pagar, por ·exemplo, as pro-
. moções por .mérito no mês seguinte ao da avaliação de desempenho. E mais, os funcionários afastados por licença médiea não saeni mais da folha de pagamento, o que é uma grande conquista.
Migúel Mubárack Heluy, superintendente de Recursos Humanos, ressalta que o sistema de pagamento é apenas o primeiro módulo desenvoiYido no Banco .de Dados de Recursos Humanos. Ainda es-' tá prevista a implantação de outros módulos envolvendo: Avaliação e Desempenho, Benefícios, Treinamento, Recrutamepto e Seleção, Medicina e Segurança do Trabalho e Cargos e Salários, que proporcionarão melh.or atend.inlento· aos funcionários, atuando c~m mais rapidez • e eficiência.
Vem aí a 11 Mostra de Filmes (Por enquanto; só· no ~io)
N ,
QUE.M NAO ~VIU, no · cinema, VERA no .IBGE
JOil. • .U. po ffiGE etembro de 1989 Pág"na 5
Eles dão aquele apoiO! ' .
Bombeiro hidráulico de Mangueira,
Gilson de Faria .está sempre bem
disposto para enfrentar o trabalho.
Compositor de sambas e pagodes, ele . .
não perde o jeito de sambista, mesmo
consertando canos e torneiras.
Eles são responsáveis, muitas vezes, pelo primeiro ''bom-dia'' que recebemos. Por trás da equipe
d~ técnicos, plariejadores e analistas . do IBGE .existe t~do um suporte que torna
mais agradável o s~rviço. Da lâmpada e o telefone até · o cafezinho: eles ~ão aq"4ele apoio!
Desde 1963 Claudionor Pastor trabalha como poi:teiro, na. Presidência. "Por aqui passa todo mundo, até ministro. Mas de vez em quando é preciso "barrar", principalme~te o~jor-. nalistas que são muito insistentes. É.
preciso um jeito muito especial para lidar com eles,"
Os vigilantes José Roberto Alves e Aldo Neves Sampaio cuidam .da segurança do IBGE em Mangueira e Parada de Lucas.· Eles garantem que até hoje não houve nada de grave em ~eus plantõ~s, apenas alguns sustos.
Rejane Oliveira S~ntos é secretária há pouco tempo na . Gerência de Medicina do ·Trabalho, mas diz que está satisfeita com o que faz e espera crescer profissionalmente. No Dia das Secretárias (30 de setembro) ela estará envolvida com a Campanha Interna de· Prevenção à AIDS, que a gerência está promovendo.
Medir pressão, verificar temperatu
ra e dar medicamen~9s ·são tarefas
diárias para a auxiliar de enferma
gem Maria de Lourdes Lima. Há oi
to anos ela faz ~sse trabalho no IBGE
_no. Serviço Médico de Mangueira.
Quem liga para a ENCE, pela manhã, ouve o tradicional "ENCE, Bom-Dia" de Eneide Oliveira de Castro, que está neste po~o há oito' anos. "As vezes, a ininl!a voz fica . íneio · rouca por causa da b;1ixa temperatura do ambiente. Mas vale a pena, pois adoro me comunicar."
Ascensorista do prédio da BeiraMar, Milton da Silva compara . SUíJ
vida com um elevador: "Cheia .de altos e baixos". Mas, mesmo na fase "dos baixos"1 ele não .perde o bom humor. Comunicativo, e muito querido por todos.
L:_& IBGE )
O trabalho de Arubal da Rocha Almeida é percprrer, diariamente, sob sol ou cliuva, 112 km no confuso trânsito do Rio. Há um ano ele dirige .a ·Kombi que faz o percurso Sede/ Mangueira/LucaS. E garante: "Sou muito paciente ao volante, tenho 33 anos de carteii'a · e nunca sofri um a~idente". .
..
Fotos de Gilson Costa e ·Paulo Villas Bôas
As . no.tícias, na verdade, cheg3:m à. imprensa . por intermédio do Miguel, Frtm· cisco e Ricardo. Eles são da Coordenadoria de Comunicação Social e qt.,~ase diariamente entregam textos nos jornais, revistas e emissora~
.de rádio e TV. Eles levam o · IBGE para as 'ruas.
Waldyr de Freitas Toledo trabalha na garagem do IBGE e, segundo ele, entende "de tudo em termos de mecânica". E mesmo nos fins de semana não. se livra dos mÓtores: "Sempre tem um amigo que leva o carro para dar uma olhada, lá em casa".
Trocar lâmpadas e reatores é uma das tarefas mais freqüentes do eletricista João Henrique Barros, que faz a manutenção da Sede. Ele não descansa nem nos fins· de semana: i<Sem~ . pre ajudo os vizinhos e os am'igos nà instalação ou reparo de aparelhos elétri.cos".
' 'Página 6 JOKNA DO IBGE Setembro de 1989
Nossa ·presença na Bienal do Livro
O IBGE participou d~ 24 de agosto a 3 de ~etembro da IV Bienal Internacion_al do Livro, no Pavilhão de Exposições do Riocentro. No dia 2 houve o lançamento de Brasil -. uma Visão Geográfica nos Anos 80, elaborado por técnicos do Departamento de Geo~rafia, da DGC. O livro abord? 13 temas que vão desde a questão ambiental até as telecomunicações e seu desenvolvimento no Brasil. É ô primeiro trabalho sobre o assunto na área de Geogra: fia.
Outra atração foi .o novo Mapa Político do Brasil,' que mostra as áreas indígenas do país, facilmente localizadas por meio de desenhos
Alexandre Polastri, do CDDI, mostra o estande do IBGE ao Governador Moreira Franco. ·
de ocas. Os visitantes foram brindados com Mapas do Brasil, em embalagens de bolso.
Foram divulgadas também obras como o Anuário · Estatístico do Bras~l . 87-88, a coleção Pedil de Mães e Crianças no Brasil, a Metodologia dos lndices de Preços (IPC, INPC e IPCA), as Séries Estatísticas Retrospectivas e um dos últimos lançamentos da Casa, Volume Micl'oempresas - Censos Econô~icós de·1985.
A Bienal contou com a participa:. ção de 11 países, ocupàndo 150 estand~s e divulgando mais. de 200 mil ~tulos, nacionais e estrangeiros.
Coral: homenagem • a Vinicius de Moraes
O Coral dos Funcionários comemorou o seu quarto aniversário com uma pragramação especJa/.: "Vinlcius:· textos e músicas". De 21 a 25 de agosto o Coral
· se apresentou no auditório de MQngueira c no dia 29 tiO .audUório da Associação dos Servidores Civis do Brcml para os funcionário~ da Sede .
Em Mat1gueíra, na abertura das éome~rações, cerca de 250 pessoas ·ouviram emocionadas antigos sucessos de Vinicius, c~mo Gente Humilde, Eu Sei que Vou te Amar c Garota de Ipanema. Além da música, o Coral lembrou; também, a poesia de quem anunciava que o amor não é imortal "posto que é . chamá', nias dese;ava que ele fosse infinito.
Promoçã9 do mês <;LASSIFICADOS A Editora Nova Fronteira enviou cinco · exemplares de Simb~lismo
Planetário para serem sorteados, este mês.
Para . concoJ:rer à 13.: Promoção do Mês, responda corretamente à per· gunta do teste e remeta o cupom para o Jornal do IBGE - 13.3 Promoção do Mês - Av. Franklin Roosevelt, 194, 9.0 andar - CEP 20 021, Rio de Janeiro, RJ.
SIMBOLISMO PLANET ÃRIO NO HORóSCOPO Karen Hamalcer-Zonda~ - 232 páwnas Editora Nova Fronteira
A autora analisa a ~nfluência de cada um dos planetas ría vida das pessoas. E apresenta um método para dar maior dinamismo :\ interpretação astrológica c permitir melhor compreensão do indivíduo e soas necessidades. .
13.0 Teste
Capi~u e Bentinho si10 persona~ens de que obra <.·élebre de Machado de Assis?
(a) Esuú e Jacó (b) Memorial de Aires (cY Dom Casmu!ro (d) Helena
Nome. . ..... . : . . , ... . . .. . .. . ... •.. . ....... . ... . . · .. · · · · · · • · · · · · · :. · · · · · Lotação . ... ... ... ... ........•. .... .. ....... , . · · · · · · · · · · · · · · • · · · · · · · · · · Telefone/Ramal . . .. . .... .. .... . ... ....... ... .... ... . . ... · .. . · · . · · . · · • · · · Cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estàdo .......... , .•... . , . .•.
N . R . : Qu~ndo fechamos esta edição,' o JI de julho estava começando a ser distribuído e o JI de agosto ainda estava na gráHca. Assim, nesta edição daremos somente o resultado do teste de junho. Estamos aguardando cartas até o fechamento do Jl de outubro, no dia 22 de setembro, quando daremos ~ resultado dos testes de julho e agosto.
Resultado do 10.0 Teste. Respesta: As Horas Nuas. Foram sorteados com o livro Eles: Maria de Fátima Oliveira Muniz do Nascimento (UR/PI), Ana Maria Cardoso Nunes · (DEMAT/Gab.), Durval Moreira (UR/ES), Jorge Luiz da Rosa Mauricio (Agência Pelotas/RS)' e Flavio Barreto de Abreu (DPE/CCA).
Produto Naturalíssimo COLAGENO EM PO ARGENTINO A Promoção
Utilidades do
Lar
VENDO dormitório completo de casal em cerejeira, incluindo um dúplex de cinco portas. I'reço: NCz$ 1.500,00. Tratar com Jurema. Tel.: (021) 396-0927 ou
· 297-3911 Ramal 208.
Diversos
VENDO vestido de noiva, manequim 42/44. Preço a combinar. Tratar . com ~drea. Tel.: (021) 297-3911 - Ramal 385.
DEPILADOR EPILADY, sem uso e na garantia e cama de solteiro em cerejeira com colchão ortopédico. Falar com Maria de Fá.tima. Tel.: (021) 220-1222.
EUROPN
Som &
Vídeo
VENDO vitrola da llJarca Philips, com oito anos de uso, em perfeito estado. ;Preço a combinar. Informa~ ções com Maria Lúcia. Tel.: (021)
·220-1542.
Imóveis
VENDO terreno de 1.085 m2 na Estrada do' Anáia, em Tribob6, Niterói. Preço a combinar. Informações .com Cleusa. Tel. : (021) 297-3911 - Ramal 394.
e Adulto
• Casal
PSICOLOGOS:
PSICOTERAPIA • Adolaacenle
• Criança
Sandra Lúcia Lopes - CRP. dSI 14511! Sergio Garbati ~oremtin - ·CRP 05/12022
TEL: 205·1750
A
Vem Ate' Voce Proteína Concentrada
El<celente p/ enrigecimento, pele, cabelos, ossos, unhas, combate cei\Jiite e varizes
A RONY MORGAN IM.TERNATIONAL traz a possibilidade de você, adquirir seu PURIFICADOR DE AGUA E SAUNA RESIDEN
CIAL EUROPA com descontos especiais e várias opções de pagamento~ NAO HA CONTRA-INDICAÇOES
ligue já 259-7127 --Helena
FONDAU.DIOLOGIA DISTúRB IOS
• tknica vccal • da fala • dicçJo • da escr ita • ora tórY • da teiturl
Reeducaçio P6icomotora
:J( o ria J,a &.f .Silo•a furch.si FONOAUDIOlOCi.A
Rua Mariz e Barros.. 292 - CLINOP Tf:L.: 284,5242(consultório)/24S.6968 (casa)
SISTEMA NATURAL DE TRATAMENTO DE AGUA . Purificador de água
[
Eliliil. !1!11. _s __ = __ =-:'::.. __ -~ : ~;~ : ~~~;~?co • ELIMINA GERMES E BACH:RIAS • ELIMINA 100% DO ClORO
• LIMPEZA AUTOMATICA
{ • ESH:TICO E DECORATIVO . I -""" ( ~ • •
. ~J:----- -
SAUNA RESIDENCIAL '
• Reumat ismo (tanto preventivamente ct na cura)
• Obes_idade (por meio de reaulaaem do metabolismo)
• lnflam4~Ções do nariz e aaraanta
• Certas doenças do coraç"'o • Cansaço e esgotamento ffsieo • 'Gri pes, resfriados e sinusites
I • Anemia • lnsOnia
!Jgue para. ,o Sr. GILBERTO· DE CARVALHO e seja atendido em· sua própria agência. Telefones para contato: 263-7236/26~5/263-8639
JORNAL DO IBGE Setembro de 1989
Uma dança de roda distinta das cirandinhas infantis. Nascida, cantada e dançada no meio do povo; a ciraTida: é democrática,~ de todos. E Lia, a cirandeira famosa que mora na ilha de Itamaracá, convida para ·o X Festival de Cirandá de Pernambuco, que acontece este mês na própria. ilha.
As danças começam no priffl!!iro sábado de setembro, na praia de ]aguaribe. No último sábado do mês, dia 30, acontece a finalíssima~ · reunindo os· quatro grupos classifiçados nas noites anteriores.
Essa dança não tem segredo, é simples como Lia, como o poVó de Itamaracá e de tantos outros lugares qtfl! se reúne ao ar livre para brincar. Quanda se est:utam os primeiros sons da zabumba .e dos · instrumentos da ciranda, os mestres cirandeiros começam a tirar .cantigas que falam do doce da cima ·e do amor, elo mar, da moça bonita que tem beijo wm gosto de flor e da lua~ que, sempre que pode, aparece para cirandar.
PELO BRASIL AFORA,
Região
Norte
Os 26 coordenadores estaduais e os 22 supervisores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios foram a Petrópolis, a 66 kin do Rio, para o trein~mento da PNAD. De ll a . i5 ~este mês, eles permaneceram em "regime de internato" no Hotel Chácara das Rosas. Segundo técnicos do Departamento de Erpprego e Rendimentos esta forma centrali~da é para que haja uma única retransmissão do treinamento nas Unidades Regionais. O Coral dos Funcionários do . IBGE foi convidado para o encerramento dQ encontro, que teve, também, seresta.
RONDôNIA - A Unidade Regional está dando apoio técnico aos projetos de emancipação de 25 novos mumc1p10s, que estão tramitando pela Assembléia Estadual.
Região Nordeste
PARÁ- No dia 15 de agosto estiveram na UR os técnicos do Departamento de Emprego e Rendimentos- DEREN, da Diretoria de Pesquisas, Paulo César de S~mza e Jussara Rieveres, que discutiram detalhes técnicos com os supervisores e o coordenador da PNAD/ 89. Na
· ocasiã.o, também falaram sobre a implantação da Pesquisa Mensal de Emprego - PME, em Belém, em novembro.
PERNAMBUCO Foi inaugurado este AMAPÁ _ 0 Grupo de Coordenação mês o Centro de Processamento de Da- de Estatísticas Agropecuárias - GCEA, dos da Unidade Regional, com um com- com apoio do governo do estado, elabo-
· putador COBRA 540 c vários terminais, rou um. trabalh<? intit\llado "Aspectos da que vão agilizar os trabalhos. Esteve Agropecuária Amapaense". Até então,
é de todoJ Aí as pessoas entram 11a roda, ele mãos dadas.
girando ao redor dos tocadores que ficam no
centró. E quem quiser pode se chegar, abrir espa
ço entre os que e~ão dançando, fechando o cír
culo com a sua presença: Neie jogo não existe
discriminação por idade, cor, sexo ou condição
social. O número de participantes não tem limite:
pode-se en!rar e sair da rod~ qÜantas vezes quiser.
Paulo Teixeira Galvão, Técnico de Estudo e
Pesquisa da Unidade Regi01wl de Pernam~uco, participa do Festival com seÚ grupo, que conta,
inclusive, com outros ibgeanos. "Sou rnuito ligado
à musica e· acho bonito' ver o povo na roda, de
mãos dadas, dançando a ciranda", afirma Paulo, garantindo que até o Movimento Negro, do qual
também faz parte, tem seus militantes no festival.
Em agosto, o gerente de Marketing, Antônio Penteado, c o chefe do Setor
. de Comercialização, Delfin Tei:~eira,, ambos do. CDDI, estiveram em Manaus, visitando o Setor. de Document~ão c ~isseminação da UR, para supervisionar as vendas de livros.
RIO DE JANEIRO
Região
Sudeste
O chefe do De-partàmento de Erppregó 1e · Rendimentos ,- DEREN, da Diretoria dé Pesquisas, Nelson Senra, fez uma palestra para 102 Agentes d~ Goleta do Rio, dia 24 de agosto, no auditório do Colégio' Pedro li. ·A palestra teve como tema a implantação e o desenvolvimento da Pesquisa Mensal de Emprego - PME e ·os problemas da r~de de coleta n~sta pesquisà.
MINAS GERAIS - O Diretor-Geral, David Wu Tai, esteve dia 9 de agosto na Un~dade Regional visitando a.s instaiações e mantendo contato com os funcionários.
DEAGRO, da Diretó~ia de Pesquisas, da 12. a Exposição Internaci!)nal de Animais - EXPOINTER 89, realizada de 23 de agosto a 3 de setembro, nb Parque A.ssis Brasil, na cidade de Esteio. Paralelamente, · foram realizadas a e:" Exposição Nacional de Animais, a u.a Exposição de Máquinas e lmplementos A~ícolas e a . 6. 3 Feira Estadual de Artesanato.
Para Fidélis Marteleto, gerente do Proj.eto de Organização das Estatísticas Agropecuárias do DEAGRO, esta foi uma boa oportunidade para divulgar o novo Sistema de Difusão Estatística -IND que é um subsistema do SIDRA. Assim, quem estiver interessado em informações agropecuárias pCi>de obtê-ias via EMBRATEL, através da Rede Pública de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes - RENPAC, como foi demonstrado nó estande do IBGE.
SANTA' CATARINA - A nova diretoria da Associação dos Servidores do JBGE, naquele estado, para a gestão 89/ 91,
. tomou posse no dia 26 de agosto.
·-presente o Diretor de Informática, .José não havia inf~rÍnações sobre 0 assunto. Sant'Anna Bevilaqua. A. publicação, com 36 páginas, preen- r:, .
Em agosto o coordenadÓr do Grupo che a lacuna de informações que havia A~Âl Região de Coordenação das Estatísticas Agrope- t t · · · l(fJf~ cuárias - GCE~, Aluísio de Araújo nes e se or. . n·~r~~r Sul DISTRITO FEDERAL - As equipes
AMAZONAS C · t I - · {'t · Al · do S t · d B O · I das Càvalcanti e 0 geógrafo Rivalpo Pinto . - om novas ms a açoes, .. e or. e asc perac10na e de Gusmão visitaram diversas c~des o setor de assistência médica da UR Agências estão empenhadas na fase de
acaba de receber ·um sofisticado equi- contagem rápida para a atualização da penuunbucanas para realizar pesquisa base geográfica para o Censo· 90. Esse d b d 1 im t d Paménto odontológico,
e campo so re o esenvo v en o e trabalho estará concluído até ·dezembro. culturas de arroz, algodão, ceboll!- e Este .m~s, o IBGE participa da III tomate. Semana de Geografia do Ámazonas. MATO GROSSO - O Setor de Base
Convidada pelo Departamento de Geo- OperàciQI'la) tem se dedicado inteira-A SI AS acaba de comprar o prédio mente ao . serviço de atualização cárto-
onde estavam instalados 0 laboratório· c grafia da Universidade do Amazonas,' a · gráfica e delimitação de . setores e zonas
f. · da t' E ) d E equipe da UR preparou uma exposlÇ' ão as o 1cmas an 1ga sco a e nge- de · trabalho. Dos 96 municípios . do es-nharia de Pernambuco.' 'O prédio, que com venda de livros e mapas. ta do, 38 já tiveram. os dados levantados fica junto à sede da UR; <4lpois de res- O Setor de Recursos Humanos da UR RIO ÇRANDE .DO SUL - O IBGE c. estão sendo encaminhados ao Departaurado, ·vai abrigar os serviços de deu início ao curso ·sobre Técnicas de participou, através da Unidade Regional tamento. de Cartografia da Diretoria de ~ · ' · . ~9!-li~~; ,par~ 52 , funcionários. e do Departamento de Agropecuária - Geociências, no Rio:
~~:...· ~~-- ·,.;...·.~ ....... ·-!;V-· t.,t.~u_..· -..,;.._....:..---~'· ~~""!Õ. ~-. ___ ..;._ _ _;,. __ ....;._ ____ ~_.____.__..,.._~ ....... ~----~·-·P&D BRASIL AFORA
Página 8 JORNAL DO IBGE - Setembro de 1989
A realidade· sem poesia das favelas
Compositore$ como Herivelto Martins À realidade, porém, não é nada poética. Até em Tocantins aparecem nas estatísticas os barracos com portas
e Orestes Barbosa utilizaram a poesia para descrever a vida no morro, i
"' . onde ·se "vive pertinho do céu" e as ê pessoas pisam "nos astros, distraídas". ~ ~~;iitJII~~=:~
"sem trinco" e estudiosos garantem que já têm pobre disc;iminando o mais pobre.
de alheia. Além disso, é necessário que ele seja carente de serviços . pú~ blioos essenciais (água, luz, esgoto).
quÍsa de Campo e que servirão Qamo referencial para o cadastramento.
Pobre di~criminando o mais pobre
O termo "favela", segundo Laudelino Freire, designa um arbusto da caatinga baiana, que deu noiiJe a um morro célebre na Guerra dos Canudos, em fins do século pa5sado. Os barracões construídos para abrigar os spldados que voltaram ao Rio, depois da campanha contra os jagupços de Antonio Conselheirõ, foram apelidados pelo povo de "favelas". Eram no · Morro da Providência, perto da Estràda de Ferro Central do Brasil. Quando os soldados retornaram aos quartéis, os barracos foram vendidos à população pobre da cidade, passando o local a/ se chamar Morro da Favela. Daí essa designação para conjuntos de habitações populares, canse truídos de maneira tosca e com ·poucos recursos higiênicos.
A primeira fase de elaboração do , ca~astro foi reali~ada pélas Unidades Regionais, de acordo com os dados já existentes do Censo de 80. Atual-
. mente a rede de coleta está realizando atualizações, que envolvem pes-
Passando a chamar de favelas to-. dos os aglomerados subnorma~s, de acordo com Helena Balassiano, existem no Brasil, dados de· 80, 4.825
favelas, 1.100 s6 na Região Metropolitana· de São . Paulo, que têm 37 municípios. · Dessas 1. 100, mais da metade estava na capital paulista, principal p6lo concentrador de ,atividades econômicas. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro tinha cerca de 700 favelas, 400 delas na "cida~e m~ravilhosa", e com grande concentração também na Baixada Fluminense .(Nova . Iguaçu, Duque de Caxias, Nil6polis e São João de Meriti).
Favelização em ritmo acelerado ê .. " o processo de favelização está em
constante crescimento ·e se torna cada vez mais irreversível. Ele é resul-
, tado das transformações s6cio-econômicas no país, tanto no aspecto urbano quanto no rural, em conseqüência da forte urbanização e do volumoso fluxo rnigrat6rio entre o campo e a cidade. . O Departamento de Geografia -
DEGEO, dentro de um amplo projeto da Diretoria de Geociências, elaborou o "Cadastro de Aglomerados Subnom:tais", para os do Rio, as populares favelas. Esse projeto tem • como um dos objetivos servir de sub- ~ sídio para os trabalhos do Recenséa~ ~ menta .Ceral .de 1990. ~
Segundo Helena Mesquita Balassi-. ano, db DEGEO, a . primeira pr~ocqpação do departamento foi a de se ten~af chegar a um conceito e a uma denominação que abrangess~ todo o Territ6rio Nacional, no que diz respeito a favelas e similares.
· -. Essas habitações têm nomes diferentes em várias . . re~iões, como ''baixadas", "mocambos', "invasões". Por isso optamos por denominá-las como "Aglomerados Subnonnais", es_clatece a técnica responsável pelo projeto.
Para fazer parte deste cadastro fCl>i definido que o conjunto tenha ocupado até período recente,. de maneira · desordenada, t~rrenos de proprieda._
. "Os políticos vêm . aqui e · ficam prometendo melhorar .. Eu não acredito. Meu pai, que andava com essa
• gente, morreu e se não fossem os filhos seria enterrado como indigente." Antônio Constantino, um dos moradores mais anti~os da Favela da Maré
"O esgoto que os moradores fizeram era ótimo. Os Homens disseram que iam urbani2ar mas ficou pior. Agora quando chove, entope tudo." Emir Coelho Cruz, moradora há 30 anos na Maré
"Tem torneira, cano, mas água que é bom, nada."
Maria Aparecida oos Santos, da · Favela ·dá Maré
A dura realidade da favela nas
"roupas comuns dependuradas", ..
i "'
Pequenos brasileirôs aprendem desde cedo que a vida não ê brincadeira.
A técnica do DEGEO explica que as classes sociais estão se subdividinqo. ·"Agora existem ·classes mfodia alta, média e baixa." Com isso, as faixas de menor poder. aquisitivo saem do subúrbio e vão para as cida-
. des da perif~ria ·da Região Metropolitana. Os segmentos Q.e baixíssima renda que lá se encontravam vão para as favela_s. Este proçesso tem gerado, inclusive, preconceito social. '~Já tem pobre discriminando os mais pobres' . garante Helena. "Os preÇos dos bar-racos estão cada vez mais altos·, tanto para àlugar· quanto pará comprar, o que · acaba se tornando inacessível para o novo migrante."
Caminhando para a periferia
Sendo assim, a aJtemativa para esta classe de baixíssima renda é bus-
; car as favelas da periferia, pois a chamada classe média baixa, também em função do aumento no preço· dos aluguéis do subúrbio, está procurando moradia nos municípios mais distantes. ·
- t evidente que . este processo é oompensado pelo desenvolvimento dos transportes (trens, metrô e linhas
~ regulares de ônibus) que facilitam e u integram a mobilidade do trabalha~ g dor, assegura a técnica. ~ ~ A fav~lização que está aoont~cendo
nos grandes centros não é uiri fenômepo isolado, póis em outras Regiões Metropolitanas observam-se processos ~emelhantes.
86 J?ara dar um exemplo bem atual, o recem-criado Estado de Tocantins já tem 20 . favela~. Por ser · uma (suposta) nova frente· de trabalho está atraindo mão-de-obra, o que, com certeza, vai aumentar, em ritmo acelerado, o número de habitações po- . pulares.