7/29/2019 A questo dinstica

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Prncipe D. Luz de Orleans e Bragana (prncipeperfeito) e esposa

A questo dinstica (que alguns supem que existena Casa imperial do Brasil) remonta o ano de

1908, quando o ento Prncipe Dom Pedro deAlcntara, herdeiro dinstico da Princesa Isabelrenunciou os seus direitos dinsticos ao Trono do

Brasil, por si e seus descendentes.

Com a renncia, a sucesso passaria para seuirmo o Prncipe Dom Lus de Orleans e Bragana(Prncipe Perfeito), e dai por diante, para seu filhoDom Pedro Henrique, e seu primognito, Prncipe

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Dom Luiz de Orleans e Bragana - Atual chefe daCasa Imperial. Quanto a renncia, se deve ao fato

do Prncipe Dom Pedro de Alcntara casar-se

coma Condessa Maria Elizabeth Dobrzensky vonDobrzenicz, uma famlia antiga e aristocrata daBohmia, porm se laos com qualquer dinastia da

Europa.

Como me, a Princesa Isabel nada tinha a opor sintenes matrimonias de seu filho mais velho,mas, como de jure Imperatriz e Chefe da Casa

Imperial Brasileira era contrria a essecasamento por motivos dinsticos e talvez at

polticos. Ela desejava que seu herdeiro dinsticocontrasse um casamento dinstico, ou seja, que o

Prncipe D. Pedro de Alcntara se casasse comuma Princesa de uma das casas dinsticas da

Europa. Caso contrrio, deveria renunciar aos

seus direitos de sucesso. E ela exigiu isto de seufilho. Para D. Pedro de Alcntara havia,

entretanto, quatro alternativas: efetuar umcasamento Dinstico, mantendo-se a tradio

secular da Dinastia e o desejo de sua me; efetuarum casamento no-Dinstico, renunciando aos

seus direitos Dinsticos, como mandava a

tradio; efetuar um casamento morgantico, coma perda de qualquer direito Dinstico para seuseventuais herdeiros, estabelecendo assim umclima constrangedor para a Dinastia, e que

certamente no seria aceito por sua me; manter-se solteiro, o que no seria salutar para um

herdeiro.

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At a sua morte em 29 de janeiro de 1940, emPetrpolis, onde residia no Palcio Gro-Par, D.Pedro de Alcntara sempre honrou essa renncia.

Quando qualquer monarquista se dirigia a elesobre questes monrquicas brasileiras, aps amorte da Princesa Isabel em 14 de novembro de

1921, ele sempre encaminhava seu interlocutor aoseu sobrinho D. Pedro Henrique, que sucedeu aPrincesa Isabel (j que seu pai, D. Lus, havia

falecido em 23 de maro de 1920, portanto um ano

e oito meses antes de sua me), e que continuava amorar na Frana, at 1945.

Aps a morte de seu pai, o Prncipe Dom PedroGasto (19.2.1913), seu herdeiro, comeou a

questionar a validade da renncia. Entretanto, aoperceber que a maioria dos monarquistas no oconsiderava como herdeiro dinstico, D. Pedro

Gasto no levou essa questo muito adiante. Oassunto s voltou a ser centro das atenes,particularmente da mdia, por ocasio da

campanha plebiscitria de 1993, quando muitosquestionavam, inclusive monarquistas, se o

Prncipe D. Luiz de Orlans e Bragana, o entoherdeiro dinstico, estava apto para assumir o

posto de Imperador, caso a monarquia vencesseno plebiscito.

INSTRUMENTO DE RENNCIA

Prncipe Dom Pedro de Alcntara de Orlans eBragana

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"Eu o Prncipe Dom Pedro de Alcntara LuizPhilippe Maria Gasto Miguel Gabriel Raphael

Gonzaga de Orleans e Bragana, tendo

maduramente refletido, resolvi renunciar aodireito que pela Constituio do Imperio do Brazilpromulgada a 25 de Maro de 1824 me compete Cora do mesmo Paiz. Declaro pois que por minha

muito livre e espontanea vontade delle desisto

pela presente e renuncio, no s por mim, comopor todos e cada um dos meus descendentes, a

todo e qualquer direito que a dita Constituio nosconfere Cora e Throno Brazileiros, o qualpassar s linhas que se seguirem minha

conforme a ordem de successo estabelecida peloArt. 117. Perante Deus prometto por mim e meus

descendentes manter a presente declarao."

Cannes 30 de Outubro de 1908

Assinado: Pedro de Alcantara de Orleans eBragana

Nota:

a) Esse ato de renncia foi emitido em trs vias eassinado na presena da Princesa Da. Isabel de

Orlans e Bragana, de jure Imperatriz do Brasil,e membros da Famlia Imperial.

b) Em 9 de novembro de 1908, a Princesa Isabelenviou uma das trs vias ao Diretrio Monrquico

do Brasil, no Rio de Janeiro.

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A Legitimidade Monrquica no Brasil por

Armando Alexandre dos Santos, Artpress, SoPaulo, 1988. (O autor genealogista).

Texto original:

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brasileira-se-e-que.html?spref=tw

Gutemberg Castro

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Postado por Gutemberg Castro no BOLETIM deHISTRIA IMPERIAL em 3/10/2013 05:27:00 PM

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