A Pirâmide Na Praia de Solymar-Montevideo-Uruguay

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A Pirâmide na Praia de Solymar (Montevideo- Uruguay) Essa experiência começou depois de uma ânsia de estar em um lugar próximo ao mar, ou pelo menos, na Praia de Solymar, nas cercanias de meu querido, estimado e belo Montevideo, na ponta do coração geográfico conhecido como Uruguay. E foi assim que aconteceu: um teu, sem eu... morreu quando prometeu. Após um dia de excessos e de grandes distâncias percorridas na cidade de Montevideo, eu e minha companheira naquela época resolvemos fazer uma visita a uma tia sua que morava na praia de Solymar, o que pelo nome me chamava a atenção e a curiosidade: para mim, Sol y Mar. Porém, não tivemos a oportunidade de ver a tia de Solymar. No entanto, resolvemos partir direto para a praia, seguindo pelo lado destro da carreteira que liga Montevideo a Punta de Leste e o litoral marítimo do Uruguay. E foi nesse litoral de água doce e turva, onde tecnicamente ainda não é litoral marítimo, e sim litoral do Rio do Prata, ou seja, apenas depois de Punta del Leste, que geograficamente é considerado uma península, que o Oceano Atlântico se apresenta. Porém a água se mistura, formando o estilo peculiar entre o Oceano Atlântico e as águas turvas do estuário do Rio da Prata. Diante dessa imensidão e ocasião, pensei em deixar uma marca e lembrança de minha passagem por Solymar: resolvi fazer uma pirâmide de areia na praia para presentear o Sol e o Mar pelo presente que me proporcionou. E foi assim que começou o projeto e execução da pirâmide da praia de Solymar. Isso ocorreu em data aproximada entre agosto e setembro de 2013. A pirâmide seguiu uma intensão de ficar exposta geograficamente para cada ponto cardeal. Em cada lado coloquei o símbolo de cada lado do globo terrestre. A pirâmide não ultrapassava 1 metro de altura. No lado oeste abri uma abertura que penetrava até o meio geométrico da pirâmide. Me inspirei na obra literária de Eduardo Sabat e seu estudo sobre a gama dinâmica. Durante a execução eu tinha uma preocupação: acabar a pirâmide antes do entardecer. O motivo: poder ver do lado leste

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A Pirâmide na Praia de Solymar (Montevideo-Uruguay)

Essa experiência começou depois de uma ânsia de estar em um lugar próximo ao mar, ou pelo menos, na Praia de Solymar, nas cercanias de meu querido, estimado e belo Montevideo, na ponta do coração geográfico conhecido como Uruguay. E foi assim que aconteceu: um teu, sem eu... morreu quando prometeu.

Após um dia de excessos e de grandes distâncias percorridas na cidade de Montevideo, eu e minha companheira naquela época resolvemos fazer uma visita a uma tia sua que morava na praia de Solymar, o que pelo nome me chamava a atenção e a curiosidade: para mim, Sol y Mar. Porém, não tivemos a oportunidade de ver a tia de Solymar. No entanto, resolvemos partir direto para a praia, seguindo pelo lado destro da carreteira que liga Montevideo a Punta de Leste e o litoral marítimo do Uruguay.

E foi nesse litoral de água doce e turva, onde tecnicamente ainda não é litoral marítimo, e sim litoral do Rio do Prata, ou seja, apenas depois de Punta del Leste, que geograficamente é considerado uma península, que o Oceano Atlântico se apresenta. Porém a água se mistura, formando o estilo peculiar entre o Oceano Atlântico e as águas turvas do estuário do Rio da Prata.

Diante dessa imensidão e ocasião, pensei em deixar uma marca e lembrança de minha passagem por Solymar: resolvi fazer uma pirâmide de areia na praia para presentear o Sol e o Mar pelo presente que me proporcionou. E foi assim que começou o projeto e execução da pirâmide da praia de Solymar. Isso ocorreu em data aproximada entre agosto e setembro de 2013.

A pirâmide seguiu uma intensão de ficar exposta geograficamente para cada ponto cardeal. Em cada lado coloquei o símbolo de cada lado do globo terrestre. A pirâmide não ultrapassava 1 metro de altura. No lado oeste abri uma abertura que penetrava até o meio geométrico da pirâmide. Me inspirei na obra literária de Eduardo Sabat e seu estudo sobre a gama dinâmica.

Durante a execução eu tinha uma preocupação: acabar a pirâmide antes do entardecer. O motivo: poder ver do lado leste da pirâmide o sol, através da abertura geometricamente projetada no lado oeste da pirâmide. E foi assim que terminei. No lado oeste da pirâmide abri outra abertura com uma inclinação para o interior e para a parte inferior da pirâmide, até o ponto central, de onde, ao me postar quase com a cabeça na areia, eu consegui olhar o sol no poente do lado oeste. Eis o que nunca entendi. Nunca fiz uma pirâmide e na primeira vez tive a iluminação de presenciar o poente do sol na praia de Solymar, na ponta do coração geográfico uruguayo, e assim parti, deixando para lembrança, uma pirâmide de areia na linda e bela praia de Solymar. Um dia pretendo retornar e contruir outra pirâmide na praia de Sol y Mar. Que assim seja.