A Perfeição e Profundidade da Sabedoria de Deus · Sua sabedoria, criou a história, pela...

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A Perfeição e Profundidade da Sabedoria de Deus Por Silvio Dutra Ago/2019

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A Perfeição e Profundidade da Sabedoria de Deus

Por

Silvio Dutra

Ago/2019

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A474 Alves, Silvio Dutra A perfeição e profundidade da sabedoria de

Deus Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 43p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252

3

“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria

como do conhecimento de Deus! Quão

insondáveis são os seus juízos, e quão

inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos

11.33)

Estas palavras de exultação do apóstolo na

sabedoria e conhecimento de Deus explodiram

em seu peito quando havia acabado de escrever

no versículo anterior o seguinte:

“Porque Deus a todos encerrou na

desobediência, a fim de usar de misericórdia

para com todos.”

Esta verdade foi afirmada no contexto da forma

como Deus planejou e colocou em execução o

seu plano de salvação da humanidade,

começando através da formação de uma nação

(Israel) através da qual se revelaria ao mundo,

fazendo uma aliança com ela, e prevendo que

haveria a transgressão da aliança por eles, lhes

encerraria na desobediência assim como se

encontravam todas as demais nações perante

Ele, para que pudesse usar de misericórdia para

com todos aqueles que viessem a se arrepender

em todas as nações, inclusive em Israel, fazendo

uma nova aliança com estes arrependidos, por

meio da fé em Jesus Cristo.

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Mas, a perfeita e profunda sabedoria de Deus

não se limita a isto, apesar de ser a sua principal

característica no que se refere ao nosso

interesse na salvação de nossa alma.

Apesar de não ser possível esgotar todos os

aspectos relativos à sabedoria de Deus, posto ser

eterna e infinita, neste pequeno espaço, todavia

nos debruçaremos em expor alguns deles no

intuito de formarmos linha com a mesma

exultação demonstrada pelo apóstolo Paulo.

Comecemos por considerar a sabedoria de Deus

na forma como ordenou o mundo natural,

especialmente com o propósito para que

aprendêssemos sobretudo acerca da justiça, da

misericórdia, do amor, da fé, do consolo, do

socorro, do trabalho e de uma infinidade de

outras coisas que jamais poderiam ser

aprendidas caso não houvesse uma relação

entre os homens e o uso que fazem de todas as

coisas relativas ao mundo natural e visível.

Se não houvesse bens materiais, como poderia

ser identificada a cobiça, a avareza, ou a

generosidade e o despojamento?

Se não houvesse sexo, como saberíamos da

fornicação ou da castidade?

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E mais do que isso, como saberíamos lidar com

as questões do nosso século, caso não

houvéssemos aprendido e acumulado e

desenvolvido conhecimentos que nos

permitiriam sobreviver em nossos dias com

todos os desafios que temos que enfrentar?

Caso Deus tivesse criado os homens, como

fizera em relação aos anjos, criando-os

simultaneamente já em estado maduro, e

mantivesse no céu aqueles que se

manifestassem obedientes a ele, e sujeitasse ao

inferno os desobedientes, como eles poderiam

aprender e serem sábios acerca das realidades

relativas a pecado ou a santidade, sem uma

experiência prática dessas coisas?

Para responder a esta necessidade, Deus, em

Sua sabedoria, criou a história, pela sucessão de

gerações na Terra, as quais acumulariam e

registrariam todo o conhecimento progressivo,

não somente para possibilitar a continuidade da

vida na Terra, como também para demonstrar

quão deletéria é a consequência do pecado.

Imagine, se todos os que vivem neste século

XXI, com sua população aproximada de 8

bilhões de pessoas, fossem despojados de todo o

conhecimento natural que possuem e de todos

os bens que acumularam, e fossem encerrados

6

nas mesmas condições em que se encontravam

aqueles que viveram no século X antes de

Cristo.

Esta superpopulação seria rapidamente

dizimada por conta de várias causas, como por

exemplo, a fome generalizada, porque seria

praticamente impossível alimentar a tantos

com as técnicas rudimentares da agricultura da

enxada e da foice, sem poder contar com toda a

maquinaria agrícola, meios de transportes

mecanizados para o escoamento da produção

tanto externa quanto externamente no

comércio entre as nações.

Veja como a população do mundo se expandiu,

sobretudo nos últimos quarenta anos:

ANO POPULAÇÃO CRISTÃOS %

33 171.000.000 120

100 181.500.000 1.149.000 0,6

500 193.400.000 43.400.000 22,4

1.000 269.200.000 50.400.000 18,7

1.500 425.300.000 81.000.000 19

1.800 902.600.000 208.200.000 23,1

1.900 1. 619.900. 000 521.600.000 34,4

1.979 4.363.000.000 1.200.000.000 30

1.997 5. 815. 162.100 1.710.794.000 29,4

2.019 7.700.000.000 2.300.000.000 33

Não precisamos nos estender quanto a este

ponto para podermos vislumbrar a situação

7

terrivelmente caótica em que se encontraria

toda a humanidade.

Mas, graças a Deus, Ele exerceu um controle

sobre o crescimento populacional, de maneira

que este fosse feito de maneira progressiva, ao

mesmo tempo em que capacitava a alguns, em

determinadas épocas, com o conhecimento

científico necessário, para garantir a

sustentação dos acréscimos consideráveis que

viriam a seguir.

Foi Ele quem capacitou a dois israelitas no

passado, nos dias de Moisés para o fabrico de

todos os utensílios do Tabernáculo que

ordenara que fosse levantado para o Seu culto.

“1 Disse mais o SENHOR a Moisés:

2 Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de

Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,

3 e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de

inteligência e de conhecimento, em todo

artifício,

4 para elaborar desenhos e trabalhar em ouro,

em prata, em bronze,

5 para lapidação de pedras de engaste, para

entalho de madeira, para toda sorte de lavores.

8

6 Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho

de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a

todos os homens hábeis, para que me façam

tudo o que tenho ordenado:” (Êxodo 31.1-6).

O mesmo Deus é o que capacitou a todos os

homens que desenvolveram o conhecimento

científico e tecnológico, especialmente a partir

do século XVIII, não somente para garantir um

rápido crescimento da população mundial, pela

grande melhoria que ocorreria nas condições

de vida, que seriam promovidas a partir da

Revolução Industrial, sobretudo por uma maior

oferta de alimentos e conhecimentos na área

farmacêutica e médica, no combate às doenças.

A tração e transporte por meio de bois e cavalos,

daria lugar, em princípio, a embarcações e trens

a vapor, que foram logo seguidos pela criação do

automóvel e do avião, que não seriam movidos a

vapor, mas por líquidos inflamáveis, derivados

principalmente do petróleo, que Deus dispôs

abundantemente no subsolo para o uso devido

no tempo apropriado.

Outro grande fator propulsor do

desenvolvimento seria o uso amplo da energia

elétrica.

9

A construção civil criou os edifícios verticais,

possibilitando um maior crescimento urbano

em menores áreas.

O saneamento de esgotos e abastecimento de

água potável nas grandes cidades, foi um outro

fator garantidor do crescimento populacional.

Agora, o mesmo Deus que criou o homem com

um corpo físico natural que necessita de

cuidados e alimentação, criou os meios de

subsistência, e deu ao homem conhecimento e

sabedoria para manejá-los adequadamente em

suas próprias épocas, conforme as suas

necessidades presentes.

Muito poderia ser falado acerca desta área das

coisas naturais e físicas, como por exemplo que

Deus criou a fome no homem, para incitá-lo ao

trabalho, para poder se sustentar, mas

pretendemos passar para algo mais importante

quanto à sabedoria e ao conhecimento de Deus,

que se relaciona às coisas espirituais.

Disto somos alertados pelo próprio Jesus:

“26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em

verdade vos digo: vós me procurais, não porque

vistes sinais, mas porque comestes dos pães e

vos fartastes.

10

27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas

pela que subsiste para a vida eterna, a qual o

Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o

confirmou com o seu selo.” (João 6.26,27)

“19 Não acumuleis para vós outros tesouros

sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem

e onde ladrões escavam e roubam;

20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu,

onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões

não escavam, nem roubam;

21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará

também o teu coração.

22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus

olhos forem bons, todo o teu corpo será

luminoso;

23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o

teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz

que em ti há sejam trevas, que grandes trevas

serão!

24 Ninguém pode servir a dois Senhores; porque

ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou

se devotará a um e desprezará ao outro. Não

podeis servir a Deus e às riquezas.

11

25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela

vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou

beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que

haveis de vestir. Não é a vida mais do que o

alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

26 Observai as aves do céu: não semeiam, não

colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo,

vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não

valeis vós muito mais do que as aves?

27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode

acrescentar um côvado ao curso da sua vida?

28 E por que andais ansiosos quanto ao

vestuário? Considerai como crescem os lírios do

campo: eles não trabalham, nem fiam.

29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão,

em toda a sua glória, se vestiu como qualquer

deles.

30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que

hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto

mais a vós outros, homens de pequena fé?

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que

comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos

vestiremos?

12

32 Porque os gentios é que procuram todas estas

coisas; pois vosso Pai celeste sabe que

necessitais de todas elas;

33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e

a sua justiça, e todas estas coisas vos serão

acrescentadas.

34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de

amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados;

basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6.19-34).

A admoestação feita por nosso Senhor não se

refere ao estímulo a um viver ocioso,

despreocupado, contemplativo, mas que há

coisas mais importantes do que as coisas

naturais no assunto do interesse da nossa vida.

O homem é eterno porque tem um espírito

eterno. O corpo se desfaz na morte e somente o

espírito adentra a eternidade. Não é difícil então

entender que não somente de pão material

viverá o homem, mas também e sobretudo do

pão espiritual, que é o que alimenta o espírito, e

este pão espiritual e celestial é Jesus.

Se a pergunta se é possível viver do modo que se

quiser, porque no fim o nosso espírito será

achado numa condição eterna segura, pudesse

13

ser respondida de modo afirmativo, então nada

haveria para se preocupar quanto ao futuro.

Mas, se há dúvida quanto à resposta, ou se esta é

negativa, então devemos nos ocupar em indagar

acerca do destino futuro do nosso espírito,

especialmente junto àqueles que alcançaram,

por experiência pessoal própria, uma certeza

absoluta quanto a isto, por verificarem a

aplicação das verdades bíblicas em suas

próprias vidas.

Dentre estes, temos o testemunho dos apóstolos

de Jesus Cristo, nas coisas que eles deixaram

registradas para nós na Bíblia.

Um outro testemunho de peso pode ser achado

em todos os puritanos ingleses dos séculos XVI

e XVII. Mas, há muitos outros aos quais recorrer

em várias outras épocas, inclusive em nossos

próprios dias.

É muito maravilhoso que o mesmo processo

usado por Deus para o aprendizado e aplicação

das coisas naturais, pode ser visto também no

campo das coisas espirituais, não no sentido de

que tenha havido um progresso na verdade do

evangelho relativa a Cristo e à salvação, posto

serem imutáveis, mas no maior entendimento

delas, por muitos, na medida em que

14

decorreram os séculos, e isto pode ser visto na

história da Igreja.

Não há como duvidar que o conhecimento dos

Reformadores e da Igreja Protestante que a eles

se seguiu, era muito maior do que aquele das

gerações passadas, excetuando-se o do tempo

dos apóstolos. E os Puritanos alcançaram em

Deus, maior conhecimento do que os

Reformadores. E dos chamados puritanos

nascidos fora de época como Jonathan Edwards,

George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon,

dentre outros, pode ser dito, terem feito um

avanço em relação aos puritanos. Mas, não

sentimos que fazemos justiça de todo a afirmar

isto, porque este conhecimento foi profundo e

notável em homens que viveram num passado

mais remoto, como por exemplo, Agostinho,

Crisóstomo e outros.

O homem foi criado para ser à imagem e

semelhança de Deus quanto à Sua santidade e

caráter. Para tanto, o homem necessita possuir

uma justiça perfeita diante de Deus, para que

possa ser coparticipante da natureza divina.

Quando o pecado entrou no mundo pelo

primeiro casal, Deus encerrou toda a

descendência que procederia deles, a saber toda

a humanidade, à desobediência, de maneira que

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a plena justiça seria concedida àqueles que Ele

escolhesse dentre eles para serem justificados e

salvos.

A estes seria concedido entrarem no Reino de

Deus, conhecerem ou verem o Reino de Deus

em espírito, conforme Jesus tem assegurado na

Bíblia:

“3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em

verdade te digo que, se alguém não nascer de

novo, não pode ver o reino de Deus.

4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um

homem nascer, sendo velho? Pode, porventura,

voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?

5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te

digo: quem não nascer da água e do Espírito não

pode entrar no reino de Deus.

6 O que é nascido da carne é carne; e o que é

nascido do Espírito é espírito.

7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos

nascer de novo.

8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas

não sabes donde vem, nem para onde vai; assim

é todo o que é nascido do Espírito.” (João 3.3-8).

16

“29 Não andeis, pois, a indagar o que haveis de

comer ou beber e não vos entregueis a

inquietações.

30 Porque os gentios de todo o mundo é que

procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que

necessitais delas.

31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas

coisas vos serão acrescentadas.

32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque

vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.

33 Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para

vós outros bolsas que não desgastem, tesouro

inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão,

nem a traça consome,

34 porque, onde está o vosso tesouro, aí estará

também o vosso coração.” (Lucas 12.29-34).

“20 Interrogado pelos fariseus sobre quando

viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não

vem o reino de Deus com visível aparência.

21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o

reino de Deus está dentro de vós.

17

22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o

tempo em que desejareis ver um dos dias do

Filho do Homem e não o vereis.

23 E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades

nem os sigais;

24 porque assim como o relâmpago, fuzilando,

brilha de uma à outra extremidade do céu,

assim será, no seu dia, o Filho do Homem.

25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas

coisas e seja rejeitado por esta geração.” (Lucas

17.20-25).

Deus não deu prioridade em Sua escolha aos

grandes deste mundo, mas aos pequeninos, não

aos que são sábios segundo o mundo, mas aos

ignorantes, não aos que são nobres perante os

homens, mas aos que nada são para eles, de

modo que a glória seja somente Sua, e ninguém

se glorie em Sua presença, quanto aos seus dons

e méritos pessoais.

“18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para

os que se perdem, mas para nós, que somos

salvos, poder de Deus.

19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos

sábios e aniquilarei a inteligência dos

instruídos.

18

20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o

inquiridor deste século? Porventura, não tornou

Deus louca a sabedoria do mundo?

21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo

não o conheceu por sua própria sabedoria,

aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura

da pregação.

22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os

gregos buscam sabedoria;

23 mas nós pregamos a Cristo crucificado,

escândalo para os judeus, loucura para os

gentios;

24 mas para os que foram chamados, tanto

judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder

de Deus e sabedoria de Deus.

25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que

os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do

que os homens.

26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto

que não foram chamados muitos sábios

segundo a carne, nem muitos poderosos, nem

muitos de nobre nascimento;

27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas

loucas do mundo para envergonhar os sábios e

19

escolheu as coisas fracas do mundo para

envergonhar as fortes;

28 e Deus escolheu as coisas humildes do

mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são,

para reduzir a nada as que são;

29 a fim de que ninguém se vanglorie na

presença de Deus.

30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se

nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e

justiça, e santificação, e redenção,

31 para que, como está escrito: Aquele que se

gloria, glorie-se no Senhor.” (I Coríntios 1.18-31).

“1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco,

anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz

com ostentação de linguagem ou de sabedoria.

2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a

Jesus Cristo e este crucificado.

3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que

eu estive entre vós.

4 A minha palavra e a minha pregação não

consistiram em linguagem persuasiva de

sabedoria, mas em demonstração do Espírito e

de poder,

20

5 para que a vossa fé não se apoiasse em

sabedoria humana, e sim no poder de Deus.

6 Entretanto, expomos sabedoria entre os

experimentados; não, porém, a sabedoria deste

século, nem a dos poderosos desta época, que se

reduzem a nada;

7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério,

outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a

eternidade para a nossa glória;

8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos

deste século conheceu; porque, se a tivessem

conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor

da glória;

9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem

ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em

coração humano o que Deus tem preparado

para aqueles que o amam.

10 Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque

o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo

as profundezas de Deus.

11 Porque qual dos homens sabe as coisas do

homem, senão o seu próprio espírito, que nele

está? Assim, também as coisas de Deus,

ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.

21

12 Ora, nós não temos recebido o espírito do

mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para

que conheçamos o que por Deus nos foi dado

gratuitamente.

13 Disto também falamos, não em palavras

ensinadas pela sabedoria humana, mas

ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas

espirituais com espirituais.

14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do

Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não

pode entendê-las, porque elas se discernem

espiritualmente.

15 Porém o homem espiritual julga todas as

coisas, mas ele mesmo não é julgado por

ninguém.

16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que

o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de

Cristo.” (I Coríntios 2.1-16).

Nesta mesma epístola dirigida por Paulo à Igreja

de Corinto, nós o vemos expondo em sua parte

final, que de fato o homem natural não pode

entender as coisas espirituais, e por

conseguinte, ter entrada no reino dos céus, que

é divino e espiritual. Foi para atingir este alvo

final que Deus criou o homem, mas ninguém

22

pode atingi-lo sem que seja justificado do

pecado em Cristo, para que receba a imputação

da Sua perfeita justiça, e consequentemente e

simultaneamente, gerado de novo, como

homem espiritual, pelo Espírito Santo, pelo

recebimento de uma nova natureza espiritual,

celestial, divina e santa.

Não está no poder de qualquer homem produzir

isto, por mais sábio que ele seja das coisas deste

mundo. Somente pela graça de Jesus, e por meio

da fé, se pode ter acesso a esta realidade

espiritual abençoada e eterna.

“1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que

vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda

perseverais;

2 por ele também sois salvos, se retiverdes a

palavra tal como vo-la preguei, a menos que

tenhais crido em vão.

3 Antes de tudo, vos entreguei o que também

recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados,

segundo as Escrituras,

4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro

dia, segundo as Escrituras.

5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.

23

6 Depois, foi visto por mais de quinhentos

irmãos de uma só vez, dos quais a maioria

sobrevive até agora; porém alguns já dormem.

7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por

todos os apóstolos

8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por

mim, como por um nascido fora de tempo.

9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que

mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo,

pois persegui a igreja de Deus.

10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua

graça, que me foi concedida, não se tornou vã;

antes, trabalhei muito mais do que todos eles;

todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.

11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim

pregamos e assim crestes.

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo

ressuscitou dentre os mortos, como, pois,

afirmam alguns dentre vós que não há

ressurreição de mortos?

13 E, se não há ressurreição de mortos, então,

Cristo não ressuscitou.

24

14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa

pregação, e vã, a vossa fé;

15 e somos tidos por falsas testemunhas de

Deus, porque temos asseverado contra Deus

que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não

ressuscitou, se é certo que os mortos não

ressuscitam.

16 Porque, se os mortos não ressuscitam,

também Cristo não ressuscitou.

17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e

ainda permaneceis nos vossos pecados.

18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo

pereceram.

19 Se a nossa esperança em Cristo se limita

apenas a esta vida, somos os mais infelizes de

todos os homens.

20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os

mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

21 Visto que a morte veio por um homem,

também por um homem veio a ressurreição dos

mortos.

25

22 Porque, assim como, em Adão, todos

morrem, assim também todos serão vivificados

em Cristo.

23 Cada um, porém, por sua própria ordem:

Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo,

na sua vinda.

24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o

reino ao Deus e Pai, quando houver destruído

todo principado, bem como toda potestade e

poder.

25 Porque convém que ele reine até que haja

posto todos os inimigos debaixo dos pés.

26 O último inimigo a ser destruído é a morte.

27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos

pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão

sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe

subordinou.

28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem

sujeitas, então, o próprio Filho também se

sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou,

para que Deus seja tudo em todos.

29 Doutra maneira, que farão os que se batizam

por causa dos mortos? Se, absolutamente, os

26

mortos não ressuscitam, por que se batizam por

causa deles?

30 E por que também nós nos expomos a perigos

a toda hora?

31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos,

pela glória que tenho em vós outros, em Cristo

Jesus, nosso Senhor.

32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras,

que me aproveita isso? Se os mortos não

ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã

morreremos.

33 Não vos enganeis: as más conversações

corrompem os bons costumes.

34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não

pequeis; porque alguns ainda não têm

conhecimento de Deus; isto digo para vergonha

vossa.

35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os

mortos? E em que corpo vêm?

36 Insensato! O que semeias não nasce, se

primeiro não morrer;

27

37 e, quando semeias, não semeias o corpo que

há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou

de qualquer outra semente.

38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar

e a cada uma das sementes, o seu corpo

apropriado.

39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a

carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a

das aves, e outra, a dos peixes.

40 Também há corpos celestiais e corpos

terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos

celestiais, e outra, a dos terrestres.

41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e

outra, a das estrelas; porque até entre estrela e

estrela há diferenças de esplendor.

42 Pois assim também é a ressurreição dos

mortos. Semeia-se o corpo na corrupção,

ressuscita na incorrupção. Semeia-se em

desonra, ressuscita em glória.

43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.

44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo

espiritual. Se há corpo natural, há também

corpo espiritual.

28

45 Pois assim está escrito: O primeiro homem,

Adão, foi feito alma vivente. O último Adão,

porém, é espírito vivificante.

46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o

natural; depois, o espiritual.

47 O primeiro homem, formado da terra, é

terreno; o segundo homem é do céu.

48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais

são também os demais homens terrenos; e,

como é o homem celestial, tais também os

celestiais.

49 E, assim como trouxemos a imagem do que é

terreno, devemos trazer também a imagem do

celestial.

50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue

não podem herdar o reino de Deus, nem a

corrupção herdar a incorrupção.

51 Eis que vos digo um mistério: nem todos

dormiremos, mas transformados seremos

todos,

52 num momento, num abrir e fechar de olhos,

ao ressoar da última trombeta. A trombeta

soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e

nós seremos transformados.

29

53 Porque é necessário que este corpo

corruptível se revista da incorruptibilidade, e

que o corpo mortal se revista da imortalidade.

54 E, quando este corpo corruptível se revestir

de incorruptibilidade, e o que é mortal se

revestir de imortalidade, então, se cumprirá a

palavra que está escrita: Tragada foi a morte

pela vitória.

55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó

morte, o teu aguilhão?

56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do

pecado é a lei.

57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por

intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.

58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes,

inabaláveis e sempre abundantes na obra do

Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso

trabalho não é vão.” (I Coríntios 1.15-58).

Jesus disse que quando o evangelho fosse

pregado em todas as nações da Terra, então viria

o fim, ou seja, a conclusão da dispensação da

graça, para a manifestação do Reino de Deus em

forma gloriosa e visível, com Cristo reinando

com os glorificados na Terra, a partir do Milênio

e para sempre.

30

O corpo glorificado no qual Ele se encontra

agora no céu, há de se manifestar perante todos

os habitantes do globo quando Ele retornar em

Sua segunda vinda, e quando todo olho o verá.

Este mesmo corpo glorificado está prometido

aos crentes que morreram e aos que terão seus

corpos de carne e sangue transformados no dia

do arrebatamento da Igreja, próximo da

segunda vinda do Senhor.

Então terá cumprimento o que foi estabelecido

pela sabedoria de Deus desde antes da criação

do mundo, de que Ele teria muitos filhos

semelhantes a Cristo, por meio da justificação e

conversão de cada um deles, no tempo e lugar

que havia determinado para salvá-los neste

mundo, para participarem desta vida eterna

futura.

“1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz

com Deus por meio de nosso Senhor Jesus

Cristo;

2 por intermédio de quem obtivemos

igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual

estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da

glória de Deus.

31

3 E não somente isto, mas também nos

gloriamos nas próprias tribulações, sabendo

que a tribulação produz perseverança;

4 e a perseverança, experiência; e a experiência,

esperança.

5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor

de Deus é derramado em nosso coração pelo

Espírito Santo, que nos foi outorgado.

6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos

fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 Dificilmente, alguém morreria por um justo;

pois poderá ser que pelo bom alguém se anime

a morrer.

8 Mas Deus prova o seu próprio amor para

conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,

sendo nós ainda pecadores.

9 Logo, muito mais agora, sendo justificados

pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos

reconciliados com Deus mediante a morte do

seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,

seremos salvos pela sua vida;

32

11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos

em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por

intermédio de quem recebemos, agora, a

reconciliação.

12 Portanto, assim como por um só homem

entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a

morte, assim também a morte passou a todos os

homens, porque todos pecaram.

13 Porque até ao regime da lei havia pecado no

mundo, mas o pecado não é levado em conta

quando não há lei.

14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até

Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram

à semelhança da transgressão de Adão, o qual

prefigurava aquele que havia de vir.

15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a

ofensa; porque, se, pela ofensa de um só,

morreram muitos, muito mais a graça de Deus e

o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo,

foram abundantes sobre muitos.

16 O dom, entretanto, não é como no caso em

que somente um pecou; porque o julgamento

derivou de uma só ofensa, para a condenação;

mas a graça transcorre de muitas ofensas, para

a justificação.

33

17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só,

reinou a morte, muito mais os que recebem a

abundância da graça e o dom da justiça reinarão

em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o

juízo sobre todos os homens para condenação,

assim também, por um só ato de justiça, veio a

graça sobre todos os homens para a justificação

que dá vida.

19 Porque, como, pela desobediência de um só

homem, muitos se tornaram pecadores, assim

também, por meio da obediência de um só,

muitos se tornarão justos.

20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa;

mas onde abundou o pecado, superabundou a

graça,

21 a fim de que, como o pecado reinou pela

morte, assim também reinasse a graça pela

justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo,

nosso Senhor.” (Romanos 5.1-21).

Nós vemos na execução do plano de salvação,

desde a chamada de Abraão, para a formação de

Israel, cerca de 4.000 anos atrás, e depois pelas

revelações feitas a Moisés e aos demais

escritores do período do Velho Testamento, e

34

especialmente pelos profetas, acerca do

Messias prometido que se manifestaria na

plenitude dos tempos, cerca de 2.000 anos atrás,

e por tudo o que se seguiu na história da Igreja

até os nossos dias, sobretudo no modo como o

evangelho se expandiu no mundo, atingindo as

porções que não haviam ainda sido alcançadas,

somente em meados século XX, apontando que

está bem próximo de nós o tempo da colheita

final, e que para isto, mais do que nunca,

devemos vigiar e nos santificar para o dia do

arrebatamento.

“1 Amados, esta é, agora, a segunda epístola que

vos escrevo; em ambas, procuro despertar com

lembranças a vossa mente esclarecida,

2 para que vos recordeis das palavras que,

anteriormente, foram ditas pelos santos

profetas, bem como do mandamento do Senhor

e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos,

3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos

últimos dias, virão escarnecedores com os seus

escárnios, andando segundo as próprias paixões

4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?

Porque, desde que os pais dormiram, todas as

coisas permanecem como desde o princípio da

criação.

35

5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de

longo tempo, houve céus bem como terra, a qual

surgiu da água e através da água pela palavra de

Deus,

6 pela qual veio a perecer o mundo daquele

tempo, afogado em água.

7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela

mesma palavra, têm sido entesourados para

fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e

destruição dos homens ímpios.

8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não

deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é

como mil anos, e mil anos, como um dia.

9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como

alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é

longânimo para convosco, não querendo que

nenhum pereça, senão que todos cheguem ao

arrependimento.

10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do

Senhor, no qual os céus passarão com

estrepitoso estrondo, e os elementos se

desfarão abrasados; também a terra e as obras

que nela existem serão atingidas.

36

11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim

desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em

santo procedimento e piedade,

12 esperando e apressando a vinda do Dia de

Deus, por causa do qual os céus, incendiados,

serão desfeitos, e os elementos abrasados se

derreterão.

13 Nós, porém, segundo a sua promessa,

esperamos novos céus e nova terra, nos quais

habita justiça.

14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas

coisas, empenhai-vos por serdes achados por

ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,

15 e tende por salvação a longanimidade de

nosso Senhor, como igualmente o nosso amado

irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria

que lhe foi dada,

16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato,

costuma fazer em todas as suas epístolas, nas

quais há certas coisas difíceis de entender, que

os ignorantes e instáveis deturpam, como

também deturpam as demais Escrituras, para a

própria destruição deles.

17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais de

antemão, acautelai-vos; não suceda que,

37

arrastados pelo erro desses insubordinados,

descaiais da vossa própria firmeza;

18 antes, crescei na graça e no conhecimento de

nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja

a glória, tanto agora como no dia eterno.” (II

Pedro 3.1-18).

Um dos fatores principais que precipitarão o

retorno de Jesus, é o de que Deus previu em Sua

onisciência que com o grande aumento

populacional no mundo, e com o avanço nas

conquistas materiais, a iniquidade se

multiplicaria, e muitos apostatariam da fé que

havia sido vivida piedosamente por seus

ancestrais, em cuja época não havia tantas

fontes de tentação e as múltiplas formas do

mundo para exercer fascínio sobre a

humanidade, de maneira que a consequência

imediata seria o desvio de muitos da verdade

evangélica, por causa da cobiça e do amor ao

mundo.

Com o aumento da disponibilidade do dinheiro,

aumentou também o desejo de ser rico e o amor

às riquezas, que é a raiz de todos os males, pois

produzem uma conduta e modo de vida que vão

na contramão direta de tudo aquilo que nos é

ordenado por Deus em Sua Palavra.

38

A Europa que foi a guardiã do Cristianismo por

tantos séculos, e onde ocorreu a Reforma

Protestante, e onde se viu formas vigoras e

piedosas do exercício da fé, por tanto tempo,

tem recuado na qualidade da fé que professa

nestes últimos dias, a ponto de se cogitar que a

coligação dos governos de nações com o

Anticristo, visando ao governo mundial

globalizado, conforme idealizado pelos

Iluminatis, surja a partir daquele continente, no

qual houve a Revolução Francesa, em 1789, cujo

ideal utópico de liberdade, igualdade e

fraternidade tem sido desenvolvido à risca,

especialmente dentro da ONU e da Maçonaria.

O Cristianismo logrou vencer todos os impérios

que se levantaram na Terra e que o perseguiram

e se opuseram a ele, visando ao seu extermínio.

Os impérios passaram, mas o cristianismo

seguiu em sua expansão.

O próprio Islamismo tem sido preservado no

mundo, porque importa que também se levante

no tempo do fim para tentar exterminar não

somente a nação de Israel, como também os

cristãos, mas Deus se levantará em favor do Seu

povo trazendo livramento para ele, enquanto

submeterá o Islã ao juízo. Tudo isto está muito

próximo de ocorrer, antes da batalha final do

39

Armagedom, que consistirá na Terceira Grande

Guerra Mundial.

Deus julgará a impiedade em todas as nações e

não apenas no mundo islâmico. Onde reinar o

pecado por não ter havido o devido

arrependimento, serão destruídos tanto o

pecado quanto aqueles que o praticam.

Os reinos deste mundo passarão a ser de Deus e

do Seu Cristo. Os ímpios não mais governarão as

nações, pois o diabo será destruído finalmente,

bem como todos os seus seguidores, de forma

que apenas aqueles que amam e praticam a

justiça herdarão a Terra.

“15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no

céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo

se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele

reinará pelos séculos dos séculos.

16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram

sentados no seu trono, diante de Deus,

prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a

Deus,

17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus,

Todo-Poderoso, que és e que eras, porque

assumiste o teu grande poder e passaste a

reinar.” (Apocalipse 11.15-17).

40

“1 Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus

despojos se repartirão no meio de ti.

2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a

peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada,

e as casas serão saqueadas, e as mulheres,

forçadas; metade da cidade sairá para o

cativeiro, mas o restante do povo não será

expulso da cidade.

3 Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas

nações, como pelejou no dia da batalha.

4 Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte

das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém

para o oriente; o monte das Oliveiras será

fendido pelo meio, para o oriente e para o

ocidente, e haverá um vale muito grande;

metade do monte se apartará para o norte, e a

outra metade, para o sul.

5 Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o

vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis

como fugistes do terremoto nos dias de Uzias,

rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e

todos os santos, com ele.

6 Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz,

mas frio e gelo.

41

7 Mas será um dia singular conhecido do

SENHOR; não será nem dia nem noite, mas

haverá luz à tarde.

8 Naquele dia, também sucederá que correrão

de Jerusalém águas vivas, metade delas para o

mar oriental, e a outra metade, até ao mar

ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto.

9 O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele

dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu

nome.

10 Toda a terra se tornará como a planície de

Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será

exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta

de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até

à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel

até aos lagares do rei.

11 Habitarão nela, e já não haverá maldição, e

Jerusalém habitará segura.

12 Esta será a praga com que o SENHOR ferirá a

todos os povos que guerrearem contra

Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando

eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas

suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca.

13 Naquele dia, também haverá da parte do

SENHOR grande confusão entre eles; cada um

42

agarrará a mão do seu próximo, cada um

levantará a mão contra o seu próximo.

14 Também Judá pelejará em Jerusalém; e se

ajuntarão as riquezas de todas as nações

circunvizinhas, ouro, prata e vestes em grande

abundância.

15 Como esta praga, assim será a praga dos

cavalos, dos mulos, dos camelos, dos jumentos e

de todos os animais que estiverem naqueles

arraiais.

16 Todos os que restarem de todas as nações que

vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano

para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e

para celebrar a Festa dos Tabernáculos.

17 Se alguma das famílias da terra não subir a

Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos

Exércitos, não virá sobre ela a chuva.

18 Se a família dos egípcios não subir, nem vier,

não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com

que o SENHOR ferirá as nações que não subirem

a celebrar a Festa dos Tabernáculos.

19 Este será o castigo dos egípcios e o castigo de

todas as nações que não subirem a celebrar a

Festa dos Tabernáculos.

43

20 Naquele dia, será gravado nas campainhas

dos cavalos: Santo ao SENHOR; e as panelas da

Casa do SENHOR serão como as bacias diante do

altar;

21 sim, todas as panelas em Jerusalém e Judá

serão santas ao SENHOR dos Exércitos; todos os

que oferecerem sacrifícios virão, lançarão mão

delas e nelas cozerão a carne do sacrifício.

Naquele dia, já não haverá mercador na Casa do

SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 14.1-21).