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A PERCEPÇÃO DOS STAKEHOLDERS DA MODA EM RELAÇÃO AO PROFISSIONAL MAQUIADOR Clediani Kuhnen 1 Marina Cinelli 2 Fabiana Thives 3 Resumo: Observou-se que há diversas maneiras para o profissional atuar numa produção de moda, em editoriais, passarela ou afins. Com a evolução do conceito de produção de moda para desfile shows houve a necessidade de um aprimoramento técnico e conceitual urgente dos profissionais atuantes na maquiagem direcionada à moda. O profissional que atua na moda se difere de outras categorias de maquiadores por utilizar maquiagem profissional e também fazer uso do instrumento aerógrafo mais conhecido como air brush que é uma nova técnica cuja função, é proporcionar uma melhor definição de maquiagem. Sendo assim, objetivamos com este artigo, controverter com os Stakeholders 4 da Moda, sobre a percepção dos mesmos em relação ao profissional maquiador nas produções de moda. Neste artigo a metodologia caracteriza-se pela pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva. A coleta de dados foi feita através da aplicação de questionário, indagando aos Stakeholders da Moda a percepção dos mesmos em relação aos maquiadores de produção de moda, para descrever as características que são pertinentes a estes profissionais da moda, sendo que estas foram realizadas sem interferência do pesquisador para que os dados levantados através delas fossem transcritos, analisados e interpretados de forma ética. Conclui-se que a percepção dos Stakeholders sobre o maquiador na área da produção de moda é positiva e promissora. Palavras-chave: Produção de Moda. Maquiagem. Tecnólogo em Cosmetologia e Estética. Tendências de maquiagem. 1 Acadêmica Clediani Kuhnen do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected] 2 Acadêmica Marina Cinelli do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected] 3 Orientadora Fabiana Thives do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected] 4 Stakeholders são subgrupos do público que, de alguma forma, interagem com a profissão. No presente estudo serão considerados como stakeholders da Moda: produtores de moda, coordenadores de curso, maquiadores atuantes, alunos dos cursos de Moda, professores do curso de moda, fotógrafos atuantes na área, cabeleireiros, modelos e manequins, estilistas dentre outros. (MENDES, 2008).

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A PERCEPÇÃO DOS STAKEHOLDERS DA MODA EM RELAÇÃO AO PROFISSIONAL MAQUIADOR

Clediani Kuhnen1

Marina Cinelli2

Fabiana Thives3

Resumo: Observou-se que há diversas maneiras para o profissional atuar numa produção de moda, em editoriais, passarela ou afins. Com a evolução do conceito de produção de moda para desfile shows houve a necessidade de um aprimoramento técnico e conceitual urgente dos profissionais atuantes na maquiagem direcionada à moda. O profissional que atua na moda se difere de outras categorias de maquiadores por utilizar maquiagem profissional e também fazer uso do instrumento aerógrafo mais conhecido como air brush que é uma nova técnica cuja função, é proporcionar uma melhor definição de maquiagem. Sendo assim, objetivamos com este artigo, controverter com os Stakeholders4 da Moda, sobre a percepção dos mesmos em relação ao profissional maquiador nas produções de moda. Neste artigo a metodologia caracteriza-se pela pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva. A coleta de dados foi feita através da aplicação de questionário, indagando aos Stakeholders da Moda a percepção dos mesmos em relação aos maquiadores de produção de moda, para descrever as características que são pertinentes a estes profissionais da moda, sendo que estas foram realizadas sem interferência do pesquisador para que os dados levantados através delas fossem transcritos, analisados e interpretados de forma ética. Conclui-se que a percepção dos Stakeholders sobre o maquiador na área da produção de moda é positiva e promissora.

Palavras-chave: Produção de Moda. Maquiagem. Tecnólogo em Cosmetologia e Estética. Tendências de maquiagem.

1 Acadêmica Clediani Kuhnen do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected]

2 Acadêmica Marina Cinelli do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected]

3 Orientadora Fabiana Thives do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Email: [email protected]

4Stakeholders são subgrupos do público que, de alguma forma, interagem com a profissão. No presente estudo

serão considerados como stakeholders da Moda: produtores de moda, coordenadores de curso, maquiadores

atuantes, alunos dos cursos de Moda, professores do curso de moda, fotógrafos atuantes na área,

cabeleireiros, modelos e manequins, estilistas dentre outros. (MENDES, 2008).

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1 INTRODUÇÃO

No tocante das profissões mais almejadas da pós modernidade encontram-se

os profissionais tecnólogos, estes em uma condição histórica não muito recente só

eram mencionados quando não se tinha o perfil de outro. No momento os

tecnólogos são solicitados pelo mercado justamente por agregarem conhecimentos

empíricos à prática da sua área. As características que descrevem o perfil dos

Tecnólogos na atualidade são de profissionais com aptidões tanto para atividades

operacionais como para gestão e consultoria profissional.

Enquanto Tecnólogas em Cosmetologia e Estética deslumbramos um

mercado de possibilidades de atuação tão diversas quanto às disciplinas ofertadas

no curso. A escolha da atuação profissional está diretamente ligada então, a sua

aptidão, as suas competências e ao seu gosto.

Devido a estas características escolhemos a área da moda que foi uma das

vertentes mencionadas nas disciplinas de estética e moda, maquiagem e produção

de moda como opção para desempenho profissional, assim diversificando a área

onde a maioria dos profissionais direciona suas carreiras a estética facial, que

geralmente são voltados para promover cuidados e a recuperação cutânea, onde

busca atribuir cosméticos para o tratamento da pele em busca do bem estar do

cliente. São cuidados que devem ser tomados diariamente com o rosto, colo e

pescoço que poucas pessoas dão a devida importância. Estes cuidados devem se

estender às visitas regulares ao profissional esteticista, para aplicação de técnicas,

equipamentos e produtos específicos para cada tipo de pele.

Outra área muito procurada pelos alunos de Cosmetologia e estética, é

também, a estética corporal, que é o tratamento que auxilia em melhorar os

contornos corporais através da redução de medidas, combate à celulite, flacidez,

gordura localizada e todos os transtornos que comprometem a silhueta, sempre em

busca de melhorias no processo do tratamento estético, visando principalmente a

saúde e o bem estar através de técnicas relaxantes, drenantes, vasodilatadoras,

termoterápicas e cosméticos avançados, melhorando a circulação de retorno

venoso, drenar líquidos estagnados, diminuir medidas, além de amenizar graus de

celulites, aliviar tensões e estresse.

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Entrando no universo da moda observou-se que há diversas maneiras para o

profissional atuar, desde a simples composição de um look, até uma elaborada

produção de moda, em editoriais, passarela ou afins. Sendo assim, objetivamos com

este artigo, controverter com os Stakeholders5 da Moda, sobre a percepção dos

mesmos em relação ao profissional maquiador nas produções de moda.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceitos da Moda e sua Evolução Histórica

Indiscutivelmente a moda é um acontecimento cultural desde os seus

primórdios. Inevitavelmente a roupa que um indivíduo usa, costuma seguir

determinações do tempo e do lugar em que ele habita.

A palavra moda vem do latim modus que, em línguas neolatinas, como é o

caso do português, significa modo, maneira. Originou-se no fim da Idade Média e

início da Idade Moderna, de acordo com algumas situações e características

simbólicas como acometer-se a um diferenciador social e de sexo, pois homens e

mulheres usavam de uma aparência muito idêntica até aquele momento, por isso o

resultado foi a busca pela personalidade individual. (BRAGA, 2006a.).

Joffily (1991, p. 09) aponta que moda “É um dos sensores de uma sociedade.

Diz respeito ao estado de espírito, aspirações e costumes de uma população.”

Já na visão de Carli (2002, p. 45-46):

A moda organiza um sistema indissociável de uma única necessidade: a mudança. A moda é por natureza desassossegada, inquieta é acelerada pelo modo contínuo da novidade, da temporalidade breve da obsolescência programada. [...] A renovação da moda é um drible ao tempo que passa.

Até a alguns séculos, a roupa era confeccionada de maneira bastante sólida,

para durar a vida inteira e passar de uma geração para outra. Os fripiers, palavra

que vem do Frances e está ligada a noção de desperdício, foram vendedores de

5Stakeholders são subgrupos do público que, de alguma forma, interagem com a profissão. No presente estudo

serão considerados como stakeholders da Moda: produtores de moda, coordenadores de curso, maquiadores

atuantes, alunos dos cursos de Moda, professores do curso de moda, fotógrafos atuantes na área,

cabeleireiros, modelos e manequins, estilistas dentre outros. (MENDES, 2008).

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roupas já usadas que tiveram licença para comercializar suas peças no século XVI.

(JOFFILY, 1991).

Pode-se começar a falar de moda, à medida que a roupa já não tem que

atender a objetivos meramente práticos ou simbólicos.

Na primeira metade do século XIX Charles Frederick Worth foi o primeiro

estilista da história da moda. Não se limitava a desenvolver os modelos que suas

clientes pediam. Criava seus próprios modelos, promovia desfiles com manequins e

recolhia encomendas. Nesse sentido, ele foi o precursor da alta costura. Paul Poiret,

que foi seu assistente, mudou a concepção de beleza que até então era

arredondada, volumosa para um tipo longilíneo baseado em sua esposa. Foi ele o

criador do sutiã, porque o espartilho não era apropriado para as roupas que criava.

(JOFFILY, 1991).

Pode-se então deduzir que foi a partir deste período que iniciou a projeção

dos profissionais que atuam diretamente com o backstage da produção de moda.

A moda tornou-se sinônimo de mudança, mutação, incorporando aspectos de

contextualização à sua época e a cada identidade cultural e se ela é sinal de um

tempo ou indicadora de uma época, ela se torna uma identidade e,

consequentemente, motivo de estudo e reflexão, já que não se pode produzir moda

sem conhecimento, sem cultura, sem referências e obviamente sem sensibilidade e

criatividade. Por esse motivo a moda é de grande valia, pois sua natureza é difundir

o novo ou a novidade em detrimento ao que já existe.

2.2 A Influência do Estilo na Concepção da Moda

Não é novidade na moda combinações de cores, formas, texturas entre outras

características. Tudo sugestiona uma volta ao passado, no experimento de

encontrar novas soluções, a moda se mescla, se renova, havendo lugar, assim, para

todas as possibilidades estéticas de releitura, criando, com o fator tempo, pelo

menos algo de novidade. Fazendo que os profissionais atuantes neste contexto

desenvolvam capacidade altamente criativa para observarem estilos e elaborarem

produções espetaculosas.

O retrato deste tempo é revelado pela história, pela investigação. Nova, de

fato, é a forma como tudo isso é combinado e recombinado, como tudo isso se faz

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presente na moda com o aspecto do nosso próprio tempo, e este mesmo tempo nos

traz um verdadeiro museu de grandes novidades. (BRAGA, 2006a.).

A característica básica da moda é a amplitude de um fenômeno entranhado

na vida social, a estética do dia-a-dia, a criatividade em cada um de nós

possibilitando ao indivíduo expressar o que é ou o que sonha ser no simples ato de

ter um estilo. Braga (2006a, p.16) trabalha com a seguinte idéia, diferenciando moda

de estilo.

Moda é um processo que abrange a questão da criação por excelência, tangenciando a arte e a estética, o que também lhe dá a condição de estratificadora social. Na realidade, não seria bem a moda nesse momento de maior qualificação, e, sim, o estilo, uma vez que moda é uma espécie de diluição, de aceitação, de assimilação de um determinado estilo. Então, o estilo teria um caráter mais seletivo, ao passo que a moda um aspecto mais popular.

Moda está muito além daquilo que se refere somente às roupas. É tudo o que

está em vigência como gosto predominante baseado em padrões estéticos e

comportamentais, e que será suplantado por um outro valor futuro mais novo,

atingindo várias áreas da produção material, em especial as artes visuais, mas que

também chega a universos ideológico-conceituais.

Para lançamentos, talvez fosse mais acertado usar a palavra estilo, que em

sua origem etimológica está ligada às questões de pura subjetividade, pois stilus era

o objeto pontiagudo com o qual os romanos escreviam sobre superfícies enceradas.

(BRAGA, 2006b.)

Quando uma coleção é lançada, o que se tem é o resultado do desejo de um

novo padrão sugerido pelo seu criador como algo que ele gostaria que fosse usado

como uma nova possibilidade estética de um determinado gosto, que é o seu

próprio. Em vista disso, o lançamento de uma coleção de roupas deveria ser um

desfile de estilo e não um desfile de moda como é conhecido esse evento, pois só

será moda se houver uma aceitação coletiva, uma popularização daquelas

sugestões feitas por um criador que se propõe a sugerir formas, volumes, cores,

tecidos e complementos em geral. Dessa forma, quem vai mesmo legitimar um estilo

para a moda é o povo. Portanto, uma proposta de estilo está fadada ou não a ser

aceita popularmente. (BRAGA, 2006b.)

Seguindo esse conceito, Joffily (1991. p. 141) esclarece que

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Estilo é a forma de se expressar. Maneira de exprimir cores, formas e silhueta. Numa foto, é o clima dado às roupas e/ou acessórios. Numa coleção, o estilo define a maneira como o criador de moda (leia-se estilista) interpretou as tendências de uma estação.

Neste mesmo pensamento, Braga (2006b, p. 23) vai ainda mais a fundo

afirmando que

Estilo está mais ligado a aspectos de subjetividade, portanto, mais próximo a uma realidade individual e que poderá se tornar estilo de época e/ou estilo do povo ao ser verdadeiramente aceito, e com isso pode vir a ser moda que é de realidade mais coletiva, mais sociológica.

Para poder destacar bem o estilo, a passarela desempenha uma função de

divulgação de idéias e também tem a necessidade de criar o jato jornalístico para

poder estar na mídia. É por isso que frequentemente os desfiles são verdadeiros

espetáculos e aproveitam a produção para que assim consigam atingir com mais

facilidade a sensibilidade do espectador. Normalmente as roupas não são usadas na

passarela como se vê no dia-a-dia. O exagero causado intencionalmente será

interpretado por formadores de opinião para que só após, possam ser transformadas

em realidades comerciais. Esse é o caminho para a consolidação do estilo que se

tornará a verdadeira moda. (BRAGA, 2006a).

Para que esses desfiles se tornem cada vez mais glamorosos, conta-se

também com o profissionalismo e dedicação, para estarem sempre dentro dos

padrões exigidos, das modelos de passarela. Essa profissão tão cobiçada nos dias

de hoje e que é sinônimo de prestígio, fama e dinheiro teve como antecessora a

modelo de artista que era anônima e servia de referência para pintores e escultores.

(JOFFILY, 1991).

2.3 Ícones Precursores da Produção de Moda

Na história da moda o estilista sempre foi o profissional central para que a

moda acontecesse, mas o impacto necessário para o reconhecimento e sucesso da

sua coleção depende de uma equipe multidisciplinar que transforme a criação do

estilista em um conceito desejável. Com isto percebe-se a contribuição que

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profissionais como manequins, fotógrafos, maquiadores, cabeleireiros, assistentes

de imagem, produtores, enfim, todos os profissionais envolvidos em uma produção

de moda.

A manequim de moda, por exemplo, ainda não profissional, surgiu na

segunda metade do século XIX, como produto da Revolução Industrial. Ela não

existia porque ainda não havia a comercialização de roupas prontas propriamente

ditas. (BRAGA, 2006b.).

Charles Frederick Worth, mencionado anteriormente neste artigo, é o

responsável pela criação da manequim de moda onde Marie Vernet exibia as

criações de seu marido para uma clientela privilegiada.

Chega a década de 1920 e nas revistas de moda, as ilustrações ainda

predominavam, porém logo as fotografias são adotadas onde as mulheres que se

deixavam fotografar eram consideradas audaciosas. Nos anos 1930 existem, na

Europa, agências de modelos que estão associadas às escolas de etiqueta. Em

1946 Eileen Ford, ex manequim, funda aquela que seria a mais célebre agência a

Ford Models. Finalmente na década de 1950 a manequim torna-se um símbolo para

as divulgações públicas e privadas da moda, ganha respeito e torna-se celebridade.

Nos anos 1960, as manequins joviais se sobre saem, com seu visual ingênuo e

olhos com aspecto de boneca. O padrão de beleza agora é ser extremamente

magra. Twiggy é a primeira manequim a ganhar fama internacional. (BRAGA,

2006b.)

Em todas as décadas, observa-se o quanto a manequim foi fundamental para

o sucesso das produções dos estilistas. Até os dias atuais existe uma relação direta

e fundamental entre grandes estilistas e grandes Top Models.

Os anos 1980 chegam e vários estilos estão em evidência e os desfiles são

cada vez mais inovadores e muitas vezes são chamados de desfiles-espetáculo ou

desfiles-show. Criadores renomados fazem verdadeiros acontecimentos,

espetáculos disputadíssimos entre profissionais do setor, personalidades,

consumidores e curiosos da moda. Ainda na década de 1980 surge o termo Top-

Model que em 1990 se solidifica e estas agora, são de fato as grandes estrelas,

sobrepondo-se às do cinema e da música. Nesta mesma época, o estilista francês

Thierry Mugler, em comemoração aos 20 anos de sua marca e lançar o seu

perfume, faz o mais caro desfile que já houve na historia da moda, no qual inúmeras

Top-Models e personalidades se mesclam na passarela. (BRAGA, 2006b.)

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Com a evolução do conceito de produção de moda para desfiles show houve

a necessidade de um aprimoramento técnico e conceitual urgente dos profissionais

atuantes no backstage, incluindo o maquiador direcionado à moda.

2.4 Os Profissionais da Estética na Moda

No mercado da moda os profissionais da estética podem atuar de várias

formas desde que tenham conhecimento e técnicas especificas na área, justamente

por ter uma visão aguçada da linguagem visual, da harmonia estética e do

visagismo. Estas características permitem que esse perfil de profissional atue como

o produtor de moda que dentro do fluxograma de um trabalho na área da moda, tem

uma importância crucial para o bom desenvolvimento do evento. Joffily (1991,

p.103), comenta mais especificamente que “[...] uma produção de moda é uma

composição que organiza elementos na busca de um estilo, ou, mais

concretamente, de um certo clima global da foto que traduza um estilo.”

É tarefa do produtor a organização desses elementos. Logo, ele/ela da

estética precisa ter uma formação suficiente para conseguir atingir essa composição.

Isso não é fácil. Fala-se aqui de uma formação ampla e abrangente, que engloba um

esforço constante de atualização e, paralelamente, uma razoável cultura de caráter

geral. Os produtores tradicionalmente escolhem e reúnem as roupas e acessórios

que irão compor o look. Para o destinado trabalho que é sempre feito em

antecipação às estações do ano, por esse motivo as lojas de varejo comum não

servem de fonte, mas sim as lojas de departamento que dispõem de peças para

divulgação. (JOFFILY, 1991).

Todavia o produtor de moda proveniente da estética tem um diferencial a ser

explorado que é a habilidade em criar looks específicos de beleza, ou seja,

consultor, personal beautiful e styling. Podendo ainda atuar como maquiador e ou

cabeleireiro, conforme a sua especialidade.

Também é do produtor a responsabilidade daqueles detalhes que possam

comprometer um trabalho como fotos. Claro que são detalhes que quando estão em

harmonia com o conjunto dificilmente são lembrados. Mas é um ponto que difere na

escolha do profissional. Fica a cargo dele também a devolução das roupas e

acessórios emprestados para as confecções e lojas, em bom estado.(BUEST, 2005).

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Cada produção deve ter uma identidade própria buscando expressar alguma

coisa, dentro de uma economia de recursos ou elementos utilizados que devem ser

coerentes entre si na mesma língua. Neste sentido, ele precisa se preocupar com

elementos como cor, forma, textura e coisas do gênero, de um jeito que venha a

compor essa produção dentro de um estilo, de forma a escolher a modelo mais

adequada, a que mais bem interpreta o objetivo pretendido, e selecionar tendências

de cabelos e maquiagens que mais comuniquem a idéia da produção. (BUEST,

2005).

O profissional que almejar atuar em produções de desfiles deverá entender

como o impacto de cena e jogos de luz interferem diretamente na maquiagem que

caracteriza-se sendo forte e marcante. O tom de pele muda podendo tender mais

para o rosado ou para o acobreado, dependendo do tipo de luz que será usado na

passarela: se é amarela, se é fria, se virá de cima ou de baixo, e coisas do gênero.

Tudo isso deve ser discutido antes entre o maquiador e o organizador do evento. O

maquiador profissional que trabalha em um desfile tem que saber expressar o

conceito da marca através das cores, harmonizando-as nas modelos. (REIS;

SCHNEIDER, 2010.).

Em produções de passarela, mais do que deixar o rosto das manequins lindas

e reluzentes, a tarefa do maquiador é juntar-se aos outros profissionais stakeholders

da moda e criar um make conceitual. A maquiagem e o cabelo, neste mundo, andam

mais ligados do que nunca. Tanto o maquiador como o cabeleireiro devem conhecer

as roupas que as manequins vão vestir. Até porque é fundamental para o processo

criativo e harmonioso dos looks de cabelo e maquiagem sejam funcionais com estilo

da roupa e ou acessórios utilizados na produção. Não adianta fazer um penteado

muito sofisticado ou colocar cílios gigantescos em uma manequim, se ela vai tirar o

macacão de gola alta e apertada. Em resumo, as limitações nos decotes e nas

aberturas das peças podem sugerir looks mais simples para o cabelo e a

maquiagem. (MOLINOS, 2000).

Já a maquiagem para fotos, sendo eles editoriais, catálogos, revistas e sites é

completamente diferente da maquiagem dos desfiles. É um contexto mais comercial

onde as expressões corporais e faciais das modelos fotográficas bem como a

maquiagem precisam priorizar o embelezamento. Buscar conhecimentos

específicos da fotografia como se a foto será em preto-e-branco, colorida e outros

detalhes. O maquiador trabalha em sintonia com o fotógrafo, tem que entender um

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pouco de fotografia e iluminação de fotos. É importante ainda saber que produto vai

ser vendido no caso de uma foto publicitária. Se for uma jóia, por exemplo, a

maquiagem não pode chamar mais a atenção do que o produto se for uma roupa,

pode até ser mais marcante, mas os editoriais de moda não costumam usar

maquiagem muito carregada. (REIS; SCHNEIDER, 2010).

2.5 Os Elementos que Caracterizam o Profissional Ma quiador na Moda

A importância do maquiador dentro do mundo das produções fotográficas e

de desfiles está na concepção do look para deixar a produção harmônica com

influências da história da moda e com olhar voltado para o lançamento de novas

tendências. O bom resultado se dá pela harmonização e coerências das idéias com

a proposta de produção. Por esse motivo se faz tão necessária a interação entre os

diversos profissionais de uma produção. (PRUNER; MICHELS, 2010).

O profissional maquiador que atua no ramo da moda se difere de outras

categorias de maquiadores por utilizar material de melhor qualidade, maquiagem

profissional e também fazer uso do instrumento aerógrafo mais conhecido como air

brush que é uma nova técnica cuja função, é proporcionar uma melhor definição de

maquiagem, possibilitando aplicações incrivelmente uniformes e velozes, assim

como transições de cores sutis e delicadas, que garantem um visual perfeito para

fotografia.

Os principais produtos para aplicação dessa técnica são: primes, corretivos

de diferentes cores, pós faciais, bases à base de álcool, água e de silicone. O

equipamento do air brush é composto de um compressor de ar e uma pistola

aerógrafo, tornando-se uma ferramenta muito delicada que deve ser desmontada,

limpa e montada, evitando que produtos sequem dentro do aparelho danificando-o.

As pistolas de dois tempos são as mais utilizadas para a técnica de air brush, ela

possui em seu gatilho dupla função como saída de ar com calibragem dosada que

vem do compressor e saída de pigmentos na quantidade desejada para o efeito

desejado. (REIS; SCHNEIDER, 2010).

Além de fazer uso de diferentes tipos de materiais de trabalho, o profissional

maquiador da moda, conta também com diversos aprimoramentos em diferentes

áreas, tais como fotografia, cenografia, tendências de moda, visagismo, dentre

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outros. Infelizmente, no Brasil, existe uma insuficiência de cursos preparatórios para

profissionais que desejam atuar nessa área.

Luiz Carlos Mufato, maquiador da Shiseido do Brasil há seis anos, diz: “Hoje

em dia faltam no mercado cursos especializados para maquiadores que desejam

seguir uma carreira voltada para a moda. Há somente um curso básico, o resto do

processo fica a critério do profissional que tem que buscar sozinho essa

experiência.” (REIS; SCHNEIDER, 2010).

3 METODOLOGIA

Metodologia é, conforme afirma Macedo (1995, p. 11) “[...] o modo como o

método científico (indução, dedução, elaboração de hipóteses variáveis...) mostra

uma dada relação entre fatos ou fenômenos, com o fito de submeter a teste

determinada hipótese.” É o processo de obter soluções fidedignas para um

determinado problema, por meio de coleta planejada e sistemática, análise e

interpretação de dados.

Neste artigo a metodologia caracteriza-se pela pesquisa bibliográfica,

qualitativa e descritiva.

Pesquisa bibliográfica é a busca de informações bibliográficas, seleção de

documentos que se relacionam com o problema de pesquisa e o respectivo

fichamento das referências para que sejam posteriormente utilizadas. Segundo

Macedo (1995, p. 13), na pesquisa bibliográfica “Procura-se identificar, localizar e

obter documentos pertinentes ao estudo de um tema bem delimitado, levantando-se

a bibliografia básica.” O material bibliográfico para extrair o conteúdo bibliográfico

faz-se o uso de livros e artigos científicos.

Classifica-se como descritiva que para Santos (1999, p.26) “[...] é um

levantamento das características conhecidas, componentes do

fato/fenômeno/problema. É normalmente feita na forma de levantamentos ou

observações sistemáticas do fato/fenômeno/problema escolhido.”

A coleta de dados foi feita através da aplicação de questionário, indagando

aos Stakeholders da Moda a percepção dos mesmos em relação aos maquiadores

de produção de moda, para descrever as características que são pertinentes a estes

profissionais da moda, sendo que estas foram realizadas sem interferência do

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pesquisador para que os dados levantados através delas fossem transcritos,

analisados e interpretados de forma ética.

4 ANÁLISE DE DADOS

A transcrição dos dados coletados através do questionário aplicado aos

Stakeholders da moda foi feito de forma metodológica individual. Na concepção de

Godoi, Mello e Silva (2006, p. 137) “A análise de dados inclui uma atividade reflexiva

que resulta num conjunto de notas que guia o processo ajudando o pesquisador a

mover-se dos dados para o nível conceitual.”

� Análise dos Stakeholders da Moda: (1 Produtor de moda, 1

Coordenador do Curso de Graduação Design de Moda, 1

Fotógrafo, 1 Cabeleireiro, 1 Aluno do Curso de Gra duação Design

de Moda).

Questão 1 - Você acredita que a maquiagem de salão de beleza e a de

produção de moda tem diferença?

R: SIM. Todos confirmaram que acreditam que à diferença da maquiagem

de salão de beleza á maquiagem de produção de moda.

Questão 2 - Você considera que o profissional maquiador precisa de algum

tipo de aprimoramento para trabalhar com maquiagem de produção de moda?

R: SIM. Todos consideraram que é necessário.

Questão 3 - O profissional maquiador de produção de moda deve ter algum

tipo de conhecimento em outras áreas?

R: SIM. Todos confirmaram que deve ter.

Questão 4 - Que conhecimentos este maquiador deve adquirir?

R: Para o Fotógrafo e Cabeleireiro os conhecimentos são: fotografia,

cenografia, tendências de moda, estilismo, produção de moda e visagismo

Para o Produtor de Moda : produção de moda

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Para Coordenador de Moda: tendências de moda, estilismo, produção de

moda e visagismo.

Para Aluna: Tendências de moda.

Questão 5 - Faltam no mercado cursos especializados para maquiadores

que desejam seguir uma carreira voltada para a moda?

R: SIM. Todos acreditam que falta.

Questão 6 - A personalidade, a imagem pessoal e o seu estilo, podem ser

considerados características fundamentais para distinguir um maquiador de

produção de moda de um não?

R: NÃO. Todos consideraram que não distingui.

Questão 7 - Você considera importante para o maquiador de produção de

moda utilizar produtos diferentes do maquiador de salão?

R: SIM. Todos consideraram importante utilizar produtos diferentes.

Questão 8 - O uso do instrumento aerógrafo (air brush) é muito solicitado

nas produções de moda?

R: A Coordenadora , a Produtora e a Aluna consideraram que SIM.

O Fotógrafo, e o Cabeleireiro consideraram que NÃO.

Questão 9 - Você está satisfeito com o trabalho dos profissionais

maquiadores que você tem trabalhado?

R: O fotógrafo, a Cabeleireira, o Produtor de Moda disseram que

SIM.

A Aluna NÃO.

A Coordenadora MAIS ou MENOS.

Questão 10 - Você acha que o mercado local já tem suficientes

maquiadores para atender a demanda da produção de moda?

R: Todos responderam que NÃO.

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� CONCLUSÃO DA ANÁLISE DE DADOS

Pela análise percebemos que o maquiador, para atuar no mercado da moda,

deve se aperfeiçoar na sua área e buscar conhecer áreas que circundam a produção

de moda. Para os Stakeholders entrevistados de forma geral acreditam que existe

sim uma grande diferença entre a maquiagem de salão e a de produção de moda, e

elas são distintas, pois a maquiagem de salão é a comercial e focada para o

embelezamento, já a de produção de moda, que é a “maquiagem conceito”, que

necessita comunicar de forma criativa o desejo dos estilistas e criadores do seu

produto. Da mesma forma, os Stakeholders acreditam que há uma distinção técnica

e de produtos do maquiador de salão para o de produção de moda bem como

consideraram por unanimidade que ainda é insuficiente o número de profissionais

atuantes na área da produção de moda e os que atuam no mercado, na percepção

dos entrevistados não respondem 100% de forma satisfatória.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O artigo apresentado continha como finalidade discutir com os Stakeholders

da moda, sobre a percepção dos mesmos em relação ao profissional maquiador nas

produções de moda.

Foi utilizado um questionário de perguntas fechadas a cinco desses

mencionados Stakeholders dentre eles o coordenador do curso de moda, produtor

de moda, fotógrafo que atua na área da moda, cabeleireiro e aluno do curso de

moda no que se chegou a conclusão de que o profissional maquiador de salão de

beleza é diferente do profissional maquiador atuante na produção de moda pelos

fatos de utilizarem maquiagem profissional e o equipamento aerógrafo conhecido

como air brush .

Concluiu-se também, pelo resultado das entrevistas, que é de extrema

importância que os profissionais maquiadores da moda adquiram conhecimentos

variados para que assim, consigam um melhor resultado nas produções de moda

através da maquiagem, mas que no Brasil existe uma carência de cursos destinados

a esses profissionais.

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Optou-se por essa pesquisa pelo fato de existir material bibliográfico

insuficiente e por a profissão do maquiador da moda ser mais prática do que teórica,

sendo assim a necessidade da realização de entrevistas com os Stakeholders da

moda para dispor de mais informações sobre o maquiador e a sua importância para

produção de moda.

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REFERÊNCIAS

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______. Reflexões sobre moda. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2006b. BUEST, Andreana. Conceito de moda fora das passarelas. uma análise de dados. 2005. Trabalho acadêmico (pós graduação) – Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2005. Disponível em: <http://74.125.155.132/scholar?q=cache:ZSYfdbcMk9IJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5>. Acesso em: 03 de abr. 2011. CARLI, Ana Mery Sehbe De. O sensacional da moda. Caxias do Sul: EDUCS, 2002. GODOY, Christiane Kleinübing; BANDEIRA-DE-MELLO, Rodrigo; SILVA, Anielson Barbosa da. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 2006. JOFFILY, Ruth. O jornalismo e produção de moda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991. MACEDO, Neusa Dias de. Iniciação à pesquisa bibliográfica: guia do estudante para a fundamentação do trabalho de pesquisa. 2 ed. Revisada. São Paulo: Edições Loyola, 1994. MENDES, Renata Livramento. Marketing na Psicologia: um estudo exploratório sobre a imagem profissional. 2008. Trabalho acadêmico (pós-graduação) – Universidade FUMEC Faculdade de Ciências Empresariais, Belo Horizonte, 2008. MOLINOS, Duda. Maquiagem Duda Molinos. 5 ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2000. PRUNER, Diandra Luiza; MICHELS, Elisa Alessandra Schwanke. Tendências de beleza e padrões estéticos utilizados nas produções de moda. Trabalho acadêmico (graduação) – Universidade do Vale de Itajaí, Balneário Camboriú, 2010. REIS, Mariana; SCHNEIDER, Estela Maris. Tendência do mercado da maquiagem: Conceito da arte e da tecnologia. 2010. Trabalho acadêmico (graduação) – Universidade do Vale de Itajaí, Balneário Camboriú, 2010. SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999.

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APÊNDICE A – Questionário aplicado aos Stakeholders da Moda

1. Você acredita que a maquiagem de salão de beleza e a de produção de moda tem diferença? ( ) sim ( ) não

2. Você considera que o profissional maquiador precisa de algum tipo de aprimoramento para trabalhar com maquiagem de produção de moda? ( ) sim ( ) não

3. O profissional maquiador de produção de moda deve ter algum tipo de conhecimento em outras áreas? ( ) sim ( ) não

4. Que conhecimentos este maquiador deve adquirir? ( ) fotografia ( ) cenografia ( ) tendências de moda ( ) estilismo ( ) produção de moda

( ) visagismo

5. Faltam no mercado cursos especializados para maquiadores que desejam seguir uma carreira voltada para a moda? ( ) sim ( ) não .

6. A personalidade, a imagem pessoal e o seu estilo, podem ser considerados características fundamentais para distinguir um maquiador de produção de moda de um não? ( ) Sim ( ) não

7. Você considera importante para o maquiador de produção de moda utilizar produtos diferentes do maquiador de salão? ( ) sim ( ) não

8. O uso do instrumento aerógrafo (air brush) é muito solicitado nas produções de moda? ( ) sim ( ) não

9. Você esta satisfeito com o trabalho dos profissionais maquiadores que você tem trabalhado? ( ) sim ( ) não

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10. Você acha que o mercado local já tem suficientes maquiadores para atender a demanda da produção de moda? ( )Sim ( )não