A psicopatologia psicanalítica: estrutura constituinte e os processos defensivos
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A psicopatologia psicanalítica: estrutura constituinte e os processos
defensivos
AutoresGabriel Inticher Binkowski
Felipe Bücker ChittoniLívia Zanchet
Orientadora: Marta Regina de Leão D’AgordDepartamento de Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de Psicologia
Drawing Hands, M.C. Escher, 1948 A Pesquisa
A pesquisa reflete a trajetória de três anos (2004-2006) de um grupo de pesquisa que nasce no acompanhamento e desenvolvimento de processos pedagógicos
(softwares de discussão, criação de textos e desenvolvimento de mapas conceituais, cartéis de escrita/pesquisa e monitoria acadêmica) nas disciplinas de Psicopatologia I e II
do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A pesquisa se origina de um diálogo entre os métodos de investigação do psicopatológico e os métodos de aprendizagem do psicopatológico. Ao longo desse
processo, desenvolvemos dois artigos científicos. O primeiro, sobre classificações na psicopatologia (Classes interativas e identificação em psicopatologia, disponível em:
http://www.fundamentalpsychopathology.org e outro sobre a produção do sujeito (em andamento), apresentações no SIC (três) e outros locais de intercâmbio científico.
Desenvolvimento
Partimos de uma razão histórica produtora dos dispositivos de classificações e classes na psicopatologia. Estas classes funcionariam como um nome com o qual o sujeito
se identificaria. Concluímos que o fenômeno de criação de novas categorias de classificação nosográfica relaciona-se à produção de novos fenômenos nos indivíduos. Novos fenômenos nos indivíduos produzem novas categorias de classificação, de onde inferimos que pesquisadores de psicopatologia, instituições de saúde e indivíduos que recebem algum tipo de diagnóstico estão inseridos em um circuito de recursividade. Nossa hipótese era de que isto decorre devido à própria estrutura subjetiva do sujeito: a
especularidade, e também pelo modo descritivo de construção dos sistemas classificatórios.
Era preciso então diferenciar estrutura psicopatológica de fenômeno psicopatológico.
Conclusões
Trabalhamos, então, com a distinção (tanto na leitura teórica quanto no trabalho clínico) entre estrutura constituinte do sujeito e processos defensivos (estes aparecem como
os fenômenos psicopatológicos).
Essa distinção permite operar na relação entre a observação dos fenômenos e o diagnóstico. No próprio campo da psicopatologia, a distinção também permite a construção de hipóteses diagnósticas que não funcionem de modo alienante para o indivíduo, já que
suas experiências não podem ser reduzidas a manifestações psicopatológicas.
Exemplo: a) O trabalho com a psicose em circunstâncias nas quais a crise não aparece.
b) A influência das ‘doenças da moda’ (como Transtorno Bipolar ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) na experiência subjetiva das pessoas.
c) Mediação simbólica entre o diagnóstico (que trabalha com a estrutura do sujeito) e os fenômenos.
O método estruturalista e o fenomenológico nos orientam para desenvolvimentos ulteriores do nosso trabalho.