A Profecia da Babilônia Livro 03 - Tim Lahaye 303p.

8/14/2019 A Profecia da Babilônia Livro 03 - Tim Lahaye 303p.

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TIM LAHAY E&

BOB PHILLIPS

A PROFECIA DABABILÔNIA



Livro 03A CONSPIRAÇÃO

EUROPATrad!"o DÉBORA #i$ar"% Iidoro

Para todos aqueles cujo estudo das profecias da Bíblia os fez antecipar arestauração do antigo Império Romano. Esse cenrio mostra uma dasmaneiras pelas quais ele pode se materializar em nosso tempo.

Best!eller



PREF'CIO Tim Lahaye

Uma das profecias do Fim dos Tempos cuja realização os estudiosos daBíblia anteciparam há mais de cem anos foi o renascimento do antigomp!rio "omano# $or%ue esse imp!rio nunca foi substituído por outrodomínio mundial& como os tr's imp!rios anteriores mencionados pelo

grande profeta hebreu (aniel& muitos escre)eram e pre)iram %ue "omaressurgiria nos *ltimos dias# +ssas e,pectati)as t'm por base os -apítulos.& / e 0 de (aniel& os )ersos finais do -apítulo 11 e a "e)elação 12#3inte e cinco anos depois da 4egunda 5uerra 6undial estudiosos começamrealmente a se agitar com toda a con)ersa sobre o 6ercado -omum+uropeu& os +stados Unidos da +uropa& o sistema bancário inspirado naFrança e na 7lemanha e o eurod8lar& já implantado# Lembro9me de como osestudiosos das profecias ficaram e,citados %uando o n*mero de +stadoseuropeus subiu para oito& alguns especulando abertamente se chegariam

aos dez para coincidir com os dez dedos dos p!s& ou as dez coroas de(aniel& ou as dez cabeças da "e)elação 12# $or!m& um sil'ncioensurdecedor tem pre)alecido desde %ue os n*meros ultrapassaram os)inte +stados da +uropa& mesmo depois do recente re)!s :%ue pode tersido at! uma redução no ritmo;& %uando os po)os da França e da <olanda)otaram contra a no)a -onstituição europ!ia#7 +uropa está cansada de guerra= "eunir9se em uma união go)ernamentalcorporati)a faz muito mais sentido para a%ueles países# 7 paz ! preferí)el >morte %ue marcou a +uropa antes mesmo de ?apoleão Bonaparte& há mais

de duzentos anos# @ %ue os líderes europeus não percebem ! %ue estão secolocando e,atamente nas mãos dos conspiradores %ue planejam dominaro mundo& ou& pelo menos& preparar a dominação do mundo pre)ista pelosprofetas do 3elho e do ?o)o Testamento#@ her8i da nossa s!rie& (r# 6ichael 6urphy& ! tanto um estudioso dear%ueologia %uanto das profecias& algu!m %ue sabe sobre o )erdadeirogo)erno do fim dos tempos e o A<omem do $ecadoA& o AFilho da $erdiçãoA&ou& como muitos se referem a ele& o A7nticristoA& %ue será seu líder#?este li)ro fascinante 6urphy )i)e acontecimentos arrepiantes para

protelar a tarefa de Talon :%ue pode ser o mais cruel terrorista na hist8riada ficção; e dos 4ete para %uem ele trabalha# +les estão tentandoestabelecer um 5o)erno 6undial Uno& sistemas religiosos e comerciais %uelhes darão o controle sobre o homem na Terra# +les podem ou não saber%ue pa)imentam o caminho para esse 7nticristo mencionado por tantosprofetas antigos# 6urphy descobre o segredo de sua concepção %uasemilagrosa& %ue indica %ue ele já pode ser um residente do planeta Terra#?esse processo& nosso her8i ! marcado para a e,tinção pelo grupo maisimplacá)el já reunido#

6al sabem %ue estão preparando o mundo para o homem %ue ! mais cruel%ue eles# Felizmente para a humanidade& 6urphy está a par e pronto paraagir#



U$

$"6+"@ <@U3+ U6 estalo### depois uma combinação de rajada de )ento epuro terror# Trezentos metros de espaço )azio separa)am 6urphy do riofurioso e da morte instantnea#$or uma fração de segundo ele ficou suspenso no ar como uma águia %ueplana# (epois& a gra)idade se impCs# 7 adrenalina inundou seu corpo e eleapertou o cabo com mais força# @s dentes se chocaram e& %uase semrespirar& ele se segura)a com desespero#Duando 6urphy se apro,imou pela primeira )ez da garganta de E metrosde largura& ele )iu dois cabos atra)essando o espaço presos a ár)ores de

ambos os lados# @ primeiro cabo era bai,o& pr8,imo do chãoG o segundofica)a uns . metros acima do primeiro# $endurado no centro do cabosuperior ha)ia o %ue parecia ser um en)elope pardo dançando > brisasua)e#Ele balançou a cabeça. "quele de#ia ser o pr$mio.6urphy apro,imou9se da beirada& le)antou a mão& agarrou o cabo mais altoe pu,ou com força# %uito esticado.-auteloso& ele se debruçou para olhar al!m da beirada# 7 )isão do poderosorio 7rHansas mais de 2II metros abai,o %uase o dei,ou sem ar#

&uer mesmo continuar' %urp()* Por mais que ame a#entura' um dia%atusalém ainda o le#ar + morte.+le estudou o ambiente com atenção& procurando at! o menor mo)imento#+mbora não pudesse )er ningu!m& a pele se arrepia)a com a sensaçãomisteriosa de ser obser)ado#"espirou fundo algumas )ezes& depois& bem de)agar& começou a se mo)erpelos cabos# 4egurando o cabo superior com as mãos e apoiando os p!s nocabo inferior& balançou algumas )ezes para testar a resist'ncia dos apoios#+n%uanto começa)a a se locomo)er& ele percebeu %ue tinha dois

problemasJ o mo)imento para cima e para bai,o e o para a frente e paratrásG este *ltimo& em particular& coloca)a mais peso em suas mãos %uandoos p!s não esta)am diretamente sob o corpo# 4e ti)esse de usar a força dametade superior do corpo para percorrer os .. metros at! a metade docaminho& o trajeto de )olta seria muito longo#Logo percebeu %ue não era uma boa ideia olhar para bai,o& para adistncia de 2II metros at! o rio#,oncentre-se no en#elope e não em balançar para a frente e para trs.6urphy le)ou %uase 1 minutos para chegar ao en)elope# Duanto mais se

apro,ima)a do centro da garganta& mais o mo)imento dos cabosaumenta)a e mais o peso de seu corpo no cabo inferior fazia aumentar adistncia entre os dois cabos# 6esmo com 1&0Km de altura& agora elemantinha os braços %uase totalmente estendidos acima da cabeça#! mais / metro' ele pensou& a fim de recuperar a confiança#



6urphy sorria para si mesmo ao entrar em sua )aga reser)ada noestacionamento do campus da Uni)ersidade $reston# -hegar cedo da)a aele preciosos minutos de solidão nos %uais poderia reorganizar ospensamentos antes de começar as aulas#0ma boa noite de sono... tima 1ícara de café... e uma radiante man(ã desol sem nu#ens no céu... é mara#il(oso estar #i#o.@ gramado e as ár)ores bem9cuidados compunham um contraste fabuloso

com o c!u azul# @ cheiro das magn8lias perfuma)a o ar# 6urphy ha)iaaprendido a amar o estilo de )ida do sul# + tamb!m suas aulas dear%ueologia bíblica# +m tr's anos& o curso esta)a entre os mais popularesda Uni)ersidade# +ra grato pela oportunidade de poder combinar o amorpela ar%ueologia e o amor pela Bíblia# Todos pareciam gostar de suas aulas#

Todos& e,ceto o diácono 7rcher Fallorth#6urphy ergueu o olhar %uando 4hari entrou na sala& os olhos )erdes cheiosde energia#

— $arece muito feliz para uma assistente %ue se atrasou para o trabalho M

ele pro)ocou# — +u teria chegado mais cedo se não fosse forçada a parar para pegar asua correspond'ncia M ela respondeu& sorrindo e dei,ando uma pilha decartas& re)istas e uma pe%uena cai,a sobre a mesa#7 cai,a embrulhada em papel pardo chamou a atenção de 6urphy# ?ãoha)ia endereço para de)olução& apenas o nome Tyler 4cott comoremetente# + não fazia som algum %uando ele a sacudia#4hari fingia estar ocupada& mas 6urphy nota)a %ue ela obser)a)a a cai,a#$odia ser algum no)o artefato de uma terra distante# +la era uma

ar%ue8loga dedicada& e e,tremamente curiosa# -omo adora)a pro)ocá9la&6urphy dei,ou a cai,a de lado e )oltou a ler as anotaçNes %ue prepararapara as aulas da%uele dia#

— ?ão )ai abrirO M perguntou 4hari# — 7brir o %u'O — 3oc' sabe o %u'# <á uma tesoura na ga)eta#6urphy riu e pegou a tesoura para abrir a cai,a# 4hari inclinou a cabeça&obser)ando atenta %uando ele tirou um cartão cuja mensagem leu em )ozaltaJ

0ma bela #isão'Real prazer e alegria.2iajar + noite não%as + luz do dia.Ele espera #oc$ c(egar3

"lém das portas da entrada4 ele aguarda.Ele espera #oc$ c(egar3

Porque até #oc$' ele não pode ir.Para ele o tempo é lento.Ele espera #oc$ c(egar3!eu nome foi escol(ido.Ele é 5)ler !cott.



Ele espera #oc$ c(egar.0se o cérebro' acenda na intelig$ncia a centel(a.6s espan(is dão a isso tal nome pela cor #ermel(a.Ele espera #oc$ c(egar.

M Due coisa estranha M comentou 4hari intrigada# M @ %ue podesignificarO

— 7cho %ue significa encrenca# — +ncrencaO — Duem mais mandaria um enigma estranho e anCnimoO7 curiosidade de 4hari deu lugar > ansiedade#

— 7cha %ue foi 6atusal!mO — Boa dedução& 4hari# + me pergunto o %ue ele planeja agora#6urphy esta)a bem perto para alcançar o en)elope pardo %ue dança)a ao)ento# 7 mão es%uerda sustenta)a todo o peso do corpo no cabo superior&en%uanto usa)a a direita para pegar o en)elope#

+le colocou o en)elope dentro da camisa& pela gola& por medida desegurança& depois agarrou o cabo no)amente com ambas as mãos# 7p8srespirar fundo algumas )ezes& começou a caminhar cuidadosamente de)olta pelos cabos para o ponto de partida#

— +stá se di)ertindo& (r# 6urphyO +u sei %ue está# M 7 )oz de 6atusal!mecoou forte& %uase dese%uilibrando 6urphy#(e onde )inha o somO 6urphy olhou em )olta& mas& com o estrondo dacorrenteza do rio lá embai,o e o pulsar do sangue em sua cabeça& nãopodia nem ter id!ia#

— 7cho %ue at! agora isso foi fácil demais para )oc'# ?ão concorda comigo&(r# 6urphyO6urphy tentou redobrar os esforços para chegar mais depressa >segurança da terra firme& al!m do limite da garganta#7 gargalhada de 6atusal!m ecoa)a& partindo das rochas pr8,imas#

— (e)agar& 6urphy# ?ão precisa correr#Foi %uando o cabo sob seus p!s cedeu# nstantaneamente& todo o peso docorpo foi transferido para as mãos e os braços& e ele ficou pendurado sobreo precipício#

Trabalhando freneticamente& 6urphy conseguiu balançar as pernas& ele)á9las& e apoiar o tornozelo direito& depois o es%uerdo& no cabo superior# 7goraesta)a pendurado sobre o precipício pelos p!s e pelas mãos#

— Duanto tempo acha %ue consegue ficar aí pendurado& (r# 6urphyO Mperguntou 6atusal!m& rindo#

— @ suficiente para me mo)imentar pelo cabo e torcer seu pescoço= Mgritou 6urphy#

— @ra& ora& doutor& parece %ue está um pouco aborrecido# 3amos )er sepodemos tornar essa situação um pouco mais interessante para )oc'#

7s gargalhadas de 6atusal!m ganharam força& e de repente o cabosuperior estalou# 6urphy sentiu %ue esta)a caindo#M Tem alguma id!ia do %ue significa o enigmaO M perguntou 4hari& com atesta franzida& o indicador enrolando uma mecha do cabelo preto#



— ?ão& mas tenho certeza de %ue ! uma de suas mensagens cifradas#3amos ter de decifrá9la por partes#

— Bem& ele repete A+le espera )oc' chegarA cinco )ezes# (e)e ter algumsignificado#

— (e)e ser um pensamento9cha)e# 3amos começar pelo *ltimo )ersoJ AUseo c!rebro### os espanh8is dão o nome### pela cor )ermelha#A

— +ssa pala)ra espanhola poderia ser o nome de um estadoO -oloradoO — +,celente& 4hari# + esse Tyler 4cott %ue ele cita foi escolhido# — Tal)ez tenha sido escolhido para chegar atrasado ao trabalho depois deparar para pegar correspond'ncia perigosa#6urphy riu#

— +le pode ter sido escolhido pela polícia# $ense nessa fraseJ A4eu tempo !lento#A +le pode estar contando o tempo dentro da prisão#

— Faz sentido& se pensarmos %ue ele fala em Aal!m das portas de entradaAe diz %ue Aele não pode ir at! )oc'A& por isso )oc' de)e ir encontrá9lo# +%uanto a Auma bela )isão& real prazer e alegriaAO @ %ue acha %ue pode

significarO — <mmm### -olorado# $risão# Bela )isão# "eal prazer#6urphy anda)a pela sala& repetindo as pala)ras e passando a mão pelacabeça# (e repente& parou e olhou para ela#

— 7cho %ue decifrei# — Bem& não faça suspense# +m %ue está pensandoO — Duando criança& esti)e no -olorado com meus pais# Fomos de a)ião a(en)er e alugamos um carro para e,plorar o estado# 7 )iagem durou maisde um m's# +m uma dessas e,pediçNes& fomos a -olorado 4prings e $iHes

$eaH# (e lá seguimos at! uma cidade chamada $ueblo# P oeste de $ueblofica -anon -ity# $or %ue acha %ue o lugar ! famosoO — $elos canhNesO — ?ão# Q famoso pela $enitenciária +stadual de -anon -ity# + o lugar temuma hist8ria bizarra#

— Bizarro parece um termo perfeito para associar a 6atusal!m# Q o tipo delugar %ue ele aprecia# (e)ia ir morar lá para sempre#

— 7 penitenciária foi a origem da 6á%uina de +nforcamento Faça 3oc'6esmo# Um dos prisioneiros projetou uma plataforma autoacioná)el %ue

elimina)a a obrigatoriedade de uma e,ecução formal# @ pr8prio condenado> morte pu,a)a a ala)anca# 7 má%uina funciona)a com uma s!rie deengrenagens# +las aplica)am uma pressão de 12I %uilos > corda# 7 pressãopu,a)a o prisioneiro para cima& %uebrando imediatamente seu pescoço#

Todos acredita)am %ue era melhor do %ue ser lentamente estrangulado naponta da corda#

— ?ossa= $ara mim não parece nada melhor M e,clamou 4hari# — @s prisioneiros %ue aguarda)am a e,ecução tamb!m não gostaram daideia# +ntão& foi instalada a primeira cmara de gás do -olorado& e a

chamaram de 4uíte de "oy& em homenagem a "oy Best& carcereiro dapenitenciária# 4eu mais famoso prisioneiro foi 7lfred $acHer& o primeiroA<annibal& o -anibalA# Foi preso por comer carne humana#



— @nde consegue esse tipo de informaçãoO M 4hari sabia %ue a mente de6urphy esta)a cheia de estranhas tri)ialidades# Ps )ezes& os dadosaparentemente confusos a le)a)am > loucura#

— @ %ue isso tem a )er com o cartãoO — 3ou chegar lá# $erto de -anon -ity há a "oyai 5orge### $ercebeO Umabela )isão### real prazer# 7 mais alta ponte suspensa do mundo atra)essa agarganta a uma altura de 2.I metros# 4entir a ponte se mo)er nos cabos e

a superfície balançar sob os pneus do carro ! uma e,peri'ncia incrí)el# 7olado da ponte há um telef!rico com trilhos em uma das inclinaçNes maisíngremes já construídas# +m alguns pontos a distncia entre as paredes dagarganta ! de apenas no)e metros# Q realmente espetacular= Foi criado umpar%ue de di)ersNes no local# 7posto um manuscrito em snscrito como

Tyler 4cott ! prisioneiro na $enitenciária +stadual de -anon -ity# 4hari&telefone para a prisão e )erifi%ue se eles t'm lá um interno chamado Tyler4cott# ?a pr8,ima semana as aulas serão suspensas para o recesso deprima)era& e preciso de f!rias#

6urphy ou)iu um zumbido& depois o som da porta de metal deslizando e sefechando atrás dele# +sta)a em um cubículo com uma cadeira de madeiradiante de uma )itrina de )idro de E centímetros de espessura# ?a paredeao lado da )itrine ha)ia um telefone#6urphy olhou em )olta# 7 pintura )erde esta)a descascada e riscada#?omes e mensagens ha)iam sido rabiscados na superfície )elha# 7impressão %ue se tinha era de %ue o lugar não era pintado ha)ia )inteanos#(epois de outro zumbido abafado Tyler 4cott entrou no aposento do outro

lado do )idro# 7lto e magro& )estindo o uniforme da penitenciária& omacacão cor de laranja& aparenta)a ter ./ anos de idade# @s cabelos loirosesta)am despenteados#6urphy pegou o telefone#

— 6eu nome ! 6ichael 6urphy M disse a 4cott# M 3ou direto ao ponto# ssopode soar estranho& mas acredito %ue )oc' possa ter uma mensagem paramim# +stou enganadoO

— ?ão recebo muitas )isitas# 7t! meus pais pararam de )ir& há cerca de umano# +les )i)iam repetindo %ue eu nunca seria nada na )ida# (izem %ue sou

um fracassado# M (epressão e desespero desenharam linhas profundas norosto ainda jo)em# M ?ão sei o %ue tudo isso significa# — ?em eu M reconheceu 6urphy# — <á dois meses um estranho )eio me )isitar# +le me disse %ue um homemgrande chamado 6urphy pro)a)elmente )iria e me perguntaria sobre umamensagem# +le me dei,ou algum dinheiro para comprar re)istas e cigarros#

— -omo ele eraO — 7lto& uns sessenta e poucos anos& com cabelos grisalhos e muitas rugas#$arecia ter passado muito tempo e,posto ao sol# 7h& sim& ele manca)a um

pouco ao andar# ?otei %uando se le)antou para ir embora# 7 )oz dele eradiferente# +le ria en%uanto fala)a# +s%uisito& se %uer saber minha opinião# — Dual era a mensagemO — 6eus cigarros acabaram& senhor#6urphy sorriu#



— 3ou dei,ar dinheiro para )oc' comprá9los# — @brigado# +le disse para ir ao lado norte do "oyal 5orge& depois dopar%ue de di)ersNes# + para seguir o cnion por tr's %uilCmetros para ooeste# @ cnion )ai ficar mais estreito# $rocure pelos cabos# Foi isso# ?ãoentendi nada#

— ?ão faz sentido para mim tamb!m& mas agradeço a ajuda# $or %ue estápresoO

— 7ssalto > mão armada# Uma loja de con)eni'ncia# — Duanto tempo de sentençaO — 6ais tr's anos# +stou estudando mecnica a%ui# +spero conseguir umemprego %uando sair#

— Tenho certeza de %ue )ai conseguir# 7l!m do dinheiro& )ou dei,artamb!m um li)ro com os guardas# 7cho %ue& com ele& )ai poder criar uma)ida no)a para )oc'#7ntes de sair& 6urphy dei,ou dinheiro e uma Bíblia para Tyler 4cott# +le pCsum bilhete entre as páginas sugerindo %ue o rapaz começasse a leitura

pelo +)angelho de Roão#+n%uanto dirigia pelos 1 %uilCmetros de -anon -ity a "oyai 5orge& 6urphytinha a mente inundada por recordaçNes# Lembrou9se do pai le)ando9o pelaestrada de ferro %ue corria no fundo da garganta# +les ha)iam almoçado notrem e )iajado nos carros abertos de obser)ação& apreciando o cnion debai,o para cima# @ melhor do passeio& para ele& fora atra)essar a pontesuspensa de trilhos a bordo do trem#Eu me di#erti muito com meu pai. !e 5)ler !cott ti#esse um pai dedicado'sua #ida seria diferente*

6urphy estacionou o carro e pegou a mochila& pensando no %ue poderiaencontrar pela frente# +le atra)essou a ponte suspensa e seguiu para oesteacompanhando o traçado da garganta& dei,ando para trás o par%ue dedi)ersNes e as pessoas# Logo ficou sozinho#<a)ia es%uecido como eram lindas e majestosas as montanhas do-olorado# (e )ez em %uando& ele para)a e olha)a para o fundo dagarganta# Tudo esta)a %uieto# @u)ia apenas o som das botas no solo& umaa)e ocasional e o barulho das corredeiras lá embai,o#Preciso fazer isso mais #ezes. 7 algo de terap$utico em estar sozin(o e

cercado pelas criaç8es de 9eus.48 uma das pontas do cabo superior permanecia presa# 6urphy balança)aacima do cnion como um p'ndulo humano# +m poucos momentos ele sechocaria contra a parede de um lado ou do outro da garganta#-om os braços e as pernas enroscados no cabo& 6urphy reza)a parapermanecer preso depois do cho%ue# Rá podia )er as rochas na parede depedra& tal a pro,imidade %ue esta)a delas#(e repente& a posição do cabo mudou# @lhando para cima& 6urphypercebeu %ue ficara preso em uma pedra saliente e gigantesca& o %ue

conte)e a amplitude do mo)imento# @ impacto de 6urphy contra a paredefoi com os braços e as pernas& não com a cabeça& e ele se mante)eagarrado ao cabo# 6as o pnico ameaça)a dominá9lo %uando ele foilançado para o outro lado#: 6(' 9eus3 Estou escorregando3 "jude-me3 — gritou.



(epois de escorregar uns S metros pelo cabo& conseguiu deter a %ueda# 7smãos esta)am feridas# 4abia %ue não ha)ia nenhuma possibilidade de sairda%uela gargantaG o topo parecia estar trinta metros acima dele# 7 *nicaesperança de sobre)i)'ncia era escalar o cabo at! o patamar rochoso logoacima dele M e depressa& antes %ue perdesse totalmente as forças#6urphy esta)a e,austo %uando alcançou o patamar rochoso e se pCs emsegurança# $ermaneceu deitado por algum tempo& respirando

profundamente# Duando a respiração se normalizou& ele olhou em )olta#+sta)a sobre uma plataforma de pedra de cerca de . metros de largura e1&.I metro de comprimento na área plana# @ restante era íngreme demaispara tentar se e%uilibrar# +le içou o cabo e o enrolou em uma rocha# ?ão%ueria perder sua *nica ligação com o topo do desfiladeiro#7s mãos ensanguentadas tremiam )iolentamente en%uanto& tirando amochila das costas& ele pega)a duas barras energ!ticas e a garrafa deágua#5udo bem' %urp(). 2oc$ est #i#o. "calme-se.

?ão tinha forças se%uer para remo)er a tampa da garrafa#Estou ficando #el(o demais para isso. !e eu puser as mãos em %atusalém'

juro que #ou mat-lo. 6u' pelo menos' surr-lo até que esteja quase mortoepare com sua risada irritante.6urphy sabia %ue precisa)a recuperar as forças para poder subir ao topodo cnion# (epois de comer as barras energ!ticas e beber água& ajeitou amochila sob a cabeça e se deitou para dormir um pouco#9eus' obrigado por ter poupado min(a #ida. Por fa#or' d$-me força ecoragem para sair daqui.

Foi o som de um falcão %ue plana)a pelo cnion %ue acordou 6urphy# +lese sentou e tentou a)aliar a situação# 4eus olhos seguiram o cabo at! ondeera possí)el a)istar o limite do cnion e a segurança al!m dele# 4abia %uenão podia chegar lá escalando o cabo de aço# Tamb!m não podia ficarna%uela plataforma& > merc' de 6atusal!m# 6as tinha alguns recursos#"etirou o cinto e fez com ele um n8 pr*ssico& com uma )olta onde pudesseencai,ar a mão# -om as alças da mochila& formou mais dois n8s id'nticos elaçadas de apoio# (epois de entrelaçar os n8s no cabo& preparando9se parao %ue esta)a por enfrentar& começou a longa escalada at! a beirada do

precipício#6urphy sustentou o peso do corpo na mão direita& presa na laçada# -om aes%uerda& mo)eu os n8s pr*ssicos atados aos p!s& apoiando9se neles edeslizando o cinto pelo cabo# +le continuou esse processo como umalagarta se mo)endo pelo galho de uma ár)ore& e le)ou %uase duas horaspara chegar ao topo#Duando 6urphy finalmente se deitou no chão > beira da garganta e fezuma prece de agradecimento& 6atusal!m não esta)a ali para ser )isto M ouou)ido# Tal)ez ti)esse presumido %ue ele não )oltaria ao topo do penhasco

com )ida# @u& mais pro)a)elmente& se entediara# " e1citação não fora suficiente para ele' %urp() pensou' furioso.7o olhar em )olta& )iu algo na base da ár)ore em %ue os cabos ha)iam sidopresos# 4obre uma rocha ha)ia uma balança de bronze# ?*meros demadeira %uebrados foram dei,ados nos dois pratos da balança# @s n*meros



1 e . esta)am %uebrados ao meio# 6etade de cada um deles foi posta emcada prato da balança# ?o cartão dei,ado sob a balança algu!m escre)erauma mensagemJ

B7BL?7 M 2/ 6+T"@4 ("+T76+?T+7 ?@"(+4T+ (7 -7B+7

%urp() balançou a cabeça. %atusalém' #oc$ ainda não acabou com os jogos'

não é* Bem' pelo menos confia#a que eu sobre#i#eria a seus truquesest;pidos'6urphy praticamente es%uecera o en)elope pardo dentro da camisa# +le opegou e abriu com cuidado& sem conseguir determinar seu conte*do#ntrigado& )irou o en)elope sobre a palma da mão#<esso*

DOIS

A (idad% d% A()dia* +0 ,i-.$%/ro d% Bai-.1ia* 23 a4C4= I<0R"! !6%BRI"! !E esgueira#am pela cidade adormecida. "lgumas iamaos pares' mas a maioria seguia sozin(a. 5odas' porém' conscientes do

perigo. " cada esquina ol(a#am em #olta' ner#osas' para #erificar se eramseguidas. !e descobertas' certamente seriam decapitadas. %as f;ria egan>ncia supera#am o medo da morte e as impeliam ao local da reunião.=azia frio e era noite a#ançada. " lua minguante e o céu encoberto pornu#ens cria#am sombras intensas. " cobertura perfeita de que precisa#am.

4atidos esparsos de cac(orro quebra#am o sil$ncio.?ão (a#ia luzes para receb$-los no edifício do qual se apro1ima#am. "psuma batida codificada' a porta foi aberta e eles entraram no espaçosoaposento iluminado por algumas tr$mulas lamparinas.6s c(eiros de al(o' curr) e odores corporais se mistura#am no ar. 7omensde barbas longas e ol(os escuros e ner#osos senta#am-se sobre tapetesorientais' a luz tremeluzente projetando sombras sinistras em seus rostos eturbantes de cores bril(antes. "lguns sussurra#am furiosos uns com osoutros. 6utros permaneciam quietos. " maioria parecia muito ansiosa eapreensi#a.6 strapa da pro#íncia de !usa' "bd al Ras(id' um (omem atarracado com(lito desagrad#el' foi o ;ltimo a entrar. 6s go#ernadores "bu Ba@ar e7usam al 9in o cumprimentaram com um mo#imento de cabeça. 5odosol(aram para os go#ernadores. 7usam al 9in foi o primeiro a falar.

— 5emos fontes pr1imas ao rei 9ario informando que ele planeja promo#ero #el(o (ebreu ao posto de c(efe administrati#o de seu gabinete. ?ão

podemos permitir que isso aconteça. !e ele for indicado para noscomandar' nossa operação inteira ser afetada.

"bu Ba@ar acrescentouA — Ele não é (omem passí#el de suborno ou corrupção. muito (onesto.6utros j tentaram e foram mortos por isso. Precisamos de um plano paratorn-lo desacreditado aos ol(os do rei 9ario.



Essas pala#ras de abertura causaram burburin(os. Cadar al Careemle#antou a mão.

— 6 #el(o (ebreu é fiel a 9ario. pouco pro##el que possamos acus-lode deslealdade. Porém' pode (a#er um meio. 6 #el(o é seguidor de Deo#.!ua de#otada fé religiosa pode ser distorcida e usada contra ele.Precisamos con#encer o rei de que o 9eus do #el(o é' de alguma forma'contrrio a 9ario.

9aniel termina#a sua refeição de fruta e pão quando seu ajudante entrouna sala.

— %estre' o rei 9ario en#iou um mensageiro com uma ordem. Ele con#ocameu sen(or e os outros dois go#ernadores e seus /F strapas para umareunião no palcio real daqui a quatro dias.

— 6 mensageiro informou o assunto da reunião* — ?ão' s mencionou que 9ario #ai criar uma no#a lei. !er uma leiirre#og#el dos medas e persas.9aniel balançou a cabeça lentamente.

— Espero que ele pense com muito cuidado nessa no#a lei. Em meus GHanos' #i muitos reis se arrependerem por terem apro#ado uma lei que não

podiam mudar. " multidão silenciou ao som da trombeta. 5odos ol(aram para a porta'aplaudindo a entrada de 9aniel.9aniel sorriu e cumprimentou com um gesto de cabeça os (omens em#estes coloridas enquanto camin(a#a para seu lugar ao lado do rei. Em seu>mago' sabia tratar-se de uma encenação. 6s (omens na sala sorriam eaplaudiam' mas ele sentia o dio e o ci;me do grupo. 7a#ia descoberto seu

sistema secreto de corrupção. Eles sabiam que 9aniel poderia desmascar-los a qualquer momento. 5in(a plena consci$ncia de que aqueles (ipcritaseram seus inimigos políticos.

" guarda real começou a entrar no grande salão pela porta atrs do trono.%uitas trombetas soaram' e todos se le#antaram silenciosos.

"plausos ruidosos receberam o rei 9ario' que entrou no salão sorridente eacenando. As #estes #ermel(as com bordados dourados mal cobriam ocorpo atarracado' redondo.9epois do que pareceu uma eternidade' 9ario finalmente se sentou e

bai1ou o cetro. — =ui informado de que todos #oc$s se reuniram e c(egaram a uma decisãoun>nime e mara#il(osa e que a trazem (oje aqui como sugestão :declarou.6 qu$* 9aniel não fizera parte da reunião. Ele sabia que (a#ia algo deerrado.!orrindo' 9ario continuouA

— "precio a lealdade e a intenção de (onrar-me como rei. Por isso'apro#arei uma no#a lei que ter #alidade pelos pr1imos trinta dias. !er

uma lei irre#og#el dos medas e persas. Ela não ser anulada por nen(umarazão. ?os pr1imos trinta dias' qualquer um que reze para qualquer deusou (omem' + e1ceção de mim' ser jogado na co#a dos le8es.9aniel entendeu imediatamente qual era o plano.



9ario c(amou os escribas e assinou o decreto' sob os aplausos fer#orososda platéia : e1cetuando um (omem.

6 leão desmoronou com um rugido feroz' enquanto 9aniel caía de costas.Ele le#ou poucos segundos para recuperar o flego. 9epois de recobrar asforças' tentou focar a atenção. " ;nica luz que penetra#a no co#il #in(a doburaco no teto' a abertura pela qual ele fora jogado ali.

6 c(eiro dos le8es e seus e1crementos era insuport#el. Era difícil respirar.6l(ando em #olta' #iu os ol(os estreitos e amarelados dos felinos que oobser#a#am com surpresa. 0m dos mac(os' um animal enorme' começou arugir' e foi logo imitado pelos outros. 6 som era ensurdecedor... eaterrorizante.9aniel sentia o medo in#adindo seu corpo. 2ira le8es antes' mas s em

jaulas. "gora não (a#ia grades... apenas uns trinta le8es se mo#endo emtorno dele' a poucos metros de dist>ncia.

— 6eu (eus& eu ser)i fielmente# $or fa)or& d'9me força para enfrentar a

morte hoje# " prece de 9aniel foi interrompida pela #oz #inda do alto. 9ario. 9aniel podia ou#ir o tormento na #oz do rei. — 9aniel3 %eu coração se angustia. 5entei sal#-lo' mas não pude. &ue seu9eus' a quem #oc$ ser#e continuamente' possa resgat-lo3 "deus' meu fielser#o.

"ntes que pudesse responder' ele ou#iu outro som : o arrastar da pesada pedra que cobria o buraco atra#és do qual ele (a#ia sido jogado. " guardareal a de#ol#ia ao lugar.

Escribas logo c(egariam com a cera derretida que despejariam em umae1tremidade da pedra. " cera escorreria da pedra para o solo e formariauma poça. &uando esti#esse prestes a secar' 9ario e alguns de seusnobres usariam seus anéis para dei1ar as impress8es que significa#am airre#og#el lei dos medas e persas. &uem rompesse o lacre e tentasseresgatar 9aniel' seria condenado imediatamente + morte.,om a roc(a cobrindo a abertura do buraco' apenas por pequenas frestas aluz penetra#a no co#il. 9aniel podia ou#ir os le8es se mo#endo + sua #olta.9e #ez em quando' um animal o assusta#a com um rugido. &uando

começaria o ataque*Por cerca de /H minutos ele permaneceu sentado no meio do co#il' com osbraços em torno dos joel(os' balançando ner#oso para a frente e para trs'e orando. 6 coração quase saltou do peito quando a cauda de um leão oatingiu no rosto e a enorme criatura passou por ele.%eia (ora se passou antes que 9aniel percebesse que os le8es poderiamnão atacar. Ele começou a se mo#er de#agar. "o se apro1imar de uma

parede' sentiu que pisa#a em ossos. 6ssos (umanos. Imaginar a cenadespertou nele >nsias de #mito. =inalmente' ele encontrou a parede'

apoiou as costas contra ela e ou#iu.Era possí#el escutar os le8es se mo#endo na escuridão. 9e #ez em quando'sentia o (lito e os bigodes de um animal que o fareja#a. Era umae1peri$ncia ener#ante ao e1tremo. Ele continua#a antecipando os dentesafiados e a dor que se seguiria ao (lito momo.



9aniel pensou em como se sentira ao ou#ir pela primeira #ez sobre o maisrecente decreto de 9ario. !oubera que os strapas e os go#ernadores(a#iam criado uma armadil(a para ele' porque todos tin(am consci$ncia deque ele não seria capaz de rezar para 9ario. Deo# era o ;nico e #erdadeiro9eus do céu e da 5erra. ?inguém mais merecia idolatria. Especialmente um(omem pequenino' gordo' com um ego gigantesco' orgul(oso e arrogante.Ele se lembrou de como a delegação de strapas in#adira seus aposentos

quando ele ora#a. Eles o agarraram e le#aram + presença de 9ario'dizendo ao rei que 9aniel esti#era rezando para Deo# e pedindo !ua ajuda.6 rosto de 9ario fora tomado por intensa palidez quando percebeu que(a#ia sentenciado + morte seu mais fiel líder. 6 rei passara o dia emdesesperadas tentati#as para sal#ar a #ida de 9aniel' mas' finalmente'9ario (a#ia recon(ecido que não (a#ia como re#ogar sua lei.9aniel sentiu que a consci$ncia lentamente o abandona#a com o passar dotempo' e seus pensamentos se #oltaram para a primeira #ez em queesti#era na Babilnia.

T"V4

M T+?<@ 7 impressão de %ue algu!m con)ersou comigo na semanapassada sobre chegar atrasado ao trabalho# M 4hari& )estindo o a)entalbranco& nem le)antou o olhar do microsc8pio %uando 6urphy entrou nolaborat8rio#+le sabia %ue a moça fingia não sorrir#

— Fico feliz por perceber %ue está aprimorando sua capacidade de

obser)ação M ele respondeu#+la o encarou e sorriu#

— @ %ue ! esse arranhão na sua cabeçaO M perguntou preocupada# M 7sf!rias foram agitadas demaisO

— Uma pedra me atacou# — Q claro# +la saltou do chão e correu atrás de )oc'# — ?a )erdade& eu corri ao encontro dela#4hari o obser)ou mais atenta& s!ria#

— + os ferimentos nas mãosO Lutou bo,e com a pedraO

— (igamos %ue sim#7 con)ersa de tom bem9humorado logo tornou9se s!ria# — sso não tem nada a )er com 6atusal!m& não !O+ram pala)ras %ue Laura diria# (esde %ue ela morrera& 4hari ha)iaassumido a tarefa de se preocupar com ele#6urphy mudou de assunto# ?ão %ueria e,plicar a e,peri'ncia de %uase terido ao encontro da morte# ?ão %ueria ou)ir todo a%uele discurso sobre ter%ue ficar longe de 6atusal!m#

— Trou,e algo %ue %uero %ue )eja M ele disse& mostrando o en)elope

pardo#4hari esta)a curiosa# +la sabia %ue 6urphy não ia falar sobre o %ueacontecera& por isso pegou o en)elope e perguntouJ

— @ %ue !O — Uma surpresinha# Duero %ue me diga o %ue acha disso#



+la despejou o conte*do do en)elope em uma folha de papelsobre a bancada de trabalho# @ cho%ue de 6urphy contra a parede ha)iatriturado o gesso# @lhando as partículas bem de perto& ela comentouJ

— @h& a prop8sito& Bob Wagoner telefonou antes de você chegar atrasado paratrabalhar. +le pediu para )oc' ligar de )olta#6urphy sorriu e foi para o seu escrit8rio#

5UATROB@B 7-+?@U $7"7 6urphy de sua habitual mesa ao fundo# 6urphy sorriu erespondeu ao aceno& pensandoJ A4omos todos criaturas de (bitos.J+les trocaram um aperto de mão e 6urphy se sentou no banco de )inil)erde# 7 decoração do 7damXs 7pple (iner não ha)ia mudado desde ainauguração& no final dos anos 1K/I# + "oseanne& a garçonete de cabelosgrisalhos& da)a a impressão de trabalhar ali e comer tudo %ue era ser)idodesde a inauguração& tamb!m#

— Dual ! o prato do diaO M Bob perguntou %uando ela se apro,imou damesa#

— Temos sempre muitas opçNes no cardápio& pastor Bob& mas aposto %ue)ai repetir seu pedido de sempreJ cheeseburger e fritas com chilli#

— 3oc' me pegou& "oseanne# M +le abriu os braços num gesto deresignação#

— + para )oc'& (r# 6urphyO @ sanduíche de frangoO — 3oc' l' pensamentos& "oseanne# — 3ou buscar o caf! M ela disse ao se afastar para a cozinha# — Bem& conte9me tudo& 6ichael# 7inda não ti)emos chance de con)ersardesde %ue )oltou da )iagem ao 7rarat# -onseguiu encontrar a arcaO@ sorriso de 6urphy se apagou# Wagoner podia sentir desconforto esofrimento em sua e,pressão#

— 7conteceu algo erradoO M ele perguntou com tom s!rio#(urante os E minutos seguintes 6urphy relatou a morte dosmembros da e%uipe de escalada# +le falou sobre a traição do coronel BlaHe<odson e de Larry WhittaHer& o fot8grafo& e como eles ha)iam matado oprofessor "einhold& 6ustafá Bayer& (arin Lund%uist e 4al)ador 3aldez& e,9

membro da Força de @peraçNes +speciais da 6arinha americana# (epois&ele seguiu descre)endo como Talon tentara matá9lo e como 7zgadian oresgatara#Wagoner ou)ia em sil'ncio en%uanto comia o cheeseburger# ?ão s8 esta)abastante fascinado com o relato trágico& como sabia %ue 6urphy precisa)adesabafar# 5uardar toda a%uela dor não era saudá)el#

— + 3ern $eterson& o piloto do helic8pteroO @ %ue aconteceu com eleO MWagoner perguntou %uando 6urphy fez uma pausa#

— +le percebeu por instinto %ue algo esta)a muito errado# 3iu o controle

remoto na mão de WhittaHer e tentou descer abai,o dos sinais de rádioantes da e,plosão da bomba# +le sentiu %ue não poderia escapar e&desesperado& saltou do helic8ptero#

— Q incrí)el %ue não tenha morrido=



— 7 %ueda foi amortecida por um imenso banco de ne)e# 7l!m disso& a ne)eo cobriu no momento da e,plosão# Duando o )i& ele esta)a na ca)ernacomigo& sis e 7zgadian# @ guardião da arca não s8 me resgatou& comole)ou $eterson para um local seguro#

— 3ern ficou bem depois da %ueda do helic8pteroO — ?o início pensamos %ue ele ti)esse alguns cortes profundos e uma torçãono tornozelo# 6as ele tossia muito na ca)erna& e suspeitamos %ue de)ia

ha)er alguma hemorragia interna# ?8s o le)amos a uma pe%uena clínicaem (ogubayazit# 7gora ele está se recuperando na Tur%uia e de)e )oltaraos +stados Unidos at! o final do m's#

— + a arcaO 3oc' a encontrouO6urphy ficou %uieto por um instante& depois olhou em )olta& como se%uisesse se certificar de %ue ningu!m o ou)ia# +le se inclinou na direção deWagoner e respondeuJ

— Foi incrí)el= Fantástico= 6elhor %ue tudo %ue eu poderia ter imaginado#Wagoner arregalou os olhos#

— 3oc' de)e estar brincando= M e,clamou ele# M +ncontrou mesmo a arcaO — 4im& Bob# +la esta)a lá# 6etade enterrada em uma geleira& masconseguimos entrar na outra parte#

— Trou,e fotosO@ brilho se apagou dos olhos de 6urphy#

— Talon as destruiu# ?ão temos e)id'ncia física# Talon usou e,plosi)os parapro)ocar uma a)alanche %ue cobriu a arca com toneladas de ne)e# 7gorae,istem apenas %uatro testemunhas oculares )i)asJ eu& sis& 7zgadian e

Talon# 4eria necessário um milagre para %ue a arca fosse encontrada

no)amente#Wagoner )ia a decepção nos olhos de 6urphy# +le decidiu mudar o rumo dacon)ersa#

— Falando em Ysis& como ela estáO M perguntou sorridente#6urphy tamb!m sorriu#

— Bem# 3oltou ao trabalho na Fundação $archments of Freedom# 7cho %ueesta)a um pouco cansada depois de tudo %ue enfrentamos#

— ?ão foi isso %ue eu perguntei#6urphy sorriu no)amente#

— +la ! uma mulher muito atraente& Bob# — +stá interessadoO — Tudo bem& confesso %ue sim# 6as me sinto um pouco culpado# — 6ichael& faz um ano e meio %ue Laura morreu# $are de se punir# (ei,e9me fazer uma perguntaJ o %ue acha %ue Laura ia %uerer %ue fizesseO 7cha%ue ela ia desejar %ue ficasse sozinho para sempreO

— Tudo bem& Bob& já entendi a mensagem# $odemos mudar de assuntoO — +ncontrou alguma coisa na arcaO M Wagoner podia sentir o entusiasmodo amigo# M 7h& )amos lá= +stou a%ui morrendo de curiosidade=

— $recisa me prometer %ue não repetirá nada do %ue )ai ou)ir# — +u prometo& 6ichael# ?ão direi nada a ningu!m#6urphy contou sobre a descoberta dos pratos de bronze com



o segredo da $edra Filosofal& uma descoberta %ue poderia acabar com anecessidade de combustí)eis f8sseis# +le falou sobre a espada cantoraencontrada e sobre os )asos cheios de cristais autoiluminados#Wagoner ou)ia o relato sem interromper& apenas mo)endo a cabeça demaneira afirmati)a#

— + onde estão esses objetos agoraO M ele perguntou %uando 6urphy secalou#

— ?o fundo no mar ?egro& com Talon# 7credito %ue ele foi despedaçadopelas h!lices do helic8ptero### o %ue me faz lamentar pelo na)io#

— ?ão posso culpá9lo por ter esse tipo de sentimento# M +le&pro)a)elmente& sentiria o mesmo por algu!m %ue hou)esse esmagado alaringe de sua esposa# M ?ão e,iste alguma maneira de recuperar ospratosO

— Tal)ez hou)esse& se ti)!ssemos um pe%ueno submarino e tempo desobra# 6as seria como procurar por uma agulha em um palheiro#

— 7%uele na)io não percorre a mesma rota toda semanaO — 4im& ! claro %ue sim M confirmou 6urphy# M $or %u'O — ?ão pode obter os mapas da rotaO 4e ti)esse esses dados e a horaapro,imada em %ue Talon caiu no mar& poderia reduzir muito a área debusca# $elo menos seria um palheiro menor#

— ?ão ! má ideia& Bob# + se ti)!ssemos um e%uipamento para detecção demetais& tal)ez fosse possí)el encontrar os objetos# ?ão acredito %ue ospacotes já tenham afundado completamente na areia# 7inda não hou)etempo para isso# Tal)ez )alha a pena tentar#6urphy olhou para o rel8gio# @ tempo passara muito depressa#

— Bob& preciso ir#@s dois homens caminharam juntos at! o estacionamento# Wagoner disseJ — 5ostaria de fazer uma oração com )oc' antes de ir# Duero rezar para(eus lhe dar muita sabedoria e coragem# Q e)idente %ue ele o con)ocoupara uma missão *nica e perigosa& composta de muitas tarefas difíceis# +tamb!m )ou orar por seu possí)el relacionamento com Ysis#

— @brigado& Bob# 4ou grato por sua amizade& e certamente preciso de suaspreces#

CINCOBE%' !5EP7"?IE C 62",! — Ks do jornalismo' est feliz*+la podia )er o )azio nos pr8prios olhos en%uanto& diante do espelho&retoca)a o batom#<osta de ser a amante* 2ale a pena*7gora esta)a ficando furiosa# 3endera o orgulho e a autoimagem por umestilo de )ida e,tra)agante& por poder e influ'ncia& e projeção na carreirade rep8rter#

+la balançou a cabeça# @ mo)imento deu aos cabelos o ar sel)agem %ue4hane adora)a# (epois& e,aminou pela *ltima )ez o )estido preto cujodecote ousado e,punha boa parte dos seios fartos# 4entia9se se,y# 7jeitou o)estido nos %uadris estreitos e se )irou para e,aminar todos os ngulos noespelho# 4atisfeita com o %ue )ia& saiu do %uarto#



Barrington anda)a de um lado para o outro diante das janelas da cobertura%uando ela entrou na sala# 7trás dele& as luzes da cidade cintila)am comobelas j8ias na noite#M Dual ! o problema& 4haneO M 4tephanie perguntou#+le parecia um pouco assustado e le)emente embaraçado# 4haneBarrington não era o tipo de homem %ue gosta)a de dar a impressão de seaborrecer com alguma coisa# Franzindo a testa& ele respondeuJ

— +sta)a apenas pensando### — +m n8sO M <a)ia certo tom amedrontado em sua )oz# +mboraesti)essem juntos há algum tempo& não se sentia segura norelacionamento# Barrington era conhecido por suas furiosas e,plosNes)erbais e já ha)ia perdido a cabeça em di)ersas ocasiNes# +le nunca aagredira fisicamente& mas era comum %ue se sentisse pisando em o)os%uando esta)am juntos#

— ?ão& não# Q claro %ue não# +sta)a apenas pensando em assuntos dotrabalho# ?ão temos uma boa mat!ria há semanas# 5osto de estar sempre

no topo da rede de notícias# Q bom para os lucros e traz prestígio e poderao Barrington ?etorH ?es#Zo)acs assentiu#

— (iga& o %ue aconteceu com o professor 4ei9lá9seu9nome na Uni)ersidade$restonO 3oc' sabe& a%uele %ue está sempre procurando artefatos bíblicosM Barrington indagou#

— "efere9se ao (r# 6ichael 6urphyO — 4im& sim# +le mesmo# +le não partiu em mais uma de suas buscasOBarrington sabia muito bem onde 6urphy esta)a# Dueria apenas se fazer de

tolo# ?ão %ueria demonstrar interesse e,cessi)o# sso despertaria acuriosidade da rep8rter Zo)acs# Tamb!m não %ueria re)elar a pressão %uesofria dos 4ete para fornecer mais informaçNes# +les não tinham notícias de

Talon desde %ue ele descera do 7rarat# +ra como se o homem hou)essedesaparecido da face da Terra#Imediatamente' uma bandeira #ermel(a tremulou na mente sagaz deCo#acs. 6 que !(ane est tentando fazer*' ela pensou. Ele sabe muito bemonde est %urp() e sabe que ele procura a "rca de ?oé. "té tentoucontrat-lo' mas %urp() recusou sua proposta. &uem ele quer enganar*

— 4im M respondeu Zo)acs& en%uanto refletia# M +le esta)a procurandopela 7rca de ?o! no monte 7rarat# — + em %ue resultou a e,pediçãoO M Barrington olha)a pela janela como seesti)esse muito interessado na luz de busca do helic8ptero da polícia#

— ?ão sei# M Ele quer alguma coisa. Uma centelha de entusiasmo seacendeu dentro dela# +ra como a e,citação %ue e,perimenta)a %uandopressentia pistas para uma mat!ria in)estigati)a# Tal)ez esta fosse aoportunidade %ue esta)a procurando#7 mente )oltou > noite em %ue ela entrara na sala no *ltimo andar do

edifício da Barrington -ommunications# @ lugar esta)a abarrotado deimensos bu%u's de flores e o carpete& coberto por p!talas de rosas#Barrington dissera tratar9se de uma demonstração de reconhecimento porseu trabalho e lealdade& e de um modo de retratar9se por não ter ido jantarcom ela# ?a%uela noite& ele re)elara uma pe%uena brecha em sua



armadura de segredos e sigilo# -ontara %ue algumas pessoas tinhamdescoberto sobre suas dí)idas gigantescas e sua contabilidade criati)a eum tanto ilegal# Tais pessoas ha)iam in)estido bilhNes de d8lares naBarrington -ommunications& e agora ele esta)a nas mãos desse grupo#Zo)acs ha)ia especulado sobre a identidade dessas pessoas& masBarrington dizia apenas %ue eram indi)íduos Afocados no estabelecimentode um *nico go)erno mundial# + em uma *nica religião& tamb!m# $essoas

como 6urphy ha)iam antecipado essa tentati)a pela leitura da Bíblia# $orisso& tinham de ser detidas& antes %ue pudessem con)encer outros aresistirA#(esde %ue esta)am juntos& Zo)acs ha)ia percebido %ue Barrington faziamais do %ue ganhar dinheiro# +ra mais do %ue simplesmente alimentar umego faminto de poder# +ra algo### diab8lico#Preciso me afastar desse (omem e dessa #ida' Kovacs reconheceu. ?ão é o quequero de #erdade. #azio. 5al#ez com essa questão eu possa fazer algumadiferença e me redimir' de alguma forma' por min(as terrí#eis escol(as.

Posso alertar %urp() sobre o perigo que ele corre. — 4hane& por %ue não me dei,a checar essa hist8ria para )oc'O Tal)ez sejanotícia# Tal)ez possamos usá9la de alguma forma#Perfeito' ela mordera a isca. Barrington conteve um sorriso satisfeito. Ela é tão fcilde manipular3

— Bem& isso pode lhe dar uma chance de ter paz M respondeu ele# M 4e%uer ir atrás da hist8ria& )á# Le)e um cinegrafista& se for necessário# + podeusar o jato tamb!m& se %uiser#?ão pode dei1ar !(ane perceber seus #erdadeiros sentimentos. Precisa de

mais tempo para planejar sua fuga. 5em de manter a farsa. Kovacs correu paraele e o abraçou.Ele a beijou. Ltimo3 2ou ter uma noite fantstica' e ainda conseguirei asinformaç8es de que preciso. ?ada mau' Barrington. ?ada mau.

SEIS

M 6U"$<[& 3@-V tem id!ia da idade dessas lascas e desse p8 brancoO@s olhos )erdes de 4hari brilha)am& e,citados# +la ama)a a alegria da

descoberta# — (ei,e9me imaginar& 4hari# <mmm### pelo menos duzentos mil anosO+la pCs as mãos na cintura e inclinou a cabeça#

— 3oc' sabia& não !O M perguntou& em tom de acusação# — +sta)a apenas imaginando#6urphy contou a ela sobre as f!rias no -olorado# Duando terminou& elacomeçouJ

— +u###6urphy ergueu a mão para det'9la#

— +u sei& eu sei# 3ai me dizer %ue eu não de)ia ter ido# — +,atamente= M 6as sabia %ue prosseguir nesse assunto seria perda detempo# M Bem& depois de tudo isso& chegou a alguma conclusão& pelomenosO



— (e)o admitir %ue le)ei um certo tempo# 7 balança sob a ár)ore foi umenigma e tanto# +specialmente com os n*meros um e dois %uebrados#

— @ cartão ajudouO — 4im# +u repetia a frase muitas )ezes na minha cabeçaJ B7BL?7 M 2/6+T"@4 ("+T76+?T+ 7 ?@"(+4T+ (7 -7B+7# +ntão& entendi# +le sereferia > cabeça da estátua de ouro construída por ?abucodonosor# 7mesma %ue foi le)ada > Fundação $archments of Freedom# 6atusal!m

esta)a me dando as coordenadas para outra descoberta# (e)ia estarlocalizada 2/ metros diretamente a nordeste de onde ha)íamosencontrado a cabeça dourada#

— @ %ue acha %ue isso significaO — 7h& acho %ue )oc' )ai gostar disso# ?a minha opinião& pode ser a +scritana $arede mencionada no -apítulo de (aniel#

— "efere9se > passagem %ue diz %ue (eus usou os dedos e a mão de umhomem para escre)er uma mensagem para o rei BelsazarO 3oc' ficoumaluco# (e onde tirou essa ideiaO

— (a balança com os n*meros um e dois %uebrados nos pratos# 3oc' selembra do %ue dizia a +scrita na $aredeO

— ?ão# — 9iziaA %E?E' %E?E' 5E&0E4' 0="R!I%. — 4im& ! isso mesmo# -omo pude es%uecerO Faz sentido& ! claro# 7goraentendo#

— Tudo bem& tudo bem# 3amos pensar juntos# 7 pala)ra %E?E significanumerado# + ! repetida duas )ezes# sso se refere aos n*meros um e doisnos pratos# 7 pala)ra 5E&0E4 %uer dizer pesado# Q isso %ue representam as

escalas da balança# 7 pala)ra 0="R!I% significa di)idido# $or isso osn*meros foram di)ididos em dois pedaços# Traduzido para o ingl's simples&isso %uer dizerJ (eus numerou os dias nos %uais Belsazar comandará comorei# +le se )iu pesado na balança do julgamento de (eus e foi punido peladi#isão de seu reino& %ue fora entregue a outros#

— + %uanto ao p8 brancoO — Q gesso# ?o -apítulo ! dito %ue a escrita foi feita no gesso da parede#7credito %ue o en)elope continha um pouco da%uele gesso# 4e essa teoriase confirmar& o gesso tem& então& mais de .#II anos de idade#

6urphy foi ao escrit8rio e telefonou para sis na Fundação $archments ofFreedom#48 percebeu o %uanto esta)a ner)oso %uando lhe pediram %ue aguardasse#

Tamborilando com os dedos na mesa& ele pensa)aJ Você parece um colegial, Murphy. resça! — 6ichael# M 6urphy identificou o entusiasmo na )oz de sis# +le sorriu&ansiando )er seus olhos )erdes# ontrole"se!

— sis# -omo )aiO<ou)e uma pausa bre)e#

— 6elhor agora& 6ichael#$or um momento as pala)ras o dei,aram sem ação# ?ormalmente& nãocostuma)a ficar sem pala)ras& mas agora não conseguia ordenar ospensamentos#



— sis& estou em um inter)alo entre duas aulas# +sta)a pensando em )oc' eimaginando se### M 5udo bem' #oc$ consegue3 M se )oc' está li)re nase,ta e no sábado# 3ou ter de ir a ?o)a [orH# 3oc' poderia pegar um )oode Washington e me encontrar no final de semanaO

— \tima ideia& 6ichael=Duando desligou& sis encheu os pulmNes de ar e olhou atra)!s da janela#@u)ir a )oz dele fora o suficiente para dei,á9la emocionada#

SETE

6U"$<[ 4+?T7 4+U temperamento irland's fer)endo# Duanto mais seapro,ima)a da sala de palestras& mais irritado fica)a# Tudo ha)ia começado%uando& ao estacionar& )ira a )an com o logotipo da B??# $ensar %ue ha)iagente da Barrington ?etorH ?es no campus o incomoda)a demais#+ra impossí)el não lembrar a e,plosão na igreja# "ecorda)a9se de comotentara confortar 4hari pela perda de seu irmão e como o pastor Bobtentara consolá9lo depois do assassinato de Laura# Uma e%uipe da B??esti)era lá# 7 rede parecia estar sempre presente nos momentos maisdolorosos e inoportunos da )ida de algu!m# Tudo %ue os rep8rteres%ueriam era uma boa hist8ria# ?ão se importa)am com os sentimentosalheios#+le pensou no funeral de <anH Baines# $odia se lembrar das pala)ras darep8rter& 4tephanie Zo)acs& %uando ela direcionara o microfone para ele#M (ireto do funeral de <anH Baines& agente do FB& falo com o (r# 6ichael6urphy& da Uni)ersidade $reston# (r# 6urphy& ! )erdade %ue foi a *ltimapessoa a )er <anH Baines )i)oO+la tentara induzi9lo a dar uma resposta emocional#

— @ %ue discutiam& (r# 6urphyO -ontou > políciaO +ste)e com a )i*)a doagenteO 4ente9se de alguma forma responsá)el pela morte desse homemO(esde a%uela ocasião& o ressentimento de 6urphy com os rep8rteres demaneira geral aumentara muito#$r8,imo > entrada da sala de palestras a)istou 4tephanie Zo)acs sentadasob uma ár)ore# 7lunos con)ersa)am com ela# @ cinegrafista seposiciona)a para capturar as melhores imagens#

+la se le)antou ao )'9lo# — (r# 6urphy& pode me dar um instanteO@s alunos o obser)a)am& por isso ele fez o possí)el para parecer cordial#

— +m %ue posso ajudá9la& 4rta# Zo)acsO — +stá)amos passando por a%ui e pensamos se não seria possí)elassistirmos > sua palestra hoje# claro3 Est#amos passando por aqui. 6urphy sabia %ue ela esta)a embusca de algo& mas tudo %ue disse foiJ

— 7 palestra ! aberta ao p*blico& 4rta# Zo)acs# Dual%uer um pode entrar# — Temos autorização para fazer imagensO M +la sorriu com a%uele arsedutor e falso#



— Fi%uem > )ontade& desde %ue não atrapalhem o andamento da aula#$refiro %ue os alunos se concentrem no assunto a se preocuparem emaparecer na tela no jornal noturno#

— @brigada& (r# 6urphy# 4eremos muito discretos#%uito discretos3 0ma mudança e tanto3 Por que' de repente' ela adota#auma atitude moderada e contida*M Bom9dia& turma# 7ntes de começarmos nossa aula imagino %ue tenham

notado %ue há uma celebridade entre n8s& 4tephanie Zo)acs# 6uitos a%uisabem %ue ela ! rep8rter in)estigati)a da B??G logo& dispensareiapresentaçNes# +la está acompanhada por um cinegrafista#@s estudantes aplaudiram& assobiaram e fizeram muito barulho# Zo)acsagradeceu a manifestação com um sorriso#

— @ cinegrafista se mo)imentará pela sala en%uanto filma# $or fa)or&e)item fazer sinais ou gestos repro)á)eis& ou poderão sofrer asconse%u'ncias de uma in)estigação jornalística M 6urphy pre)eniu comuma careta#

Todos riram# — sso )ale especialmente para )oc'& -layton#-layton 7nderson& o palhaço da turma& le)antou as mãos e disseJ

— &uem* Eu* — <oje )amos tratar de um assunto no)o M 6urphy continuou& agora numtom mais s!rio# M Falaremos sobre a antiga cidade da BabilCnia# Tal)ez%ueiram fazer algumas anotaçNes# @ tema será mat!ria de pro)a#<ou)e um gemido coleti)o e a mo)imentação de todos abrindo cadernos epegando canetas#

— -omo de)em se lembrar das palestras e aulas anteriores sobre a 7rca&?o! tinha tr's filhosJ -am& 4em e Raf!# -am foi o filho %ue )iolou o princípioda pri)acidade en%uanto o pai dele dormia# Um de seus filhos foi chamado-u,e& e -u,e te)e um filho chamado ?imrod#6urphy notou uma e,pressão intrigada no rosto de alguns alunos#

— 7companhem& por fa)or# $refiro formar essa base# +m ingl's simples eclaro& ?imrod foi o primeiro bisneto de ?o!# 7 Bíblia o chama de grandecaçador ou guerreiro# 4eu nome em hebreu significa literalmente A)amosnos rebelarA# Tudo isso pode ser encontrado no 5'nesis& -apítulo 1I# @

historiador judeu Rosephus identifica ?imrod como o construtor da Torre deBabel# +ssa enorme torre foi erguida para representar a re)olta do po)ocontra (eus e o estabelecimento de sua pr8pria estrutura de poder# +lesnão %ueriam ficar sob 4ua influ'ncia# Foi na Torre de Babel %ue (eus con9fundiu o po)o e criou grupos %ue fala)am diferentes línguas#

— (r# 6urphyO M -layton tinha a mão erguida# M 4empre pensei %ue a Torre de Babel fosse o local onde o rei 4alomão mantinha todas as esposas#7 classe e,plodiu em gargalhadas#

— Fico feliz por saber %ue está animado hoje& -layton# $osso continuarO M

6urphy sorria#@ cinegrafista registra)a a interação# — ?imrod foi o fundador da BabilCnia e de outras cidades# +le tamb!m foi ofundador da idolatria Baal& o primeiro sistema organizado de idolatria nomundo# 7 cidade tornou9se famosa anos depois por causa de um grande



rei& ?abucodonosor& %ue %uebrou o poder do +gito na batalha de-archemish e go)ernou a BabilCnia por E anos#6urphy diminuiu a iluminação e ligou o projetor com o $oer$oint# 4urgiuna tela uma recriação da cidade da BabilCnia#

— BabilCnia está localizada a cerca de 0I %uilCmetros ao sul de Bagdá#7lgu!m ou)iu recentemente o nome dessa cidade nos noticiáriosO BabilCniafica em uma imensa planície com um grande lago construído pelo homem&

acima da cidade# ?o auge do reinado de ?abucodonosor& os jardins dacidade eram considerados uma das mara)ilhas do mundo# <er8dotoestimou %ue a grande muralha %ue cerca)a a cidade tinha KS %uilCmetrosde comprimento& contornando %uase 10 %uilCmetros %uadrados# 7lgumasmuralhas tinham at! . metros de espessura& e muitas carroças podiamtrafegar por cima delas# (uzentos e cin%uenta torres foram instaladas namuralha# +stima)a9se %ue %uinhentas mil pessoas )i)iam dentro dasmuralhas da cidade e outras setecentas mil na cidade estendida fora dasmuralhas#

6urphy passou ao slide seguinte# — 7 maior parte da cidade era construída com tijolos secos ao sol& e muitosdeles traziam essa inscriçãoJ

?abucodonosor& Filho de ?abopolasar& "ei da BabilCnia

— 4ei %ue está desapontado por não terem incluído seu nome& -layton# +leso teriam nomeado rei das $iadas#

Todos riram e assobiaram#

6urphy passou para um slide de um antigo templo# — <a)ia 2 templos dentro da cidade# 7s estruturas eram chamadas dezigurates# -onsistiam em plataformas& de tr's a sete& %ue diminuíam detamanho > medida %ue cresciam em altura# 7 pr8,ima imagem )ai dar umaboa id!ia do tamanho de um zigurates#6urphy passou ao slide seguinte e parou& esperando %ue os alunosabsor)essem a informação# 7o ou)ir os comentários murmurados& elemo)eu a cabeça em sentido afirmati)o#

— 4im& ! surpreendente& não !O +ssas torres eram imensas#

6I#URATE BABILÔNICO

1o ní)elJ K1 metros por K1 metros por 22 metros de altura.o ní)elJ /K metros por /K metros por 10 metros de altura2o ní)elJ S1 metros por S1 metros por S metros de alturaEo ní)elJ . metros por . metros por S metros de alturao ní)elJ E2 metros por E2 metros por S metros de alturaSo ní)elJ 2I metros por 2I metros por S metros de altura

/o

ní)elJ .1 metros por .1 metros por 1 metros de alturaK1 6etros de 7ltura M Um +difício de 2I 7ndares

M @ pr8,imo slide mostra os )ários deuses idolatrados pelos babilCnios#



M 7o longo da hist8ria da humanidade os homens se referiram a )áriosdeuses# $arte da razão para isso ! podermos olhar em )olta e )ermos agrandeza da criação# +ntão& nos perguntamos de onde )eio tudo isso# Qpossí)el %ue tenha simplesmente acontecidoO 4urgiu do nadaO (e)e ha)eruma causa específica# 7lguma coisa ou algu!m começou tudo isso %uechamamos de uni)erso# ?8s o denominamos %uestão da primeira causa# +isso nos le)a > segunda %uestão# -om todo o projeto comple,o danatureza& hou)e um projetistaO ?ão importa %uem tenha sido ele& comcerteza& era mais sábio %ue eu# +ssas duas %uestNes nos remetem >terceira e > %uarta %uestNesJ há um prop8sito na )idaO + posso descobrir%ue prop8sito ! esseO6urphy parou e olhou para o rel8gio#M Bem& acho %ue ! o suficiente por hoje# 3oc's já t'm material em %uepensar at! o nosso pr8,imo encontro# ?ão es%ueçam de pegar asindicaçNes de leitura na saída#

OITO

M ("# MURPHY& %uero agradecer por ter encontrado um tempo para falarcomigo# + tamb!m por ter autorizado a gra)ação de imagens em sua aulaM disse 4tephanie Zo)acs& ao se apro,imar dele#6urphy espera)a no pátio do centro estudantil#

— 2ai gra#ar a entre#ista aqui mesmo* : %urp() perguntou' confuso. Porque ela est se comportando com tanta gentileza* 6nde est a ttica(abitual de atacar direto na jugular*

— ?ão# Rá pedi ao cinegrafista %ue guardasse o e%uipamento# 48 %ueriafazer algumas perguntas sem ter de me preocupar com os ngulos dacmera#

DEUSES BABILÔNIOS

7nu (eus do mais alto c!u

6arduH (eus nacional dos babilCnios Tiamat (eusa dragãoZingu 6arido de Tiamat

+nlil (eus do tempo e dastempestades?abu (eus das artesshtar (eusa do amor+a (eus da sabedoria+nurta (eus da guerra7nshar $ai do c!u5aia 6ãe Terra4hamash (eus do sol e da justiça

7shur (eus nacional dos assíriosZishar $ai da terra



— 3á em frente# — $osso fazer um bre)e retrospectoO <á alguns meses )oc' planejou umae,pedição em busca da 7rca de ?o!# +ste)e mesmo no 7raratO

— 4im& esti)emos lá# — 7 arca de)e ser um assunto popular# — ?ão sei bem o %ue )oc' %uer dizer# — Bem& eu esta)a dando uma olhada nos relat8rios dos jornais e encontrei

uma notícia recente sobre outra e%uipe %ue procura pela arca# $arece %uea e,pedição ! patrocinada por um empresário cristão da -alif8rnia# (eacordo com o relato& o patrocinador contratou a +arth9LinH Limited parafazer algumas fotos por sat!lite da região do 7rarat# @ artigo relata %ue odegelo no 7rarat foi o maior desde 1#II# +)identemente& eles descobriramalguma coisa na montanha parecida com uma estrutura de madeira#

— Tamb!m tiramos algumas fotos %ue indica)am o mesmo M 6urphyrespondeu#

— @ empresário reuniu uma e%uipe de ar%ue8logos& peritos científicos&

ge8logos e glaci8logos# +les seriam conduzidos por um guia %ue já ha)iaescalado o 7rarat muitas )ezes# @ guia contou > e%uipe %ue já hou)eraoutra e,pedição em 1#K0K& e %ue o grupo )isitou o local e tirou fotos#

— 4im& tamb!m fomos informados sobre essa e,pedição# — +sta)a tudo pronto para a )isita& mas& de repente& o go)erno turco proibiua e,pedição# 7legou9se a e,ist'ncia de ameaças terroristas#6urphy sorriu#

— Tal)ez tenha sido mais do %ue isso#M @ %ue %uer dizerO M Zo)acs perguntou aflita# 4ua curiosidade chega)a

aos dez pontos na escala "itcher dos rep8rteres# — 7credito %ue eles podem ter cancelado todas as autorizaçNes depois danossa e,pedição#

— 4ua e,pediçãoO $or %u'O — $or causa dos assassinatos# — Due assassinatosO6urphy passou a hora seguinte relatando em detalhes a busca pela arca ea morte dos membros da e%uipe de escalada# -auteloso& omitiuinformaçNes sobre Talon& os pratos de bronze e os cristais especiais

encontrados no fundo da arca# 4em e)id'ncias& tudo isso soaria apenascomo fantasia# — +ncontrou a arcaO M Zo)acs interrompeu agitada#6urphy hesitou antes de di)ulgar a e,citante descoberta#Co#acs pensa#aA E1iste realmente uma arca* %urp() não parece ser umdesses lunticos' ou um cristão conser#ador transtornado como os queentre#istei anteriormente. E os assassinatos... !(ane teria alguma coisa a#er com eles* #referia nem pensar nisso.?o escrit8rio& o to%ue do telefone acabou com a concentração de 4hari# Bob

Wagoner esta)a procurando por 6urphy# — @lá& pastor Bob M 4hari o cumprimentou com simpatia# M -omo )aiO — 6uito bem& 4hari# 3i )oc' na igreja com Rennifer e Tiffany Baines# @ %ueachou delasO



— 7cho %ue elas estão se adaptando > perda do marido e do pai# (esde %ueforam ao encontro do 4enhor& parecem ter encontrado paz em meio aocaos#

— 4im& )amos continuar orando por elas# + você, como estáO — +stou bem# +stou lendo o Li)ro de Filipenses# Q um grande incenti)o#+specialmente o -apítulo E#

— \timo& 4hari# -ontinue assim# $osso falar com 6ichael& por fa)orO

Wagoner ficou surpreso ao ser comunicado de %ue 6urphy esta)a ocupadoem uma entre)ista com 4tephanie Zo)acs#

— Bem& peça para %ue ele me ligue %uando puder# <á algo %ue gostaria decompartilhar com ele#

— (arei o recado& pastor Bob# Foi um prazer falar com )oc'#7lgo no tom de 4tephanie Zo)acs fez 6urphy responder a pergunta sobre aarca# ?ão sabia identificar o %ue era# +la não agia com a agressi)idadehabitual# Fazia as perguntas certas para uma rep8rter& mas ele podia sentiruma tristeza em seus olhos azuis e sempre iluminados# +la ou)ia

atentamente tudo %ue 6urphy dizia# — (ei,e9me fazer uma pergunta& 4tephanie M 6urphy pediu# M @ %ueachou da palestra de hojeO

— 6uito interessante# ?ão tinha ideia de %ue a BabilCnia era tão grande# Qdifícil acreditar %ue os babilCnios eram tão adiantados nos conhecimentosde construção ci)il# 5ostaria de assistir a outras palestras suas#

— -onsidere9se con)idada# @ %ue achou da *ltima parte da apresentaçãoO7%uela sobre o prop8sito e o significado da )idaO Rá encontrou prop8sito esignificadoO +stá felizO

Zo)acs des)iou o olhar de imediato# ?ão sabia como lidar com a perguntade 6urphy# +le tocara em um ponto sensí)el# $%o esta)a feliz comBarrington# ?ão %ueria ser uma amante# Dueria ser amada por %uem era&não pelo %ue fazia na cama#6urphy compreendeu %ue era melhor não insistir no assunto# Ps )ezes !melhor dei,ar uma %uestão importante penetrar lentamente na alma doou)inte#

— Bem& 4rta# Zo)acs& preciso )oltar ao escrit8rio# 7 pr8,ima palestra sobre aBabilCnia será na %uinta9feira de manhã# Tal)ez se interesse pelo %ue tenho

a dizer# 4e esti)er na cidade& não dei,e de comparecer#6urphy já esta)a em p!& com a mão estendida# Zo)acs %ueria alertá9lo de%ue ele esta)a em perigo& mas alguns alunos passa)am por ali e poderiamou)i9la# 7s pala)ras simplesmente ficaram presas na garganta#+m sil'ncio& ela apertou a mão do professor& %ue se afastou em seguida#

?@3+

6U"$<[ 4+ ("57 a seu escrit8rio %uando )iu $aul Wallach saindo do

laborat8rio ao lado# 6urphy se preparou para chamá9lo& mas percebeu %ueele seguia para o estacionamento dos alunos# + caminha)a olhando para ochão#Ele não parece muito feliz.



4hari chora)a %uando 6urphy entrou no laborat8rio# 7o ou)ir a )oz dele&ela soluçou e pegou um lenço de papel#

— $aul e eu discutimos no)amente# — 4obre o %u'O — @ de sempre M ela respondeu& assoando o nariz# M +le continua falandosobre seus planos de trabalhar para a Barrington -ommunications %uandose formar& em maio# +stou certa de %ue não será bom para ele# 4into algo

de ruim em Barrington#4aura teria dito algo muito parecido... mas acrescentariaA J intuiçãofeminina.J

— -omo ! %ue )oc's ficaram depois dissoO — ?ão sei# $aul está muito obcecado com essa hist8ria de ganhar dinheiro&conhecer gente importante e ter poder& como Barrington# +u não )ou )i)erdesse jeito# 7 )ida ! mais do %ue se )ender pela oferta mais alta# $aul estámudando& e não gosto do %ue )ejo# +le era mais atencioso comigo& masagora### 7gora ! como se s8 se interessasse em ser importante e rico# 7ntes

costumá)amos caminhar de mãos dadas e discutir nossas ideias& e agora###@h& 6urphy& não sei o %ue de)o fazer# M 4hari parou e respirou fundo# M3ou dar uma )olta# $reciso de um pouco de ar#

— <á algo %ue eu possa fazerO M 6urphy perguntou& preocupado# — 7penas reze por mim M disse 4hari& com a )oz entrecortada# M 7prop8sito& Bob Wagoner telefonou en%uanto )oc' esta)a fora# $ediu %ue)oc' ligasse para ele#6urphy sentou9se atrás de sua mesa e pegou o telefone# +sta)a preo9cupado com 4hari& mas tinha certeza de %ue seus )alores s8lidos a

guiariam na direção certa# 6urphy ligou para Wagoner& %ue atendeu logoao primeiro to%ue# — Tenho um artigo pelo %ual )oc' pode se interessar# Q sobre o fim domundo#

— (o %ue está falandoOBob riu#

— ?a semana passada& 7lma e eu le)amos um grupo de alunos do col!gio a@rlando& mais precisamente& (isney World# +stá)amos lá %uando notei umartigo no jornal %ue me interessou# Q sua área# Fala sobre o fim dos

tempos# "ecortei o artigo e o trou,e comigo# 3ou ler para )oc'J

Fi$ do M1do7 polícia de @rlando encontrou um homem idoso )agando pelas ruas nanoite de terça9feira# +le parecia confuso e desorientado& e grita)a %ue o fimdo mundo se apro,ima)a# +le afirma)a %ue um *nico homem logogo)ernaria o mundo#@ sargento da polícia& @e +ast& contou aos rep8rteres %ue esse foi oterceiro incidente semelhante en)ol)endo o mesmo indi)íduo# -ada )ez ele

parecia sempre mais agitado# 7 polícia acompanhou o homem de )olta aoasilo local# 7credita9se %ue ele seja portador de 7lzheimer#



M Q bem interessante& Bob# 6ande9o para mim# 3ou acrescentá9lo > minhacoleção M 6urphy disse& sorrindo#

DE6

— 5@4T@U (74 FQ"74& T7L@?O Todos os seus m*sculos ficaram tensos por um bre)e momento& e a rai)a

inundou seu corpo# +m seguida& ele rela,ou %uase com a mesma rapidez#7nos de treinamento para controlar as emoçNes agora eram *teis& e umsorriso distendeu seus lábios#

— F!riasO — 4im# $arece %ue não te)e nenhuma pressa para se reapresentar# Ráestá)amos a%ui imaginando %ue )oc' ha)ia saído de f!rias#

Talon esta)a aborrecido com o sarcasmo de Rohn Bartholome# 4eu tom de)oz lembra)a o do diretor do col!gio interno no %ual Talon estudara# ?ãogosta)a de ser tratado dessa maneira nem mesmo %uando era criança#

"espirando profundamente& ele lembrou o prazer %ue sentira ao furar ospneus do carro do diretor# $or causa disso& ha)ia perdido uma aulaimportante em -apeton#@s dedos de Talon acaricia)am as gárgulas nos braços da poltrona& e ele)oltou a se concentrar nas sete pessoas diante dele# 7 toalha )ermelho9sangue %ue cobria a mesa em torno da %ual se reuniam era muitoapropriada para o grupo#

— $eço desculpas pela demora M falou Talon calmamente# — +sti)e nadando no mar ?egro# M +ra in*til contar %ue caíra do na)io e

%uase fora destroçado pelas h!lices# +les não se importariam por ter %uasemorrido ou por ter sido forçado a nadar %uase )inte %uilCmetros at! a praiae& depois& ter passado uma semana no hospital por causa de tudo %ueacontecera# Tudo %ue interessa)a a eles eram os resultados e aimplementação de seu plano de go)ernar o mundo#

— Bem& senor Talon M disse 6endez M& parece %ue descobriu a lendária 7rcade ?o!#6esmo com pouca luz& Talon podia )er 6endez sorrindo por trás doimpressionante bigode

— (e fato& descobri#6endez pigarreou e continuouJ — @ 4r# Bartholome nos informou %ue )oc' descobriu na arca uma no)atecnologia %ue )ai nos permitir controlar todos os suprimentos de energiado mundo# +le disse %ue isso faria do petr8leo coisa do passado# Q )erdadeO

— Bem& não sou cientista# -omo sabe& minha especialidade ! eliminarpessoas& mas acho %ue ?o! descobriu a $edra Filosofal#

— 7 $edra Filosofal& a base para transformar metais básicos em metaispreciososO M 6endez admirou9se# M Tem certezaO

— +u ou)i essa informação# +sta)a escondido na arca ou)indo a con)ersaentre o coronel <odson& agente da -7& e o professor Wendell "einhold& do6T# sso foi poucos momentos antes de <odson ter %uebrado o pescoço de"einhold como se fosse um palito de dentes# (epois& ti)e o prazer de tirar a)ida dele.



— + %uanto > $edraO M interferiu Bartholome# Talon se mo)ia com le)eza# 4uas mãos esta)am frias& e ele podia sentir asgárgulas sob seus dedos# +le sabia %ue os 4ete não ficariam felizes com o%ue iam ou)ir#

— 7 f8rmula da $edra Filosofal está escrita em tr's pratos de bronze Me,plicou ele# M +u os colo%uei em uma mochila com alguns cristaiscuriosos& uma adaga %ue pode ser de tungst!nio e outros itens da arca#

+sta)am comigo %uando embar%uei no na)io de stambul para a "om'nia# — Esta#am* M e,clamou 4ir William 6erton# Talon controlou9se e sorriu# $odia sentir o suor brotando em sua testa& e asa,ilas tamb!m esta)am *midas#

— +ncontrei o professor 6urphy no na)io& e n8s lutamos# 7 mochila caiu ese perdeu#

— @ %u'O M @ general Li bateu com o punho cerrado na mesa# M $ensei%ue hou)esse matado 6urphy %uando pro)ocou a a)alanche %ue soterrou aarca sob milhares de toneladas de ne)e e gelo=

— +le conseguiu escapar# — ?ão pagamos )oc' para cometer erros& Talon M disse RaHoba Werner&uma alemã obesa com cabelos loiros# M 3oc' ganha muito dinheiro paradestruir nossos inimigos#@ tom de Rohn Bartholome era frio#

— Tal)ez tenhamos de encontrar outra pessoa capaz de fazer o ser)iço# — +u posso fazer o trabalho M retrucou Talon# M Tenho contas pessoais aacertar com 6urphy#

— Falar ! fácil M pronunciou9se 3iorica +nesco& uma mulher esbelta e com

forte sota%ue romeno# M 7 hora ! de ação# 6ostre9nos o %ue pode fazer#Bartholome falou no)amenteJ — +,iste alguma possibilidade de )oc' recuperar a mochilaO — 7cho %ue sim# 6as )ou le)ar algum tempo para )arrer a área onde caí nomar ?egro#

— ?ão %ueremos uma aula de geografia ou desculpas& %ueremos os pratosM Barrington resmungou# M 6as& no momento& algo chamou nossa atençãoe precisa de uma resposta imediata# Temos muitos informantes# Um delesmonitora todos os jornais impressos pela Barrington ?etorH ?es# +le

encontrou um pe%ueno artigo sobre um homem idoso %ue fala sobre o fimdo mundo e um líder %ue surgirá para go)ernar o mundo# +sse homemprecisa ser eliminado#

— Due mal pode fazer um )elho###O M começou Talon# — Basta= M gritou o general Li# M 3oc' não ! pago para %uestionar= 7penaspara e,ecutar### agora= 4ua )ida pode depender disso=

ON6E

6U"$<[ -@L@-@U 7 pasta sobre a mesa& pegou suas anotaçNes e obser)ou asala# +le notou $aul Wallach sentado ao fundo& nas *ltimas fileiras# ?ão éseu lugar de costume. Ele e !(ari ainda estão brigados.4hari esta)a do outro lado da sala& distribuindo os trabalhos corrigidos# +lanem notou %ue $aul a obser)a)a#



6urphy suspirou#M Bom9dia& classe# 3amos começar# 3oc's se lembram de %ue falá)amossobre a antiga cidade da BabilCnia# @ mp!rio Babil8nico era muitoa)ançado# @s babilCnios eram os melhores na teoria matemática degeometria e álgebra# +les mediam o tempo com rel8gios de sol e água# +tamb!m mediam com precisão os graus dos ngulos# 4eu sistema num!ricoera baseado no sessenta# $or isso& temos sessenta minutos em uma hora e

2SI graus em um círculo# +les tamb!m utiliza)am um sistema decimal econheciam a raiz %uadrada e o )alor de pi# 4eu calendário basea)a9se nosciclos da lua& com 1. meses lunares# $esos e medidas eram regulados emtodo o imp!rio& com a utilização de pesos de pedra ou metal na forma depatos#(on West le)antou a mão# 6urphy sempre podia contar com (on paraadicionar algum detalhe *nico# +le era o estudante %ue mais lia entre seusalunos#

— (r# 6urphy M disse (on M& eu esta)a pes%uisando sobre a BabilCnia na

internet ontem > noite# Li %ue os babilCnios eram muito sofisticadostamb!m na área da medicina# 7credita)a9se %ue eles possuíam umconhecimento soberbo de anatomia e fisiologia humana e animal# +lestamb!m compreendiam a circulação do sangue e a importncia dapulsação# @ artigo menciona)a %ue eles faziam at! delicadas cirurgiasoculares#

— +,atamente& (on# +les eram muito científicos& por um lado& e muitosupersticiosos& por outro# @s babilCnios lança)am mão de adi)inhação ebru,aria# Usa)am f8rmulas mágicas para tentar ler o futuro# Faziam uso de

gotas de 8leo em água e da interpretação da direção do )ento e dainflu'ncia das tempestades# +les tamb!m faziam pre)isNes com base nadireção da fumaça ascendente& em como um fogo ardia e na posição dasestrelas# $ara os babilCnios& at! a)es anormais tinham algum significadorelacionado ao futuro# 7r%ue8logos encontraram pedras entalhadas naforma de rins de carneiro com encantamentos inscritos nelas# +les seespecializaram na obser)ação de entranhas de animais# 7credita)am %ueos deuses se comunica)am por meio de sinais& fenCmenos naturais ee)entos corri%ueiros# $or e,emplo& a s*bita aparição de um leão& um

eclipse lunar& ou um sonho incomum podiam ser pre)isNes para o futuro#!tep(anie Co#acs entrou na sala pela porta lateral. ,urioso' Murphy pensou.5al#ez ela esteja realmente interessada na antiga Babilnia.

— @s babilCnios fizeram registros sistemáticos dos planetas e deram nomesa muitos dos signos do zodíaco M continuou 6urphy# M <a)ia um pr8sperocom!rcio com a )enda de amuletos e encantamentos para proteger aspessoas do mal# 7ssim como hoje usamos p! de coelho para ter sorte# 7BabilCnia ! muito importante para a ar%ueologia e as profecias bíblicas# Q asegunda cidade mais mencionada na Bíblia# 7 primeira ! Rerusal!m& para a

%ual e,istem 011 refer'ncias# BabilCnia ! citada .0S )ezes# +ssas duascidades t'm grande importncia hist8rica#Zo)acs já ha)ia encontrado um assento no fundo da sala e olha)aatentamente para 6urphy#



— @ Li)ro de (aniel e o 7pocalipse falam muito sobre a BabilCnia# @se)entos do sonho de ?abucodonosor& 4adra%ue& 6esa%ue e 7bednego& nafornalha de fogo ardente& (aniel na co)a dos leNes e a +scrita na $arede noban%uete de Belsazar& tudo aconteceu na BabilCnia#6urphy parou e se apoiou casualmente > mesa#

— 3oc's de)em lembrar& de aulas anteriores& %ue a Bíblia fala)a sobre o(il*)io de ?o! como um julgamento do mal# @s homens s8 poderiam ser

sal)os do julgamento de (eus na segurança da arca# $ois bem& a +scrita na$arede no ban%uete de Belsazar ! semelhante# Foi um julgamento contra orei Belsazar e sua maldade e orgulho# 4eu reino foi ani%uilado& da mesmaforma como o mundo foi destruído pelo (il*)io# @ po)o dos tempos de ?o!foi ad)ertido para abandonar sua conduta repro)á)el& mas não ou)iu o a)i9so# Belsazar não ou)iu as ad)ert'ncias de (eus %uando seu a)C fui punidocom a insanidade# (e)em lembrar %ue o a)C dele& ?abucodonosor& tornou9se praticamente um animal e passou sete anos andando de %uatro#6urphy parou por um momento para dei,ar %ue os alunos absor)essem a

informação# — ?ão ! estranho %ue façamos do mesmo modo& hojeO (eus nos dá a)isos#+le pede e nos conforta# 3oc's podem perguntarJ como +le faz issoO +leintercede por meio da )oz da nossa consci'ncia# 7 consci'ncia nos diz o%ue ! certo e o %ue ! errado# 4e ou)imos nossa consci'ncia e fazemos o%ue ! certo& a conse%u'ncia ! a felicidade# $or!m& se a ignoramos&enfrentamos a destruição e a infelicidade& como o po)o dos tempos de ?o!&como ?abucodonosor e Belsazar# Rá ou)iram a )oz de sua consci'nciaO3oc's a obedeceram ou ignoraramO

6urphy parou de falar para permitir %ue os alunos refletissem# Finalmente&o to%ue do sinal interrompeu o sil'ncio e assustou a turma inteira# Fala)a9se pouco %uando os alunos saíram da sala# 4tephanie Zo)acs permaneceuem seu assento#

DO6E

M B@69(7& 4 T+$<7?+ M disse 6urphy em )oz alta# @s dois esta)amsozinhos no audit8rio# M ?ão )i o cinegrafista#

— 7chei %ue não seria necessário# 7inda esta)a na cidade e pensei emassistir > palestra# Tem um tempo para con)ersar entre uma aula e outraO — 4im& ! claro# 3amos ao centro estudantilO <á alguns bancos perto dolago& e lá não seremos incomodados# +ste espaço será usado para outrapalestra dentro de 1 minutos# ?ão podemos ficar#Zo)acs o encarou& s!ria#

— $reciso pedir desculpas M disse ela& o tom despro)ido da habitualarrogncia#6urphy foi pego de surpresa#

— $or %u'O — $or ter sido incisi)a demais# -omo rep8rter in)estigati)a& sempre abordeitodas as hist8rias com algum ceticismo# Uso minha agressi)idadeesperando dei,ar a outra pessoa ner)osa para %ue& assim& ela re)ele algo%ue a incrimine# Tentei usar essa tática com )oc' no passado& e tudo %ue



obti)e foram respostas )erdadeiras# Rá pude obser)á9lo em )árias situaçNesde estresse e descobri %ue não ! um maluco religioso#6urphy riu#

— Tal)ez um pouco estranho& mas malucoO ?ão#@ humor ali)iou um pouco a tensão# Zo)acs começou a rela,ar e se abrir#

— +sti)e pensando no %ue disse em sua primeira palestra# 7%uela hist8riasobre ser feliz e encontrar prop8sito na )ida# Q mesmo possí)el algu!m ser

realmente felizO — Bem& acho %ue depende do %ue )oc' chama de felicidade& 4tephanie# 4eacha %ue ser feliz ! se li)rar de todo e %ual%uer conflito com as pessoas&du)ido %ue possa acontecer# Teremos sempre alguma decepção& umsofrimento& atritos com a família& com os amigos& os colegas de trabalho#sso ! parte da )ida# 4er feliz não significa %ue )amos )i)er eternamenteli)res da preocupação com as %uestNes financeiras# +,istem muitas pessoasdoentes %ue parecem ser alegres& en%uanto há tamb!m pessoas saudá)eis%ue são pessimistas# @ mesmo se pode dizer sobre ricos e pobres# -onheço

algumas pessoas %ue possuem muito pouco do %ue se considera bensterrenos mas são contentes# + há muita gente rica %ue ! re)oltada edeprimida# Duem nunca ou)iu falar em algum milionário %ue cometeusuicídioOZo)acs assentiu# ?ão se identifica)a com essa parte do suicídio& masentendia a re)olta e a insatisfação# +sta)a )i)endo com um homem assim#

— 7 felicidade tem mais a )er com atitude M continuou 6urphy# M ?a)erdade& creio %ue a felicidade ! o resultado final de ter uma atitudepositi)a com relação > )ida& mesmo no meio de dificuldades# 7lgu!m já

disse %ue a felicidade ! como uma borboleta# Duando a perseguimos& elaparece sempre fugir de n8s# 6as %uando nos ocupamos das nossasresponsabilidades& a borboleta da felicidade pousa sobre nossos ombros#

— Bem& minha borboleta de)e estar de f!rias M respondeu Zo)acs& com umsorriso pálido#6urphy sabia %ue ha)ia mais por trás da resposta bre)e# +le tinhaconsci'ncia de %ue seria melhor dei,á9la falar#

— <oje& %uando )oc' mencionou 4adra%ue& 6esa%ue e 7bednego nafornalha e (aniel na co)a dos leNes& lembrei9me de algumas coisas# 6eu

a)C costuma)a me contar hist8rias sobre eles# +ra um homem muitoreligioso# +ra di)ertido& carinhoso e afetuoso# 7gora %ue penso nisso& acho%ue ele era um homem feliz#

— 3oc' ia > igreja %uando era criançaO — 4im& em 6ichigan# — + ainda fre%uenta a igrejaOZo)acs parou& depois e,plicouJ

— ?ão# $arei de ir > igreja %uando comecei o colegial# 6eu pai foi morto porum motorista b'bado& e eu não conseguia entender por %ue um (eus

amoroso permitiria tal coisa# 7cho %ue me zanguei com (eus e desisti dagreja#M sso acontece com muita gente#

— <oje )oc' mencionou julgamento e consci'ncia# sso foi bem pesado#?unca pensei em (eus usando nossa consci'ncia#



— 3oc' parece desanimada# — (esiludida ! o mais ade%uado# ?ão creio %ue seja possí)el ser feliz# $elomenos para mim#

— 7cho %ue (eus pode estar tentando falar com )oc'# — Lamento& (r# 6urphy& mas agora está falando como um da%uelesmalucos religiosos# ?ão ouço )ozes# 4empre me incomodou %uando aspessoas dizem %ue ou)em (eus falar com elas# Tenho a sensação de %ue

elas de)eriam estar em algum manicCmio# — Bem& dei,e9me tentar ajudá9la a entender# 3oc' alguma )ez empinoupipa com seu paiO

— 4im& muitas )ezes# — (e)e se lembrar de %ue& %uando da)a linha& a pipa subia# -omo )oc'podia ou)ir o papel tremulando ao )ento# Ps )ezes& ela subia tanto %ue%uase desaparecia#

— +u me lembro disso# — Duando a pipa sumia& como )oc' conseguia saber %ue ela ainda esta)a

láOZo)acs se mostrou confusa por um momento# (epois disseJ

— 7cho %ue pela tensão da linha# +u sentia %ue o )ento ainda impulsiona)aa pipa e a sustenta)a no ar#

— -erto# Q mais ou menos assim %uando (eus fala com )oc' M e,plicou6urphy& com um sorriso# M 3oc' não pode )'9Lo# +le está fora do seucampo de )isão# + tamb!m não pode escutar 4ua )oz& por%ue +le estámuito longe# 6as )oc' pode sentir 4ua tensão amorosa na linha de seucoração# Q isso %ue +le faz %uando )oc' l' a Bíblia# + %uando )oc' ou)e a

)oz da sua consci'ncia# + assim %ue (eus fala conosco# — 7h& esse ! um conceito diferente da ideia de ou)ir )ozes# — 4im& ! )erdade# (ei,e9me fazer uma perguntaJ )oc' sente hoje a tensãode (eus na linha de seu coraçãoO@s olhos azuis de 4tephanie Zo)acs começaram a se encher de lágrimas#+la des)iou o rosto depressa& mas 6urphy soube %ue lhe dera alimentopara o pensamento#

TRE6E

7%ra-8$* 902 a4C4

<RI56! 76RRE?96! P69I"% ser ou#idos em todos os lugares quandocomeçou o ataque final de ?abucodonosor. ,om seus arqueiros disparandocontra os soldados que protegiam as mural(as' centenas de (omens caíaminstantaneamente.Ele não (a#ia obtido sucesso com o uso de escadas de sítio' catapultas ouaríetes. " mudança de estratégia e1igiu quase um ano para ser

completada. "gora' uma rampa de terra da#a acesso + parte mais bai1a damural(a em torno de Derusalém e proporciona#a a brec(a necessria.!eus soldados bem-treinados subiam a rampa correndo' passando pelamural(a e in#adindo a cidade como ondas. %ul(eres e crianças grita#am

por proteção. 6 e1ército de Deoaquim caía e centenas de (omens eram



atingidos por flec(as. ?ão podiam enfrentar os endurecidos e e1perientesbabilnios. Em metade de um dia a batal(a terminou.6 c(eiro da morte paira#a no ar. !oldados remo#iam dos corpos tudo queera de #alor e os dei1a#am no local onde (a#iam caído. 6s sobre#i#enteseram conduzidos ao ptio do templo. 4' os mais #el(os' os deficientes e osferidos eram separados de mul(eres' crianças e adolescentes. 6s (omensfisicamente íntegros eram mortos no local.

?abucodonosor e seus (omens pil(aram a cidade. Ele dei1ou seuscomandados pegarem tudo que queriam. ,onser#ou para si apenas o ouroe as tapeçarias do templo. 6s troféus seriam le#ados para o tesouro dacasa de seu deus.?abucodonosor foi e1aminar os cati#os. Ele instruiu "spenaz' o c(efe doseunucos' para selecionar (omens jo#ens' entre /M e /N anos' para seremtreinados como ajudantes para a corte do rei.

— &uero que escol(a apenas os fil(os de Deoaquim ou os nobres da cidade.Eles de#em ser saud#eis e sem mculas. ,ertifique-se de que ten(am

intelig$ncia' aprendam depressa e sejam amplamente letrados em #rioscampos. 9e#em ter postura suficiente para' mesmo em sil$ncio' parecerembem no palcio. "s mul(eres e as crianças que ficarem de#erão ser criadas

para os nobres da corte. 9ei1e os mais #el(os' os aleijados e os feridos para limpar a cidade. Eles não representam ameaça.9aniel' com outros rapazes' foi acorrentado + longa fila que faria a marc(ade #olta + Babilnia. 9urante a parada para beber gua no segundo osis'9aniel te#e a oportunidade de con#ersar com os que esta#am acorrentadosmais pr1imos dele.

— %eu nome é 9aniel : ele murmurou. : !ou fil(o de %al@ia' juiz da cortedo rei. 6s brbaros mataram meu irmão e meus pais. — %eu nome é 7ananias : disse o adolescente ao lado de 9aniel. : Estessão meus irmãos' %isael e "zaria. !omos fil(os de Oepata. ?osso pai eraguardião do tesouro do rei. 5ambém perdemos nossos pais. !abe paraonde nos le#am*

— 6u#i alguém dizer que nos tornaríamos escra#os no palcio do rei?abucodonosor.%isael ol(ou para o (omem que cuida#a dos escra#os.

— !abe alguma coisa sobre ele* — 6s soldados o c(amam de "spenaz : e1plicou 9aniel. :- Ele é o c(efedos eunucos do rei.

"zaria comentou' amedrontadoA — Isso significa o que estou pensando* — Receio que sim : disse 9aniel. : %as' pelo menos' não #ão nos matar. — %as' 9aniel' não deseja um dia se casar e ter fil(os* ,omo pode permanecer tão calmo* — !im' "zaria' eu quero' mas todos sabemos que agora isso não #ai mais

acontecer. 9e#emos confiar em 9eus. ?ão gosto da idéia de me tornar umeunuco. ?ão mais do que #oc$.9aniel foi arrancado de suas lembranças quando sentiu o roçar do pelomacio no rosto. 0m dos le8es (a#ia parado' ol(ado para ele e farejado.9aniel esta#a paralisado. Prendia a respiração quando o leão se #irou e



caiu a seu lado como um imenso animal de estimação. ,onfuso e curioso'9aniel estendeu a mão (esitante e tocou as costas do animal. 6 leão nãose mo#eu.@ %ue aconteceria se eu o afagasseO9aniel sorriu ao sentir que o enorme felino aprecia#a a carícia.(e)o estar sonhando# sso não pode ser real#%as era. Podia sentir o calor do corpo do leão e os mo#imentos de seu

peito acompan(ando sua respiração. 6 calor do corpo do felino era quaseum conforto. 9e#agar' 9aniel começou a rela1ar. E quando começou aorar' as lembranças retornaram.7ananias foi o primeiro a #er.

— 2ejam3 : e1clamou ele' apontando para o norte.6s outros rapazes se #iraram para #er a majestosa cidade da Babilnia aolonge.&uando se apro1imaram' eles notaram um largo fosso contornando acidade. Barcos mercantes na#ega#am nas guas que eram alimentadas

pelo grande rio Eufrates. " mural(a que cerca#a a Babilnia tin(a Fmetros de altura e se estendia até onde a #ista podia alcançar. 6utro doscati#os disse ter ou#ido que as quatro mural(as em torno da cidade tin(amM quilmetros de comprimento cada. ?unca antes um deles (a#ia #istocoisa parecida.6s agricultores nos campos fora das mural(as da cidade interromperam otrabal(o quando os prisioneiros acorrentados passaram em marc(a lenta.

"li todos os tipos de frutas e grãos pareciam crescer. 9aniel notou ostrabal(adores mergul(ando regadores nos canais. Eles pararam e

apontaram para os prisioneiros' coc(ic(ando. &eriam escravos tamb'm(, pensou9aniel. " grande ponte sobre o fosso era coberta por #igas de madeira. Elas podiam ser remo#idas em caso de sítio + cidade. &uem quisesse atacar acidade teria de atra#essar o fosso nadando e depois escalar a imensamural(a. Babilnia era uma conquista impossí#el.6 imenso portão no final da ponte esta#a aberto. &uando os prisioneiroscamin(aram para ele' 9aniel #iu que (a#ia uma mural(a interna afastadada parede e1terior. 6 espaço entre elas era coberto de pedras de taman(os

#ariados. ?inguém podia atra#essar facilmente aquela rea. !e in#asoresconseguissem de alguma forma transpor a mural(a' ainda teriam deatra#essar o labirinto de pedras e escalar a mural(a interna.%uito astuto' pensou 9aniel.9epois de passarem pelo segundo portão' os quatro rapazes entraram nacidade e ficaram fascinados com o que #iram. 7a#ia ruas largas' c(eias degente' carroças e carros com soldados. Eles entraram na "a-ibursabu' a ruado festi#al' que corria paralela ao canal "ra(tu. Edifícios de ambos os ladosdas a#enidas arborizadas ultrapassa#am os QF metros de altura.

— Parece que #ão tocar o céu : disse 7ananias. : !ão enormes.4ogo eles passaram pelo pequeno tempo de ?inip' que se estendia dos doislados do canal. 9epois' pelo E-sagila' o magnífico e ricamente decoradotemplo de Belus' dedicado ao deus %erodac(.



— 6utro escra#o me disse que o tesouro do templo contém artigosfantsticos feitos em ouro e prata. %uitos foram capturados por?abucodonosor durante suas in;meras guerras : disse %isael.Eles esticaram o pescoço quando #iram o templo em forma de pir>mide.

— 9 para acreditar nessas ruas* : perguntou 9aniel. : !ão pa#imentadascom pedras de / metro quadrado. &uantos escra#os não foram necessrios

para coloc-las no lugar*

"zaria apontouA — 6l(e para aquelas lindas casas e mural(as feitas de tijolos secos ao sol. 6 pic(e parece betume negro. E #ejam3 5odos os tijolos t$m os nomes e ostítulos de ?abucodonosor impressos.Eles marc(aram para &asr' um edifício ricamente decorado que ocupa#auma rea de // acres.Por toda a cidade era possí#el #er enormes e coloridas reproduç8es dele8es' touros' drag8es e serpentes gigantes. <randes cenas de caçaretrata#am a perseguição de um leão e de um leopardo.

+les de)em ter muitos artesãos talentosos& pensou )aniel.Eles passaram pela Porta de Is(tar epelo imenso palcio %ediano' decoradocom cedro e madeiras caras. %uitas portas eram feitas de palmeira'cipreste' ébano e marfim' e emolduradas por prata e ouro' adornadas porcobre. Batentes e dobradiças eram feitos de bronze.&uando os rapazes passaram por grandiosas esttuas de ?inus' !emíramise D;piter' 9aniel comentouA

— &ue triste. 6s babilnios idolatram deuses feitos pelas mãos (umanas enão Deo#' o #erdadeiro 9eus do céu e da 5erra.

7ananias e seus irmãos esta#am encantados com os magníficos jardinssuspensos. =lores' #ideiras e r#ores cobriam os terraços ele#ados numae1ibição de tirar o flego.

— <ostaria de que nossa mãe esti#esse #i#a : comentou 7ananias' comtristeza. : 4embram-se de como ela de#ol#ia a #ida até + planta deapar$ncia mais enferma*

— ,omo eles projetaram o sistema de irrigação* : perguntou %isael'intrigado. :"queles motores que bombeiam a gua do canal e a le#am aosterraços suspensos são incrí#eis.

,om o passar dos dias' a mudança na #ida dos garotos era simplesmenteinacredit#el. "gora eram eunucos. 6s rapazes eram gratos' porém' porterem um ao outro como apoio para a difícil e1peri$ncia. ,om a dorsuperada' agora precisa#am aprender a sobre#i#er' a se adaptar.9aniel' 7ananias' %isael e "zaria logo começaram a ser educados deacordo com a sabedoria dos caldeus. 6 primeiro passo aconteceu quandoeles ti#eram seus nomes modificados por %u@litar' o superintendente queos treinara.

— 2oc$s não serão mais con(ecidos por seus nomes (ebreus. 9e#em

esquecer o passado. "gora terão nomes de deuses da Babilnia. "(' timo' pensou 9aniel. — 9aniel' #oc$ #ai ser c(amado de Beltesazar. 7ananias' #oc$ ser!adraque. %isael' #oc$ ser %esaque. E "zaria ser "bednego. &uantoantes compreenderem que agora são babilnios' mais feliz ser a #ida de



#oc$s. !er#ir + corte do rei é mel(or do que trabal(ar nos campos.5ambém sou um escra#o' como sabem.

— %u@(tar' pode atender a um pedido nosso*:perguntou 9aniel'respeitoso.

— 6 que quer* — " comida da mesa do rei. — ?ão come o suficiente* — ?ão' não. ?ão é isso. 5emos alimento suficiente. ?ão é o que estamosacostumados a comer' porém. rico demais para ns. Podemos receber#egetais e gua' em #ez do que temos comido*

— 6 qu$* 2ão adoecer e enfraquecer3 !e perdem a sa;de' eu perco acabeça. 6 rei nunca me perdoar por ter sido negligente com min(asresponsabilidades.

— ?ão pode ao menos considerar um teste de dez dias* — &ue tipo de teste* — "limente-nos apenas com #egetais e gua por dez dias e depois

compare-nos com os outros jo#ens que comem a comida rica do rei. !e parecermos enfermos' #oltaremos a comer o mesmo de antes.0m dos le8es rugiu e bateu com a pata em uma f$mea. Ela se encol(eu eele' bocejando' continuou andando pela co#a. 9aniel podia #er seus dentesbrancos e afiados mesmo com a luz escassa.

— Reo)á& o %ue está acontecendoO M indagou ele em #oz alta. — $or %ue me dei,a )i)erO <á algo %ue %ueira de mimO " mente de 9aniel começou a di#agar. — ?ão posso crer que tr$s anos se passaram : disse %u@(tar. : &uando

c(egaram aqui e me pediram para comer apenas #egetais' pensei quefossem malucos. %as #oc$s são mais saud#eis que os outros jo#ens. — ?osso 9eus nos d força : respondeu 9aniel. — 9e#e ser isso. E também d sabedoria. 2oc$s dominaram nossa literaturae ci$ncia. %ostraram ter compreensão dos son(os e #is8es. Isso é bom...

porque serão le#ados + presença do rei (oje para serem testados. Ele #aifazer #rias perguntas para #erificar o que aprenderam. !ei que se sairãobem' porque são dez #ezes mais astutos do que os outros jo#ens quetreinei. 6 rei os aceitar em sua equipe de mgicos (abilidosos e

astrlogos sbios.: !er#iremos onde nos colocar' %u@(tar : declarou 9aniel. : %as setemos alguma sabedoria' ela nos foi dada por Deo#.

5UATOR6E

M L76+?T@& 4+?<@"& mas )ai ter de tirar o cinto e os sapatos# +stamos umpouco mais cautelosos hoje# Temos um alerta para casos de terrorismo#6urphy mordeu o lábio e não disse nada# <a)ia le)ado %uase uma hora

para passar pela inspeção de segurança#6(' não' agora #ou ter de esperar mais /(MH pelo #o. $aci'ncia não erauma de suas )irtudes# ?ão gosta)a de esperar em filas ou ficar sentado noaeroporto# ncomoda)a9o não ser ati)o& não estar produzindo# +le pegou o



celular& discou E11 e pediu o n*mero do (epartamento de $olícia de@rlando#+n%uanto espera)a a gra)ação fornecer o n*mero& 6urphy obser)a)a aspessoas na sala de esperaJ uma jo)em tenta)a conter os dois filhospe%uenos e agitados# @utras pessoas tamb!m da)am sinais de frustraçãocom a espera# 6s e#entos de // de setembro certamente mudaram omundo todo' pensou ele& taciturno#

7 gra)ação recitou o n*mero& e ele apertou a tecla correspondente > opçãode discar automaticamente# 6urphy identificou9se para o oficial %ue oatendeu e pediu para falar com o sargento @en +ast#

— 3ai pedir& senhorO — 4im& )amos pedir agora# M 6urphy sorriu para sis# @s olhos )erdesbrilha)am& e os lindos cabelos )ermelhos emoldura)am um rosto de traçosdelicados# +la parecia uma supermodelo rec!m9saída das páginas de umare)ista de moda# Duem poderia imaginar %ue era uma acad'micaO 6urphyse sentia como um colegial em seu primeiro encontro#

— Q bom )er )oc'& sis M comentou ele# M +stá 8tima#@ sorriso radiante e o olhar cheio de )ida %uase o fizeram derreter#

— @h& a prop8sito& tenho 8timas notícias M disse 6urphy# — 3ern retornará aos +stados Unidos na semana %ue )em# @s m!dicos na Tur%uia dizem %ue ele está %uase totalmente recuperado# Falei com ele portelefone no aeroporto en%uanto aguarda)a meu )Co#

— sso ! mara)ilhoso= +spero %ue não tenha mais nenhuma a)entura de)ida ou morte em seus planos# 7cho %ue 7rarat foi agitação suficiente parauma )ida inteira M sis respondeu#

6urphy ficou calado#+la o obser)ou& intrigada# — 4ua hesitação significa o %ue estou pensandoO6urphy parecia contrito#

— +u sei# +u sei# 6as essa ! uma possí)el descoberta ar%ueol8gica %ueajudaria a confirmar a Bíblia### tanto %uanto a descoberta da arca#6urphy passou todo o tempo da refeição e,plicando seu mais recenteepis8dio com 6atusal!m e o conte*do do en)elope# +le concluiuJ

— $odemos encontrar a famosa +scrita na $arede de Belsazar# 7cho %ue era

isso %ue 6atusal!m nos disse na BabilCnia# — +le nos disseO6urphy sorriu#

— 4im# $*s. $reciso de sua ajuda# 3oc' tem o conhecimento para determinara )alidade da escrita#

— $recisa do meu conhecimento= M @ tom normalmente sua)e de sisdemonstra)a irritação# 6urphy percebeu %ue não conseguia se fazerentender# +le se inclinou para a frente& estendeu a mão para ela e disse&s!rioJ

— sis& %uero %ue você )enha comigo# 6esmo %ue não encontremos nada&%uero ter )oc' a meu lado#



5UIN6E

+"76 4+T+ (7 noite# 6urphy dirigia seu )elho (odge para o estacionamentoda -asa de "epouso Duiet "i)er#7 recepcionista de cabelos grisalhos o recebeu com um sorriso# +leperguntou pelo (r# <arley B# 7nderson e foi orientado para encontrá9lo nabiblioteca& no final do corredor > es%uerda#

5odas as casas de repouso t$m o mesmo c(eiro' pensou 6urphy& en%uantocaminha)a pelo corredor#48 ha)ia uma pessoa na pe%uena biblioteca# @ homem idoso sentadodiante da mesa tinha cabelos abundantes e brancos# Bem9)estido& comcamisa esporte e calça cá%ui& tinha os bifocais pendurados na ponta donariz# +sta)a concentrado no li)ro# ?ão parecia algu!m de mentetranstornada& desligado da realidade#

— -om licença& senhor# $or acaso ! o (r# 7ndersonO@ homem le)antou a cabeça e esperou# 6urphy podia notar %ue ele

tenta)a entender como a%uele desconhecido sabia seu nome# — 4im& sou o (r# 7nderson& rapaz#6urphy estendeu a mão#

— 6eu nome ! (r# 6ichael 6urphy# 4ou professor na Uni)ersidade $restonem "aleigh& na -arolina do ?orte# $osso me sentarO

— Fi%ue > )ontade M respondeu o idoso# M Rá nos conhecemosO 6inhamem8ria tem andado fraca ultimamente#

— ?ão& senhor# 4oube sobre seu trabalho atra)!s de um artigo de jornal epor interm!dio do sargento +ast do (epartamento de $olícia de @rlando# @

artigo trazia um comentário sobre suas preocupaçNes com o fim do mundo#7nderson mudou de posição na cadeira# 4eus olhos se acenderam e ocansaço desapareceu de seu rosto#

— Q professor de %u'O — 7r%ueologia bíblica# — +ntão& sabe muito sobre a BíbliaO — Q& podemos dizer %ue sim# +studo a Bíblia há muitos anos# — \timo= ?esse caso& tal)ez eu tenha encontrado algu!m capaz de meentender# 3amos começar pelo início da hist8ria# 4ou embriologista# Fui um

dos pioneiros no campo da inseminação artificial e da fertilização in vitro. Qclaro& estou aposentado há muito tempo# (e %ual%uer maneira& em 1KS/&eu trabalha)a com um ginecologista chamado (r# R# 6# Talpish em umprojeto na Transil)nia& na "om'nia#6urphy ou)ia com atenção& percebendo rapidamente %ue o (r# 7ndersonnão sofria de 7lzheimer ou %ual%uer outra desordem mental ou cerebral# @homem era tão l*cido %uanto ele mesmo#@ (r# 7nderson continuouJ

— (escobrimos um processo para inseminar artificialmente

espermatoz8ides m8)eis em 8)ulos femininos fora do *tero# sso era feitosob microsc8pios altamente poderosos e em laborat8rio# @s 8)ulosfertilizados eram mantidos em soluçNes salinas nas placas de petri at!serem implantados no re)estimento endometrial do *tero da mãe#



— (esculpe9me& (r# 7nderson& mas& de acordo com meus conhecimentos& aprimeira fertilização in #itro bem9sucedida aconteceu na nglaterra em1K/0# 4e não me engano& os m!dicos 4teptoe e +dards foram ospioneiros#@ (r# 7nderson tinha a testa franzida#

— +les receberam os cr'ditos como se fossem os pioneiros### mas Talpish e eufomos %uase 1. anos mais rápidos %ue eles# ?ão pudemos publicar nossos

resultados nem falar sobre eles com ningu!m#6urphy esta)a muito interessado na hist8ria#@ (r# 7nderson continuou falando %uase sem parar para respirar# +le tinhaum segredo %ue %ueria di)ulgar& e 6urphy esta)a ali para ou)i9lo#

— nseminamos artificialmente o 8)ulo de uma doadora e o implantamos no*tero de uma jo)em cigana& uma mulher de 10 anos de idade# Foi umasituação muito estranha# Fomos contratados por um grupo %ue seidentifica)a como 7migos da ?o)a @rdem 6undial# +les nos deram muitodinheiro por essa inseminação artificial#

— Duando diz %ue foi uma situação estranha& o %ue %uer dizer realmenteO — Bem& esse grupo nos deu o 8)ulo e tamb!m o s'men# ?osso trabalho erasimplesmente uni9los e implantar o 8)ulo no *tero da%uela jo)em# Ti)emosde jurar sigilo absoluto# 7companhamos o projeto at! o nascimento dacriança# Um menino# + então###

— +ntão o %u'O M 6urphy perguntou& fascinado# — 6eu s8cio& o (r# Talpish& morreu em um misterioso acidente deautom8)el# Logo percebi %ue não se trata)a de um acidente# -reio %uea%uele grupo %ue nos contratou o tenha assassinado# $ara me proteger&

mandei todos os meus pap!is e minhas anotaçNes para minha filha nos+stados Unidos# +la os guardou em um cofre de banco# (ei a ela instruçNespara %ue& se eu morresse de modo misterioso& tudo a%uilo fosse entregueaos jornais# ?ão muito tempo depois da morte do (r# Talpish algu!mda%uele grupo )eio me )isitar# Ti)e a sensação de %ue tentariam algocontra mim& por isso me manifestei antes %ue eles ti)essem uma chance deagir# "elatei %ue ha)ia en)iado meus pap!is para os +stados Unidos e %uetoda a documentação esta)a guardada em local seguro# +les ficaramfuriosos& me ameaçaram& juraram matar minha esposa e minha filha se

algum dia eu re)elasse alguma coisa# + esta)am falando s!rio= — 4ua família ainda está sob ameaçaO — ?ão# 6inha esposa faleceu há alguns anos& de causas naturais# Fui morarcom minha filha& %ue nunca se casou# +la tamb!m morreu de umaenfermidade hepática há um ano# Foi %uando )im para cá#

— + nunca mais foi procurado por a%uele grupoO — ?ão# +les me dei,aram em paz# 7cho %ue não %uerem criar confusão# — +ntão& por %ue agora anda pelas ruas contando sua hist8riaO — 7cho %ue %uero limpar minha consci'ncia M disse o )elho# M 7credito

%ue fizemos algo terri)elmente mau# Ti)e a oportunidade de acompanhar omenino& filho da jo)em cigana& mas perdi contato com eles depois dosprimeiros cinco anos# 7cho %ue o grupo le)ou a mulher para algum lugar###ou a mataram# ?ão tenho certeza# "ecentemente& comecei a ler algumasprofecias da Bíblia# @ %ue li me assustou# 7 profecia fala)a sobre a )inda de



danificada e hou)e significati)a perda de sangue# +m outro segmentofalaremos sobre###Isso de#e ser obra de 5alon3

DE6ESSEIS

@ UTLT]"@ $"+T@ parou sob um salgueiro junto ao meio9fio# Talon abriu a

janela& dei,ando sair o som de m*sica clássica# +le sorriu# 9ois por um. 6dia prometia ser bom. Talon abriu um li)ro de +dgar 7llan $oe e começou aler#M (r# 6urphy& ! uma alegria re)'9lo M disse o (r# 7nderson com um largosorriso# M Duer caminhar um pouco en%uanto con)ersamosO +ste lugar !bem deprimente# Q bom ter a companhia de algu!m ainda jo)em e com amente funcionando bem#

— 4im& podemos caminhar# @ dia está 8timo# ?otei um pe%ueno par%ue nãomuito longe da%ui# <á uma cafeteria ao lado# $or %ue não )amos tomar um

caf! e comer algoO — 7h& o pão doce de canela da%uele lugar ! minha fra%ueza# 4oufre%uentador assíduo M riu o (r# 7nderson#6urphy e o (r# 7nderson caminharam lado a lado na direção do par%ue#4algueiros magníficos lança)am sobre a calçada uma sombra fresca#

— (r# 6urphy& antes de encontrá9lo& esti)e no cart8rio de Duiet "i)er# @tabelião ser)iu de testemunha para o reconhecimento desta carta#+le deu a 6urphy uma folha de papel#

Federated BanH ^ Trust-idade de ?o)a [orH& ?o)a [orH

7 Duem $ossa nteressarJ@ portador desta carta& (r# 6ichael 6urphy& tem minha permissão pararetirar objetos do meu cofre# $or %uestNes de sa*de& meus m!dicos nãopermitem %ue eu faça )iagens longas# $ortanto& dei ao (r# 6urphy estaprocuração para %ue ele possa agir em meu nome#$or fa)or& d' a ele toda a assist'ncia %ue for necessária# @brigado por sua

ajuda nessa %uestão#

4inceramente&<arley B# 7nderson& 6!dico-asa de "epouso Duiet "i)er5estemun(a.

+enny . arris Tabelião da Fl8rida na 1#.221

M ?ão sei se entendi bem# M 6urphy olha)a confuso para o (r# 7nderson# — (r# 6urphy& não me resta muito tempo# $reciso passar essa informaçãopara as mãos de algu!m %ue possa alertar as pessoas certas# 7cho %ue)oc' ! essa pessoa# 4ei %ue s8 nos conhecemos ontem& mas há algo em



)oc' %ue desperta minha confiança# $oderia fazer esse fa)or a um homemmoribundoO+ra difícil resistir ao apelo no olhar de 7nderson#

— Q claro %ue sim M respondeu 6urphy# M 4erá um prazer ajudá9lo# — 6uito obrigado# ?ão sabe o %uanto isso significa para mim# Talon abai,ou o )olume da m*sica& fechou a janela e ligou o motor doutilitário# ,(egou a (ora de pagar por aquele mergul(o no mar ?egro' 9r.

%urp().4eus olhos esta)am fi,os em 6urphy& %ue caminha)a com os braçosocupados por caf! e pães doces#Paci$ncia. 5en(a paci$ncia. Ela é uma #irtude' como #oc$ sabe.6urphy saiu da cafeteria sem perceber o utilitário atrás dele# +sta)aolhando para o (r# 7nderson& %ue o espera)a em p! ao lado de um bancodo par%ue# a carregando o caf! e os pães doces de canela& e tenta)a nãoderrubar nada# 48 %uando se apro,imou do (r# 7nderson ele percebeu %ueha)ia algo errado# @ )elho tinha os olhos muito abertos e o %uei,o caído& e

olha)a para algo atrás dele# 7lgo %ue o apa)ora)a#@ treinamento em artes marciais era algo %ue aguça)a o instinto# 6urphysoltou sua carga e saltou para a frente& tentando agarrar o m!dico# Duandoas mãos o tocaram& ele ou)iu o rugido do )eículo se apro,imando em alta)elocidade#6urphy tentou saltar para o lado& le)ando consigo o (r# 7nderson& mas eratarde demais# @ homem foi arrancado de suas mãos pelo pára9cho%ue %ueo atingiu e o jogou longe# 6urphy sentiu o impacto da lateral do autom8)elem seu corpo e rolou para mais longe& tonto& mas )i)o#

Talon nem se deu o trabalho de parar e descer do carro& por%ue esta)acerto de ter concluído sua missão# 4atisfeito& pisou fundo no acelerador e)irou na primeira es%uina# 6urphy recuperou9se depressa e& mancando&apro,imou9se do (r# 7nderson# @ homem ainda respira)a& mas com grandedificuldade#M (outor= (outor& aguente firme= 3ou buscar ajuda=7 mão fraca e tr'mula se mo)eu em sua direção# 6urphy se debruçousobre o m!dico& apro,imando a orelha de sua boca#

— 7 cha)e# ?o meu pescoço M o (r# 7nderson sussurrou# 6urphy notou a

corrente pendurada no pescoço dele# <a)iamuito sangue em torno dela# — Duero ser como o ladrão### na cruz M o (r# 7nderson murmurou antes defechar os olhos# $ela *ltima )ez#

DE6ESSETE

6U"$<[ 47B7 DU+ Le)i 7branis era um homem complicado# +le ha)ianascido em srael e cursara a faculdade nos +stados Unidos# (epois& logo

ap8s a formatura& alistara9se no +,!rcito israelense# 7lto e musculoso& logoatraíra a atenção da 6ossad M o nstituto de ntelig'ncia e @peraçNes+speciais de srael# @ grupo recrutou 7brams para um trabalhoultrassecreto# 6urphy nunca conseguira con)enc'9 lo a falar sobre o %uefizera durante seus anos com a 6ossad#



— Tal)ez possamos nos encontrar em ?o)a [orH# 7migos me pediram %ueresol)esse uns problemas por lá#

— 7migosO<ou)e outra pausa#

— 6ichael& )amos dizer apenas %ue eles precisam de determinadainformação para %ue possam tomar decisNes eficientes# 48 isso#

DE6OITO

+U5+?+ 46$4@? @L<@U para o rel8gio ao estacionar ao lado do jato5ulfstream 3# -om um suspiro ali)iado& desligou o 6ercedes e desceu#0au3 Em cima da (ora3

Trabalha)a para a Barrington -ommunications ha)ia tr's anos e s8 seatrasara uma )ez# Um erro era a *nica chance %ue um empregado tinhacom 4hane Barrington& um dos homens mais ricos e poderosos do mundo#Duando 4impson abriu a porta traseira& ele deparou com os olhos cinzentos

de Barrington# 7%uele olhar sempre lhe causa)a arrepios# "ecuou um passoe ficou em estado de alerta como um soldado treinado# @ porte atl!tico doimplacá)el guerreiro do mundo corporati)o emergia# +le ajeitou o palet8 doterno de .#II d8lares e olhou em )olta#@s cabelos& já com mechas grisalhas nas t'mporas eram batidos pela brisasua)e# 4impson olhou para o rosto magro e os lábios finos do patrão# @corpo forte e a atitude imponente intimida)am#M $egue as malas& +ugene#@ c!u esta)a encoberto %uando o jato desceu em _uri%ue# @ tempo escuro

e *mido combina)a com o espírito de Barrington# ?ão esta)a feliz por estarali# ?a )erdade& começa)a a se cansar de receber e cumprir as ordens desete egomaníacos pomposos& arrogantes e á)idos por poder# +sta)a muitoperto de se fartar de tudo a%uilo#,uidado' Barrington. Eles o ajudaram a enriquecer e podem destruí-lo'também. Eles controlam o conte;do de seus cofres' como #oc$ sabe... pelomenos por enquanto.+le sentiu o peito e o estCmago contraídos %uando o motorista parou ocarro %ue o le)aria ao castelo#

Por que eles sempre mandam esse motorista pa#oroso e sem língua* "('bem... Pelo menos não preciso ou#ir con#ersa fiada.+m cerca de 1 minutos a limusine surgiu como se esti)esse escondidaentre as nu)ens bai,as# @ c!u era azul e o sol brilha)a sobre os 7lpesne)ados# Uma hora se passou antes %ue Barrington pudesse )er as torresg8ticas do castelo ao longe# +las já não pareciam tão agourentas %uanto na*ltima )ez em %ue as )ira#5al#ez eu esteja me acostumando a elas' disse a si mesmo. ?ão fosse poraqueles egomaníacos' seria um belo lugar para #isitar.

@ motorista dei,ou Barrington na frente da gigantesca porta de madeira#?o interior do amplo hall de entrada ele passou por armaduras %ue eramcomo sentinelas sem )ida de algum rei medie)al# 7s tochas %uenormalmente ardiam brilhantes esta)am apagadas# Todo o lugar pareciasinistro e proibiti)o### deserto# 4eus passos ecoa)am forte no piso de pedra#



Rá conhecia a rotina# 4em hesitar& dirigiu9se > larga porta de aço ino,idá)elno e,tremo sul do corredor e ou)iu o som sibilante %uando ela foi abertapara dei,á9lo entrar& depois o mesmo som %uando foi fechada# +le apertouo botão da cabine para descer# -odos a bordo. #rimeira parada /nferno.<a)ia sido o nferno& realmente# +m especial na noite em %ue conhecera

Talon en%uanto seu filho 7rthur jazia sobre uma cama com uma máscararespirat8ria encobrindo9lhe o rosto# +le recordou a con)ersa#

— TalonO sso ! nome ou sobrenomeO$odia ou)ir o sota%ue sul9africano como se o hou)esse escutado ontem#

— ?ão faz diferença# Uso esse nome como um tributo ao *nico ferimentos!rio %ue já sofri em toda a minha )ida de guerreiro# @ primeiro falcão %uecriei e treinei ainda menino na ]frica do 4ul& a *ltima criatura a %ue medei,ei ligar afeti)amente& um dia se )oltou contra mim& me atacou earrancou meu dedo indicador#Barrington lembra)a9se de Talon remo)endo a lu)a da mão direita parae,ibir o en,erto bem9parecido com um dedo& e,ceto pela aus'ncia de unha

e pela e,tremidade afiada# @ dedo artificial era& na )erdade& uma armaletal# + Talon usa)a o dedo da morte com grande efici'ncia#6esmo endurecido como era& Barrington ainda tremia ao se lembrar de

Talon usando o dedo artificial para cortar o tubo %ue le)a)a ar ao pulmãode seu filho e o mantinha )i)o# Barrington assistira em sil'ncio en%uanto7rthur sufocara at! a morte# ?ão ama)a realmente a%uele menino& masficara furioso com a pr8pria atitude# Por que não deti#e 5alon* =oraassassinato a sangue-frio' e não fiz nada para impedir.$odia sentir seus punhos se fechando %uando o ele)ador parou e a porta se

abriu#7 atenção de Barrington se )oltou para a cadeira de madeira entalhada nocentro da sala imersa em penumbra# Uma luz pro)eniente do teto ailumina)a# +le podia )er as gárgulas nos braços# Lembra)a9se de t'9lasagarrado com força em algumas ocasiNes#Bem' #amos acabar com isso de uma #ez. 7ora de sentar na cadeiraelétrica.+le se sentou na cadeira imponente e olhou para a longa mesa diante dele#7 toalha )ermelha ainda a recobria# ?ão ha)ia ningu!m sentado nas sete

cadeiras atrás da mesa# ?o sil'ncio denso& Barrington podia ou)ir o pr8priocoração batendo#Isso é como ser mandado para a sala do diretor no colégio. 2oc$ ficasentado no corredor suando frio por um bom tempo' até que alguém oc(ama para enfrentar a reprimenda. ,on(eço o jogo.+le esperou 1I minutos antes de os sete entrarem na sala e ocuparem seuslugares#?ão são muito corajosos. Eles iluminam meu rosto para que eu não consiga#er o deles. %as um dia #ou descobrir quem são. Então' #eremos até aonde

#ai sua coragem. Rohn Bartholome foi o primeiro a falarJ — +stá um pouco atrasado& 4r# Barrington# $recisamos comprar um rel8giosuíço para )oc'O@ tom sarcástico irritou Barrington# !orria e ignore.



— Tal)ez seja uma boa ideia# 4abem onde posso encontrar umO — +stá muito impertinente hoje& 4r# Barrington#4abia %ue era melhor desistir do sarcasmo# +sta)a em territ8rio inimigo& eeles tinham o poder### dessa )ez# +le começa)a a pensar em uma resposta%uando o general Li falouJ

— +stamos preocupados# @ %ue o (r# 6urphy fazia em @rlando com umcerto (r# <arley B# 7ndersonO ?osso mensageiro não conseguiu eliminá9los&

e ficamos muito aborrecidos com isso#7 )oz de uma mulher com sota%ue alemão soou na sala#

— Dueremos %ue obtenha mais informaçNes sobre o (r# 6ichael 6urphy#?ão estamos satisfeitos com o %ue temos at! agora# @ %ue planeja fazernesse sentidoOBarrington sabia %ue esta)a realmente na cadeira el!trica#

— Uma das minhas melhores rep8rteres in)estigati)as está seguindo o (r#6urphy neste e,ato momento#

— sso ! fato& 4r# BarringtonO M indagou o senor 6endez# M + essa rep8rter

!& por caso& 4tephanie Zo)acsO,omo essas pessoas conseguem tantas informaç8es*' pensou Barrington,

furioso.6endez continuou num tom sua)e#

— +la não ! sua amanteO M 7 )oz do homem soa)a debochada#Barrington procura)a desesperadamente por uma resposta& %uando 4irWilliam 6erton se manifestouJ

— 7cha %ue pode confiar nela& 4r# BarringtonO ?ão temos muita paci'nciacom deslealdade M ele disse& tocando o colarinho clerical#

Barrington fer)ia de 8dio# ?ão gosta)a de ser ameaçado M especialmentepor gente %ue se escondia no escuro# 4uas mãos agarraram as gárgulas& ea )oz soou g!lidaJ

— 4ei %ue posso confiar nela# +la sempre )ai at! o fim de uma hist8ria# +tamb!m mantenho um aluno em uma das turmas de 6urphy trabalhandopara mim# @ nome dele ! $aul Wallach# -om essas duas pessoas& esperoconseguir todas as informaçNes de %ue )oc's precisam#

— $ara seu pr8prio bem& 4r# Barrington& espero %ue esteja certo# 4ua sa*dedepende disso M declarou Bartholome com firmeza#

!e alguém falasse comigo desse jeito quando eu #i#ia pelas ruas de9etroit' não estaria em pé e andando' Barrington pensou' re#oltado. — "ecomendamos %ue a obser)e atentamente# +stamos entendidosOBarrington apertou os lábios#

— ?ão ou)i sua resposta& 4r# Barrington#7gora a situação se resumia em um jogo de pressão# @s 4ete o esta)amtestando para estabelecer %uem esta)a no comando& %uem detinha opoder#

— +ntendo#

— @ %ue disse& 4r# BarringtonO ?ão ou)i M repetiu Bartholome#+ra e)idente %ue eles não s8 %ueriam submissão& mas tamb!m pretendiamhumilhá9lo#

— +u disse %ue +?T+?(@= — Bem& ! bom t'9lo conosco# + na pr8,ima )ez& não se atrase#



Barrington mordeu a língua. &ua mente girava depressa 0uando se levantou e saiu.&uem essas pessoas pensam que são... me fazer atra#essar o "tl>ntico

para uma reunião curta como essa3 Podiam ter telefonado para me dar asmesmas instruç8es. Eles s* querem me mostrar quem est no controle. ?ãosei quanto ainda #ou conseguir tolerar.

DE6ENO:E

%0RP7 64760 P"R" 6 rel*gio. 9ez para as no#e. mel(or ir andando.+le terminou de beber o caf! e jogou o copo descartá)el no li,o# (epois sele)antou& alongou os m*sculos& recolheu suas anotaçNes e respirouprofundamente# @ cheiro de magn8lias paira)a no ar# 7%uele lugartran%uilo no campus era um paraíso para pensar e rezar antes do início dasaulas#6uitos alunos já esta)am sentados %uando ele entrou no audit8rio# 6urphydesceu a escada para a plataforma no centro e > frente e abriu a pasta#

"etirou as anotaçNes e olhou em )olta# 4hari con)ersa)a com dois alunosna lateral da sala# $aul Wallach esta)a sentado do outro lado#Parece que ainda estão com problemas' ele pensou.7lguns alunos se reuniam ao fundo#M 4entem9se& por fa)or M 6urphy anunciou# M 3amos começar#Duando o grupo começou a se dispersar& ele percebeu %ue os alunosesta)am reunidos em torno de 4tephanie Zo)acs#5r$s aulas consecuti#as. Por que ela tem passado tanto tempo na Preston...e nas min(as aulas*

— Bom9dia& turma# <oje )amos continuar com nosso estudo hist8rico dagrande cidade da BabilCnia# Rá )imos %ue tinha edifícios majestosos& ruaspa)imentadas& sistemas de drenagem e ampla rede de canais de irrigação#7s dimensNes do maior desses canais ainda podem ser traçadas# +ledei,a)a o +ufrates em <it e contorna)a o deserto& seguindo para o sudestepor mais de SI %uilCmetros para o golfo $!rsico& onde desagua)a na baíade 5rane# 7o longo dos anos& a cidade foi go)ernada por di)ersos grandeslíderes& incluindo <amurabi& ?abucodonosor& -iro& o 5rande& e 7le,andre& o5rande#

A+m 2K a#-# os persas con%uistaram a BabilCnia# @ rei `er,es da $!rsiadestruiu parte da cidade# (aí em diante& começa o declínio da BabilCnia# @escritor (io comenta %ue %uando Trajano a )isitou& em 11S& s8 )iu montesde pedras e ruínasX#A6urphy notou os olhares )idrados& sinal de %ue os alunos começa)am a sedebater no mar dos detalhes hist8ricos 5al#ez isso recupere a atençãodeles' pensou#

— @ nome 4addam <ussein soa familiar para )oc'sO 4abem %ue 4addamcomeçou a reconstruir a BabilCnia no início da d!cada de 1K0IO

6urphy ligou o projetor# 4lides de muitos edifícios no)os e grandesmuralhas eram projetados# — @ pr8,imo slide ! uma citação de 4addam <ussein& um trecho de umdiscurso feito em 1K/K#



6 que é mais importante para mim sobre ?abucodonosor é a ligação entreas (abilidades rabes e a libertação da Palestina. "final' ?abucodonosorera um rabe do Iraque' embora do Iraque antigo. ?abucodonosor foi o(omem que trou1e os escra#os judeus acorrentados da Palestina. porisso que' sempre que me lembro de ?abucodonosor' gosto de lembrar aosrabes : aos iraquianos em particular : de suas responsabilidades(istricas. uma carga que não de#e impedi-los de seguir com a ação' mas

impeli-los + ação' por causa de sua (istria.

4addam <ussein& 1K/K-itado por (a)id Lamb no +os Angeles -imes

— 7ntes da guerra no ra%ue e da captura de 4addam <ussein& ele tinha tr'sobjeti)os %ue se sobrepunhamJ con%uistar territ8rio& obter poder econCmicoe eliminar a nação de srael# 7gora ele não pode mais alcançar nenhumdesses objeti)os& mas temos %ue nos manter atentos ao ra%ue e > cidade

da BabilCnia#6urphy notou %ue ha)ia recuperado a atenção dos alunos#

— ?a Bíblia& o Li)ro do 7pocalipse cont!m mais de EIE )ersos# ?os-apítulos 1/ e 10 há E. )ersos %ue tratam do %ue penso ser a reconstruçãoliteral da BabilCnia# Duando se acrescenta o 7pocalipse 1EJ0 e 1SJ1K& %uediscutem o futuro da BabilCnia& passam a ser EE )ersos falando dessacidade# +m outras pala)ras& ela ! suficientemente importante para estar nocentro de dez por cento do Li)ro do 7pocalipse#

— (r# 6urphy& por %ue acha %ue a BabilCnia ! tão importanteO M perguntou

$aul Wallach#Essa é a primeira #ez que Paul se manifesta em muito tempo. =ico feliz porele ter finalmente decidido participar.

— +ssa ! uma boa pergunta& $aul# -reio %ue ela ! importante por%ue foi aprimeira cidade onde hou)e uma rebelião organizada contra (eus#+ncontramos essa menção no 5'nesis& -apítulo 11# BabilCnia foi a capitaldo primeiro go)ernante mundial& ?imrod# +le tamb!m foi o rei da BabilCnia&como ?abucodonosor& %ue destruiu a cidade de Rerusal!m e o templo em0S a#-# +la foi a cidade de onde %uatro imp!rios gentílicos go)ernaram

sobre Rerusal!m#6urphy projetou o slide seguinte# — @utra razão %ue considero importante foi encontrada no 7pocalipse 1/J#3ejam estas pala)ras fortes do ap8stolo Roão#

64TQ"@J B7BL?7& 7 5"7?(+& 7 6+ (74 6+"+T"_+4 + (747B@6?7+4 (7 T+""7#

7pocalipse 1/J

— @ grande historiador 7rnold Toynbee sugeriu a seus leitores %ue aBabilCnia seria o melhor lugar para se construir uma metr8pole cultural nomundo do futuro# (e fato& há a%ueles %ue acreditam %ue não s8 a BabilCniaserá um p8lo cultural& mas tamb!m se tornará um centro econCmico# (e



acordo com a profecia da Bíblia& esse centro )ai abrigar o go)erno& areligião e o com!rcio *nicos do mundo#Wallach le)antou a mão outra )ez#

— $or %ue acham %ue a BabilCnia ! tão importanteO — 7credito %ue haja mais de uma razão& $aul# Uma resposta 8b)ia ! %ue elase localiza no centro de boa parte da produção mundial de petr8leo# @utrarazão seria ajudar a reconstruir o ra%ue de forma %ue aplacasse e

amenizasse as tensNes no mundo árabe# 7 esperança pode ser a da adoçãode uma )isão mais tolerante por parte dos )ários grupos radicais deculturas muçulmanas# (essa forma& eles podem esperar reduzir asati)idades terroristas# $or!m& não acredito %ue a reno)ação da BabilCnia)ai le)ar > realização do objeti)o desejado#6urphy notou %ue a essa altura at! 4tephanie Zo)acs fazia anotaçNes#

— 3ou retomar a ideia de a BabilCnia tornar9se um centro econCmico# ?as*ltimas d!cadas& temos testemunhado o surgimento do %ue se chamaUnião +urop!ia# Trata9se de uma família de países europeus democráticos

%ue se uniram em torno do prop8sito da paz e da prosperidade#nicialmente& o grupo era formado por apenas seis paísesJ B!lgica&7lemanha& França& tália& Lu,emburgo e $aíses Bai,os# 6ais tarde o gruporecebeu a adesão da (inamarca& rlanda e "eino Unido# 7 5r!cia tornou9seintegrante em 1K01 e +spanha e $ortugal integraram a lista de países em1K0S# +les foram seguidos por ]ustria& Finlndia e 4u!cia# 6ais países secandidataram > filiação# 7lguns se referem a essa união como +stadosUnidos da +uropa# 7 União +urop!ia está crescendo e precisa de maioressuprimentos de petr8leo# $ara satisfazer essa necessidade as naçNes do

grupo começam a olhar para os países árabes#6urphy passou ao slide seguinte# — 3oc's )ão perceber nessa imagem %ue há dois lemas& ou slogans# ?otema diferença entre eles M isso tem muito a )er com filosofia e foco#

+4T7(@4 U?(@4 (7 76Q"-7AU?(@4 $+"67?+-+6@4A#

U?@ +U"@$Q7

AU?(7(+ ?7 (3+"4(7(+A#

9 Formando um grupo& os membros da União +urop!ia ele)aram o padrãode )ida para os europeus durante a *ltima metade do s!culo# +les t'mpromo)ido a cooperação entre as naçNes afiliadas sem dei,ar de incenti)ara di)ersidade# Uma das maneiras pelas %uais se uniram foi ao estabelecerum no)o sistema monetário utilizando o %ue chamam de euro# ssofortaleceu a )oz da +uropa no mercado mundial# (e fato& o euro ! maisestá)el e )alioso %ue o d8lar americano# @s +stados Unidos operam com

um d!ficit comercial de E2 bilhNes de d8laresG a União +urop!ia& por!m&pode se gabar de um superá)it comercial de .S bilhNes# Runtas& as naçNesda U+ t'm uma economia 1E por cento maior %ue os +stados Unidos# @slide seguinte mostra o %ue já foi estabelecido pela União +urop!ia#



União +urop!ia

• $arlamento +uropeu• -onselho da União +urop!ia

• -omissão +urop!ia• -orte de Rustiça

• -orte de 7uditores• -omit' +uropeu +conCmico e 4ocial

• -omit' das "egiNes• Banco -entral +uropeu• @mbudsman +uropeu

• Banco de n)estimento +uropeu• (ia da +uropa M K de maio

M +sse lema AUnidade na (i)ersidadeA ! simbolizado por uma mulherca)algando um grande touro# +la porta uma bandeira com dez estrelas emum círculo# 7s dez estrelas representam os dez países originais %uefundaram a U+# Tamb!m ca)algando o touro estão pessoas menores&le)ando as bandeiras das di)ersas naçNes do grupo#

— @ %ue isso simbolizaO M perguntou (on West#

— 3em da mitologia grega& (on# (e acordo com a lenda& a 6ãe Terra e o $ai-!u ti)eram dois filhos& chamados -ronos e "ea# -ronos e "ea ti)eram umfilho& chamado _eus# 7 hist8ria conta %ue _eus obser)a)a uma jo)emdonzela chamada +uropa jogando e con)ersando com suas amigas#

— ?ão )ejo nenhuma grande mudança nisso M disse -layton 7nderson# M?8s ainda obser)amos as garotas#@s alunos riram e assobiaram#

— + )oc' de)e ser especialista no assunto& -layton M 6urphy respondeu&para di)ersão da turma# M 4e eu puder continuar### -upido disparou uma

de suas flechas contra _eus& e ele se apai,onou por +uropa# +le setransformou em um belo touro castanho com um círculo prateado na testae chifres como uma lua crescente# +uropa e suas amigas se apro,imaramdo touro e o afagaram# +uropa disseJ A7posto %ue eu poderia ca)algar acriatura# +le parece tão calmo e doce=A + esse foi seu erro# Duando elamontou no touro& o animal se le)antou e correu atra)!s do oceano# +uropase segura)a desesperada# 6ais tarde _eus se casou com +uropa& e foram)i)er na ilha de -reta# 4eus filhos se tornaram muito famosos e poderosos#+mbora seus nomes tenham sido es%uecidos& o dela não foi# 7credita9se

%ue o continente europeu tenha recebido seu nome por causa de +uropa# 7donzela ca)algando o touro ! um lembrete de _eus e +uropa# @ símbolopressagia o nascimento de um continente %ue se tornará muito famoso&poderoso e influente#



Duando 6urphy passou ao slide seguinte& soou o sinal %ue anuncia)a o fimda aula#

— 48 um minuto& pessoal# Duero passar uma tarefa para a pr8,ima aula#Um te,to para leitura#<ou)e um gemido coleti)o da classe#

— Duero %ue leiam o -apítulo . do Li)ro de (aniel# +le fala sobre o sonho de?abucodonosor com uma grande estátua# 7cho %ue esse te,to )ai ajudá9los

a esclarecer algumas %uestNes sobre a União +urop!ia e e)entos futuros#

:INTE

+n%uanto os alunos se retira)am do audit8rio& 4tephanie Zo)acs desceu osdegraus at! a plataforma onde 6urphy guarda)a suas anotaçNes#

— Bom9dia& 4tephanie# Fi%uei surpreso por )'9la a%ui no)amente# — +u ainda esta)a na cidade& (r# 6urphy& e apro)eitei para assistir a maisuma aula sua# 5ostei muito# Tem ideias %ue pro)ocam a refle,ão# 7credita

mesmo %ue a BabilCnia )ai se tornar um centro cultural e econCmicoO — ?a )erdade& sim# -reio %ue ela )oltará a ser importante como parte de)árias profecias da Bíblia#

— "eceio não ser muito bem9informada sobre a Bíblia& muito menos sobresuas profecias# $ode me dar um e,emplo do %ue está dizendoO6urphy tirou a Bíblia da pasta#

— 3ou ler para )oc' um trecho do Li)ro do 7pocalipse& -apítulo 10&começando do 3ersículo K# +le fala sobre como os po)os do mundo )ãochorar a %ueda da BabilCnia#

A@ra& chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da Terra& %ue com ela seprostituíram e )i)eram em delícias& %uando )irem a fumaça do seu inc'ndioe& conser)ando9se de longe& pelo medo do seu tormento& dizemJ X7i= 7i= Tu&grande cidade& BabilCnia& tu& poderosa cidade= $ois& em uma s8 hora&chegou o teu juízo#X + sobre ela choram e pranteiam os mercadores da

Terra& por%ue já ningu!m compra a sua mercadoriaJ mercadoria de ouro& deprata& de pedras preciosas& de p!rolas& de linho finíssimo& de p*rpura& deseda& de escarlateG e toda esp!cie de madeira odorífera& todo g'nero de

objeto de marfim& toda %ualidade de m8)el de madeira preciosíssima& debronze& de ferro e de mármoreG e canela de cheiro& especiarias& incenso&unguento& bálsamo& )inho& azeite& flor de farinha& trigo& gado e o)elhasG ede ca)alos& de carros& de escra)os e at! almas humanas# @ fruto sazonado&%ue a tua alma tanto apeteceu& se apartou de ti e para ti se e,tinguiu tudoo %ue ! delicado e espl'ndido& e nunca jamais serão achados# @smercadores dessas coisas& %ue por meio delas enri%ueceram& conser)ar9se9ão de longe& pelo medo do seu tormento& chorando e pranteando& dizendoJ7i= 7i da grande cidade& %ue esta)a )estida de linho finíssimo& de p*rpura& e

de escarlate& adornada de ouro& e de pedras preciosas& e de p!rolas&por%ue& em uma s8 hora& foi de)astada tamanha ri%ueza=X + todo piloto etodo a%uele %ue na)ega li)remente& e marinheiros& e %uantos labutam nomar conser)aram9se de longe# +ntão& )endo a fumaça do seu inc'ndio&grita)amJ XDue cidade se compara > grande cidadeOAX



M +ssa profecia foi escrita pelo ap8stolo Roão em K d#-#& depois de aBabilCnia ter já caído em ruínas# +le fala)a sobre uma destruição futura %ueiria acontecer# sso ! especialmente interessante desde %ue 4addamcomeçou a reconstruir a BabilCnia#

— Fi%uei fascinada pelo símbolo da mulher ca)algando e o paralelo com aUnião +urop!ia# Tem mais alguma informação sobre issoO

— $or %ue não )em > minha pr8,ima aula e descobreO — 7doraria& mas não estarei na cidade M respondeu Zo)acs# — Bem& )amos tomar um caf! no centro estudantil e lhe contarei o %ue sei# Tem tempo agoraO — Sim, é claro. — Tal)ez dessa )ez eu consiga contar a ele#Zo)acs tomou um gole do caf! e olhou em )olta& notando os estudantessentados em )árias mesas& rindo e flertando# Ah, os dias da inocência. omo

gostaria de poder voltar a eles. — $or onde gostaria de começarO M perguntou 6urphy# — ncomoda9se se eu fizer algumas anotaçNesO — Fi%ue > )ontade# — Fale mais sobre a estátua# ?ão entendi essa parte# — Bem& começou %uando o rei ?abucodonosor te)e um sonho com umagrande estátua %ue tinha cabeça de ouro& peito de prata& corpo de bronze&pernas de ferro e p!s de ferro e argila misturados# +le não conseguiaentender essa imagem#

— ?em eu# — (aniel informou ao rei %ue a cabeça de ouro representa)a seu reino e

poder# @ peito e os braços de prata significa)am o reino %ue seguiria o de?abucodonosor# +le não seria tão forte e influente %uanto a%uele# +sse erao mp!rio 6edo9persa# +le seria seguido pelo mp!rio 5rego& representadopelo corpo de bronze# 7s duas pernas de ferro eram o mp!rio "omano& %uese di)idiu em duas partes# @s p!s de ferro e argila ilustra)am dez reinos%ue ainda surgiriam#

— ?abucodonosor de)e ter comido pizza demais antes de dormir na%uelanoite#6urphy não conte)e uma gargalhada& mas concordou#

— 6uitos estudiosos da Bíblia acreditam %ue os dez dedos da imagemrepresentam dez reinos do re)i)ido mp!rio "omano# +les creem %ue essesimp!rios surgirão da União +uropeia#

— 6as não foi mencionado %ue há mais de dez países na União +urop!iaO — 4im& agora há mais do %ue isso# 6uitas pessoas sentem %ue há outraspossibilidades com relação ao %ue esses dez dedos representam# 7lgumasacreditam %ue )ai acabar acontecendo uma fusão de )ários países# @utrospensam %ue os dez dedos são as dez regiNes de com!rcio mundial# +ssa !&pro)a)elmente& a e,plicação mais plausí)el#

— $or regiNes o %ue )oc' %uer dizerO M Zo)acs ia anotando# — Rá foi sugerido %ue as regiNes são a +uropa& o +,tremo @riente& o @riente6!dio& a 7m!rica do ?orte& a 7m!rica do 4ul& o sul da ]sia& a ]sia -entral& a7ustrália e a ?o)a _elndia& a ]frica do 4ul e a ]frica -entral# Q claro %ues8 o tempo )ai dizer# 6as& nesse momento& podemos )er a ascensão da



+uropa# +la se torna cada )ez mais poderosa e começa a ter uma )oz maisforte nas %uestNes mundiais#

— @u)i dizer %ue o mundo precisa de um líder mundial# 7lgu!m %ue possatrazer a paz# 7credita %ue um dia isso )ai acontecerO

— -ertamente= 7 Bíblia o chama de 7nticristo# 7lgumas pessoas acreditam%ue ele pode estar )i)o hoje# +le unirá as ilaçNes em princípio e dará aimpressão de ser o portador da paz# $or!m& isso ! s8 uma trama# Logo ele

se tornará um ditador e assumirá o controle da economia& da sociedade eda espiritualidade#

— -omo <itler& 4tálin ou 6aoO — 7cho %ue será muito pior# 7 Bíblia tamb!m fala em um arrebatamento&%uando os crentes em (eus serão retirados do mundo antes da *ltimaguerra mundial& a batalha de 7rmagedon# @s %ue não acreditam em (eusserão dei,ados para trás e enfrentarão um período de grande atribulação#

— 4im& já ou)i isso# Tudo me parece muito assustador M Zo)acs respondeu#M + incrí)el& tamb!m# -omo uma no)ela#

— ?ão precisa ser# — -omo assimO M Zo)acs parecia confusa# — Bem& as pessoas não precisam ser dei,adas para trás# +las s8 precisamcon)idar o -risto para entrar em sua )ida e mudá9las de dentro para fora#4tephanie& lembra9se da *ltima )ez em %ue con)ersamosO Usei ume,emplo da pipa& e de como (eus fala conosco por meio de nossaconsci'ncia e da Bíblia# @utra ilustração )em do Li)ro do 7pocalipse# +la !encontrada no -apítulo 2& no 3ersículo .I# (izJ JEis que estou + porta ebatoS se alguém ou#ir a min(a #oz e abrir a porta' entrarei em sua casa' e

com ele cearei' e ele comigo.J Q uma imagem do -risto batendo > porta deseu coração# +le gostaria de entrar& mas ! um ca)alheiro# +le não )ai abrircaminho > força# +spera pacientemente e bate at! %ue a porta seja aberta#+le continua batendo e alimentando a esperança de %ue 4ua )oz sejaou)ida# +le bate na porta do coração de todos# Q como a tensão da linha dapipa# 4tephanie& )oc' @ ou)e batendo > porta de seu coraçãoO

— +u### tenho medo& (r# 6urphy# — (o %ue tem medo& 4tephanieO — (as mudanças %ue eu teria de fazer no meu estilo de )ida#

— +ntendo# Tal)ez não seja fácil& mas (eus )ai lhe dar a força necessária# — 7inda sinto medo# ?ão estou pronta para isso# — ?ão tem importncia# (eus tem muito tempo# 3oc' pode abrir a porta docoração para +le %uando se sentir preparada# ?ão precisa ser em umaigreja ou na presença de algu!m# 3oc' pode abrir a porta %uando esti)ersozinha# Tudo %ue precisa fazer ! uma bre)e prece para +le# 7lguma coisacomoJ A(eus& percebi %ue sou uma pecadora e tenho feito tudo errado#7credito %ue 3oc' morreu na cruz para pagar por meus pecados# 7credito%ue 3oc' se le)antou dos mortos para criar uma no)a )ida para mim#

5ostaria de e,perimentar essa no)a )ida# $or fa)or& perdoe9me# Dueroseguir 3oc'# $or fa)or& mude minha )ida# $or fa)or& ajude9me a )i)er para3oc'# @brigada por fazer isso por mim# 7m!m#A4tephanie olha)a para o )azio#



— (ei,e9me escre)er para )oc' um )erso %ue acredito %ue pode ser *til#3oc' pode decorá9lo# M 6urphy anotou o )erso e o entregou a Zo)acs# +lesfalaram sobre a%uelas pala)ras por alguns minutos& depois (on West seapro,imou da mesa#

— -om licença& (r# 6urphy# 3i 4hari ?elson há alguns minutos e ela mepediu para a)isá9lo& caso o encontrasse pelo campus& %ue há um recadoimportante para )oc' no escrit8rio#

— @brigado& (on#6urphy olhou para 4tephanie#

— -om licença# 7cho %ue preciso ir )er %ue recado ! esse# 4hari nãocostuma me procurar pelo campus& a menos %ue seja realmenteimportante#

— É claro, entendo. Talvez possamos continuar com essa conversaoutra hora. — $or %ue somos sempre interrompidos %uando )oupre)eni r o (r# 6urphy sobre o r isco %ue e le cor reO Q %uasecomo se alguma força se opusesse a mim#

4tephanie permaneceu sentada& )endo 6urphy se afastar# (epois& elaolhou para as pala)ras escritas no papel %ue tinha na mão#

4ei estar abatido e sei tamb!m ter abundnciaG de todas as maneiras e emtodas as coisas& estou instruído tanto a ter fartura& como a ter fomeG tanto ater abundncia& como a padecer necessidade# $osso todas as coisas em-risto& %ue me fortalece#

Filipenses EJ1.912

:INTE E UM

M $U`7& 3@-V agora está encrencado= M disse 4hari com uma careta%uando 6urphy entrou no escrit8rio#6urphy riu# -om a careta e as tranças negras& 4hari era uma )isão singular#+la era uma mulher de estilo muito pessoal& definiti)amente#

— +ncrencadoO — (ei,ei o recado em sua mesa# @ reitor 7rcher Fallorth %uer )'9lo em seuescrit8rio >s 11h# +le parecia um pouco aborrecido ao telefone#

— 4abe do %ue se trataO — +le não disse# 48 me fez garantir %ue )oc' receberia o recado# 7posto%ue ele está com in)eja da fre%u'ncia de suas aulas de ar%ueologia bíblica#sso de)e ser orgulho ferido#6urphy sentia o estCmago tensionado ao se apro,imar do escrit8rio deFallorth no edifício de artes e ci'ncias# @ relacionamento profissionalentre eles nunca ha)ia sido muito tran%uilo#Fico me perguntando %ual )ai ser a %uei,a dessa )ez#Fallorth ergueu o olhar %uando 6urphy entrou# 7 mão tremia

ligeiramente& embora o reitor tentasse manter uma e,pressão controlada# — Duero con)ersar sobre suas aulas M ele disse sem rodeios# M 4oube %ueestá fazendo propaganda religiosa outra )ez#6urphy sentia o humor entrar em ebulição#



— ?ão sei se entendo bem o %ue )oc' %uer dizer# +stou lecionandoar%ueologia bíblica& e ! e)idente %ue discutimos alguns assuntosrelacionados ã religião nessas aulas# Faz parte do currículo#

— 6inhas fontes relatam %ue )oc' está usando o curso para di)ulgar sua)isão unilateral sobre o cristianismo# $elo %ue me informaram& está falandocontra os árabes e diminuindo a importncia de outras religiNes#

— ?ão sei onde consegue esse tipo de informação& 7rcher& mas ela !

totalmente improcedente# (i)ulgo fatos e detalhes sobre muitas formas deidolatria na 7ntiguidade& como deuses babilCnios& mitologia grega ecristianismo# @s alunos recebem informaçNes %ue t'm alguma relação comar%ueologia e hist8ria# ?ão diminui coisa alguma#

— ?ão fala mais sobre o cristianismo do %ue sobre as outras religiNesO — 7rcher& está ou)indo o %ue digoO Q um curso de ar%ueologia bíblica# Qclaro %ue falo mais sobre o cristianismo#

— $ois acho %ue está tratando com intolerncia e fanatismo as ideias deoutras pessoas#

— +spere um minuto= M @s p!s de 6urphy esta)am plantados firmes nochão& e ele se inclina)a para a frente# M -omo )oc' define tolernciaO6urphy notou %ue o pescoço de Fallorth começa)a a ficar )ermelho#

— Tolerncia ! respeitar os pontos de )ista de outras pessoas e tratá9loscom igualdade& atribuindo a eles a mesma importncia %ue dá aos seus#(e)ia atribuir o mesmo tempo a todos os conceitos e não julgar as crençasou os comportamentos de outras pessoas#

— \timo# 4ua ideia soa politicamente correta& 7rcher& mas não ! isso %uesignifica tolerncia de acordo com o dicionário# $arte do %ue está dizendo !

)erdade# 4im& de)emos respeitar o direito de outras pessoas de acreditarno %ue %uiserem# ?em todos acreditam na mesma coisa# 6as não tenho decolocar as crenças de outros indi)íduos no mesmo ní)el da%uilo em %ueacredito# sso faria a )erdade relati)a& não absoluta#

— 7 )erdade é relati)a# — Q mesmoO 4e um terrorista árabe& russo ou de %ual%uer nacionalidadee,plode uma escola cheia de crianças inocentes& está sugerindo %ue de)otratar as crenças& os )alores e os comportamentos desse indi)íduo nomesmo ní)el dos meus& mesmo %ue eu acredite %ue a )ida ! sagradaO +

por%ue não endosso e não apro)o suas crenças como faço com as minhas&sou intolerante e fanáticoO ?ão ! assim %ue funciona# — +sse ! um bom e,emplo do %ue eu %uero dizer# 3eja o %ue )oc' acaboude fazer# Traçou um perfil racial dos terroristas# 7cho %ue tem fobia deárabes e russos=

— +i= +spere um minuto& 7rcher# @ fato de eu ter opiniNes firmes econ)icçNes %ue diferem da%uilo em %ue )oc' acredita me torna f8bicoO Qesse o jogoO 4e tenho um ponto de )ista diferente& )oc' me rotulaO6urphy e Fallorth esta)am em p! agora#

— 3oc' ! f8bico e fanático com relação a certos assuntos= M e,clamouFallorth#6urphy conte)e o impulso de sugerir %ue fossem resol)er a %uestão lá fora#,ontrole-se' %urp(). ?ão le#e isso ainda mais longe. 0ma resposta sua#eaplaca a ira. +le respirou fundo#



— Usei os terroristas árabes e russos como um e,emplo# ?ão %uismenosprezar um grupo específico de pessoas# +sses e,emplos sãoconstantes na tele)isão e nos jornais# ?ão )emos notícias sobre terroristases%uim8s ou polin!sios& certoO -reio %ue tolerncia e correção políticatornaram9se conceitos distorcidos# (iscordar das crenças e doscomportamentos de algu!m não ! intolerncia& ! discernimento econ)icção# 4e não ti)!ssemos essa capacidade& pensaríamos todos da

mesma maneira# — 4eria uma mudança muito agradá)el& comparada a suas opiniNesfanáticas#

— + %uem determina de %ue maneira pensar ou acreditar& 7rcherO 3oc'O 4ealgu!m discorda de )oc'& de)emos& então& chamar a polícia do pensamentopara prender os %ue discordamO 4e todos n8s temos de tratar todas ascrenças e comportamentos como se esti)essem em situação de igualdade ese temos de ser tolerantes e aceitá9los& por %ue não aceita minhas opiniNese as coloca no mesmo patamar %ue as suasO $or %ue as trata com

intolernciaO $or %ue de)o abrir mão da%uilo em %ue acredito e aceitar o%ue )oc' acreditaO ?ão e,iste a%ui um padrão duploO 7 Uni)ersidade$reston não ! um lugar onde as ideias são compartilhadas e o discurso li)re! permitidoO

— Q claro %ue permitimos o discurso li)re& mas não o discurso do 8dio# ?ãoaceitamos fanatismo#

— 7cho %ue perdeu a noção do %ue diz& 7rcher# Ter con)icçNes& )alores epadrNes morais não ! sinCnimo de fanatismo#

— Q esse o ponto# 3oc' se acha o dono da )erdade# ?ão respeita os

sentimentos de outras pessoas& nem acolhe outras crenças#6urphy compreendeu %ue a con)ersa se desen)ol)ia em círculos& por issorecorreu > sua tática habitual para %uando se sentia frustrado e sob ata%ue)erbal# +le fez uma perguntaJ

— +ntão& %ual ! o ponto dessa discussão& 7rcherO @ %ue %uer de mimO — Duero %ue ponha um fim nesse seu discurso tendencioso# 4uas crençasconser)adoras& de direita& f8bicas e fundamentalistas são noci)as >uni)ersidade# @ cristianismo de)e ser discutido na igrejaG não há lugar paraele na sala de aula#

— 3amos )er se segui sua l8gicaJ está comparando discurso tendencioso acristianismo# + ! aceitá)el %ue haja um discurso tendencioso e fanático naigreja& mas não na sala de aula# (e)o presumir %ue não considera as suas)isNes como um discurso tendencioso contra as ideias e crenças docristianismoOFallorth ignorou a pergunta#

— 6urphy& eu adoraria remo)er completamente do nosso currículo essassuas aulas idiotas de ar%ueologia bíblica#

— Bem& 7rcher& tenho cerca de 1I alunos muito interessados nessas aulas#

?enhum deles reclama do conte*do# 7s *nicas %uei,as são suas& e )oc'não tem assistido >s minhas aulas ultimamente# $ortanto& acho %ue posso%uestionar sua honestidade intelectual#

— 4abe com %uem está falandoO



— 4im& sei# +stou falando com uma pessoa %ue te)e uma e,peri'nciareligiosa negati)a em algum momento da )ida e ainda se sente magoado eressentido por isso# @u tal)ez esteja se debatendo com algumas %uestNesmorais# 6inha e,peri'ncia demonstra %ue %uando as emoçNes sãodesproporcionais ao e)ento a %ue são atribuídas### há alguma coisa por trásdisso#

— ?ossa con)ersa termina a%ui& 6urphy# Lembre9se do %ue eu disseJ seu

emprego depende disso# — sso ! uma ameaça& 7rcherO

:INTE E DOIS

6U"$<[ E ISIS esta)am sentados > mesa perto da janela no $ierre& de onde)iam o -entral $arH# +les espera)am por Le)i 7brams#6urphy não conseguia des)iar os olhos de sis# +la era fabulosa# @s longoscabelos )ermelhos pareciam brilhar como metal precioso derretido# +starcom uma mulher tão linda %uase o impedia de respirar#@ coração disparou %uando sis o encarou e sorriu# 6urphy olhou pela

janela& tentando controlar as emoçNes# (e onde esta)a& podia )er o lago& oWollman 6emorial "inH& as ár)ores magníficas e as luzes da cidadepiscando do outro lado do par%ue#sis falou com a )oz sua)eJ

— <á algo de encantador na noite de ?o)a [orH& não !O — Tem razão# (esde o 11 de 4etembro& %uando o World Trade -enter foidestruído& tenho a impressão de %ue todos olham para a cidade de um jeitodiferente# Q como se o e)ento hou)esse apro,imado as pessoas#sis olhou para 6urphy por um momento& )endo9o apreciar a paisagemal!m da janela# +le tinha uma beleza máscula& %uase r*stica# +ra decidido edireto# ?ão ha)ia nele nenhum tipo de fingimento# +ra positi)o& cheio de)ida e sempre busca)a a)entura# +ra impaciente e suas opiniNes& firmes&mas ela ha)ia aprendido a apreciar o )alor de sua fran%ueza e de suahonestidade# +ra infinitamente melhor do %ue tratar com outros homens&como alguns com %uem ela já ha)ia saído& %ue nunca tinham opiniNes ou

con)icçNes sobre nada#6urphy a surpreendeu obser)ando seu rosto# 7lgo na%uele olhar& nela& operturba)a# Tenta)a pensar em alguma coisa para dizer %uando ou)iu a )ozconhecida#

— @ %ue os pombinhos estão tramandoO6urphy se sentiu constrangido com o tom e as pala)ras de Le)i 7brams#7inda não ha)ia sido claro com sis sobre seus sentimentos por ela#6urphy le)antou9se e os dois homens se abraçaram com carinho fraternal#(epois& 7brams se inclinou para beijar o rosto de sis#

— 3oc' está linda# 6ichael& ! bom podermos nos encontrar# @ lugar !e,celente# <á alguns anos não tenho a oportunidade de comer a%ui#Fadil permanecia nas sombras& tremendo ner)oso en%uanto obser)a)a arua# ?ada parecia estranho ou impr8prio# +le olhou para a janela do



7laddins 6agic -arpet e )iu algumas pessoas no restaurante& jantando#(epois de consultar o rel8gio de pulso& ele atra)essou a rua e entrou noestabelecimento#7s luzes fracas dificulta)am a missão de identificar %uem esta)a ali# <a)iano ar um cheiro forte de curry# Fadil dirigiu9se ao fundo do salão e )iurostos familiares# +le cumprimentou as pessoas com um aceno de cabeça esentou9se#

7sim foi o primeiro a falarJ — Fico feliz por todos )oc's terem conseguido )ir esta noite# "ecebi um e9mail codificado de 7bdul "achid 6aHar& determinando para nos mantermospreparados#

— Duer dizer %ue não precisamos mais ser guerreiros adormecidosO Mperguntou brahim animado# M Duando nosso líder deseja %ue ata%uemosO

— +m bre)e= 6uito em bre)e= @s cães infi!is )ão enfrentar mais uma )ez oterror de 7lá= 4e acharam %ue o 11 de 4etembro foi ruim& não sabem o %ueainda terão de enfrentar=

7 )oz de Fadil tremia %uando ele falouJ — 4erá de manhã ou > noiteO7sim olhou em )olta e bai,ou a )oz#

— 4erá de manhã& %uando os infi!is esti)erem se dirigindo ao trabalho#7cha %ue pode interferir no fornecimento de energiaOFadil assentiu#

— \timo# Fui informado de %ue os aparatos já estão a caminho M re)elou7sim# M 7 maior parte da segurança está concentrada nos aeroportos&estaçNes de trem e edifícios go)ernamentais# 3amos pegá9los

despre)enidos e pro)ocar um estrago gigantesco# Todos ergueram seus copos# — 7 morte=M Foi um jantar mara)ilhoso& 6ichael# + estar na companhia de tão beladama s8 contribuiu para o prazer desta noite# "ealmente& fui duplamenteabençoado M comentou 7brams#

Todos riram# — 6ichael& agora me conte sobre essa sua ideia maluca de )oltar >BabilCnia M pediu 7brams& recuperando a sobriedade#

— Rá contei sobre meu encontro com 6atusal!m e o en)elope com gessoantigo# — 7ntigoO 7%uele material tem .#II anos& pelo menos= M sis enfatizou# M4ubmeti o gesso a um teste de carbono nos laborat8rios da $archments ofFreedom para determinar a data apro,imada#

— 7cho %ue 6atusal!m encontrou a +scrita na $arede de ?abucodonosor enos deu pistas para %ue n8s tamb!m a encontremos# $ode nos le)ar aora%ue de alguma maneiraO

— Tal)ez# Lembra9se do coronel (a)is da 6arinha americanaO

— 7%uele com o aperto de mão destruidorO — +,atamente# Fui informado de %ue ele ainda ! o comandante da guardana BabilCnia# +le pode interferir& acionar alguns contatos# 6as não %uermais ningu!m na e,pediçãoO 4erão s8 )oc's doisO

— +m %uem mais está pensandoO



— +m seu amigo Rassim 7mram# @ professor de ar%ueologia da Uni)ersidade7mericana no -airo# +le ! especialista em cultura árabe e em identificaçãode artefatos antigos# 7cho %ue seria uma grande ajuda para )oc's#

— Boa ideia& Le)i# + ele tamb!m ! especialista em sled sonar# @ uso dessee%uipamento pode acelerar muito o processo de busca e pes%uisa# 7cho%ue sei mais ou menos %ual ! a localização& mas o sonar nos ajudaria aencontrar o local e,ato# 3ou telefonar para ele amanhã mesmo& )erificar se

está disponí)el e pedir ajuda para estudarmos a possibilidade de utilizaçãode um sled sonar#

— + en)iarei um e9mail para o coronel (a)is pedindo permissão para ae,pedição# Rá tem patrocínioO

— +stamos cuidando disso M respondeu sis# M 7 fundação se interessoumuito pela possibilidade de uma descoberta desse porte#<ou)e uma pausa bre)e& %uase hesitante& antes de 6urphy perguntarJ

— Le)i& e %uanto a seu assuntoO +ncontrou o %ue )eio procurar em ?o)a [orHO

4abia %ue ele não poderia re)elar detalhes& mas esta)a curioso# — Bem& )amos dizer %ue estamos seguindo rumores de %ue uma importantetransação está para acontecer#

— +m ?o)a [orHO — 7inda não temos certeza& mas há uma forte possibilidade# 3ou )erificaralguns detalhes nos pr8,imos dias& e depois parto para o Te,as M resumiu7brams#

— Te,asO 4obre o %ue estão falandoO M perguntou sis intrigada# — Q s8 uma con)ersa boba entre homens M respondeu 7brams& olhando

para o rel8gio# M Lamento& mas tenho de ir# $reciso de um tá,i# 7indatenho um compromisso esta noite# — Tá,iO M 6urphy riu# M Bobagem= 7lugamos um carro# $odemos dar umacarona a )oc'#

— 4eria 8timo& 6ichael# (ei,e9me dar um telefonema e então partiremos#M9 Due hist8ria ! essaO M perguntou sis %uando 7brams se afastou damesa#

— Terroristas# Tudo indica %ue o grupo de Le)i M 6urphy ergueu asobrancelha M está colhendo informaçNes sobre a e,ist'ncia de mais um

ata%ue com bomba na cidade de ?o)a [orH# — +ntão& por %ue ele )ai ao Te,asO — Tenho a impressão de %ue acreditam %ue algum aparato )ai sercontrabandeado pela fronteira me,icana# Q %uase impossí)el agir na%uelaárea sem o apoio da 5uarda ?acional# +,istem rumores de %ue o 6!,ico !a porta de entrada fa)orita dos terroristas para os +stados Unidos nos diasatuais# 7ssim %ue entram no país& eles se recolhem para o %ue chamam dec!lulas9dormit8rio& onde ficam aguardando as ordens para atacar al)ospredeterminados nos +stados Unidos#

— + conseguiu deduzir tudo isso com uma simples con)ersa durante o jantarO — ?ão& não foi hoje# 4ei muito mais sobre Le)i M 6urphy contou em )ozbai,a# M 7cho %ue ele ! um agente secreto da 6ossad a%ui nos +stadosUnidos# $or isso tem tantas cone,Nes#



— +stamos falando sobre ati)idades de espionagemO — Q& podemos dizer %ue sim# Fico feliz por ele estar do lado dos mocinhosna hist8ria# Bem& )ou dei,ar )oc' no hotel e depois le)arei Le)i ao encontrodos amigos#sis parecia preocupada#

— 6ichael& %uero %ue tome cuidado M ela disse com sua )oz sua)e#6urphy hesitou por um momento& depois segurou a mão dela sobre a

mesa# +sta)a se preparando para fazer um comentário di)ertido& mas&olhando nos olhos dela& percebeu %ue seria impr8prio#$or isso& ele sorriu e disseJ

— ?ão se preocupe# 3ou tomar cuidado# Duero ter muitas outras con)ersascom )oc'#sis sorriu& apesar do medo %ue aperta)a seu peito#

:INTE E TR;S

6U"$<[ V/123 > direita na rua 62.

— 6ichael& passe pela ponte sobre o "andalls sland $arH e continue pela./0 para o Bron,# 3ou encontrar meu contato perto do <unts $oint 6arHet#6urphy ha)ia estado em <unts $oint certa ocasião& a caminho do zool8gicodo Bron, com alguns amigos# +les %ueriam %ue ele conhecesse um dosmaiores centros de distribuição de alimentos nos +stados Unidos#Lembra)a9se de ter ou)ido um deles dizer %ue o mercado fornecia carne eprodutos agrícolas para mais de 1 milhNes de pessoas# Toneladas decomida eram carregadas e descarregadas no mercado todos os dias# @

local não era um ponto turístico# 6uitos dos trabalhadores ali não eramhomens %ue gostaríamos de encontrar numa rua escura# 6urphy lembra)a9se de ter )isto no local todas as nacionalidades possí)eis trabalhando ladoa lado# &eria f4cil para um terrorista desaparecer na0uela multid%o, ele admitiu#7brams interrompeu seus pensamentos#

— 4abia %ue há muitos famosos %ue saíram do Bron,O — 4ei %ue o estádio do [anHee fica lá# 7ssisti a alguns jogos# — 4im& mas há pessoas famosas %ue saíram do Bron,# "!gis $hilbin& -arl"einer e at! -olin $oell# +u o conheci em srael#

— Duando foi issoO M %uis saber 6urphy# — Duando ele foi comandante do +stado96aior -onjunto# 4oube tamb!m%ue os atores de cinema Rames -aan e Tony -urtis& o cantor Bobby (arin& e"alph Lauren& o estilista e senhor dos perfumes& moraram lá# 7cho %ue 7l$acino e ?eil 4imon tamb!m saíram do Bron,#

— 3oc' ! um li)ro ambulante de informaçNes tri)iais& Le)i# 7lgum dadosobre essas pessoas com %uem )ai se encontrarO7brams hesitou por um momento#

— 6ichael& )ire ali na pr8,ima es%uina#

6urphy compreendeu %ue o amigo %ueria mudar de assunto# — (e)agar agora# 7pague os far8is e encoste#6urphy seguiu as orientaçNes de 7brams sem %uestioná9las#

— +stá )endo o carro )elho no pr8,imo %uarteirãoO — ?a frente da casa para alugarO



— 4im& a%uele ! Racob# $is%ue o farol alto duas )ezes& por fa)or#6urphy atendeu ao pedido e esperou# (epois de trinta segundos as luzesde bre%ue do carro )elho piscaram duas )ezes#

— $odemos nos apro,imar M e,plicou 7brams# M 7ssim %ue eu descobrir o%ue está acontecendo& )oc' pode )oltar para o hotel#

Runtos& eles caminharam at! o carro )elho e se sentaram no banco traseiro# — Duem ! esse& Le)iO M perguntou Racob# — +ste ! meu amigo 6ichael 6urphy# $ode falar sem medo o %ue tem paradizer# +le ! totalmente confiá)el# @ %ue descobriuO

— 4ão apro,imadamente sete M começou Racob& sem hesitar# M Temos oprimeiro nome de tr's& e estamos trabalhando nos outros %uatro# <á umhomem bai,inho e gordo& com bigode preto# @ nome dele ! 7sim# +leparece uma )ersão reduzida de 4addam# 7creditamos %ue ! o líder dogrupo# <á um outro& alto e magro& chamado Fadil# +le parece ser um tipomuito ner)oso# @ outro ! brahim# Tenho a impressão de %ue ele ! o pa)iocurto da turma# Q uma pessoa muita intensa& um )erdadeiro fanático#

— (escobriu alguma coisa sobre os planos desses homensO — nterceptamos um e9mail para 7sim# +ra de 7bdul "achid 6aHar# — 6aHar= M e,clamou 7brams# — 4im& o n*mero dois na hierar%uia do mo)imento# +le ! muito poderoso ee,ige lealdade absoluta# 5o)erna com mão de ferro# Um dos nossosinformantes nos contou %ue ele fez uma festa para a esposa e con)idouamigos# Um desses con)idados ha)ia roubado uma pe%uena %uantia emdinheiro dele no passado#

— (ei,e9me adi)inharJ ele cortou a mão do sujeito#

— ?ão# -ortou a cabeça& na frente de todo mundo# +le ! um homem muitocruel# — @ %ue dizia o e9mailO — 7inda estamos trabalhando na decodificação& mas temos %uase certezade %ue ! uma ordem para o grupo se preparar para um ata%ue importante#?ão sabemos onde ou %uando& mas tudo indica %ue será em bre)e# 7scoordenadas sugerem ?o)a [orH#

— Faz sentido# 4eria uma grande con%uista para o mo)imento seconseguirem burlar as barreiras e a segurança pela segunda )ez# @nde está

6attheO — 7l!m da es%uina& em um carro& )igiando a entrada dos fundos# — 3amos encontrá9lo#Duando 7brams& Racob e 6urphy se apro,imaram do local indicado& )iramum homem %ue parecia estar muito interessado em algo na frente doautom8)el# 7brams bateu na janela do motorista& mas o homem não semo)eu#

— <á algo errado a%ui= M 7brams e,clamou& abrindo a porta em seguida#@s olhos de 6atthe esta)am abertos& mas era e)idente %ue ele esta)a

morto# +ntão### por %ue continua)a sentado e eretoO Racob abriu a porta traseira# — Le)i& ele foi esfa%ueado#6urphy olhou por cima do ombro de Racob# 7lgu!m sentado no bancotraseiro ha)ia enterrado uma faca de lmina muito longa no encosto do



assento do motorista e nas costas do homem# 7 faca o mantinha na posiçãoereta#7brams e Racob fecharam as portas e limparam as digitais das maçanetas#

— 3ão dei,á9lo a%uiO M 6urphy perguntou# — 6ichael& essa ! a parte mais triste do nosso trabalho M 7brams e,plicounum tom sombrio# M Temos de dei,ar nosso amigo a%ui# +le está em umamissão secreta e não tem nenhum documento de identificação# ?ão

podemos ficar para sermos encontrados pela polícia ou alguma outraag'ncia# Todos n8s sabíamos %ue seria assim %uando nos alistamos#

— $recisamos sair da%ui# (epressa= M e,clamou Racob# M ?ão podemosesperar %ue eles promo)am um ata%ue# (e)emos det'9los antes %ue façamalgo#

— 4abe onde eles estãoO — +les moram no %uinto andar& no final do corredor# 7s luzes estão acesas#7brams olhou para 6urphy#

— 3oc' precisa ir agora# ?ão pode ser encontrado conosco# Q muito

perigoso# — 6as### )oc's são dois e eles& sete= + está me pedindo para ir emboraO (e jeito nenhum= 3ou com )oc's# — ?ão está armado# — 7ssumo os riscos# M 6urphy ainda nem ha)ia acabado de falar %uandolembrou o olhar preocupado de sis# <a)ia prometido a ela %ue seriacuidadoso#@ grupo le)ou apenas dois minutos para chegar ao %uinto andar# +les seapro,imaram da porta em sil'ncio& depois pararam para ou)ir# <a)ia uma

tele)isão ligada# Racob abriu#7brams empunhou a arma e cochichouJ — ?ão creio %ue eles tenham ou)ido# 3amos esperar um momento& depoisentramos#

Racob assentiu& guardou as gazuas e empunhou sua automática# @s doishomens acoplaram os silenciadores# 6urphy deduziu %ue não era aprimeira )ez %ue eles trabalha)am juntos# +ra como obser)ar ofuncionamento de uma má%uina bem9lubrificada#7bram assentiu e Racob girou lentamente a maçaneta& abrindo a porta# +les

entraram em um corredor estreito %ue tinha duas portas& uma de frentepara a outra# Uma esta)a aberta& a outra& fechada# Uma luz azul e tr'mulapassa)a pela porta aberta acompanhando o som da tele)isão# +les seapro,imaram lentamente# 7bram fez um sinal para Racob indicando %ue elede)ia permanecer atento > porta fechada# Racob assentiu# 6urphy esta)alogo atrás deles#7brams saltou na frente da porta com a arma em punho e parou paraobser)ar o ambiente# +le olhou para Racob e ergueu um dedo# Racobassentiu# <a)ia um homem deitado no sofá diante da tele)isão# +le dormia#

7brams apro,imou9se rapidamente do sofá& pCs a mão sobre a boca dohomem e sussurrou em árabeJ — ?ão se me,a#6as o homem& assustado& começou a se mo)er# +le ameaçou reagir& masfoi imobilizado por uma coronhada da pistola de 7brams#



sso o fará ficar %uieto#+les re)istaram o homem inconsciente e encontraram uma arma 2.automática e uma faca bem imponente# 7brams a reconheceuJ a facaespecial tinha lminas afiadas em ambos os lados do metal# +sse homemde)ia ser um assassino treinado#7brams mo)eu a cabeça para Racob& %ue começou a caminhar para a portafechada# Racob girou a maçaneta num sil'ncio impressionante# 7 lingueta

estalou# 4e ha)ia algu!m do outro lado& certamente ou)ira o ruído# +leesperou um momento e começou a abrir a porta#+sta)a na metade do mo)imento %uando soou um grito em árabe e tiros#6urphy não percebeu a bala& mas )iu Racob se retorcer e ou)iu seu grito#

Racob se chocou contra a parede do corredor e caiu& soltando a pistola# @sangue jorra)a de sua co,a#7brams se abai,ara e saíra da linha de tiro#@ árabe grita)a %uando saiu da sala# 7o )er Racob no chão& ele apontou aarma em sua direção para concluir o trabalho# 6urphy saltou para o

corredor gritando# @ árabe tentou apontar a pistola para ele& mas era tardedemais#6urphy blo%ueou a arma com a mão es%uerda e com a direita desferiu um)iolento e preciso golpe de carat' na t'mpora es%uerda do atacante# @homem caiu& inconsciente# 6urphy continuou se mo)endo para a portaaberta#@ sil'ncio repentino era chocante# 7brams e 6urphy ou)iam atentos&tentando identificar %ual%uer som %ue pudesse re)elar a presença de outroterrorista# Racob rangia os dentes& tentando não emitir nenhum gemido#

7brams foi o primeiro a falarJ — 6ichael& )oc' está bemO — 4im& mas eles acertaram Racob# — +u )ou ficar bem M Racob respondeu com )oz tensa# M 3ejam se há maisalgu!m a%ui#7brams e 6urphy re)istaram o apartamento& mas não encontraramningu!m#Duando )oltaram ao corredor& Racob falouJ

— +sta)am sozinhos# @s outros de)em estar perto da%ui& tal)ez em algum

bar# +sses muçulmanos não são como os outros# +les gostam de álcool e demulheres#6urphy ajudou Racob a ir at! a sala de estar# +les olharam para o homemno sofá#

— 7gora entendo por %ue ele reagiu M disse Racob# M Q brahim& o fanáticotranstornado# 3oc' o acertou em cheio=7brams e 6urphy conti)eram a hemorragia na perna de Racob& depoisre)istaram o apartamento# $erto do telefone ha)ia um bloco de papel#7brams pegou o bloco e o le)ou para bem perto da lmpada do abajur&

)irando9o em todas as direçNes# — 7lgu!m escre)eu a%ui e remo)eu a folha#+le pegou um lápis e começou a riscar sua)emente a folha em branco notopo da pilha# 7lgumas linhas brancas surgiram onde a mensagem escritaanteriormente dei,ara depressNes# <a)ia apenas uma pala)ra#



— $resídio M 7brams leu# — $resídioO <á uma base militar chamada $resídio em 4ão Francisco# Ficaperto da ponte 5olden 5ate M lembrou Racob#6urphy manifestou9seJ

— Tamb!m há no Te,as uma cidadezinha muito pacata chamada $resídio#Fica na fronteira com o 6!,ico# @ rio 5rande corre entre $resídio& do ladoamericano& e @jinaga& do lado me,icano# $resídio passou a S ou / mil

habitantes graças ao programa de anistia do go)erno para estrangeirossem documentação# (urante a "e)olução 6e,icana& o general $ancho 3illausou @jinaga como %uartel9general para suas operaçNes# 4eria um localperfeito para atra)essar a fronteira#6urphy esta)a terminando de falar %uando o homem no sofá recobrou aconsci'ncia e pulou nas costas de 7brams& tentando enforcá9lo#nstinti)amente& 7brams cerrou o punho direito e& ao mesmo tempo& a mãoes%uerda surgiu sobre o outro punho# +le fez uma rápida torção de tronco ecra)ou o coto)elo no estCmago de brahim# 7 dor e a perda de ar fizeram o

homem se cur)ar para a frente# Duando ele abai,ou a cabeça& 7brams se)irou e lançou o joelho no rosto do terrorista& %ue se chocou contra aparede antes de cair no chão# @ nariz fraturado sangra)a abundantemente#

Racob rasteja)a na direção de sua automática& %ue 6urphy ha)ia recolhidoe dei,ado sobre a mesa# 7brams tamb!m saca)a a arma %ue le)a)a nacartucheira presa ao ombro# 4angrando& brahim lembra)a um animalacuado& desesperado para fugir# @s olhos iam de 7brams a 6urphy& depoisfita)am Racob sentado no chão#7brams falou em árabe#

— Fale sobre $resídio#brahim gritouJ — ?unca& seus cães infi!is= M +m seguida& ele se )irou e começou a correr#7brams e 6urphy saltaram& mas ele já esta)a fora do alcance dos dois#

Transtornado& o homem se jogou pela janela gritandoJ M 7lá seja lou)ado=brahim caiu na saída de inc'ndio do outro lado da janela# 7gora& al!m donariz fraturado& ele tinha tamb!m )ários cortes pro)ocados pela )idraça%uebrada# +le subia a escada para o telhado#

— 6ichael& fi%ue a%ui e certifi%ue9se de %ue Racob está bem# 3ou atrás dele

M 7brams a)isou por cima do ombro#6urphy pegou a arma sobre a mesa e apoiou Racob no sofá# — 7%ui M disse ele# M Fi%ue com a arma para o caso de aparecer maisalgu!m# 3ou ajudar Le)i#

:INTE E 5UATRO

6 SÚBITO RUI!O dos le8es assustou 9aniel e interrompeu seus pensamentos. 9ois deles luta#am entre si. Era possí#el ou#ir obarul(o assustador dos dentes e das patadas contra pelos

macios. 6 leão que coc(i la#a ao lado dele se le#antou com umrosnado abafado quando os dois combatentes rolaram em suadireção.9anie l tentou se mo#er ' mas não fo i bastante rp ido. !uasart iculaç8es (a#iam enri jecido e esta#am dolor idas do tempo



que (a#ia passado no c(ão fr io e duro da co#a. Era um (omemidosoS f luidez de mo#imentos era coisa do passado.6s dois le8es que luta#am rolaram por cima dele' e1pulsandoo ar de seus pulm8es. E le não conseguia acred i tar em comoeram pesados. "ue ironia ser morto por esma#amento em umacova de le$es, 9aniel pensou. %as fo i s uma bre#e ref le1ão.9aniel e1aminou-se rap idamente em busca de ferimentos e

sangramentos. ?ão queria que os animais sent issem c(eiro desangue fresco.

" luta começara tão depressa que ele nem ti#era tempo pararezar . 6 c(oque o impedira de r eagir. %as agora e le sedescobr ia agradecendo a 9eus por não ter s ido fer ido pelasbestas sel#agens.%eus amigos ficariam surpresos por me #er #i#o' ele pensou. ?ão acreditoque isso esteja acontecendo comigo.

" estran(a noite se arrastou com 9aniel coc(i lando e acordan -

do muitas #ezes. 7a#ia sido di f íc i l separar a real idade da co#adaquela de mais de sessenta anos de memrias de #ida comoescr a#o babilnio na co rte do rei . "inda podia ou#ir as

pala#ras do rei ?abucodonosor como se o (ou#esse escutadoontem.: Bem' 9aniel . !upon(o que não ten(a de e1p licar por que#oc$ est aqui.

— =oi perturbado por um son(o' meu rei. 0m son(o fantsticoque agitou seu espír i to' e quando acordou' nada dele resta#a.

?em um fragmento. S% um eco #az i o ' como o som de uma pala#ra em um idioma estran(o.9aniel lembra#a como isso perturbara o rei .

— 2iu uma imagem grandiosa' ' re i . " cabeça da esttua erade ouro' incr i#elmente br i l(ante' como fogo l íquido' o peito eos braços eram de prata fulgurante' como a lua quando estc(e ia . 6 #ent re e as co1as da esttua eram de b ronze ' as

pernas' de ferro' os pés eram de argi la e ferro misturados.Embora 9aniel (ou#esse pre#isto a destruição do reino de ?a-

bucodonosor ' e le se lembrou de como o re i o recompensarato rnando -o c(e fe da admin is tração e super io r a t odos os(omens sbios da Babilnia.Ele pensou em como o coração de ?abucodonosor se (a#ia en-durecido com o passar dos anos. E le não recon(ecia Deo#' o9eus do céu. !eu orgul(o era grande demais para dar a 9eus ocrédito pelo estabelecimento de seu reino. Em sua arrog>ncia'o rei (a# ia erigido uma esttua de ouro de TF c#ados em(onra prpria. "gia como se t i#esse poderes sobre-(umanos...

até aquela noite fatídica. " noite em que 9eus o castigara coma insanidade.M %estre3 %estre3 "corde39aniel sentiu seu assistente sacudindo-o.

— 6 que é* &ue (oras são*



— %estre' a guarda real est + porta. Precisa i r depressa. "lgoaconteceu com o rei .9aniel #es ti u- se rapidamente e segu iu os guardas ' cujascarruagens espera#am. Eles seguiram na #elocidade do #ento

para o palcio real.6 que poderia ter acontecido com ?abucodonosor* Ele era um(omem muito saud#el. 5eria sido atacado*

&uando entraram no pt io do palcio' 9aniel #iu soldados cor -rendo' seguidos pelos criados do re i. 5odos grita#am eberra#am. 9an ie l apro1imou-se do cap itão da guarda ' queurra#a ordens.

— 5arub' o que est (a#endo* 6nde est o rei* — Ele enlouqueceu. ?um momento esta#a jantando' e no outrocomeçou a arremessar pratos e comida. E le grun(e como umanimal sel#agem. 5entamos cont$- lo ' mas ele tem uma forçadescomunal. Pa rece ter o poder de dez (omens. ?s o

trancamos em seus aposentos e c(amamos os astrlogos e ossbios. " lguns momentos atrs ele escapou e correu para oscampos do outro lado do Eufrates. 6s (omens procuram porele agora. Pode ajudar-nos de alguma maneira*9aniel #irou-se e ol(ou para os campos além dos port8es. Era

possí#el #er muitas toc(as ao longe.0m guarda apro1imou-se correndo do capi tão quando 9anielfazia uma prece bre#e pedindo esclarecimento.

— !en(or' o rei acaba de ser encontrado por a lguns (omens.

Ele est perto do canal que i rr iga as f igueiras. U esquerda dos port8es' naquela região i luminada pelas toc(as.&uando saltou da carruagem' 9aniel #iu o rei no centro do ter -reno cercado por soldados' todos preocupados em se manterbem afastados dele. ?ão queriam pro#oc-lo e faz$-lo fugir deno#o. ?abucodonosor esta#a no c(ão' de quatro ' ca#ando aterra.6s soldados se afastaram para permit i r a passagem de 9aniel.Ele era con(ecido como (omem inf luente e dotado da

sabedoria dos deuses. 5odos os ol(os esta#am nele.&uando se apro1imou do rei' ele percebeu o que?abucodonosor fazi a. E le esta#a a rrancando as p lan tas ecomendo raízes. !eus o l(os esta#am transtornados. !al i#a ete rra se mi stura#am escor rendo de sua boca. E le grun(iuquando 9aniel se apro1imou.9aniel parou e se abai1ou' tentando parecer menosameaçador. Ele começou a falar num tom bai1o e sereno.

— %eu rei ?abucodonosor' o que o perturba* Eu' seu ser#o 9a-

niel ' estou aqui para confort-lo. 5en(o permissão para falar*<run(indo alto' o rei jogou contra 9aniel a planta que arranca-ra da terr a' e 9an iel ca iu par a trs. !abia que o re i não#ol ta ria ao normal enquanto 9eus não permi ti sse que i ssoocorresse.



%as e le permanecia f ie l ao re i . 5oda semana' durante seteanos' e le percorr ia os campos e ia # is i tar e tentar con#ersarcom ?abucodonosor. Us #ezes' encontra#a agricultores

jogando pedras no rei ' cujos cabelos e un(as (a#iam crescidodema is . E les gr it a#am e o 1 inga#am de nomes (or rí #e is .9aniel os afugenta#a. !ent ia pena de ?abucodonosor ' um reique agora #i#ia como um animal.

9eus o reduziu + condição de (umi lde durante sete anos' en-quanto ele ca#a# a a terra + sombra de seu palcio . !ua#ontade fora jogada ao #ento . 9urante esse per íodo ' seugrande reino quase foi destruído. E s se mantin(a por um f iomuito t$nue. 6s #iz in(os in #ejosos planeja#am destron-lo até9eus de#ol#er sua sanidade.

— 6(' 9eus' manten(a-me (umilde. ?ão permita que o orgu l(ome dest rua . ?ão me permi ta esquecer que 2oc$ e s 2oc$le#anta e faz desmoronar toda gente' como fez com

?abucodonosor : 9aniel orou.

:INTE E CINCO

7B"764 $744@U $+L7 janela %uebrada e olhou para cima# 6al podia perceberbrahim escalando a escada de inc'ndio um andar acima# 7brams gritoupara o homem parar& mesmo sabendo %ue era in*til#4eus sapatos faziam um barulho estridente na escada de aço# 6esmoassim& ele ainda podia ou)ir brahim gritando ameaças de morte em árabe#

@ pr!dio tinha oito andares& e %uando 7brams chegou ao telhado& eleesta)a arfante# $or um momento& parou e olhou para cima pela janela# 6alha)ia posto a cabeça para fora %uando o som de um tiro e os estilhaços dostijolos ao lado de sua orelha o fizeram mergulhar no)amente para dentrodo pr!dio#+le de)ia ter uma arma escondida no telhado& em algum lugar#7brams sacou a arma& ergueu o braço acima da muralha de proteção edisparou tr's )ezes na direção do tiro# 7inda podia ou)ir brahim correndopelo cascalho do telhado#

+le olhou no)amente pelo )ão& para cima& e )iu o árabe correndo para opoço do ele)ador# 6ais um tiro& e dessa )ez ele )iu um tijolo e,plodindobem perto do ombro de brahim# 7brams saltou para fora& para o telhado& ecorreu atrás do terrorista# Duando chegou > porta do poço do ele)ador& nãoha)ia ningu!m ali#+le espiou pela lateral do pe%ueno edifício# @ fanático atirou# 3árias )ezes#7brams respondeu com outros tiros# (epois& sil'ncio#6urphy esta)a subindo pela escada de inc'ndio %uando ou)iu o primeirotiro#

Tal)ez haja mais árabes=+le começou a subir mais depressa& preocupado com os tiros %uepipoca)am na noite# Uma batalha se desenrola)a lá em cima& e ele nãotinha nenhuma ideia de %uem seria o )encedor#



Duando 6urphy chegou ao telhado& ha)ia apenas o sil'ncio# +le olhou parafora& por cima da mureta& mas não )iu ningu!m# <a)ia apenas umape%uena construção& pro)a)elmente a casa das má%uinas do ele)ador#-om cuidado& ele saiu e se dirigiu ao local# +sta)a %uase chegando %uandoou)iu dois tiros abafados ao longe# ?ão no telhado# Teriam sido disparadosno apartamentoO6urphy apro,imou9se do pe%ueno telhado )ermelho e olhou em )olta da

construção retangular# Le)i 7brams esta)a em p!& com as mãos erguidas#@ fanático brahim grita)aJM 3ai morrer& porco judeu=6urphy gritou#brahim se )irou e disparou na direção do som# 6urphy e 7brams forampara o chão# brahim então se )oltou para o local onde 7brams esti)era epu,ou o gatilho& mas a arma esta)a descarregada# 7brams se le)antou deum salto e correu# 7 mão direita atingiu o lado interior do pulso da mãoarmada& en%uanto& com a mão es%uerda& ele batia na pr8pria arma&

jogando9a longe#brahim se abai,ou %uando todo o peso do corpo de 7brams se chocoucontra o dele# Tamb!m ha)ia sido treinado para lutar#@ fanático se le)antou e jogou 7brams no chão& de costas# @ agente tinhadificuldade para respirar#6as agora 6urphy corria para o local da luta# brahim ou)iu suaapro,imação e correu& com 6urphy em seu encalço# 7ssim %ue recuperou ofClego& 7brams tamb!m correu atrás do terrorista#brahim s8 precisou de alguns momentos para chegar > beirada do pr!dio#

+le saltou para a parede e,terna& al!m da mureta& e hesitou# @ pr!dio)izinho fica)a a tr's metros de distncia& apro,imadamente# 4ua *nicachance de escapar era um salto poderoso#6urphy gritouJ

— ?ão faça isso= ?ão )ai conseguir=brahim se abai,ou e saltou# 7s mãos esta)am erguidas e todo seu corpo sedistendeu %uando ele se jogou no )azio gritandoJ

— 7lá seja lou)ado=7brams apro,imou9se da mureta a tempo de )er as mãos do terrorista

agarrando os tijolos no topo do edifício )izinho# (epois& o resto de seu corpose chocou contra a parede# @ impacto fez suas mãos soltarem& e elecomeçou a cair#6urphy e 7dams )iram& impotentes& brahim despencar oito andares&agitando desesperadamente braços e pernas# 4eu corpo chegou ao chão dobeco com um ba%ue impressionante#7brams e 6urphy se entreolharam# <ou)e uma fração de segundo desil'ncio& depois os dois pensaram na mesma coisaJ Dacob3-orreram de )olta > escada de inc'ndio& descendo pelos degraus em

)elocidade )ertiginosa# Duando entraram no apartamento pela janela& Racob esta)a no chão# +le mantinha os olhos fechados& mas ainda segura)aa arma#7o ou)i9los entrar& Racob abriu os olhos e apontou a arma para eles#

— +stá )i)o= M e,clamou 7brams#



:INTE E SEIS

6U"$<[ T?<7 (F-UL(7(+ para dormir na%uela noite# 7inda esta)aencharcado de adrenalina& e a mente insistia em re)er os e)entos %ue)i)era pouco antes# 7inda podia )isualizar 6atthe sentado no carro&olhando para o espaço e com um filete de sangue escorrendo da boca#@u)ia Racob gritar %uando a bala rasgara sua perna# Lembra)a9se de

brahim saltando sobre as costas de Le)i e tentando sufocá9lo# $odia sentiro impacto do golpe %ue acertara na t'mpora do primeiro árabe#

"quilo doeu de #erdade' ele pensou& fle,ionando os dedos da mão#+le então se lembrou do rosto de sis e suas pala)ras sobre ter cuidado# 4eela soubesse como ha)ia estado perto da morte### ?ão conseguia dei,ar desentir a emoção %ue o in)adira %uando ele )ira brahim tentando pular paraa sal)ação& mas mergulhando para a morte# + a lua crescente com asgarras# Finalmente& ele mergulhou num sono agitado& entrecortado pelo ecode uma pala)raJ $resídio#

@ telefone tocando assustou 6urphy# +le precisou de um momento paralembrar onde esta)aG então& agarrou o fone e resmungouJM 7lC#7 )oz automatizada anunciou %ue eram /h da manhã& e %ue ele ha)iapedido para ser acordado nesse horário#Ltimo3 +le bateu o telefone# + s8 então lembrouJ af' da manh% com /sis 5s 6h!6urphy ha)ia decidido %ue seria melhor não contar nada a sis sobre o %ueha)ia acontecido na noite anterior com 7brams# 7inda não# +speraria porum momento mais apropriado# Tinham muito %ue fazer hoje& e ele não

%ueria preocupá9la# (epois do caf!& os dois seguiram para o FederatedBanH ^ Trust para pegar os documentos %ue o (r# 7nderson ha)iaguardado no cofre#Lá& 6urphy con)ersou com o gerente& e,plicou a situação e entregou a elea carta registrada em cart8rio na %ual ele era nomeado procurador doproprietário da cai,a#M 7h& sim M respondeu o gerente# M Rá recebi uma c8pia da carta# +tamb!m um telefonema de um certo 4r# Lenny <arris& da -asa de "epousoDuiet "i)er e,plicando tudo# Rá o esperá)amos# M @ gerente pegou a cha)e

de 6urphy& retirou do cofre a cai,a do (r# 7nderson e os dei,ou sozinhos nasala do cofre#6urphy olhou para a cha)e %ue o homem o orientara a pegar em seupescoço segundos antes de morrer# 4eria o conte*do da%uela cai,a dignoda )ida de um homemO6urphy olhou para sis# +la esta)a e)identemente agitada# 7dora)aa)enturas# (e)agar& ele abriu a grande cai,a e encontrou nela )áriaspastas e um diário# +le leu os títulos em )oz alta e tirou as pastas da cai,a&uma a uma#

M7s pastas t'm eti%uetas com nomes# 6adame <elena $etro)na Bla)atsHy:4ociedade Teos8fica;& 7nnie Besant :"e)ista 4;ciferV' _igana 7)erna# +i&esse ! difícil de falar# 7lfred 6einrad# Rá ou)i falar neleG ! um cientista#-armine 7nguis# -alinda 7nguis# R# 6# Talpish# @s amigos da ?o)a @rdem



6undial# 7 no)a era# + um diário manuscrito# Q %uase como um registrodiário de alguma coisa#

— @ %ue significa tudo issoO — ?ão sei ao certo# Tudo %ue sei ! %ue& %uando falei com o (r# 7nderson&ele mencionou o fim do mundo e um líder *nico para o mundo todo# ssopode nos dar pistas sobre o %ue ele %ueria dizer#

— 6ichael& há uma biblioteca do outro lado da rua# 3amos at! lá# 7cho %ue

teremos mais espaço para e,aminar o conte*do das pastas e ler o diário#4e lermos juntos& )amos acelerar o processo#

— 5rande ideia# M 6urphy guardou as pastas e o diário na maleta e elesdei,aram o banco#Duando atra)essaram a rua& sis olhou para a antiga biblioteca de %uatroandares# +la possuía seis colunas romanas na frente e uma magníficaescadaria de mármore# 7nos e anos de uso ha)iam conferido ao mármoreuma tonalidade cinzenta# $ombos se reuniam ao p! das escadas e notelhado do pr!dio# +ntalhado no mármore acima dos pilares ha)ia o

seguinte lemaJ

-@6 7 47B+(@"7 4+ +(F-7 7 -747& + -@6 7 ?T+L5V?-7 +L7 4+F"67#

$"@3Q"B@4 .EJ2

sis sentiu um arrepio nas costas ao olhar para a biblioteca# 7lguma coisaesta)a errada ali# +la não conseguia perceber o %ue era# 4eria o pr8priopr!dioO @u algo dentro deleO ?o material %ue iam e,aminarO @u outra coisa

%ual%uerO +la não conseguia se li)rar do desconforto# $odia %uase sentir%ue algu!m os obser)a)a# 6as ao olhar em )olta não )iu ningu!m# Tudoparecia normal& e,ceto suas sensaçNes#sso ! bobagem& disse a si mesma. ?ão mis ture a e,c itação dadescoberta de 6ichael com intuição feminina#Duando entraram no )elho edifício& eles )iram o grande salão cheio demesas& prateleiras de li)ros& estantes de catálogos e uma mesa deinformaçNes# 7trás da mesa ha)ia uma mulher gorducha num )estidobranco com grandes bolas azuis#

sis olhou para cima e )iu cada andar da biblioteca circundando o saguãocentral e aberto# 7trás das grades de cada andar era possí)el )er fileiras emais fileiras de estantes de li)ros e pessoas manipulando o material# ?ãofosse por suas incCmodas sensaçNes& sis teria apreciado a biblioteca# +ladesperta)a o desejo de entrar e passar o dia mergulhada em pensamentos)ariados e grandiosos# 4e ao menos ela pudesse se li)rar dos estranhospresságios e rela,ar no ambiente agradá)el dos li)ros=6urphy e sis subiram a escada de mármore e foram ao fundo da bibliotecano terceiro andar# Lá eles encontraram uma mesa isolada onde podiam

espalhar todo o material %ue pretendiam ler#@s milhares de li)ros %ue os cerca)am pareciam isolar o som# 7li elespodiam con)ersar em )oz bai,a sem incomodar ningu!m# +ra %uase comoestar em um mundo pr8prio& distante de tudo# +ra at! um pouco romntico&s8 os dois ali& sozinhos#



+u gostar ia de não ter esses sent imentos in%uietantes& Isis pen&

sou. Tal)ez eu de)esse falar sobre isso com 6ichael#

:INTE E SETE

4 T+$<7?+ Z @37-4 L5@U para 4hane Barrington do ce6ar# A secretáriainformou %ue ele esta)a em uma reunião e s8 )oltaria >s 1Sh# 7timo, Zo)acspensou# /sso me d4 cerca de duas horas antes de ele voltar para casa. +la dirigiu rápidoat! o Barrington Toers& estacionou na garagem subterrnea e tomou oele)ador at! o *ltimo andar#

Tinha o pr8prio apartamento& mas passa)a a maior parte do tempo nacobertura de Barrington# +la se lembrou de %uando se mudara& de comoha)ia se sentido animada e apai,onada#,omo eu era boba' disse a si mesma#'oi um arran(o a#rad)vel nos primeiros meses, mas lo#o os pro*lemas come+aram. em*rava&se da noite -uando Barrin#ton dissera

a-uelas palavras in-uietantes A $rometa 9me %ue não )ai cometernenhuma tol ice %ue me obrigue a# # # me l i)rar de )oc'# 7prendia gostar mui to de )oc'& 4tephanie# 4er ia horr í)e l se nossorelacionamento terminasse em trag!dia#A@ medo da%uela noite penetrara em sua mente e começara a crescer comoer)a daninha# 4abia %ue não ha)ia se apai,onado realmente por 4haneBarrington& mas por seu poder e dinheiro#-omo rep8rter in)estigati)a& tinha a capacidade de farejar corrupção etransaçNes comerciais escusas# 7 Barrington -ommunications começa)a a

cheirar mal# (epois da%ueles primeiros meses& ela ha)ia feito muitasperguntas sobre os neg8cios& e ele não gostara# + logo começaram osgritos& pontuados pelos murros de Barrington em portas e paredes# +laprecisara de sua t!cnica de negociação para acalmá9lo#-om o tempo& o medo crescera a ponto de Zo)acs recear %uestionar%ual%uer coisa e discutir assuntos delicados# @ medo ha)ia geradodesconfiança e sua falta de segurança começa)a a se transformar emressentimento# 4abia %ue tinha de acabar com esse relacionamentoG erasua chance# $odia pegar todas as suas coisas e )oltar para o pr8prio

apartamento# $elo menos não teriam mais de di)idir a mesma cama# ?ãopodia continuar fingindo %ue tudo ia bem se& por dentro& )i)ia um enormetumulto emocional# ?ão podia mais dormir com algu!m por %uem perdera orespeitoG não ha)ia dinheiro ou poder suficiente para amenizar sua dor#Zo)acs ha)ia fechado a *ltima mala %uando ou)iu um ruído %ue lembra)a oda cha)e na fechadura# +m pnico& ela enfiou todas as malas no closet efechou a porta# (epois& correu para o banheiro e fingiu retocar o batom#-alve8 ele pense 0ue voltei cedo para casa.

— 4tephanieO M 7 )oz de Barrington soou na sala de estar#

— +stou a%ui# M +spera)a %ue sua )oz parecesse mais calma do %uerealmente esta)a#$elo espelho& ela o )iu entrar no %uarto#

— 7 reunião acabou cedo e decidi não )oltar ao escrit8rio M ele e,plicousorrindo# M 3i seu carro na garagem# @ %ue está fazendo a%uiO



— Tamb!m encerrei o dia um pouco mais cedo#Barrington a enlaçou pela cintura e olhou para ela pelo espelho# 4tephanietentou sorrir como se esti)esse feliz por )'9lo& mas a )erdade era %uesentia repugnncia ao to%ue da%uelas mãos# +le a girou entre os braços e abeijou# Duando 4hane se afastou& ela percebeu %ue tremia de medo#

— Due tal um fil! para o jantarO +stou faminto# M Barrington se )irou ecomeçou a caminhar para o closet#

— 7onde gostaria de irO M perguntou ela& esperando distraí9lo#4hane hesitou antes de tocar a maçaneta#

— ?ão sei# $ode escolher#+le ainda olha)a para 4tephanie %uando abriu a porta do closet e entrou#(epois de tropeçar na primeira mala& ele %uase caiu sobre as outras duas#

— 6as o %ue###O M Barrington parou& tentando compreender a cena# (epoisrecuou e olhou para 4tephanie& seu rosto totalmente pálido#

— sto significa o %ue estou pensandoO — 4hane& eu ia con)ersar com )oc'#

— -on)ersar comigoO DuandoO (epois de fugirO7gora ela podia )er a cor a)ermelhada %ue a rai)a pinta)a em suas faces#

— -onfiei em )oc'= M gritou ele# M 7creditei %ue era leal# + )oc' sabe comoodeio deslealdade#

— 4hane& estamos brigando muito& cada )ez mais# +u### s8 pensei %ue seriabom se passássemos um tempo separados en%uanto as coisas se acalmam#Zo)acs recua)a para a sala de estar& e Barrington a)ança)a#

— + por isso ia fugir M gritou ele# M ?ingu!m me abandona= M +le cerrouum punho# 7 )eia em seu pescoço esta)a inchada#

4tephanie se )irou para correr& mas ele a segurou com a mão es%uerda&obrigando9a a encará9lo# 7o mesmo tempo& ele a atingiu com uma bofetada%ue a jogou do outro lado da sala# +la tropeçou na mesa de centro&%uebrando o )aso& e rolou por cima do sofá para o chão#7lguns segundos se passaram antes %ue sua cabeça parasse de rodar#<a)ia um zumbido em seu ou)ido es%uerdo& e esse mesmo lado do rostoardia# 7 dor de cabeça foi imediata#Barrington esta)a furioso# +le a le)antou do chão e sacudiu#M ?ingu!m abandona 4hane Barrington= M 7 declaração precedeu a

segunda bofetada& e dessa )ez ela caiu sobre um abajur de canto&%uebrando um imenso espelho na parede#4tephanie mal conseguia se mo)er# +sta)a tonta# 4entia o gosto de sangue&a dor no interior da boca& onde a pele fora rasgada por um dente# Duandose sentou& ela )iu a sala girar# @ sangue %ue pinga)a de seu narizmancha)a a blusa branca# +sta)a chocada demais para gritar ou chorar#%eu 9eus' me ajude3Barrington ha)ia ido ao %uarto e )olta)a de lá com as malas# +le as jogouem cima dela# 7 primeira %uicou no chão e a atingiu no peito& e,pulsando o

pouco ar %ue ainda ha)ia em seus pulmNes# 7 segunda bateu na primeira eatingiu seu rosto# 7 cabeça& jogada para trás pelo impacto& bateu naparede# (epois disso& 4tephanie mergulhou na escuridão#Duando acordou& ela esta)a gelada e desorientada# 7lguns momentos sepassaram antes %ue percebesse %ue esta)a em sua B6W na garagem



subterrnea do Barrington Toers# 4eu corpo todo doía# (e)agar& ela sesentou e olhou em )olta# 7 garagem esta)a )azia& e,ceto por algunsautom8)eis# 7 dor no rosto era lancinante# +la acendeu a luz interna do)eículo e olhou no espelho retro)isor# ?ão podia reconhecer o %ue )ia#<a)ia sangue em suas roupas e no cabelo# @ lado es%uerdo do rosto esta)aescuro& inchado& recoberto por manchas# @ hematoma no olho já começa)aa ficar e)idente#

4ua apar'ncia era a de algu!m %ue acabara de ser atropelada# +la deslizoua língua pelos dentes e descobriu %ue um deles esta)a lascado#4uas malas esta)am no banco de trás# Barrington as colocara ali&certamente# + a pusera no carro& tamb!m# (epois de respirar fundoalgumas )ezes& ela encontrou a bolsa e procurou as cha)es dentro dela# 48conseguia en,ergar com um olho#$ense i %ue e le i a me matar # ?ão acred i to %ue a inda estou)i)a#Duando ligou o motor e se preparou para sair& ela notou alguma coisa no

pára9brisa# Tentou ler a mensagem& mas esta)a escrita pelo lado de fora&ao contrário# +ra difícil focar apenas o olho direito# 7 mensagem ha)ia sidoescrita com batom# Finalmente ela conseguiu ler o recado# +le diziaJ

$/$93:M M; ABA$)2$A!4tephanie esta)a feliz por ser Eh da manhã e todos estarem dormindo%uando ela chegou em casa# ?ão %ueria encontrar ningu!m# ?ão na%ueleestado#+la dei,ou as malas no carro e subiu& indo diretamente ao banheiro#+n%uanto enchia a banheira com água %uente& tomou um analg!sico# ?a

banheira& o calor da água era confortante e um alí)io para as dores# + s8então& %uando finalmente conseguiu rela,ar& ela soluçou pela primeira )ez#7p8s E minutos& %uando a água da banheira ficou fria& ela reuniu a poucaenergia %ue resta)a e foi para a cama# @ esgotamento físico e emocionalera espantoso# 4tephanie adormeceu em poucos minutos#+ram 2h da tarde %uando o telefone tocou na casa de 4tephanie#

— 4tephanie& sou eu& 6elissa# +stá tudo bemO M 7 secretária de Barringtonsussurra)a#

— ?ão me sinto muito bem hoje# 3ou ficar em casa#

— Tem certeza de %ue não ! nada mais s!rioO — $or %ue está cochichando& 6elissaO — +stou longe da minha mesa& em outro telefone# — $or %u'O — +stou com medo# ?unca )i o 4r# Barrington tão furioso# +le me deu ordenspara limpar suas ga)etas e colocar suas coisas em cai,as# Duandoperguntei o moti)o& ele gritou comigo dizendo %ue era melhor cumprir logosua ordem ou perderia o emprego tamb!m# + ele nunca me tratou desse

jeito antes= @u)i %uando ele ligou para Loell 7drian& diretor de recursos

humanos& e informou %ue )oc' esta)a sumariamente demitida# (epois& eleacrescentou %ue )oc' nunca mais )ai trabalhar em nenhum 8rgão daimprensa& se ele puder impedir# + disse %ue )oc' está acabada#Zo)acs foi tomada por um desnimo ainda maior# ?ão s8 ha)ia perdido orespeito por si mesma ao se tornar uma amante& mas rompera um



relacionamento de poder e fora espancada por isso# + agora& al!m de serdemitida& seria impedida de trabalhar em sua área# ?ão teria comosobre)i)er#

Tentando conter as lágrimas& ela disseJ — 6elissa& agradeço por ter ligado& mas )oc' precisa desligar# 4e 4hanesouber %ue ligou para mim& )oc' tamb!m )ai perder o emprego& e eu nãosuportaria a culpa# (esligue e não ligue mais para mim# Q muito perigoso#

4tephanie começou a chorar# 4ua )ida esta)a desmoronando# 7foga)a9seem culpa& medo& frustração e ressentimento# 7s emoçNes a in)adiam comoondas gigantescas de um mar re)olto# 4ua )ida esta)a arruinada& e nãoha)ia nada %ue pudesse fazer para melhorar a situação# +la se encolheu nacama e chorou por uma hora# Duando as lágrimas secaram& a depressãocomeçou a se instalar de forma mais profunda# Rá sentia os primeiros sinaisdo desespero#+ra final de tarde e 4tephanie esta)a encolhida na cama& com a%ueleprimeiro raio de esperança tentando romper as nu)ens densas e escuras da

depressão# Uma pala)ra surgia em sua mente# =elicidade.Lembra)a9se do (r# 6urphy perguntando se ela era feliz# 4tephanie pensounuma ocasião em %ue o entre)istara e perguntara sobre a perda de suaesposa# +le certamente não esta)a feliz na%uele momento& mas parecia empaz# + dissera %ue s8 (eus podia dar paz em meio ao caos#+stou certamente no caos& mas não tenho paz# Fico meperguntando se e,iste a lgum fundo de )erdade em toda essahist8ria sobre (eus#+la lembrou o %ue o (r# 6urphy dissera sobre empinar pipa#

— Duando a p ipa sumia& como )oc' conseguia saber %ue e laainda esta)a láO — 7cho %ue pela tensão da l inha# +u sent ia %ue o )ento aindaimpulsiona)a a pipa e a sustenta)a no ar#

— -erto# Q mais ou menos assim %uando (eus fa la com )oc'#3oc' não pode )'9Lo# + le está fora do seu campo de ) isão# +tamb!m não pode escutar 4ua )oz por%ue + le está mu itolonge# 6as )oc' pode sent i r 4ua tensão amorosa na l inha deseu coração # Q i sso %ue + le faz %uando )oc' l' a B íb l i a # +

%uando )oc' ou)e a )oz da sua consci'n cia# Q assim %ue (eusfala conosco# (ei,e9me fazer uma perguntaJ )oc' sente hoje atensão de (eus na l inha de seu coraçãoO)#rimas come+aram a se /ormar em seus olhos. 6eu (eus& elaorou, estou sofrendo e sozinha# 7cho %ue 3oc' está pu,ando al inha& tentando chamar minha atenção## # e conseguiu# ?ão seio %ue fazer# $reciso da 4ua ajuda# Fiz algumas escolhas muitoruins& e elas afetaram toda a minha )ida# 7gora estou em meioao caos# 4e está me ou)indo& preciso da 4ua ajuda#

4e i %ue sou uma pecadora e preciso de 3oc' pa ra mudarminha )ida# ?ão posso fazer isso sozinha# Tentei mais de uma)ez# 7credi to %ue 3oc' mandou 4eu f i lho& Resus& para morrerpor todos os meus pecados# $or fa)or& perdoe9me# ?ão se i o%ue tudo isso s igni f ica& mas s into %ue 3oc' está batendo na



por ta do meu coração # + %uero abr i 9 l a para 3oc' ho je # $orfa)or & ent re e me a jude a ter paz# !epois disso, Stephanie chorou atédormir.

:INTE E OITO

6U"$<[ 7B"U @ diário na primeira página# 7li esta)a escritoJ A(iário de

<arley B# 7ndersonA# sis começou a ler a pasta de <elena $etro)naBlata)sHy# Usando um marca9te,to& 6urphy sublinha)a algumas coisas# @*nico som era o das páginas sendo )iradas# -erca de E minutos depois deter começado a leitura& 6urphy falouJM sis& escute isso# 4ublinhei certos detalhes e comentários no diário# +lesdão uma )isão geral do conte*do#

<= d% ari- d% <9=<oje R# 6# e eu fomos procurados por tr's homens %ue

d isseram per tencer a um grupo chamado 7migos da ?o)a@rdem 6undial# +le s %ue riam %ue inseminássemos arti f i 9cialmente uma jo)em#

>> d% $aio@ grupo dos 7migos da ?o)a @rdem 6undia l )ol tou a nosprocurar e nos informou %ue a jo)em a ser inseminada já fo iescolhida#

<> d% ?1@o"eencontramos o s 7migos da ?o)a @rdem 6undial# +lesprometeram f inanciar um laborat8r io tota lmente e%uipado# sso )ai cus ta r mu ito caro# + les nos d isse ram %ue ap8s onasc imento do beb' podemos manter o laborat8r io e todo oe%uipamento para nosso uso # (isse ram %ue s8 t'm umacond ição J todo esse neg8c io de)e ser mantido em s ig il oabsoluto# +les são muito estranhos#

3 d% ?-@o R # 6# e eu conhecemos a jo)em %ue será inseminada# +lapareceu s impát ica& mas um pouco amedrontada# 4eu nome !-a linda 7ngu is# +la ! romena& e R# 6# te)e de traduzir ee,plicar a ela todo o procedimento#

<0 d% ?-@o<oje recebemos o esperma e os 8)ulos cedidos pelos 7migosda ?o)a @rdem 6undial# +les se negam a di)ulgar a iden tidade

dos doadores# +stranho=<3 d% ?-@o

R # 6# e eu completamos o procedimento de implantação do8)ulo fert i l izado em -alinda 7nguis#



>0 d% ?-@o+,aminamos -al inda 7nguis e tudo parece cor rer bem& semcomplicaçNes#

<0 d% ao/o<oje R # 6# e eu nos reunimos com membros do grupo 7migos

da ?o)a @rdem 6undial# +les ressaltaram de no)o anecessidade do s igi lo absoluto sobre a 4rta# 7nguis e todo oprocedimento# $arec iam mui to ner)osos e d ispostos a nospressionar# R # 6# e eu estamos muito curiosos#

+ d% %/%$ro R # 6# e eu nos encontramos para almoçar# +le discutiu comigosuas preocupaçNes sobre o %ue )amos fazer com re lação atoda essa hist8r ia de s ig i lo # + le teme %ue estejamos fazendo

algo i legal # ?ão gostamos muito das pessoas %ue conhecemos# Todas parecem más#> d% %/%$ro-onsegui descobr i r a lguns deta lhes sobre o pa i e a mãe de-al inda 7nguis# @ pai ! -armine 7nguis e o nome de sol tei rada mãe ! Zala 6atrinHa#

<+ d% o/ro<oje receb i um te le fonema de a lgu!m do grupo 7migos da

?o)a @rdem 6undia l# + les foram e,t remamente f irmes ee,igentes com relação ao s ig il o em torno do %ue estamosfazendo # -omeço a concordar com R # 6 # Tal)ez estej amosen)ol)idos em algo i legal#

<= d% o/roFiz uma in)est igação e consegui descobrir %uem foi a doadorado 8)ulo# Zeres 6aziHeen#

30 d% 1ov%$ro-onsegui ident i f icar e local izar a mãe de Zeres 6aziHeen# 4eunome ! 6ariana [aHo)# +la me contou %ue o nome de sua mãeera _igana 7)erna# +stou começando a ficar ner)oso eperturbado& R # 6# acredita %ue tem sido seguido#

> d% d%%$ro7s festas foram tran%uilas#<2 d% ?a1%iro d% <9

Fiz uma descoberta incr í)el # @ doador do esperma ! o famosocientista 7lfred 6einrad# +ssa ! uma situação muito curiosa#



= d% %v%r%iro-onsegui descobr ir in formaçNes sobre a b isa)8 M _ igana7)erna# +la trabalhou para uma mulher chamada 7l ice Bai ley#

>0 d% %v%r%iroUm grupo de pessoas da 7migos da ?o)a @rdem 6undial) is i tou nossa c l ín ica e con)ersou com -al inda 7nguis# R # 6# e

eu não pudemos participar da con)ersa# Duando eles partiram&ela ficou muito agitada#

<+ d% $ar!o R # 6# obte)e informaçNes sobre a associação chamada 7migosda ?o)a @rdem 6undial# +le me disse %ue está muitoamedrontado# $rometeu %ue falaremos sobre o assunto %uandoele t i)er certeza de %ue estamos sozinhos#

3< d% $ar!o-alinda começou a ter contraçNes por )olta das .Ih#



< d% ari-@ beb' nasceu# 6ãe e f i lho passam bem#6embros da 7migos da ?o)a @rdem6undial est i)eram no hospital # +les foram

ta,at i)os sobre a importnc ia de o beb'receber o melhor atendimento possí)e l#-hegaram a ser rudes conosco#

> d% ari- R # 6# tem apreensNes com relação aosarranjos com o grupo# + le d iz %ue temosde con)ersar logo# $arece muitoassustado#

<> d% $aio Terrí)el trag!dia M R# 6# morreu em umacidente de autom8)el # 7 pol íc ia diz %ue

ele dir igia em alta )elocidade e nãoconseguiu concluir uma cur)a nasmontanhas& por isso despencou de umprecipício# +stou muito amedrontado# R # 6#não gosta)a de ir para as montanhas# +lenunca dir igiu em alta )elocidade em lugarnenhum# ## sempre respe itou o l imite de)elocidade# 4into %ue de)o me proteger#?ão acredito %ue tenha sido um acidente#7cho %ue foi assassinato # (ec id i en) iartodas as minhas anotaçNes e meus pap!ispara minha f i lha nos +stados Unidos# + jáa instru í para guardá9 los no cofre de um

banco em local desconhecido#M Tudo isso ! muito estranho& 6ichael# M siscomentou pensati)a# M Duem )oc' acha %ue são



essas pessoas %ue se intitulam 7migos da ?o)a@rdem 6undialOM ?ão sei ao certo# Duando con)ersei com o (r#7nderson& ele parecia con)encido de %ue eram

pessoas más com um plano diab8lico# +le chegoua sugerir %ue podia ter colaborado para onascimento do 7nticristo#

— "efere9se ao 7nticristo da BíbliaO 7%uele de%uem está sempre falandoO

— +,atamente#sis ha)ia crescido em uma família na %ual osmitos e as religiNes do mundo foram presença%uase tangí)el# 4eu pai& um ar%ue8logo& tinha uminteresse tão profundo pelas di)indades do mundoantigo %ue dera a ela o nome sis não por uma&mas por duas deusas :seu segundo nome era$ros!rpina;#

7ssim como os pais& sis crescera sem nenhum tipode f! cristã#6as 6urphy era diferente da maioria dos cristãos%ue ela conhecera# <a)ia algo nele %ue eragenuíno& intelectual& atraente# 7 a)entura no7rarat abalara todas as ideias %ue ela sempreti)era sobre Bíblia e religião# +sti)era no interiorda 7rca de ?o! M não ha)ia d*)ida sobre isso#

Tamb!m ajudara a encontrar a serpente de bronzede ?o! e a estátua de ouro de ?abucodonosor#+ram reais& e ela pCde tocá9las# -omeça)a&portanto& a acreditar %ue a f! de 6urphy tamb!mera real& %ue a Bíblia era real& e tudo isso a ame9

dronta)a# +m algum ponto teria de decidir sobrese e,istia ou não um (eus#



$reciso manter a mente aberta# + see,istir mesmo um 7nticr istoO$ensar nisso a fez estremecer#

:INTE E NO:E 9 MICHAEL, ESCUTE isso# @uça o %ue encontreinestas outras pastas#6urphy le)antou a cabeça#

— +ssa 6adame <elena $etro)na Blata)sHy !muito interessante M sis começou# M +la nasceuem 1#021 e morreu em 1#0K1# +m 1#0/ fundou asociedade Teos8fica# 4eu logotipo ! um símboloal%uímico& um círculo formado por uma serpente%ue engole o pr8prio rabo# (entro do círculo háduas pirmides entrelaçadas& simbolizando a uniãodo c!u e da Terra# ?o centro das pirmides há um

an@( egípcio# ?o topo da pirmide e,iste umasuástica in)ertida& dentro de um círculo# -omo)oc' sabe& a suástica ! um símbolo ocultobastante conhecido %ue tem sua origem na antigaíndia# 7s pala)ras %ue cercam a serpente sãoJ ?@<] "+L5@ 4U$+"@" P 3+"(7(+# 7%ui diz %ueela escre)eu um li)ro chamado " doutrina secreta.

— Rá li algo sobre esse li)ro M 6urphy respondeu&animado# M& 7dolph <itler mantinha uma c8piacom anotaçNes em sua mesa de cabeceira# +le eraseguidor de 6adame Blata)sHy# (e)e ter sidodesse material %ue ele tirou a ideia de usar asuástica em seus uniformes militares#

— @ (r# 7nderson relata %ue ela tamb!m escre)euoutro li)ro& o %anual da re#olução.



— Uau= sso ! fabuloso= Tamb!m ou)i falar sobreesse li)ro# Foi o %ue 4irhan 4irhan pediu %uandoesta)a preso por ter assassinado "obert Zennedy#Blata)sHy tem seguidores bem interessantes# @u)i

dizer %ue ! considerada uma das grandesocultistas da hist8ria# +la fundou o Blata)sHyLodge e a +soteric 4chool#

— $arece %ue o (r# 7nderson pes%uisou a )ida delaM sis comentou pensati)a# M +le relata %ue& nainfncia& ela era in%uieta& impetuosa& ousada&arrojada e tinha um temperamento terrí)el# +lecontinua contando %ue Blata)sHy tinha umacuriosidade apai,onada pelo desconhecido e uminteresse incomum pelo misterioso& estranho efantástico# +la costuma)a se di)ertir assustando oscolegas ao mencionar a e,ist'ncia de corredoressubterrneos sob suas casas e %ue eram

protegidos por corcundas# -omenta9se %ue ela eracapaz de pro)ocar alucinaçNes nos colegas#Blata)sHy at! afirma)a %ue )ia um hindu comturbante branco# +ra o fantasma %ue a protegia#+la dizia %ue ele lhe transmitia orientaçNes portelepatia# +le se tornou seu espírito guia#

— sso me lembra 4hirley 6acLaine M 6urphy riu# — (e acordo com o (r# 7nderson& ela entra)a emtranse e se torna)a uma esp!cie de canalizadora#-omunica)a9se com os mortos& promo)iamaterializaçNes& sessNes espíritas e tinha donssensiti)os& como o de mo)er objetos pela força dopensamento#

6urphy riu alto# — +la era muito talentosa=



— 7%ui há um artigo %ue diz %ue ela le)ou uma)ida desregrada& )agando pelo mundo durante dezanos# 4obre)i)eu ao naufrágio na ilha de 4petsai&%uando )iaja)a da 5r!cia ao +gito# +m um dado

momento& ela embarcou em trajes masculinos elutou sob o comando de 5aribaldi# Foi ferida eabandonada > morte na batalha de 6entana& na"*ssia# -riou a sociedade Teos8fica e escre)eu osli)ros %ue já mencionei# @ (r# 7nderson a cita emum de seus escritosJ J4;cifer é luz di#ina eterrestreS o WEspírito !antoW e W!atãW são um e omesmo.J

— 7cho %ue ela se confundia um pouco no %uesitoteologia#

— @ (r# 7nderson continuou relatando %ue6adame Bla)atsHy influenciou de maneiramarcante duas mulheresJ 7nnie Besant e 7lice 7nn

Bailey# Besant foi ati)ista no mo)imento feministaGela se en)ol)eu de forma mais específica nocontrole da natalidade# +ra )ista de maneira geralcomo uma radical política socialista# (urante dezanos ela e 7lice 7nn Bailey publicaram uma re)istamensal chamada +<cifer.6urphy fez uma careta#

— <oje elas pro)a)elmente transformariam are)ista em s!rie de te)' ou& pelo menos& em umprograma de desenho animado nas manhãs dedomingo#

— 7nnie se casou com FranH Besant aos 1K anos#+le era um cl!rigo com ideias tradicionais# +sses

pensamentos entraram em conflito com seuespírito independente e ela dei,ou o marido# 7ofaz'9lo& tamb!m rejeitou o cristianismo e se tornou



ateia e li)re9pensadora# +la foi fundamental para odesen)ol)imento da base do 6o)imento da ?o)a+ra#sis )irou a página e continuouJ

— 7lice 7nn Bailey começou )ários mo)imentos edi)ersas organizaçNes& como Lucis Trust& World5oodill& Triangles& a 7riane 4chool e o ?e 5roupWorld 4er)ers# -ompilou .1 li)ros com mais de1I#ESK páginas# + alegou t'9los escrito en%uantoesta)a em transe# +les teriam sido ditados a elapor seu guia espiritual& (jhal Zhul& o Tibetano# Foipor meio de seus escritos %ue pala)ras comoAreencarnaçãoA& AastrologiaA& AmeditaçãoA&AcarmaA e Anir)anaA se popularizaram#

— $u,a& esses guias espirituais gostam mesmo deliteratura& nãoO

— 7%ui diz %ue o Lucis Trust foi fundado em 1K..

sob a patente M L-F+" $UBL4<?5 -@6$7?[#+i& 6ichael& agora escute os nomes %ue jáparticiparam da tal organizaçãoJ "obert6c?amara& "onald "eagan& <enry Zissinger& (a)id"ocHefeller& $aul 3olcHer e 5eorge 4chultz#

— Fale mais bai,o& sis# 4abia %ue esses homens jáfizeram parte do -onselho de "elaçNes +,terioresOQ um grupo de elite %ue influenciou a fundaçãodas ?açNes Unidas# +u me lembro de %ue o Lucis

Trust te)e seu %uartel9general no United ?ations$laza por muito tempo# 7cho %ue agora estãofuncionando em um da%ueles pr!dios de Wall4treet#

— @ %ue acha de tudo isso& 6ichaelO — Bem& parece %ue 6adame Blata)sHy se tornouuma ocultista e influenciou 7lice Bailey& %ue



e,pandiu seu trabalho# +la& por sua )ez& fundou are)ista +<cifer e outras organizaçNes& %ue conti9nuaram transmitindo os ensinamentos ocultos#4eus trabalhos e organizaçNes influenciaram

homens %ue deram início >s ?açNes Unidas# ssonão cria uma imagem muito bonita#6urphy pegou outra pasta#

— $arece %ue essas mulheres eram encantadoras eperigosas# Due ligação podem ter com o (r#7ndersonO

— 7inda não sei# Tenho mais material para ler#

TRINTA

7o@1 B ar th ol om e0 s or ri u para si mesmo. +ssamudança no r itmo ! perfeita# ?ingu!m )ainos notar # +stamos em uma das c idades

mais mo)imentadas do mundo#+sta)a começando a se cansar das reuniNes nocastelo& e a 4uíça era fria demais# Dueria umpouco de sol para )ariar# 7l!m do mais& o senor6endez tomara pro)id'ncias para %ue todospudessem )oar ao "io de Raneiro em a)iNes

separados# +le ha)ia alugado uma casa depois dapraia de -opacabana& perto da lagoa "odrigo deFreitas# +ra um local isolado onde estariamsozinhos e poderiam desfrutar do sol#7propriado& ele pensou, poder fazer p lanospara destruir o cr ist ianismo& o +stado dedireito& e para criar o cenário para o

7nt icristo > sombra do -orco)ado& com o



gigantesco -risto "edentor ao alto# @ senor

6endez tem senso de humor#7 reunião começou >s 1Ih da manhã na )arandasombreada# RaHoba Werner foi o primeiro a falar

com seu forte sota%ue germnico# @s cabelosloiros esta)am presos no co%ue habitual#M 5ostaria de parabenizar o senor 6endez pelaescolha do local# 7s acomodaçNes são espl'ndidase o jantar da noite passada foi soberbo#

— -oncordo M disse 5anesh 4hesha# M @ lugar metraz lembranças de um palácio presidencial naperiferia de -alcutá# +u costuma)a ir )isitá9lo comfre%u'ncia#

— Bem& tenho certeza de %ue todos apreciaremos osol em )ez da ne)e M disse Bartholome# M+ntão& )amos começar a reunião# 3oc's de)emlembrar %ue em nosso *ltimo encontro todos

receberam tarefas a serem e,ecutadas para onosso plano s!tuplo de go)ernar o mundo# 3ourelatar a fase 1#Bartholome distribuiu um relat8rio detalhadosobre todas as realizaçNes da primeira fase#

— Duero ressaltar os pontos primordiais dessaprimeira etapaJ a mudança de local das ?açNesUnidas# -omeçamos a plantar essa ideia na mentedos principais líderes da @?U com relação a umapossí)el mudança da organização dos +stadosUnidos para a BabilCnia& no ra%ue# 7creditamos%ue essa mudança terá )árias conse%u'ncias#$rimeiro& )ai agradar aos europeus& por%ue será

um sinal e)idente de %ue a 7m!rica está perdendoo poder de influ'ncia# 6uitos países europeus já seressentem da política americana# +les pensarão



%ue a 7m!rica de ?orte está recebendo o %uemerece por tentar controlar o mundo# Todosgostam de )er o Acachorro grandeA com o egoes)aziado# sso )ai ajudar a isolar os +stados

Unidos do restante do mundo# +m segundo lugar&a mudança para o ra%ue )ai agradar aos árabes eajudar a uni9los# sso dará a eles a sensação deprestígio# +les )ão acreditar %ue estão ganhandopoder e %ue t'm algum controle sobre o pr8priofuturo# -om essa mudança& tamb!m será maisfácil acomodar as di)ersas facçNes %ue brigamentre si# "econstruir a BabilCnia de)ol)erá oorgulho aos árabes e dará a eles algo em %uefocar a energia# +specialmente se o local se tornara sede da @?U#3iorica +nesco ajeitou os longos cabelos)ermelhos# +m seu forte sota%ue romeno& ela

perguntouJ — @s europeus não )ão se opor > instalação da@?U na BabilCnia& em )ez de em algum local da+uropaOBartholome sorriu#

— 7lguns podem protestar& de fato# 6as a%ueles%ue estão em posição de liderança concordarão#+les sabem %ue a @?U ! s8 uma )itrine& de%ual%uer maneira# +m *ltima análise& ela consisteem muita con)ersa e pouca ação# 7 @?Udesmoronaria em instantes se os +stados Unidos ea União +uropeia retirassem o financiamento# @slíderes mais importantes da +uropa sabem %ue

t'm grande poder financeiro e o conhecimentopara controlar as naçNes árabes# +les apoiariam osárabes sem nenhuma hesitação em troca de pre9



ços mais bai,os para o petr8leo# @s +stadosUnidos teriam de manter o apoio > @?U& ou seriamacusados de ser contra os árabes# +les )ão cedersob a pressão política# sso )ai drenar as finanças

americanas e enfra%uecer o d8lar# Logo ha)eráuma crise %ue ajudará na conclusão dessa fase#Bartholome fez um gesto para 5anesh 4hesha&%ue sorriu# @s dentes brancos contrasta)am com apele morena#

— 7 fase dois en)ol)e o aumento nas ameaças deguerra# -omeçamos um plano para criar uma criseentre a Yndia e o $a%uistão# 7 ameaça de umaguerra nuclear )ai ajudar a causar tumulto políticonos +stados Unidos# 4eus líderes se concentrarãoem negociaçNes %ue e,igirão perda de tempo eduras decisNes no campo político# +ntãoen)iaremos financiamento para os senhores da

guerra na ]frica# +les já são egomaníacos& e )ãoe,pandir ainda mais seu poder# -omeçarão aeliminar os inimigos& como fizeram com oe,termínio de centenas de milhares em "uanda enas lutas na 4omália e no -ongo# @ financiamentoa certas facçNes muçulmanas permitirá %ue elese,tra)asem a rai)a %ue sentem pelos cristãos emseus países# 4erá mara)ilhoso assistir aos +stadosUnidos tentando administrar conflitos em tantasfrentes#@s outros seis concorda)am com mo)imentos decabeça#

— Rá começamos a agitar os norte9coreanos com a

%uestão nuclear M 4hesha e,plicou# M 3amosele)ar o ní)el do conflito e obrigar os +stadosUnidos a deslocarem mais na)ios e militares para



a área# 7o mesmo tempo& alimentamos os rumoresde %ue a -hina está tentando tomar Taian# 6aisrecursos serão drenados dos +stados Unidos# Rácomeçamos a complicar a ameaça nuclear no rã#

@s americanos agora precisam dedicar algumtempo ao planejamento de cenários de guerrapara a%uele país# ?o momento certo& instigaremosum ata%ue combinado aos consulados americanosem todo o mundo# Runto a essa medida& )amosfinanciar terroristas %ue realizarão ata%ues contragrandes portos& como Long Beach& -alif8rnia& e acidade de ?o)a [orH# @s americanos já enfrentamdificuldades com a segurança nessas áreas#Bartholome olhou para o senor 6endez#

— 7cho %ue )oc' ! o pr8,imo# — 4im# 7 fase seguinte inclui o boicote ao com!rciodos +stados Unidos# ?osso plano ! eliminar o

fornecimento de petr8leo para a%uele país# ssoaumentará o preço da gasolina e a re)olta dopo)o# <a)erá conflitos internos& e todos )ão culparos políticos& %ue tentarão proteger suas posiçNes#7 confusão será ine)itá)el# +speramos %ue issoobrigue os americanos a usarem suas reser)as depetr8leo# 7ssim& será necessário fazer perfuraçãono 7lasca para a e,tração do petr8leo local# @sambientalistas lutarão contra o -ongresso por co9locarem em risco as florestas protegidas e oscanais# BilhNes de d8lares serão gastos natentati)a de e,trair petr8leo e le)á9lo >s refinarias#Dueremos ajudar a %uebrar a espinha financeira

da *nica nação %ue se interpNe em nossacaminhada para o controle do mundo#



Todos aplaudiram# Rohn Bartholome e 4ir William6erton pediam sil'ncio para %ue 6endez pudesseprosseguir# +le logo retomou a pala)ra#

— (epois disso& )amos ajudar a União +urop!ia a

abrir negociaçNes para o com!rcio liberal com a7m!rica do 4ul& -anadá& ]sia& índia e os paísesafricanos# Todos recorrerão ã União +urop!ia embusca de apoio# ?açNes do mundo inteirocomeçarão a se cur)ar > +uropa# 7o mesmotempo& aumentaremos as restriçNes aos bens eprodutos americanos# @s donos de fábricas nos+stados Unidos terão de demitir seus empregadosgraças ao boicote internacional# 7s demandas doseguro desemprego e dos recursos da 4ecretariade 4er)iço 4ocial começarão a es)aziar os cofresamericanos# @ consumo no )arejo despencará comos desempregados usando seu dinheiro

simplesmente para sobre)i)er# 6uitas pessoasperderão seus empregos nesse ciclo )icioso de%ueda na demanda e no fornecimento# @scidadãos se tornarão agressi)os e hostis contraseu %uerido go)erno democrático# +m algunslugares& tentaremos fomentar a agitação ci)il# $ore,emplo& espalharemos rumores de demissão emmassa pro)ocados por con)icçNes religiosas e ra9ciais# 4erá o caos#

— 7t! a%ui tudo parece muito bom M 3iorica+nesco opinou sorrindo# M 3amos passar > fase%uatro# ?essa etapa criaremos emerg'nciasm!dicas# Temos financiado c!lulas adormecidas

dentro dos +stados Unidos# +m um determinadomomento& eles promo)erão uma epidemia de)aríola# sso mobilizará o pessoal da área de sa*de



e e,igirá in)estimentos milionários# @utras c!lulasadormecidas en)iarão pacotes com antraz para oslíderes do go)erno municipal& estadual e federal&inclusi)e para a%ueles nas comunidades de

pe%ueno e m!dio portes# 4erá um pandemCnio=(essa )ez a mobilização en)ol)erá polícia&segurança e ser)iços de emerg'ncia em toda a7m!rica# 6ais energia e dinheiro serão gastos#+ntão& %uando a crise ti)er aparentementeatingido seu ponto má,imo& nossos outros gruposbombardearão os maiores e mais importanteshospitais# @s americanos t'm uma preocupaçãoespecial com os enfermos e os menos fa)orecidos#+les prestarão socorro aos hospitalizados eutilizarão os recursos restantes para protegeressas pessoas %ueridas#

— ?ão ! mara)ilhosoO M perguntou RaHoba Werner&

mudando de posição na cadeira e inclinando ocorpo para a frente# M ?a fase cinco& paraenfra%uecer o mercado de açNes dos +stados Uni9dos& con)enceremos os ,e%ues árabes atransferirem seu dinheiro do mercado americanopara a União +urop!ia# sso fortalecerá o euro eenfra%uecerá o d8lar americano# nduziremosgrandes in)estidores estrangeiros a comprar açNesna margem e inflacionar o mercado com uma falsatend'ncia de alta# 7s pessoas in)estirão e depoisnão conseguirão pagar a margem& por%ue nãopermitiremos %ue tenham dinheiro para isso& eessa reação le)ará > %ueda# Tentaremos causar

mo)imentos rápidos de alta e bai,a no mercado#@s in)estidores ficarão inseguros e dei,arão dein)estir# (epois de )ários sobe e desce financeiros&



os americanos tenderão a achar %ue o mercadoeuropeu ! mais está)el& e irão buscar lá possí)eisin)estimentos para seu dinheiro# 6ais dinheirosaindo dos +stados Unidos# Tal)ez não sejamos

capazes de causar o colapso do mercado& maspodemos enfra%uec'9lo de forma acentuada# — 6uito bom M Rohn Bartholome apro)ouentusiasmado#Werner continuouJ

— 3amos colocar dinheiro na pr8,ima eleiçãopresidencial dos +stados Unidos# ?osso plano !apoiar os candidatos mais liberais e socialistas#Duando esti)erem no poder e a pressão políticaaumentar no mundo todo& eles cederão >se,ig'ncias e necessidades dos outros países#3isarão > aceitação da comunidade global& nãoseu 8dio# Buscarão a paz a %ual%uer preço# 4ua

independ'ncia será reduzida na medida em %ue seconformarem com o flu,o da iminente sociedademundial#

Todos olharam para o general Li& %ue assentiu# — 7 fase seis ! singular# (enominamos plano defogo# -om as ameaças de guerra& a proliferaçãonuclear& os bombardeiros terroristas& o boicote aocom!rcio dos +stados Unidos& o aumento nospreços do petr8leo& o enfra%uecimento de Wall4treet& e as emerg'ncias m!dicas M todos osrecursos da 7m!rica chegarão ao limite# -ertasc!lulas adormecidas iniciarão inc'ndios de)erdade& começando pelas grandes áreas

metropolitanas# 7 prioridade no combate ao fogo !proteger as pessoas& depois as estruturas e emseguida as florestas# -om os inc'ndios



aumentando nas cidades& outras c!lulasadormecidas atearão fogo nas florestas pr8,imas aestaçNes de energiaG esperamos com issointerromper o fornecimento e fechar grandes

redes el!tricas# (epois será a )ez das florestas emtorno de reser)at8rios de água# @ plano ! causarerosão& %ue le)ará ao aumento pronunciado dedeslizamentos& desmoronamentos e enchentes#sso prejudicará a agricultura& a construção ci)il eo transporte#

Todos assentiram# @ plano parecia mara)ilhoso# — @s +stados Unidos já sofreram um forte golpeem seus recursos com a guerra no ra%ue& comtornados& furacNes e enchentes no pr8prioterrit8rio# +les t'm atuado nos esforços de ajudano 7feganistão e na Tur%uia& e tamb!m >s )ítimasdo tsunami# @ enfra%uecimento da economia

americana afetará o mundo todo# + fortalecerá aeconomia europeia& e isso ! e,atamente do %uenecessitamos# 7 *nica maneira de con%uistar umpaís grandioso como os +stados Unidos !fragmentando9o# 4e pudermos le)á9los a lutar em)árias fontes& os americanos finalmente desistirãode cuidar do restante do mundo para tentarproteger apenas seu po)o# +les se tornarão tãofracos %ue dei,arão de ser uma ameaça#+specialmente no *nico local %ue ainda nãomencionamosJ srael# 4e pudermos induzir os+stados Unidos a suspenderem a ajuda a srael&teremos como destruir e eliminar de maneira

definiti)a a%uele cncer da face da Terra# @mundo estará mergulhado no caos& clamando por



um líder %ue possa entrar em cena e assumir ocontrole#4ir William 6erton assentia )igorosamente# +leparecia sentir calor em seu traje clerical#

— 7 s!tima fase implica começar um mo)imentoreligioso M e,plicou ele# M Duando o mundoesti)er em condiçNes financeiras desesperadoras&as pessoas buscarão apoio na religião# Lembrem9seJ Aa religião ! o 8pio do po)o#A 3amos começar apatrocinar )ários líderes religiosos e& tamb!m&lançar um chamado para a união de todas ascrenças# Usaremos o argumento da fraternidadeuni)ersal do homem# 7poiaremos eincenti)aremos a comunidade homosse,ual#7%ueles %ue se opuserem serão ridicularizados&ameaçados e punidos# $odemos fazer tudo issoinstituindo legislação %ue remo)erá )antagens

fiscais críticas de igrejas e organizaçNes religiosas#@s %ue se opuserem a nosso plano poderão seracusados de incitação ao 8dio e presos porrebeldia ci)il# sso )ai esmagar %ual%uer tentati)ade oposição# +stabeleceremos uma no)a religiãomundial %ue terá )asta influ'ncia sobre aspessoas#

Rohn Bartholome tomou a pala)ra# — 7lgumas partes de todos esses planos já estãooperando efeti)amente# @ restante logo seráimplantado# 7t! agora& tudo tem dado certo# 4e

Talon puder cumprir suas missNes& acredito %uenos manteremos dentro de nosso cronograma# sso

pede um brinde#



TRINTA E UM

6U"$<[ OLHOU PARA sis e a analisou por ummomento& notando %ue ela esta)a compenetrada

na leitura# +ra uma linda mulher# @s olhos )erdes eos cabelos )ermelhos eram impressionantes& masha)ia mais# +la era inteligente& culta& e sabia seconduzir e participar de praticamente todo tipo decon)ersa# +ra uma companhia di)ertida e nãotinha medo de e,perimentar coisas no)as ediferentes# +ra independente e& ao mesmo tempo&parecia precisar de sua força# +le sentia umintenso desejo de proteg'9la# 4abia %ue começa)aa se recuperar da morte de Laura# $odia sentir ocrescimento de um no)o amor& e era umasensação confortá)el### e boa#sis le)antou a cabeça e seus olhos se

encontraram# +la sorriu& e foi preciso muitocontrole para resistir ao impulso de abraçá9la#(epois de um momento& ela bai,ou o olhar eretomou a leitura# 6urphy respirou fundo e abriuoutra pasta#7o pegá9la& ele notou alguma coisa no diário %ue

acabara de dei,ar sobre a mesa# Um pedaço depapel colado na contracapa# 6urphy segurou odiário no)amente e retirou a folha %ue ha)iaestado presa entre as duas *ltimas páginas# +muma delas ha)ia uma genealogia da criança %ue o(r# 7nderson e seu s8cio ha)iam ajudado aproduzir#

M 3eja isto= M e,clamou 6urphy#



— $arece %ue o (r# 7nderson já fez parte dotrabalho para n8s# 3amos )er o %ue conseguimosdescobrir sobre essas pessoas#6urphy esta)a animado#

— 7nderson escre)e %ue -armine 7nguis& pai damãe biol8gica do beb'& era um líder cigano datribo "om# +les são muito conhecidos por ler asorte# @u)i dizer %ue alguns membros construíramcasas %ue pareciam igrejas# + eles mendiga)amnas ruas mostrando fotos dessas construçNes&pedindo ajuda para construírem sua igreja# +rarealmente a casa deles# +sse tru%ue ainda se re9pete hoje# 3i muitas casas desse tipo na "om'nia#

— +les jogam com os sentimentos das pessoas# <áalguma informação sobre a mãe& Zala 6atrinHaO

— @ (r# 7nderson insinua %ue ela pode ter sidouma prostitua antes de se tornar esposa de

-armine# — + 7lfred 6einradO — +le era cientista e doutor em astrofísica e emmicrobiologia# +ra um ateu muito elo%uente ee)olucionista# ?ão acredito %ue tenha se casado#(e acordo com os relatos do jornal& ele morreu emum misterioso acidente de autom8)el# +le dirigiapelas montanhas %uando saiu da estradarepentinamente e despencou no precipício# +ssecenário parece familiarOFoi e,atamente o %ue aconteceu com o (r#

Talpish= M e,clamou sis& pensati)a# M 6ichael&)oc' me perguntou %ual era a relação entre

6adame Bla)atsHy& 7nnie Besant& 7lice 7nn Baileye o (r# 7nderson# 7cho %ue descobri a ligação#3eja a genealogia do 6enino# _igana 7)erna era



bisa)8 de Zeres 6aziHeen# _igana trabalhou comoassistente para as tr's mulheres# $rimeiro paraBla)atsHy& depois para Besant e finalmente paraBailey# +la morreu no início da d!cada de 1KEI#

+ra mãe de uma menina ilegítima chamada 6aria9na [aHo)# @ nome do pai era )an [aHo) de+stalingrado# )an [aHo) foi preso posteriormentepor assassinato# 6ariana [aHo) tornou9seprostituta e )i)eu assim at! os trinta e poucosanos& %uando se casou com 7aron 6aziHeen# @ (r#7nderson indica %ue ele era traficante de drogas efoi morto por um tiro em stambul# 6ariana [aHo)deu > luz uma menina chamada Zeres 6aziHeen#6ais tarde [aHo)& então alco8latra& morreu#6aziHeen doou o 8)ulo para o 6enino# 7lfred6einrad doou o esperma# -alinda 7nguis foiapenas o corpo hospedeiro onde se desen)ol)eu o

8)ulo fertilizado#Uau= M 6urphy esta)a impressionado# M @ (r#7nderson te)e de fazer uma grande in)estigaçãopara descobrir tudo isso#9 Q )erdade# +le segue dizendo %ue _igana eraespecialista em comunicação com os mortos&sessNes espíritas& pre)isão do futuro e ser)ia deinstrumento para manifestação dos espíritos# +laera at! melhor %ue Bla)atsHy em sua capacidadede fazer tudo isso# +la se tornou adoradora dodiabo e era e,celente em todo tipo de corrupção#9 +u não ia gostar dessa mulher cuidando do neto#9 6ichael& 6ichael= +scute= M e,clamou sis& ao

re)er a genealogia# M 3oc' sabe %ue sou capaz deler e falar muitos idiomas#9 4im& eu sei#



#%1%a-oia Ra/r%)v%- d% O MENINOHar-% B4 A1d%ro1* M4D4

Tra1i-vG1ia* Ro$1iaO/ro* <93

-7L?(7 7?5U46ãe biol8gica do menino

↓

@ 6enino



MO:IMENTO NO:A ERA

6uitos cultos diferentes4ociedade teos8fica

6açonarialluminati"osacruz-a)aleiros templários

5nose-abala

7ntigas religiNes de mist!rio?imrod M 7 Torre de Babel

9 +sses nomes### =igana Averna =igana ! AciganaA&em h*ngaro& e Averna ! Arainha do submundoA&em latim# Mariana >a?ov Mariana ' ArebeldeA& emrusso& e >a?ov ! AusurpadorA& no mesmo idioma#

7lgu!m %ue toma o lugar de outro# Keres Ma8i?een Keres ' Aespíritos mausA& em grego& e Ma8i?een, em judeu& são Acriaturas mágicas %ue podem mudarde formas#6urphy ou)ia com atenção e espanto#+la continuouJ

- Alfred Meinrad Alfred ! o termo italiano paraAconselheiro das fadasA e Meinrad ! AconselheiroforteA& em alemão# armine Anguis armine ! apala)ra latina para AcarmimA e Anguis ! AdragãoA&em latim# Kala Matrin?a Kala ! ApretoA& em egípcio&e Matrin?a ' Amãe di)inaA& em egípcio# +&finalmente& alinda Anguis alinda ! o termo latinopara AforteA e Anguis, tamb!m em latim& !AdragãoA# <á algo de realmente misterioso em



tudo isso M sis comentou# M @ %ue acha %uesignifica a outra folha de papelO6urphy olhou para a página com o cabeçalhoA6o)imento ?o)a +raA#

9 6eu palpite ! %ue o (r# 7nderson prosseguiuem sua in)estigação M respondeu pensati)o# M?a Bíblia& ?imrod era considerado o pai de todosos cultos contra (eus# 7 ele ! atribuído o cr!ditopor ter incenti)ado a Torre de Babel como umarebelião contra (eus# 7s di)ersas religiNesmisteriosas antigas surgiram dele# +las deramorigem > -abala& um nome %ue )oc' de)e ou)irnos jornais hoje em dia& > 5nose e& depois& >ssociedades secretas como os -a)aleiros

Templários& a "osacruz& a 6açonaria e oslluminati# 7nderson de)e ter começado com6adame Bla)atsHy e a 4ociedade Teos8fica e

rastreou suas origens at! ?imrod# ?ão era deestranhar %ue se sentisse culpado e %uisesseretificar seus erros#9 sso soa para mim como a hist8ria de Rudas&como ele sentiu remorso por ser um traidor do-risto# -omo )'& sei um pouco sobre a Bíblia Msis comentou sorrindo#9 Tem razão# + isso me lembra um poema bre)eJ

(esde a 7ntiguidade@s homens por eles mesmos t'm seuspreços estabelecidos#$or 2I moedas Rudas )endeu

7 si mesmo& não o -risto#

9 6urphy& isso está ficando muito assustador#



TRINTA E DOIS

"74<7( +?T"@U ?@ grande salão e parou por um

momento& cofiando a barba# 7 checagemcompleta de um pr!dio tão grande le)aria algumtempo# +le se apro,imou do catálogo de cartNese fingiu estar procurando alguma coisa#7lguns minutos depois 7sim entrou# +le foi at! oporta9re)istas& escolheu uma e se sentou > mesa

)azia# Lá& ele abriu a re)ista e fingiu ler# $or!m&seus olhos não esta)am nas páginasG ele olha)aal!m delas#@ pr8,imo a entrar foi Fadil# ?enhum obser)adorcasual teria dado atenção aos primeiros doisárabes# +les agiam normalmente# Fadil& por outrolado& se destaca)a M não pelo corpo alto emagro& mas pela atitude ner)osa# @s olhos)aga)am de um lado para o outro& e ha)ia natesta uma fina camada de suor %ue tamb!mpodia ser percebida nas manchas em suacamisa# +le se apro,imou da estante e retirouum li)ro& mas nem olhou para ele# 7penas o

segurou en%uanto os olhos )asculha)am toda asala#

7l)ena 4midt esta)a muito interessada nasdiferenças entre A%uiddityA e A%uidnuncA nodicionário %uando ou)iu uma )oz#M -om licença& senhora# $oderia me ajudarO@s olhos dela se iluminaram# +la olhou para orosto do homem de pele clara e bigode



perfeitamente aparado& e notou %ue ele )estiasobretudo e usa)a lu)as# +ra alto e pareciatenso# 4eus olhos frios teriam feito tremer amaioria das pessoas& mas não ela# ?ão 7l)ena

4midt#9 ?ão diga mais nada M ela e,clamou# M (ei,e9me adi)inhar# Q de -ape Ton e fala africnder#9 -orreto M Talon respondeu surpreso# M -omosabeO4midt tirou os 8culos e se le)antou# (epois deajustar o )estido de bolas azuis& ela se dirigiu aobalcão e sorriu#9 +u sabia# +u sabia= ?asci e fui criada em -ape

Ton# 6eus pais são descendentes decomerciantes holandeses cuja linhagem data de1#/II# 4empre consigo identificar %uandoalgu!m ! da ]frica do 4ul# -reio %ue seja a

combinação do sota%ue holand's com o ingl's#+m casa& meus pais s8 fala)am africnder& e sua)oz ! muito parecida com a de meu pai# Q muitobom ou)ir algu!m %ue nos faz lembrar de casa#+u me mudei para os +stados Unidos depois deme formar na faculdade e )i)o a%ui desde então#9 Due bom# 6as esta)a pensando se poderia meajudar#9 @h& sim& será um prazer# +stá procurandoalgum li)ro& artigoO $arece ser o tipo de homem%ue gosta muito de ler# 7posto %ue ama osclássicos= +u gosto de m*sica clássica# Q tãoestimulante= Rá ou)iu a%uela###O

+le a interrompeu#9 +stou procurando amigos meus# Um homem euma mulher# +les estão###



9 Tamb!m são da ]frica do 4ulO +u adorariaconhec'9los# Tal)ez eles conheçam algu!m daminha família#9 ?ão& não são da ]frica do 4ul= M Talon

respondeu com firmeza# M @ homem temapro,imadamente a minha altura e umaapar'ncia endurecida# 7 mulher ! rui)a# 3oc' os)iu por a%uiO9 7h& sim= Duem dei,aria de )er a%uela mulherde cabelos )ermelhosO +la parece uma modelo# QmodeloO + o homem %ue a acompanha tamb!m! muito bonito# Formam um belo casal# -hegueia pensar %ue de)iam ser muito felizes juntos#Duantos filhos será %ue eles t'mO 4implesmenteadoro crianças# ?ão gosta delasO9 +les ainda estão a%uiO M perguntou ele& porentre os dentes#

9 ?ão sei# 6as& se esti)erem& traga9os at! obalcão# +u adoraria conhec'9los#9 7precio sua ajuda# Q muito solícita#4midt sorriu e corou ao mesmo tempo# ?ão erasempre %ue conhecia algu!m tão cort's e %uesabia usar tão bem o idioma ingl's# 6uitaspessoas teriam dito apenas A6uito obrigadoA# +raaceitá)el& mas muito comum# +la o )iu se afastardo balcão# uma alegria ter uma con#ersa comalguém que é tão educado... e da Kfrica do !ul' também.+la continuou obser)ando o homem bai,o e debigode bem9 aparado com o catálogo de cartNes#(ois outros homens se juntaram a ele# 7mbos

tinham apar'ncia de árabes#+le de)e ser diplomata& ou algoparecido# Tal)ez tamb!m fale árabe#



biblioteca# Um de )oc's permanece na área& ooutro )em me chamar# 3amos e,aminar umandar de cada )ez& sempre ao mesmo tempo#7sim e eu subiremos pelo ele)adorG )oc's dois

usam a escada# (esse jeito eles não )ão passarpor n8s despercebidos# Talon se prepara)a para continuar& mas foiinterrompido por 7sim#9 ?ão podemos matá9losO Duero )ingar a mortede brahim#9 +les )ão morrer& mas de)emos ser cuidadosos#+sse ! um lugar p*blico& e não %ueremos %ue aspessoas nos identifi%uem# 4ei %ue )oc' os %uermortos& mas o %ue está em jogo a%ui ! muitomaior %ue a )ida de duas pessoas# ?ão%ueremos %ue a morte desses dois prejudi%uenossa oportunidade de matar milhares#

TRINTA E TR;S

4<7" B+B7 UMA ,ícara de caf! sentada a umadas mesas perto do centro estudantil %uando$aul Wallach apareceu# +le não sabia bem como

começar# +le e 4hari não se )iam ha)ia umasemana& e a *ltima con)ersa %ue ti)eram nãoacabara bem#9 @lá& $aul# @brigada por ter )indo# Duer beberalgoO9 ?ão& obrigado# 7cabei de almoçar# -omo tempassadoO

4hari refletiu por um instante#



9 ?ão muito bem M respondeu ela comhonestidade# M Tenho chorado muito& $aul& efinalmente decidi %ue não posso continuar desse

jeito#

Wallach não disse nada# +ssa con)ersa seencaminha)a para um local no %ual ele preferianão estar#9 $aul& lembra9se de %uando costumá)amoscon)ersar sobre religiãoO9 7ntes do bombardeioO9 4im# ?a%uela !poca )oc' parecia muitointeressado em e,aminar a f! cristã# + mesmodepois do bombardeio& %uando o )isitei nohospital& e %uando cuidei de )oc' depois da alta&sempre percebi certo interesse seu pelo assunto#6as agora algo mudou# 3oc' não parece maisentusiasmado em fazer disso parte de sua )ida#

9 7cho %ue isso tudo simplesmente não era o %ueimaginei# (escobri %ue meus interesses estãomudando M Wallach impro)isouapressadamente#9 6udandoO9 4im# +stou focando minhas energias no futuroM e,plicou ele# M sso me anima mais do %ue agreja# ?ão me entenda malJ a greja ! boa paraalgumas pessoas& como )oc'& mas não paramim#9 + o %ue ! para )oc'& $aulOWallach começou a se sentir um poucodesconfortá)el# +le nunca ha)ia traduzido seus

pensamentos em pala)ras antes#9 Bem& %uero sair da escola e ingressar no mundodos neg8cios#



9 ?a Barrington ?etorH ?esO9 4im# 7 mídia ! uma área e,citante#9 7cho %ue pode estar enganado a respeito# 7companhia de Barrington produz muitos

programas ruins para a tele)isão e o rádio# +les)ão contra a estrutura moral da sociedade# -omopode pensar em fazer parte dissoO9 Barrington tamb!m faz muita coisa boa# <ámuitos programas positi)os& enri%uecedores MWallach protestou#9 $aul& )oc' sabe %ue sempre fui honesta com)oc' e com meus sentimentos# 7cho %ue )oc'está sendo usado#Wallach se colocou na defensi)a#9 ?ingu!m está me usando= M e,clamou ele#9 7cha %ue todos os jantares& todos os )inhos etodas as )iagens a ?o)a [orH no jato particular

de Barrington acontecem apenas por ele teralgum interesse pessoal em )oc'O9 4im& acho# +le perdeu o filho& e acredito %ue mecolocou no lugar dele#9 +u sei %ue ele está pagando todas as despesasdo seu curso e %ue prometeu empregá9lo assim%ue )oc' se formar#9 +,atamente# + ele tamb!m me paga por artigos%ue mando para ele#9 + ele publica esses artigosO9 ?ão#9 4obre o %ue são esses te,tosO9 4obre o %ue aprendo nas aulas do (r# 6urphy#

9 + por %ue Barrington pede para )oc' escre)eresses artigosO



9 +le diz %ue %uer a)aliar meu estilo de redaçãopara poder me colocar no departamentoapropriado %uando eu me formar#9 7cho %ue está acontecendo algo mais M disse

4hari& com firmeza#9 @ %ue %uer dizerO9 $or %ue um bilionário conhecido por ser umegomaníaco decide de repente pagar asdespesas de um estudante uni)ersitário %ue elenem conheciaO + por %ue daria dinheiro a esseestudante em troca de artigos %ue não publica& esobre ar%ueologia& entre todas as coisasO +le nãopede para )er seu estilo de redação em outrosassuntos& pedeO 48 sobre o %ue )oc' aprendenas aulas do (r# 6urphyO 7cho %ue ele ocontratou para ser um espião particular#9 +stá aborrecida por%ue >s )ezes desafio seu

%uerido (r# 6urphy em sala de aula# ?em todomundo acredita na criação& sabeO M Wallachrespondeu& furioso#9 sso não ! tudo& $aul# +stou preocupada comseus )alores& sua atitude na )ida# (eus nãoparece estar em posição muito pri)ilegiada emsua lista de prioridades# (inheiro& poder eorgulho parecem ser seu foco# +ssas coisaspodem ser muito atraentes em princípio& mas&com o tempo& destroem %ual%uer um# ?ãoproporcionam satisfação )erdadeira# Resus disseJA+ como )oc' se beneficia& se ganha o mundo&mas perde sua alma para issoO 7lguma coisa )ale

mais %ue sua almaOA



9 6inha alma )ai muito bem& obrigado# 48 %uerosair da escola e começar a ganhar algumdinheiro#9 $or %ue& $aulO

9 +ssa ! uma pergunta maluca& 4hari# M Wallachesta)a cada )ez mais e,asperado# M Duerodinheiro para poder comprar coisas#9 -oisasO9 4im& coisas# Um carro& uma casa& um barco& ouuma tele)isão de plasma### coisas=9 + depoisO9 (epois o %u'O9 (epois de comprar todas essas coisas& o %ue)ai fazerO9 3ou me di)ertir=9 3amos )er se entendi M disse 4hari& em )ozbai,a# M Um trabalho rende dinheiro e assim

)oc' pode comprar coisas& e assim pode sedi)ertir# -ertoO9 -erto#9 $aul& coisas não trazem felicidade duradoura#Um carro sofre desgaste# Uma casa pode serdestruída em um inc'ndio# Um barco podeafundar# + uma tele)isão de plasma dei,a defuncionar# Duando isso acontecer& onde )aiencontrar di)ersãoO9 Todo mundo precisa ganhar dinheiro para )i)er=9 ?ão sou contra trabalhar para garantir osustento da família# 6as em todas as con)ersas%ue ti)emos )oc' nunca falou sobre família& ou

sobre ser)ir a comunidade& ou contribuir para anação& ou criar filhos com )alores herdados de)oc'# +& acima de tudo& )oc' não incluiu (eus em



nenhum dos cenários %ue di)idiu comigo# 7maioria das con)ersas foi centrada em )oc'mesmo e em mim# 3oc' não fala sobre ajudar osoutros#

Wallach ficou em sil'ncio# ?ão sabia comoresponderG no fundo& reconhecia %ue 4hari ha)iadescrito de maneira muito apropriada suadisposição mental#9 $aul& há algo no li)ro (ois& de -oríntios& %ue eugostaria de repetir para )oc'# $ense nissoJ A $%otente se associar em igualdade com incr'dulos, por0ue isso 'imposs@vel. omo certo e errado podem ser parceiros( omolu8 e escurid%o podem conviver( omo risto e o )iabo

podem concordar( 2 0ue um crente tem em comum com umincr'dulo( omo pode o templo de )eus aceitar @dolospagãosO Por,% 1 o$o o /%$J-o doD% vivoK

Wallach parou por um momento& tentandoprocessar o %ue 4hari acabara de dizer#9 +stá dizendo %ue estou na escuridão e ao ladodo (iaboO M ele perguntou& irritado#9 (ei,e9me tentar e,plicar# 3oc' e eu pensamosde maneira diferente sobre (eus& )aloreseternos& como conduzir a )ida e o %ue !realmente importante# sso tudo ! como água e8leo# ?ão podem se misturar# $or mais %ue eu%ueira& não )ai acontecer# 4e insistirmos nesserelacionamento& )oc' não será feliz comigo& nemeu com )oc'# M @s olhos de 4hari começa)am ase encher de lágrimas# M Q melhor pararmos por

a%ui# Q e)idente %ue seguimos por estradasdistintas# ?ão posso rejeitar tudo em %ueacredito& tudo %ue considero importante& por



mais %ue goste de )oc'# nsistir nisso s8 acabariaem desastre# Lamento %ue tenha de terminarassim& mas& no final& será melhor para n8s dois#M 4hari le)antou9se en%uanto concluía a frase#

7s lágrimas corriam pelo seu rosto#

TRINTA E 5UATRO

DU7?(@ 44 47U do banheiro& ela nem imagina)a%ue "ashad e Fadil já esta)am no segundoandar# +les caminha)am lentamente diante deuma longa estante de li)ros& parando a cadaentrada de corredor para )er se ha)ia algu!m#Fadil esta)a um passo atrás de "ashad# 4uandomais do %ue nunca& ele tinha de limpar a testa acada minuto# -ontador por ofício& Fadil forarecrutado apenas recentemente para se juntar a

uma das c!lulas adormecidas# Dueria ajudar acausa& mas não ha)ia sido treinado para lutar ematar como os outros# Tudo isso era no)o paraele& e esta)a apa)orado# ?ão conseguia dei,arde pensar na esposa e nos filhos em casa# @ %ueseria da família se ele não )oltasse& se morresse

ou se fosse presoO 7 família tamb!m seriadetidaO -om pensamentos como esse girando namente& era difícil se concentrar na tarefa#sis le)ou a mão ao bolso e retirou um pedaço depapel# ?ele ha)ia anotaçNes do catálogo decartNes %ue ela )ira mais cedo#+la começou a procurar pela seção B&

obser)ando os n*meros# 6al podia esperar para



)er o %ue Bla)atsHy ha)ia escrito# 7 mulherparecia ser fascinante#+la parou no final de um corredor estreito entreduas prateleiras e olhou para cima& conferindo a

numeração# (epois& comparou o %ue )ia com asanotaçNes no papel#

7 doutrina secreta<elena $etro)na Bla)atsHy?ascida em 1#021 6orta em 1#0K1.o andar M seção B B1./E2 <p# 1E.

isso.Duando parou para confirmar a numeração dasprateleiras& "ashad e Fadil esta)am do outrolado& olhando para bai,o# +les não a )iram&por%ue a estante a encobria# @s dois homens

seguiram na direção oposta& en%uanto elaprocura)a pelo li)ro de Bla)atsHy na prateleira#Duando o encontrou& sis se encaminhou para aescada# ?o mesmo momento& "ashad e Fadilentraram no corredor atrás dela# sis já tinha oli)ro aberto entre as mãos e lia compenetrada

en%uanto subia lentamente os degraus demármore# Talon e 7sim& do outro lado dabiblioteca e entre duas prateleiras altas& não a)iram#Duando sis chegou ao terceiro andar& ela se)irou e olhou para bai,o& para o grande saguão#+ parou por um momento para admirar a beleza

do antigo edifício e seus lustres# +sta)a prestes a



seguir em frente e )oltar ao local onde 6urphycontinua)a lendo %uando ela o )iu# 5alon3@ terror a in)adiu# nstinti)amente& ela seescondeu entre dois corredores de prateleiras# 7

adrenalina inunda)a seu corpo& o coraçãodisparou e ela começou a respirar ofegante# 7mente recuperou da mem8ria a%uele momentoem %ue ela )ira Talon no fundo do na)io no mar?egro# Ti)era certeza de %ue ele a mataria& mas6urphy aparecera& e Talon e os pratos de bronzeforam para o fundo do mar# 6as como ele osencontrara aliO + %uem esta)a com eleOsis )iu %uando Talon assentiu e entrou noele)ador# $odia )er a seta dourada e luminosasobre a porta& o n*mero iluminado seapro,imando do 2# Duando se )irou para correrao encontro de 6urphy& ela notou dois homens

subindo a escada# +les tamb!m pareciam serárabes# +stariam com TalonO @ pnico s8 faziacrescer#sis sabia %ue os dois homens na escada não)eriam 6urphy imediatamente# 7 mesa %ueocupa)am fica)a em um canto afastado&blo%ueado por prateleiras %ue se estendiamcomo muralhas nas duas direçNes# +la se mo)eusilenciosamente na direção de 6urphy& e entãoou)iu )ozes# "ápida& escondeu9se atrás de umaestante e ficou ali paralisada& com o coraçãoacelerado# @s homens fala)am em árabe# $odiaentender o dialeto#

M Tal)ez já tenham dei,ado a biblioteca#



anotaçNes no bolso& e se apro,imou dela semfazer barulho# sis o abraçou& tremendo# +lacobriu sua boca com a mão %uando percebeu%ue ele ameaça)a falar# +m sil'ncio& o conduziu

at! o final do corredor entre as prateleiras& ondeparou e olhou para o espaço %ue se abria# ?ão)ia ali nenhum dos árabes# (e)iam ter seguidopelo corredorG e isso significa)a %ue logo)oltariam na direção deles=sis agarrou a mão de 6urphy e o pu,ou para aescada de mármore# (epois de olhar em )oltacom cautela& subiram correndo para o %uartoandar# $recisa)am encontrar um jeito de fugir#

TRINTA E CINCO

?o QUARTO ANDAR ' sis e 6urphy desapareceram

rapidamente entre as prateleiras de li)ros#M 6ichael& estou com medo# +les são pelo menos%uatro M sussurrou sis#M -onte9me o %ue )iu#sis e,plicou tudo desde o primeiro instante em%ue )ira Talon e o árabe entrando no ele)ador&

at! a con)ersa em árabe#M Logo eles estarão a%ui& 6ichael& o %uefaremosOM ?ão sei# (ei,e9me dar uma olhada em )olta#6urphy ainda obser)a)a o ambiente %uando siscochichouJM +les estão subindo a escada#M 3amos esperar a%ui& entre as prateleiras# ?ãoacredito %ue possam nos )er logo#



"ashad e Fadil se separaram no topo da escada#"ashad começou a caminhar ao longo daprimeira estante& a %ue esta)a mais pr8,ima dabalaustrada sobre o grande saguão no t!rreo#

Fadil anda)a em sentido contrário& seapro,imando de sis e 6urphy#6urphy sussurrouJM Duando ele se apro,imar& colo%ue9se na frentedele e diga algo em árabe M ele instruiu antes desumir#Fadil foi pego totalmente despre)enido %uandose apro,imou da e,tremidade da prateleira# (erepente& uma linda mulher com cabelos)ermelhos surgiu diante dele& sorridente e se,y#M 3oc' ! um tipão M murmurou ela# M 7posto%ue todas as mulheres %uerem sair com )oc'#+la esta)a pr8,ima# +ra muito atraente# + fala)a

árabe# Fadil não sabia como reagir# Foraorientado a não fazer contato& a limitar9se aencontrar sis e 6urphy# ?ão sabia como agir#?ão fora de)idamente treinado# (e)ia agarrá9laO5ritarO Fingir %ue era uma desconhecidaODuando se )irou para sair de perto dela& ele nãote)e tempo para notar a apro,imação de6urphy#@ golpe o atingiu em cheio no meio do peito#4urpresa e dor o impediram de respirar por uminstante& e ele cambaleou para trás# 4eus olhosesta)am cheios de espanto e terror %uando6urphy acertou sua t'mpora com um golpe com

a lateral da mão# +le caiu inconsciente sememitir nenhum som#



6urphy pu,ou o corpo inerte para uma dasmesas& colocou Fadil sobre uma cadeira e odebruçou sobre a mesa& como se hou)esseadormecido en%uanto lia#

M sso )ai tirá9lo do nosso caminho# (epressa&)enha comigo# +ncontrei uma escada de ser)iço%ue le)a a uma passagem para o telhado# +les)ão le)ar algum tempo para deduzir para ondefomos#?o telhado& 6urphy encontrou uma saída deinc'ndio %ue se estendia por toda a lateral doedifício#M 3ão pensar %ue descemos pela escada deinc'ndio para a rua& e tentarão nos seguir# Tenhouma ideia melhor#sis o seguiu para a min*scula sala %ue abriga)aa casa de má%uinas do ele)ador# +le abriu a

porta e olhou para bai,o& para o poço#M <á uma escada funcional a%ui# (e)e ser)irpara o pessoal da manutenção# 3amos descer etentar subir na cabine do ele)ador# Tal)ezpossamos pegar uma carona at! o primeiroandar& depois sair do poço e descer para osaguão principal& onde há muita gente# Lá&teremos mais chance de sumir na multidão#"ashad não le)ou muito tempo para encontrarFadil# ?o início pensou %ue ele esti)esse morto&mas logo sentiu sua pulsação# +le correu porentre as prateleiras na direção da balaustradasobre o saguão# @lhando em )olta& localizou

Talon e 7sim no %uarto andar& do lado es%uerdoda biblioteca# Um assobio agudo chamou a



atenção dos dois& e ele acenou# @s homens seapro,imaram correndo#"ashad e,plicou sobre Fadil e concluiuJM (ei uma olhada em )olta# 7cho %ue subiram

pela escada de ser)iço no canto& para o telhado#M Bom trabalho M elogiou Talon# M 7sim e eu)amos subir# 3oc' desce para o primeiro andar#+les podem estar escondidos no pr!dio#7companhados pela a)8& 6andy e 4cott Willardha)iam acabado de entrar no ele)ador noterceiro andar# <a)iam estado na seção infantil&e cada um deles segura)a )ários li)ros# Duandopressionaram o botão para o primeiro andar&ou)iram um ba%ue sobre a cabine# @s tr'solharam para cima#4urpresos& notaram a abertura no alto da cabinee o rosto de um homem olhando para bai,o# 7

a)8 dei,ou escapar uma e,clamação de susto eas crianças arregalaram os olhos#6urphy saltou para o interior da cabine e sorriu#M -omo )ãoO(epois& ergueu os braços e ajudou sis a descerpela abertura# +la balançou a cabeça e ajeitou oslongos cabelos com os dedos#M @lá M cumprimentou9os sorridente#M Duem são )oc'sO M perguntou o menino&surpreso#6urphy se abai,ou e pCs o indicador sobre oslábios#M 4hhh# 7cha %ue pode guardar segredoO

7s crianças mo)eram a cabeça em sentidoafirmati)oG a a)8 continua)a ali parada&bo%uiaberta#



M 4omos deteti)es procurando uma informaçãoultrassecreta# <omens maus estão atrás de n8s#M Legal M disse o menino#M $romete %ue não )ai dei,ar esses bandidos

descobrirem %ue estamos a%uiO@ menino assentiu# 7 menina o imitou#M +ntão& le)antem a mão direita e repitamcomigoJ A+u prometo guardar segredo doshomens mausA M declarou 6urphy& s!rio#M +u prometo= M 7mbos le)antaram a mão li)re#7s portas se abriram no primeiro andar& e6urphy e sis saíram do ele)ador# 7s duascrianças acenaram& e a a)8 continuou olhandopara eles num sil'ncio de espanto#+sta)am %uase na porta da frente %uando"ashad os )iu# +le atra)essou o grande salãocorrendo& empurrando cadeiras e mesas para

abrir caminho#7l)ena 4midt le)antou a cabeça ao ou)ir acomoção#M ?ão ! permitido correr na biblioteca= M disse&erguendo a )oz sem dei,ar de sussurrar& comoera seu hábito profissional# M 4il'ncio="ashad nem a escutou# + se a ou)isse& não teriafeito nenhuma diferença# ?ão podia dei,á9losescapar#sis percebeu o homem correndo %uando elespassa)am pela porta#M 6ichael= Um deles nos )iu=6urphy segurou a mão dela e correu pela rua

mo)imentada& des)iando9se de autom8)eis econtornando um edifício para entrar em uma)iela escura#



Lá& escondeu sis atrás de uma caçamba de li,o#(epois& armado com uma garrafa encontrada noli,o& escondeu9se atrás de uma pilha de cai,as#"ashad não )iu nenhum mo)imento na longa

)iela# +mpunhou a arma e começou a caminharcauteloso& olhando para os lados# +le já ha)iapassado pelas cai,as %uando 6urphy arremessoua garrafa# +la se espatifou na parede do outrolado& e o instinto fez "ashad se )irar na%ueladireção e atirar#+ra a oportunidade %ue 6urphy espera)a#-orrendo& ele acertou o árabe pelas costas# @impacto arrancou a arma da mão dele e jogou oárabe no chão# ?uma recuperação rápida esurpreendente& ele rolou e se le)antou de umsalto#6urphy compreendeu %ue esta)a diante de um

lutador treinado# -omeçaram a se mo)er emcírculo& medindo o oponente# @ árabe foi oprimeiro a atacar& atingindo o p! de 6urphy comum golpe rasteiro da perna# 6urphy caiu sobreum coto)elo# +le rolou para o lado e se le)antou&mas foi atingindo por um chute no estCmago ecaiu de costas& dominado pela dor#?o meio da confusão mental causada pelo forteimpacto& ele )iu o rosto de Terence Li& um jo)emar%ue8logo canton's %ue ha)ia ensinado a ele osegredo do golpe do homem b'bado#M $rofessor 6urphy& %uando um b'badoca i & e le ! mole como um t rapo# ?ão se

machuca# Duando se le)anta& ele ! dif íc i lde acertar & por%ue ! como um salgueiro



balançando ao )ento# + %uando e le ata9ca& ! sempre inesperado#6urphy começou a balançar& como se hou)essesido gra)emente ferido pelo chute# +le se

le)antou& mas da)a a impressão de %ue cairia a%ual%uer momento#"ashad sorriu e se preparou para o golpe final#Usaria o mo)imento da garra do tigre e destruiriaa laringe de 6urphy# 7 cabeça dele pendiaG eleparecia ferido demais& at! para le)antar acabeça#"ashad a)ançou com o braço direito estendido#Duando se mo)eu para a frente& 6urphyescorregou ligeiramente para a direita e plantouo p! no chão# 7o mesmo tempo& girou o punhofechado& atingindo o lado es%uerdo do pescoçode "ashad& logo abai,o do %uei,o#

nstantaneamente paralisado& o árabe caiu semação#6urphy se abai,ou para e,aminá9lo# ;le vai

precisar de uns dois meses para se recuperar, pensoudebochado e furioso#6urphy e sis ajeitaram as roupas e seesconderam no fundo de um mo)imentado caf!por cerca de tr's horas antes de )oltar >biblioteca# $recisa)am recuperar o diário e aspastas do (r# 7nderson& mas %ueriam ter certezade %ue a área esta)a desimpedida# +les entraramna biblioteca tomando todas as precauçNes&olhando em )olta em busca de Talon e seus

comparsas# -omo não )iram nenhum deles& osdois subiram ao terceiro andar e )oltaram >



mesa onde trabalha)am# 7 mesa esta)a )azia& ea maleta de 6urphy desaparecera#M 7cha %ue algum funcionário pode ter recolhidoo material& 6urphyO M sis perguntou& sem muita

esperança#M +spero sinceramente %ue tenha sido isso# ?ãogosto nem de pensar na alternati)a#7l)ena 4midt estuda)a a diferença entreAprimogenitorA e AprimogenituraA %uando 6urphye sis se apro,imaram do balcão no saguãocentral#M -om licença M 6urphy pediu# M (ei,amosalguns pap!is em uma das mesas do terceiroandar# 4abe se algum funcionário da bibliotecaos recolheuO4midt olhou para os dois e sorriu#M 7h& aposto %ue são )oc's as pessoas %ue

a%uele ca)alheiro da ]frica do 4ul esta)aprocurando# -omo o conheceramO +studaram na]frica do 4ulOM ]frica do 4ulOM 7h& sim= ?o momento em %ue conheci seuamigo eu soube %ue ele era sul9africano#7di)inhei %ue ele fala)a a língua local& e eleconfirmou minha suspeita# Q um homem muitosimpático e bem9 educado# + ele tinha###M (esculpe9me M 6urphy a interrompeu# M4obre os nossos pap!isOM 7h& sim# 4eu amigo os pegou para )oc's# +ledisse %ue )oc' ha)ia es%uecido a maleta& e %ue

ele a le)aria e de)ol)eria# Um homem muitogentil& realmente# (e fala mansa e sua)e# +le



saiu da%ui há cerca de tr's horas# <á maisalguma coisa %ue eu possa fazer para ajudá9losOM ?ão& obrigado M respondeu 6urphy& )irando9separa sair#

6urphy e sis pararam na escada da biblioteca#M Lá se )ão todas as pistas sobre o 7nticristo Mdisse ele& desanimado#sis não falou nada# ?ada do %ue dissessepoderia trazer de )olta as anotaçNes do (r#7nderson# 6urphy passou a mão na cabeça#M ]frica do 4ul M murmurou# M sso !interessante# $elo menos descobrimos algo no)osobre Talon# +le ! da ]frica do 4ul e fala o idiomado país# sso pode nos abrir um caminho paraobter mais informaçNes sobre ele#sis notou a mudança na e,pressão de 6urphy%uando ele a fitou#

M Fico feliz por )oc' estar bem& segura M disseele& s!rio#

TRINTA E SEISNoi/% do a/a,%* Bai-.1ia* 23 a4C4

SULAIMAN SUBIU LENTAMENTE a longa escadapara o salão de ban%uete do rei # 7 noiteera %uente e a lua esta)a cheia# Tochas

esta)am al inhadas dos dois lados daescada& e era fác i l en,ergar o caminho#



@ cheiro de jasmim paira)a no ar# +leesta)a a lerta e atento a %ual%uer s inalde per igo ocul to nas sombras# 7o o lharem )olta& ele não )iu nenhum perigo &

apenas casais r isonhos e meioembriagados de )inho e pai,ão#-omo capitão da guarda real& era seude)er garantir %ue seus homens sededicassem ao t raba lho sem se dei,aren)o l)er pela de)ass idão da noi te# + radif íc i l para os jo)ens soldados assist irem> di)ersão sem se dei,ar arrastar pelasin*meras tentaçNes& manter a menteconcentrada na missão de proteger o reie os nobres#+ssa não e ra a p r ime i ra )ez %ue o re iBelsazar con)ida)a os amigos para uma

noite de di)ersão# ?a )erdade& essasfestas se torna)am cada )ez maisfre%uentes# 6as essa era a ma ior %ue4ulaiman já )ira# @ )inho fluía comabundncia entre os milhares decon)idados# + nessa noite acomemoração não era restr ita aopalácio# Toda Babi lCnia esta)amergulhada na e,citação#M 5eneral 7zzam M cumprimentou o

jo)em capitão <aHeem com umasaudação formal# M Tem mais algumhomem %ue possa destacarO @ general

Rahar está pedindo ajuda# +le diz %uede)emos terminar de ca)ar a tr incheiraem uma hora # + acred i ta %ue )a i poder



ao grande salão# Duero ser)ir meuscon)idados nelas#M 4im& meu rei M 4ula iman respondeu &cur)ando9se antes de retirar9se#

Duinze minutos depo is ele retorna)a &acompanhado por cr iados carregados detaças de ouro e prata # Logo e las foramlimpas e cheias com )inho#

3s taças c inti lantes eram d is tr ibuídasentre príncipes e suas esposas econcubinas# Todos brinda)amembr iagados uns aos outros e aos seusídolos# A gargalhadas se torna)am maisaltas& e os brindes& mais grosseiros#(e repente& um grito se fez ou)ir sobre obarulho no grande salão# Todos se)iraram na direção do som# @s %ue

esta)am mais pr8,imos de uma dasparedes ) i ram os dedos da mão de umhomem escre)endo na parede de gesso#?ão ha)ia braço ou corpo& apenas a mãoe os dedos#Belsazar apro, imou9se para poder )ermais claramente# 7o )er a mão e osdedos se mo)endo com determinação &ele empalideceu#7terrorizado& caiu no chão& gritandoJM -hamem os mágicos= Tragam osast r8 logos= "e*nam os fei ti ceiros e osadi)inhos# -on)o%uem os caldeus=

+ncontrem algu!m %ue possa ler a+scr i ta na $arede= Fare i do homem %uepuder ler essa escrita o terceiro



go)ernante mais poderoso de meu reino#+u o )est irei com um manto escar late edarei a ele honra real# $orei umacorrente de ouro em seu pescoço#

$reciso saber o %ue diz a escrita=6ulheres sa íam correndo e gr i tando dosalão& seguidas pelos maridos ouamantes#4ulaiman e os guardas reais& todosarmados com espadas& prepara)am9separa a batalha# + les forma)am f ilei raspara proteger o rei# @ terror nosemblante do soberano ener)a)a of ic iaise nobres#Logo o som dos gr itos e o clamor dopnico chegaram aos apo sentos darainha mãe# +la correu ao salão do

ban%uete e lá encontrou o re i encolhidono chão& soluçando#M 7calme9se& majestade M ela disse comf irmeza& forçando Belsazar a sentar9se#M <á um homem em seu re ino %ue temdentro dele o espír ito dos deusessagrados# (urante o re inado de seu paiesse (aniel se destacou por ter asabedor ia e a compreensão do pr8pr iodeus# +le foi feito chefe dos magos&astr8logos& caldeus e adi) inhos da Babi 9lCnia# (aniel ! capaz de interpretarsonhos e e,pl icar enigmas# +le lhe dirá o

%ue signif ica a escrita#



TRINTA E SETE

7B"764 (+4-@B"U DU+ não era fácil chegar em$resídio& no Te,as# $rimeiro& ti)era de ir de a)ião

at! (allas& onde fizera escala para +l $aso& e& lá&alugara um carro# 7 )iagem de EII %uilCmetros ole)ou de +l $aso para o sul& seguindo o rio5rande at! +speranza& e de lá para o leste& para3an <orn& onde ele penetrou em 4ierra 3iejas#+m 6arfa ele rumou para o sul e dirigiu mais /%uilCmetros at! a pacata cidadezinha de$resídio& >s margens do rio 5rande# (o outrolado do rio fica)a a cidade me,icana de @jinaga#(epois de parar para abastecer e pedirinformaçNes& 7brams atra)essou o centrocomercial e seguiu para a região pobre da cida9de# +le não precisou de muito tempo para

encontrar o dilapidado 6otel $ancho 3illa# @lugar era cercado por lojas& casas )elhas epe%uenos galpNes de madeira#@lhou em )olta para )er se algu!m o obser)a)a#7 rua tinha pouco tráfego e ningu!m saía de casana hora da siesta. <a)ia apenas dois carros )elhos

no estacionamento do hotel# $arou& caminhouat! a porta do %uarto 1/ e bateu# 7 cortina na janela se mo)eu& e em seguida ele ou)iu o cli%ueda fechadura#Um homem grande com longos cabelosencaracolados e negros e barba farta abriu aporta# Usa)a uma camiseta suja& e,pondo os

braços musculosos& e jeans desbotado e rasgado#



@lhos castanhos e )i)os não combina)am com asroupas )elhas#M Le)i= Q bom )er )oc' de no)o# +ntre& depressa=7brams entrou no %uarto e fechou a porta#

M Due disfarce ! esse& (a)id= M e,clamou elerindo# M ?em sua esposa ou seus filhosconseguiriam reconhec'9lo#M Le)i& fico feliz por terem en)iado )oc'# +ssaemboscada tem sido muito tediosa#M + não são todasOM Q )erdade# +stou atuando nessa missão há)inte dias# $asso o dia andando pelas ruascarregando um saco& recolhendo latas e garrafas#@s moradores acreditam %ue sou s8 mais umandarilho tentando ganhar alguns centa)os&como eles# ?um desses dias& )i %uatro árabes semudando para um da%ueles barracos )elhos na

beira do rio# @ lugar não tem nem águaencanada# 48 uma casinha atrás do barraco& umcubículo %ue ser)e de banheiro# +les de)em teratra)essado a fronteira > noite# 4ão muito dis9cretos& ficam sempre juntos e s8 saem paracomer# $arecem pobres e maltrapilhos comotodo mundo por a%ui### mas t'm telefonescelulares#M (escobriu mais alguma coisaOM <á dois dias segui dois deles# Foram a uma lojade carros usados na cidade e compraram duas)ans# +u os obser)ei de longe# 3i %uandopagaram o )endedor em dinheiro )i)o# Foi então

%ue liguei para a ag'ncia# 7cho %ue eles estão sepreparando para atacar#



M "ecebi autorização para aumentar a pressão Mcontou 7brams# M $recisamos conseguir maisinformação# 7cha %ue podemos pegar um delessozinhoO

M 7cho %ue sim M respondeu (a)id# M Todos osdias& por )olta das 0h da noite& %uando começa aescurecer& um deles entra na )an e dirige at! umarmaz!m# 4empre sigo esse homem na%uele-he)rolet )elho %ue está lá fora# Tenho %uasecerteza de %ue podemos pegá9lo nesse horário#7brams e (a)id pararam no estacionamento doarmaz!m alguns momentos depois de a )an tersido estacionada#M Le)i& )oc' fica no carro at! sairmos de lá# 3aichamar muita atenção )estido desse jeito# +upego o sujeito %uando ele terminar as compras& eentão )amos le)á9lo para algum lugar e

caprichar no interrogat8rio#?o interior do pe%ueno armaz!m& (a)id logo )iuo árabe no fundo de um dos corredores# (a)idpegou uma cai,a de cereal e fingiu ler o r8tulo#(epois de um momento& le)antou a cabeça epercebeu %ue o árabe o encara)a# 4eus olhos seencontraram s8 por um instante& mas (a)idnotou %ue o homem esta)a incomodado#

"(' não3 Ele pode ter percebido algo3 (a)id se)irou e saiu do corredor& tentando dar aimpressão de estar totalmente desinteressado#7brams le)antou a cabeça e )iu o árabe saindoda loja e correndo para a )an#

@ %ue está acontecendoOUm momento depois& (a)id saiu do armaz!mcorrendo#



M +le percebeu= M gritou# M 3amos& depressa#?ão o perca de )ista#7 )an saía do estacionamento %uando (a)identrou no carro e fechou a porta# 7brams pisou

no acelerador#+m uma es%uina& a )an %uase tombou& e omotorista te)e de fazer um grande esforço paranão perder o controle# (es)iou de um carroestacionado& derrapou& mas seguiu em frente#Logo esta)am em uma )ia reta %ue le)a)a parafora da cidade& uma estrada não muito larga&mas li)re# 7brams tentou dirigir ao lado da )anpara tirá9la da estrada#M Le)i& ele está no celular falando com algu!m Mgritou (a)id#@ árabe girou a direção e fez uma manobrasuicida& obrigando

7brams a pisar no bre%ue#M 3eja& Le)i= 7s luzes estão piscando na tra)essiada )ia f!rrea ali na frente=@s dois homens )iam as luzes do trem %ue seapro,ima)a& mas não podiam calcular em %ue)elocidade se mo)ia#M +le )ai tentar atra)essar antes da passagem dotrem# 4e conseguir& o perderemos de )ista= M7brams pisou no acelerador#7 frente da )an atra)essou os trilhos& mas o trema acertou em cheio bem no meio# <ou)e umtremendo estrondo e o tan%ue de combustí)ele,plodiu#

7brams brecou com força# @s dois homenspermaneceram ali por um momento& )endo abola de fogo ser esmagada sob o trem %ue



passa)a por cima dela como uma serpenteinterminá)el#@ trem conseguiu parar cerca de trezentosmetros ap8s o local do acidente#

M Le)i& precisamos )oltar ao barraco M (a)ide,clamou agitado# M +le pode ter conseguidopre)enir os outros pelo celular# ?ão podemosdei,á9los sair de $resídio=Duando se apro,imaram do barraco& eles )iramtr's homens carregando uma )an# 7s luzes dosfar8is de seu autom8)el fizeram os árabes correre se esconder# 7brams parou a poucos metros dolocal& e ele e (a)id desceram& dei,ando as luzesacesas#Um dos árabes saiu do casebre empunhando umlançador de granadas# @ carro e,plodiu numabola de fogo#

(a)id e 7brams empunharam as armas eatiraram contra o barraco# $or um momentohou)e um intenso sil'ncio#7brams pegou uma garrafa )elha e aarremessou# 7ssim %ue ela se %uebrou no chão&tiros eclodiram na direção do som# (a)id e7brams responderam com uma sarai)ada e umhomem gritou de dor#M 7cha %ue os pegamosO M sussurrou (a)id#M $egamos algu!m M respondeu 7brams comfirmeza# M @u eles estão tentando nos enganar einduzir > e,posição# 3amos contornar o barraco epegá9los pelas costas#

+les le)aram cerca de sete minutos para rastejarat! o fundo do casebre# Duando se posicionaram&ou)iram o som de um motor sendo ligadoJ a )an=



7mbos pularam e correram# @ barraco blo%uea)aa linha de tiro# Duando eles contornaram ogalpão& era tarde demais# 7 )an ha)ia partido ese afasta)a em alta )elocidade#

M (epressa& (a)id M gritou 7brams# M ?ãotemos muito tempo Rá posso ou)ir sirenes aolonge# 7lgu!m de)e ter ou)ido a e,plosão e ostiros e chamou a polícia# $recisamos re)istar ocasebre#@s dois entraram no pe%ueno ambienteempunhando lanternas# <a)ia dois árabes nochão& mortos# <a)ia ali um suprimento de armasde pe%ueno porte& munição& roupas e comida#M +les de)em ter posto todo o resto na )an Mdeduziu (a)id amargurado#M 3ou dar uma olhada na outra construção& edepois temos de sair da%ui# Fi%ue do lado de fora

e alerta#7brams abriu a porta do reser)ado e iluminou ointerior com a lanterna# @ odor era repugnante#6deio essas coisas' ele pensou& enojado#7o entrar& ele percebeu %ue um dos p!spro)oca)a um som diferente& oco# -omo se nãohou)esse nada sob a madeira# +le iluminou opiso e )iu %ue uma das tábuas esta)a solta# +embai,o dela ha)ia uma cai,a de metal# +leagarrou a e,tremidade da tábua e a le)antou#(epois& tentou pu,ar a cai,a de metal#@ra& ora& o %ue temos a%uiO +spero %ueseja alguma indicação do t ipo de ata%ue

%ue estão planejando#M Le)i& as sirenes estão se apro,imando Mgritou (a)id# M Temos de ir#



então se jogam na água# +ssa ! a primeira )ez%ue )ejo algu!m chegar molhado e )ir se secar#@s dois agentes o encara)am em sil'ncio#

— 6eu bar ! sempre seco# "eceber americanos

molhados em uma das minhas mesas podeaumentar minhas despesas# Duero proteg'9losde um possí)el resfriado& senores. $or umape%uena %uantia e,tra posso garantir %ueningu!m os )eja a%ui e %ue não fi%uem doentes#

— \tima ideia& senor M 7brams respondeu# M Tamb!m não %ueremos nos resfriar# M 3ouacrescentar uma pe%uena contribuição pelointeresse e pela e)idente generosidade#7brams le)ou a mão > carteira& tirou dela duasnotas de cem d8lares e as dobrou na mão direita#(epois& ele estendeu a mão para cumprimentar oproprietário# 7brams e,agerou no aperto& e o sor9

riso do me,icano se transformou numa careta dedor# — 7preciamos seu empenho& senor. Tenho certezade %ue ningu!m a%ui )ai se resfriar# -ertoO

— !í. !í' senor. ?ingu!m )ai se resfriar M ohomem confirmou& )irando9se apressado parasair dali#

— 3amos& Le)i& abra logo essa cai,a M e,clamou(a)id#7 cai,a& 7brams descobriu& não esta)a trancada#+le pressionou um botão na lateral e le)antou atampa# <a)ia ali pilhas de notas de )inte d8lares#+m cima do dinheiro& uma embalagem plástica

pr8pria para sanduíches continha uma nota deum d8lar# 7brams começou a e,aminar a notaen%uanto (a)id conta)a o dinheiro#



— @lhe s8 para isto& (a)id M disse 7brams&pensati)o# M 3eja estas marcas na nota#(a)id e,aminou o dinheiro#

— Q estranho# @ %ue acha %ue podem significarO

— ?ão sei ao certo& mas tenho um amigo %uepode ajudar#7brams pegou o celular > pro)a d agua e digitoualguns n*meros#+ra lh da manhã %uando 6urphy ou)iu o celulartocando# Um to%ue musical# +le gemeu e abriu oflip#

— Tem ideia de %ue horas sãoO M gemeu# — 4im& 6ichael& sei %ue ! tarde M 7bramsrespondeu sorrindo# M Lamento se o acordei&mas ! importante#

— +spero %ue seja& Le)i# +u esta)a começando asonhar com algo muito bom#

— 3ai poder )oltar para os seus sonhos maistarde M 7brams prometeu& rindo#?os minutos seguintes& 7brams relatou tudo %ueha)ia acontecido em $resídio# Duando terminou&6urphy esta)a completamente acordado#

— 6ichael& )oc' sempre foi bom em decifrarc8digos e solucionar mist!rios# $reciso da suaajuda com o %ue está escrito nesta nota de umd8lar#

— 3ou fazer o possí)el# Due inscrição ! essaO — 4e olhar na frente da nota& )oc' )ai )er umaimagem de 5eorge Washington# P direita daimagem há um selo )erde# (entro do selo há um

escudo# ?o topo do escudo& um conjunto denotas& e embai,o dele& uma cha)e# 7lgu!m fezum círculo em torno da cha)e com uma caneta#



?o espaço )azio ao lado do selo& algu!m dese9nhou uma lua crescente com as pontas )oltadaspara bai,o# <á alguma coisa& algo parecido comgarras& saindo das pontas da lua crescente# 4ão

tr's de cada lado# + logo abai,o da lua há duaspirmides formando uma estrela de seis pontas#Q e,atamente igual > tatuagem do árabe %uecaiu do pr!dio#

— $arece %ue Talon está en)ol)ido nisso tamb!m# — $or isso liguei para )oc'& 6ichael# 7bai,o doselo )erde há tr's letras& " ( ( M re)elou7brams#

— <mmm### ?ão consigo pensar em nada& Le)i# — (o lado es%uerdo de Washington há um selopreto com a letra ALA no centro# 4obre o selo há ainscriçãoJ +4T7 ?@T7 Q $7576+?T@ L+57L $7"7

T@(74 74 (Y3(74& $BL-74 + $"37(74# +ntre

essa declaração impressa e o selo preto há umnomeJ Lenni Lenape& com a grafia L9+9?9?9 paraLenni#

— 7cho %ue ainda estou dormindo& Le)i# ?adadisso faz sentido#

— 4ubmeti esse nome a todas as nossas fontes e> nterpol# ?ão encontramos nada# Liguei paratodos eles antes de telefonar para )oc'#

— Bem& )amos começar pelo 8b)io# <á um círculoem torno da cha)e# sso& pro)a)elmente& significa%ue a nota de um d8lar ! a cha)e ou o portadorde uma mensagem codificada# @ nome da pes9soa ! outra pista#

— Q claro& 6ichael# Tamb!m conseguimos chegarat! aí# +stamos enroscados ! nesse nome& Lenni



Lenape# Duem !& e %ue relação pode ter com osárabes no Te,asO6urphy passou a mão na cabeça# +le se le)antouda cama e começou a andar#

— @ nome soa familiar# 4ei %ue Lenni ! um nomecomum& mas a grafia %ue soletrou há pouco não! comum& e Lenape ! bem raro#

— ?ão conseguimos encontrar nenhum LenniLenape %ue tenha cometido algum crime&contra)enção penal& ou %ue tenha algumaassociação com grupos terroristas#

— Le)i= 7cabei de me lembrar das aulas dehist8ria# Lenni Lenape não ! uma pessoa& mas um

grupo de pessoas# — (o %ue está falandoO — Lenni Lenape ! o nome de uma tribo de índiosamericanos# +les )i)eram nas áreas florestais em

torno de (elaare& ?o)a Rersey e ?o)a [orH#+ram as tribos indígenas mais ci)ilizadas ea)ançadas nos +stados Unidos# @s algon%uinchama)am os Lenni Lenape de Aa)CsA por elesterem estado na área por muito tempo#

— 6as o %ue isso tem a )er com a nota de umd8larO

— ?ão sei ao certo& Le)i& mas posso tentardeduzir# @s índios Lenni Lenape mantinham umgrande acampamento sobre as $aliçadas de?o)a Rersey# +ra possí)el )er o rio <udson de lá#

— 6ichael& )oc' não está falando coisa comcoisa# @s Lenni Lenape eram índios de ?o)a

RerseyO — +spere um minuto& já )ou chegar lá# @ localonde no passado este)e o acampamento original



dos Lenni Lenape hoje ! chamado de Fort Lee# Qa partir de Fort Lee& sobre as $aliçadas& %ue )oc'começa a cruzar a ponte 5eorge Washington#3oc' )iaja pela 19K de ?o)a Rersey at!

Washington <eights em 6anhattan# — Q isso= Q isso mesmo& 6ichael# 7 ponte 5eorgeWashington= (e)e ser o al)o dos terroristas#

— 4eria um al)o terrí)el para n8s# +la ! uma daspontes mais mo)imentadas do mundo# Trezentosmil )eículos passam por lá todos os dias# Q a*nica ponte suspensa com 1E fai,as jáconstruída& e ! a 12a em comprimento no mundo#Q um marco hist8rico da engenharia ci)ilnacional#

— +u sabia %ue )oc' conseguiria& 6ichael M7brams e,clamou# M $reciso )erificar maisalguns detalhes& e depois )amos transmitir a

informação a todas as ag'ncias en)ol)idas com a%uestão da segurança interna# 3olte para a camae tente dormir de no)o& está bemO

— Q claro# ?ossa con)ersa foi realmente muitorela,ante#

TRINTA E NO:E(73( @L<@U $7"7 7brams %uando ele terminoude falar com 6urphy#

— +ntendi parte da con)ersa# 3oc' acredita %ueos terroristas podem tentar atacar a ponte5eorge Washington# Tem alguma id!ia de como

ou %uandoO



dispersão radiol8gica& mas& em ingl's& radiologicaldispersion devices... M 7brams especulou#

— Le)i& estou com a 6ossad há anos e ainda nãoconsegui entender em %ue uma bomba suja

difere de uma arma nuclear comum# — Bem& (a)id& as bombas sujas não são armasnucleares# 3amos )er se consigo e,plicar M disse7brams# M Um aparato termonuclear& como umabomba atCmica& causa um dano tremendo#Duando e,plode& destr8i edifícios& e%uipamentose pessoas com uma impressionante bola de fogoe poderosas ondas de calor# 7 pressão deslocatudo %ue hou)er no caminho dessas ondas numraio de mais de 1& %uilCmetro# 7 e,plosão criaradiação %ue pode se espalhar pela cidade# 7spessoas nos arredores do local da e,plosãodessa bomba serão ani%uiladas# 7s %ue

esti)erem um pouco mais afastadas podemsofrer %ueimaduras pela radiaçãoG elas serãomais ou menos intensas e duradouras&dependendo da distncia em %ue esti)erem dofoco da e,plosão#

— 4im& eu sei# 3oc' está dizendo %ue esse tipo debomba destr8i uma cidade inteira como<iroshima& no RapãoO -omo foi na 4egunda5uerra 6undialO M perguntou (a)id#

— +,atamente M confirmou 7brams# M @s+stados Unidos e srael t'm se preocupado comaparatos nucleares portáteis& as bom9 bas demala# +las cabem em uma pasta normal# 4ão

recheadas com uma massa de plut8nio ou U9.22#Uma *nica mala desse tipo pode causar uma



e,plosão significati)a& algo entre dez e )intetoneladas#(a)id ou)ia interessado#

— 7 outra mara)ilha da guerra ! a bomba de

n'utron& ou de radiação enri%uecida& de onde)em a sigla pela %ual são conhecidasJ +"W# +lassão um pouco diferentes da bombatermonuclear# +ssa bomba ! detonada sobre ocampo de batalha ou cidade sob ata%ue# 7e,plosão central ! confinada a algumas centenasde metros# $or!m& uma forte onda de radiação !en)iada do centro da e,plosão para uma áreamuito maior# +la mata todo e %ual%uer ser )i)ono interior de tan%ues e edifícios& sem destruir oe%uipamento ou os pr!dios# 7 radiação de umabomba termonuclear pode durar muito& muitotempo& mas a radiação da bomba de n'utron

dissipa9se rapidamente# +la mata oscombatentes& mas não danifica a infra9estruturado país#

— 7h& a arma do futuro M disse (a)id&preocupado#

— "eceio %ue sim# @ presidente Rimmy -arterinterrompeu a produção de artefatos de n'utronem 1K/0# 6ais tarde& em 1K01& a produção foiretomada# 7credita9se %ue os chineses roubaramos segredos da bomba dos +stados Unidos ee,plodiram sua pr8pria bomba de n'utron em1K0S#

— + o %ue tudo isso tem a )er com bombas sujasO — Bem& preciso mostrar o %uadro geral para )oc'poder entender o ponto# 6ais um detalhe antes



de )oltar bomba suja# Rá ou)iu falar emAmerc*rio )ermelhoAO

— 4im& já# Q uma bombaO — ?ão e,atamente# Q um material chamado

8,ido de antimCnio# +le ! um p8 a)ermelhado&marrom9escuro ou ro,o& usado em combinaçãocom hidrog'nio pesado como combustí)el#Urnio ou plut8nio são usados para as bombastermonucleares con)encionais# 6as o merc*rio)ermelho ! mais eficiente e barato para a pro9dução da bomba de n'utrons# +le dobra o camponuclear& com grande redução do peso#

— + o %ue isso significaO — 4ignifica %ue ! possí)el fazer uma esp!cie debomba de n'utron com o tamanho de uma bolade golfe# Q claro& a e,plosão inicial será menor&mas a área de radiação )ai ser bem grande# @s

russos desen)ol)eram o merc*rio )ermelho# (eacordo com [e)geny $rimaHo)& chefe do 4er)içode ntelig'ncia +,terna da "*ssia& ! possí)elencontrar merc*rio )ermelho por 2I mil d8lareso %uilo no mercado aberto# @s sensoresutilizados hoje nos +stados Unidos nãoconseguem detectar esse tipo de arma nuclearportátil#

— +ntão& o %ue há de tão especial em umabomba sujaO

— +la ! diferente& por%ue não ! disparada poruma e,plosão nuclear& (a)id# +sse tipo debomba utiliza e,plosi)os con)encionais& como

dinamite ou fertilizador& combinados a materialradioati)o# 7 e,plosão não ! tão forte %uanto ade uma bomba nuclear# (e fato& ela s8 será



proporcional > %uantidade de e,plosi)osutilizados# $or!m& ela ainda assim espalharadiação por todo o local& e esse tipo de radiaçãonão se dissipa rapidamente# $erdura por alguns

anos& e pode at! se estender por d!cadas# — + os terroristas preferem esse tipo de armaO — 4im& por )árias razNes# $rimeiro& por%uebombas sujas são fáceis de fazer# 4egundo& omaterial radioati)o para esse tipo de bombapode ser encontrado em hospitais& uni)ersidadese at! em fábricas de processamento dealimentos# Terceiro& elas causam terror no po)ode maneira geral# 7s pessoas t'm pa)or > id!iade serem e,postas > radiação# +& finalmente& omaterial radioati)o de longa duração pode aderirao concreto& metal& tudo# 4e uma cidade !contaminada por uma bomba suja& muitos

edifícios precisam ser demolidos# — +ntão& as bombas sujas são mais armas de perturbação em massa do %ue de destruição emmassa M concluiu (a)id#

— Bem& as duas coisas# @s e,plosi)os destroem ea radiação perturba# 4e %uer saber minhaopinião& ! e,atamente isso %ue os terroristaspretendem usarJ uma bomba suja M declarou7brams& s!rio#

5UARENTA

7L3+?7 46(T T+"6?@U de fazer as compras em

sua delicat!ssen fa)orita& onde sempre passa)adepois do trabalho# +la pegou as sacolas da mão



de -arl& o proprietário& despediu9se e saiu#$assa)a das Kh da noite& e não ha)ia muitagente andando pelas ruas geladas# 4midtrespira)a o delicioso ar frio da noite %uando )iu

um homem conhecido caminhando em suadireção# Duando ele se apro,imou& ela disseJ — -om licença# 3oc' não ! o homem de -ape TonO Talon le)antou a cabeça e fingiu surpresa# — 7h& sim= — Lembra9se de mimO 4ou 7l)ena 4midt& abibliotecária# ?8s nos conhecemos mais cedo#3oc' esta)a procurando seus amigos# -onseguiuencontrá9losO +spero %ue sim# -on)ersei comeles& e ti)e a impressão de %ue são boaspessoas# @ %ue faz por a%uiO

— 3im )isitar amigos# 6ora por a%uiO

— 4im& a dois %uarteirNes da%ui& na direção deonde )oc' )eio# — Uma mulher adorá)el como )oc' não de)iaandar sozinha pela rua a essa hora da noite#$ode ser perigoso#

— 7h& não me importo# 7cabei de sair dotrabalho# 6oro a%ui há anos& o bairro ! muitoseguro#

— 6esmo assim& permite %ue eu carregue assacolas e a acompanhe at! sua casaO

— 7h& eu### sim& acho %ue sim# Q muita gentileza# — (e maneira nenhuma& ! um prazer# 5osto dedar caminhadas noturnas M comentou Talon&

pegando as sacolas de 4midt#+le s8 precisou de alguns minutos para chegar aoapartamento da bibliotecária#



— Bem& a%ui estamos M disse ela# M 6uitoobrigada# Foi& de fato& uma surpresa encontrá9lono)amente# M +la espera)a %ue não fosse a*ltima )ez#

— Foi um prazer# 7 prop8sito& sabe me dizer se háalgum restaurante aberto por a%uiO 5ostaria detomar uma ,ícara de chá antes de ir para casa#

— ?ão& por a%ui não há nada aberto a essa hora#6as eu posso lhe ser)ir uma ,ícara de chá# 6orono %uinto andar# + tamb!m tenho algumasbombas de chocolate a%ui na sacola# 4ãomara)ilhosas=

— ?ão %uero abusar da sua gentileza ehospitalidade M respondeu Talon& s!rio#

— @h& mas seria um prazer= M e,clamou 4midt# Talon olha)a as fotos na sala de estar en%uanto4midt prepara)a o chá para ser)ir com as

bombas de chocolate# Duando saiu da cozinha&notou %ue Talon tirara o casaco# +les sesentaram e con)ersaram& bebendo o chá# +laacha)a estranho %ue ele manti)esse suas lu)as#-alve8 tenha m%os frias.

— Bem& agora preciso ir M anunciou Talon sele)antando e )estindo o casaco# M Foi muitogentil#

— Foi bom t'9lo encontrado# 5ostei da suacompanhia# Ps )ezes& as noites são um poucosolitárias# 7ssistir > tele)isão não ! a mesmacoisa %ue participar de uma con)ersaestimulante### não achaO

— -oncordo inteiramente#4midt acompanhou Talon at! a porta#



— @brigada por ter )indo e por ter carregadominhas sacolas#

— @h& foi um prazer maior do %ue pode imaginar#M 7inda sorrindo& Talon estendeu os braços e a

agarrou pelo pescoço& pressionando sua laringecom os dois polegares# 5osta)a de olhar para osolhos de suas )ítimas en%uanto elas morriam#

— ?ão posso permitir %ue conte a algu!m %ue meconheceu& 7l)ena# 6inha descrição e o local deonde )enho de)em ser mantidos em sigilo# ?ãoposso dei,ar pontas soltas por aí#@s olhos de 7l)ena 4midt esta)am arregalados#+la não podia acreditar no %ue esta)aacontecendo# @ homem era um ca)alheiro= Umca)alheiro de sua terra natal= +la tentou se li)rar&mas o homem era muito forte# Todo o seu corpose debatia tentando absor)er um pouco de ar# 7

dor na garganta era insuportá)el# Rá podia sentir%ue mergulha)a na inconsci'ncia# 7 *nica coisa%ue ela )iu foi um sorriso sinistro#

Talon segurou o pescoço de 7l)ena at! tercerteza de %ue ela esta)a morta# +ntão& dei,ou ocorpo cair no chão# (epois& pegou a bolsa da)ítima e retirou dela todo o dinheiro& cartNes decr!dito& e jogou o conte*do no chão# +m seguida&ele abriu os armários& as ga)etas& e as portas dosclosets& jogando as coisas em todas as direçNes&tentando criar a impressão de um assalto#7ntes de sair& inspecionou todos os detalhes doapartamento# <a)ia es%uecido uma coisa#

7pressado& ele la)ou sua ,ícara de chá e o pratode bombas de chocolate& e os dei,ou no



escorredor# Dueria dar a impressão de %ue elaesta)a sozinha#$ouco antes de fechar a porta& ele deu uma*ltima olhada para 4midt# amais gostei de bolas a8uis.

5UARENTA E UM

@ CELULAR DE 6urphy esta)a tocando# + era umto%ue musical# +le segurou o )olante com a mãoes%uerda en%uanto usa)a a outra para pegar o

aparelho e abrir o flip# — 6urphy falando# — 6ichael= @nde )oc' estáO M perguntou7brams#

— ?o momento& saindo do estacionamento doaeroporto La9 5uardia# 7cabei de dei,ar sis noportão de embar%ue# +la está )oltando para

Washington& e eu decidi )oltar a "aleigh# $recisode um tempo e de solidão para pensar# $or %u'O

— Ti)emos notícias dos terroristas# +stamos%uase certos de %ue eles )ão tentar e,plodir aponte 5eorge Washington hoje#

— <ojeO +stou a uns cem %uilCmetros da ponte=

— $or isso telefonei& 6ichael# maginei %ue aindaestaria na área# +stou em $resídio e### bem###pode nos ajudarO

— 4im& ! claro# — 6ichael& )oc' precisa saber %ue se algumacoisa sair errada### )oc' corre risco de morte#

— +stou em paz com (eus& Le)i# 4e +le %uiser me

le)ar& estou pronto para ir# 7cabei de entrar na 19./0 para o norte# @ trnsito já está um horror# 3á



me informando sobre os detalhes da operação&está bemO $recisamos fazer tudo o %ue esti)er anosso alcance para det'9los#

— Um dos nossos agentes pegou o terrorista %ue

atirou em Racob# +le o con)enceu a colaborar###se ! %ue )oc' me entende# 7creditamos %uealguns membros das c!lulas adormecidas estãotransportando duas bombas para a ponte#

— 9uas bombasO — 4im& e temos moti)os para acreditar %uetentarão entrar pelo lado de ?o)a Rersey& e nosdois ní)eis& inferior e superior# Uma e,plosãodesse tipo pode partir a ponte ao meio#

— Tem alguma id!ia de %uando pretendematacarO

— $elo %ue arrancamos do árabe& parece %ue elesse prepararam para e,plodir a ponte durante a

hora do rush no início da manhã# 3oc' já estánela# — + como posso ajudarO — (escobrimos %ue os terroristas alugaram doiscaminhNes "apid U9<aul# 3oc' sabe& a%uelesamarelos com uma seta azul enorme apontandopara a cabine e grandes letras )ermelhas anun9ciando A"apid U9<aulA#

— 4im& sei %uais são# — Bem& se )ir um deles entrando na porte& !pro)á)el %ue sejam eles# 6ichael& tente chegar láo mais depressa possí)el# Telefono no)amente%uando ti)er mais alguma informação# Boa sorte#

7 tensão de 6urphy crescia e ele tenta)a seli)rar do trnsito intenso& mudando de fai,asempre %ue possí)el# Logo ele chegou a um



trecho onde era impossí)el %ual%uer manobra#+sta)a preso#@s )eículos lembra)am lesmas rastejando para apossí)el morte# 6urphy %ueria gritar para as

pessoas saírem do caminho# 4entia9se cada )ezmais frustrado e impaciente# +sta)a bem pertodo limite& do ponto em %ue as emoçNese,plodiriam#+le começou a rezar#?orm <uffman e Rim (aniels )inham de umalonga linhagem de agentes da lei e ha)iam setornado grandes amigos# 7mbos eram filhos enetos tamb!m de e,9policiais do (epartamentode $olícia de ?o)a [orH# @ trabalho em defesa dalei parecia estar no sangue das duas famílias#6uitos de seus parentes eram da força policial& eos %ue não eram agentes da lei acabaram se

tornando bombeiros#(epois do 11 de 4etembro& as famílias passarama se preocupar com a segurança dos doisagentes# Rá esta)am perto da aposentadoria& e asesposas implora)am para %ue escolhessemtrabalhos menos perigosos# +les tamb!msentiam %ue precisa)am de um pouco derepouso ap8s anos de estresse# +ra ati)idadearriscada prender ladrNes& motoristas b'bados emalucos e lidar com situaçNes de emerg'ncia# @se)entos de 11 de setembro ha)iam sido os piores

já enfrentados# 7mbos perderam amigos e fami9liares# 7%uela dor profunda fora %uase

insuportá)el# $or isso& %uando souberam dae,ist'ncia de )agas para trabalhar no %uadro de



segurança da ponte 5eorge Washington& os doisse candidataram#7mbos conseguiram o horário diurno e esta)ammuito felizes# +ra comum ?orm e Rim se reunirem

com suas famílias nos finais de semana para umchurrasco#7 função de ambos era patrulhar a )ia depedestres %ue corria ao longo do rio <udson dolado de 6anhattan# +les começa)am pelae,tremidade sul& caminha)am at! o lado norte e)olta)am# $odiam passar o dia ao ar li)re edesfrutar da beleza do par%ue& não precisa)amse preocupar com o trnsito& não tinham de seen)ol)er em lutas corporais ou tiroteios econheciam muita gente agradá)el caminhando ecorrendo por ali# +ra um trabalho fantástico#+ra comum con)ersarem com pescadores ou

pessoas %ue iam fazer pi%ueni%ues na ponte#6uitos )inham de fora da cidade e percorriam aárea a p!& indo )isitar o Farol Little "ed na baseda ponte# @ farol ha)ia sido originalmenteconstruído e instalado em 4andy <ooH& em ?o)a

Rersey# (esmontado e transferido para Reffreys<ooH no final do s!culo ``& ele era o local idealpara fotos#

— 6ais um dia no paraíso& ?orm M comentou Rim&sorridente#

— 7h& sim# Q um trabalho duro caminhar ao longodo rio& tomando sol num dia claro# 6as algu!mprecisa cuidar dele#

— <oje está tudo muito tran%uilo# ?ão )ejo muitagente#



— ?ão& s8 o pessoal da manutenção e algunspatinadores perto do farol#

— 7 manutenção de)e estar fazendo um trabalhomais difícil hoje# "eparou %ue mandaram uma

e%uipe maiorO?orm esta)a obser)ando a e%uipe demanutenção %uando Rim gritouJ

— ?orm& os dois patinadores caíram= $arece %uese chocaram e estão feridos=-orreram na direção dos dois patinadores# Rimesta)a a uns trinta metros de distncia %uandopercebeu %ue ha)ia algo de errado ali# @s doishomens no chão tinham feiçNes árabes# + elenunca ha)ia )isto árabes patinando# Tinha umpressentimento estranho em relação >%uelesdois#?o mesmo instante& ?orm começou a dizer algo

sobre a e%uipe de manutenção# +le conhecia amaioria dos operários# + não se lembra)a denenhum árabe trabalhando no grupo# ?essemomento& seu rádio e o de Zim entraram emação com a conhecida e irritante estática#

— -omando -entral para todas as unidades#-8digo T= "epitoJ -8digo T=@ celular de 6urphy tocou no)amente# +ra Le)i7brams#

— 6ichael& ligue o rádio# 7 mídia já tomouconhecimento do possí)el bombardeio na ponte#7lgu!m do FB de)e ter dei,ado )azar ainformação# 7credito %ue ha)erá pnico entre a

população# ?ingu!m %uer )i)er outra situaçãocomo a de 11 de setembro#6urphy ligou o rádio#



— 6ichael& não sei o %ue dizer M 7bramscontinuou& preocupado# M 7 segurança da pontefoi alertada# 3ão tentar des)iar o tráfego daponte e fechá9la# Q uma operação gigantesca# @

FB& outras unidades policiais e o +,!rcito estãose mobilizando para o caso de as suspeitasterem fundamento# @ problema ! o congestiona9mento# @ pessoal da emerg'ncia não conseguechegar ao local# -omo )oc' não tem um rádioportátil& )ai estar sozinho# ?ão terá como saber o%ue os outros estão fazendo# 5ostaria de estar aípara ajudar#

— Tentarei manter contato com )oc' pelo celular#Fadil olhou para o rel8gio# 4uas mãos tremiammuito# +m poucos minutos ele pressionaria obotão para detonar os e,plosi)os %ueinterromperiam a energia el!trica na ponte e

desligariam as cmaras de circuito fechado# +rauma tarefa simples# ?ão era perigosa# ?ingu!mpodia )er onde ele esta)a escondido# -omcerteza& não seria pego& mas esta)asimplesmente apa)orado#(issera a todos %ue acredita)a na ihad, mas%uando chega)a a hora de participar de maneiraconcreta& fazer algo& a hist8ria muda)a# @momento da )erdade se apro,ima)a# Dueria amorte dos infi!is americanos& mas tinha medo#4eria possí)el escapar dos efeitos do ata%ueO3oltaria a )er sua família ou se tornaria ummártir suicida como os her8is do 11 de

4etembroO ?ão %ueria morrer# ?ão mesmo#



-arla 6artin ha)ia acabado de passar de carropela torre do lado de ?o)a Rersey a caminho deWashington <eights %uando o trnsito parou#+ a g o r a O & ela pensou' irritada. $ o r % u e t od o

m u n d o p a r o u a n t e s d a p o n t e O + s t o ua t r a s a d a p a r a a c o n s u l t a m ! d i c a #+la se inclinou para a frente& trocou o -( ecomeçou a cantar a m*sica# +sta)a pensando nobeb' %ue espera)a& o primeiro filho# +la e omarido& 4tan& não sabiam ainda se %ueriam sabero se,o da criança& mas a curiosidade acabarasuperando a hesitação# Tony nasceria em tr'smeses#( e p o i s d a c o n s u l t a & ) o u b u s c a r ob e r ç o # $ o r % u e t o d o m u n d o c o n t i n u ap a r a d o O4harif ha)ia dominado os guardas da torre da

ponte do lado de ?o)a [orH# +le con)encera ohomem %ue trabalha)a para a companhia deele)adores %ue esta)a ali para reparar umproblema relatado pela manutenção#4harif ha)ia atirado contra o guarda com umaarma com silenciador %uando o homem saíra daguarita para )erificar suas credenciais# (epois dearrastar o corpo de )olta para a guarita& ele foibuscar os detonadores no utilitário %ue dirigiraat! ali#4ua missão era bai,ar o ele)ador at! o ní)el dosolo sob a ponte# Lá& seus companheirosterroristas& disfarçados de operários da

manutenção& encheriam a cabine com ose,plosi)os#



5UARENTA E DOIS

746 + ?7RR7" ha)iam calculado com precisão ohorário de chegada na ponte# 7sim iniciaria a

abordagem pelo ní)el superior e ?ajjar chegariapelo inferior# @s dois dirigiam grandes caminhNescheios de e,plosi)os e material radioati)o#4abiam %ue seria uma missão suicida# 6asfariam %ual%uer coisa pela causa### at! morrer#7lá ficaria satisfeito# +les sabiam %ue amigos eparentes não chorariam sua morte& mas sealegrariam por ela# -ançNes seriam escritasenaltecendo seu martírio#

Talon dera as instruçNes e,atas# +les de)iamle)ar os caminhNes at! o centro da ponte e pararonde os cabos desciam at! o ponto mais pr8,imodo tráfego de )eículos# Lá& de)eriam descer do

caminhão& le)antar o capC do motor e fingir terproblemas mecnicos# +m seguida& furariam ospneus para impedir a mo)imentação doscaminhNes# Finalmente& de)eriam jogar ascha)es do alto da ponte#7 energia el!trica já teria sido cortada& e as

cmeras do circuito fechado não poderiamregistrar o %ue acontecia# 7 confusão e o tráfegoretardariam a chegada da polícia local e dasegurança da ponte# + mesmo %ue elesconseguissem chegar at! os caminhNes& nãopoderiam tirá9los do lugar# 7l!m do mais&ningu!m notaria %ue ha)ia um caminhão parado

em cada ní)el& um sobre o outro# @ poder dasduas e,plosNes simultneas seria imenso# @



suficiente para rebentar os dois cabos de dezmetros no lado sul da ponte#Duando a e,plosão destruísse os cabos& asuperfície da ponte desceria no ponto da

detonação# -om a ponte retorcida& os e,plosi)osno ele)ador da ponte seriam ati)ados# sso fariaponte e torre se dobrarem para o rio# Talonespera)a %ue a ruptura dos cabos& o mo)imentoda ponte e o peso da estrutura pro)ocassem umcolapso no ponto central# @ ata%ue seria colossal#?ão s8 a ponte desmoronaria& mas a radiaçãoliberada pela e,plosão mataria e aterrorizariamilhares de pessoas# Uma das principais art!riaspara a cidade de ?o)a [orH seria cortada# @sreparos& se fossem possí)eis& custariam bilhNesde d8lares#

Talon ha)ia con)encido sua e%uipe de árabes de

%ue esse ata%ue suplantaria o de 11 de setembroe passaria para a hist8ria como o maior de todosos ata%ues terroristas# 7 ideia os enchera deorgulho# @s II mil d8lares %ue cada homemha)ia recebido como pagamento e garantia parasuas famílias tamb!m os dei,aram felizes#7sim e ?ajjar tinham& cada um deles& umdetonador# -ada homem podia pro)ocar ase,plosNes nos dois caminhNes# +ra um sistemade segurança# 4e os dois detonadores falhassem&4harif poderia e,plodir os caminhNes e oele)ador ao mesmo tempo#@ coração de 7sim batia aceleradamente %uando

ele se apro,imou do centro da ponte# Freou eacendeu as luzes de emerg'ncia do )eículo#



$odia ou)ir os carros buzinando atrás dele# @trnsito era intenso >%uela hora da manhã#4aiu do caminhão e abriu a tampa do motor#(epois& jogou as cha)es no rio# +m seguida& usou

a faca para furar os pneus# Tudo se desen)ol)iade acordo com o plano#+le olhou para o rel8gio e esperou& as mãos nodetonador#M +i= 3oc' aí= Tire o caminhão da pista=7s pala)ras assustaram 7sim# +le se )irou e )iu orosto furioso de um cidadão %ue ha)ia descido deseu carro#

— @ motor está com problemas# ?ão consigo ligaro caminhão M respondeu num ingl'sentrecortado#@ homem praguejou com )iol'ncia e cerrou ospunhos#

— Q melhor tirar esse caminhão daí=7sim apontou para seu telefone celular# — +stou chamando o socorro#@ homem ,ingou no)amente& fez alguns gestospara 7sim e )oltou ao seu autom8)el#7sim digitou os n*meros#

— ?ajjar& está na posiçãoO — ?ão# @ tráfego ! um pouco mais intenso napista inferior# +starei na posição da%ui a %uatrominutos& apro,imadamente# Tenha paci'ncia#$ense& 7sim= 4eremos grandes mártires# 7lá sejalou)ado#



5UARENTA E TR;S

Z 7"7 4+TT+" -<+5@U cedo# $recisa)a de tempopara dei,ar tudo preparado e organizado para os

membros da 7ssembl!ia 5eral# 7ma)a o trabalhonas ?açNes Unidas# $or interm!dio dele tinha aoportunidade de conhecer muitas pessoasimportantes e interessantes do mundo todo# +lapensa)a nisso en%uanto distribuía os blocos deanotaçNes e a agenda do dia#

— Bom9dia& Zara# Tudo pronto para hojeO+la se )irou e )iu o secretário9geral 6usa4erapis& do +gito#

— 4im& 4r# 4erapis# 48 preciso )erificar se o caf! eos pães estão prontos# 6uito cansado da)iagemO

— Um pouco# — ?ão sei como consegue# Duantas horas de )Codo +gito a ?o)a [orHO7ntes %ue ele pudesse responder& o chefe desegurança entrou apressado na sala#

— 4r# secretário& acabamos de receber um alertade emerg'ncia terrorista do FB# +les insistem

%ue o edifício das ?açNes Unidas sejaimediatamente e)acuado#@ secretário9geral 4erapis e outros membros do-onselho de 4egurança se dirigiram rapidamentepara a sala de segurança# Rá instalados& recebiamrelatos )ariados sobre o possí)el ata%ue# 7menção de uma possí)el nu)em de radiação

causa)a grande alarme# (epois de uma reuniãoapressada& foi decidido %ue o edifício seria



e)acuado e todos iriam para casa ou para umlocal seguro# Tamb!m foi agendada uma no)areunião na sala de confer'ncias do 7eroportonternacional de ?earH o mais depressa

possí)el#-om a lembrança do 11 de 4etembro ainda bem)i)a& era e,tremamente difícil controlar o pnicono pr!dio das ?açNes Unidas# @s delegados& %ueti)eram acesso a informaçNes AoficiaisA&tenta)am sair de maneira organizada& masfuncionários e )isitantes esta)am apa)orados#

Tudo %ue sabiam era %ue ha)ia um importantealerta de ata%ue terrorista contra a cidade de?o)a [orH#<a)ia empurra9empurra& aflição e gritosen%uanto milhares de pessoas tenta)am sair#Zara 4etter foi derrubada e pisoteada no meio da

confusão# +ra cada um por si# Todos %ue ha)iam dirigido at! a cidade de carroagora tenta)am sair dela# + todos ao mesmotempo# <a)ia ner)osismo e re)olta generalizada#@s congestionamentos eram gigantescos#7s companhias de tá,i não atendiam mais aoschamados# Todos os carros já ha)iam sidore%uisitados e transportaram passageiros %uedei,a)am Washington <eights# $essoas semtransporte corriam pelas ruas& implorando aosmais afortunados por uma carona#

5UARENTA E 5UATRO

@ 47"5+?T@ <7"L7? 5riffin e o oficial -hris5oodale esta)am cerca de EI metros acima da



)ia e,pressa -ross Bron, obser)ando o flu,o dotráfego# +les seguiam para o leste no habitualsobre)oo matinal a bordo do helic8ptero dapolícia %uando receberam o alerta#

M-ontrole para o 7ir 1/# -8digo T na ponte5eorge Washington# "esponda& -8digo Tr's#5riffin inclinou o comando para a direita e ohelic8ptero descre)eu uma cur)a acentuada parao oeste#

— Força má,ima= M gritou 5oodale#+m minutos puderam obser)ar o tráfego paradona e,tremidade da ponte em 6anhattan# @scarros %ue se dirigiam > ponte esta)am presosali& e não ha)ia nenhuma possibilidade deretorno# 7%ueles %ue saíam da ponte em <enry<udson $arHay& na 19K e na 190/ eramblo%ueados pelo flu,o dos autom8)eis %ue

tenta)am dei,ar Washington <eights# — -onfusão instalada M comentou 5riffin# — $nico absoluto M concordou 5oodale#Duando ?orm <uffman e Rim (aniels ou)iram o-8digo T para ata0ue terrorista, eles se armaram#4abiam %ue ha)ia algo muito errado com ospatinadores árabes e os operários damanutenção& tamb!m árabes#<uffman e (aniels se prepara)am para agir%uando os dois patinadores no chão sacaramsuas pistolas e atiraram# @ impacto dos proj!teiscontra os coletes > pro)a de balas jogou os doisguardas para trás#

<uffman e (aniels eram )eteranos e,perientes#?ão era a primeira )ez %ue se en)ol)iam em umtiroteio# 7penas foram pegos de surpresa#



nstinti)amente& rolaram para longe um do outro&apontaram e atiraram# @s coletes dospatinadores não eram como os deles# @ primeirofoi atingido na cabeça e no peito# @ segundo ain9

da tenta)a se le)antar %uando a bala entrou emseu coração e saiu pelo pulmão# @s doismorreram antes de chegar ao chão#@ tiroteio atraíra a atenção dos %uatro árabes dasuposta e%uipe de manutenção& %ue esta)am acerca de sessenta metros dali# +les tamb!msacaram suas armas e atiraram# (aniel foiatingido no ombro direito e caiu& aindasegurando a pistola#<uffman se jogou ao chão usando o corpo de umdos terroristas como escudo# -omeçou a atirarcontra os homens %ue se mantinham perto doutilitário# ?ão podia imaginar %ue o )eículo

esta)a abarrotado de poderosos e,plosi)os#(aniels se arrastou para trás do outro homemmorto& mudou a arma para a mão es%uerda etamb!m atirou#5oodale foi o primeiro a )er a luz dos tiros#M <arlan= 7 es%uerda& posição 11h### perto dorio### dois oficiais en)ol)idos em um tiroteio#5riffin empurrou a ala)anca do comando para aes%uerdaG de repente& uma terrí)el bola de fogose ergueu do chão#Uma das balas de <uffman ha)ia atingido otan%ue de combustí)el do )eículo& pro)ocandouma fagulha# @s %uatro terroristas e o utilitário

desapareceram no meio da bola de fogo#-omo a caçamba do utilitário era coberta apenaspor uma lona& não por uma cobertura de metal



como outros )eículos& toda a força da cargae,plosi)a se dispersou para fora e para cima&aumentando a pot'ncia do fogo e pro)ocandouma horrí)el fumaça negra#

5riffin e 5oodale esta)am perple,os# 7 força dodeslocamento de ar causado pela e,plosão tirouo helic8ptero do curso& e 5riffin te)e de usar todaa sua habilidade para recuperar o controle daaerona)e#7 força do impacto jogou (aniels e <uffman paratrás# +les esta)am protegidos pelos corpos dosterroristas e pelo fato de a maior parte daenergia se deslocar em sentido ascendente& mas&em cho%ue& os dois balança)am a cabeçatentando reduzir o zumbido nos ou)idos#

Tremendo e suando& Fadil pressionou o botãopara detonar a pe%uena e,plosão %ue

interrompeu o circuito el!trico %ue alimenta)a ascmaras na ponte#(epois disso& jogou no chão o detonador& saiu domeio dos arbustos %ue usa)a como esconderijo ecomeçou a caminhar na contramão ao longo daestrada& para longe da ponte# 7pesar do esforçopara dar a impressão de descontração& eraimpossí)el não notar o %uanto ele pareciadeslocado no meio de tudo a%uilo#Ce#in <erber ou#ia m;sica no rdio do carro.+ s s e ! o p i o r c o n g e s t i o n a m e n t o % u e

j á ) i n a 5 e o r g e W a s h i n g t o n & ele pensa#a.

$elo canto do olho notou um mo)imento do lado

direito# Duando se )irou& )iu um homem grandee forte correndo para a ponte& passando peloscarros parados#



D u e c o i s a e s t r a n h a # ? ã o d e ) i a mp e r m i t i r p e d e s t r e s c o r r e n d o n ae s t r a d a =5erber continuou ou)indo o rádio por alguns

minutos& batendo com os dedos no )olante&acompanhando a melodia# (e repente& algochamou sua atenção lá na frente# $odia )er outrohomem dei,ando a ponte& caminhando nadireção da fai,a em %ue ele esta)a parado#6 a s % u e d i a b o e l e e s t á f a z e n d o O4 e r á % u e f i c o u s e m c o m b u s t í ) e l e ) a ic o m p r a r u m g a l ã o O $ r i m e i r o u mc o r r e d o r & a g o r a u m h o m e mc am in ha nd o # # # e o s d o i s e m r ou pa sd e p a s s e i o # + s t r a n h o #5erber continuou tamborilando com os dedos# (erepente& a m*sica foi interrompida por um som

agudo& uma esp!cie de apito#M +sta ! sua rede de emissoras paraemerg'ncias oficiais# Fomos informados de %uehá um alerta para terrorismo na ponte 5eorgeWashington# +la será fechada por tempoindeterminado# $or fa)or& procure rotasalternati)as e mantenha9se longe da ponte#7 h & % u e m a r a ) i l h a = + e s t o u % u a s en e l a #5erber olhou em )olta& tentando identificaralguma )ia de escape#(e repente& hou)e um lampejo de luz e umae,plosão do outro lado& no e,tremo sul da ponte#

5erber )iu a coluna de fumaça %ue se erguiapara o c!u#



+m seguida& a)istou o homenzinho magro eaflito& de apar'ncia árabe& correndo peloacostamento#6 a s o % u e # # #

?o mesmo instante' tudo ficou claro. + l e de ) ef a z e r p a r t e d o g r u p o t e r r o r i s t a #5erber desligou o motor e saiu do carro&correndo atrás do terrorista# Logo conseguiudiminuir a distncia#4em notar %ue esta)a sendo perseguido& Fadil s8tinha um pensamentoJ afastar9se tanto %uantopudesse e o mais depressa possí)el#Fadil não ou)iu 5erber at! %ue apenas algunspoucos passos os separassem& e então era tardedemais# 5erber já salta)a sobre ele#@utros motoristas& %ue tamb!m escutaram oalerta& chegaram > mesma conclusão e )iram o

homem %ue perseguia um outro# 3áriosdesceram de seus carros e se juntaram >perseguição# 7 população nunca mais ficariaassistindo impotente en%uanto a 7m!rica eradestruída#5erber agarrou Fadil pela cintura& e os doiscaíram no chão# Fadil luta)a como um louco&mordendo& arranhando e chutando# 6as ummotorista de tá,i truculento e furioso correu paraajudar 5erber# Logo& outros se juntaram aos doiscontra o terrorista& %ue grita)a em árabe#Uma e%uipe de segurança da ponte ha)iaconseguido chegar no lado sul da torre de

6anhattan# 3estindo uniformes pretos da 4W7T&pareciam sinistros# +les tinham as cha)es dacabine do ele)ador#



4harif esta)a abrindo a bolsa %ue continha osdetonadores %uando ou)iu um barulho na porta#+le parou e le)ou a mão > arma#<a)ia acabado de empunhar a pistola %uando o

primeiro homem da 4W7T entrou# 4harif disparoutr's tiros rápidos# 7 primeira bala atingiu o oficialno peito& derrubando9o com a força do impacto#7s outras duas encontraram a parede atrás deonde ele ha)ia estado um segundo antes#@ segundo homem da 4W7T atirou cinco )ezescontra 4harif# ?uma demonstração de incrí)elobstinação& o terrorista ainda sobre)i)eu por tr'sminutos antes de finalmente morrer#

5UARENTA E CINCO

@ T"?4T@ ?@ ní)el inferior da ponte 5eorge

Washington era muito lento# Ps )ezes& para)acompletamente por at! dois minutos#?ajjar começa)a a ficar bastante ansioso# 7indaesta)a a uns sessenta metros do centro daponte# 4abia %ue precisa)a posicionar9sediretamente sob 7sim& no ní)el superior& para

pro)ocar uma destruição mais potente# Dueriafazer a coisa de maneira perfeita# +ssa seria suamarca na )ida# 4eria lembrado por esse dia#3 a m o s & ) a m o s & a m e r i c a n o s i m u n d o s =

T e m o s d e e s c r e ) e r u m a h i s t 8 r i ah o j e #(esde os 0 anos de idade ele ha)ia sido ensinado

%ue dar a )ida pela ihad era a maior honra %ueum homem podia ter# 4eus pais sempre disseram



%ue um dia ele os tornaria orgulhosos dando a)ida por seu po)o# ?ão temia a morteG pelocontrário& espera)a ansioso por ela# 6al podiaesperar por sua recompensa# +m poucos minutos

estaria no paraíso#BucH Wilson dirigia caminhNes de no)e ei,ospelas estradas do país ha)ia mais de .I anos# +leguiara em todas as condiçNes climáticas eatra)essara as maiores cidades dos +stadosUnidos# $referia as estradas ao tráfego urbano#6esmo assim& considera)a tolice ficar ner)oso nahora do rush# +ra in*til# ?a )erdade& nem seincomoda)a muito com isso& por%ue era nessasocasiNes %ue tinha a oportunidade de ou)ir suam*sica preferida M country e estern#

T u d o b e m & e m g e r a l e n c a r o b e m ot r n s i t o & m a s i s s o ! r i d í c u l o & Xilson

pensou. ( e ) e h a ) e r a l g u m a c i d e n t eg r a ) e n a p o n t e & t a l ) e z d o l a d o d eW a s h i n g t o n < e i g h t s #+le começou a mudar de estação& sintonizandotodos os canais de seu rádio `6 4at!lite&tentando encontrar algum boletim de notícias oualguma e,plicação para o trnsito em ?o)a [orH#+ foi em uma dessas estaçNes %ue ele ou)iu umboletim informati)o gra)e e preocupante#M Um alerta terrorista foi emitido para a ponte5eorge Washington# 7gentes do FB informam%ue estão procurando dois caminhNes "apid U9<aul# Um deles tem placa R"_/20 e o outro

ZL6.11# @s )eículos procurados são amarelos et'm uma grande seta azul com a inscrição "apidU9<aul em letras )ermelhas# 4e )oc' )ir um



)eículo com essas características nas imediaçNesda ponte 5eorge Washington& por fa)or& a)ise >sautoridades#- o ) a r d e s f a n á t i c o s = 4 8 a t a c a m

m u l he re s e c r i an ça s i no ce n t es = Xilsonol(a#a para o tr>nsito parado diante dele quando #iu um

camin(ão amarelo. 4 er ia u m d os ) e í cu lo sp r o c u r a d o s p e l o F B O

Todas as fai,as esta)am paradas# Wilson nãoconseguia conter sua ira# (ei,ou o motor ligado&pu,ou o freio de mão e saltou da cabine# ?ão

sabia ao certo o %ue ia fazer& mas não podia ficarali sentado sem fazer nada#-aminhou por entre os )eículos parados nadireção do caminhão amarelo& dois carros nafrente dele# 4eu coração disparou %uando eleolhou para a placa# ?ão conseguia ler os *ltimos

dois algarismos& cobertos de lama& mas ocomeço###Z L 6 . # # # Q u m d e l e s =Wilson notou %ue o motorista do caminhãoolha)a para ele pelo retro)isor# (esconfiado& eleestaria preparado para receb'9lo# Wilson passoupelo caminhão sem se%uer olhar para o

motorista& 4eguiu em frente at! dois carrosdepois do caminhão e& então& parou& fingindotentar )er o %ue impedia o flu,o# +rguendo osbraços numa encenação de impaci'ncia efrustração& bateu na janela do autom8)el aolado# @ motorista abriu o )idro& e eles

con)ersaram rapidamente# Wilson espera)a %ueo motorista do caminhão amarelo pensasse %ue



ele era apenas mais um cidadão atrasado e furio9so com o tráfego intenso e congestionado#+ntão& ele se )irou e )oltou balançando a cabeça#Duando passou pelo caminhão amarelo& ele

parou e bateu na porta# ?ajjar abriu a janela#Wilson falou em )oz bai,a# — @ %ue acha %ue pode estar acontecendoO?ajjar não conseguia ou)ir bem por causa dosmotores ligados em )olta#

— @ %u'OWilson subiu no degrau da porta& adotando umaatitude casual#

— $erguntei o %ue acha %ue está acontecendopara termos um trnsito tão ruim= M"apidamente& ele enfiou o braço pela janela een)ol)eu o pescoço de ?ajjar& apertando comforça e le)antando o corpo do motorista do

assento# +ra um homem tão forte %ue começou atirar ?ajjar da cabine pela janela# Tudoaconteceu tão depressa %ue o terrorista não te)etempo de pegar a arma e o detonador no assentodo passageiro#7ssim %ue foi arrancado do caminhão& ?ajjartentou le)ar a mão > pistola %ue le)a)a presa >perna# Wilson percebeu o mo)imento e acertou9ocom um soco no %uei,o# @ golpe fraturou amandíbula de ?ajjar#6urphy esta)a perto da ponte %uando o tráfegoparou por completo# Duase ao mesmo tempo&ou)iu a notícia no rádio %ue descre)ia os

caminhNes amarelos e fornecia o n*mero dasplacas# ; se os caminhCes 4 estiverem na ponte( $%o posso

ficar a0ui sentado aguardando a eDplos%o!



6urphy saiu do carro alugado e começou a correrpela estrada para a ponte# Le)ou %uase doisminutos para chegar na entrada# +ntão& correndopelo ní)el superior& começou a olhar em )olta em

busca do caminhão amarelo# +n%uanto corria&e,perimenta)a sentimentos )ariados# $or umlado& espera)a %ue os caminhNes não esti)essemna ponte# Tal)ez tudo fosse apenas um alarmefalso# $or outro lado& se já esti)essem na ponte&ele ora)a a (eus para ter força e discernimentopara impedir o ata%ue#7o se apro,imar do ponto central& 6urphy )iu umcaminhão amarelo da "apid U9<aul parado dooutro lado da ponte& com o capC aberto#-ontinuou correndo por entre os autom8)eisparados at! chegar na fai,a central#?ão ha)ia ningu!m dentro do caminhão# 7lgu!m

e,amina)a o motor e fala)a ao celular#6urphy saltou sobre a di)is8ria central econtinuou correndo para o caminhão# 7s pessoasobser)a)am seus mo)imentos# $ro)a)elmente&acredita)am %ue era um motorista %ue dei,ara ocarro e agia de maneira irracional& furioso com oengarrafamento#6urphy esta)a a dois )eículos do "apid U9<aul%uando a picape da e%uipe de manutençãoe,plodiu# @ cho%ue da e,plosão o obrigou a see%uilibrar entre dois carros& e)itando a %ueda#@lhou para o chão %uando uma imensa bola defogo subia ao c!u seguida por uma nu)em de

fumaça negra# @ barulho era ensurdecedor#7sim esta)a em p! na frente do caminhão nomomento da e,plosão# @ estrondo o pegou de



surpresa# -orreu at! a balaustrada da ponte eolhou para bai,o# <a)ia algo de errado ali= ?ãopodia mais esperar at! ?ajjar posicionar9sediretamente embai,o dele na pista inferior# 7

esperança era de %ue os dois caminhNesesti)essem bem pr8,imos para a e,plosão atingiro impacto necessário para romper os cabos daponte#7sim ha)ia tirado do bolso o detonador %uando6urphy o acertou# @ detonador caiu embai,o deum carro na frente do caminhão#7sim cambaleou para trás e se chocou contra abalaustrada da ponte# Tonto& olhou para ohomem %ue o atacara# ?ão dei,aria umamericano infiel impedir sua missão# 7gora& erauma %uestão de )ida e morte# $recisa)arecuperar o detonador### mas& antes& tinha de

eliminar 6urphy#7sim sacou o cani)ete e o abriu& e,ibindo almina afiada %ue brilhou > luz do sol# $essoasnos carros em )olta assistiam atCnitas aoconfronto entre os dois homens ao lado docaminhão amarelo# 6urphy se es%ui)a)a dasin)estidas de 7sim#+m dado momento 7sim in)estiu diretamentecontra o estCmago de 6urphy# 6urphy reagiucom um blo%ueio na descendente& atingindo obraço do terrorista e agarrando seu pulso com omesmo mo)imento& pu,ando9o para a frente# +ledeu um passo para o lado e a faca e a mão de

7sim encontraram a lateral de um 6ercedesprateado#



7gora a luta tornou9se e%uilibrada# 7sim saltouno ar e conseguiu concluir um chute duplo %ueacertou 6urphy no peito e o jogou para trás&contra a balaustrada# +le tenta)a recuperar o

fClego %uando 7sim o acertou no rosto e o jogoupara o lado#Recupere-se3 Respire3 Pense3' dizia 6urphy a simesmo& furioso#7sim se prepara)a para o golpe mortal# ?o*ltimo segundo& 6urphy caiu de joelhos e seinclinou para a frente& na direção do atacante# @impulso jogou 7sim para a frente& e ele tropeçouno corpo de 6urphy& colidindo com um carro edando ao oponente a chance de recuperação#7sim tamb!m recobrou o e%uilíbrio e )oltou aatacar& mantendo a cabeça bai,a e os braçosestendidos para a frente# 6urphy saltou e passou

o braço direito em torno do pescoço do atacante#4altando com agilidade impressionante& eledesceu com os dois p!s na nuca do terrorista&%ue caiu no asfalto com o rosto no chão& e6urphy sobre ele#<a)ia acabado#6urphy foi recuperar o detonador %ue caíra sobum )eículo# +le jogou o aparato no rio <udson&sessenta metros abai,o de onde esta)a#-arla 6artin olha)a pela janela do carro& duasfai,as distante da cena# 7ssistiu a tudo& desde%ue 6urphy atingiu 7sim pela primeira )ez#<a)ia testemunhado toda a batalha e esta)a

horrorizada# + agora )ia a polícia seapro,imando#



R á e r a t e m p o = < o m e n s a d u l t o s s ã om e sm o e s t* p id o s & o u n ã o b r i g ar i amp o r c a u s a d e u m c a m i n h ã o p a r a d o n om e i o d o t r n s i t o = + s p e r o % u e o s d o i s

s e j a m p r e s o s #4orriu e colocou outro -( no player# Tudo isso aconteceu momentos antes dachegada da e%uipe da 4W7T# 6urphy foialgemado com 7sim& en%uanto a polícia tenta)aentender o %ue ha)ia acontecido# +lesinterrogaram as testemunhas nos carros em)olta e decidiram le)ar 6urphy para a delegaciaa fim de descobrir %ual ha)ia sido seu papel noata%ue abortado# $or )olta das 2h2I da tarde&tudo ha)ia sido esclarecido e 6urphy& liberado#+sta)a machucado& fisicamente e,austo eemocionalmente esgotado# 6as agradecia a

(eus pelos planos terroristas terem sidofrustrados#

5UARENTA E SEIS

A 1oi/% do a/a,%* Bai-.1ia* 23 a4C4

@ -7$T@ <7Z++6 e s t a ) a % u as e s e mf C l e g o & m a s c o n t i n u a ) a c o r re n d op a r a a t e n d a d o g e n e r a l 7 z z a m # @g u a r d a o i m p e d i u d e e n t r a r # @g e n er a l 7 z z a m s a i u e i d en t i f i c o u oc a p i t ã o #

M 4 e nh o r & t r ag o n o t í c ia s d o g e ne r a l R a h a r # + l e s ) ã o a t r a ) e s s a r o r i o e m



a pr o , i ma da me nt e 1 m in ut os # + l em e p ed iu % ue ) i es se i n f o rm ar % uec h e g o u a h o r a d e p r e p a r a r o sa r % u e i r o s # L o g o a á g u a ) a i e s t a r

c o r r en do p ar a o p n t a no # + m m a i su m a h o r a & o f o s s o t e r á s i d o d r e n ad oe o s h om en s p o de r ão a t r a )e s sá 9 l op a r a c h e g a r > m u r a l h a #@ g e n e r a l 7 z z a m a s s e n t i u e s o r r i u #+ r a % u a s e l h 2 I d a m a n h ã % u a n d o( a n i e l s u b i u a e s c ad a % u e l e )a ) a a og r a n d e s a l ã o # + l e c a m i n h a ) a t ã od ep r e ss a % ua n t o a i da d e p er mi t i a #+ s t a ) a s u r p r e s o p o r n ã o o u ) i rn e n h um a m * s i ca # + f i c o u a i n d a m a i sc h o c a d o % u a n d o ) i u h o m e n s em ul he r es e m br ia ga do s e s pa lh ad os

p e l o p át io e , t er io r # < a ) i a a lg o d ed i f e r e n t e n a % u e l e b a n % u e t e #D u a n d o ( a n i e l e n t r o u n o g r a n d es a l ã o & ) i u o r e i s e n t a d o n o c h ã o &c e r c a d o p o r g u a r d a s e a j u d a n t e sp e s s o a i s # T o d o s p a r e c i a ma te r r o r i z ad os & c o mo s e h ou )e ss em) i s t o u m f a n t a s m a #

— 3 o c ' ! o h o m e m % u e c h a m a m d e) e l h o h e b r e u O Q ( a n i e l O M i n d a g o u or e i & a me dr on ta do # M 6 in ha a )8 d i z% u e h á e m ) o c ' o e s p í r i t o d o sd e u s e s # + l a d i z % u e ) o c ' ! u m

h o m e m c h e i o d e s a b e d o r i a ee s c l a r e c i m e n t o #

— 4 i m & s o u ( a n i e l #



— @ l he a l i = 3 e j a o % ue e s tá e s c r i t on a% ue la p ar ed e = R á m an de i c ha ma rm e us s á b i o s e a s t r 8 lo g os # $ e r g u nt e ia e l e s o % u e s i g n i f i ca a e s c r i t a & m a s

n i n g u ! m s a b e d i z e r n a d a #( an ie l o l ho u p ar a a p ar ed e# $ o d i a) e r a s p a l a ) r a s e s c r i t a s n o g e s s o J

%E?E' %E?E' 5E&0E4' 0="R!I%

— F u i i n f o r m a d o d e % u e ! p e r i t o e ms o l uc io na r m i s t ! r i o s M c on t i nu o u or e i # M 4 e p u de r m e d i ze r o % u e i s s os i g n i f i c a & o c o b r i r e i c o m ) e s t e sp * rp u ra # ( a re i a ) o c' a c o r r en t e d eo u r o d a a u t o r i d a d e p a r a p e n d u r a r n op e s c o ç o e o t o r n a r e i o t e r c e i r o

g o ) e r n a n t e m a i s p o d e r o s o d e s t er e i n o #( a n i e l s o r r i u e s e c u r ) o u & h u m i l d e #

— ? ão e s t ou i n t e r es sa do e m p od er #$ o d e f i c a r c o m t o d o s o s p r e s e n t e s #+ s t o u s a t i s f e i t o c o m m e u m a n t o d el ã # ( ' s u a s r e c o m p e n s a s a o u t r o #- o m o a j u d e i s e u p a i n a m i n h a

j u ) e n t u d e & a g o r a o a j u d a r e i t a m b ! m #7 r e s p o s t a n ã o ) i r á d o m e ue s c l a r e c i m e n t o o u d a m i n h as a b e d o r i a # R e o ) á m e d a r á oe nt en d i me nt o p ar a l he d i z e r o % ue

s i g n i f i c a a e s c r i t a #B e l s a z a r o u ) i a a s p a l a ) r a s d e ( a n i e lc o m g r a n d e i n t e r e s s e e e s p a n t o #



— 3 e j a m o s & ) a m o s r e ) e r a ) i d a d o r e i? a bu c od o no s or # T o da s a s n a çN e s d om u n d o t r e m i a m a o o u ) i r s e u n o m e &n ão ! O 3 i) i am c o m m e d o d e l e # + l e

n ão h es i t a) a e m d es t r u i r a p es so ao u a n aç ão % ue o u sa ss e o fe nd ' 9 lo #+ r a u m r e i d e g r a n d e p o d e r ei n f l u ' n c i a # $ o r ! m & c o m e t e u u mg r a n d e e r r o # ? ã o r e c o n h e c e u % u e( e u s l h e d e r a t o d a a h o n r a em a j e s t a d e # T o r n o u 9 s e a r r o g a n t e eo r g u lh o s o # @ o r g u l h o e n d ur e c e u oc o r a ç ã o d e ? a b u c o d o n o s o r p a r a( e u s & e ( e u s o e , p u l s o u d o p a l á c i op a r a o s c a m p o s # + l e p a s s o u s e t ea n o s ) a g an d o p e l a t e r r a c o m o u ma n i m a l s e l ) a g e m # 3 i ) i a e n t r e o s

e % u in o s e c o m i a g r a m a c o m o u m a) a c a # 4 eu c o r p o e r a m o l h a d o p e l oo r ) a l h o t o d a s a s m a nh ã s # + i s s oc o n t i n u o u a t ! e l e r e c o n h e c e r % u e om a i s a l t o ( e u s g o ) e r na s o b r e a sc o i s a s d o h o m e m # + l e p r o c l a m a ed e s t r o n a r e i s #

T o d o s o o u ) i a m e m s i l ' n c i o #( a n i e l c o n t i n u o u JM 7 go ra & 8 & r e i B e l sa z a r & n ão e s t oud i z e n d o n a d a % u e j á n ã o s a i b a #@ u ) i u e s s a h i s t 8 r i a a n t e s # + e s t ás e g u i n d o o s p a s s o s d e s e u p a i #

T o r n o u 9 s e o r g u l h o s o e p e r d e u ah u m i l d a d e # ( e s a f i o u o ( e u s 3 i ) ot i r a n d o t a ç a s s a g r a d a s d e 4 e u



t e m p l o e u s a n d o 9 a s p a r a b r i n d a rs e u s d e u se s p a g ão s # 3 i o l o u e s s a st aç as e n t r eg an do 9a s a s eu s n ob re s &s u a s e s p o s a s e c o n c u b i n a s #

+ n a l t e c e u o s d e u s e s d e m a d e i r a &p e d r a & p r a t a e o u r o & m a s n ã o o ( e u sd o c ! u # $ o r c a u s a d i s s o & ( e u se s c r e ) e u u m a m e n s a g e m n a p a r e d e #+ a g o r a l h e d i r e i % u a l ! o s i g n i f i c a d od e s s a m e n s a g e m # 6 + ? + s i g n i f i c aA i n u m e r a d o A # ( e u s c o n t o u o s d i a s d es e u r e i n a d o # ? a ) e r d a d e & e l e j áa c ab o u # T + DU + L s i g n i f i ca A p es a do A #( e u s o p e s o u e m 4 u a b a l a n ç a & e) o c ' n ã o p a s s o u n o t e s t e # U F 7 " 4 6s i g n i f i c a A d i ) i d i d o A # ( e u s d i ) i d i u s e ur e i n o & e e l e s e r á e n t r e g u e a o s m e d o s

e p e r s a s #B e l s a z a r e s t a ) a a t C n i t o # ? ã oe s p e r a ) a u m a m e n s a g e m d e d e s 9g ra ça # T od os n o s a l ã o e s t a) am e ms i l ' n c i o & e n in gu !m s e m o) ia # ? in 9g u ! m j a m a i s h a ) i a f a l a d o a o r e i c o mt a n t a f r a n % u e z a a n t e s # T o d o se s p e r a ) a m % u e o s o b e r a n oo r d e n a s s e a m o r t e d e ( a n i e l #

T e m e n d o % u e a l g o a i n d a m a i st e r r í )e l a c o n t ec es se c om e le e s eur e i no & B e l sa za r o rd en ou % ue ( an i e lf o s s e ) e s t i d o e m p * r p u r a # 7 c o r r e n t e

d e o u r o d a a u t o r i d a d e f o i p o s t a e ms e u p e s c o ç o e o r e i p r o c l a m o u



( a n i e l a t e r c e i r a p e s s o a m a i sp o d e r o s a e m s e u r e i n o #( a n i e l e s t a ) a a p r e e n s i ) o % u a n d od e i , o u o p a l á c i o h o r a s d e p o i s # 4 a b i a

% u e ( e u s i a d e s t r u i r o r e i n o d eB e l s a z a r # # # m a s c o m o O? in gu !m p er ce b eu a p r es en ça d oss o l da do s a t r a) e s sa nd o o f o ss o & s ea p r o , i m a n do d a m u ra l h a # D u an d oa p a r e c e r a m n a c i d a d e & f i n g i r a me s t a r a p e n a s a c a m i n h o d a f e s t a % u ea c o n t e c i a a l ! m d o p o r t ã o p r i n c i p a l #- o m t o d o o b a r u l h o e a g r i t a r i a d ed e z e n a s d e p e s s o a s e m b r i a ga d as &n i n g u ! m o u ) i a o s b e r r o s d o s g u a r d a ss e n d o m o r t o s # 7 p e n a s a l g u m a sp e ss o a s t e s t e mu n h ar a m o m o me n to

e m % u e o e n o r m e p o r t ã o f o i a b e r t o #@ s e ,! rc i t os d os g en er a i s 7 zz am e R a h a r & s o b a s o r d e n s d e - i r o e( a r i o & o 6 e d o & c o n % u i s t a r a m ag r a n d e c i d a d e d e B a b i l C n i a s e me n c o n t r a r m u i t a r e s i s t ' n c i a #B e l s a z a r c o n f e r e n c i a ) a c o m s e u sn o b r e s % u a n d o o s s o l d a d o s i n i m i g o si n ) a d i r a m o g r a n d e s a l ã o #4 u l a im a n f o i o p r i m e i ro a n o tá 9 l o s #+ l e g r i t o u p a r a a g ua r da r ea l & % uel u t o u a t ! o * l t i m o s o p r o d e ) i d at en t a nd o d e f en d er o r e i # F o i i n* t i l G

t o d o s f o r a m m o r t o s #@ s s o l d a d o s c e r c a r a m B e l s a z a r e o sn o b r e s & e t o d o s f o r a m f e i t o s c a t i ) o s



a t ! a c h e g ad a d o s g e n er a i s # ( e p o i s &o s g e n e r a i s s e s e n t a r a m e b e b e r a m) i n h o e n % u a n t o o b s e r ) a ) a m o sp r i s i o n e i r o s # ? o f u n d o d o g r a n d e

s a l ã o & d o i s h o m e n s c o n ) e r s a ) a m s o bu m a m a g n í f i c a t a p e ç a r i a # — 5 a d a t e s & ) o c ' a i n d a n ã o c o n t o us u a s m o e d a s d e o u r o M d i s s e u md e l e s #

— ? ão m e i n t er es so p or d in he i r o # @a s s u n t o a % u i ! ) i n g a n ç a #

— 3 i n g a n ç a O — 4 i m & 5 o b r y a # < á d o i s m e s e s o r e il e ) o u t o d a a c o r t e p a r a c a ç a r # 6 e ua m i g o & i n t e g r a n t e d o g r u p o & a b a t e uu m f a i s ã o a n t e s d e o r e i t e r c h a n c ed e f a z e r o m e s m o # B e l s a z a r f i c o u

f u r i o s o # + l e s a c o u a e s p a d a e om at ou d ia n t e d e t od os # ? a s em an ap a s s a d a e l e m a t o u o u t r o m e m b r o d ac or t e d ep o i s d e t e r o u ) i do u m d osn o b r es c o m en t a r % u e e l e e r a b o n i to #@ h o m e m ! m a l u co = + l e p r e c i s a ) as e r d e t i d o # + sp e r o % ue o s s o l da do sd e - i r o o m a t e m l o g o =5 a d a t e s s o r r i u % u a n d o o u ) i u og e n e r a l R a h a r d a r o r d e n s p a r ae , e c u t a r o r e i e o s n o b r e s & % u es up l i ca )a m p or m is e r i c 8 rd ia # U m au m & s o l d a d o s o s m a t a r a m & d e i , a n d o

B e l s a z a r p o r * l t i m o # T o d o s a l i% u e r i a m o s o f r i m e n t o d o r e i #



5UARENTA E SETE

6U47 4+"7$4 -@?T@U cabeças# @ito dos 2

representantes dos membros temporários do

-onselho de 4egurança ha)iam conseguidochegar ao aeroporto de ?earH& e tamb!m cincomembros permanentes& mas o presidente aindanão ha)ia chegado#4erapis falouJ

— ?as atuais circunstncias& e considerando aaus'ncia do presidente& tenho sua apro)açãopara agir como presidente temporárioO

Todos concordaram#4erapis era secretário9geral há mais de um ano eha)ia sido muito bem9recebido& especialmentepelos países do Terceiro 6undo# 4eudescontentamento com a política e,terna dos

+stados Unidos era bastante conhecido#(urante a primeira hora discutiram planos deemerg'ncia para a operação contínua das?açNes Unidas e a proteção de seus funcionários#@ assunto começou a mudar %uando o membrodo -onselho $ermanente& Rac%ues 3erney& da

França& falouJ — ?ão podemos continuar desse jeito# @ po)o dacidade de ?o)a [orH está apa)orado# @ %ue teriaacontecido se a ponte 5eorge Washingtonti)esse sido atacada de fatoO Duantas pessoasteriam morrido na e,plosãoO $recisamosconsiderar a segurança dos membros das ?açNes

Unidas# -reio %ue chegou a hora de le)armos emconta o plano /#.1S# -omo sabem& muito se tem



falado sobre uma e)entual mudança das ?açNesUnidas dos +stados Unidos# $or causa da filosofiade controle mundial desse país& naçNes cada )ezmenores e menos perigosas t'm se sentido

forçadas a recorrer ao terrorismo para %ue suas)ozes sejam ou)idas# +sse tipo de ata%uecontinua ameaçando o bem9estar de todos osfuncionários da @?U# 7credito %ue esses ata%ues)ão prosseguir en%uanto os +stados Unidoscontinuarem perseguindo o sonho pretensioso decontrolar o mundo e seu funcionamento#@s membros permanentes Warren Watson& dos+stados Unidos& e -arlton ThorndiHe& do "einoUnido& se entreolharam# +ssa não era a primeira)ez %ue a %uestão da mudança da sede das ?a9çNes Unidas era abordada# @ @riente 6!dio& a+uropa& a Yndia& a ]frica e a 7m!rica do 4ul se

torna)am cada )ez mais hostis com os +stadosUnidos# 7 hostilidade tamb!m começa)a a atingiro "eino Unido por seu apoio >s políticasamericanas#3ladimir ZarHoff& membro permanente daFederação "ussa& disse com determinaçãoJ

— ?ão creio %ue os +stados Unidos estejampreparados para lidar com os terroristas em seupr8prio país# @ fracasso da 7m!rica do ?orte emproteger seu po)o ! e)idente# 7 incapacidade dopaís para impedir esses ata%ues ameaça asegurança dos integrantes da Federação "ussa#

Tamb!m sou fa)orá)el a le)armos a %uestão da

mudança para )otação em assembleia geral#@ membro temporário 4almalin "ajaH& da índia&disseJ



— +m diálogo com muitos líderes de paísesmenores abordei as atitudes imperialistas dos+stados Unidos# Todos foram fa)orá)eis aconsiderar um boicote aos produtos americanos#

Warren Watson manifestou9se# — + onde pensam %ue )ão conseguir os produtosde %ue necessitam& 4r# "ajaHO ?8s os estamosapoiando há anos com programas contra a fome#n)estimos bilhNes de d8lares em projetos para%ue esses países prosperem# + %uantosempregos americanos foram terceirizados para aYndiaO 7o longo dos anos& nada temos feito senão tentar ajudar os países do mundo# 4uaatitude ! inacreditá)el= -ite outro país %ue ostenha ajudado tanto %uanto os +stados Unidos#

— 7 União +urop!ia %uer estabelecer o com!rciocom nossos países e )ai ajudar a apoiá9los M

respondeu "ajaH# M Toda a +uropa e a ]sia& e amaior parte do mundo& preferem contar com aajuda da União +urop!ia a contar com au,ílioamericano# 7creditamos %ue o poder lhes subiu >cabeça# 3oc's acham %ue todos de)emconcordar com o pensamento democráticoamericano# 6as %uem disse %ue o jeitoamericano ! o melhorO Tudo %ue %uerem ! importarifas e políticas para poderem nos e,plorarcomercialmente# @s +stados Unidos %uerem asri%uezas de todas as nossas naçNes#"ajaH parou para respirar# 4abia %ue podia tersido elo%uente demais# $or isso& começou a

moderar as pala)ras# — Q claro& isso não significa %ue os +stadosUnidos não de)am integrar as ?açNes Unidas#



+stamos falando de um país forte %ue de)e serincluído# 48 afirmo %ue esse país não de)e terum papel tão dominante# @s americanos de)emse tornar um pouco mais### )amos dizer&

tolerantes e democráticos#rado& Watson se prepara)a para responder%uando _et Lu Duang falou para o grupoJ

— -omo membro permanente do -onselho de4egurança& falo em nome da "ep*blica $opularda -hina# Tamb!m nos preocupamos muito coma perman'ncia da sede das ?açNes Unidas na7m!rica do ?orte& e especialmente em ?o)a

[orH# 6uito se tem falado sobre a construção deum pr!dio da @?U em 5enebra& na 4uíça& já %uemantemos atualmente um %uartel9generalna%uele local# <á alguma outra localização empautaO 7 "ep*blica $opular doaria com prazer

um terreno em nossa capital#3erney respondeuJ — @ $lano /#.1S sugere a retirada da @?U dos+stados Unidos& mas não propNe nenhumalocalidade# sso de)e ser decidido em )otaçãogeral# -on)ersei com )ários membros da @?U eparece ha)er uma resposta positi)a >possibilidade de le)armos o pr!dio das ?açNesUnidas para o ra%ue# 6ais especificamente parauma cidade do ra%ue com uma hist8riagrandiosaJ BabilCnia# -on)ersei com <elmutWeber& embai,ador da 7lemanha& e seu paísap8ia integralmente a mudança#

4erapis olhou para o grupo reunido# +ssa erauma boa oportunidade#



— (ialoguei com di)ersos líderes da União+urop!ia# Todos disseram apoiar a mudança paraa BabilCnia# 7 União +urop!ia at! ajudaria apagar a imensa dí)ida %ue a @?U contraiu ao

longo dos anos# +les tamb!m afirmaram terfundos disponí)eis para ajudar na construção dano)a sede#

Todos sorriram e assentiram& menos Watson e ThorndiHe& %ue esta)am furiosos# 4abiam %uenão seria sensato falar nesse momento deemoçNes )oláteis#

— @s líderes da União +uropeia me relataram %ueesses fundos foram uma doação de um grupoanCnimo# 4eus representantes se oferecem parapagar todas as despesas da construção de umno)o edifício M concluiu 4erapis#+le sorriu ao notar %ue sua declaração causa)a

murm*rios paralelos# Duando olhou para Rac%ues3erney& ele )iu nos olhos do franc's um brilho%uase imperceptí)el de reconhecimento#Watson percebeu a troca de olhares# Tinhacerteza de %ue 4erapis e 3erney ha)iamdiscutido o assunto muitas )ezes antes# ;les est%o

usando essa ameaça recente como desculpa para promover a! "# ns $e "% n& '# ( #s N #) *e s

Un'(#s p#"# ou!"o p#+s , p#"#

$o"# (os Es !#(os Un'(os .4erapis pediu a atenção do grupo#

— $arte de nossas responsabilidades ! ajudar apromo)er e preser)ar a paz mundial# Q nossotrabalho estabelecer princípios gerais e



7 IA-EM DE )olta a "aleigh parecia interminá)elpara 6urphy# ?ão era tanto a distncia a serpercorrida& mas a ideia do %ue poderia ter

acontecido se a ponte 5eorge Washingtonhou)esse sido e,plodida# Duanta de)astação asbombas sujas teriam causadoO7 p o s t o % u e t r i n t a & % u a r e n t a m i lp e s s o a s t e r i a m m o r r i d o c o m ae , p l o s ã o e a r a d i a ç ã o #Lembranças começaram a se misturar& e elere)iu os e)entos de um bombardeio na $reston-ommunity -hurch# 7inda podia ou)ir ae,plosão# $odia sentir o cheiro da fumaça e damadeira %ueimando# 4entia na língua o gosto dascinzas# 3ia as pessoas ensanguentadas e oscorpos sem )ida# + tamb!m podia )er o rosto

doce de Laura e ou)ir seu *ltimo suspiro# +lere)i)eu a ang*stia de perceber %ue a perderapara sempre e a ira contra o homem %ue amatara#6ais de uma )ez 6urphy te)e de parar noacostamento& por%ue a )isão embaça)a com aslágrimas por si mesmo e pelas pessoas %ueridas%ue perdera# -onhecia a dor da perda# Duandochegou em casa na%uela noite& sentia9seemocionalmente esgotado#6urphy dirigiu para o campus da Uni)ersidade$reston totalmente consciente da luta interior%ue tra)a)a com suas emoçNes confusasJ a rai)a

dos terroristas pelo pnico %ue ha)iam causadodisputa)a a primazia com a necessidade de umcerto sentimento de normalidade#



7 ) i d a & > s ) e z e s & ! e s t r a n h a # @m un do ! c h e i o d e s o f r im en to & m ast a m b ! m ! r e p l e t o d e b e l e z a #6urphy lembrou as pala)ras do rei 4alomão# +las

ha)iam estado entre as fa)oritas do presidente"onald "eaganJ

$ a r a t u d o h á u m t e m p o &U m t e m p o p a r a c a d a p r o p 8 s i t o s o b oc ! u JU m t e m p o p a r a n a s c e r &+ u m t e m p o p a r a m o r r e r GU m t e m p o p a r a p l a n t a r &+ u m t e m p o p a r a c o l h e r o % u e !p l a n t a d o GU m t e m p o p a r a m a t a r &+ u m t e m p o p a r a c u r a r G

U m t e m p o p a r a d e m o l i r &+ u m t e m p o p a r a c o n s t r u i r GU m t e m p o p a r a c h o r a r &+ u m t e m p o p a r a r i r GU m t e m p o p a r a o l u t o &+ u m t e m p o p a r a d a n ç a r GU m t e m p o p a r a j o g a r p e d r a s &+ u m t e m p o p a r a r e u n i r p e d r a s GU m t e m p o p a r a a b r a ça r & e u m t e m p op a r a e ) i t a r a b r a ç a r GU m t e m p o p a r a g a n h a r &+ u m t e m p o p a r a p e r d e r GU m t e m p o p a r a g u a r d a r &

+ u m t e m p o p a r a s e d e s f a z e r GU m t e m p o p a r a r a s g a r &+ u m t e m p o p a r a c o s t u r a r G



U m t e m p o p a r a g u a r d a r s i l ' n c i o &+ u m t e m p o p a r a f a l a r GU m t e m p o p a r a a m a r &+ u m t e m p o p a r a o d i a r G

U m t e m p o d e g u e r r a &+ u m t e m p o d e p a z #

?o fundo& 6urphy sabia %ue era tempo deguerra# Uma guerra espiritual contra os poderesdas tre)as#M (r# 6urphy& estou feliz por )'9lo# 4abia %ueesta)a em ?o)a [orH& e ti)e medo de %ue fosseafetado pela confusão do ata%ue terrorista#Fi%uei muito preocupada#@s olhos )erdes de 4hari esta)am cheios depreocupação#

— +stou bem& 4hari# Rá me prepara)a para dei,ar

?o)a [orH %uando recebi a notícia# — + sisO — Felizmente& ela decolou do La 5uardia antes doalerta terrorista# +stá em Washington& segura#6urphy se deu conta de %ue podia ter perdidosis& caso o atentado hou)esse se concretizado eela ti)esse escolhido )iajar mais tarde# ?ãosuporta)a pensar nisso# 4abia %ue seussentimentos por sis eram mais do %uesimplesmente casuais#4hari ou)iu perple,a en%uanto 6urphy contoutudo %ue ha)ia acontecido desde o alerta deata%ue# $or fim& ele mudou de assunto#

— + )oc'& 4hari& como estáO -onseguiu con)ersarcom $aulO -hegaram a alguma conclusãoO



— Bem& con)ersamos& e eu cheguei a umaconclusão# nfelizmente& n8s rompemos& e issome dei,a muito triste# @s primeiros dias foramdifíceis# $or!m& sinto um grande alí)io por ter&

enfim& resol)ido toda a hist8ria# ?ão podiamanter um relacionamento com algu!m %uetinha )alores diferentes dos meus& mesmo aman9do essa pessoa# +u sabia %ue& no final& não ia darcerto#

— -omo $aul reagiuO?ão creio %ue tenha ficado surpreso# Rá ha)íamosdiscutido sobre um possí)el rompimento antes# @problema ! %ue### Bem& %uando a decisão !tomada e o assunto ! encerrado& ! difícil de seadaptar#6urphy ficou em sil'ncio por um momento# +lesabia %ue nada do %ue dissesse poderia ali)iar a

dor de 4hari# — 4hari& )ou rezar para (eus lhe dar força paraenfrentar esse momento difícil#+la o encarou por entre as lágrimas#

— @brigada# 3ou precisar#6urphy tamborila)a com os dedos en%uantotenta)a localizar sis pelo telefone# 4eu corpo eradominado por uma confusão de emoçNes %uenão encontra)a e,pressão#

— 6ichael& )oc' está bemO (e onde está ligandoOM perguntou sis& do outro lado#

— +stou de )olta a "aleigh# -heguei ontem >noite# +u teria telefonado ontem mesmo& mas

não %uis acordá9la#6urphy contou a sis sobre o atentado abortadona ponte 5eorge Washington e seu papel em



frustrar o ata%ue# ?o final& a con)ersa acabou seencaminhando para a busca planejada da +scritana $arede#

— $ode ser um pouco mais difícil entrar no ra%ue

com toda a %uestão da segurança# 6as& sepermitirem& acho %ue de)emos ir# 7inda estádispostaO M perguntou ele#

— 4im& mas tamb!m estou um pouco ner)osa Mrespondeu sis#

— +u tamb!m# 6as estaremos juntos& e isso !bom#sis sorriu# 4eria bom estar com 6ichael#

— Te)e alguma notícia do pessoal da fundaçãoOM perguntou 6urphy# M +les ainda t'm interesseem financiar a e,pediçãoO

— 4im& falei com nosso presidente& <ar)ey-ompton& e ele concordou com o projeto# 6as ele

%uer %ue o (r# Wildred Bingman nos acompanhe# — DuemO — Um e,9professor de ar%ueologia %ue se juntourecentemente > fundação# +le leciona)a naFlorida 4tate Uni)ersity# 7cho %ue )oc' )ai gostardele# Bingman ! muito simpático e conhece suaárea# 3oc's t'm muito em comum#

— Bem& %uanto mais& melhor# 4erá bom ter outroar%ue8logo na e%uipe# 3ou entrar em contatocom Rassim 7mram para )er se ele pode abrirespaço na agenda# -om sua capacidade para leridiomas antigos e nossa e,peri'ncia& )amospoder confirmar com facilidade a escrita& se a

encontrarmos# — Tem alguma d*)ida& 6ichaelO



— ?ão& tenho certeza de %ue ela está lá#6atusal!m não teria todo esse trabalho para meinformar de algo %ue não e,iste# 48 me preocupaum pouco o %ue podemos encontrar na tentati)a

de localizar essa relí%uia# ?ão foi fácil achar osoutros artefatos# 7lguma coisa sempre acontecepara atrapalhar# Q assim %ue 6atusal!m sedi)erte#sis suspirou#

— 3oc' tem razão# Bem& pelo menos nãopodemos reclamar de t!dio#6urphy riu#

— 3ou entrar em contato com Le)i para )er se eleconseguiu garantir nossa ida ao ra%ue# +letamb!m ficou de )erificar se o coronel (a)is& da6arinha americana& poderia nos dar algumaproteção en%uanto esti)ermos lá# +specialmente

na )iagem# — 4eria 8timo# +u me sentiria muito mais segura# — Telefono assim %ue ti)er tudo arranjado# +stouansioso para )er )oc' de no)o& sis M murmurou6urphy#

5UARENTA E NO:EM TU(@ B+6& tudo bem# Tenho de admitir#6urphy le)antou a cabeça com ar curioso# 4hariesta)a na porta de seu escrit8rio segurando umacai,a com algum tipo de correspond'ncia emcima# +la mantinha a cabeça inclinada para um

lado e sorria# — 7dmitir o %u'O (o %ue está falandoO



— 4ua correspond'ncia# — @ %ue tem elaO — 7 cai,a ! bem pesada# — + daíO

— (aí& tenho de admitir %ue estou curiosa# 3amos)er o %ue tem a%ui dentro#6urphy balançou a cabeça e riu# 7 curiosidadede 4hari era di)ertida# Fingindo não se importar&ele olhou para os pap!is sobre a mesa e disse&como se esti)esse entediadoJ

— Bem& se está curiosa& por %ue não abre acai,aOUm sorriso largo iluminou seu rosto# 4harisacudia a cai,a como se fosse seu presente de?atal#

— Tem algo solto a%ui dentro# + não há endereçode remetente# + )eja### a cai,a está %uase

desmontando#6urphy sorriu dos comentários# +le a )iu pegaruma faca e começar a abrir a cai,a# (epois&disseJ

— + se for uma bombaOsso a fez hesitar por um minuto e olhar para elecom ar crítico# Duando le)antou a tampa& 4harie,clamou& surpresaJ

— 4ão pedras= — 7h& 8timo= Rá esta)a mesmo imaginando%uando chegariam#

— $ara %ue %uer pedrasO — Foi uma piada& 4hari# ?ão encomendei pedra

nenhuma#



— +las são lisas como se hou)essem saído de umrio M comentou 4hari& colocando tr's ou %uatrosobre a mesa# M <á um bilhete a%ui#

— (e)e ser do reitor Fallorth# +le adoraria me

apedrejar at! a morte M disse 6urphy distraído#+la sorriu# — 7 nota não está assinada# 6ais uma de suascorrespond'ncias es%uisitas=

— @ %ue diz o bilheteO

Uma oportunidade de ouro espera7%ueles %ue apreciam os (ebates -abarrus+ procuram pelo hessiano %ue abandou sua

sessão### + mais tarde plantou umasemente %ue gerou a er)a daninha da

ganncia#

6urphy suspirou# 4hari ou)iu o som e o encarou# — @ %ue !O 6atusal!m& aposto= — +le adora o bizarro= @ %ue acha %ue ele %uerdizerO 6urphy pegou o bilhete& passou os dedospelos cabelos e se le)antou para andar pela sala#

— -abarrus de)e ser a cha)e#

— Q claro& %ual%uer um teria percebido= M disse4hari& debochando#6urphy ignorou o sarcasmo#

— 7 *nica coisa em %ue consigo pensar !-abarrus -ounty# (e acordo com a hist8ria da-arolina do ?orte& -abarrus -ounty recebeu essenome por causa de 4tephen -abarrus& o orador

da -asa dos -omuns# (e)e ser a isso %ue serefere a pala)ra AdebatesA#



— + %uanto ao hessiano %ue abandonou asessãoO

— 7 primeira parte ! simples# Um hessiano ! umalemão# 6as abandonar a sessão ! estranho#

$lantar uma semente pode se referir a sementesreais ou sementes de comportamento# 7 Aer)adaninha da gannciaA soa como uma atitude ouuma ação#

— + o %ue tudo isso tem a )er com pedras de rioO — -abarrus -ounty### pedras de rio### umalemão### %uem planta alguma coisa### a er)adaninha da ganncia### uma oportunidade deouro M murmura)a 6urphy& pensando# M @salemães tinham um assentamento em -abarrus-ounty depois da 5uerra "e)olucionária# 7maioria deles era parte da força de combatetrazida pelos britnicos# 6uitos se tornaram

agricultores# +ssa pode ser a relação com apala)ra AsementeA# — Tudo bem& mas onde está a relação comAgannciaAO6urphy ficou em sil'ncio por alguns minutosen%uanto anda)a de um lado para o outro#

— Bem& ouça essa& 4hari M disse ele& finalmente#M <a)ia um soldado hessiano chamado Rohn"eed %ue se estabeleceu em -abarrus -ounty#+ra um desertor do +,!rcito britnico e se mudoupara $iedmont# +le se casou e começou a formaruma fazenda# +m uma tarde de domingo de 1/KKo filho dele& então com 1. anos de idade&

pesca)a no riacho %ue corta)a a fazenda# @menino )iu um objeto brilhando na água& pegou9o e le)ou9o para o pai& %ue não soube identificar



o %ue era# $or tr's anos usaram o objetoreluzente como peso para porta#

— + o %ue eraO — Uma pepita de ouro de /& %uilos# -erto dia&

Rohn "eed a le)ou > cidade e um joalheiroreconheceu imediatamente o metal# +le ofereceua "eed 2&I pela pedra# +la )alia milhares ded8lares# "eed descobriu& mais tarde& %ue a%uiloera ouro e fez o joalheiro pagar muito mais pelapepita#

— +u já imagina)a# — "eed e )ários outros começaram então aprocurar ouro em Little 6eado -reeH# +m 1#0.Eeles ha)iam e,traído 1II mil d8lares em ouroda%uela área M e estamos falando em d8lares de1#0.E# +ssa foi a primeira descoberta de ourodocumentada nos +stados Unidos# Um escra)o

de "eed& um homem chamado $eter& desenca9)ou uma pepita %ue pesa)a 1E %uilos# 7 -arolinado ?orte foi o principal estado produtor de ouroat! 10E& %uando começou a -orrida do @uro na-alif8rnia#

— (e onde )oc' tira todas essas informaçNesO — Leitura& 4hari# Leitura# 7cho %ue 6atusal!mestá nos dizendo %ue e,iste algum tipo deoportunidade de ouro esperando por n8s na 6inade @uro "eed# @ local fica a )inte %uilCmetros de-harlotte#6urphy chegou > 6ina de @uro "eed na tarde dodia seguinte e comprou um ingresso para uma

)isita guiada# 7ntecipando %ue poderia ter derealizar alguma e,ploração& ele le)a)a umalanterna#



@ guia percorreu )ários )eios ainda abertos aop*blico# 7o longo do caminho& 6urphy notou)ários )eios adjacentes %ue ha)iam sidofechados# 6urphy dei,ou o restante do grupo

seguir adiante#+m outro ponto& direcionou a luz de sua lanternapara algumas tábuas e notou algo peculiar#7lguma coisa ha)ia sido entalhada na madeiraantigaJ o nome -onrad# 6urphy obser)ou o nomepor um momento e olhou mais atentamente paraas tábuas# +sta)am soltas# $odia dizer %ueha)iam sido remo)idas recentemente#(irecionando o facho de luz para um ponto al!mdas tábuas& ele notou pegadas frescas na terrada ca)erna#7 p o s t o % u e f o r a m d e i , a d a s p o r6 a t u s a l ! m # @ % u e s i g n i f i c a - o n r a d O

6urphy esperou at! o grupo desaparecer no )eioseguinte& onde não poderiam ou)i9lo#- o n r a d O & ele pensa#a. - o nr a d e r a o n o med o f i l h o d e R o h n " e e d & o m e n i no % u ee n c o nt r o u a % u e la p r i me i r a p e p i t a d eo u r o =6urphy seguiu as pegadas na terra# $elasmarcas& era claro %ue algu!m ha)ia caminhadopelo )eio e depois )oltado pelo mesmo caminho#$ o r % u ' O @ % u e h á n a c a ) er n a O @ u o% u e f o i l e ) a d o p a r a d e n t r o d e l a O6urphy se mo)ia com cautela# 7 *ltima )ez %ue6atusal!m o atraíra para o interior de uma

ca)erna ele %uase se afogara# +sta)a procurandopor armadilhas& ou %ual%uer outra coisaestranha& %uando percebeu %ue& de repente& as



pegadas termina)am# +las reapareciam naparede& apontando para uma )elha placasuspensa# (irecionando o foco de luz dalanterna& 6urphy conseguiu ler algumas pala)ras

apagadas e uma seta apontando para a direita#

+ntrada no .2-uidado#

5ases $erigosos

@ % u e s i g n i f i c a i s s o O7s pegadas subiam pela parede& pareciam semo)er por ela& depois se afasta)am da parede eretorna)am pelo caminho %ue ele ha)iapercorrido#+ s t r a n h o #

+le olhou a placa por um momento& depois bateunela com um dedo# @ som era oco# $odia ha)eruma passagem atrás delaO 6urphy tocoucuidadosamente a placa& depois olhou para aterra no chão# -om toda certeza& podia )er umalinha %ue tinha a mesma largura da placa#6 a t us a l !m & c e r t a me n t e & r em o) eu ap l a c a & c o l o c o u 9 a n o c h ã o e d e p o i s ap C s d e ) o l t a n o l u g a r # $ o r % u ' O$ela primeira )ez& em todos os encontros %ueti)era com 6atusal!m& 6urphy de repente seperguntouJ Euem ' o homem misterioso( omo posso

saber mais sobre ele(

T a l ) e z t e n h a d e i , a d o p e g a d a s # %urp() podia copiar as pegadas e mand-la para anlise pericial. 6asc o m o ) o u r e c o l h e r a s i m p r e s s N e s O



6urphy in)estigou o conte*do dos bolsos# <a)iaum band9aid em um deles# -om cuidado& pegou a)elha placa por um dos cantos# (epois a )irou deum lado para o outro& frente e )erso& tentando

identificar digitais na poeira# <a)ia uma boaimpressão digital do lado direito# +le pressionoua e,tremidade adesi)a do band9aid naimpressão& depois colocou o adesi)o de )olta&esperando ter feito uma coleta ra8o4vel, pelo menos.6urphy ha)ia acertado ao imaginar %ue ha)iauma abertura atrás da placa& um espaço de cercade . centímetros de altura por . centímetrosde largura# 6urphy iluminou o interior do )ão# +leconte)e com esforço um grito de espanto& depoisrespirou fundo e iluminou a abertura mais uma)ez#<a)ia uma taça dourada lá dentro# + serpentes

em torno dela& todas se mo)endo numaondulação contínua# +las ha)iam sidoperturbadas pela remoção da placa e pela luz dalanterna# 6esmo com as batidas do pr8priocoração ecoando nos ou)idos& 6urphy podiaou)ir o som assustador dos guizos#6 a t u s a l ! m % u e r d i f i c u l t a r a s c o i s a sp a r a m i m & ! c l a r o #6urphy olhou em )olta procurando por umaala)anca %ual%uer& mas não )iu nada# ?ãogosta)a da ideia de enfiar o braço na aberturapara pegar a taça# 7s serpentes perceberiam ocalor de seu braço& mesmo %ue se mo)esse

muito de)agar# + o atacariam#+le e,aminou no)amente a placa# +la era feitacom tr's tábuas# +le %uebrou duas e começou a



introduzi9las na abertura& uma de cada lado dataça# 7s cobras se afasta)am lentamente dastábuas# (uas atacaram a madeira# @smo)imentos rápidos assustaram 6urphy& %ue

recuou# 4eu coração batia aceleradamente& e eleprecisou respirar profundamente para serecuperar# 4entia9se como se esti)esseparticipando do filme 2s caçadores da arca perdida Me ele tamb!m odia)a serpentes# Finalmente&6urphy conseguiu pu,ar a taça em sua direção&trazendo para fora )árias serpentes com omo)imento# ?o mesmo momento& ele ou)iu umestalo abafado# Um cli%ue# 6atusal!m ha)iainstalado algum dispositi)o eletrCnico atrás dataça& e ele não o )ira antes= +le hesitou& ou)indocom atenção# ?ão ha)ia nada al!m dos guizosdas cobras#

6urphy suspirou ali)iado e )oltou a pu,ar a taçapara a abertura# (essa )ez& ele ou)iu o cli%uesobre sua cabeça#( e ) e s e r u m i n t e r r u p t o r #@ pensamento mal acabara de se formar %uandohou)e um deslocamento de ar e alguma coisacaiu sobre ele# 6urphy s8 precisou de umsegundo para perceber %ue esta)a cho)endo co9bras# 6atusal!m ha)ia preparado uma cai,a decobras e camuflara a engenhoca com perfeição#6urphy ficou paralisado& com os braços aindaestendidos segurando as duas tábuas com %uepu,a)a a taça#

7s serpentes de)iam estar tão surpresas %uanto6urphy# ?enhuma delas o atacou no momento



da %ueda# + %uando chegaram ao chão elaspareciam desorientadas#7lgumas se arrasta)am por cima de seussapatos# @utras se enrola)am& balançando o

chocalho# 6urphy compreendeu %ue teria dees%uecer a taça por instantes# (e)agar& remo)euas tábuas da abertura#+m seguida& 6urphy se abai,ou e foiapro,imando uma delas dos p!s# +le a usou paraafastar uma cobra# +m pouco tempo conseguiulimpar uma área em torno dos sapatos& semnenhuma serpente pr8,ima o bastante parapoder atacar#( e o n d e 6 a t u s a l ! m t i r a t o d a s e s s a sc o i s a s O6urphy então reintroduziu as tábuas na aberturae as usou para pu,ar a taça para a frente& at!

poder segurá9la# 7ssim %ue a pegou& percebeu%ue ha)ia um bilhete dentro# 7 mensagem eraJ

Bom trabalho se ainda está )i)o e não foimordido# Lamento não ter podido ficar paraassistir ao espetáculo# Tinha alguns

assuntos mais importantes para resol)er#Francamente& não pensei %ue chegaria tãolonge# 7gora faltam s8 mais alguns testes#

6 a i s a l g u n s t e s t e s = @ % u e i s s os i g n i f i c a OM ncrí)el= +sta taça ! realmente antiga=

(e )olta a $reston& 6urphy esta)a sentado atrásda mesa& e,aminando a taça& %uando 4hari



entrou# +le relatou de maneira resumida aa)entura na mina& depois disseJM 7cho %ue a taça ! tão antiga %uanto a +scritana $arede %ue em bre)e estaremos procurando#

— $or %ue diz issoO — ?o %uinto capítulo de (aniel está escrito %ueBelsazar ofereceu um grande ban%uete# Dueriafazer algo *nico para seus con)idados& por issomandou %ue os criados buscassem taças de ouro%ue ha)iam sido retiradas de templos em

Rerusal!m# +le ser)iu o )inho aos seuscon)idados na%ueles recipientes sagrados# ?amesma hora (eus escre)eu a sentença deBelsazar na parede# -reio %ue esta taça ! um dos)asos de ouro#

— -omo 6atusal!m encontrou um dessesartefatosO M perguntou 4hari& fascinada#

— ?ão sei# +le de)e ter algum conhecimentosobre a Bíblia para saber onde esta)am# — $or %ue acha %ue 6atusal!m dei,ou a taçapara )oc'O @ objeto de)e )aler uma fortuna=

— ?ão sei# 7credito %ue ele %ueira realmente %ueencontremos a +scrita na $arede por algumarazão# +le não parece estar preocupado comdinheiro# nstalar a%uelas armadilhas na ca)erna&por e,emplo& de)e ter custado muito caro# +le !muito estranho# 7cho %ue consegui coletar aimpressão digital dele dessa )ez# Rá en)iei omaterial para a perícia# Tal)ez possamosdescobrir %uem ele != M e,clamou 6urphy#



CIN5UENTA

7 375+6 (+ "aleigh para "ichmond& na 3irgínia&para encontrar o (r# Bingman deu a 6urphy

algum tempo para pensar nos e)entos das*ltimas semanas# (urante o trajeto de duashoras ele re)iu suas a)enturas com Le)i 7bramse os árabes& a descoberta da informação do (r#7nderson sobre o 7nticristo& e a perseguição de

Talon a ele e sis na biblioteca# 6as ele passoumais tempo pensando na e,plosão abortada naponte 5eorge Washington# 6ilhares de pessoaspodiam ter morrido e outras milhares teriam sidoafetadas pela radiação#$ara 6urphy& era difícil pensar em concluir osplanos para uma e,pedição > BabilCnia com anação mergulhada no caos& mas algo dentro dele

o impelia a seguir em frente# 4abia %ue adescoberta da +scrita na $arede seria uma)erificação de um cenário muito maior# 4e (eus

julgara Belsazar e seu reinado& (eus um dia julgaria o mundo# 6urphy tinha a sensação de%ue os e)entos do mundo se mo)iam

rapidamente para um clíma,### um 7rmagedonliteral#+le ainda esta)a pensando em tudo isso %uandoentrou na praça do -apit8lio# @ tráfego intenso ofez parar# +le olhou para o pr!dio do -apit8lio&projetado por Thomas Refferson antes de ele setornar presidente# Refferson ha)ia usado como

modelo um templo romano em ?imes& na França# Tamb!m era possí)el )er a estátua de bronze de



5eorge Washington sobre o ca)alo e as estátuasde Refferson (a)is& 4toneall RacHson& "obert +#Lee e outros líderes da -onfederação ao longo da6onument 7)enue# 6urphy olhou para o rel8gio

de pulso#? ã o f i z u m m a u t e m p o # $ e l o m e n o sn ã o ) o u c h e g a r a t r a s a d o #6urphy sentou9se > mesa do caf! para esperarpelo (r# Bingman# 5osta)a de conhecer aspessoas assim& frente a frente& especialmente seplaneja)a com elas uma e,pedição perigosa#6urphy não precisou esperar muito# +le sorriu%uando )iu Bingman# -omo ele fora informado& ohomem parecia um jo)em Theodore "oose)eltcom cabelos claros e olhos )erdes e atentos# 7t!o bigode lembra)a o de "oose)elt# 6urphyle)antou9se e eles se cumprimentaram#

M -omo se interessou por ar%ueologiaO M6urphy perguntou %uando se sentaram epediram o almoço#

— Duando era menino& eu adora)a hist8ria#(e)ora)a li)ros sobre a 5uerra -i)il e os her8isdo oeste# (epois& desen)ol)i o gosto pela hist8riaantiga# 6as s8 tomei contato com artefatosantigos %uando esta)a na primeira 5uerra do5olfo#

— ?o ZuaitO M indagou 6urphy& curioso# — 4im& por %u'O — Tamb!m esti)e lá# -heguei em janeiro de1KK1G fazia parte da @peração Tempestade no

(eserto sob o comando do general ?orman4charzHopf#



— 7h& cheguei um pouco antes& com o grupo da+scudo do (eserto# Foram dias interessantes&nãoO

— nteressante ! pouco= M concordou 6urphy# M

+sperá)amos maior resist'ncia& mas s8 tra)amosalgumas poucas batalhas mais duras# — +n%uanto esta)a lá& ti)e oportunidade de )eralguns dos antigos tesouros do ra%ue M contouWill Bingman# M sso me fez )oltar lá& dessa )ezcomo integrante de uma e%uipe de ar%ueologia#Fizemos )árias esca)açNes interessantes#

— +ncontraram alguma coisaO — 4im# +stá)amos ca)ando em um cemit!rio real%uando notamos dois buracos no solo#maginamos %ue algum objeto de madeira podiater estado no local onde )íamos os buracos e %uea madeira ha)ia apodrecido e se decomposto#

$reenchemos os buracos com gesso de $aris eesperamos secar& depois ca)amos cuidado9samente em torno do gesso# @ %ue )imos foi aforma perfeita de uma harpa# Foi incrí)el=

— +u teria adorado )er isso& Will# — 3oltei para os +stados Unidos e me dedi%ueiseriamente ao estudo da ar%ueologia# 6inhaespecialidade ! pes%uisa de resisti)idade#$assamos uma corrente el!trica pelo solo paramedir sua resist'ncia el!trica& %ue ! afetada pelaumidade# -omo sabe& as pedras dos edifíciosantigos cont'm menos umidade %ue o solo %ueas cerca# T*mulos e li,Nes humanos são muito

fáceis de distinguir com todo o fosfato retido nosolo# + )oc'O



— Bem& não sei o %uanto sis já lhe contou& masminha especialidade ! ar%ueologia bíblica#Leciono na Uni)ersidade $reston& em "aleigh#

— sso significa %ue ! um seguidor de ResusO M

perguntou Bingman# — +,atamente# — Fantástico= Tamb!m sou# Tomei a decisão deseguir -risto durante a operação +scudo do(eserto# @ sargento no comando do nossobatalhão sempre reza)a conosco antes de irmospara alguma batalha# +u o obser)a)a cominteresse# +le parecia ter paz mesmo no meio daguerra# Um dia o %uestionei sobre essa minhaimpressão& e ele me disse %ue a )erdadeira paz)em de (eus& por interm!dio de Resus -risto# Foientão %ue dedi%uei minha )ida a (eus# (esdeentão não fui mais o mesmo#

— 7cho %ue teremos um período muito bom nora%ue& Will M disse 6urphy& sorrindo# — @ %ue e,atamente )oc' procura& 6urphyO — 7 +scrita na $arede na BabilCnia# — 3oc' de)e estar brincando= -alcula onde possaestarO

— Tenho uma boa ideia# Will& tem ou)ido asnotícias sobre o %ue o pessoal das ?açNes Unidasestá sugerindoO

— "efere9se > transfer'ncia da sede para aBabilCniaO 4im& ou)i# +les alegam o receio deno)os ata%ues terroristas& mas acredito %ue tudoisso está relacionado com a boa e )elha

ganncia# +les estão em busca do petr8leo# — (e)e ter razão M 6urphy concordou# M Duemesti)er no controle do petr8leo )ai controlar



tamb!m o destino das naçNes %ue precisam dele# Tudo depende do petr8leo# Trata9se de uma cartacoringa# @s países precisam do petr8leo parafazer funcionar as armas de guerra e se

protegerem# 7cho %ue ha)erá alguma re)elaçãode planos relacionados ao petr8leo# — +stá falando sobre a guerra final no )ale de6egiddoO M perguntou Bingman#

— 4im# 7credito %ue boa parte disso serádirecionada pela necessidade de con%uistar ocontrole sobre os recursos de petr8leo# Lirecentemente %ue os cientistas estimam %ue háentre 1#III e 1#.II de barris de 8leo emreser)as compro)adas pelo mundo# +stima9se%ue a 7rábia 4audita tenha .SI bilhNes de barrisGo ra%ue& 112 bilhNesG o rã& 1II bilhNesG e oZuait& K/ bilhNes de barris# +ntre esses %uatro

países& encontramos cerca de S por cento detodo o 8leo do mundo# @ @riente 6!dio setornará um ponto focal no futuro pr8,imo#

— 6ichael& %ue relação )oc' )' entre tudo isso ea BabilCniaO

— 7 segunda cidade mais mencionada na Bíblia&depois de Rerusal!m& ! a BabilCnia# @ 7pocalipsediz %ue nos *ltimos dias a BabilCnia serádestruída# 7ntes %ue possa ser destruída& elaprecisa ser construída# 4e pudermos encontrar a+scrita na $arede& teremos mais uma pro)a de%ue a Bíblia está correta#6urphy %ueria contar a Bingman o %ue sabia

sobre o 7nticristo& mas achou melhor dei,aressas re)elaçNes para outra ocasião# Rá sabia %uepoderiam ter um bom relacionamento de



trabalho# Bingman parecia ser um homem em%uem ele podia confiar# (a)a a impressão depoder se sair bem em %ual%uer situação#

— 4ei %ue 4addam começou a reconstruir a

BabilCnia& mas a guerra do ra%ue pCs um fimnisso M disse Bingman# M -omo a BabilCniapoderia ser& de no)o& uma grande cidadeO4eriam necessários anos e anos#

— 7cho %ue isso pode ser feito muito depressa&Will# Lembre9 se& @aH "idge& no Tennessee& tinhaalguns poucos habitantes at! o go)erno decidire,trair is8topos de urnio .2 como parte doesforço americano para a construção de umabomba atCmica# @ +,!rcito americano ergueuuma cidade completa para cem mil pessoas em10 meses# + %uanto > cidade de (ubai nos+mirados ]rabesO +les começaram a construção

em .II1 e em 1. meses tinham edifícios prontospara ocupação# sso pode acontecer maisdepressa do %ue )oc' pensa#

— Bem& 6ichael& estou pronto para ir# 3oc'&certamente& me animou com toda essa hist8ria#Duando partimosO

— +stou tratando dos *ltimos detalhes# (e)o teruma data determinada em dois dias& mais oumenos#@ telefone de 6urphy tocou >s Kh2I da noite# +raLe)i 7brams informando %ue esta)a sendotransferido# +les ha)iam encontrado algo nocomputador de um terrorista#

— sso pode nos ajudar a entender como Talonestá ligado a tudo isso e %uem o patrocina Me,plicou 7brams#



— $ara onde )oc' )aiO — Tudo %ue posso dizer ! %ue e,iste em sraeluma cidadezinha chamada +t Taiyiba#7creditamos %ue as ordens para o bombardeiro

da ponte )ieram de lá# Q uma cidade meio judia&meio árabe& e tem ser)ido de base paraterroristas há anos# Lá& o <amas mant!m um%uartel9general importante para o en)io debombardeios suicidas para dentro de Rerusal!m&partindo dessa localização# @ líder do <amas& o,e%ue [asin& ! suspeito de manter ligaçNes coma c!lula de +t Taiyiba e tamb!m com @sama binLaden# +le recebeu treinamento em camposafiliados a Bin Laden no 7feganistão# (epois)oltou > margem ocidental e a 5aza paraestabelecer c!lulas terroristas# @s líderes do<amas t'm alguma ligação e recebem

financiamento de alguma fonte e,terna# +ssafonte pode ser Talon# — 3ou rezar por )oc'& Le)i# Tenha muito cuidado# Talon não tem consci'ncia# +le não se incomodacom %uem mata### ! completamente semescr*pulos

— 4ei disso& 6urphy& e sou grato por suasoraçNes# ?ão tenho a mesma f! %ue )oc'& masfico feliz por cuidar da minha alma# @h& sim&6ichael### +stá tudo pronto para a )iagem aora%ue# @ coronel (a)is está preparado paraajudá9lo em sua busca# 7lguns de seus homensirão encontrá9lo no aeroporto de Bagdá# (epois

de dois ou tr's dias& eles o escoltarão at! aBabilCnia# Tome cuidado& )oc' tamb!m### e cuide



de sis# ?ão creio %ue ela seja algu!m %ue )oc'%ueira perder#

CIN5UENTA E UM

6U"$<[ -@6+@U 7 lista de #erificação que se tornara praticamente uma segunda natureza para ele como #iajante. Ele

ia ticando os itensA p a s s a po r t e # # # ) i s to # # #c 8 p i a s d e p a s s a p o r t e e ) i s t o # # #p a s s a g e n s a ! r e a s # # # d i n h e i r o # # #e u r o s # # # c a r t N e s d e c r ! d i t o # # #

m a p a s # # # n * m e r o s d e t e l e f o n e d ec o n t a t o s # # # a r t i g o s d e h i g i e n e # # #r o u p a s # # # e % u i p a m e n t o # # # @ % u e e s t áe s % u e c e n d o O3 o c ' s e m p r e e s % u e c e a l g o =@ telefone tocou %uando ele se dirigia ao closet

para pegar a mala# +ra -indy& a telefonista daUni)ersidade $reston# 4tephanie Zo)acs ha)iatelefonado e alegara urg'ncia em falar com6urphy#

— +u disse a ela %ue não podia dar o n*mero dotelefone de sua casa& mas prometi transmitir orecado M e,plicou -indy#6urphy anotou o n*mero do telefone de4tephanie e agradeceu# Eual o significado de tantaurgência((epois de fazer a mala e colocá9la no carro&6urphy tentou falar com 4tephanie Zo)acs# +laagradeceu por ele ter ligado e disseJ

— Tem um momento para con)ersarO — 4im& ! claro# @ %ue hou)eO+la hesitou por um momento#



M (esculpe9me# +m geral& sempre sei como mee,pressar# 6as& dessa )ez& não sei comocomeçar### Lembra9se de %uando me perguntouse eu era felizO

— 4im# — ?ão consegui mais dei,ar de pensar nisso#3oc' tocou em um ponto sensí)el& por%ue nãosou feliz há algum tempo# +sse pensamento esua analogia sobre o -risto manejando a linha domeu coração como se fosse uma pipa me fezpensar#%urp() começou a rezar. ( e u s & ) o c ' e s t át ra b a l ha nd o n a ) i d a d e 4 te p h an ie #$ o r f a ) o r & a j u d e 9 m e a d i z e r a sp a l a ) r a s c e r t a s #

— @s *ltimos dias foram muito complicados paramim& e ti)e de tomar algumas decisNes difíceis

%ue afetaram minha carreira# Fiz o %ue )oc'sugeriu# — @ %ue )oc' fez& 4tephanieO — "ezei e pedi a (eus para entrar em minha )idae me ajudar nesse momento difícil#

— sso ! 8timo& 4tephanie# — ?ão sei bem como e,plicar& mas alguma coisamudou# @s problemas não desapareceram&mas### não me sinto dominada por eles# 4intouma certa paz no meio de todo esse estresse#

— +ssa ! a especialidade de (eus# Duando +lemuda a )ida de algu!m& ! como umrenascimento# +le implanta uma no)a maneira

de pensar& dá uma no)a atitude e uma no)aperspecti)a sobre como )emos a )ida# +le



— -erta noite ele me disseJ A4abe& essas pessoaspara %uem trabalho& %ue me t'm na mão& estãoobcecadas pela criação de um *nico go)ernomundial# + uma *nica religião tamb!m# +

pessoas como 6urphy& bem& elas sabem de tudoisso pela leitura da Bíblia# $or isso& precisam serdetidas# 7ntes %ue possam con)encer outraspessoas a resistirA# 7cho %ue %uando ele falouem Adeter pessoasA& se referia a eliminá9las# +)oc' ! uma delas# $recisa tomar cuidado#6urphy parou para pensar no %ue ela acabara dedizer#

— 4tephanie& agradeço pelo alerta# 3ou memanter atento### mas algo me preocupa# + seBarrington descobrir %ue )oc' falou comigoO +m%ue tipo de perigo isso a colocaO

— ?ão sei ao certo# Tudo %ue sei ! %ue tenho

contrariado minha consci'ncia há um bomtempo# $reciso me posicionar de acordo com o%ue considero ser o certo# 7 tentati)a debombardeio na ponte 5eorge Washington me fezdecidir %ue ! hora de me unir >%ueles %ue seopNem ao mal& de todos os tipos# +spero %ue(eus me d' forças para isso#

— +u sei %ue +le dará# $reciso sair da cidade hoje&mas %uero incenti)á9la# Tem uma BíbliaO

— ?ão# — 7ssim %ue puder& compre uma# Um bomcomeço para sua leitura ! o +)angelho de Roão#+le a ajudará a entender %uem realmente !

Resus# (epois& tente encontrar uma igreja aonde)oc' possa ir para alimentar e fortalecer sua f!#+ continue rezando# 7 prece se tornará uma



)erdadeira fonte de conforto para seusmomentos mais difíceis#

— @brigada& (r# 6urphy# 7precio sua paci'nciacomigo# + agradeço por ter con)ersado comigo

sobre -risto# sso mudou minha )ida# — 4tephanie& tome cuidado# Tentarei entrar emcontato com )oc' assim %ue )oltar#

CIN5UENTA E DOIS

6U"$<[ SENTIA UMA mistura de emoçNes ao seapro,imar do balcão para o checH9in# 7segurança no (ulles nternational 7irport foradrasticamente aumentada desde a tentati)a debombardeio na ponte 5eorge Washington# 6aisfuncionários foram con)ocados& e a 5uarda?acional americana esta)a posicionada earmada& em estado de alerta má,imo#

+ e u a c h a ) a % u e a s e g u r a n ç a e r ai n t e n s a d e p o i s d o 1 1 d e 4 e t e m b r o # Qi n c r í ) e l % u e t e n h a m o s s i d o o b r i g a d o sa n o s a p r e s e n t a r c o m t r ' s h o r a s d ea n t e c e d ' n c i a p a r a o e m b a r % u e i+le olhou para sis e percebeu %ue ela esta)a

apreensi)a# — Tudo bemO M perguntou# — 7cho %ue sim# 48 esta)a pensando %ue nãogostaria de ser submetida a uma dessas re)istasfísicas# 48 passei por isso uma )ez& e ae,peri'ncia ! embaraçosa e humilhante# @procedimento era usado antes de os leitores

digitais terem sido adaptados para o dorso damão# Foi horrí)el# Uma mulher se sente %uase



)iolada# Q difícil e,plicar para um homem# Qsimplesmente horrí)el#6urphy começou a obser)ar as pessoas&imaginando o %ue estaria procurando se fosse

um guarda de segurança# Uma )elhinha comuma bolsa de trabalhos de tricC ou algu!m comsota%ue do @riente 6!dioO (epois dobombardeio abortado na ponte& o perfil racial setornara ainda mais fre%uente# Todos esta)amtensos& e muitos inocentes eram interrogados# @ner)osismo era intenso#

— -hego a sentir pena dos estrangeiros %ue são)istos como terroristas em potencial M comentou6urphy# M 6as ! ine)itá)el# @lhe para n8s#4omos passageiros inocentes& mas temos depermanecer na fila e receber esse tratamento%ue de)eria ser dispensado apenas aos

terroristas# Todos estão na mesma situação#3amos ter de nos acostumar a isso# 7 )ida nuncamais será como era antes do 11 de 4etembro#Duando olhou em )olta& ele )iu Wilfred Bingmanperto do fim da fila# 6urphy sorriu e acenou#Estou ansioso para con(ec$-lo mel(or +n%uanto 6urphy ajeita)a a bagagem de mão nobagageiro no interior da aerona)e& sis seacopaoda)a na poltrona da janela e começa)a aficar mais rela,ada# +la olhou para fora e )iu osfuncionários da companhia a!rea guardando abagagem dos passageiros# 6urphy sentou9se aolado cela& no corredor# ?ão gosta)a da janela# 7

poltrona limita)a seus mo)imentos# 7l!m domais& preferia a liberdade de se le)antar e andarpelo corredor de )ez em %uando sem ter de



passar por cima das pessoas# 5osta)a de )iajar aoutros países e conhecer pessoas& mas odia)a os)Cos longos# Logo Bingman se acomodou napoltrona do outro lado do corredor& perto de

6urphy# — +sse já ! um dia longo& 6ichael# $ode acreditar%ue são 11h da noiteO +spero conseguir dormirdurante o )oo#7ntes de se acomodar e tentar dormir& sis olhoupara 6urphy#

— 6ichael& )oc'& >s )ezes& pensa na 7rca de ?o!O — ?a )erdade& penso muito nela# Foi um sonhode )ida poder )'9la e e,plorar a relí%uia# Ficofurioso %uando penso %ue Talon a escondeu comuma a)alanche e matou pessoas inocentes comessa atitude#sis lembrou todo o epis8dio e o período %ue

passaram se recuperando# — 4onho com o dia em %ue terei mais tempo eum bom financiamento para poder )oltar ao mar?egro e procurar por a%uela mochila Macrescentou 6urphy# M @s pratos de bronze e oscristais podem ser fonte de energia barata#

— Tamb!m penso muito nisso# Duando eu eracriança& imagina)a %ue a hist8ria da 7rca de ?o!fosse s8 mais um conto# ?ão sabia %ue era real#3er a arca& poder caminhar pelo con)!s### Foiuma e,peri'ncia indescrití)el# @ %ue me assusta! o julgamento de (eus sobre a maldade doshomens# Tudo %ue )oc' diz sobre a Bíblia parece

ser muito preciso# — 7 arca pro)a %ue a Bíblia ! real& como tamb!m)ai pro)ar a +scrita na $arede#



sis ficou %uieta por um instante# 6urphy sabia%ue ela esta)a pensando#

— 6ichael& acha %ue algum dia )ai ha)er um fimpara esses horrí)eis bombardeios terroristasO

Duando penso nos milhares de pessoas %uepoderiam ter morrido na ponte 5eorgeWashington& fico muito triste#

— +u gostaria de poder dizer %ue sim& mas&honestamente& acho %ue se tornarão aindapiores#

— $or %u'O — $or )árias razNes# 7 natureza do homem !egoísta e sempre cruel# 3oc' s8 precisa dar umaboa olhada na hist8ria da humanidade paracompro)ar o %ue digo# +la ! pontuada porguerras desde o princípio# ?a )erdade& li emalgum lugar %ue s8 e,istem 2.I anos de hist8ria

registrada sem guerras# <á sempre homens emulheres %ue %uerem controlar outras pessoas# — 7cha %ue as con)ersas pela paz não resultarãoem nadaO

— Tal)ez# +las parecem adiar o conflito ouimpedi9lo por um certo tempo& mas ele sempreacaba retornando# ?a medida em %ue nosapro,imamos do fim dos tempos& a Bíblia aponta%ue os problemas crescerão#

— @ %ue %uer dizer com fim dos temposO — +u me refiro a uma con)ersa %ue Resus te)ecom seus discípulos# +le disse %ue um dia ha)eráum julgamento de todos os pecados e %ue +le

retornará para go)ernar o mundo# $osso lhe mos9trar alguns trechos da Bíblia sobre isso& seesti)er interessada#



— 4im& 6ichael& eu gostaria de saber mais sobreo fim dos tempos#6urphy abriu a pasta e tirou a Bíblia#

— 3ou mostrar a passagem dessa con)ersa# +stá

no Li)ro de 6ateus& -apítulo .2# 3ou ler para)oc'J

+ e s t a n d o e l e s e n t a d o n o 6 o n t e d a s@ l i ) e i r a s & c h e g a r a m 9 s e a + l e o s s e u sd i s c í pu lo s e m p ar t i cu l a r & d i z en do JA ( e c l a r a 9 n o s % u a n d o s e r ã o e s s a sc o i s a s & e % u e s i n a l h a ) e r á d a T u a) i n d a e d o f i m d o m u n d o # A" es po nd eu 9 lh es R es us J A 7c au te l a i 9) o s & % u e n in g u !m ) o s e n g an e #$ o r % u e m u i t o s ) i r ã o e m 6 e u n o m e &d i z e n d o J X + u s o u o - r i s t o G a m u i t o s

e n g a n a r ã o # + o u ) i r e i s f a l a r d eg ue r r as e r um o r es d e g ue r ra s G n ão) o s p e r t u r b e i s G p o r % u e f o r ç o s o ! % u ea s s i m a c o n t e ç a G m a s a i n d a n ã o ! of im # $ o r %u an to s e l e) an ta rá n aç ãoc o n t r a n a ç ã o & e r e i n o c o n t r a r e i n o G eh a ) e r á f o m e s e t e r r e m o t o s e m ) á r i o sl u g a r e s # 6 a s t o d a s e s s a s c o i s a s s ã oo p r i n c í p i o d a s d o r e s # AA + n t ã o s e r e i s e n t r e g u e s > t o r t u r a & e) o s m a t a r ã o G e s e r e i s o d i a d o s d et od as a s n aç N es p or c a us a d o 6 eun om e# ? es se t em p o & m u i to s h ão d e

s e e s c a n d a l i z a r & e t r a i r u n s a o so ut r os & e m u t u am en te s e o d i a rã o # g u a l m e n t e h ã o d e s u r g i r m u i t o s



f a l s o s p r o f e t a s & e e n g a n a r ã o am u i t o s G e & p o r s e m u l t i p l i c a r ai n i % u i d a d e & o a m o r d e m u i t o se s f r ia r á # 6 a s % u e m p e r s e) e r ar a t ! o

f i m & e s s e s e r á s a l ) o # + e s t ee ) an g e l h o d o r e i n o s e rá p r eg a do n om u n d o i n t e i r o & e m t e s t e m u n h o at o d a s a s n a ç N e s & e e n t ã o ) i r á o f i m # A

M sso soa sombrio M concluiu sis# — 4im e não# 7s guerras& a fome& as pestil'nciase os terremotos não são agradá)eis# ?em !agradá)el ser odiado pelas pessoas ou traído# @ponto principal ! %ue um dia todo o mal domundo terá um fim# +sse será um grande diapara a%ueles %ue esti)erem preparados para )er(eus# +m suma& ! possí)el ter paz e esperança

no meio de um mundo cheio de confusão# — 6ichael& )oc' continua falando sobre o julgamento de (eus# Falou sobre isso %uandoestá)amos no 7rarat procurando pela 7rca de?o!# (isse %ue o dil*)io ha)ia sido o julgamentode (eus contra a maldade do homem# + falousobre (eus julgando Belsazar por sua maldadecom a +scrita na $arede# Tudo isso ! muitoassustador#

— 4im& ! )erdade& sis# 6uitas pessoas pensam%ue a guerra ! terrí)el# + consideram osbombardeios terroristas horrendos### e eles são#7 guerra pode causar racionamento de alimentos

em um país& o %ue gera a fome# 6uitas naçNesem desen)ol)imento nem t'm comida suficientepara seu po)o# +stima9se %ue meio milhão de



pessoas na Terra estão gra)emente desnutridas#7 fome tamb!m pode ser causada por ciclones&inundaçNes& secas& pestes& pragas agrícolas e at!tsunamis# 3imos isso há pouco na índia# Um

terremoto no mar pode causar uma onda detrinta metros# 7s pes%uisas estimam %ue hou)eum terremoto de magnitude K&2 na escala#

— Foi terrí)el= $recisei e)itar os jornais porsemanas depois disso# +ra um desgasteemocional intenso# @u)i dizer %ue as estimati)asde perdas humanas chegam a 21I mil pessoas Msis comentou#

— Q )erdade# Terremotos já mataram muitagente# @ da 4íria& em 1.I1& le)ou mais de 1milhão de )idas humanas# @ de <ausien& na-hina& em 1#S& matou 0I mil# @ grandeterremoto chileno chegou a K& na escala# (e

fato& os . maiores terremotos já registradosmataram mais de S milhNes de pessoas ao longodos anos# -ientistas afirmam %ue 01 por centodos terremotos do mundo acontecem na placatectCnica chamada 7nel de Fogo#

— $or %ue está me dizendo tudo issoO — Rá )ou e,plicar# (ei,e9me dizer s8 mais umacoisa# 7 Bíblia fala sobre guerras e rumores deguerras& fome e terremotos# + tamb!m mencionapestes# + isso não se refere apenas a danosagrícolas# nclui todo tipo de doenças# Dual )oc'acha %ue ! a maior e mais de)astadora doençade hojeO

— <3# 7 7(4# — -erto# Rá matou milhNes& especialmente na]frica# +m 6alai& calcula9se %ue %uase )inte por



— $reciso pensar em tudo isso& 6ichael# -omosabe& não tenho formação cristã# Tudo isso !muito no)o para mim#6urphy assentiu# +sta)a se apai,onando por sis&

e ela ainda não encontrara a )erdadeira f! emsua )ida# ?ão %ueria perd'9la& ou )er chegar omomento de seu encontro com (eus sem antesresol)er essa %uestão de dei,ar o -risto entrarem sua )ida#sis fechou os olhos e apoiou a cabeça no ombrode 6urphy# 4entia9se segura& confortá)el eprotegida ao lado dele# ?unca conhecera outrohomem se%uer parecido com ele#+ s e t u d o % u e e l e d i z s o b r e o f i m d o st em po s f o r ) er da de O ? ã o m e s i n top r e p a r a d a p a r a i s s o #+n%uanto sis tenta)a dormir& 6urphy fechou os

olhos e começou a orar#6urphy começa)a a cochilar %uando ou)iuBingman falar#

— 6ichael& já este)e em Bagdá antesO — Uma )ez M respondeu 6urphy& sacudindo acabeça& tentando despertar#

— -omo !O — Bem& ! uma cidade grande& com cerca de ouS milhNes de habitantes# Q o ei,o do transportepara o ra%ue# (e)e ser a cidade mais rica e maiseconomicamente s8lida da região# Lá está a sededo Banco -entral do ra%ue& e a cidade ! o centrode todas as operaçNes financeiras no país#

— 4erá perigoso para n8sO — Tal)ez& mas estaremos escoltados pelo+,!rcito& o %ue garantirá nossa proteção#



— (epois da minha e,peri'ncia na +scudo do(eserto& sei %ue a escolta militar tamb!m seráal)o do tiro inimigo#

— 4im& isso tamb!m pode acontecer# $or!m& não

creio %ue o +,!rcito nos le)ará >s áreas maisperigosas da cidade# 7lgo %ue )oc' )ai notar ! alargura das ruas# sso facilita a mo)imentaçãopela cidade#

— @ %ue achou da presença da 5uarda ?acionalem (ullesO M Bingman mudou de assunto#

— mpressionante# — 4im& creio %ue o presidente agiu certo aocon)ocar a 5uarda e fechar todas as fronteirasdos +stados Unidos# ?o entanto& acho %ue issode)eria ter sido feito antes# Q como trancar aporta arrombada#

— 7credito %ue )amos acabar descobrindo %ue

essa não ! uma decisão temporária& Will#Fronteiras fechadas podem se tornar parte danossa política nacional no futuro# @ po)o podee,igir proteção& e os políticos terão de responder#

— $ara ser honesto com )oc'& 6ichael& prefiro asfronteiras fechadas a passar o tempo todo atentopara um possí)el atentado terrorista# sso soamuito horrí)elO

— ?ão# Fronteiras fechadas podem facilitar ocontrole e gerar uma sensação de segurança#?ão há nada errado com isso#

— ?ão )amos nos tornar o país mais popular sefor dificultada a entrada de )isitantes#

— Bem& muitos po)os já não gosta)am de n8s%uando tínhamos uma política de portas abertas#

Todos apreciam nosso dinheiro e nossa



liberdade& todos %uerem )i)er a%ui& mas& aomesmo tempo& somos odiados# Q uma situaçãobem estranha#

— 4ei o %ue %uer dizer# 4e eu pensasse em me

mudar para outro país& como a "om'nia& pore,emplo& poderia me tornar cidadão local& masnunca seria um romeno# 6as %uando as pessoas)'m de outros lugares para os +stados Unidos etornam9se cidadãos& tornam9se tamb!mamericanos# 7 7m!rica ! feita de po)os de cente9nas de países %ue se misturaram a%ui# +la setornou realmente a terra dos li)res e da%ueles%ue procuram a liberdade# Q isso %ue representaa nossa +státua da Liberdade# + isso me fazsentir orgulho de ser americano#

— Tem razão& Will# Q essa fusão de culturas %uenos faz fortes# Uma das coisas %ue )ai destruir

logo a 7m!rica será %uando outros po)oschegarem a%ui e tentarem recriar suas naçNesem solo americano# +sse tipo de pluriculturalismocausará di)isão# @ presidente Theodore"oose)elt tinha fortes con)icçNes sobre essetema %uando disseJ A?ão há espaço nesse paíspara americanos hifenados### 7 *nica maneiraabsolutamente certa de le)ar essa nação > ruína&de impedir toda possibilidade de continuarmossendo uma nação& ! permitir %ue ela se torne umemaranhado de nacionalidades em disputa#A

— 7 di)isão cultural aumenta a tensão Mconcordou Bingman# M $ense no lugar para onde

estamos indo# 3eja a luta interna e a disputa pelocontrole no ra%ue# <á muita tensão entrecurdos& sunni e ,iitas# $ara %ue a democracia



funcione nessa região& eles precisam começar apensar neles mesmos como uma nação& nãocomo culturas brigando pelo poder# 7cha %uetransferir a sede das ?açNes Unidas dos +stados

Unidos para a BabilCnia ajudaria a uni9losO — Tal)ez& em curto prazo# 6as com o passar dotempo acredito %ue essa mudança ! s8 umaetapa da intenção de implantar o go)ernomundial *nico a ser comandado pelo 7nticristo# @mundo estará procurando por um líder %ueprometa guiar os países para longe das guerras edo terrorismo# $ala)ras de paz soarão muitoatraentes# 4e )oc' associá9las > esperança deerradicação da fome& da diminuição da pobreza&da proteção do ambiente& da redução dacorrupção e da implantação da harmoniauni)ersal entre os po)os### bem& ele pode

con%uistar o mundo com essa mensagem# — Tem razão& 6ichael# Fico me perguntandocomo nos encai,amos nesse panorama#

— 7cho %ue nosso papel ! tentar dar o alertasobre o julgamento futuro e espalhar a boa9no)ade %ue (eus nos deu uma solução para osproblemas do mundo por interm!dio de Resus# +le! o *nico %ue pode nos conduzir > paz com (euse > harmonia com nossos semelhantes# ?ão o7nticristo# 3i)emos em tempos de grandeagitação& Will& e acho %ue ela )ai se tornar aindamaior %uando nos apro,imarmos mais e mais de4eu retorno#

<ou)e sil'ncio por algum tempo en%uanto osdois homens pensa)am nos pr8prios pap!is e



responsabilidades# $or fim& 6urphy rompeu osil'ncio#

— Will& me conte um pouco sobre )oc'O TemfilhosO

— 4im& tenho tr's# (uas meninas e um menino#7mber& minha filha mais )elha& está terminandoa faculdade# $retende lecionar ingl's# 7my estáno segundo ano de psicologia# 7dam está no*ltimo ano do col!gio# 7cho %ue ele ainda nãotem id!ia do %ue gostaria de fazer& e,ceto jogarfutebol# 6as eu tamb!m não sabia o %ue %ueriafazer %uando esta)a concluindo o col!gio#

— 4ua família de)e ser mara)ilhosa# Tem algumafotoOBingman sorriu e apanhou alguns retratos dacarteira#

— +sta ! 7rlene& minha esposa M disse ele#

— ?ão tenho nenhuma d*)ida de %ue (eus oabençoou M comentou 6urphy& en%uanto olha)aas fotografias#

— 4im& no final das contas& o %ue realmenteimporta ! nosso relacionamento com (eus enossa família# ?ão gosto de ficar longe deles&mas minha esposa sabe %uanto aprecio uma boaa)entura# + esta ! a )iagem da minha )ida= Me,clamou Bingman#

— 4im& creio %ue encontraremos muita agitaçãoem Bagdá# $ortanto& )amos apro)eitar o )oo edescansar o má,imo %ue pudermos#Bingman assentiu e se ajeitou na poltrona&

fechando os olhos#



6urphy tamb!m mante)e os olhos fechados&mas pegar no sono era difícil# ?ão conseguia seli)rar da crescente apreensão %ue o incomoda)a#

CIN5UENTA E TR;S@ 4@6 (@ piloto falando pelo alto9falante acordousis# +la olhou para 6urphy& %ue lia a Bíblia#+le a fitou e sorriu#

— $arece %ue conseguiu dormir bem# — 4im& mas ainda me sinto cansada# — $or%ue dormiu sentada# ?ão ! como ter umaboa e rela,ante noite de sono na cama#sis pensou %ue não tinha importncia se esta)aou não cansada& por%ue tinha 6urphy a seulado### e o teria por duas semanas# +star pertodele era suficiente para fazer seu coração bater

mais depressa# =ico me perguntando se e1istealguma c(ance de ele sentir o mesmo.Duando o a)ião pousou& sis foi empurrada de)olta > realidade# $ela janela& era possí)el )er os

jatos da Força 7!rea americana& helic8pteros eoutros )eículos militares#

6urphy& sis e Bingman ficaram surpresos com a%uantidade de pessoas embarcando edesembarcando no aeroporto de Bagdá#

— ?ão sei o %ue espera)a M confessou BingmanM& mas esse ! um local bem mo)imentado# Q tãocheio %uanto %ual%uer aeroporto dos +stadosUnidos#

— +,ceto pela intensa mo)imentação militar epela segurança reforçada M disse sis# M Q



estranho& mas todas essas tropas me fazemsentir insegura#+la ainda esta)a concluindo a frase %uando umcapitão da 6arinha americana apro,imou9se# +le

)estia uniforme e tinha duas di)isas nos ombros#+ era acompanhado por dois jo)ens soldadosportando rifles#

— Q o (r# 6urphyO — 4im# + estes são a (ra# sis 6c(onald e o (r#Wildred Bingman#@ capitão apertou a mão de todos#

— 4ou o capitão 6ichael (raHe& sob o comandodo coronel (a)is& da base americana naBabilCnia# +le me pediu %ue os acompanhasse#3ou orientá9los na passagem pela alfndega edepois recolheremos sua bagagem# +spero %ueminha ajuda possa acelerar um pouco o

procedimento# "eser)amos %uartos em um hotelna _ona 3erde# 7 região ! mais segura eprotegida# 6uitos jornalistas e outros dignitáriosse hospedam lá# ?ão partiremos para a BabilCniaantes de dois dias# 3amos integrar um comboio%ue parte na%uela direção# 4erá mais seguroassim#

— -apitão (raHe& )amos encontrar um amigoegípcio em Bagdá# @ nome dele ! Rassim 7mram#+le )iajará conosco para a BabilCnia# 7cha %ueele conseguirá entrar na _ona 3erdeO Mperguntou 6urphy# M (o contrário& podemosencontrá9lo fora da área#

— "eceio %ue não seja possí)el& senhor# Ti)emosrecentemente di)ersos bombardeios& e asegurança foi reforçada# 4e ele )ai )iajar



conosco& teremos de encontrá9lo fora da _ona3erde# -om relação a esta& )ai poder entrar esair& por!m& uma )ez fora dela& não estará maissob a proteção do +,!rcito americano& e em

alguns trechos de Bagdá seria perigoso demais)iajar sozinho# — 7gradeço pelo conselho# 3amos nos lembrardisso#6urphy& sis e Bingman esta)am do lado de forado posto de )erificação da _ona 3erde %uando osol já se punha# <a)ia sido um dia muito %uente&e eles puderam nadar e rela,ar depois da longa)iagem do dia anterior# Rassim 7mram chegounum )elho 6ercedes#

— 6ichael& ! muito bom )'9lo#7mram usa)a o habitual terno branco& %uependia solto de seu corpo magro# 7 risada

melíflua ecoou %uando ele abraçou 6urphy#(epois& ele se )irou para sis e sorriu# — + a adorá)el (ra# 6c(onald# M 7mram segurousua mão e beijou#Bingman estendeu a mão#

— 4ou Wilfred Bingman# Q um prazer conhec'9lo# — Bem& )amos em frente# ?ão podemos ficar a%uiparados# +scolhi um bom restaurante para hoje >noite& e lá poderemos discutir a no)a a)entura#

— Rassim& tem certeza de %ue podemos nosafastar da _ona 3erdeO 3oc' sabe %ue seremosnotados por sermos diferentes# +specialmentesis com seu cabelo )ermelho M perguntou

6urphy& preocupado#7mram acenou com a mão#



— 6ichael& não tem problema# 7 área %ue escolhi! muito segura& e a comida %ue o restauranteser)e ! e,celente#@s homens discutiam compenetrados a +scrita

na $arede %uando sis começou a olhar em )olta&a)aliando o restaurante# (urante a maior parteda noite ela se sentira desconfortá)el# 4abia %uemuitos homens a obser)a)am# -obrira a cabeçacom a echarpe e usa)a blusa de mangas longas&mas& ainda assim& destaca)a9se no local# 7spoucas mulheres no restaurante olha)am paraela e faziam comentários# 7 e,peri'ncia eraener)ante#4 8 p r e c i s o r e l a , a r & ela pensou. R a ss imd i s s e % u e e r a s e g u r o #Duando olhou em )olta& ela percebeu o olhar deum árabe %ue comia sozinho sentado perto dali#

+le des)iou os olhos imediatamente# sis te)e aimpressão de ter )isto algo em seu pescoço# UmatatuagemO4 e r i a p o s s í ) e l O + l e t e m n o p e s c o ç ou m a t a t u a g e m d e u m a l u a c r e s c e n t ec o m a s p o n t as ) i r a da s p a r a b a i , o & eu m a e s t r e l a s o b e l a =sis agarrou a mão de 6urphy sob a mesa# +lesentiu %ue ha)ia algo de errado pela firmeza e aurg'ncia do contato#6urphy olhou para sis& en%uanto Bingman e7mram continuaram con)ersando# sis olha)a nadireção de um homem %ue se le)anta)a e

dei,a)a sua mesa& e ela parecia assustada#+la se inclinou e sussurrouJ



— 3iu a tatuagemO @ crescente in)ertido sobre aestrela na lateral do pescoço#

— Tem certezaO -omo um dos homens de Talonnos encontrou a%uiO M espantou9se 6urphy#

— Bem& está ficando tarde M dizia 7mram# M$reciso le)á9los de )olta > _ona 3erde# @+,!rcito faz re)istas se)eras em %ual%uer pessoa%ue se apro,ime da área depois das 1Ih danoite#7mram mencionou a +scrita na $arede %uandoeles saíam do restaurante# +n)ol)idos nacon)ersa& nem se%uer notaram um )eículoescuro %ue se apro,ima)a de)agar#7o primeiro som dos tiros& 6urphy jogou sis nochão e a cobriu com o pr8prio corpo# 7mram eBingman tamb!m se jogaram no chão %uando asbalas cra)ejaram a parede e estilhaçaram a )i9

draça do restaurante#+ntão& 6urphy se le)antou& pu,ando sis com ele# — -orram= M gritou ele& seguindo para a alamedaescura ao lado do restaurante& arrastando siscom ele# 7mram e Bingman tamb!m esta)am dep! e corriam# 7timo! $enhum de n*s foi atingido.6urphy ou)iu o som dos pneus no asfalto atrásdeles# Duem ha)ia atirado contra eles )olta)apelo mesmo caminho# +n%uanto corria pelaalameda& notou uma abertura para um pátio >es%uerda# 7 passagem era estreita demais paraum carro# @s perseguidores teriam de seguir ap!# 6urphy passou pela abertura& acenando para

%ue os outros o seguissem& depois atra)essou opátio correndo& passando para outra alameda#+les seguiam de )iela em )iela& correndo em



ziguezague& atra)essando pátios& tentandoescapar# Logo entraram em uma pe%uena ruaonde ha)ia algumas lojas e restaurantes#

— $or ali= M gritou 7mram#

7tra)essaram a rua e entraram em um pe%uenorestaurante& respirando com dificuldade# Todosolharam para a porta %uando eles entraram# @grupo tenta)a andar de maneira naturalen%uanto se dirigia a uma mesa no fundo& masera 8b)io %ue esta)am deslocados ali# @lhosescuros os seguiam& atentos aos tr's rostos bran9cos# 7mericanos nunca fre%uenta)am a%uelelocal M especialmente uma mulher americana depele clara e cabelos )ermelhos#

Todos sabiam %ue eles esta)am com problemas#<a)ia algu!m ali em %uem podiam confiarO6urphy& sis& Bingman e 7mram olharam para as

pessoas %ue os encara)am# Um homem bai,o eforte apro,imou9se de 7mram e disse algo emárabe#

— @ homem diz %ue de)emos acompanhá9lo Mtraduziu 7mram#@ homem os le)ou atra)!s da cozinha& para umaalameda al!m da porta dos fundos#+le os esta)a ajudando a fugir# Tal)ez as pessoasno restaurante não dissessem nada sobre teremestado ali# $recisa)am arriscar#@ grupo caminhou depressa por muitas outras)ielas e alamedas at! encontrar um lugar paradescansar#

— Lamento pelo %ue aconteceu M manifestou9se7mram# M ?ão entendo por %ue fomos atacados=



3ou buscar o carro e )oltarei a%ui para pegar)oc's# Fi%uem a%ui# 3olto assim %ue puder#

— Tome cuidado& Rassim# @s homens ainda estãopor perto# 3amos ficar escondidos a%ui

esperando por )oc' M disse 6urphy#7p8s dez minutos& 6urphy& sis e Bingmanou)iram passos se apro,imando pela alameda#Ficaram paralisados esperando& protegidos pelassombras# Tremendo& sis agarrou9se ao braço de6urphy#Duatro homens se apro,imaram& reduziram a)elocidade dos passos e finalmente pararamdiante da porta onde os americanos esta)amescondidos# Um deles acendeu um cigarro# -oma luz tr'mula do is%ueiro& 6urphy percebeu %ueum deles carrega)a uma pistola automática&outros dois porta)am duas facas e o %uarto tinha

uma esp!cie de porrete# + a luz tamb!m permitiu%ue fossem )istos pelos árabes#@ %ue esta)a armado gritou& acenando para %uesaíssem do esconderijo# 6urphy& sis e Bingmanse adiantaram#@s %uatro homens começaram a discutir emárabe# sis traduzia em )oz bai,a#

— @ mais alto& a%uele com a faca& diz %ue elesde)eriam nos matar a%ui mesmo# @ da pistola seopNe# +le acha %ue de)emos ser le)ados ao líder&e ele decidirá# @ mais pesado& o %ue tem a outrafaca& defende decapitação imediata# @ pe%uenosugere %ue se di)irtam comigo antes de me

matar#6urphy olhou para Bingman# 4eus olhos seencontraram rapidamente& e Bingman assentiu



discretamente# 6urphy sabia %ue era melhor agiren%uanto os árabes discutiam# +le atacou ohomem da pistola automática# Duando deu oprimeiro passo& o homem começou a erguer a

arma# 7 mão es%uerda de 6urphy atingiu o canode metal no instante do primeiro disparo&des)iando a bala#6urphy girou no lugar& le)antando o coto)elodireito e atingindo a t'mpora do atirador# +lecaiu& inconsciente#Bingman cuida)a do grandalhão com a faca& %ue

já se lança)a para a frente# Bingman deu umpasso para o lado& tirou o palet8 e o enrolou nobraço es%uerdo como proteção# @ árabe atacouuma segunda )ez& buscando agora o rosto doinimigo#Bingman blo%ueou a faca com o braço protegido

pelo palet8& en%uanto enterra)a o punho direitono diafragma do atacante# +m seguida& le)antouo joelho& fraturando o nariz do oponente e esti9lhaçando o osso da face# +sse esta)a fora decombate#sis decidiu enfrentar o pe%uenino com o porreteM o %ue ha)ia sugerido se di)ertir com ela#Duando começou se apro,imar& ele le)antou oporrete acima da cabeça e gritouJ

— 6eretriz branca=sis se jogou no chão como se buscasse chegar >base em um jogo de beisebol# -om o p!le)antado& escorregou pelo chão e o acertou

entre as pernas com um chute )iolento# @homem soltou a arma& rolando pelo chão egritando de dor#



sis pegou o porrete& e já se prepara)a paraacertar o árabe %uando Bingman a segurou pelobraço#

— $ermita9me M disse ele& acertando o rosto do

sujeito com um murro#+n%uanto isso& 6urphy enfrenta)a o árabe altocom a outra faca# +le ha)ia se abai,ado edescre)ia um mo)imento largo com uma daspernas& acertando os p!s do oponente# @ árabedesmoronou# +le se le)antou de um salto e pisoucom o calcanhar na mão %ue empunha)a a faca#@ árabe gritou %uando seus dedos foram%uebrados# 6urphy pegou a faca& ajoelhou9se eencostou a lmina na garganta do desconhecido#<a)ia um crescente in)ertido tatuado no pescoçodele#

— Duem mandou )oc'sO $ara %uem trabalhamO

M gritou 6urphy#sis traduziu# @ homem gemia segurando osdedos fraturados#sis repetiu a pergunta en%uanto 6urphypressiona)a a lmina contra sua garganta&cortando a pele e arrancando do ferimento umfilete de sangue#Finalmente& o árabe falouJ

— @ homem com dedo de lmina os %uer mortosM sis traduziu# M +le diz %ue as pessoas para%uem trabalha %uerem %ue )oc' seja eliminado#

— Due pessoasO (e %uem está falandoO M gritou6urphy& mantendo a faca no ferimento#

— @s 4ete M sis traduziu a resposta# — @s %uemO Duem são os 4eteO



7ssim %ue ela traduziu essa no)a pergunta& umae,pressão de absoluto terror surgiu no rosto dohomem# 6urphy compreendeu %ue ele morreria&mas não re)elaria o segredo# +le jogou a faca

longe e desferiu um soco no peito do árabe&dei,ando9o inconsciente#Bingman recolheu as armas& tirou o pente debalas da automática e jogou tudo por cima domuro# +le arremessou o pente na direção oposta&tão longe %uanto foi possí)el#6urphy correu para sis& %ue esta)a arfante etr'mula# 6as ela não parecia sentir medo# +racomo um tigre sel)agem esperando por suapr8,ima )ítima# +le a abraçou#

— Tudo bemO — 7gora sim M sussurrou sis& abraçando9o comforça#

6urphy tenta)a processar tudo %ue ha)ia sidodito# @ homemc om d ed o d e l m in a M o b) ia me nt e

T a l o n M t r a b a l h a p a r a u m g r u p o d ep e s s o a s % u e t e m p o r n o m e o s 4 e t e # # #+ e s s a s p e s s o a s o % u er i a m m o r t o #$ o r % u ' ODuando Rassim 7mram )oltou& ele )iu de longe oscorpos caídos na alameda# <a)ia tr's pessoasem p!# +las se )iraram e olharam para os far8isdo carro# 7mram sorriu ali)iado ao reconhecer osamigos americanos#



CIN5UENTA E 5UATRO

4 T+$<7?+ Z @37-4 "+4$"@U fundo antes de abrira porta# (irigia9se a outra& pro)a)elmente

infrutífera& entre)ista de emprego# =or ça' garota.,ontrole-se. E sorria. Tal)ez ti)esse mais sorte dessa )ez# 7final&conhecia -arlton 6orris ha)ia anos#Zo)acs pegou um e,emplar da ?eYsYee@ esentou9se& esperando pela entre)ista# ,incorecusas s esta semana. ?ão ten(o muitasoutras opç8es' pensou desanimada#+sta)a na metade de um artigo sobre terrorismo%uando a porta da sala se abriu#

— 4tephanie Zo)acs& como tem passadoO Me,clamou 6orris& sorridente#-om os 8culos na ponta do nariz& os cabelos

brancos e encaracolados& e o sorriso largo& elelembra)a $apai9?oel sem barba#

— @brigada por me receber& -arlton M respondeuZo)acs& s8bria#7 con)ersa sobre amenidades não durou muitotempo# 6orris logo percebeu %uanto Zo)acs

esta)a perturbada# — -arlton& preciso de ajuda M disse ela# M +stoudesempregada e pensei %ue )oc' poderia teralguma )aga para mim a%ui na Fo, ?es#

— 4im& ou)i dizer %ue )oc' não trabalha maispara a Barring9 ton -ommunications# @srumores### M +le parou e sorriu solidário& depois

fitou os olhos de Zo)acs# M 4tephanie& há%uantos anos somos amigosO



— Treze& mais ou menos# — -omo seu amigo preciso ser completamentehonesto com )oc'# $arece %ue Barrington andoufechando algumas portas# ?a semana passada& o

presidente da empresa me chamou na sala delepara dizer %ue& caso )oc' aparecesse por a%ui&eu de)eria dizer %ue não temos )agas# 6inhasmãos estão atadas# -om toda honestidade& )oc'foi )etada# ?ão )ai conseguir trabalhar em lugarnenhum da -osta Leste ou @este# Tal)ezencontre um trabalho no boletim do tempo emalguma cidadezinha do 6eio9@este& mas du)ido#4hane Barrington decidiu acabar com )oc'# 4intomuito#Zo)acs ficou ali sentada em sil'ncio por umminuto# Temia %ue algo assim acontecesse%uando dei,asse Barrington# (e %ual%uer forma&

tinha de tentar trabalhar na profissão %ueama)a& fazendo o trabalho em %ue eracompetente#

— +ntendo& -arlton# 3oc' não pode fazer nada#6as ! desanimador& por%ue### bem& não gostariade ter de mudar de área#

— Lamento muito& meu bem# 5ostaria de poderfazer alguma coisa#Zo)acs ti)era muita dificuldade para dormir#<a)ia se )irado de um lado para o outro na camapor horas& preocupada com seu futuro& at! %ue&finalmente& o alí)io do sono chegara#6as& de repente& ela abriu os olhos e prendeu a

respiração# Todos os sentidos esta)am em alerta#&ue barul(o fora aquele* Por quanto tempoesti#e dormindo* +la ou)ia& respirando



sua)emente# Tudo esta)a %uieto# @ rel8giodigital marca)a .h2I da manhã#+la pensou ter ou)ido um estalo de uma tábuado piso de madeira da sala de estar# 6as agora

tudo esta)a em sil'ncio# ?ão tem ninguém aqui.5ranquei todas as portas e janelas. 9e#e ter sidos um pesadelo.+la permaneceu deitada e %uieta por mais dezminutos& ou)indo com atenção& mas não ha)ianada# &e eu n%o for verificar, n%o vou conseguir dormir.-om todo cuidado e em sil'ncio& ela se sentou nacama e abriu a ga)eta do criado9mudo& de ondetirou uma automática 2.#Zo)acs caminhou na ponta dos p!s at! a portado %uarto& %ue esta)a aberta& inclinou9se e olhoupara a sala de estar# ?ada# Tudo esta)a )azio e%uieto# -autelosa& atra)essou a sala para ir at! a

janela de onde podia )er a cidade# (epois deabrir a persiana& )iu algumas luzes no edifício dooutro lado da rua# ?ão ha)ia tráfego nem mo9)imento de pedestres#U m a , í c a r a d e c h o c o l a t e % u e n t e ) a im e a j u d a r a ) o l t a r a d o r m i r #+la entrou na cozinha e olhou em )olta# ?ada dee,traordinário ali# Isso é bobagem' disse a simesma#Zo)acs dei,ou a arma sobre a mesa e caminhouat! a despensa# 7p8s um momento de hesitação&)oltou para pegar a pistola# 48 então abriu aporta da despensa# ?ão sabia o %ue esperarJ a

despensa )azia ou algu!m escondido lá dentro&na escuridãoO



Duando abriu a porta& a )assoura caiu# Zo)acs%uase atirou numa resposta instinti)a& ecomeçou a rir# +la pegou o chocolate em p8 naprateleira alta& dei,ou a arma sobre o balcão e

foi a%uecer a água# +n%uanto espera)a& sentou9se > mesa pensandoJ 6 que #ou fazer comrelação ao trabal(o*+la não ou)iu nada# ?enhum ruído# Tudo %uesentiu foi a mão enlu)ada cobrindo sua boca e obraço em torno do pescoço& apertando esufocando# 7 cabeça e a boca do atacanteesta)am do lado es%uerdo dela& encostadas emsua orelha#

— +u não esta)a na sala ou na cozinha& 4tephanieM disse a )oz masculina# M Rá ha)ia estado emseu %uarto antes de )oc' acordar# + )oc' passoupor mim no escuro# 4urpresa#

Zo)acs esta)a apa)orada#D u e m ! e l e O @ % u e % u e r O — 3ou soltar )oc'& mas precisa prometer %ue não)ai gritar# 4e tentar gritar& )ai ser o *ltimo som%ue )ai emitir# +ntendeuOZo)acs mo)eu a cabeça em sentido afirmati)o#?ão reconhecia a%uela )oz# ?ão ha)ia nelanenhum traço de emoção# +le a solta)a de)agar#4tephanie olha)a para a pistola sobre o balcão#!er que consigo distraí-lo e pegar a arma*

— 3ire9se M disse a )oz#Zo)acs se )irou e )iu o homem de rosto muitopálido& com bigode perfeitamente aparado e

olhos )azios %ue a fizeram estremecer# +le eramagro& mas não ha)ia d*)ida de %ue erae,tremamente forte#



— Duem ! )oc' e o %ue %uerO M conseguiuperguntar#Um sorriso lento distendeu os lábios finos#

— 6uito corajosa# 6eu nome ! Talon#

+le a encara)a e lembra)a a primeira )ez em %ue)ira a animada rep8rter# <a)ia sido na tele)isão#+la fala)a do Dueens& em ?o)a [orH&descre)endo como a polícia encontrara a casa domentor de um ata%ue contra a @?U#5alon rira enquanto assistia ao jornal. +ssam u l h e r ! m u i t o b o a & pensara. + l a p o d et er m a i s á gu a g e l a d a n a s ) e i a s d o% u e s e u c h e f e & B a r r i n g t o n #+ agora eles se encontra)am& frente a frente#

— Tem sido muito corajosa ao reportar asnotícias& mas não muito inteligente# + meuspatrNes acham %ue está con)i)endo demais com

o (r# 6ichael 6urphy# 5rampeamos seu telefonedesde %ue se desligou de 4hane Barrington# — @ %ue o (r# 6urphy tem a )er com tudo issoO — 3oc' gosta de relatar os fatos em seuscomentários# 3ou tentar ser igualmente direto#3oc' se tornou um )azamento de segurançapara o 4r# Barrington# ?ão podemos tolerar suafalta de lealdade# 3oc' se comunicou com o (r#6urphy pela *ltima )ez#4tephanie sentiu %ue esta)a seriamenteencrencada#

— +spero %ue entenda& 4rta# Zo)acs& %ue não !nada di)ertido ficar atrás das pessoas e sufocá9

las at! a morte# 7 menos& ! claro& %ue haja umespelho na frente da )ítima# @ )erdadeiro prazerestá em olhar os olhos da )ítima en%uanto ela



morre# 7ssim ! possí)el apreciar todo o terror esofrimento %ue se estampa no rosto de algu!m%ue sabe %ue se despede da )ida# @ esforçopassa a )aler a pena#

Zo)acs ha)ia estado em muitas situaçNes difíceiscomo rep8rter& mas nada parecido com o %ue)i)ia agora# @ homem esta)a falando s!rio# 4e%ueria ter alguma chance de sobre)i)er&precisa)a pegar a arma# +ra sua *nica chance#

Talon sentiu %ue ela prepara)a os m*sculos paraentrar em ação# 7s mãos dele seguraram opescoço delicado# +le a le)antou at! a altura dosolhos e começou a apertar# Zo)acs não tinhaforça para tentar lutar# +le espremia a )ida parafora de seu corpo# Duando já se sentiamergulhando na inconsci'ncia& os dedos seafrou,aram em seu pescoço e ela começou a

tossir#+ntão& Talon agarrou seu cabelo com a mãoes%uerda e pu,ou a cabeça para trás# 7o mesmotempo& ele usou os dentes para tirar a lu)a damão direita& e,ibindo o dedo artificial com a pon9ta de lmina# +speraria 4tephanie abrir os olhospara cortar sua garganta#

— 4r# Barrington= 4r# Barrington= 3iu o *ltimoboletim de notíciasO

— gritou 6elissa& ao entrar >s pressas na saladele#Barrington não gosta)a de ser interrompidoen%uanto planeja)a sua agenda matinal#

— (o %ue está falando& 6elissaO M perguntou ele&carrancudo#



— 3ou ligar a tele)isão para %ue )eja com seuspr8prios olhos

— respondeu 6elissa& já a caminho do aparelho# — 6arH <adley& ao )i)o para a B??# +stou do lado

de fora do pr!dio de apartamentos onde residia4tephanie Zo)acs& rep8rter& e,9colaboradora daBarrington -ommunications# 7parentemente& elafoi assassinada essa madrugada por um atacantede identidade desconhecida# 7t! agora s8 temosalgumas informaçNes imprecisas& mas o %ue sediz ! %ue ela te)e a garganta cortada# 7 políciaestá con)ersando com os moradores do edifício#3oltaremos com mais informaçNes no jornal dasSh# 6arH <adley& ao )i)o& informando comgrande pesar a morte de uma de nossas e,9colegas na B??#Barrington olha)a chocado para a tela da

tele)isão# 7 secretária sabia %ue era melhor nãodizer nada# +m sil'ncio& ela desligou o aparelho esaiu da sala#Barrington ficou olhando para o espaço&totalmente confuso# Uma onda de culpa oin)adiu# +ra impossí)el não lembrar os bonstempos %ue )i)era com 4tephanie# <á poucotempo começara a perceber %ue gosta)a muitodela### tal)ez at! a amasse# 7 dor o atingiu comoum soco no peito %uando pensou no *ltimoencontro& em como a ha)ia espancado e jogadoas malas contra ela# +le cobriu o rosto com asmãos# <a)ia destruído suas chances profissionais

no jornalismo& dei,ando9a sozinha e semperspecti)as# Tomar conhecimento de %ue a



— Q& isso acontece com %uem )ai lutar tarde danoite em alamedas escuras M 6urphyconcordou& rindo# M Tamb!m estou dolorido# 7prop8sito& fi%uei impressionado como )oc' lutou

ontem > noite# + estou feliz por nada de maiss!rio ter acontecido# ?ão %uero perder )oc'#sis olhou para ele e sorriu# +ra o tipo de sorriso%ue faria %ual%uer homem derreter#Duando os tr's <ummers passaram pela cabineda segurança na _ona 3erde& 6urphy )iu 7mramem p! em um canto& perto de sua bagagem#

— -apitão (raHe& a%uele ! o amigo egípcio %uemencionei& o 4r# 7mram# 7%uele de terno branco#

— Trou,e uniforme e e%uipamento de segurançapara ele tamb!m# 4eu amigo poderá se trocar%uando alcançarmos o comboio %ue )ai para aBabilCnia# Todos os )eículos seguirão um Buffalo#

— 3amos seguir um animalO M espantou9se sis# — ?ão& senhora M riu o capitão (raHe# M +stoufalando sobre um +6+#

— Um### +6+O — 4im& um )eículo militar para eliminação dee,plosi)os# Q um )eículo especial blindado epesado %ue pode suportar a e,plosão de minas ebombardeios na estrada#

— 7cha %ue )amos passar por bombardeios nocaminhoO M sis não conseguia esconder aansiedade#

— +spero %ue não# @ Buffalo foi projetado paraseguir na frente das tropas e limpar o caminho#

+spere s8 at! )'9lo# 4ão /& metros decomprimento e %uase .&0I metros de altura# +le! recoberto por blindagem dos dois lados e no



topo# + tamb!m tem uma camada blindada nabase& onde pode ocorrer uma e,plosão# 4ão tr'sei,os& seis pneus especiais& e o )eículo podecontinuar em mo)imento mesmo com os pneus

danificados# — 7s e,plosNes não pNem em risco a )ida domotoristaO M perguntou sis#

— ?a )erdade& há mais %ue um motorista# UmBuffalo pode transportar at! dez soldados# 7t!hoje& ningu!m sofreu ferimentos s!rios# $or seralto& por se locomo)er bem afastado do chão& ae,plosão se dispersa para os lados# Ps )ezes& aparte dianteira ! le)antada pelo impacto# @s %ue)iajam dentro dele dizem %ue dirigi9lo ! umae,peri'ncia *nica& especialmente %uandopassam por cima de alguma mina e seguem emfrente ap8s a e,plosão#

— Rá ou)i falar sobre esses )eículos M disse6urphy# M +les não possuem uma esp!cie debraço %ue pode ca)ar o soloO

— 4im& senhor# +sse braço ! chamado de garfo# Quma ala)anca hidráulica operada por controleremoto# @ braço termina numa esp!cie deancinho %ue incorpora uma cmara de )ídeo#+sse ancinho ! comandado por um joysticH %uepermite controle preciso# Ps )ezes& um dessesbraços ! arrancado em uma e,plosão# 6as elespodem ser reparados& em geral num período deE0 a /. horas#

— $elo menos não há homens perdendo a )ida# — 4im& senhor# 4e olhar lá adiante& ! possí)el )ero Buffalo começando a se mo)er na frente docomboio# Duando esti)ermos na BabilCnia&



poderão conhec'9lo por dentro e at! andar nele&se %uiserem#6urphy olhou para Bingman& %ue pareciamergulhado em pensamentos#

— +m %ue está pensando& WillO — ?o ra%ue& e em como o islamismo representaum papel importante na política e na )ida diáriadesse po)o# @ %ue achaO

— 7cho %ue a f! sempre representa um papelimportante# +stima9se %ue uma em cada cincopessoas em todo o mundo ! muçulmana# Q umadas religiNes de crescimento mais rápido na

Terra M e,plicou 6urphy# M @s muçulmanos sãounidos pelo 4hahadah& a profissão de f!# Todosacreditam %ue não há (eus al!m de 7lá& e %ue6aom! ! 4eu profeta# +les tamb!m são unidos%uando constroem suas mes%uitas& todas com a

frente )oltada para 6eca# (epois disso& dei,amde ser homog'neos# 4uas práticas diárias ecrenças filos8ficas )ariam em pontos distintos domundo#

— + essa con)ersa sobre uma ji(ad. Dual osignificadoO M perguntou Bingman#

— Bem& o significado árabe da pala)ra ! Aesforçoe,ercidoA# Duer dizer fazer um esforço paramudar a si mesmo para melhor# Tamb!m podesignificar enfrentar fisicamente ou combateropressores& se for necessário# +sta *ltimadefinição ! a %ue causa toda a comoção# ?ão !s8 lutar contra um e,!rcito de ocupação& mas

contra o %ue se percebe como injustiça eoposição > f!# 6aom! sugeriu a seus seguidoresJA?ão obedeçam aos cafres M a%ueles %ue rejei9



tam a )erdade M& mas tra)em a ji(ad com o-orão contra eles#A +sse ! o conceito %uepreocupa muitos ocidentais#

— 6as isso não significa %ue& se não acredito no

%ue eles ditam& eles me %uerem mortoO — 7lguns membros da f! islmica sugerem essesentido# +les se consideram tra)ando umaAguerra santaA contra incr!dulos# @u)i relatos demuitos homens %ue atendem ao chamado da

ji(ad. $or e,emplo& muitos homens dei,aramsuas casas e foram lutar no 7feganistão& nora%ue e em muitos outros lugares#

— Todos os muçulmanos pensam da mesmamaneiraO

— ?ão& mas e,tremistas e terroristas tomaram otermo ji(ad e o utilizaram como um clamor paraeclosão de guerras contra todos %ue não

compartilhem de sua f! e de suas crenças# +ssaspessoas distorcem o significado árabe original deAlutar apenas contra a%ueles %ue lutam contra)oc'A para justificar o terrorismo contra criançase ci)is inocentes# +les deturpam o te,to e o usamem causas pr8prias M concluiu 6urphy& s!rio#

— Q assustador# Fico me perguntando %uantos sesentem assim#

— ?ingu!m sabe ao certo# @ problema se tornamaior sempre %ue os líderes muçulmanosdei,am de condenar ati)idades terroristas# @sil'ncio dos líderes dá a impressão de %ue elespodem apro)ar essas ati)idades# sso não ajuda

em nada a causa islmica# — 4im& isso ! algo %ue tamb!m me incomoda#Duando passo por uma mes%uita& fico me



perguntando o %ue fazem lá dentro# $lanejam a%ueda dos +stados UnidosO Duerem destruirminha famíliaO

— 6uitos muçulmanos não pensam dessa

maneira& Will M e,plicou 6urphy# M 4ão pessoas%ue amam os +stados Unidos e apoiam seudesen)ol)imento& mas o @cidente& de maneirageral& não sabe disso# ?ão sabem ao certo em%uem podem confiar# +ssa falta de confiança criadesarmonia entre os grupos# Faz muçulmanos seafastarem de não muçulmanos e )ice9)ersa# ssopode ter um efeito de)astador e de alcancemundial# + um confronto filos8fico de sociedadese crenças# +sse tipo de embate e desconfiançapode dar origem > guerra# +,atamente comoestá acontecendo a%ui no ra%ue#7 con)ersa foi interrompida pelo estrondo de

uma e,plosão& uma bola de fogo e uma colunade fumaça negra# @ <ummer parourepentinamente# @ Buffalo na frente do comboiofoi erguido do chão e caiu com um sola)ancoimpressionante#4oldados desciam de seus )eículos com as armasprontas# <ou)e gritaria& e os )eículos foramreposicionados para o caso de troca de tiros#@ capitão (raHe foi o primeiro a falar#

— Bem& esse ! um bom e,emplo do %ue o Buffalopode fazer# Tal)ez pudesse ter uma bomba nocarro da frente#Fala)a como se a%uele fosse um e)ento diário&

casual# @ Buffalo recuou& afastando9se do infernode chamas& parou por um momento& depoisa)ançou& erguendo o autom8)el do chão# 7p8s



dei,ar o carro em chamas na lateral da estrada&ele seguiu em frente para BabilCnia#4oldados )oltaram a seus <ummers& e o comboioseguiu em frente#

— (e)e ser necessário um soldado especial paradirigir um desses Buffalos M disse 6urphy#9 4im senhor# +les são fuzileiros muito especiais#7mam o trabalho e esperam ansiosos por cadadia de no)as a)enturas# ?8s os consideramosher8is# +les arriscam a )ida para sal)ar a nossa#

CIN5UENTA E SEIS

U1 !OS 454S rolou e dei,ou cair umapata sobre a perna de (aniel# +leacordou imediatamente& mas precisou deum instante para organizar os

pensamentos# <a)ia %uase es%uecido%ue esta)a em uma co)a de leNes# @peso da pata sobre sua perna o t rou,ede )olta > real idade#(e)agar e com grande genti leza eleafastou a pata e sor r iu # ? ingu!m ter ia

acreditado nessa hist8ria# ?ingu!m jamais ha)ia sido jogado para os leNes esobre)i)ido para contar sua hist8ria#+ le pensou em out ro momento em %ueacordara assustado# Fora %uando agrande c idade de Babi lCnia caíra sob ose,!rcitos de 7zzam e Rahar# -hegara

em casa e caíra num sono agitado depois



de interpretar a +scrita na $arede nopalácio de Belsazar#(e repente& soldados in)adiram sua casaportando tochas& empunhando espadas#

+les correram para sua cama ao )'9lo sesentar # 7 ponta de uma espada tocouseu pei to# Um soldado apro, imou umatocha de seu rosto# +le disse algumacoisa& e outro soldado reco lheu aespada# (epois& )ascu lharam a casa epartiram tão rapidamente %uanto ha)iamchegado# (aniel não sabia o %ueprocura)am# @b)iamente& acredi ta)am%ue ele era )elho demais pararepresentar algum perigo#M Zass im& já e,per imentou o ) inho %ueserá ser)ido ao rei essa noi teO M

perguntou Tamir# — ?ão& e le fo i para a cama sem )inho oucomida# 6andou %ue todos saíssem& at!os art istas# + parecia muito doente#

— @ rei está enfermoO — ?ão& não me refiro a esse t ipo dedoença# + le parecia tr iste e zangado aomesmo tempo# Fi%uei ou)indo do lado defora da porta por algum tempo# +legemia e grunhia& falando sozinho#

— Dual ! o problema& af inalO — 7cho %ue ele está re)oltado com adecisão de jogar o )elho hebreu na co)a

dos leNes# $arecia muito agitado# F i%ueatento& Tamir # ?ão cometa nenhum erro



na coz inha# + le pode descontar a f* riaem )oc'#

Todos os leNes se le)antaram agitados%uando a grande pedra fo i remo)ida do

alto da co)a# 7 luz in)adiu o buraco#(aniel usou a mão para proteger oso lhos # $od ia )er os leNes o lhando paracima& sal i)ando# 4eria hora da refeiçãoO48 suas caudas se mo) iam de um ladopara o out ro# + les não parec iam tomarconhecimento de sua presença#

— @h& (aniel & ser)o do (eus ) i)o & esseseu (eus a %uem idolatra continuamenteconseguiu sal)á9 lo dos leNesO Mperguntou uma )oz do alto#(aniel reconheceu a )oz de (ario# @ tomindica)a %ue o rei não espera)a uma

resposta# — 4ua 6ajestade& ) ida eterna= 6eu (eusen)iou 4eu anjo para fechar a boca dosleNes# +les não me tocaram nem mefizeram mal algum# sso ! pro)a daminha inoc'ncia e de minha f idel idade ameu rei#(anie l ou)iu o re i gr i tando de a legr ia edançando em torno da abertura da co)a#@s guardas bai,aram uma corda eretiraram (aniel da co)a# $ouco antes dechegar > abertura& (aniel olhou uma* lt ima )ez para os an imais sel)agens

%ue ha)iam sido d8ceis com ele# +lesorriu e agradeceu a (eus#



(ario mandou seus m!dicos e,aminarem(anie l para ter cer teza de %ue e le nãoesta)a fer ido# ?ão ha) ia nada# Logo aalegria de (ario transformou9se em

f*ria# +sta)a ultrajado por ter sidoenredado e obrigado a colocar (aniel naco)a# (ario mandou chamar o general deseu e,!rcito#M Duero %ue re*na todos os sát rapas eos go)ernadores 7bu BaHar e <usam al(in# Tragam com eles suas esposas ef i lhos# @s leNes estão famintos e de)emser a l imentados# Duero %ue ponham naco)a uma no)a famí l ia a cada tr's dias#-erti f i%uem9se de %ue 7bu BaHar e<usam a l ( in sejam os * lt imos# Duero%ue tenham tempo para pensar em sua

tentat i)a fracassada de matar (aniel # +&agora& %uero fazer um decreto paratodas as pessoas do re ino # 7 par t i r deagora& f i ca es tabelec ido %ue todos noimp!rio de)em tremer de medo diante do(eus de (aniel# +le ! o (eus )i)o eimutá)el cujo reino nunca será destruídoe cujo poder nunca terá f im# +le protege4eu po)o& protegendo9o de todo malG +lefaz grandes mi lagres no c!u e na TerraGfoi +le %uem deu a (aniel poder sobre osleNes#7 primeira famíl ia nem tocou o chão

antes de ser destroçada pelos leNes#



para esca)açNes ar%ueol8gicas& como )oc's# ?in9gu!m mais se apro,ima dos sítios ou dosacer)os#

— 7 cidade certamente cresceu desde %ue

esti)emos a%ui pela *ltima )ez M comentou6urphy& olhando em )olta# — 4im& senhor# $or alguma razão temos recebidoa )isita de muitos dignitários a%ui na BabilCnia#Um no)o hotel está sendo construído& e no)osneg8cios se instalam na região# @u)i falar at!sobre in)estidores comprando terras na área#

— + por %ue acha %ue isso está acontecendoO Mindagou sis#

— ?ão sei ao certo& senhora# 6as ou)i rumoressobre uma possí)el transfer'ncia da sede das?açNes Unidas para cá# ?ão consigo entenderpor %u'# 7 BabilCnia não ! a grande atração do

ra%ue# — 6as ! uma cidade com uma longa hist8ria degl8ria# 7%ui )i)eu o grande rei ?abucodonosor ea%ui e,istiam os Rardins 4uspensos da BabilCnia&uma das 4ete 6ara)ilhas do 6undo#

— 4im& senhora# + tal)ez ela tamb!m tenha umfuturo glorioso& se muita gente se animar comisso# (e fato& há um grupo de uma d*zia derepresentantes da @?U na cidade agora# ?8s ostemos escoltado por aí# +les estão e,aminandoos suprimentos de água& as áreas onde se podeconstruir e se reunindo com empresários ira9%uianos e líderes go)ernamentais# $arece %ue

t'm intençNes s!rias#Bingman olhou para 6urphy e apontouJ

— @ %ue ! a%uilo lá longeO



— 7h& ! parte das antigas estruturas perto deonde faremos nossa e,ploração# @lhe > suaes%uerda# 3oc' pode )er os pr!dios %ue 4addamcomeçou a reconstruir# 7lgumas arcadas t'm at!

1. metros de altura# 7manhã )oc' )ai teroportunidade de conhecer a antiga estrada %uele)a > BabilCnia# <á uma cerca de cada lado parapreser)ar o calçamento& %ue data de EII a#-#

— 6ichael& %uando )oc' este)e a%ui pela *ltima)ez te)e a oportunidade de e,plorar as ruínasO Mperguntou Bingman& curioso#

— Um pouco# (irecionamos nossos esforços&basicamente& para a busca da cabeça de ouro de?abucodonosor#

— 3iu algum dos tijolos com o nome de?abucodonosor inscritoO +u li %ue ele manda)ainscre)er seu nome na maioria das superfícies de

tijolo e,posto# — 4im& )i o nome dele em muitos tijolos# 6asescute s8 issoJ 4addam mandou pCr o nome delenos no)os tijolos %ue foram acrescentados >fundação original# +le %ueria ter o cr!dito pela re9construção da BabilCnia#

— @ coronel (a)is )ai estar disponí)el para nosreceberO M perguntou 7mram ao capitão#

— ?ão& senhor# +le está fora em uma missão e s8)ai )oltar tarde da noite# +le os encontraráamanhã pela manhã# <á algo em %ue possaajudá9losO

— 48 esta)a %uerendo saber se ele recebeu

minha mensagem sobre o empr!stimo do tren8sonar# Usamos o e%uipamento na *ltima )ez em%ue esti)emos a%ui para procurar a abertura %ue



le)a)a > cmara onde foi encontrada a cabeçade ouro#

— -reio %ue ele recebeu a mensagem& senhor# 3inossos homens )erificando o estado do tren8

antes de partirmos para Badgá para receb'9los# — +ssa ! uma boa notícia& capitão# @e%uipamento nos poupará o trabalho de muitaesca)ação desnecessária#

CIN5UENTA E OITO

sis +4$+"737 -@6 ansiedade o dia agitado#Dueria começar de uma )ez a procurar pela+scrita na $arede#+la esta)a na fila para o buf' do caf! da manhã%uando te)e a terrí)el sensação de estar sendoobser)ada# 6urphy sorriu ao notar seudesconforto#

— 7lgum problemaO M perguntou& descontraído# — 4into %ue estão olhando para mim# — Q claro %ue sente# @lhe em )olta#-erca de duzentos fuzileiros olha)am em suadireção# +les sorriram de uma s8 )ez %uandoperceberam %ue ha)iam sido notados# sis le)ou

um instante para recuperar a compostura& depoissorriu& acenou e se )irou& apertando a bandeja# Rá ser)idos& eles partiram em busca de um lugarpara se sentar# mediatamente& seis fuzileiros sele)antaram& pegaram suas bandejas e seafastaram& acenando para %ue eles sesentassem# sis corou constrangida& mas aceitou

o con)ite e sentou com o grupo# — sso ! embaraçoso M disse ela#



@s homens riram#6urphy& sis& Bingman e 7mram con)ersa)amcompenetrados sobre a e,pedição& %uando osfuzileiros de repente se le)antaram#

Uma )oz profunda gritouJ — 7tenção= — P )ontade& homens# -ontinuem comendo#+les se )iraram para )er o rosto bronzeado eendurecido do coronel (a)is# 7trás dos 8culos dea)iador& os olhos azuis eram brilhantes e alertas#@s m*sculos de seus braços se definiam )isí)eis%uando ele aperta)a a mão de cada um dos)isitantes# +le era o tipo de combatente %ue se%uer ter ao lado em caso de batalha#

— Bem9)indos > BabilCnia M disse (a)is# M Ficofeliz por )er %ue todos chegaram em segurança#

Rá preparei o tren8 sonar e designei o capitão

(raHe para acompanhá9los# +le tem um pelotãode homens > sua disposição# $or fa)or& nãohesitem em chamá9los caso precisem de algo# 7resposta será imediata# 3oc's terão o au,ílio dealguns dos melhores fuzileiros no ra%ue#6urphy esta)a impressionado com a presençaimponente do coronel# +ra e)idente %ue oshomens de (a)is seguiriam suas ordens semhesitação ou %uestionamento#

— @brigado& senhor& agradecemos por seuempenho para fazer da nossa e,pedição umsucesso# Duando esti)emos a%ui pela *ltima )ez&nos emprestou uma esca)adeira# +la estaria

disponí)el dessa )ezO M perguntou 6urphy# — -ertamente %ue sim### mas )amos ter de sermuito cuidadosos ao usá9la# Temos ordens



estritas para não danificar nenhum artefatoantigo# Lamento não poder acompanhá9los hoje#

Rá ha)ia marcado uma reunião com um grupodas ?açNes Unidas#

— Q claro M respondeu 6urphy# M 6ais uma )ez&obrigado por sua ajuda& coronel#M 4e as orientaçNes de 6atusal!m foremcorretas& não )ai ser difícil encontrar a +scrita na$arede M comentou 6urphy& le)ando a mão aobolso para pegar o cartão %ue 6atusal!m dei,arapara ele# Leu a mensagem em )oz alta para ogrupo& %ue agora incluía fuzileiros com pás eprontos para ou)ir as ordens#

B7BL?7 M 2/ 6+T"@4 ("+T76+?T+7 ?@"(+4T+ (7 -7B+7

Rassim 7mram olha)a em )olta& obser)ando olocal onde ha)iam encontrado a cabeça de ourode ?abucodonosor#

— $arece %ue o local foi coberto desde %ueesti)emos a%ui pela *ltima )ez# -reio %ue )amosencontrar o %ue procuramos nessa área# Temosde usar o tren8 sonar para localizar o ponto#@ capitão (raHe deu ordens aos homens para)arrerem a%uela área# +les trabalharam por%uase duas horas antes de encontrarem o local#

— 6ichael& )ou usar meu compasso e contar 2/metros para o nordeste# @lhe ali M disse 7mramapontando# M 7posto %ue ! bem perto da%uelas

)elhas ruínas#



— -apitão (raHe& se )oc' e seus homenspuderem seguir o 4r# 7mram& creio %ue ele )aiprecisar de alguma ajuda M disse 6urphy#(epois de muitas horas de procura o local foi

determinado e o sonar& ligado# @s fuzileirosconduziam o tren8 de um lado para o outro at!%ue encontraram uma brecha no terreno# +ntão&eles conduziram o tren8 em ziguezague&cruzando as linhas at! localizar o ponto comprecisão#

— (r# 6urphy& creio %ue podemos usar aesca)adeira para remo)er parte dessa areia# ?ão)amos operar o e%uipamento sobre a brecha&por%ue ela pode desmoronar# "emo)eremosapenas a areia#

— 6uito bem& capitão# -reio %ue essa ! a formamais segura de operar#

@ tren8 sonar estima)a a profundidade da areiaat! o ponto da brecha em mais ou menos Ecentímetros# @s fuzileiros receberam entãoinstruçNes para continuar esca)ando com as pás&sempre com todo cuidado#Logo foi possí)el ou)ir o som de metal raspandoa rocha# @utros 1 minutos de esca)ação foramsuficientes para e,por o topo de uma cai,a%uadrada com uma grande argola de metal emcada canto#Bingman adiantou9se#

— 7posto %ue eles introduziam ala)ancas nasargolas& e fileiras de homens transporta)am a

cai,a e a coloca)am no local M e,clamou ele# M(e)e ser a cobertura de algum tipo de cmara#



6urphy pediu a retroesca)adeira& e correntesforam presas nas %uatro argolas#

— sso )ai ser um pouco mais fácil do %ue reunirdezenas de homens para le)antar o objeto M

e,plicou ele sorrindo#Logo a retroesca)adeira le)anta)a a pesadapedra em forma de cai,a# Todos ou)iram o somda pedra sendo arrastada e em seguida um fortecheiro de mofo e umidade escapou pelaabertura# 6urphy e os membros da e%uipeiluminaram a abertura com as lanternas#

— 3ejam= M e,clamou sis# M Uma escada= ssode)ia ser uma entrada secundária# ?ão ! tãolarga para ser a passagem principal#

— 3amos entrar= M 7 )oz de Bingman soouanimada# M ?ão acredito %ue haja algum guardade ?abucodonosor escondido nesse buraco#

— (e %ual%uer maneira& precisamos sercuidadosos M insistiu 6urphy# M Dueremos noscertificar de %ue nada )ai desmoronar sobre n8s#-apitão (raHe& pode conceder um pe%uenointer)alo aos homens en%uanto descemos parae,plorar a cmara#

— 4im& senhor# Tem certeza de %ue não %ueralguns deles acompanhando a e,pediçãoO

— @brigado& mas não creio %ue seja necessário#6urphy foi o primeiro a descer > cmaramalcheirosa& seguido por sis& 7mram e Bingman#@s degraus continua)am descendo por cerca deK metros e termina)am em um aposento de 2

por 2 metros com uma altura apro,imada de .metros# 6urphy gira)a a lanterna e,aminandotodo o espaço#



— Tr's t*neis partem da cmara# $odemos ir paraa direita& para a es%uerda ou em frente#7 )oz de Bingman era ou)ida ao fundo#

— (ecisNes& decisNes& decisNes# 3oc' escolhe&

6urphy# 4empre podemos )oltar e tentar outradireção# — Trou,e as migalhas de pão& WillO — ?ão& mas tenho minha faca e posso riscarsetas na parede#

— sso )ai preser)ar o sítio ar%ueol8gicomara)ilhosamente M comentou sis#

— Q melhor do %ue se perder#6urphy riu#

— 3amos começar sem marcar as paredes# 7cho%ue s8 precisamos seguir nossas pegadas naterra# 3amos tentar o t*nel > direita#sis apontou a lanterna para bai,o para ter

certeza de %ue podia )er as pr8prias pegadas#+las eram nítidas na terra# 7 constatação a fezsuspirar ali)iada# ?ão gosta)a da id!ia de ficarperdida em um labirinto de t*neis#+la se prepara)a para seguir 6urphy %uandonotou algo no chão# 6ais pegadas# +las )inhamdo t*nel > es%uerda e seguiam pelo t*nel emfrente# + pareciam retornar para a mesmadireção de onde ha)iam )indo#

— 6ichael= 3enha a%ui por um momento= M elachamou# M 7cho %ue encontrei algo=6urphy retornou e sis iluminou as pegadas#+le passou a mão na cabeça#

— 4ão pegadas grandes# $ro)a)elmente& de umhomem com peso apro,imado de KI %uilos#



— -omo sabe disso& 6ichaelO Q o no)o 4herlocH<olmesO M perguntou 7mram#

— $ura dedução& (r# Watson# @ tamanho dosapato ! pr8,imo do n*mero %ue eu uso& e peso

K %uilos# 7 impressão criada ! muito parecidacom a minha& e,ceto pelo padrão da sola# + )eja=4eja %uem for essa pessoa& ela manca# -onsegue)er uma linha do lado da pegada& como se o p!fosse ligeiramente arrastado antes de sererguidoO

— (esculpe# 3oc' ' 4herlocH <olmes# 7gora& diga9nos %uem ! a pessoa e )ai ganhar um e,emplarde 2 c%o dos Bas?ervilles.

— 6eu palpite ! %ue seja 6atusal!m# Duandoesti)e na $enitenciária de -anon -ity& con)erseicom um detento chamado Tyler 4cott# +ledescre)eu 6atusal!m# (isse %ue ele tinha mais

ou menos o meu tamanho e manca)aligeiramente# 6ais tarde recebi uma taça de ouroen)iada por 6atusal!m# 7 *nica maneira de6atusal!m conhecer a localização da +scrita na$arede e da copa era ter estado a%ui antes den8s# 7cho %ue as pegadas são dele#

— $arece %ue terei de pro)idenciar uma c8pia de2 c%o dos Bas?ervilles M disse 7mram& s!rio#

— +u )ou cobrar# $or agora& )amos seguir essaspegadas e descobrir onde nos le)am# 4erámelhor do %ue espalhar migalhas de pão oumarcar as paredes#@ grupo seguiu as pegadas por cerca de dez

minutos& at! encontrarem uma bifurcação# <a)iapegadas entrando e saindo das duas )ias#



— 7t! a%ui& tudo bem# +scolha& 6ichael M sugeriuBingman#

— 3amos para a es%uerda#6ais dez minutos de e,ploração terminaram em

uma parede )azia# — @ t*nel termina a%ui M disse sis& desanimada# — +le parece terminar a%ui M 6urphy respondeuolhando em )olta# M @lhe para o chão# 7smarcas dão a impressão de continuar por bai1oda parede# 7posto %ue há uma porta em algumlugar a%ui# Will& )oc' e Rassim me ajudem aempurrar a parede#@s tr's homens encostaram o ombro na parede eempurraram# (e)agar& ela começou a se mo)er egirou para a es%uerda at! se abrir#

— Bem& aprendemos mais alguma coisa sobre6atusal!m M resmungou 6urphy ofegante#

— @ %ue !O M %uis saber sis# — 4abemos agora %ue ele ! um homem muitoforte# +le empurrou a parede e a mo)eu sozinho#Duando passaram pela abertura e iluminaram acmara com as lanternas& mal puderam acreditarno %ue )iam#

— +ste de)ia ser o tesouro do templo= Me,clamou 6urphy# M 3ejam s8 todo esse ouro&toda essa prata= <á centenas de pratos& taças&canecas e talheres#sis ilumina)a as paredes#

— 3ejam os escudos=7mram toca)a algumas moedas#

— +sse ! de fato o tesouro de um rei# M $egou amá%uina e começou a fotografar as preciosasrelí%uias#



— Q uma inacreditá)el descoberta ar%ueol8gica=M gritou Bingman# M ?unca )i nada igual emminha )ida#6urphy olhou para as taças de ouro#

— 7posto %ue foi a%ui %ue 6atusal!m encontroua taça# — +le não parece ter e,traído muita coisa M dissesis# M + %uem ! esse sujeito& afinalO

— Bem& nunca o encontramos realmente& masrecebo notícias dele# +le tem uma risadaes%uisita& %uase um cacarejo& e sei %ue seusenso de humor ! estranho# 5osta de me colocarem situaçNes arriscadas& inclusi)e de morte#(e)e ser rico e independente& por%ue criaarmadilhas elaboradas e onerosas& e não seapodera dos artefatos %ue encontra& como essesa%ui# +le conhece a Bíblia e de)e acreditar em

hist8rias como a de (aniel na co)a dos leNes e?o! e sua arca# + me informou %ue estou %uaseconcluindo meu treinamento& embora eu nãosaiba o %ue isso significa# 7h& sim& colhi uma im9pressão digital dele e estou tentando descobrirse consigo algum tipo de identificação positi)a# +isso ! tudo %ue sei#

— Q o suficiente para causar pesadelos Mmurmurou Bingman#

— 4im& sua afirmação ! bem apropriada& Will#6atusal!m é um pesadelo#

— Bem& tal)ez seu pesadelo chegue ao fim se)oltarmos e descobrirmos o %ue há no final do

outro t*nel M 7mram o incenti)ou#



— sso ! imenso= M e,clamou 7mram# M -omo !incrí)el pensar nas coisas %ue eles faziam sem asferramentas modernas=

— 3ejam as mesas de pedra# M Bingman

aponta)a uma mesa de mármore com bancos domesmo materialG d*zias de outras mesascerca)am a primeira#

— (e)e ser uma esp!cie de sala de refeiçNes Mconcluiu 6urphy& apontando a lanterna para oalto# M @ p!9direito de)e ser de E ou metros dealtura# Q difícil dizer com essa luminosidade#

— @lhe para os murais pintados no teto Mcomentou sis& mo)endo a luz da lanterna para aes%uerda#

— +sse de)ia ser o salão de ban%uetes deBelsazar M deduziu 6urphy# M Tinha opressentimento de %ue encontraríamos a +scrita

na $arede muito depressa# Rassim& trou,e acmeraO — Q claro %ue sim# $or isso )oc' trou,e umegípcio esperto como eu#

— 3amos nos separar e tentar encontrar algumacoisa#$ouco tempo depois Bingman gritouJ

— 3enham a%ui= 7cho %ue encontrei o trono deBelsazar=6urphy foi o primeiro a se apro,imar deBingman#

— Tal)ez )oc' esteja certo M disse firme# M 3ejaisto a%ui# Q uma plataforma erguida com tr's

degraus#6urphy subiu a pe%uena escada e se apro,imoude uma parede# (iante da parede ha)ia os restos



de um trono de mármore cercado por tr's tronosmenores#

— 7posto %ue a%ui se senta)am Belsazar e suasesposas ou oficiais superiores M arriscou sis#

— $ro)a)elmente as esposas M respondeu6urphy# M +m (aniel& -apítulo -inco& estáescrito %ue ele mandou buscar taças de ouropara suas esposas e concubinas# 7s copas deouro %ue foram tiradas do templo em Rerusal!m#+ssa profanação foi o golpe final& a ofensa maior%ue fez (eus escre)er 4ua mensagem na parede#

Todos direcionaram a luz das lanternas para aparede atrás do trono#

— ?ão )ejo nada M comentou sis& decepcionada#6urphy respondeuJ

— 4e Belsazar esta)a sentado no trono %uando amensagem foi escrita& ela de)e estar do outro

lado& ou ele não poderia ter )isto a mãoescre)endo a mensagem# — Bem& )amos )er& 4r# 4herlocH <olmes# 7t! a%ui)oc' tem acertado sempre M disse 7mram#@ grupo se dirigiu ao outro lado da sala& pisandocom cuidado nos espaços entre fragmentos demármore e blocos de pedras#

— 3amos fazer isso juntos M 6urphy sugeriu# M3amos todos le)antar nossas lanternas aomesmo tempo e )er o %ue encontramos# +stamosprocurando %uatro pala)ras escritas em babilC9nioJ %ene' %ene' 5equel' 0farsim. Duando eucontar tr's# Um# (ois# Tr's#

Duatro fei,es de luz incidiram sobre a antigaparede# +la esta)a coberta por um tipo de gesso&não ha)ia d*)ida# 5randes e pe%uenas



rachaduras podiam ser )istas entre áreas onde ore)estimento de gesso ha)ia caído# Todosprocura)am algo %ue parecesse uma pala)raentre as rachaduras e falhas#

— 3ejam= 7 direita= M 7mram gritou# M ?ão !parte de uma pala)raO Todas as lanternas se )oltaram na direçãoapontada pelo egípcio#sis deu um passo > frente para e,aminar o localde perto#

— 4im& acho %ue ! M concluiu ela# M <áfragmentos de gesso faltando& mas ainda !possí)el ler alguma coisa a%ui# 3ejo Aene& Te%uel&UfarsA# Q isso= @ primeiro Mene desapareceu coma primeira letra do segundo Mene. @ -e0uel ! bemclaro e faltam duas letras no final de 3farsim.6urphy& 7mram e Bingman gritaram ao mesmo

tempo# Um eco estranho podia ser ou)ido naantiga cmara# 7mram pegou a má%uina ecomeçou a fotografar a inscrição de todos osngulos possí)eis#(epois de alguns instantes& 6urphy se sentouem um banco de mármore e ficou em sil'ncio#

— @ %ue foi& 6urphyO ?ão está felizO M perguntousis# M 3oc' encontrou a +scrita na $arede=

— <á confusão em meus sentimentos# 4im& !claro %ue essa ! uma descoberta ar%ueol8gicaincrí)el& uma das maiores já feitas# Q comoencontrar no)amente a 7rca de ?o!# +la pro)a a)alidade da Bíblia e fortalece minha f!#

— 6as###O — 6as fico tentando imaginar o %ue )ai acontecer%uando anunciarmos essa descoberta para o



mundo# 7s pessoas acreditarãoO +ssa descobertarealmente modificará o comportamento dealgu!mO 7s pessoas entenderão a importncia eo significado do julgamento de (eusO +u me

sinto como se esti)esse do lado de fora de umpr!dio em chamas# 5rito para as pessoas saíreme se sal)arem do inc'ndio& mas elas ignoram osa)isos& a fumaça& o calor& meus gritos#sis não sabia o %ue dizer# Tinha consci'ncia de%ue ela mesma era uma dessas pessoas a %uemele se referiaJ as %ue ignora)am as mensagens#<a)ia entrado na arca& e agora acabara de )er a+scrita na $arede### e ainda não tomara umadecisão#Por que não*' era o %ue ela pensa)a#

— 6ichael& ar%ue8logos do mundo todo )ão%uerer )er essa parede& e tamb!m a cmara

cheia de tesouros do templo# M Bingman malpodia conter seu entusiasmo#6urphy abriu a boca para falar& mas parou eficou %uieto& ou)indo# Um som como de tan%uesin)adindo um edifício )azio chega)a at! eles#nstinti)amente& 6urphy sabia o %ue era a%uilo#@ terremoto chegou com )elocidade espantosa#

Todos foram jogados no chão# @ som no interiorda cmara era ensurdecedor# Terra e escombroscaíam do teto# 6urphy olhou em )olta procu9rando sis# +la esta)a no chão& tentando entendero %ue ocorrera#Duando direcionou a luz da lanterna para o teto&

acima dela& 6urphy )iu um enorme pedaço daestrutura começando a se desprender# siscomeça)a a se le)antar %uando 6urphy a atingiu



com o pr8prio corpo e a jogou longe como sefosse uma boneca de pano# ?o mesmo instante&uma pedra enorme caiu onde ela ha)ia estado#6urphy correu para perto dela# sis tenta)a

respirar& e ele a abraçou# — 4into muito# 4into muito& mas ti)e de empurrar)oc'#+le apontou para onde ela ha)ia estado& para apedra %ue tinha uma e,tremidade achatada eafiada#sis ainda esta)a desorientada#

— $recisamos sair da%ui M gritou 6urphy# M 4ehou)er mais tremores& tal)ez não possamosescapar# @ teto pode desabar e os t*neisficariam blo%ueados#6urphy ajudou sis a se le)antar e gritouJ

— Bingman= Rassim= 3oc's estão bemO

— +stou bem M respondeu Bingman M& mas Rassim foi ferido# 7cho %ue ele %uebrou a perna#-onsigo apoiá9lo do lado do ferimento e ele podese arrastar forçando a outra perna# 3amos sairda%ui antes %ue este lugar se transforme emuma catacumba=6urphy olhou para sis#

— 3oc' consegue andarO — 7cho %ue sim# — 4egure minha mão e não solte=7 poeira no ar dificulta)a a respiração# 6urphypegou a lanterna e começou a ajudar sis aatra)essar o espaço na direção da saída#

Bingman apoia)a 7mram& %ue tinha no rostouma e,pressão de dor# +les esta)am cerca de 2metros para trás#



— Will& acha %ue )ai conseguirO — Fiz coisas bem piores na operação Tempestadedo (eserto# -ontinue andando#@ trajeto de )olta > superfície pareceu demorar

uma eternidade# +les esta)am %uase na cmarados tr's t*neis %uando o capitão (raHeapareceu& seguido por seus homens#

— +stão todos bem& senhorO — +stamos bem& mas um membro da e%uipe estáferido# Tal)ez seus homens possam ajudá9lo#7cho %ue ele fraturou a perna#@s fuzileiros %ue seguiam o capitão nemprecisaram de uma ordem# +les passaram por6urphy e sis e correram para Rassim 7mram# @primeiro fuzileiro segurou o braço de 7mram&)irou9se e o suspendeu sobre as costas&segurando9o# (ois outros se apro,imaram e

di)idiram parte do peso& sustentando a pernafraturada#7mram gritou algumas )ezes& dominado pelador# @s fuzileiros ignoraram seus gritos# Tirá9lologo dali era mais importante %ue o sofrimentotemporário#+les se mo)iam pelo t*nel estreito tão depressa%uanto era possí)el# @ capitão (raHe ia indicandoo caminho com a lanterna poderosa#Duando eles chegaram > base da escada %uesubia para a superfície& Rassim 7mram gritouno)amente#

— 7 má%uina fotográfica= +u a dei,ei cair %uando

os fuzileiros me pegaram# — 3ou buscá9la M Bingman se ofereceu# M$recisamos das fotos para pro)ar a e,ist'ncia da



+scrita na $arede# ?ão )ou le)ar nem doisminutos# ?ão ! muito longe#6urphy gritou no)amente& mas foi in*til#Bingman já corria de )olta ao interior da cmara#

6urphy agarrou a mão de sis e começou a subira escada# — @nde está o outro integrante da e%uipeO Mperguntou o capitão (raHe& %ue saíra na frente#

— +le )oltou para pegar a má%uina# ?ão %uis meou)ir=

— $arece %ue ele foi treinado para concluir suamissão& senhor# "esgatar primeiro as pessoas&depois recuperar a informação#-erca de dois minutos se passaram e então& derepente& hou)e outro estrondo gigantesco& etodos foram jogados no chão no)amente# Umno)o tremor=

6urphy correu para a escada# Duando aalcançou& uma nu)em de poeira saía pelaabertura# +le direcionou a lanterna para bai,o#<a)ia poeira cobrindo os degraus# +ra como setodo o sistema de t*neis hou)esse desmoronado&blo%ueando a sala com os tesouros do templo e osalão do ban%uete de Belsazar# ?ão ha)iaabsolutamente nenhuma esperança de %ue Willsobre)i)esse#+le esta)a pensando no %ue diria > esposa e aosfilhos de Will %uando sentiu a mão em seuombro# +ra Bingman M as roupas rasgadas eempoeiradas M& com um grande sorriso no rosto#

?a mão ele segura)a a má%uina fotográfica&empoeirada& mas intacta#



— +stá procurando por isto& 6urphyO Mperguntou ele#

SESSENTA

T@(@4 ?7 B7""?5T@? ?etorH ?es pisa)am emo)os# (esde a morte de 4tephanie Zo)acs&Barrington parecia ter perdido o foco# +le nãocuida)a mais dos detalhes diários da operaçãocomo fizera no passado#6elissa& a secretária e assistente& passara a agircomo intermediária entre Barrington e a e%uipe#+la parecia ser a *nica em %uem o chefeconfia)a& e o protegia contra intromissNesdesnecessárias#+le sempre fora um homem difícil& mas agoraesta)a completamente impre)isí)el# <a)ia

demitido dois e,ecuti)os de alto escalão %ue%uestionaram suas decisNes# +mbora esti)essemcertos& ele não gosta)a de ser contrariado#?unca= Barrington era agora uma bomba9rel8gioambulante#7 morte de 4tephanie o atingira mais

profundamente do %ue ha)ia percebido# @sofrimento se transformara em rai)a& e a rai)aera agora 8dio e re)olta# + o 8dio começa)a a seassentar em seu estranho mundo de )ingança#+ra como se ocupasse todos os seuspensamentos#Barrington chamou 6elissa em sua sala#

+le mantinha a cadeira )oltada para a janela# @sdedos das mãos esta)am unidos e apoia)am o



%uei,o# +le parecia imerso nos pr8priospensamentos#

— 6elissa& %uero %ue obtenha uma informaçãocom o departamento financeiro# Duero saber

%uanto dinheiro temos em cai,a# ?ão estouinteressado no )alor do patrimCnio# ?ão %uerosaber %uanto )alem os pr!dios& os terrenos& oe%uipamento# Duero saber %uanto dispomos decapital para ser utilizado de imediato# 7h& e)erifi%ue %uanto eu poderia le)antar emempr!stimos nos bancos# + %uanto tempo euteria de esperar pela documentação#6elissa sabia %ue de)ia perguntar o moti)o#

— 4r# Barrington& atendi cinco ligaçNes de $aulWallach& da Uni)ersidade $reston# +le solicita umhorário para uma bre)e reunião#

— @ %ue ele %uerO

— +le não disse& senhor# 7penas insiste %uenecessita falar pessoalmente#Barrington suspirou& aparentemente aborrecido#

— 6ar%ue a reunião para se,ta9feira& >s 2h datarde# (epois disso& me ausentarei# $recisoplanejar algumas coisas#Duando entrou no escrit8rio& $aul Wallachpercebeu %ue Barrington esta)a preocupado# +leagradeceu ao empresário por receb'9lo& depoisperguntouJ M Duando começarei a trabalhar naempresa& considerando %ue )ou me formar nofinal do pr8,imo m's de maio#Barrington permaneceu parado& olhando para

Wallach### ou atra)!s dele# — +stou curioso para saber %uais seriam minhasresponsabilidades# ?ão ti)emos uma chance de



con)ersar de )erdade desde %ue me incumbiu derelatar as aulas de ar%ueologia do (r# 6urphy#

Tem gostado dos meus te,tosO @ %ue o futuroreser)a para mim na Barrington ?etorH ?esO

Barrington continua)a sentado e %uieto# Wallachesta)a ner)oso com o sil'ncio# Finalmente& ele semanifestouJ

— Bem& $aul& sou bastante conhecido por minhafran%ueza# +stá preparado para uma con)ersaentre homensO

— +u### não sei# @ %ue %uer dizerO — Duero dizer %ue hoje )amos con)ersar comohomens# ?*mero umJ ?ão há nenhuma datapre)ista para )oc' começar a trabalhar# ?*merodoisJ 3oc' não receberá um salário# ?*mero tr'sJ?ão terá nenhuma responsabilidade# ?*mero%uatroJ 4eu te,to ! horrí)el# ?*mero cincoJ 48

usei )oc' para conseguir informaçNes sobre6urphy# ?ão tenho o menor interesse em seuestilo de redação# ?*mero seisJ 4ua bolsa deestudos está suspensa# + n*mero seteJ 3oc' !um idiota#$aul esta)a em cho%ue#

— 6as& 4r# Barrington M ele gaguejou# M @senhor disse %ue me considera)a### um filho=

— $or%ue precisa)a de )oc' para conseguirinformaçNes sobre 6urphy# 6as agora não estoumais interessado nele# + não preciso mais de)oc'#

— 6as& 4r# Barrington### — 4e %uer saber a )erdade& $aul& )oc' não temcapacidade nem para bater prego### muito menospara sobre)i)er nessa área de atuação# Duero



ser bem claro com )oc'& e )ou falar de)agar parater certeza de %ue me entendeJ a partir de hoje&está dispensado#Wallach esta)a perple,o# <a)ia pensado em

Barrington como um pai& e agora seu mundodesmorona)a#Barrington o encara)a com um olhar frio&)idrado# @ rapaz se le)antou e& lentamente& saiuda sala#$aul Wallach esta)a de)astado# <a)ia colocadotodos os o)os em um *nico cesto& e agora o )iacair# 4eu futuro fora destruído#+sta)a magoado e furioso# 4entia9se sujo& usado#-omo pudera ser tão ing'nuo e est*pidoO+le pensou em %uando ha)ia conhecido 4haneBarrington# +sta)a no hospital& recuperando9sede ferimentos sofridos no bombardeio contra

uma igreja# + ele se lembra)a da reação de 4haria BarringtonJ ela desconfiara do homem desde oinício#+le ainda se lembra)a com clareza de comoBarrington fora procurá9lo no campus daUni)ersidade $reston para lhe oferecer umemprego# $assara a receber .I d8lares por horapara escre)er relat8rios sobre as aulas do (r#6urphy# -omo estudante em constantesdificuldades financeiras& $aul precisa)a dodinheiro# + Barrington ha)ia demonstradointeresse nele# 6as 4hari tamb!m %uestionara osmoti)os do empresário#

$or %ue o chefe da Barr ington-ommunicat ions estar ia interessado emseu trabalhoO& ela per#untara. 3oc' é s ó um



estudante& $aul# ?ão ! um professormundialmente famoso#$aul esta)a profundamente deprimido# $resentee futuro eram dominados pelo caos# $assara a

depender do dinheiro de Barrington& e de repentese )ia dispensado e sem um centa)o no bolso# 7carreira %ue planeja)a construir esta)aarruinada& sua auto9estima fora arrasada eperdera 4hari& a mulher %ue ama)a#+le percebeu %ue ha)ia embarcado no carrosseldo sucesso olhando apenas para os an!is debronze da felicidade# 7creditara %ue teriadinheiro& prestígio& poder e influ'ncia# 7gorapercebia %ue sua )ida era )azia e sem sentido& e%ue esta)a sozinho#

SESSENTA E UM

7 B74+ (7 6arinha em 7l <illah encontra)a9se emestado de emerg'ncia %uando o grupo dee,pedição chegou# Fuzileiros corriam recolhendoe%uipamento e tropas embarca)am em )eículosabarrotados de suprimentos para emerg'nciasm!dicas#

@ coronel (a)is esta)a diante da tenda docomando& dando ordens aos oficiais# +le seapro,imou %uando o grupo desembarcou dos<ummers#

— +stamos no meio de um )erdadeiro infernoa%ui# ?ossos homens estão atendendo aospedidos de socorro em 7l <illah e nas cidades em

torno da BabilCnia# 6uitos pr!dios residenciais ecomerciais desmoronaram# 7lgumas pessoas



morreram& e há muitos feridos e soterrados#3i)emos uma situação trágica a%ui& (r# 6urphy#

— +ntendo# M 6urphy lembrou o cenário dede)astação depois do bombardeio na igreja&

todas as pessoas feridas# 7inda podia )er Laurano hospital em seu *ltimo suspiro# — Dual ! a e,tensão do danoO — @ terremoto foi grande# @ comando centralafirma %ue o tremor atingiu K& na escala#

— 6as isso ! praticamente o terremoto do -hile= — 7 primeira onda registrada depois do tremorprincipal chegou a 0&. na escala "ichter# + temoscerteza de %ue ainda )irão outras# @ epicentro doterremoto foi no coração do deserto da 4íria&cerca de 2II milhas a oeste da cidade de 7l<abbariyah# 7s e%uipes de emerg'ncia estão acaminho agora# Tamb!m hou)e danos e,tensi)os

em Bagdá& Zarbala& 7n Rajaf e em pelo menosoutras )inte cidades pe%uenas# @ comandocentral relatou %ue os efeitos do terremoto foramsentidos at! em Basra& /II %uilCmetros a leste#

— $odemos ajudar de alguma maneiraO — @brigado& (r# 6urphy# 4e puderem ajudar ocapitão (raHe e seu pelotão& seria 8timo# 7 -ruz3ermelha nternacional& o -rescente 3ermelho eoutras organizaçNes de socorro e apoio de emer9g'ncias foram mobilizados#?a tenda mo)imentada& 6urphy )iu sis pegarlentamente alimento e uma bebida# +la pareciaesgotada& tanto no ní)el físico %uanto no

emocional# Duando se sentaram > mesa& ela ofitou e começou a chorar# +le a abraçou&



sussurrando pala)ras de conforto at! ela sesentir ali)iada depois de chorar muito#

— Foi um dia horrí)el& 6ichael M murmurou sis#M 7 e,citação da nossa descoberta& o ferimento

de Rassim& pensar %ue Will esta)a morto### eagora a morte de tantas pessoas em 7l <illah=?ão consigo tirar todas essas coisas da cabeça#Fecho os olhos e ainda )ejo a%uelas mulheresgritando e batendo no pr8prio rosto& chorandopelos familiares mortos# 7inda ouço os gritos doshomens ca)ando desesperados em busca dosentes %ueridos soterrados pelos escombros#+ssas pessoas já sofreram muito com as guerrase agora são atingidas por um terremoto= -omoum (eus amoroso pode permitir tudo issoO

— +m tempos como esse& não há respostasfáceis# Uma passagem no Li)ro dos "omanos&

-apítulo 0& fala um pouco sobre o %ue estamos)i)endo# M +le tirou do bolso uma )ersãoreduzida do ?o)o Testamento# M 3ou ler para)oc'JA6as o %ue sofremos agora ! nadacomparado > gl8ria %ue +le nos darádepo is# $or%ue toda a criação esperapaciente e esperançosa pelo dia em %ue(eus ressusci tará 4eus f ilhos # $or%uenesse d ia espinhos e abro lhos& pecado&morte e decad'ncia M as coisas %ueassolaram o mundo pelo comando de(eus M )ão desaparecer& e o mundo >

nossa )olta desfrutará da gloriosal iberdade de pecado de %ue desfrutam osfi lhos de (eus#



$or%ue sabemos %ue a t! as coisas danatureza& como animais e plantas&sofrem com a doença e a morteen%uanto esperam por esse grande

e)ento#+ at! n8s& -r istãos& %ue temos em n8s o+spí r i to 4anto como pro)a dessa g l8r iafutura& tamb!m gememos pela l ibertaçãoda dor e do sofr imento# Tamb!m n8sesperamos ansiosamente pelo d ia em%ue (eus nos dará plenos dire i tos como4eus fi lhos& e tamb!m nos dará no)oscorpos# +le prometeu M corpos %uenunca mais adoecerão e não morrerão#AM ?o Rardim do Qden& %uando o homemdesobedeceu& te)e início uma reação em cadeiade pecado& morte e decad'ncia# (a%uele dia at!

hoje& temos sido suplantados pela mis!ria& pelaguerra e por desastres naturais como enchentes&tornados e furacNes# ?ão ! uma imagem bonita#

Toda a natureza e a humanidade gemem sobessa maldição# Q doloroso### como foi dolorosohoje ca)ar os escombros procurando por )ítimas#A6as um dia todo o sofrimento do mundo teráum fim e não ha)erá mais pranto# sso ! o %ueensina a Bíblia# 6as& antes& ha)erá o julgamentode todo mal# +ssa ! a mensagem de ?o! e a arcae da +scrita na $arede# (eus en)iou Resus parasuportar o julgamento por n8s para %uepud!ssemos ser li)res# +ssa ! a boa9no)a# Um

no)o dia se apro,ima e precisamos estar prontospara ele# Um dia (eus )ai secar todas aslágrimas#A



Um fuzileiro bateu no ombro de 6urphy# — Lamento interromper a con)ersa& mas a tendade controle recebeu uma mensagem de umhomem chamado Le)i 7brams# +le pede para

telefonar para ele no n*mero do celular assim%ue for possí)el# — @brigado& sargento# — @ %ue ele pode %uererO M estranhou sis# — +le sabe %ue estamos a%ui# Tal)ez s8 %ueira secertificar de %ue estejamos bem#7 ligação era surpreendentemente boa& nítida& e6urphy conseguiu falar com 7brams logo#7brams %ueria notícias da e%uipe depois doterremoto# 7p8s lamentar o ferimento sofrido por7mram& ele disseJ

— +stou em srael& acerca de EII %uilCmetros doepicentro#

— $arece %ue o terremoto foi dos mais )iolentosde %ue se tem notícia M disse 6urphy# — 7 de)astação causada por ele ! terrí)el# 7busca foi prejudicadaO -onseguiu encontrar o%ue esta)a procurandoO

— 4im& Le)i& encontramos a +scrita na $arede#sis está organizando uma e,posição das fotospara pro)ar nossa descoberta#

— +stá brincando= Due descoberta& 6ichael= Me,clamou 7brams#

— Um dia gostaria de con)ersar com )oc' sobreisso#

— Due tal da%ui a dois diasO — -omo assimO — 6ichael& alguns terroristas en)ol)idos nobombardeio da ponte 5eorge Washington foram



rastreados# Tudo indica %ue eles estão na cidadeárabe9israelita chamada +t Taiyiba& ao sul do marda 5alileia& no )ale do Rordão# Rá enfrentamosoutras dificuldades por lá antes# 4oldados

israelenses estouraram recentemente um es9conderijo do <amas na%uela região edescobriram uma rede muito ampla de ligaçNescom 5aza# +les são responsá)eis por um granden*mero de ata%ues e bombardeios suicidas emsrael#

— +stá dizendo %ue o <amas foi responsá)el pelatentati)a de bombardeio na ponteO

— ?ão acreditamos %ue eles tenham sidodiretamente responsá)eis# 4uspeitamos de %ueoutro grupo com base na +uropa recrutouterroristas do <amas# + pensamos %ue o ata%uefrustrado em ?o)a [orH teria dois prop8sitos# Um

era retaliar contra os +stados Unidos e o outroconseguir dinheiro para a guerra com srael# n9terrogamos alguns terroristas presos em ?o)a

[orH### e& adi)inhe& 6ichaelO Todos tinham atatuagem do crescente in)ertido sobre a estrelade seis pontas no pescoço#6urphy foi tomado por uma rai)a surda#

— Le)i& nossa e%uipe foi atacada em Bagdá#+scapamos& mas um dos agressores se referiu aum grupo& os 4ete# 7cha %ue pode ser esse ogrupo com base na +uropaO 4e for& meu palpite !%ue Talon trabalha para eles#

— Tal)ez )oc' tenha razão& 6ichael# 7cha %ue

pode )oar at! Tel 7)i) e dirigir at! +t Taiyibapara nos ajudarO 3oc' tem boas informaçNessobre esse tal Talon#



— 4im# Bingman precisa )oltar para perto daesposa e dos filhos# Rassim tem de retornar ao+gito para cuidar da perna fraturada# + sis###bem& sis está esgotada# Tem sido tudo muito

difícil para ela# +u me sentiria muito melhor seela fosse para casa& onde estará segura# -uidareidas pro)id'ncias o %uanto antes#

Rassim 7mram se locomo)ia com a ajuda demuletas %uando entrou no aeroporto de Bagdá#Um carregador o seguia com a bagagem# 6urphye sis se despediam antes de ela se juntar a7mram e embarcar no )Co %ue a le)aria dora%ue#

— 6ichael& estou preocupada com sua )iagem asrael M confessou sis# M 3oc' parece ter umaatração magn!tica por pessoas %ue %ueremprejudicá9lo#

6urphy podia ou)ir o tom protetor na )oz dela#+le sorriu e segurou sua mão# — 4erei cuidadoso# Tenho bons moti)os para)oltar para casa# (epois de uma bre)e pausa& elea pu,ou contra o peito# (epois de mant'9la entreos braços por um instante& 6urphy pousou oslábios nos dela#

SESSENTA E DOIS

6U"$<[ ECHOU OS olhos e tentou dormir& mas nãoconseguia descansar# -ontinua)a pensando nade)astação causada pelo terremoto# 7 milagrosa

escapada de Bingman do t*nel ha)ia sido uma



feliz surpresa& mas muitos pereceram M e aindasofrem M com os efeitos do tremor#4 implesmente não entendo isso tudo#(eus& preciso de sua ajuda#

4eus pensamentos foram interrompidos por umacomissária distribuindo os boletos para apassagem na alfndega em srael# +le preencheuo formulário& depois fechou os olhos de no)o#(essa )ez& outros pensamentos in)adiram suamente# $odia )er sis no aeroporto& parada diantedele com uma e,pressão preocupada# Ela é tãoforte em carter' tão c(eia de energia e tãolindai %as também é muito #ulner#el. Dueriaproteg'9la e mant'9la segura#@ som dos motores do a)ião e a lembrança dobeijo o fizeram rela,ar& e finalmente 6urphyadormeceu#

7s forças israelenses de segurança esta)am emtoda parte %uando 6urphy desceu do a)ião#+sta)a feliz por carregar apenas uma )alise demão e não ter de lutar com a multidãoaglomerada em torno das esteiras de bagagem#

Tudo %ue tinha a fazer era pegar o carro alugado#7ndando pelo aeroporto& notou )árias e%uipes deajuda humanitária perambulando em camisetascoloridas# $essoas de bom coração corriam parasrael de todos os pontos do mundo para ajudar opo)o arrasado pelo terremoto#6urphy seguiu pela estrada costeira para onorte& para a periferia de Tel 7)i)& e )irou para o

leste nas montanhas da 4umária& para ?azar!#+le notou %ue ha)ia mais campos de trigo& cen9teio e mais oli)eiras do %ue %uando esti)era ali



pela *ltima )ez# 6urphy começou a pensar em?azar! e no lago da 5alileia# Boa parte da )ida edo minist!rio de Resus ha)iam acontecido na%ue9la região#

+n%uanto dirigia pelas montanhas& pensa)a nosmilagres de Resus# -aná da 5alileia ha)ia sidopalco de seu primeiro milagreG lá Resustransformara água em )inho# (e fato& . dos 22grandes milagres de Resus ha)iam acontecido naregião da 5alileia#4e essa fosse uma )iagem de lazer comsis& eu poderia seguir os passos de

Resus para ?azar!& -afarnaum& Betsaida&5enesar! e Tiberíades# 7dorar ia mostrara ela onde Resus pregou o 4ermão da6ontanha#6urphy usou o celular para falar com 7brams

%uando esta)a a cerca de )inte minutos de?azar!# — 6eu plano ! parar lá para abastecer o carro edepois seguir para o sul at! +t Taiyiba M relatou6urphy#

— (ei,e9me fazer uma sugestão M respondeu7brams# M $or %ue não nos encontramos em?azar! para jantarO ?ão preciso de mais de meiahora para chegar lá# 7cho %ue assim )amosdespertar menos suspeitas# +t Taiyiba ! umacidade pe%uena& com muitos olhos e ou)idos#Duando parar para abastecer em ?azar!&pergunte onde fica o "estaurante +lmasharef# Q

um lugar %uieto& fora da rota de turismo### e acomida ! e,celente#



6urphy ha)ia es%uecido como as ruas de ?azar!eram estreitas e mo)imentadas# 7li os caminhosmistura)am antigas rotas com o modernoasfalto#

4le errou o caminho al#umas vezes antesde encontrar o 4lmashare/. 7h& %uemara) ilha= 7í es tá o res taurante& masonde )ou achar uma )aga paraestacionarO+le )iu um jo)em árabe acenandofreneticamente# @ menino aponta)a para uma)aga# 6urphy sorriu# ;le 0uer ganhar algum dinheiro.

— -uidarei do carro& senhor# ?ingu!m me,eránele en%uanto eu esti)er a%ui#6urphy se surpreendeu com o ingl's do garoto#

— -uide bem do autom8)el M disse ele# M 4erárecompensado %uando eu )oltar#

@ menino sorriu e assentiu# — 3ou fazer um bom trabalho#6o restaurante, 1urph2 escolheu umamesa e sentou&se para esperar por 3*rams. 4n-uantoa#uardava, pensava nos estranhos eventos da 7ltimasemana. $or %ue 6atusal!m %ueria %ue euencontrasse a +scrita na $aredeO $or %ueo (r # 7nderson ha)ia s ido assass inadoO-omo tudo isso se relaciona com a %uasetrag!dia na ponte 5eorge WashingtonO @grupo %ue 4tephanie Zo)acs d isse %uecontrola Barr ington ! o mesmo %ue Le)idescobriu na +uropaO 4eriam eles os

4ete %ue o árabe menc ionou depois deatacá9los na%uela )ielaO



6urphy interrompeu a refle,ão para se le)antare cumprimentar Le)i 7brams& %ue acaba)a dechegar#+ra final de tarde# Talon dirigia seu jipe pela

estrada de terra# ?o banco do passageiro elele)a)a duas gaiolas# (ois cães %ue mantinham acabeça para fora da janela do jipe& respirando osdiferentes aromas trazidos pelo )ento# (e )ez em%uando& eles latiam e,citados#Finalmente& ele parou o jipe no topo de umacolina# @s cães pularam e começaram a e,plorar#

Talon retirou as cai,as do banco e as colocousobre o capC do jipe#+le retirou um falcão de cada gaiola& remo)endoo pe%ueno capuz de couro %ue cobria a cabeçade cada a)e# <a)ia algum tempo %ue não da)a aseus caçadores a chance de aprimorar suas

habilidades#@s falcNes olharam para Talon e para os doiscães& obser)ando o ambiente# ?ada escapa)aaos olhos atentos#M +& então& meus pe%uenos& prontos para umpouco de e,ercícioO ?ão %uero %ue percam aprática# M +le soltou os falcNes# 7s a)es alçaram)Co& encontraram a corrente termal ecomeçaram a subir sem nenhum esforço# Logoeram como dois pontos muito distantes flutuandono ar#$or alguns minutos Talon obser)ou os falcNes emseu sobre)Co# (epois& olhou para os cães# +les

fareja)am alguma coisa no terreno# Talon olhou mais uma )ez para o c!u# +rgueu opunho cerrado com o indicador estendido#



(epois& bateu o punho cerrado na palma daoutra mão# +ra o sinal para atacar# Duaseimediatamente& um dos falcNes mergulhou paraa terra& em direção a um dos cães#

@ cão não tinha consci'ncia do perigo# 7s garrasdo falcão atingiram o olho es%uerdo e o focinhodo animal& %ue gritou de dor e rolou pelo chão#+le tentou se le)antar& batendo com uma daspatas no focinho como se %uisesse se li)rar dador# <ou)e um estrondo& um bater de asas& e ofalcão atacou de no)o& dessa )ez acertando oolho direito do cachorro# @ terceiro ata%uederrubou o animal& e o falcão mirou a região dopescoço# @s ganidos duraram apenas algunssegundos#@ outro cão não sabia se de)ia se apro,imar dacomoção ou fugir# Talon repetiu o gesto de bater

com o punho na palma da mão& usando o dedopara apontar a área do ata%ue#@ segundo falcão cuidou do outro cão em poucossegundos#

Talon sorria# 4eus bichinhos não ha)iam perdidoa prática nem a habilidade de matar# +le bateupalmas e as a)es )oltaram a pousar em seusbraços protegidos por couro#

— Belezinhas& )ejo %ue ainda apreciam a caçada#Logo terão outros al)os#?o restaurante& 6urphy e 7brams con)ersa)am#

— Foram dias difíceis M conta)a 6urphy# M 7indanão superei a partida de Bingman# ?ão consigo

dei,ar de associar tudo %ue aconteceu > mortede Laura& ao bombardeio na igreja e > morte detodas a%uelas pessoas %uando está)amos



procurando pela arca# Q difícil perder amigos# +tamb!m foi desanimador )er a arca coberta pelane)e de uma a)alanche& e saber %ue a +scrita na$arede está soterrada sob toneladas de

escombros depois do terremoto %ue destruiu otemplo de Belsazar# — 6ichael& )oc' está )i)o# sis está )i)a# + os)i)os precisam seguir em frente#

— +u sei& Le)i# 6as estou desapontado# 4epudesse estar lá %uando entramos na arca& at!)oc' acreditaria no %ue diz a Bíblia# 7s des9cobertas s8 ajudam a )erificar o %ue sei e ascoisas em %ue acredito#

— 5ostaria de ser um homem de f! como )oc'#6as ainda não cheguei lá#

— Bem& mantenha a mente aberta& Le)i# 4e %uerencontrar a )erdade& ela )ai acabar encontrando

)oc'# (eus tem um jeito de perseguir 4eus filhos#+le pode estar no seu encalço# — +spero %ue sim& 6ichael# — Falando em rastros& Le)i& o %ue descobriu at!agoraO

— -omo já contei& pegamos )ários terroristasen)ol)idos no atentado contra a ponte 5eorgeWashington# Um deles nos deu uma pista sobreum grupo de pessoas %ue chefia uma operaçãode algum tipo na +uropa# Tamb!m confiscamosum laptop onde ha)ia informaçNes sobre a c!lulaterrorista em +t Taiyiba# +& como eu disse& todosos terroristas %ue capturamos tinham a

tatuagem do crescente in)ertido no pescoço#7creditamos %ue Talon está usando esseshomens para fazer parte do seu trabalho sujo# ?a



)erdade& acreditamos %ue ele pode estar pora%ui#

— (e onde tirou essa ideiaO — [usef e 7lona& dois agentes da 6ossad& foram

en)iados a +t Taiyiba assim %ue colhemos asinformaçNes no laptop confiscado# +les t'mmonitorado as ati)idades da c!lula composta dehomens com a tatuagem do crescente in)ertido#+les notaram um homem de pele clara e cabelosescuros con)ersando com membros da c!lula#+sse homem tem um bigode perfeitamenteaparado e sempre usa lu)as### mesmo %uandoestá calor#

— (e)e ser Talon# — ?osso plano ! pegá9los na pr8,ima )ez em %uese encontrarem#

— 5ostaria de participar dessa operação#

— Q essa a id!ia# Dueremos %ue )oc' )eja ohomem %ue acreditamos ser Talon# 3ai poderidentificá9lo& por%ue já )iu seu rosto#

— 6al posso esperar M 6urphy confessouressentido# M Temos contas a acertar# +le matouLaura& tentou matar sis e muitas outras pessoas#

— Tamb!m mantemos outra agente disfarçada&5abrielle& no )ale do Rordão# +la está trabalhandocom o pessoal das e%uipes de socorro eemerg'ncia# 5abrielle conheceu um americanochamado (r# Brian Lehman#

— +sse nome soa familiar# — Tal)ez )oc' já o tenha conhecido& 6urphy# @

geofísico# — 4im& ! claro= Um dos maiores especialistas emterremotos# @ %ue ele faz a%uiO



— +ra o %ue 5abrielle tamb!m %ueria saber# +lacon)ersou com ele sobre os danos causados peloterremoto# $arece %ue ele )eio dos +stadosUnidos para )erificar nossa estação medidora em

+ilat& %ue integra o nstituto 5eofísico de srael#5abrielle te)e a impressão de %ue o (r# Lehmandescobriu algo muito incomum#

— 7lgo relacionado a TalonO — ?a )erdade& en%uanto con)ersa)a com ocientista& ela percebeu um homem de bigode osobser)ando# +le se destaca)a por estaracompanhado por dois ca)alheiros de apar'nciaárabe# 5abrielle pensou %ue ele podia seramericano& mas não tinha certeza# + ficou muitodesconfiada#

— @ %ue Talon pode %uerer com o (r# LehmanO — 7inda não sabemos& mas pretendemos

descobrir# ?ão podemos ignorar pistas oudetalhes nessa altura dos acontecimentos# <ámuita coisa em jogo# 6arcamos um encontrocom o (r# Lehman amanhã# +le estará fazendoperfuraçNes em campo# Duer ir tamb!mO

— $ode apostar nisso# Foi para isso %ue )im#

SESSENTA E TR;S

+"7 @ 6+@ da manhã %uando 7brams e 6urphyentraram na estrada de terra a bordo da )elhacaminhonete# +les ha)iam escolhido a%ueleautom8)el a fim de não atrair muita atenção

para a presença deles na região#



Logo a estrada começou a serpentear montanhaacima# Duando chegaram ao topo& a)istaram asonda de perfuração no )ale# <a)ia um homemmanejando a sonda e dois o obser)a)am

encostados em uma caminhonete branca# +leschegaram ao local dez minutos depois#7brams foi o primeiro a falar& apresentando9se ee,plicando %uem era 6urphy# @ (r# Lehman oscumprimentou& depois os apresentou a Zasib

Tahir& %ue esta)a no comando da perfuração dopoço& e _ahid [aman& tamb!m en)ol)ido naoperação#@ (r# Lehman olhou para 6urphy#

— Rá ou)i seu nome antes# ?ão ! ar%ue8logoO — 4im& senhor# + tamb!m já li alguns de seustrabalhos em geologia#@s homens foram direto ao assunto#

— Uma amiga nossa mencionou %ue tal)ez tenhafeito uma descoberta geol8gica incomum M7brams começou#

— 4im& acredito %ue sim# Duando o terremotoaconteceu& eu esta)a em Tel 7)i)# 4eguiimediatamente para +ilat& onde o nstituto5eol8gico de srael mant!m uma estaçãomedidora instalada no monte 7mram& ao norteda cidade# 7 estação foi perfurada em p8rfiro degranito pr!9cambriano e p8rfiro de %uartzoriolítico# @ sensor está instalado em um in)8lucroespecial em um cofre fechado# 7s leituras sãomuito interessantes# +ntão& aluguei uma sonda

de perfuração para colher amostras da terra emmo)imento e das linhas das falhas# M Lehman se



)irou e apontou# M 3oc' pode )er %ue jáca)amos tr's poços no )ale#

— 6as parece %ue encontrou petr8leo M disse6urphy#

— +,atamente# +ncontramos# + não de)eria ha)erpetr8leo nessa região# — -omo isso ! possí)elO 7cha %ue ! resultado doterremotoO

— -reio %ue sim& (r# 6urphy# Tentarei e,plicar# 7placa tectCnica árabe cerca toda a península]rabe# +ssa região inclui Bahrein& Datar& Zuait&

[emen& @mã& 7rábia 4audita& ra%ue& Rordnia& 4í9ria& Líbano& +mirados ]rabes e srael# ?a)erdade& ela di)ide srael ao meio bem a%ui& no)ale do Rordão#

— 4im& sei disso# Q parte do sistema de falhageol8gica do )ale da Fenda %ue se une > placa

tectCnica africana# +le segue o rio Rordão& %uecorre para o sul pelo mar da 5alileia para o mar6orto#

— +,atamente M confirmou Lehman# M + para onorte ele separa o rã do ra%ue ao longo da basedas montanhas Lugros no rã# Q lá %ue a placaeurasiana se junta ao cenário# (iretamente aonorte está o cinturão 7lpide& um dos tr's maiorescinturNes sísmicos da Terra# +le se estende deseu e,tremo oeste& no oceano 7tlntico& pelapenínsula b!rica e o norte do mar 6editerrneo#7tra)essa a Tur%uia& 7rm'nia& o norte do rã& o<imalaia e& finalmente& desce por Burma para o

leste da Yndia# +stima9se %ue 10 por cento detodos os terremotos ocorram ao longo docinturão 7lpide#



— -om licença& doutores M interrompeu 7brams#M 4erá %ue podem e,plicar tudo isso em termosleigosO ?ão sou ge8logo# @ %ue significa tudo %ueacabou de dizerO

6urphy e,plicouJ — Le)i& imagine uma linha o)al traçada em tornoda península ]rabe# 6ais ou menos como um o)ocom a parte maior para bai,o e a menor paracima# 7gora& imagine uma linha fraturada eirregular se mo)endo para leste e oeste de umlado ao outro desse o)al# @u uma rachadurahorizontal na parte superior do o)o# @ recentetremor no deserto da 4íria causou uma fratura do)ale do Rordão& onde estamos### at! o golfo$!rsico#

— 7 ilustração foi bem clara M apoiou Lehman# M@ terremoto do deserto da 4íria não foi apenas

um tremor de superfície# Foi um tremor profundo. -om isso %uero dizer %ue ele criouuma fenda na superfície da Terra de pelo menosEI %uilCmetros de profundidade# + a energia e aforça criadas por esse tremor seriame%ui)alentes > de todos os e,plosi)os usados na4egunda 5uerra 6undial# Runtos= ncluindo aí asbombas atCmicas#

— mpressionante M confessou 7brams#Lehman continuouJ

— 7t! onde sei& a fenda traça uma linha irregularmoderada entre o 2.a e o 22e paralelos# sso )aido mar da 5alileia& pelo deserto da 4íria at! a

BabilCnia& e depois desce para o golfo# 7credito%ue o petr8leo da região do ra%ue e do golfo$!rsico está escorrendo por essa fenda# $or isso



o encontramos em uma região onde ele nãode)eria e,istir#

— $or %ue está sorrindo& Le)iO M estranhou6urphy#

— 6ichael& ! irCnico pensar %ue srael poderáusar os campos de petr8leo do ra%ue# Talon rastejou para a frente e le)antou a cabeçaentre duas pedras& sempre cauteloso# +ledirecionou os bin8culos para o )ale lá embai,o#Lentamente& escaneou o )ale dos tr's poçosperfurados at! a sonda#Um na sonda e %uatro perto dacaminhonete# (r# 6urphy& estou farto de)oc' e do seu amigo 7brams# Q hora deencerrar o jogo#@ sorriso de 7brams desapareceu# +le ficoumuito s!rio e perguntouJ

— (r# Lehman& com %uantas pessoas con)ersousobre essa teoriaO — 3ejamos### Falei com uma jo)em chamada5abrielle& )oc's dois e os operários da sonda#6ais ningu!m# +stamos ocupados demaisca)ando e cuidando do nosso trabalho#

— \timo M respondeu 7brams ali)iado# M +ssainformação de)e ser tratada com grandecuidado# 4e a mídia tomar conhecimento### bem&isso pode pro)ocar uma tremenda comoção nomundo árabe# + pode ser)ir de base para umaguerra#

— 7h& es%ueci= Falei com outra pessoa# +ra final

de tarde& pouco depois da minha con)ersa com5abrielle# Um homem com cerca de EI anos&



com um bigode e um acento britnico# 6as nãocreio %ue seja ingl's ou australiano#6urphy e 7brams se entreolharam#

— +le disse %ue era s8 um turista )isitando a

Terra 4agrada# + me perguntou o %ue eu esta)afazendo# +u disse %ue perfura)a o solo parae,trair amostras para )erificar a e,tensão doterremoto# Foi %uando Zasib gritou anunciando%ue a sonda ha)ia encontrado petr8leo# @homem e eu corremos at! a sonda para )er o%ue esta)a acontecendo# +le pode ter ou)idominha con)ersa com Zasib& %uando discutimosminha teoria# ?ão tenho certeza# +stá)amosmuito euf8ricos# +u me lembro de ter olhado em)olta pouco depois& mas ele ha)ia desaparecido#$arecia muito simpático# Tenho certeza de %uenão dirá nada a ningu!m#

— +sse homem usa)a lu)as& (r# LehmanO M6urphy %uis saber#Duando Lehman confirmou& 6urphy e 7bramsergueram as sobrancelhas# Talon=7brams ainda passou algum tempo com Lehmandiscutindo a importncia de sua descoberta& ecomo ela poderia afetar de forma negati)a asituação política entre israelenses e árabes#(epois de Lehman prometer %ue não falaria comningu!m at! poder compro)ar sua teoria&7brams e 6urphy )oltaram para +t Taiyiba#+ra final de tarde %uando o (r# Lehman )iu um)elho Land "o)er seguindo para o )ale#

6ais )is i tantes= -ertamente teremos umdia muito ocupado#



Duando o Land "o)er parou& o (r# Lehmanapro,imou9se do autom8)el e reconheceu oturista com %uem ha)ia con)ersado dias antes#

— @lá# ?ão sabia %ue ainda esta)a por a%ui#

Talon apertou a mão dele e perguntouJ — -omo )ai indo seu trabalhoO — Bem# 7 prop8sito& con)ersou com algu!msobre minha descobertaO

— ?ão# $or %u'O — 7gradeceria se não falasse com ningu!m sobreisso# 7inda não temos certeza da e,tensão dadescoberta# ?ão %ueremos criar comoção e gerarfalsas esperanças ou problemas políticos# Tenhocerteza de %ue entende a importncia disso#

— 7h& sim# +ntendo mais do %ue imagina=$rometo guardar nosso segredo# ?a )erdade&%uanto menos gente souber disso& melhor#

— -oncordo# — Fico feliz por concordar comigo# 7cho %ue seriabom reduzirmos ainda mais o n*mero de pessoas%ue já conhecem essa sua descoberta#

— -omo assimO Talon agarrou o braço direito do (r# Lehman e ogirou# 7o mesmo tempo& ele en)ol)eu seupescoço com o braço& apertando9o# $u,andoLehman contra o corpo& Talon aumentou apressão en%uanto sussurra)aJM ?ão& ningu!m )ai saber nada sobre suadescoberta& (r# Lehman# 4erá nosso segredo#@s olhos de Lehman esta)am muito abertos&

transbordando cho%ue e incredulidade# +letenta)a agarrar o braço de Talon& mas era comolutar contra um pedaço de ferro# 7 *ltima coisa



%ue ele )iu foi Zasib descendo da cabine decontrole da sonda e correndo em sua direção#

Talon tamb!m o )iu# +le terminou com Lehman%uebrando rapidamente seu pescoço# <ou)e um

estalo& e o corpo caiu inerte no chão# Talon entãocerrou o punho e bateu na palma da outra mão&apontando um dedo para o homem %ue seapro,ima)a#Zasib esta)a a poucos passos de Talon %uando ofalcão o atingiu# +le não conseguia en,ergarnada# 7 a)e perfurou seu olho direito e arrancouparte da carne de seu rosto# Zasib grita)a de dore desespero& le)ando as duas mãos ao olhoperfurado# ?o segundo ata%ue& a a)e rasgou a

jugular de Zasib& %ue caiu de joelhos sufocadopelo pr8prio sangue#_ahid ha)ia testemunhado toda a cena# 7rmado

de uma barra de ferro& correu para Talon# $odiase defender e )ingar os dois assassinatossel)agens#

Talon percebeu a determinação do homem#Bateu duas )ezes com o punho cerrado na palmada mão# _ahid olhou do homem para o c!u&notando %ue um falcão se apro,ima)a pelaes%uerda# +le girou a barra de ferro& segurando9acomo se fosse um taco de beisebol#@ golpe acertou o peito da a)e# ?ão hou)enenhum piado# 7penas um ba%ue& e penas)oando# -hocado& Talon gritou ao )er um de seus%ueridos animais e,plodir diante dele#

@ segundo falcão )inha logo atrás do primeiro&mas o mo)imento de _ahid o des)iou do al)o# 7a)e mal conseguiu arranhar a cabeça do homem



%ue de)ia cegar e matar# _ahid agita)a os braçose se mo)ia com desespero %uando o falcãoatacou pela segunda )ez# 4eu braço atingiu a asado pássaro& %uebrando9a# 7s garras do falcão

rasgaram seu peito#<omem e a)e caíram no chão# _ahid rolou sobrea a)e e a esmagou& depois a pegou pelas patas ecomeçou a bater com seu corpo contra o chãonum ata%ue fren!tico#

Talon& horrorizado com a perda de seus %ueridospássaros& se apro,imou de _ahid por trás eatirou em sua nuca#

SESSENTA E 5UATRO

6U"$<[ + 7(764 se encontraram para o caf! damanhã e para discutir os planos do dia#

— 4abe& 6ichael& ti)e muita dificuldade paradormir essa noite# Fi%uei pensando nadescoberta do (r# Lehman# +la pode se tornarum catalisador de uma guerra contra srael#

— +ngraçado )oc' falar nisso# Tamb!m ti)e amesma preocupação# 4e o (r# Lehman esti)er

certo sobre srael poder ter acesso ao petr8leodos árabes& a confusão será ine)itá)el efenomenal#

— + não )ai colaborar em nada para a %uestão doanti9semitismo#

— sso ! eufemismo& Le)i# +sti)e lendo um artigodi)ulgado pelo (epartamento de +stado dos

+stados Unidos# Fala)a do seminário sobre anti9semitismo organizado pelas ?açNes Unidas& o 7to



de "e)isão ao 7nti9semitismo 5lobal assinadopelo presidente& e os comentários do@bser)at8rio 4uíço de "eligiNes em Lausanne#

— $or %ue esta)a lendo isso& 6ichaelO

— Bem& )oc' sabe %ue acredito %ue estamos)i)endo os dias antes da )olta do -risto# 7 Bíbliaindica %ue nos *ltimos dias ha)erá o aumento daanimosidade contra srael# 7t! o @bser)at8rio4uíço de "eligiNes reconhece %ue hou)ecrescimento do anti9semitismo na *ltima d!cada#6ais de trinta países europeus indicaram a altado )andalismo e da profanação de cemit!rios

judeus e bombardeios contra sinagogas# Tamb!m hou)e um aumento no n*mero depublicaçNes racistas contra os judeus e um no)oanti9semitismo na nglaterra e em outros países#sso ! )isto especialmente em jornais árabes

como o "l %anar e em redes de notícias árabes&como 7l Razeera e 7l 7rabiya# 7s pala)ras de 8diocontra srael são cada )ez mais comuns# +ssa !uma das razNes pelas %uais acredito %ue nosapro,imamos do (ia do Ruízo Final de (eus#

— 4abe& 6ichael& amo os +stados Unidos eacredito no %ue o país propNe& mas de)oconfessar %ue sinto o mesmo na 7m!rica do?orte# <á muitos estere8tipos& sátiras ecaricaturas sobre os judeus#

— @deio admitir& mas )oc' tem razão& Le)i# @anti9semitismo tem raízes profundas nos +stadosUnidos# 7cho %ue tudo isso gira em torno de

%uatro conceitos# 6uitas pessoas acreditam %uea comunidade judaica tem controle clandestinosobre o go)erno& a mídia& os neg8cios



internacionais e o mundo financeiro# <á umacrescente crítica contra as políticas israelenses###especialmente contra os palestinos# 7 populaçãomuçulmana em crescimento no mundo todo tem

fortes sentimentos contra os judeus# +ssa ! s8 acontinuação do antigo conflito entre as naçNesárabes e srael# 7lgo %ue se prolonga desde7braão# + há tamb!m uma forte desapro)ação)oltada para os +stados Unidos e a globalização%ue transborda para srael# +sse tipo deantiamericanismo )isceral está afetando muitospaíses no mundo# @s judeus& de maneira geral&se identificam com a 7m!rica& e muita gente temuma antipatia preconceituosa pelos judeus comouma raça#

— +ssa ! uma maneira bem clara de colocar asituação& 6ichael# Um antigo pro)!rbio árabe diz

%ue A@ inimigo de meu inimigo ! meu amigoA#4ei %ue muitos países árabes tra)am amizadecom %ual%uer um %ue seja contra os +stadosUnidos ou srael# ?ão somos condenados apenaspor nossas políticas& mas por %uem somos comopo)o#M ?ão tenho nenhuma resposta simples para umproblema tão comple,o& Le)i# 48 posso dizer %uefico feliz por sermos amigos# Tudo %ue sei aocerto ! %ue esse problema )em de muito tempoe parece e,acerbado nos tempos atuais# 7descoberta do (r# Lehman ! s8 mais umingrediente na mistura#

Talon olhou pelo espelho retro)isor do Land"o)er en%uanto percorria as ruas estreitas# +le



obser)a)a com grande antecipação# Vamos, vamos. ;u sei 0ue você est4 a@.+ntão ele )iu a frente da )elha )an )erde )irar aes%uina atrás dele#

+stá se mantendo bem d is tante# ## masprecisa aprender a ser mais suti l # ?ão hámais espiNes como antigamente#+le sorriu e seguiu em frente at! chegar naperiferia de +t Taiyiba& onde entrou numa ruadeserta cujos pr!dios pareciam abandonados# +leparou diante de um dep8sito& um armaz!m dedois andares com )itrines ocupadas por algunsmane%uins %uase destruídos#<a)ia %uatro árabes do lado de fora da portadupla# +les con)ersa)am e gesticula)am muito#@ grupo parou de falar %uando Talon saltou doLand "o)er# 4ua presença parecia chamar a

atenção# +les o cumprimentaram com bre)esmo)imentos de cabeça& sem sorrisos ou apertosde mão# +ra e)idente %ue o temiam#Um dos árabes subiu no Land "o)er& foiestacionar o carro depois da es%uina e )oltou aogrupo em seguida#6urphy riu ao ou)ir o celular de 7brams começara tocar o tema do filme FDodo.7brams foi bre)e ao telefone#

— $onha sentinelas em todas as entradas esaídas# -hegaremos logo aí#

— +ra Uri M disse ele a 6urphy# M +le seguiu ohomem de bigode at! um )elho armaz!m em

uma área de +t Taiyiba# Lá ele encontrou %uatroárabes& e o grupo entrou no armaz!m# saac& Ru9dah e 5abrielle estão com Uri# 7cho %ue esse



pode ser nosso *ltimo ato com Talon e seupessoal# 6al posso esperar para colocá9lo atrásdas grades= ?unca )i ningu!m gostar tanto dematar#

7brams e 6urphy pararam o carro atrás da )an)erde# (esceram da caminhonete e entraram naparte traseira da )an# 7brams apresentou6urphy a Uri e perguntouJ

— 7lgu!m saiu de lá desde %ue )oc' telefonouO — ?ão# @ pr!dio tem uma porta dupla na frente&uma porta lateral e outra no fundo# saac& Rudah e5abrielle estão )igiando todas elas# ?ingu!msaiu#

— Tem uma arma e,traO — Q claro %ue sim# (e %ue tipoO — (' uma das automáticas a 6urphy# Todos n8sprecisamos estar armados#

+les se apro,imaram cuidadosamente da )itrinee olharam atra)!s do )idro# 7 luz natural da ruapenetra)a no armaz!m& mas eles nãoconseguiam )er mo)imento ou luminosidade nointerior#

— (e)em estar no fundo M disse 7brams# M Uri&fale com saac& Rudah e 5abrielle pelo rádio& digapara eles se manterem em suas posiçNes& amenos %ue peçamos reforço# + diga parapermanecerem a postos se ou)irem tiros# ?ão%ueremos %ue ningu!m escape# +specialmente ohomem de bigode# +le ! muito ardiloso& muitosagaz#

7brams tentou a porta da frenteG esta)atrancada# Uri entregou a 7brams um jogo de



gazuas& e momentos depois a porta esta)aaberta#

— 6uito bom M 6urphy elogiou# — Tru%ues do ofício M e,plicou 7brams com

mod!stia#+les entraram e pararam para ou)ir& mas s8ha)ia o sil'ncio#-om as armas em punho& o grupo seguiu parauma porta atrás de um balcão bastante )elho eempoeirado# +les a abriram& cautelosos# 7oconstatar %ue não eram recebidos por tiros&entraram no %ue parecia ser um dep8sito#Fileiras de prateleiras eram ocupadas por cai,asde papelão em torno do espaço amplo# -ai,as demadeira esta)am empilhadas nos corredores#Uma janela no fundo dei,a)a entrar alguma luz#7brams sussurrouJ

— 6ichael& )oc' )ai pelo corredor da direita# Uri&)oc' segue pela es%uerda# 3ou pelo centro#4ejam cuidadosos e permaneçam atentos#Lembrem9se de %ue eles podem estar escondidosatrás das cai,as# ?ão façam nenhum barulho#6urphy ha)ia percorrido uns no)e metros%uando ou)iu um som atrás de uma cai,a umpouco mais > frente# +le se apro,imou comcuidado& em sil'ncio# 4eria seu ar%ui9inimigo

Talon ou um de seus terroristasO $recisa)a estarpreparado=+le ha)ia alcançado a cai,a %uando um gatomiou e correu por entre seus p!s# 6urphy le)ou

um susto tão grande %ue %uase atirou#



6ais um mot i)o para od iar gatos # -omeles& ! amor ou 8dio# ?ão há meio9termo#Dual%uer um no pr!dio poderia ter escutado o

miado do animal#Logo depois ecoou um tiro# 7 bala ricocheteou nosuporte de aço da prateleira perto da cabeça deUri& %ue se jogou no chão e atirou na direção deonde )iera o disparo# +m seguida& rolou para trásde uma cai,a pr8,ima#7brams e 6urphy foram ameaçados por outrostiros %uase %ue ao mesmo tempo& e tamb!m se

jogaram no chão em busca de proteção# Logo asbalas ziguezaguea)am pelo armaz!m# 6urphyergueu a mão sobre a cai,a %ue o protegia eatirou na direção do desconhecido %ue oameaça)a# <ou)e um período de sil'ncio# -ada

grupo tenta)a ou)ir os ruídos %ue indicariam alocalização do ad)ersário# — Bem& (r# 6urphy& nos encontramosno)amente#Um arrepio percorreu a espinha de 6urphy aoou)ir a )oz de Talon#

— $or mim& esta será a *ltima )ez M respondeu6urphy com firmeza#

— 4erá a *ltima para )oc'& pro)a)elmente# 7indanão aprendeu a se proteger ou proteger suasmulheres# -onsiderando o %ue aconteceu comLaura###6urphy sentia crescer a rai)a e o desejo de

)ingança#-uidado& 6urphy# +le está tentando le)á9lo ao l imite para induzi9 lo a agir deforma



intempesti)a& descuidada# ?ão caianessa#7brams tenta)a se posicionar para descobrir deonde )inha a )oz de Talon& %uando outro tiro

ecoou no galpão# (epois& o sil'ncio retornou#Uri começou a se mo)er na direção de 7bramsno corredor central# 6urphy se mantinha namesma posição#saac& Rudah e 5abrielle ou)iram os tiros# @primeiro impulso era de correr para ajudar oshomens lá dentro& mas& conforme ha)iam sidoinstruídos& se manti)eram onde esta)am&guardando as portas#saac mal )iu o lampejo da luz# 7lguma coisa%uebrou a )idraça > es%uerda da porta dupla# ?omesmo instante& uma e,plosão no interior doarmaz!m estilhaçou as outras )itrinas e e,plodiu

as portas# @ fogo espalhou9se#(e)e ter sido uma granada=saac pegou o rádio#M saac para Rudah e 5abrielle# 7cho %uearremessaram uma granada contra a frente doarmaz!m# 6antenham suas posiçNes# ?ingu!mde)e escapar#saac pegou o rifle e saiu da segunda )anestacionada do outro lado da rua& diante doarmaz!m# +le olhou pela mira poderosa nadireção de onde o e,plosi)o fora arremessado#+sta)a )igiando as janelas de um edifício dooutro lado da rua& tentando localizar o atirador#

+le percebeu um sutil mo)imento em um pr!diona diagonal a partir da frente da loja# Duando



começou a apontar& ou)iu pneus cantando noasfalto e olhou para o local de onde )inha o som#@ Land "o)er& com Talon na direção& )ira)a naes%uina da rua e )inha em sua direção# +le olhou

para a janela mais uma )ez# $odia )er umhomem mirando o lançador para disparar maisuma granada# saac le)antou o rifle& mirou edisparou# @ tiro saiu uma fração de segundoatrasado# @ homem na janela já ha)ia lançado oe,plosi)o#@ árabe foi jogado para trás ao ser atingido nopeito pela bala %ue o matou instantaneamente#7 segunda granada passou pela porta aberta dogalpão e rolou at! o balcão antes de e,plodir# @lampejo foi )isto de fora# 7s chamas agoraen)ol)iam toda a estrutura#saac olha)a para o Land "o)er# Talon apertou o

gatilho da submetralhadora ao passar por ele&com os %uatro terroristas#saac sentiu a bala penetrar em sua co,aes%uerda& alguns centímetros abai,o da )irilha& ecaiu& soltando o rifle# nstinti)amente& sacou aarma do coldre no ombro e começou a atirar#M saac= saac& o %ue está acontecendoO

Rudah e 5abrielle corriam para a frente doedifício# +les ha)iam chegado at! saac %uando aprimeira e,plosão aconteceu 7 )iol'ncia doimpacto os derrubou#@ )elho armaz!m começa)a a desmoronar# (erepente& mais %uatro e,plosNes ocorreram&

simultaneamente#



@ general Li foi o primeiro a falarJ — nfelizmente& não conseguimos concluir oatentado contra a ponte 5eorge Washington#7%uele (r# 6ichael 6urphy e seu amigo Le)i

7brams se tornaram pedras no nosso sapato# — Q )erdade& general Li M concordou 4ir William6erton# M +les impediram o ata%ue& mas&lembre9se& não conseguiram conter o pnico e oterror# + isso foi suficiente para ameaçar osmembros das ?açNes Unidas& con)encendo9os a)otar pela mudança da sede para outro lugar&fora dos +stados Unidos# @s detalhes são contro9)ersos& ! )erdade& mas o resultado final foisatisfat8rio# + isso merece um brinde#

Todos brindaram& erguendo suas taças# — -oncordo M sorriu o general Li# M +stouapenas desapontado por não termos causado

mais dano# 7 destruição da ponte teria custadoaos arrogantes americanos muito dinheiro eferido profundamente seu orgulho por não teremsido capazes de deter outro ata%ue terrorista emseu país#

— 6as temos outros planejados M lembrou5anesh 4hesha#

— Tal)ez realize seu desejo mais depressa do %ueimagina& general#

RaHoba Werner sorriu e soltou os cabelos loiros doco%ue# 4uas bochechas rechonchudas esta)amcoradas#

— 7cho %ue podemos nos considerar felizes M

e,clamou ela# — Logo o no)o pr!dio das ?açNes Unidas seráconstruído na BabilCnia# @s árabes estão



euf8ricos com a ideia de receber as ?açNesUnidas# + com o financiamento da construçãopela União +urop!ia& conforme planejamos& ospaíses árabes estarão em dí)ida com a +uropa# 7

União +urop!ia passará a ser )ista como AomocinhoA da hist8ria# ?ossos representantes jánegociam com a 7rábia 4audita& o rã e o ra%uepor preços reduzidos para o petr8leo em troca donosso apoio# sso ajudará a fortalecer o euro edes)alorizar ainda mais o d8lar americano#-onseguimos at! con)encer os árabes a ele)aros preços do petr8leo para os +stados Unidos#sso os forçará a perfurar no 7lasca& o %ue )aienfurecer os ambientalistas# Tudo está seencai,ando em seus lugares#

— RaHoba tem razão M afirmou RohnBartholome# M -onseguimos at! corromper

alguns membros das ?açNes Unidas# Q mara9)ilhoso )er como o dinheiro pode comprar %uasetudo# ?8s os ajudamos a abrir contas secretasem bancos suíços# 6al sabem eles %ue podemossacar os fundos dessas contas= @ dinheiro )ai den8s para eles& e depois o pegamos de )olta# @mundo das finanças não ! incrí)elO @s bancosnão passam de peças em nosso jogo de ,adrez#

— 7 prop8sito& sei %ue tem trabalhado nisso###-onseguiu encontrar um meio de des)iar osfundos das contas numeradas dei,adas pelosnazistas depois da 4egunda 5uerra 6undialO Mperguntou 4ir William#

Bartholome sorriu# — Q claro %ue sim# ?ão s8 suas contas& mas muitomais# 4empre há um meio de con)encer os



e,ecuti)os dos bancos a trabalharem para n8s#48 precisamos mostrar a eles fotos de suasfamílias e perguntar se %uerem %ue a%uelaspessoas continuem )i)as# +sse ! sempre um

argumento mara)ilhoso# (e)emos nos alegrarcom a rapidez com %ue amealhamos poder# Logoestaremos no comando de tudo %ue acontece nomundo#

Todos aplaudiram#3iorica +nesco desliza)a o dedo pela borda dataça de )inho e olha)a para o oceano#

— +m %ue está pensando& 3ioricaO M perguntouBartholome#

— +m Talon# +le parece ter aceitado o desafio deeliminar os %ue tentam conter nosso progresso#+le já cuidou de 4tephanie Zo)acs& %uetransmitia informaçNes para o (r# 6urphy# +

tamb!m conseguiu recuperar o material com asanotaçNes do (r# 7nderson antes %ue 6urphy asdi)ulgasse# Foi bem9sucedido em causar pnicogeral nos +stados Unidos com o ata%ue > ponte#+& pelo %ue sei& está empenhado em destruir o(r# 6urphy# ?ão acham %ue ele merece umagratificaçãoO

Todos concordaram#@ senor 6endez comentouJ

— 7inda temos uma ponta solta# Todos o ou)iam atentos# — 6atusal!m# +le ! um homem muito poderoso#?ão s8 ! rico e influente### mas está furioso com

a perda de sua família# +le descobriu %ueestá)amos por trás da %ueda do a)ião em %ueeles )iaja)am# Duer sabotar nossos planos de



todas as maneiras# +le %uer )ingança= $or issoestá ajudando 6urphy# $recisamos pensar numplano para lidar com ele#

Todos assentiram& repentinamente preocupados#

Bartholome falouJ — 6atusal!m sabe muito sobre n8s e nossocrescente poder# ?ão %ueremos %ue ele estraguetudo# @ %ue tamb!m de)emos descobrir ! se6urphy ou a%uela mulher& a tal 6c(onald& leramas anotaçNes do (r# 7nderson# Duanto ele sabesobre o 6enino e nossos planos para eleO6atusal!m e 6urphy precisam ser eliminados#

Ambos. — 7cho %ue precisamos nos focar um pouco M 4irWilliams opinou& deslizando o dedo pelocolarinho clerical# M $enso %ue de)emos mandar

Talon de )olta ao mar ?egro# Temos %ue resol)er

essa %uestão pendente en)ol)endo itens )aliososda arca# $otássio EI ainda pode prolongarcompro)adamente a )ida& e precisamosdescobrir os segredos dos pratos de bronze e doscristais# + tamb!m de)emos começar criando umcenário para o estabelecimento de um no)omo)imento religioso# @s anos 1KSItestemunharam o sucesso da%ueles %uetentaram con)encer o mundo de %ue (eusesta)a morto M um desafio importante para ose)ang!licos# (epois& no final da d!cada de 1K/I&o conceito do oculto começou a crescer com aajuda dos desenhos animados no fim de semana&

com personagens demoníacos& bru,as&fantasmas& magos e her8is sobrenaturais# 7goratemos uma geração inteira cansada dessa



con)ersa de %ue (eus está morto e do )azio %ueela traz# +les foram le)ados na infncia a aceitaro oculto# +stão prontos para um líder religioso%ue fale sobre a fraternidade entre os homens e

a paz no mundo# — -oncordo M declarou Bartholome mo)endo acabeça em sentido afirmati)o# M $recisamoscomeçar a pensar na id!ia de unir muitas f!s#7%uela )elha hist8ria de %ue todas as estradasle)am a "oma& ou a teoria dos aros da roda& na%ual cada religião ! um aro compondo a roda%ue gira e nos le)a a (eus# $recisamosimplementar nossas ati)idades nessa área#

— -omeçamos bem com a tentati)a de redefinir o?atal e outros feriados religiosos& como a $áscoaM lembrou 5anesha 4hesha# M (e)emoscontinuar promo)endo a tolerncia e mais leis

sobre o discurso de 8dio# $recisamos impedir oscristãos de impingir aos outros suas ideias sobre(eus# @ cristianismo ! um cncer %ue de)e sereliminado para %ue possamos alcançar osucesso#

Todos concordaram# — ?ão es%ueçam pessoas como 6ichael 6urphyM disse RaHo9 ba Werner# M 4ão tipos como ele eo direito religioso %ue se tornam realmenteperigosos# +les sabem demais sobre a Bíblia e o%ue ela ensina realmente# 4ão perigosos por%uenão t'm medo& e conseguem con)encer osoutros a seguirem9nos# ?ão precisamos dele ou

de pessoas como ele prejudicando nossacapacidade de criar o ambiente ideal para o6enino#



Bartholome ergueu a )oz# — -reio %ue chegou o momento de os 7migos da?o)a @rdem 6undial irem a p*blico# $recisamosda mídia para disseminar nossa mensagem# 7

fundação da União +urop!ia ! s8lida e estácrescendo# 7 +uropa se le)anta#

SESSENTA E SEIS

DU7?(@ 7 $"6+"7 granada e,plodiu na )itrina& ocho%ue derrubou Uri e 6urphy#Uri foi o primeiro a falar#

— (r# 6urphy& )oc' está bemO — 4im& apenas surpreso# 4into cheiro de fumaça#7 e,plosão de)e ter desencadeado um inc'ndio#Uri esta)a %uase na posição de 6urphy#

— Le)i& )oc' está bemO — ?ão hou)e resposta# — (r# 6urphy= Le)i foi atingido por um tiro= +leestá sangrando& há um ferimento na cabeça#

— +stá )i)oO M perguntou 6urphy& pulando porcima dos escombros en%uanto corria ao encontrodos dois homens#

6urphy esta)a na metade do caminho %uando asegunda e,plosão sacudiu o armaz!m#Uri esta)a debruçado sobre 7brams %uando elaocorreu# @ impacto o matou instantaneamenteGseu corpo protegeu o de 7brams de no)osferimentos# 7s cai,as funcionaram como umescudo contra os estilhaços& mas 6urphy caiu

com o impacto e ficou no chão& tonto e com umhorrí)el zumbido nos ou)idos#



6urphy se le)antou com grande esforço e foiremo)endo os escombros de cima de Uri e Le)i#Duando )iu a e,tensão dos ferimentos sofridospor Uri& te)e certeza de %ue a 6ossad perdera

um agente& mas ainda tentou sentir suapulsação# ?ão ha)ia mais nada# +le então olhoupara Le)i 7brams# @ peito se mo)ia para cima epara bai,o# Duando 6urphy começou a remo)era prateleira %ue imobiliza)a o amigo&compreendeu& furioso& tratar9se de uma armadilha...uma armadilha! -alon sabia 0ue eles iriam, e conseguira

peg4"los.4entindo %ue algo mais podia acontecer& %ueriatirar 7brams do edifício#+les de)em ter uma saída secreta emalgum lugar# (e)e ser per to do localonde esta)am en%uanto at ira)am contra

n8s#@ fogo era intenso e se espalha)a rapidamentedepois da segunda e,plosão# <a)ia muitafumaça& dificultando a )isão e a respiração#Logo 6urphy conseguiu identificar de ondeha)iam partido os tiros# Talon e seus homenstinham construído uma barricada com cai,as& eficaram esperando atrás delas#6urphy se debruçou sobre as cai,as e )iu umalçapão aberto# (e)ia ser a entrada de um t*nel#"astejando no chão para e)itar a fumaça& elepu,ou 7brams para o buraco# @ t*nel de)ia ter 1metro de dimetro#

+ssa era a saída de emerg'ncia para osterroristas#



6urphy deitou 7brams de costas dentro do t*nelcom a cabeça )oltada para a frente# (epois& tirouo cinto de ambos& prendendo as e,tremidadesformando um círculo# +ntão& com ele& en)ol)eu o

amigo pelas a,ilas#6urphy sabia %ue seria difícil arrastar 7bramspelo t*nel estreito# 7l!m de pesar cerca de KI%uilos& ele esta)a inconsciente# 6as se oapoiasse nas costas& poderia tirá9lo do chão#+ntão& o le)aria para fora rastejando&carregando9o sobre suas costas#6urphy ha)ia começado a rastejar pelo t*nel%uando ou)iu o estrondo da parte frontal doedifício desmoronando# 7 terra tremeu# $edaçosde terra caíam na abertura# @ medo de sersoterrado pelo desmoronamento o fez rastejarmais depressa e rezar pela ajuda de (eus#

@utro estrondo sacudiu a terra& %uasederrubando 7brams# +le ainda se mo)ia %uandoparte do t*nel desmoronou sobre suas pernas#+ra impossí)el seguir em frente#7 poeira no interior da abertura praticamenteimpedia a respiração# Tossindo& 6urphy pu,ou acamiseta para cobrir o nariz e a boca& como umfiltro impro)isado& e esperou alguns minutos paraa poeira bai,ar#+ntão& procurando manter a calma& girou os doiscintos para soltá9los# 4em o peso de 7brams& eleconseguiu dar impulso e libertar os p!s# 7goraprecisa)a )oltar e libertar o amigo& se ele ainda

esti)esse )i)o#@ t*nel ficara ainda mais estreito com odesmoronamento# ?a escuridão total& o medo



começou a dominar sua mente# 6urphy tenta)ase )irar para )oltar ao local onde 7brams aindapermanecia preso e desacordado# 4uas costasesta)am pressionadas contra a terra& e as pedras

perfura)am sua carne#Duando conseguiu fazer metade da rotação& o p!ficou preso numa pedra& e não podia mo)'9lo#6urphy sentia dificuldade para respirar# +sta)apreso# ?ão conseguia ir para a frente ou paratrás# @s m*sculos de suas pernas ameaça)am secontrair em cãibras# @ pnico fazia seu coraçãobater de modo acelerado#6urphy se lembrou de um período da infnciaem %ue participara de um grupo de escoteiros#4ua tropa fora acampar nas montanhas numanoite fria# +le rastejara para o saco de dormir ese encolhera dentro dele& tentando permanecer

a%uecido#(urante a noite& de alguma forma& seu corpo se)irara completamente# @s p!s foram parar naabertura do saco e a cabeça& no fundo#+le se lembrou de como se sentira ao perceber%ue não conseguia alcançar o zíper para selibertar# +ra preciso se )irar dentro do saco paraencontrar a abertura e respirar#?a%uela )ez ele tamb!m ficara preso en%uantogira)a o corpo# @ tecido se enroscara em seutornozelo e ele ficara preso# + ha)ia sido na%uelemomento %ue e,perimentara pela primeira )ez opnico da claustrofobia# ?a%uele tempo&

desconhecia %ue era esse o nome do %ue sentia# Tudo %ue sabia era %ue esta)a preso& sem ar&sem esperança de escapar# $or mais %ue



hou)esse sido treinado para se li)rar de tal tipode situação& não conseguia fazer nada# @ saco dedormir passara a ser o saco da morte#7 claustrofobia nunca mais o abandonara### e

agora esta)a preso no)amente# Dueria gritar esair do t*nel apertado e escuro& mas as paredesnão se mo)iam#Duando criança& ele con)ersa)a consigo mesmo#-on)encera9se a não lutar com o saco& controlara respiração### controlar as emoçNes#6urphy tentou rela,ar# $or causa da posiçãoencolhida& precisa)a respirar lentamente& deforma superficial# @ peito não se e,pandia emsua capacidade má,ima#6esmo assim& ele se obrigou a rela,ar& e depoisde certo tempo terror e pnico cederam espaçopara o pensamento racional#

6eu p! está preso# $reciso me soltar dealguma maneira#(e)agar e de maneira calculada ele apro,imou amão dos tornozelos#4e eu consegui r mo)er um pouco o p! &tal)ez ele se solte#@s dedos mal toca)am o cano da bota#48 mais um pouco#+sse pouco fez seu peito se comprimir# @ pnicoretornou& e agora esta)a ainda mais encolhido#"ela,e& 6urphy# "ela,e# "espire bemde)agar#Le)ou cerca de trinta segundos para tentar

mo)er o braço e a mão no)amente# 7gora jápodia sentir a pe%uena pedra %ue causa)a todo oproblema# -om os dedos& ele mo)eu a rocha para



a frente e para trás at! soltá9la da terra# @ p! sesoltou#Duando parou para respirar no)amente& ele fezuma oração agradecendo a (eus pelo pe%ueno

milagre#6urphy podia esticar as pernas e se esticar not*nel# @ ar enchia seus pulmNes& trazendo de)olta a )ida#-ontrolado& deitou9se de barriga para bai,o eestendeu o braço para tocar a cabeça de Le)i7brams# Terra e poeira no t*nel ha)iam ajudadoo sangue a coagularG a ferida já não sangra)atanto# +le passou a mão por cima da boca e donariz do amigo# 7inda era possí)el sentir o armorno de sua respiração#@br igado& (eus& por manter meu amigo)i)o# @brigado por me ajudar a me

soltar#6urphy rastejou para a frente# @s dedosarranha)am a terra e as pedras en%uantotenta)am soltar as pernas de 7brams dos es9combros# 6urphy le)ou duas horas paraconseguir libertar 7brams# @s dedos sangra)ame a dor era intensa#+ntão& agarrou o amigo pelos braços e começoua pu,ar# @ corpo de 7brams escorregoulentamente pelo cascalho solto# 6urphy reuniuforças e pu,ou mais uma )ez#+stá funcionando=6urphy pu,a)a e se esforça)a ha)ia dez minutos

%uando se deu conta da gra)idade da situação#+sta)a em um t*nel escuro& rastejando& rumo aodesconhecido# ?ão sabia ao certo %ual era a

A Profecia da Babilônia Livro 03 - Tim Lahaye 303p.

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