A Páscoa do Senhor está Santo do Mês chegando....

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www.paroquiasantateresinha.com.br Ano IV - Número 38 - Março de 2010 Santo do Mês Conheça um pouco da história de Dom Orione, o fiel amigo de Dom Bosco pág. 2 Igreja em Ação Para vivermos verdadeiramente a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, CONIC propõe uma série de simples ações pág. 5 Entrevista Ele mostra que tem samba no pé e Cristo no coração. Saiba um pouco mais sobre Irmão Hamilton, salesiano e carnavalesco pág. 12 A Páscoa do Senhor está chegando. Prepare-se! Veja toda programação que a Paróquia Santa Teresinha preparou para a Páscoa, o tempo mais importante da Igreja, aquele que celebra a ressurreição de Cristo, a nossa verdadeira Páscoa. págs. 6 e 7

Transcript of A Páscoa do Senhor está Santo do Mês chegando....

www.paroquiasantateresinha.com.brAno IV - Número 38 - Março de 2010

Santo do MêsConheça um pouco da história de Dom Orione, o fiel amigo de Dom Bosco

pág. 2

Igreja em AçãoPara vivermos verdadeiramente a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, CONIC propõe uma série de simples ações

pág. 5

EntrevistaEle mostra que tem samba no pé e Cristo no coração. Saiba um pouco mais sobre Irmão Hamilton, salesiano e carnavalesco

pág. 12

A Páscoa do Senhor está chegando. Prepare-se!Veja toda programação que a Paróquia Santa Teresinha preparou para a Páscoa, o tempo mais importante da Igreja, aquele que celebra a ressurreição de Cristo, a nossa verdadeira Páscoa. págs. 6 e 7

2 Santa Teresinha em Ação

Editorial

A Comunidade em ritmo de Páscoa!

O acontecimento maior que esta-mos preparando é a Celebração da Páscoa. Páscoa de Jesus e nossa Pás-coa também!

Na experiência de nossa vida, no passar do tempo, tudo passa e o tempo nada perdoa. Mas, o Cristo Ressuscitado que pela vida e pela sua morte se uniu a nós e caminha conosco, vai a tudo transformando. Com Ele (o Ressuscitado) vida e morte são gerado-ras de uma mudan-ça que leva a uma vida sem fim.

Há em cada um de nós sementes de uma vida eterna que o Filho de Deus fei-to homem veio tão bem cultivar. Deu-nos uma filiação di-vina, uma cidadania celeste que faz de cada um de nós her-deiros de Deus mes-mo e possuidores do seu Espírito.

A Páscoa é tempo para olharmos para a Jerusalém bíblica, para aque-les acontecimentos que já há mais de 2000 anos envolvem a pessoa de Jesus e a partir desse Encontro com Ele, passarmos a olhar o mundo, a vida e a cada pessoa com o novo olhar e nova luz que nasce da Pás-coa.

Um olhar que brota de um cora-ção cheio do Espírito do Ressuscita-do vê o mundo como Deus vê assim como a toda pessoa.

Neste transparecer de luz divina

que é amor, o olhar de amor tudo transforma, purifica, embeleza, aperfeiçoa.

Façamos com o Cristo Ressuscita-do a passagem para uma nova vida, novas esperanças, um novo coração.

Momentos fortes serão as cele-brações litúrgicas a partir do Do-mingo de Ramos que abre a Semana Santa e prepara desde a celebração da Ceia do Senhor na quinta-feira o

início do Tríduo Pas-cal.

Na cruz celebrada na sexta-feira e nas águas do Batismo celebrados na Vigí-lia Pascal do sába-do à noite, a morte de Cristo põe fim ao pecado e sua Ressur-reição nos dá do seu Espírito Novo. Novo fogo e nova luz bri-lham sobre o mundo e o bem, o amor, a vida, vitoriosos tudo vencem. É o Domin-

go da Páscoa quando Deus fez novas todas as coisas.

Participemos, todos, preparando-nos desde a semana de confissões no setor Sant´Ana e em nossa paróquia (ver a programação nesta edição) desta Festa Maior.

Que o Senhor Ressuscitado aben-çoe a cada irmão e irmã e suas famí-lias e à todos dê a sua Paz – a paz que nos trás todos os bens! Feliz Páscoa!

Pe. Ademar Pereira de SouzaPároco

ExpEdiEntE

Santo do mêS

luís orione nasceu em Pontecurone, diocese de Torosa, no dia 23 de junho de 1872. Na primeira adolescên-cia ajudou o pai como calceteiro de ruas até aos treze anos. Queria estudar para ser sacer-dote e foi acolhido no convento franciscano de Volghera, mas teve que abandoná-lo devi-do a uma grave pneu-monia. Foi aceito então no colégio de Valdocco, onde conheceu Dom Bosco, que já era um ancião.  Obteve o pri-vilégio de se confessar com ele e, depois de ter preparado quase três cadernos de pecados, Dom Bosco lhe disse: “Nós seremos sempre amigos”. Em Turim, respirou o espírito sa-lesiano e conheceu a Obra do Cottolengo. Em 1899, iniciou os

estudos de filoso-fia no seminário de Tortona. Em 1892, abriu um Oratório em Tor-tona e, no ano seguinte, um colé-gio. Em 1895 foi ordenado sacer-dote. Mais tarde surgiram também o Instituto Secu-lar e o Movimen-to Laical Orioni-no. As fundações estenderam-se por grande parte do mun-do, na América Latina, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Albânia. Em 1940, o Pe. Orione morreu numa casa da Pequena Obra em San-remo. Luís teve sempre no pensamento as pa-lavras de Dom Bosco: “Nós seremos sempre amigos”. Só depois de ter rezado longamente sobre o túmulo do San-

to convenceu-se de que o Senhor não o queria entre os Salesianos. Jamais se esqueceu do modelo de Valdocco, tanto que disse muitas vezes: “Caminharia sobre brasas ardentes para ver ainda uma vez Dom Bosco, e dizer-lhe obrigado”. João Paulo II beatificou-o em 1980 e canonizou-o em maio de 2004.

Luis Orione: o amigode Dom Bosco

indicamoS

O “ABC da Fraternidade” (Edições CNBB, R$ 2,00, 32 págs.) tem como ob-jetivo ser um suporte para os cristãos que desejam praticar as ações propostas pela CFE 2010. A partir do método Ver-Jul-gar-Agir, constituir o fundamento de uma visão de conjunto da realidade, ou seja, o social, o político, o econômico, o cultural e o religioso.

Para praticar a CFE 2010

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140, Santa TerezinhaCep.: 02405-060 – São Paulo – SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Padre Ademar Pereira de Souza, SDBJornalista responsável:Daya Lima - MTb - [email protected]

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: DivulgaçãoDiagramação:Erika Campos - (11) 8117-4183Impressão:Editora Gráfica Pana – (11) 3209-3538Tiragem:3.000 exemplares

O Jornal SANTA TERESINHA EM AÇÃO reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Santa Teresinha Em AçãoPublicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal Santana Distribuição interna, sem fins lucrativos.

ESpaço do lEitor

O jornal Santa Teresinha nos proporciona uma leitura pra-zerosa e muito informativa. Parabéns aos colaboradores.

Joyce Peixoto, SP.

Gostei muito da edição passada, que mostrava toda a festa de Dom Bosco, o nosso querido Santo.

Mônica Dias, SP

Foi bom poder já se programar para a Campanha da Fra-ternidade deste ano. O tema não é fácil, mas o desafio está lançado.

Paulo Camargo, SP.

Santa Teresinha em Ação 3

palavra do paStor

Nós somos quando estamos a serviço dos outros!

Estamos vivendo o tempo da Quaresma, quarenta dias, que antecedem a Páscoa em que somos alvo da Boa Notícia que Deus nos envia através do convite à oração, ao jejum e à esmola, ou seja, a viver a fé, a esperança e a caridade. É o tempo favorá-vel para que cada cristão se decida a viver uma autên-tica conversão e deseje co-nhecer mais intensamente o mistério de Cristo, que veio realizar a justiça de Deus, salvando-nos com Seu San-gue. A salvação é um dom gratuito de Deus. Não são os sacrifícios humanos que nos libertam, mas é o gesto de amor de Deus, através de Jesus Cristo que se oferece

a nós para nos salvar e nos enviarem missão para que ninguém se perca, mas todos recebam a vida eterna e se alegrem muito.

Vivemos uma época em que o fechamento, o indivi-dualismo, o desprezo pelos outros, a busca dos próprios interesses e o ignorar as ne-cessidades dos outros. Nós fomos criados por amor e para amar, fomos criados à imagem da Trindade, como pessoas queridas e únicas. Ser pessoa é ser um com o outro. Sou acolhido pela fa-mília, pelos parentes e ami-gos, pela sociedade, por isso eu sou mais à medida que sou para os outros e os ou-tros são para mim. É neces-

sário acolher, respeitar, valo-rizar e aceitar a alteridade do outro. Somos multiformes, para viver em união e comu-nhão com todos. Nossa rea-lização é construir a Unida-de se realiza com o que cada um coloca em comum para que o outro viva sua vida in-dependente de mim.

Estamos vivendo o tem-po da Campanha da Fra-ternidade de 2010, com o Tema: “Economia e Vida” e o lema: “Vocês não po-dem servir a Deus e ao Di-nheiro” (Mt 6,24). É uma Campanha Ecumênica que nos aponta os princípios de justiça, de novas relações e abre caminhos para novas relações em vista da solida-

riedade e da responsabilida-de que cada ser humano tem pelo outro porque Deus nos criou como irmãos e filhos de Deus. A sociedade, se-gundo o plano de Deus, deve ser uma família, formada de famílias, onde haja harmo-nia, segurança e paz.

Estão acontecendo mui-tas coisas boas em nossas cidades, mas muitas vezes desconhecidas por muitos. A Equipe paroquial procure sa-ber o que está acontecendo e divulgue em suas comunida-des iniciativas sobre: econo-mia solidária, organização de pequenas empresas, for-mação de cooperativas, clu-be de mães, preparação pro-fissional, políticas sociais,

locais de empregos, alfabe-tização de adultos, aposen-tadoria dos idosos, pastoral da pessoa idosa, pastoral da criança, feiras de trocas, Bolsa Família, Bazares bene-ficentes, economia de comu-nhão e outras. Nós e nossas paróquias existimos para apresentar Deus a todos; pois onde estiver Deus have-rá vida e vida em plenitude.

Dom Joaquim J. CarreiraBispo auxiliar de São Paulo

Região Episcopal Santana

A sociedade, segundo o plano de Deus, deve ser uma família, formada de famílias, onde haja harmonia, segurança e paz

palavra do pároco

“A Paróquia que devemos ser”num tempo em que as pes-soas, o mundo, a igreja pas-sam por mudanças profun-das, a Paróquia não poderia deixar de por se a caminho.

Trata-se de uma exigên-cia de renovar-se para ser um instrumento adequado aos novos tempos e respos-ta aos novos desafios en-frentados pela sua tarefa de Evangelizar e provocar nas pessoas, tocando em suas vi-das, uma abertura para a fé, levando-as ao conhecimento e Encontro de Jesus Cristo, a pessoal e comunitariamente desenvolverem um sentido de pertença à Igreja e par-tilharem da sua Missão de Evangelizar e Salvar.

De uma sociedade agrí-cola em sua origem, apoiada por um regime de cristanda-de, a Paróquia busca a sua identidade nos centros urba-

nos e em meio a uma reali-dade pouco cristã, não mais de maioria católica e somada por grupos religiosos e étni-cos diversos.

Mesmo assim, há Paró-quias que continuam com a mesma prática evangelizado-ra, catequética e sacramental de diversas décadas atrás, chamadas hoje de Paróquias de manutenção e atendimen-to de uma população fiel que mais parece ignorar ou mes-mo não querem ver as con-seqüências da mentalidade materialista e consumista, individualista e hedonista atualmente em vigor, preju-diciais à vivência ou união entre a fé e a vida. São mui-tos Católicos batizados que já não vivem a fé e se conten-tam em reproduzir uma tra-dição e costumes religiosos, sem disposição de frequentar

a comunidade, de engajar-se na missão e omissos quanto a um comprometimento com os valores evangélicos trans-formadores da sociedade.

Trata-se de um esfriamen-to da fé; da falta do sentido de Deus, necessidade de ver-dadeira conversão e adesão aos valores do Evangelho e gosto pelo trabalho realiza-do pelas comunidades cristãs. Ainda que faça parte de uma organização eclesial liderada por uma hierarquia que une a Paróquia a uma diocese (ou igreja particular) e à igreja universal, a Paróquia consti-tuída em sua grande maioria pelos fiéis leigos, enfrenta o grande desafio da falta de dis-ponibilidade e de formação mais atualizada e capacitação pastoral dos seus agentes, que somam a tarefa de viver o ba-tismo à dura experiência de

sobrevivência, trabalho, com-promissos familiares, e mil e uma solicitações mais que le-gitimas do seu estado de vida em meio à sociedade de hoje.

Para tornar-se a “Pa-róquia que deve ser”, a paróquia deve primei-ro intensificar a tarefa de “Evangelizar-se”, aprimorar a arte ou Escola da Oração, tornar-se uma Comunidade Orante, fazer a experiência da partilha dos dons e ser-viços através de uma maior sensibilidade para com os pobres e necessitados (ca-ridade fraterna) favorecer a capacitação das pessoas e dos recursos para uma ação pastoral e missionária eficaz. Em síntese tornar-se um cor-po ou uma rede (com outras paróquias) operadores de ações que vão ao encontro das necessidades das pesso-

as, suas famílias , situações diversas da sociedade huma-na (ação planejada,solidária, educativa e evangelizadora missionária)

Ao se fazer presente na cidade e na vida do povo, ao fortalecer as famílias cristãs e abrir espaços para os jovens e as crianças e ao tornar-se um “lugar sagrado” de Encontro das pessoas em Cristo e com Deus a Paróquia se faz espe-rança para todos, os de perto e os de longe e resgata a sua identidade e significatividade.

A Paróquia que devemos ser deve ela toda tornar-se Cristo em seu desejo e élam missionário de à todos amar, servir, comungar e salvar.

Construamos juntos a Paróquia que devemos ser!

Um abraço à todos!

Pe. Ademar Pereira de Souza

4 Santa Teresinha em Ação

Família SalESiana

Os pecados do vizinho amigoQuem tem a oportunidade de visitar Valdoco, em Turim, onde começou a obra sale-siana por excelência, acaba conhecendo o vizinho dessa obra, uma outra obra social, O Pequeno Cotolengo, muito conhecida por tratar de doen-tes incuráveis e fundada por outro santo, Pe. Luís Orione.

Mas o que muitos não sabem é que P. Luís Orione, foi oratoriano de Dom Bos-co, entrando no oratório, em 1886, com apenas 14 anos de idade. Logo de início en-cantou-se com Dom Bosco e com a forma que este pa-

dre tinha de tratar todos os seus meninos como se fossem cada um deles seu preferido.

Enfiava-se entre todos, para estar o mais perto pos-sível de Dom Bosco e isso não passava despercebido a este que sempre o brindava com alguma frase ou pergun-ta jocosa, afirmando depois: “Você é mesmo uma coisa!”

Luís Orione ansiava por poder confessar-se com Dom Bosco, mas este, já alquebra-do pela vida, reservava esse privilégio a apenas alguns salesianos ou jovens pron-tos a ingressar no seminário.

Um certo dia, no entanto, Luís Orione fica sabendo que Dom Bosco vai lhe atender em confissão. Alegra-se, mas preocupa-se: precisava se preparar para esse momento.

Faz um rígido exame de consciência e chega a preen-cher três cadernetas com seus pecados. Vai ao extremo de examinar alguns formulários que davam “dicas” de exame de consciência, só responden-do não à pergunta – “Você matou?”. Chega a hora da confissão. Orione treme ima-ginando o que Dom Bosco dirá ao ler seus pecados.

Dom Bosco convida-o a ajoelhar-se e lhe pede seus pecados. Orione entrega a primeira caderneta. Dom Bosco finge pesá-la com a mão, rasga-a ao meio e lhe pergunta se há mais. Luís Orione entrega as outras duas totalmente desorienta-do e vê Dom Bosco dar a elas o mesmo fim. Depois lhe afir-ma sorrindo: “A confissão está feita. Não pense mais no que escreveu.”

Luís Orione nunca mais

esqueceu aquele sorriso nem a promessa que dias mais tar-de Dom Bosco lhe faz: “Nós dois seremos sempre amigos.”

Após a morte do funda-dor dos salesianos, Luís Orio-ne funda a ordem dos “Filhos da Divina Providência”, e nessa ocasião, dirá de Dom Bosco: “Caminharia sobre brasas ardentes para vê-lo de novo e dizer-lhe obrigado”.

Carlos R. Minozzi éSalesiano Cooperador

Formação

o que a Liturgia da Igreja quer chamar atenção no início da Quaresma com as palavras do Livro do Genesis: “lembra-te o homem que és pó e em pó te hás de tornar.”? (Gn 3,19)

Antes de tudo, a Igreja quer lembrar três verdades funda-mentais: o nosso nada, a nossa condição de pecador, e a rea-lidade da morte. O convite da Igreja no início da Quaresma é para que seus filhos curvem a cabeça para receber as cinzas em sinal de humildade, implo-rando o perdão dos pecados.

O caminho em direção à Páscoa exige este tempo de meditação, atos de sacrifício, de expiação e de louvor a fim de que todo o comportamen-to do espírito seja agradável a Deus.

Não podemos nos iludir de que o caminho a ser trilhado é tranqüilo e macio como pé-talas de rosa. Há espinhos no caminho cultivado por aque-les que insistem em não crer. Há pedras cortantes como esculpidas por aqueles que vi-

vem em desamor. Há risco de queda nas pedras lisas como se o inimigo as tivesse recoberta com óleo.

Por isto, o caminho de con-versão não pode ficar restrito a ascese espiritual. Há de se expressar o crescimento espi-ritual através do exercício de obras de caridade, de perdão aos irmãos, de jejum, fuga das ocasiões de pecado. Para a vi-toria nesta luta contamos com a Misericórdia de Deus como a oração na Quarta Feira de Cinzas em que a Igreja pede ao Senhor que nos ajude a: “começar com este jejum um caminho de verdadeira con-versão, a fim de enfrentar vito-riosamente, com as armas da penitencia, o combate contra o espírito do mal.

“Tu és pó...” nos faz refletir

sobre as dolorosas realidades frutos do pecado, mas o obje-tivo não é nos deprimir diante com uma visão pessimista da vida. Quer abrir o nosso cora-ção ao arrependimento e espe-rança. Também não quer só dizer que nossa vida no tempo cósmico terá um fim. Quer nos lembrar que o nosso tempo de “comer o pão com o suor do rosto”, “nutrir-se com as ervas do campo”, é hoje. A conver-são definitiva que permitira a Ressurreição é privilegio da Misericórdia de Deus, mas para aquilo que nos cabe fazer nesse processo de conversão não há outro tempo, nem pas-sado e nem futuro. É preciso tomar as providencias e buscar a santidade agora.

Paulo Henriques

“Tu és pó...”

O caminho em direção à Páscoa exige este tempo de meditação, atos de

sacrifício, de expiação e de louvor a fim de que todo o comportamento do espírito

seja agradável a Deus.

Eu E a paróQuia

“vim na missa de sétimo dia do meu avô. Faz muito tem-po que não vou à Igreja, mas sempre peço proteção, falo muito com Deus principal-mente quando estou sozi-nho, quando acontece ou vai acontecer alguma coisa. Te-nho uma banda e faço muitos shows. Geralmente, dias antes dos shows, quando fico muito vulnerável, peço ajuda para dar um “push” (impulso). En-tão subo no palco, faço tudo legal, as coisas dão certo.”

Caio Marcellus do Carmo Bezerra, 24 anos

Para minha proteção

Enfiava-se entre todos, para estar o mais perto possível de Dom Bosco e isso não passava despercebido a este que sempre o brindava com alguma frase ou pergunta jocosa,

afirmando depois: “Você é mesmo uma coisa!”

Santa Teresinha em Ação 5

“tenho um só desejo: ver vocês felizes no tempo e na eternidade”, com essa frase de Dom Bosco, iniciamos, neste informativo, o espaço do Oratório Festivo Santa Teresinha, que a partir dessa edição partilhará com todos vocês o que acontece em nos-so oratório, local da alegria, pátio para encontrar os ami-gos, casa que acolhe, Igreja que evangeliza. Mas o que é oratório? Bem, essa é uma longa história.

Dom Bosco, desde garoto, já conseguia atrair seus ami-gos com brincadeiras, histó-rias e habilidades que apren-deu imitando artista de circo. Ao longo de sua juventude, com sua liderança alegre e criativa, e inspirado pelo so-nho dos nove anos, foi reu-nindo e formando inúmeros jovens para serem “bons cris-tãos e honestos cidadãos”.

Como padre, Dom Bosco, se lançou ainda mais neste

desafio de educar os jovens à fé. Sua preocupação esta-va voltada para aqueles mais pobres e excluídos, muitos deles delinqüentes e abando-nados, frutos da crise econô-mica, política e social pela qual a Itália vivia naquela época (séc. XIX). Nosso san-to fundador caminhava pelas ruas e praças chamando os garotos para um ambiente onde pudessem encontrar ali-mento, estudo, lazer e o afeto tão indispensável para uma educação ao amor e à fé; esse ambiente podemos chamar de Oratório Festivo.

No Oratório de Dom Bosco reinava um clima de família e festa. Neste ambien-te educativo prevalecia a es-pontaneidade, o amor, a con-fiança, a bondade, o respeito e a alegria. Cada menino se sentia amado e acolhido. Vi-viam-se momentos repletos de alegria com brincadeiras, jogos, atividades, músicas,

teatros, passeios, além da aprendizagem de “ofícios” e da formação religiosa (cate-cismo).

Esse modo de levar Deus aos jovens que Dom Bosco utilizava ainda hoje está pre-sente nas obras salesianas, e aqui em nossa comunidade não é diferente. Nosso orató-rio acontece todo final de se-mana (aos sábados das 13h30 às 17h e aos domingos das 7h30 às 11h15). Nesse dois dias atendemos dois públicos distintos, aos sábados jovens e aos domingos crianças e adolescentes.

Venha nos visitar e cola-borar conosco, muitos são os voluntários que nos ajudam, mas ainda precisamos de co-laboradores; venha evange-lizar as crianças e jovens do jeito de Dom Bosco, espera-mos vocês!

Rafael Galvão BarbosaSalesiano de Dom Bosco

Dom Bosco e o Oratório Festivo

noSSo oratório

igrEja Em ação

Viver a CFE 2010: agora é a horapara viver a Campanha da Fraternidade Ecumêni-ca 2010 na sua totalidade é preciso ficar atento à algu-mas questões sugeridas pela CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), descritas no livro ABC da Fraternidade.

Na primeira proposta, o Conselho fala sobre “A So-

ciedade e a economia solidá-ria”, onde o ideal seria que a comunidade praticasse a fra-ternidade sem nada em troca, que fizesse parte de sua cultu-ra. Entretanto, o que se pode observar, é que cada vez o in-dividualismo toma conta da sociedade, que se fecha para essas questões mais gerais. Essa economia solidária, se-

gundo o livro, já é praticada por algumas instituições, ou seja, totalmente possível para todos.

Em “A política e a socie-dade”, o CONIC fala sobre que a política vai além das re-lações de poder entre gover-no e sociedade, política quer dizer a participação de todos na construção da sociedade. Partindo deste princípio, po-demos dizer que a política, na visão cristã, deve ser um serviço à comunidade, priori-zando os mais fracos que pre-cisam de voz, de oportunida-de para exercer a cidadania.

Na terceira parte, onde re-lata sobre “Economia solidá-ria”, o livro sugere que junte-mos tesouro que não podem ser roubados ou destruídos por ferrugem. Neste caso, propõe a caridade, que é um tesouro inalcançável. Para

isso, fala de alguns projetos de economia solidária que já acontecem em nossa socieda-de, e propõe a construção de outros.

Já em “Cultura e econo-mia solidária”, o Conselho lembra que nosso povo, cul-turalmente, é solidário e não vê problema em partilhar essa caridade. Entretanto, por conta do consumismo e individualismo, cada vez mais surge e vida própria, sem le-var em consideração a nossa responsabilidade social. Por conta disso, diz para procu-rarmos onde está fincado o nosso tesouro? Além disso, discorre sobre uma necessi-dade atual: a de formação de uma sociedade compromissa-da com o social.

Na quinta etapa, o CO-NIC fala sobre “Religião e economia solidária”, onde

deixa claro as semelhanças entre religiões que existem hoje. Porém, faz um alerta so-bre a teologia da retribuição, que é praticada por algumas entidades religiosas, que pre-gam a manipulação de cons-ciência, sobretudo em relação ao valor econômico. Por isso, sugere pensemos na verdadei-ra religião, que não provém de uma placa de igreja, mas, tem princípio na prática da caridade, na assistência dos mais carentes.

Na última parte, o Conse-lho sugere uma “Assembleia: economia e vida”, para que os temas propostos sejam praticados em um âmbito maior, reservando um tempo significativo para discussão e prática dessas ações, tão importantes para o povo de Deus que quer, de fato, viver a CFE 2010.

Mais informações naparóquia ou naCúria Regional Santana.

(11) 2991-5335 ou cfpfreigalvao@regiaosantana. org.br/[email protected]

Centro de Formação Pastoral

“Frei Galvão”

Escola de Teologia, início: 01/03/10

Escola de Ministério, início: 13/03/10

Todo agente de pastoral deve participar!

Coleta da CFE 2010Não deixe de participar da Coleta da

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010. Será realizada na Paróquia, no

domingo, dia 28/03, em todas as missas.

Santa Teresinha em Ação 76 Santa Teresinha em Ação

Para estarmos prontos para a Páscoa do Senhor, precisamos nos preparar. A Quaresma é tempo para isso e a Semana Santa também, que anuncia a morte e res-surreição de Jesus Cristo.

Por conta disso, a Pa-róquia Santa Teresinha or-ganizou uma programação especial par a que todos possam estar prontos para a grande festa. Veja detalhes.

Mutirão de confissõesMomento íntimo, pro-

fundo e de encontro com o imenso Amor e com a Mise-ricórdia de Deus. Prepare-se e não perca!

•18/03 – 20hParóquia Santa Luzia – Rua Pe. Agostinho Poncet, 134

•22/03 – 20hParóquia Santa Teresinha – Praça Domingos Correa da Cruz, 140

•23/03 – 20hParóquia N. Sra. Aparecida – Rua Parque Domingos Luiz, 273

•25/03 – 20hParóquia de Santana – Rua Voluntários da Pátria, 2060

•26/03 – 20hParóquia de N. Senhora Salette – Rua Dr. Zuquim, 1746

Celebremos juntos o Mistério PascalA Páscoa está chegando e com ela toda magia da ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo. Nada melhor que nos prepararmos para recebê-lo de braços abertos

Celebração de RamosNa missa do próximo dia 27 (sábado), às 16h, serão aben-

çoados os Ramos na Igreja. Já no Domingo, dia 28, a celebra-ção de Ramos contará com a Coleta Nacional da Solidarie-dade em todas as missas (7h30, 18h e 19h30 com Benção dos ramos). A missa das 10h será solene, com procissão, no Teatro Salesiano. Neste dia, não haverá a missa das 11h.

No dia 29, às 20h, Terço meditado com os Mistérios Dolo-rosos na Igreja. Já no dia 30, também às 20h, Via Sacra Medi-tada na Igreja. No dia 31, às 20h, Via Lucis na Igreja.

No dia 1 de abril, às 9h, acontecerá a missa do Crisma, com benção dos santos e óleos Renovação das Promessas Sacerdotais na Catedral da Sé. Já na Paróquia, às 20h, Missa da Ceia do Senhor e Lava Pés e, às 22h, adoração ao Santíssimo Sacra-mento na Capela, no Salão Paroquial.

No dia 2 de abril, das 7h às 14h45, Adoração ao Sant. Sacramento na Capela, no Salão Paroquial. Neste mesmo dia, às 9h, Via Sacra pelas ruas do bairro saindo e retornando a Igreja. Às 15h, celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Santa Cruz. Já às 19h30, Reflexão da Paixão do Senhor e Procissão do Senhor Morto pelas ruas da Paróquia. A Paróquia sugere que as pessoas tragam velas para participar dessa procissão.

No dia 3, às 20h, Celebração da Vigí-lia Pascal e Procla-mação da Ressurrei-ção! Sugere-se que tragam velas e potes com água para serem abençoados.

No dia 4, finalmente, será celebrado a Páscoa do Senhor. As missas acontecerão às 9h30, às 11h, às 18h e às 19h30. Não haverá a missa das 7h30.

A ressurreição de Jesus Cristo é a verdadeira Páscoa! Comemoremos com ele este momento tão especial

Momentos importantes para

a Igreja durante a Semana Santa do

ano passado. Todos os paroquianos

preparados para a grande festa

8 Santa Teresinha em Ação

tá ligado?

Prepare-se para a chuvadois homens pediam a Deus que chovesse em suas terras. Um deles preparou seu ter-reno para a chuva e o outro não. Qual dos dois teve seu pedido atendido? Tem horas que nem a gente bota fé na gente mesmo. Se uma torci-da inteira também não, fica bem difícil. Aquele treinador estava com problemas. Há seis anos na liderança de um time de futebol americano, seu time não ganhava de jeito nenhum. O diretor da escola foi pressionado pelos pais dos alunos que queriam ver os fi-lhos vencedores e acabou que o treinador acabou ouvindo a conversa. Como tudo aconte-ce de uma vez só, a vida não esperou pra dar as outras rasteiras: o cara não tinha dinheiro nem pra consertar o carro, que vivia quebrando e deixando ele e sua esposa na mão. E por falar em esposa, há quatro anos tentando en-

gravidar, descobrira que o marido não poderia lhe dar filhos. No fundo do poço, o treinador se ajoelhou diante de Deus e pediu ajuda. Rece-beu algumas respostas e re-solveu reunir todas as forças para redescobrir-se e redesco-brir seu time. Resolveu se pre-parar para a chuva. Fez com que seus jogadores aprendes-sem a olhar para Deus e para o Cristo como ele olhava. O resultado foi um time inteiro de garotos convertidos. Uma escola inteira reunida na gra-ma, orando uns pelos outros, colocando o papo em dia com o Criador. A cena é belíssima: alterna estes momentos de oração com um determinado senhor de idade que ora pelos alunos diariamente, tocando seus armários, no corredor da escola. Ele pede que Deus crie uma geração que saiba amá-LO. O resultado não podia ser outro. O time, revitaliza-

do, passa a entender que tra-balhando em equipe podem vencer qualquer desafio e que a força de que necessitam vem do Céu. Ora, se Deus acredi-ta em você, o que temer? A vida não melhora só no cam-po. Cada um daqueles meni-nos tem sua vida modificada no momento em que aceita Jesus. E desta forma, o pró-prio treinador tem suas ne-cessidades supridas. Mesmo nas dificuldades, não hesitam em louvar a Deus. Persistem. Confiantes, o time surpreende a todos e a si mesmo. Chega então o momento em que têm a oportunidade de desafiar os gigantes, que estão sem-pre em primeiro lugar, que nunca são derrotados. Eles aceitam o desafio e dão ab-solutamente tudo de si para ganhar o jogo. O chute final precisava ser altíssimo. Alto como o céu. Quem chutou a bola foi o garoto mais baixi-

nho do time, e nem ele mesmo acreditava ser possível. Olha para a plateia antes de chutar a bola e encontra o pai, que é cadeirante. O pai se levanta da cadeira, com dificuldade, e ao ser abordado por alguém que lhe oferece ajuda, ele res-ponde “Não toque em mim. Estou em pé pelo meu filho.”

A glória de Deus se manifesta nos mais simples. Para Deus, nada é impossível e diante D´Ele todo o joelho se dobra-rá. Assista o filme para saber o resultado do jogo. Filme: Desafiando os Gigantes (Fa-cing the Giants).

Mel Sliominas

por dEntro daS paStoraiS

cuidar dos jovens é um dos preceitos do povo cristão. Por conta disso, desde meados de 1950, a Igreja tem se voltado para essa questão, vista as inúmeras necessidades que os jovens apresentam, sejam elas no nível social e moral.

A Arquidiocese de São Paulo tem uma Pastoral vol-tada para os jovens desde 1974. A PJSP (Pastoral da Juventude de São Paulo) des-de então, trabalha para recu-

perar e dar um norte para os jovens paulistas, tão carentes de proteção e oportunidades.

Luciano de Azevedo, co-ordenador da PJ da Arqui-diocese, diz que o trabalho que desenvolvem tem dado muitos bons resultados. Se-gundo ele, as ações que pro-movem em conjunto com as regionais mostra que esta iniciativa nunca pode parar já que, para muitos, é a úni-ca oportunidade de ter uma

vida com dignidade. Para se ter uma ideia das

ações promovidas, em feve-reiro, foi feita um evento de formação para apresentar a Campanha da Fraternida-de Ecumênica 2010. Além disso, também promoveram cursos para assessores. Para este ano, um calendário in-tenso de atividades promete levantar a juventude paulis-ta. Mais informações no site www.pjsp.org.br

Pastoral da Juventude: a alternativa dos jovens

Quem é cristão não pode faltar!Venha participar do 4° Ato Público em Defesa da Vida, que acontecerá no próximo dia 20 de março, a partir das 8h,

na Praça da Sé, em São Paulo. Em um Brasil tão necessitado de vida, é nossa obrigação lutar por ela.

Ao lado, membros da paróquia Santa Teresinha com Dom Tarcísio. Abaixo, jovens dançam durante Dia da Juventude, evento de 2009

Santa Teresinha em Ação 9

ESpaço vicEntino

Ouvir - A arte de valorizar o ser humanoouvir é uma arte. É mais do que simplesmente parar de falar. Quando ouvimos, va-lorizamos as pessoas, sejam elas ricas ou pobres, cultas ou incultas.

Ouvir é ter paciência e to-lerância para aceitar a pessoa como ela é, com suas qualida-des e seus defeitos, crenças e emoções, com sua aparência, quer nos seja agradável ou desagradável, sem pré-julga-mentos. Não é um processo fácil, embora pareça tão ele-mentar.

Esperamos ser ouvidos e compreendidos, mas não es-tamos dispostos a ouvir.

Silenciar até nossos pen-samentos é o passo mais importante para ouvir quem está falando. Ouvir bem sig-nifica estar em sintonia com a outra pessoa, ouvir com o corpo, com a mente e com o coração, a ponto de sentir o que está sendo dito.

A atenção que você dá ao seu interlocutor é o que faz a diferença. Saber ouvir leva tempo, prática e paciência. Não basta silenciar e deixar a outra pessoa falar. Tem de

estar sintonizado no outro o tempo que for necessário.

Quando ouvimos realmen-te, criamos uma conexão, uma ligação invisível que nos une e permite entrar profundamen-te no pensamento de nosso in-terlocutor e melhor entender o que ele deseja expressar.

Eis algumas sugestões para cultivarmos o maravi-lhoso hábito de ouvir: Pare para ouvir e esteja sempre atento ao que é falado; Escu-te atentamente, faça coloca-ções como “conte mais”, “e depois”, etc, demonstrando o seu interesse, visto que além de estar conectado na con-versa, deve ser sentido esta conexão; Mantenha o olhar em quem fala e tome posi-cionamento analisando o que estiver ouvindo.

Lembre-se: mais do que uma arte, ouvir é uma bên-ção que você precisa dividir com seus semelhantes.

Enio EliasVicentino da Conferência Santa

Margarida Maria AlacoquePresidente do Abrigo dos

Velhinhos Frederico Ozanam

todos idealizamos uma fa-mília. Desde pequenos quere-mos que nossa família seja a mais legal, a mais bonita e a mais bem sucedida. Quando entramos na escola, achamos a família do amiguinho mui-to melhor que a nossa. Na adolescência, piora: nossa fa-mília é um porre e se o mun-do fosse povoado somente por amigos, seria um paraíso. Passada a fase da juventude, nos tornamos auto-suficien-tes. Família passa a ser um enfadonho compromisso nos aniversários e compromissos sociais.

Então casamos e vêm os filhos. “Nossa! Eu cheio de boa-vontade e conhecimento e o filhinho do meu amigo é muito mais educado. Meu fi-lho só chora, faz birra e quer tudo o que vê no shopping. Penso: como ele pode ser mal agradecido quando trabalho de domingo a domingo para dar comida, escola, brinque-dos caros, etc, etc. O proble-ma é da minha mulher que não cuida direito da educa-ção e ainda vem a mãe dela dar palpite.”

E ela pensa exatamente

como ele. “É tudo culpa do folgado que não ajuda em nada em casa. Vou me separar porque sozinha conto co-migo mesma e vai ser muito melhor.”

O casal se sepa-ra, casa de novo e nada das coisas me-lhorarem. E volta-mos à família ideal. Existe mesmo?

Dom Joaquim, nosso bispo, lem-bra que a família ideal é aquela onde todos se esfor-çam para se amar e se respei-tar. A possibilidade, então, da família ideal acontecer deixa de ser do outro e passa a ser minha. A partir do meu encontro com Deus, em que O escuto e deixo que Ele ope-re em mim sua vontade.

Acabo de me lembrar de Santa Teresinha, contan-do que não gostava muito de uma freira no convento, o que era recíproco, pois a freira também não gostava dela. Um dia, por inspiração de Deus, meditou sobre ser-mos criados à Sua imagem

e semelhança. Como podia aquela freira ser a imagem de Deus? Mas Teresinha se auto-propôs um exercício: Quando olhasse para aque-la irmã, sempre veria a face de Deus. Ela se esforçou em amar e respeitar e a relação das duas mudou.

Assim é a família ideal: local onde todos se esforçam para se amar e respeitar. E fica a pergunta: Quanto estou me esforçando para minha família ser melhor?

Ana Filomena, coordenadora da

Pastoral Familiar

A família ideal

paStoral Familiar

SalESianidadE

Tempo de Quaresma Quaresma, tempo propí-cio de reflexão sobre a nossa vida interior, o nosso exer-cício de perdão e reconci-liação. Por meio da Campa-nha da Fraternidade que em 2010, apresenta como tema: Economia e Vida e lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24c), somos convidados a aprofundar ainda mais nossa espiritualidade.

Das muitas reflexões que fazemos e encontramos na mídia, o Papa Bento XVI, propõem esses pensamentos:

Quanto à reflexão da justiça, ele pergunta: “Qual é a justiça de Cristo? Antes

de mais nada é a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros.

Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, sig-nifica precisamente: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indi-gência dos outros, e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade”.

Nesses dias de reflexão, aproveitemos para ler, rezar, visitar e se encontrar com a família. Promover encontros de orações com os vizinhos, contando com as pastorais da nossa Comunidade e par-

ticipando dos eventos pro-postos pela nossa Paróquia. Sabemos que nossa agenda é repleta de atividades, mas fa-zem-se necessários esses mi-nutos de oração; busquemos sempre, um momento para Deus. Ele nos enviou seu Fi-lho amado, para a conversão e perdão dos nossos pecados.

Na Igreja, encontramos os representantes de Cris-to na terra; realizemos uma boa confissão, convertendo o nosso coração. Fiquemos atentos para os momentos de reconciliação, propostos pela nossa Comunidade Pa-roquial. A conversão é ob-tida por momentos e opor-

tunidades que surgem em nossa vida.

Por meio dos pensamen-tos que seguem, ponderemos como viver hoje, a Boa Nova de Jesus:

Educar para a prática de uma economia de solida-riedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso.

Âmbito social: Política de direitos, Participação cons-ciente por justiça, Escolha e acompanhamento de políti-cos.

Âmbito comunitário: Unir forças na luta por direitos e igualdade, Militância através da sociedade organizada.

Âmbito eclesial: Serviço a Deus e aos irmãos, Espaço para educação e mobiliza-ção, Formação da consciên-cia.

Âmbito pessoal: Respeito aos direitos, Cuidado com a natureza, Justa hierarquia de valores, Profetismo

Encerro essa reflexão, com um trecho da Oração da Campanha da Fraternidade:

“Guiados pelo teu Espíri-to, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino”.

Pe. Aramis Francisco Biaggi

10 Santa Teresinha em Ação

Coordenador Regional da RCC celebra início de seminário

Na noite do dia 24 de fevereiro, o Grupo de Oração Nossa Senhora Auxiliadora, da Paróquia Santa Teresinha, recebeu a visita de Antonio Cornélio da Silva, da paróquia Nos-sa Senhora do Carmo, que é Coordenador da Renovação Carismática Católica da Região Santana, veio celebrar o início do Seminário de Vida – Reavivar a Fé. No evento, os fiéis foram convidados a participar do Seminário que tem, como objetivo, aprofundar a fé.

acontEcEu na paróQuia

Dia de celebração missionáriaNo dia 6 de fevereiro foi o

dia da celebração de envio mis-sionário, como ressaltou Pe. Ademar. Isso porque, pela pri-meira vez, o Curso de Batismo da paróquia trouxe pais e pa-drinhos para participarem da missa.

Além disso, também houve a investidura, como Ministra Extraordinária da Sagrada Co-munhão (MESAC), de Marlete Sliominas, agente de pastoral atuante na comunidade.

Foi no Centro Comunitário José Allama-no, dos Missionários da Consolata, que nos dias 06 e 07 de fevereiro, os casais pilotos da Catequese Familiar da Paróquia Santa Teresi-nha reuniram-se em retiro com o intuito de refletirem sobre crescimento humano e espiri-tual, bem como sobre atos de fé, para estarem preparados para o início das atividades ca-tequéticas junto às famílias das crianças que farão primeira co-munhão no final deste ano.

Todos os participantes pu-deram acompanhar com aten-ção o testemunho do casal Cristina e Beto, da Paróquia

Nossa Senhora do Rosário, e refletiram sobre o tema “Crescimento Humano e Espiritual” desenvolvido por Antonio Martins, Mestre em Filosofia e Teologia.

Foi no salão de festas da Igreja que Pe. Ademar recebeu uma festa surpre-sa por conta de seu ani-versário, no último dia 23 de fevereiro. Muitos paro-quianos fizeram questão de parabenizar o Pároco. Depois de uma calorosa recepção, Pe. Ademar con-vidou outros aniversarian-tes para juntos cortarem o bolo.

Dia de matrícula para a Catequese

Na noite do dia 22, a Igreja ficou tomada por pais, crianças e acompanhantes, cerca de 200 pesso-as, para a matrícula da Catequese Familiar e para a celebração paraliturgica que a Catequese faz neste

dia de matrícula. Depois de falar sua máxima de que “tudo que é bom passa pelo crivo da oração”, Pe. Chico iniciou a celebra-ção convidando a todos a rezarem. Em seguida lem-brou a todos que a grande preocupa-ção de um pároco e da Igreja é a cate-quese, ou seja, tra-zer as crianças para o seio dessa Igreja.

Retiro da Catequese Familiar

Parabéns, Pe. Ademar

Foi no dia 17 de fevereiro que a Igreja, mesmo de-pois de uma forte chuva, compareceu à missa para re-ceber as cinzas do Senhor. Foi nesta data também que deu-se início a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (CFE 2010).

Durante a homilia, Pe. Ademar lembrou aos presen-tes que a quarta-feira de Cinzas representava, dentre outras coisas, o inicio da quaresma, tempo de prepara-ção para a Páscoa do Senhor. Salientou ainda que, du-rante esse tempo de preparação, é importante cultivar as três principais obras de justiça segundo a Bíblia: a esmola, a oração e o jejum. 

Cinzas abre Campanha da Fraternidade Ecumênica

Santa Teresinha em Ação 11

calEndário dE março

Via-SacraDurante a Quaresma, todas as quartas-feiras, às 19h00 e às sextas-feiras, após a missa das 8h00 e às 19h00

Adoração ao Santíssimo Sacramento:Todas as quintas-feiras, após as missas das 8h00 e 19h30

06/03 – Sábado – Início do curso de Preparação ao MatrimônioNo salão superior, às 18h30. Os casais devem chegar pelo menos 15 minutos antes para se inscrever.

07/03 – Domingo – PJS (AV) Encontro Vocacional Evangelho & VidaRealizado na Inspetoria Salesiana. Informações na Secretaria Paroquial.PJS-PAR – Retiro para catequistas de CrismaSão convocados os Agentes da Pastoral da Crisma. Realizado na Obra Social Dom Bosco, no Bom Retiro. Inscrições na Secretaria Paroquial.

08/03 – Retiro do Clero ArquidiocesanoEm Itaici – SP, até dia 12/03.

10/03 – Quarta-feira – Seminário de Vida – Reavivar a FéApós a missa das 19h30, a terceira reunião do seminário promovido pelo Grupo de Oração N. Sra. Auxiliadora

13/03 – Sábado – PAR – Encontro de Espiritualidade Salesiana para Agentes de PastoralSão convocados todos os Agentes de Pastoral. Inscrições na Secretaria Paroquial.Curso de preparação ao BatismoDas 14h00 às 18h00, sendo necessário prévia inscrição na Secretaria Paroquial.Retiro das Equipes de Coordenação – Tema: “Teologia do Laicato”Para todos Coordenadores de Região, Setores, Vicariatos, Pastorais, Movimentos, Associações, Novas Comunidades e outros Organismos da Arquidiocese, das 08h00 às 13h00, na FAPCOM. Mais informações na Secretaria Paroquial.

16/03 – Terça-feira - Bazar PopularNo Salão Paroquial, das 09h00 às 16h0020h00 - Encontro dos CPPs do Setor SantanaNa Igreja N. Sra. da Salette, com Dom Joaquim

17/03 – Quarta-feira – Seminário de Vida – Reavivar a FéApós a missa das 19h30, a quarta reunião do seminário promovido pelo Grupo de Oração N. Sra. Auxiliadora20h30 – A identidade da paróquia confiada aos salesianosSegunda reunião do ciclo de estudos, com a presença de Pe. André Torres, pároco da Paróquia Sagrada Família, de São José dos Campos – SP

18/03 – Quinta-feira – Curso “Pastoral Familiar”Com Dom Joaquim, no Auditório Paulinas, às 19h30.20h00 – Mutirão de ConfissõesPreparatório à Páscoa, na Igreja Sta. Luzia

19/03 – Sexta-feira – Solenidade de São José – Dia do Salesiano IrmãoCelebração nas missas do dia.20h00 – Missa na capela São JoséNa Cúria da Região Santana, com Dom Joaquim

20/03 – Sábado – 4° Ato Público em Defesa da VidaPromovido pela Arquidiocese de São Paulo, às 08h00, na Praça da Sé.

21/03 – Cine Pascom

Exibição do filme “A Paixão de Cristo”, no salão superior, às 15h00PJS – Curso de Extensão Universitária “Assessoria em Evangelização – Educação da Juventude”Realizado na Obra Social Dom Bosco, no Bom Retiro. Informações na Secretaria Paroquial.

22/03 – Segunda-feira - Mutirão de ConfissõesÀs 20h00 - Preparatório à Páscoa, na Igreja Sta. Teresinha

23/03 – Terça-feira - Mutirão de ConfissõesÀs 20h00 - Preparatório à Páscoa, na Igreja N. Sra. Aparecida

24/03 – Quarta-feira – Comemoração mensal de Nossa Senhora AuxiliadoraSeminário de Vida – Reavivar a FéApós a missa das 19h30, a quinta reunião do seminário promovido pelo Grupo de Oração N. Sra. Auxiliadora

25/03 – Quinta-feira - Mutirão de ConfissõesÀs 20h00 - Preparatório à

Páscoa, na Igreja Santana

26/03 – Sexta-feira - Mutirão de ConfissõesÀs 20h00 - Preparatório à Páscoa, na Igreja N. Sra. da Salette

27/03 – Sábado – Dinâmica de reflexão “Acolher é Comunicar”No salão superior, a Pascom promove para os Agentes de Pastoral e demais interessados, uma reflexão comunitária sobre Acolhida e Comunicação, das 09h00 às 12h00

28/03 – Domingo de Ramos – Coleta da Campanha da FraternidadeAguarde divulgação da programação completa da Semana Santa

31/03 – Quarta-feira – Comemoração mensal de Dom Bosco09h00 – Celebração Penitencial do Clero da Região SantanaNa Cúria Diocesana20h00 – Encontro Regional Santana de Coordenadores da Pastoral da CatequeseSão convocados todos os Coordenadores Paroquiais das Pastorais Catequéticas

Novos coroinhas

Paroquianos no horário nobre da TV

Os paroquianos que as-sistiram à novela Viver a Vida, da Rede Globo, no úl-timo dia 25 de fevereiro, de-vem ter reconhecido Vanessa Romanelli, velha conhecida da Paróquia. Vanessa é a ca-deirante que é apresentada à Luciana (Aline Moraes) du-rante sua festa.

Para quem não sabe, Vanessa não é a única “fa-mosa” da Paróquia, a atriz Paloma Bernardi, a Mia da mesma novela, também cres-ceu no berço da Igreja, junto com Vanessa e outros jovens.

Para os próximos capí-tulos, Vanessa diz que será amiga de Luciana na trama. Fiquemos atentos!

acontEcEu na paróQuia

A tarde do sábado, 27 de fevereiro de 2010, foi de novidades para um grupo de adolescentes, pois participaram de uma reunião da Pastoral da Perseverança que tinha, como objetivo acolhê-los para que passem a integrar a pastoral. Porém, eles não foram os únicos a participarem, seus pais também estiverem presentes para que juntos pudessem rezar e incentivá-los com os novos traba-lhos que se propuseram.

12 Santa Teresinha em Ação

Samba no pé e Cristo no coração!

EntrEviSta

o carnaval já passou, de fato, mas a alegria ainda contagia quem tem samba no pé. É hora de arrumar o barracão e já começar a preparação para ao ano que vem, já que as es-colas de samba estão cada vez mais criativas e a disputa sem-pre é acirrada. Irmão Hamil-ton, da Paróquia Dom Bosco de Itaquera sabe bem o que é isso. Amante de carnaval e escola de samba, antes de ser salesiano já desfilava pela Vai-Vai, escola do grupo especial de São Paulo. Depois que co-nheceu Dom Bosco, partici-pou de toda implantação do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dom Bos-co. Com muita gentileza, nos concedeu esta entrevista.

Santa teresinha em ação – Há quanto tempo está envolvido com o carnaval?irmão Hamilton – Antes mes-mo de ser salesiano, já acom-panhava o carnaval paulista-no. Há muitos anos desfilei na escola de Samba Vai-Vai.

Santa teresinha em ação – Desde quando está na escola de Samba Dom Bosco?irmão Hamilton – Desde os primeiros passos, quando ain-da tinha o “Bloco do Padre”. Depois, vim participar e des-filar já pela escola de samba. Quando me mudei para Ita-quera pude, de fato, participar mais efetivamente de tudo.

Santa teresinha em ação – Qual é sua função na escola hoje?irmão Hamilton – Cuido da parte administrativa e de toda verba que recebemos para fazer o carnaval. Participo de algumas decisões, na or-

ganização do desfile. Mas, o que gosto mesmo, é coorde-nar uma das alas da escola. Brincamos que ela é a “Super Ala”, já que conta com mui-tos participantes (este ano fo-ram de 120) e, com certeza, é a mais animada. É nesta ala que desfila alguns membros da Família Salesiana: padres, irmãos, irmãs, cooperadores, ex-alunos, educadores etc.

Santa teresinha em ação – Em meio a tanta vulgaridade, como que se faz um carnaval cristão?irmão Hamilton – É uma pena que o carnaval seja visto ainda dessa forma. Todavia, quem participa do desfile percebe outros valores. Na Dom Bosco também é assim. É lógico que a presença salesiana faz com que a escola tenha este rosto de Dom Bosco. Tem um am-biente de família, com muitas crianças, adolescentes e jovens participando com alegria.

Santa teresinha em ação – Dá para evangelizar durante um desfile?irmão Hamilton – Creio que sim. Só a presença dos com-ponentes demonstrando uma sadia alegria. O respeito pelas co-irmãs. Os temas apresenta-dos sem apelação. A letra do samba com conteúdo. As fan-tasias adequadas. O momen-to de oração antes do desfile. Nossa presença tranquila na apuração das notas, sempre citado como exemplo. Enfim é uma presença que leva as pessoas a se perguntarem: a escola de Samba Dom Bosco tem algo de diferente?

Santa teresinha em ação – O que podemos esperar para o ano que vem?

irmão Hamilton – Além de ser uma festa, trata-se de uma competição. Nosso pensa-mento é sermos sempre vito-riosos! Mas temos ainda mui-ta caminhada a fazer. Como sempre digo: “estamos apren-dendo a fazer samba!”. Para o ano queremos mais uma vez levar Dom Bosco para aveni-da com humildade, muito tra-balho, muita raça e com muita alegria. O resultado é fruto do momento.

Santa teresinha em ação – Dei-xe uma mensagem para os paro-quianos de Santa Teresinha.irmão Hamilton – Nosso pen-samento é sermos sempre

vitoriosos! Mas temos ain-da muita caminhada a fazer. Como sempre digo: “estamos aprendendo a fazer samba!”. Para o ano queremos mais uma vez levar Dom Bosco

para avenida com humildade, muito trabalho, muita raça e com muita alegria. O resulta-do é fruto do momento. Apro-veito para desejar a todos uma feliz e Santa Páscoa!

Por Daya Lima

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretariaDe segunda à sexta, das 8h ao 12h e das 13h às 19h30Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161