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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE LETRAS A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE – O CASO ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. LEANICE MARIA PERUZZO GUIO VIÇOSA - MG Agosto de 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE LETRAS

A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS

ADMINISTRATIVAS RUMO À

CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE – O CASO

ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

LEANICE MARIA PERUZZO GUIO

VIÇOSA - MG Agosto de 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE LETRAS

A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS

ADMINISTRATIVAS RUMO À

CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE – O CASO

ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

Monografia apresentada ao Departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do curso de Secretariado Executivo Trilíngüe, tendo como orientador o Professor Sérgio Augusto Pereira Monteiro do Departamento de Administração.

LEANICE MARIA PERUZZO GUIO – 49547

VIÇOSA - MG Agosto de 2006

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Leanice Maria Peruzzo Guio

A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À

CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE – O CASO ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

Monografia apresentada ao Departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do curso de Secretariado Executivo Trilíngüe.

Aprovada em ___ de agosto de 2006.

Profª. Débora Carneiro Zuin – DLA/UFV Examinadora

Prof. Odemir Vieira Baêta – DLA/UFV Examinador

Prof. Sérgio Augusto Pereira Monteiro – DAD/UFV Orientador

Viçosa, MG Agosto de 2006

Nota: _____

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram a realizar este trabalho, em

especial à equipe da Rochaz Indústria e Comércio Ltda, que me acolheu com muito

carinho e atenção no período que lá estive e à equipe da Pró-Reitoria de

Planejamento e Orçamento, especialmente ao Gustavo, Zélia e Leiza. Meu sincero

agradecimento também ao meu orientador, Professor Sérgio Augusto Pereira

Monteiro, que me incentivou a realizar o trabalho na área da qualidade e

padronização das rotinas administrativas, agradeço sua dedicação e atenção. Ao

Dirceu pela paciência, estímulo e compreensão; à minha família, especialmente ao

meu irmão Leandro, pelo carinho; a Deus, pela força e perseverança e a todos

aqueles, que de foram indireta e mesmo não presentes, me ajudaram a concluir esse

trabalho tão importante para mim.

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LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

Figura 1 – Tabela Resumo 5’s ..........................................................................22

Figura 2 - Estrutura Organizacional .................................................................35

Gráfico 1 ..........................................................................................................37

Gráfico 2 ..........................................................................................................37

Gráfico 3 ..........................................................................................................38

Gráfico 4 ..........................................................................................................39

Gráfico 5 ..........................................................................................................40

Gráfico 6 ..........................................................................................................40

Gráfico 7 ..........................................................................................................41

Gráfico 8 ..........................................................................................................42

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SUMÁRIO

1 - APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 7 1.1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7 1.2 - JUSTIFICATIVA........................................................................................... 9

2 - OBJETIVOS .......................................................................................................... 11

3 - METODOLOGIA .................................................................................................. 12 3.1 - Instrumentos de Coleta de Dados.................................................................. 13 3.1.1 - Entrevistas ................................................................................................. 13 3.1.2 - Questionários............................................................................................. 14 3.1.3 - Observação Pessoal.................................................................................... 14 3.1.4 - Observação de Ambiente e Análise ............................................................ 14 3.2 - Descrição do Ambiente Administrativo ........................................................ 15

4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 16 4.1 - Rotina .......................................................................................................... 16 4.2 - Processos...................................................................................................... 16 4.2.1 - Tipos de Processos..................................................................................... 17 4.3 - Método......................................................................................................... 18 4.4 - O Programa de Qualidade 5’s ....................................................................... 21 4.5 – O Programa de Qualidade 6-Sigma .............................................................. 23 4.6 - NBR ISO 9001 ............................................................................................. 24

5 - POR QUE PADRONIZAR AS ROTINAS ADMINISTRATIVAS? ....................... 27 5.1 - A Importância da Certificação de Qualidade................................................. 28

6 - IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ............................................................. 31 6.1 - Missão.......................................................................................................... 31 6.2 - Visão............................................................................................................ 31 6.3 - Histórico ...................................................................................................... 33 6.4 - Estrutura Organizacional .............................................................................. 34

7 – RESULTADOS ..................................................................................................... 36 7.1 - Falta de Cooperação das Áreas Envolvidas ................................................... 36 7.2 - Falta de Padronização nos Formulários......................................................... 38 7.3 - Exercício de Múltiplas Funções .................................................................... 38 7.4 - Centralização................................................................................................ 39 7.5 - Falta de Racionalização no Arquivo e na Guarda de Documentos ................. 40 7.6 - Falta de Avaliação Crítica das Etapas dos Processos ..................................... 41 7.7 - Falta de Harmonização e Padronização do Ambiente de Trabalho................. 41

9 - CONCLUSÃO ....................................................................................................... 47

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 49

11 - ANEXOS ............................................................................................................. 51 11.1 - Questionários ............................................................................................. 51 11.2 Política de Qualidade Institucional – Rochaz Indústria e Comércio Ltda. ...... 55 11.3 - Estrutura Organizacional – Rochaz Indústria e Comércio Ltda.................... 57

12 - APÊNDICES........................................................................................................ 59 12.1 - Entrevista ................................................................................................... 59 12.2 - Sugestão de Descrição Cargos .................................................................... 60 12.3 - Sugestão de Procedimento Operacional ...................................................... 61 12.4 - Sugestão de Organograma .......................................................................... 62

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1 - APRESENTAÇÃO

1.1 - INTRODUÇÃO

As empresas são como organismos vivos e sua relação com o ambiente - no

qual atuam – torna-se cada vez mais presente na administração. As empresas

precisam constantemente se adequar a este ambiente para continuarem ativas e

operando, de forma satisfatória, pois se, para a administração interna, preparar-se e

planejar ações é vital, preparar-se para as reações externas - do meio ambiente, dos

concorrentes e clientes - é fundamental e constitui-se uma prioridade.

A teoria dos sistemas muda a maneira de encarar as organizações, porque as

vê como parte de um ambiente que há constante troca de energia e informações. “A

teoria dos sistemas abertos dos professores Daniel Katz e Robert Kahn, colocou o

meio ambiente no centro das discussões, possibilitando o entendimento das partes, ou

subsistemas”. (CRUZ, 2002, p. 31)

Assim como os sistemas, também as empresas necessitam de constante

interação e troca de informações com o meio ambiente para sua sobrevivência. Os

constantes feedbacks, tendências, elogios, críticas e necessidades do mercado tornam

impulsionadores e indicadores de mudança. Dessa forma, as empresas preocupadas

com melhoria de processos, melhorias no atendimento de especificações e satisfação

do cliente, e também aquelas que implementam ações para tais mudanças

permanecerão presentes no mercado como organizações de sucesso, e,

conseqüentemente, não estarão fadadas ao fracasso. A visão sistêmica da

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organização constitui-se basicamente em entender a organização como sendo um

sistema integrado, inclusive à sociedade, com seus anseios e necessidades.

Recentemente têm-se observado grandes transformações na área

organizacional, oriundas da globalização, abertura de fronteiras, exigências dos

clientes e crescente importância da expressão “qualidade” em todos os processos

realizados pelas empresas. Neste contexto, não apenas as grandes organizações, mas

também as pequenas e micro buscam melhorar seus processos e superar o conceito

de organizações voltadas somente para as funções de trabalho e produção e essas

empresas, ao invés de simplesmente fazerem caixas para satisfazer sócios ou

acionistas, agora vivem também a chamada busca pela excelência, busca da

qualidade, racionalização, fortalecimento, abertura de novos mercados,

competitividade e ainda o aumento da lucratividade.

De acordo com CRUZ (2002, p. 194), “o conceito de qualidade” não era

preocupação para as organizações. Até alguns anos depois da Segunda Guerra

Mundial, até por volta de 1962, principalmente nos Estados Unidos, que possuía uma

economia estável e não passava por problemas físicos gerados pela guerra

devastadora, não havia outra atenção senão consumir os bens produzidos. Entretanto,

os países arrasados pelo conflito tinham muita dificuldade em competir e seus

produtos não eram considerados bons, como foi o caso do Japão.

Surge neste cenário o Dr. Edwards Deming, estudioso e estatístico americano

que é convidado para ir até o Oriente ensinar aos japoneses como melhorar a

qualidade de seu sistema de produção e os produtos, embora na América do Norte

seu nome ainda fosse desconhecido. “Foi somente em 1980, por meio de um

documentário, que a rede de televisão americana BBC exibiu no dia 24 de junho, que

a América tomou conhecimento de Edwards Deming”, CRUZ (2002 p. 196). A partir

daí a expressão “qualidade” passa a ser empregada no contexto empresarial de

produção e prestação de serviços.

Hoje, as empresas além de buscar a melhoria de seus processos, contam

também com as entidades e organizações especializadas em certificá-las e enquadra-

las como possuidoras de todos requisitos necessários às empresas voltadas e

preocupadas com si mesmas, que possuem a expressão “qualidade” integrada em

toda a estrutura organizacional. Essas entidades como a Associação Brasileira de

Normas Técnicas - ABNT, juntamente com a International Organization for

Standardization – ISO, ou Organização Internacional para Padronização servem,

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primeiramente como guia para que as empresas tenham uma referência e uma norma

a seguir, um guia para a empresa olhar para si mesma de maneira holística e servem

também, de maneira não menos importante, para ostentar e fazer seu próprio

marketing no mercado competitivo.

No Brasil a norma ISO, com sua série 9000 é desejada por muitas

organizações e ter sua certificação aprovada significa que a organização conseguiu se

adequar às exigências conseguiu inovar, mudou sua maneira de gerir e teve todos

seus processos voltados para a qualidade, quer sejam processo ligado às atividades-

fins ou atividades-meio.

Dessa forma, também as atividades meio, como rotinas administrativas e seus

processos, constituem-se indispensáveis ao bom funcionamento e administração da

empresa e quando estas não possuem uma racionalização e padronização acabam por

prejudicar toda a gestão e eficiência da organização tornando-se um desafio adequá-

las também às empresas que possuem como meta principal a gestão da qualidade e a

certificação de qualidade.

1.2 - JUSTIFICATIVA

Em decorrência da grande competitividade gerada pelas transformações

mundiais, e das mudanças que se operam todos os dias, as empresas necessitam estar

atentas às essas inovações e procurar adaptar-se a elas na tentativa de manter-se

operantes frente à acirrada concorrência.

Ultimamente a falta de qualidade constitui-se num dos grandes obstáculos

para o crescimento de empresas de qualquer setor e quando se fala de gestão da

qualidade imediatamente vêm à mente melhoria de processos, abertura de novas

fronteiras, redução de custos, menos morosidade, maior competitividade, diminuição

de defeitos, e, acima de tudo, a satisfação do cliente.

Assim, a certificação de qualidade tem se tornado uma constante no meio

empresarial e se faz necessária na busca de alternativas e medidas para tornar as

rotinas administrativas e os processos mais eficientes e menos morosos, e, em

contrapartida, com redução, ou apresentação nula de defeitos ou o retrabalho.

A padronização de rotinas, e, conseqüentemente, certificação de qualidade,

lembrando que o termo qualidade total, segundo OLIVEIRA (2006, p. 183) é “a

capacidade de um produto ou serviço de satisfazer – ou suplantar – as necessidades,

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exigências e expectativas dos clientes externo e interno das empresas”, torna as

empresas mais competitivas e mais rentáveis.

A gestão da qualidade permite que as organizações revejam seus conceitos,

sua forma de trabalhar, produzir e gerir e busquem a qualidade de forma integrada,

tendo assim, a certificação de qualidade, como conseqüência natural de seu novo

estilo de trabalho.

Dessa forma, este trabalho justifica-se numa tentativa de conhecer melhor as

transformações que as certificações de qualidade estão, de todo, proporcionando às

empresas, bem como provar que a morosidade, ocasionada pela falta de padronização

das rotinas causam ineficiência nos processos. Intui-se propor padronização de

formulários utilizados nas rotinas administrativas, manualização (manuais de normas

e procedimentos, manual de formulários, manual de qualidade e manual de redação)

e um programa de gestão de qualidade para a empresa Rochaz Indústria e Comércio

Ltda

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2 - OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho é, por meio de um estudo de caso, identificar e

descrever as principais dificuldades encontradas para a realização de rotinas

administrativas em um ambiente informatizado e focar a contribuição de

normatização e padronização de rotinas para a diminuição de morosidade e erros,

gerando qualidade na realização destas. Pretende-se, também, chegar a uma

conclusão da aplicação da qualidade e sua importância nas atividades administrativas

na visão da empresa estudada, bem como de seus colaboradores.

Como objetivos específicos pretende-se:

��Analisar os processos de cinco setores administrativos da empresa Rochaz

Indústria e Comércio Ltda: administrativo-financeiro, compras, vendas, P&D

e contabilidade;

��Identificar as principais dificuldades, eventuais morosidades nos

processos, pontos fortes por meio de entrevistas com os colaboradores que

trabalham nestes setores, bem como obter suas sugestões para possíveis

melhorias;

��Propor soluções para os problemas detectados por meio da implantação de

um programa de qualidade nos setores analisados;

��Propor a implementação de mecanismos que visem a agilidade, a

padronização e a melhoraria das rotinas administrativas e seus processos, com

a formulação de um manual de normas e procedimentos, manual de

formulários e manual de qualidade.

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3 - METODOLOGIA

Este trabalho constitui-se de revisão literária, acrescentado-se o método

diagnóstico, que objetivou descrever processos e esclarecimentos de situações de

uma realidade organizacional. O processo de diagnóstico busca compreender a

dinâmica da empresa, identificando e orientando situações sobre questões relevantes

de áreas analisadas – neste caso da área administrativa - visando seu

desenvolvimento.

Conhecer uma organização significa compreendê-la em todos seus aspectos,

além de considerar suas variáveis a partir do seu negócio e área de atuação, sua

situação atual e suas necessidades de mudanças. Assim, foi realizado um estudo de

caso em uma empresa do ramo de fabricação de equipamentos para extração de

rochas ornamentais, conforme descrita anteriormente.

O presente trabalho pode ser dividido em duas etapas. A primeira constitui-se

de revisão bibliográfica, onde foram consultados autores que abordam os temas

relevantes ao estudo, bem como consulta à internet, buscando informações que

pudessem enriquecer o trabalho. A segunda etapa foi prática, onde procurou-se

vivenciar o dia-a-dia da empresa; estudando-a analiticamente e, posteriormente de

forma propositiva, ou sejam, propor sugestões para os possíveis problemas

encontrados.

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O estudo de caso foi realizado in loco, primeiramente, no período de 2 a

12/5/2006 e, posteriormente de 17 a 21/7/2006, em horário integral das atividades da

empresa. Antes do início do estudo foram realizadas visitas e reuniões com a

administração da empresa, para apresentação do projeto de estudo de caso, além de

contatos via telefone e email.

Ressalta-se que a empresa encontra-se atualmente conscientizada sobre a

importância da implantação de um programa de qualidade para a melhoria contínua

de seus processos e está contando com o suporte do Sebrae – Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas para a difusão da cultura da qualidade na

empresa e mobilização e a equipe se reúne semanalmente com a equipe designada

para o comitê da qualidade. Dessa forma, durante o período de observação das

atividades da empresa acompanhou-se duas reuniões da empresa com consultores do

Sebrae.

3.1 - Instrumentos de Coleta de Dados

Na análise das rotinas e processos administrativos da Rochaz Ind. e Com.

Ltda. foram utilizados os seguintes instrumentos: entrevistas, questionários,

observação pessoal e análise de rotinas e processos.

O início do estudo de caso se deu, primeiramente, com uma reunião com o

gestor administrativo, para apresentação dos questionários a serem utilizados, bem

como forma de observar o ambiente de trabalho, sem atrapalhar ou causar mal estar

perante os colaboradores de cada setor.

Assim, realizou-se uma apresentação em cada setor a ser estudado,

explicando seus objetivos e metodologia utilizada – entrevistas, junto com a

observação pessoal e do ambiente, aplicação de questionários e posterior análise.

3.1.1 - Entrevistas

As entrevistas foram utilizadas abordando e descrevendo tarefas (o que é

feito), como é feito, passo a passo, quem as realiza e como são realizados seus

respectivos registros, totalizando 17 pessoas da área administrativa. Questionou-se

também quais atividades são realizadas diariamente e quais podem ser realizadas

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esporadicamente, além da necessidade de esforço físico, concentração, nível de

conhecimento e nome designado ao processo. (ANEXO 12.1).

Foram entrevistados colaboradores das unidades de contabilidade,

administração, financeiro, compras, vendas e pesquisa e desenvolvimento.

3.1.2 - Questionários

Os 17 colaboradores responderam aos questionários sobre estudo

organizacional e métodos de trabalho utilizados nas mesmas unidades em que houve

a entrevista, com o objetivo de responderem acerca da organização como um todo,

quais os problemas existentes, padronização ou não de atividades, conhecimento

sobre objetivos e importância de seu setor na empresa, bem como aspectos e

comentários do que poderia ser melhorado. (ANEXO 11.1).

3.1.3 - Observação Pessoal

Esta técnica de análise objetivou constatar se as atividades descritas nas

entrevistas eram, de fato, realizadas da forma explicitada, ou seja, se eram realizadas

como descritas anteriormente.

3.1.4 - Observação de Ambiente e Análise

Após a realização das entrevistas e observação pessoal realizou-se a

observação do ambiente bem como análise de processos, objetivando sua melhoria.

Alguns dos principais processos realizados nas unidades são:

1 - Compras: solicitação de orçamento, análise de orçamento, pedido de

compra e lançamento do pedido de compra no sistema.

2 - Contabilidade: apuração registro de freqüência, cálculo de horas extras,

emissão de folha de pagamento, lançamento de folha pagamento no sistema, cálculo

de férias, solicitação exames demissionais e admissionais, emissão aviso prévio,

emissão de férias, apuração, cálculo e emissão de guias de recolhimento de impostos.

2 - Financeiro: emissão de relatórios de contas a pagar e receber, emissão

relatório de fluxo de caixa, pagamento de despesas e demais compromissos,

lançamento de pagamento e baixas no sistema, emissão de cheques, pagamento a

colaboradores e transferências de valores por meio do sistema.

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3 - Vendas: atendimento a clientes, emissão de orçamentos, emissão de

contratos de vendas, recebimento de solicitação de visitas a clientes, emissão de

relatórios de visitas, emissão de relatórios de comissão de vendedores, emissão de

relatórios de vendas, lançamento de vendas no sistema e relatório de quilometragem

e despesas em viagens.

4 - Pesquisa e Desenvolvimento: impressão de relação de insumos e matérias-

primas, elaboração e desenho de equipamentos, análise de projetos de equipamentos,

pesquisa de novos possíveis fornecedores, realização de testes dimensionais, emissão

de formulários de acompanhamento de testes, análise de peças e acessórios e

impressão de desenhos e projetos.

5 - Administrativo: emissão de documentos fiscais, atendimento a clientes,

atendimento telefônico, emissão e análise de planilhas e relatórios, admissão,

demissão e treinamento de pessoas, supervisão de pessoas, arquivamento e guarda de

documentos, assinaturas de contratos e documentos, elaboração de planilhas de

custos e de planejamento estratégico.

3.2 - Descrição do Ambiente Administrativo

A área administrativa da empresa situa-se anexa ao parque fabril, no segundo

pavimento, possui ampla visão das atividades da indústria e possui proteção acústica.

São cinco salas funcionais, recepção, copa e dois banheiros. As salas representam,

respectivamente, sala da diretoria executiva, sala do diretor presidente, sala de

expediente, onde atuam vendedores, assistentes de vendas e, esporadicamente,

coordenadores de outras áreas da empresa, tais como extração e assistência técnica.

Uma outra sala de expediente é a maior de todas e comporta maior número de

colaboradores, além de sala do microcomputador, servidor e seus periféricos. Nesta

sala de expediente atuam respectivamente: gestor administrativo, comprador,

recepcionista/telefonista, auxiliar administrativo/faturamento, auxiliar

administrativo/financeiro, auxiliar em contabilidade e auxiliar administrativo. A sala

do gestor de produção também é utilizada como sala de reuniões e sala de

treinamento, uma vez que possui recursos disponíveis para tais atividades. Na sala de

pesquisa e desenvolvimento atuam três colaboradores – desenhista técnico,

coordenador de pesquisa e desenvolvimento e consultor de engenharia, além de

atuar, não diariamente, o engenheiro mecânico responsável.

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4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 - Rotina

“Rotina era o termo utilizado pelos analistas de O&M para descrever passo a passo como as pessoas interagiam dentro das empresas ou entre elas e os clientes. Genericamente, seria para identificar um conjunto de ações que tinham como principal preocupação o fluxo de papelada dentro das organizações” CRUZ (2002, p. 114).

Rotinas administrativas são os procedimentos diversos de uma empresa que

envolve os processos e métodos. No estudo das rotinas, a seqüência mais comum,

das etapas necessárias é a seguinte: escolher a rotina a ser trabalhada, coletar dados e

desenhar a rotina.

Para CAMPOS (2002, p. 71) “A rotina é estabelecida pela administração da

empresa para as pessoas que executam as tarefas do dia-a-dia.”

4.2 - Processos

A expressão “processo”, para CRUZ (2002, p. 84) “é a forma pela qual um

conjunto de atividades cria, trabalha ou transforma insumos (entradas) agregando-

lhes valor, com a finalidade de produzir bens ou serviços, com qualidade, para serem

entregues a clientes (saídas), sejam eles internos ou externos”.

Já JURAN (1992, p. 197) define processo da seguinte forma:

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“Nós definimos processo como uma série sistemática de ações direcionadas para a consecução de uma meta. A definição genérica aplica-se a um processo em todas as funções, relacionadas com a fabricação ou não. Também inclui as forças humanas assim como as instalações físicas”.

D’ASCENÇÃO (2001, p. 56) define processo como um conjunto de causas

(que provoca um ou mais efeitos). “Uma organização, portanto, pode ser definida

como processo, se considerarmos que para produzir um bem ou serviço (efeitos)

existem vários componentes (causas) que contribuem para a realização desses

efeitos”.Sob esse aspecto o autor afirma que o processo se estudado pelo diagrama de

Ishikawa, constitui-se dos seguintes itens: matéria-prima, máquinas, medidas, meio

ambiente, mão-de-obra e método.

Para OLIVEIRA (2006, p. 8) define processo como “um conjunto estruturado

de atividades seqüenciais que apresentam relação lógica entre si, com a finalidade de

atender e, preferencialmente, suplantar as necessidades e as expectativas dos clientes

externos e internos da empresa.”

4.2.1 - Tipos de Processos

Para CERQUEIRA NETO (1994, p. 70) são três tipos de processos que uma

organização apresenta: processos primários são aqueles que tocam o cliente.

Qualquer falha o cliente logo identifica; processos de apoio são os que colaboram

com os processos primários na obtenção do sucesso junto aos clientes; processos

gerenciais são aqueles que existem para coordenar as atividades de apoio e dos

processos primários e processos industriais são aqueles que realizam atividades de

transformação de matéria-prima em novos produtos.

Para OLIVEIRA (2006, p. 183) existe também o processo de melhoria

contínua, que tem duas sustentações básicas: a primeira de tornar os processos

administrativos cada vez mais capazes de gerar produtos e serviços que atendam às

crescentes exigências do cliente externo e interno e a segunda, de ajustar

continuamente os padrões de qualidade.

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4.3 - Método

Método, para D’ASCENÇÃO (2001, p. 58) “é o caminho para se chegar a um

ponto além do caminho”. Assim, método de trabalho é a maneira pela qual as ações

dos processos devem ser realizadas para que se alcance o resultado planejado,

esperado.

A partir das explicações anteriores, parte-se para definições da análise de

processos. Analisar os processos requer documentá-los como objeto de estudo e

dividi-lo em duas fases. Na primeira fase, faz-se o levantamento do processo,

conhecendo cada atividade que dele faça parte. Na segunda etapa, deve-se

documentar, através de um formulário apropriado, cada uma destas atividades.

Para que se faça um levantamento dos processos utilizados nas empresas

utiliza-se, basicamente, três técnicas: entrevista, questionário, ou coleta de dados e

observação direta. Há que se levar em conta que cada técnica possui suas vantagens e

possui também desvantagens.

Na entrevista, um dos métodos mais utilizados, pode-se facilmente conhecer

e entender o que se faz em cada atividade, pois o entrevistado se expressa livremente;

se bem conduzida, propicia um clima de interação entre o entrevistado e

entrevistador; o entrevistado pode fazer críticas e comentários que não faria à frente

de outras pessoas; o entrevistador conhece peculiaridades da empresa, possíveis

zonas de conflito, ligações informais, além de outras informações que podem auxiliar

e permite, ainda, ao entrevistador conhecer a opinião pessoal de cada pessoa, sem

que a presença dos outros possa influenciá-lo.

Segundo CRUZ (2002, p. 90), “Como em tudo que fazemos, existem pontos

positivos e pontos negativos quando se usa a entrevista para levantar informações”.

Assim, os pontos negativos são: se houver falta de agilidade e praticidade do

entrevistador pode-se ter dificuldades na tarefa de coleta de dados; o entrevistador

deve manter-se neutro aos possíveis desabafos ou crises emocionais por parte do

entrevistado; o entrevistador deve distinguir o que é ansiedade do que é necessidade;

o entrevistador deve atentar e tomar cuidado ao ouvir expressões como “eu acho”,

“eu penso”, “em seu lugar eu faria...”, “eu faria...” etc.

A coleta de dados, ou questionário, para D’ASCENÇÃO (2001, p. 98.) “é

definido de forma genérica, consiste em uma série de questões ou perguntas

formuladas previamente, podendo ser utilizado com ou sem a presença das pessoas

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envolvidas, ou seja, presencial ou a distância.” O questionário, assim como a

entrevista apresenta pontos positivos e negativos como a seguir. As vantagens de se

utilizar o questionário são:

��O entrevistado pode refletir sobre aquilo que vai responder, uma vez que

as respostas são escritas;

��Permite ao entrevistador ganhar tempo parta realizar outras tarefas

enquanto o entrevistado responde ao questionário;

��Permite ao entrevistador obter melhores respostas, uma vez que o

entrevistado terá mais tempo para refletir; e

��Em alguns casos é possível conseguir que algumas pessoas colaborem

com a coleta de dados, visto que as respostas ficarão arquivadas por escrito –

dando-lhes maior segurança.

Já pontos negativos do questionário são:

��Muitas pessoas não gostam de escrever e tampouco de responder a

questionamentos, dessa forma o número de pessoas dispostas a responder aos

questionamentos pode ser muito menor do que as não dispostas;

��O entrevistador corre o risco de receber questionários com informações

pouco verdadeiras, por isso, tem-se que tomar cuidado com os questionários

sem assinaturas e não recebê-los anônimos.

A última técnica para levantamento do processo é a observação de campo que

consiste na verificação in loco do que acontece no ambiente que se desenvolve o

processo em estudo, de forma sistemática e planejada.

De acordo com C. SELLTIZ (1974) apud D’ASCENÇÃO (2001, p. 103), a

observação se torna científica à medida que serve a um objetivo formulado de

pesquisa, é sistematicamente planejada, registrada e ligada a proporções mais gerais,

uma vez que pode ser apresentada como conjunto de curiosidades interessantes, além

de ser submetida a verificações e controles de validade e precisão.

A observação direta apresenta as seguintes vantagens:

��Permite verificação e registro pessoal dos fatores que influenciam e

sofrem influência do processo tais como: as relações interpessoais,

comportamento das pessoas que ali trabalham, interdependência ou

dependência dos processos;

��Permite estudo in loco do fluxo do processo, sendo possível detectar

pontos críticos e possíveis “gargalos”;

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��Não depende da capacidade de responder bem aos questionamentos ou

elaborá-los;

��Não interrompe o trabalho das pessoas envolvidas no processo;

��Permite ao observador fazer comparação e observação de informações

obtidas em outras técnicas (questionário e entrevista); e

��Completa o levantamento realizado com outras técnicas.

Desvantagens:

��O simples fato de ter uma ou mais pessoas no local de trabalho inibe os

colaboradores de agirem normalmente;

��A observação direta depende, ou está limitada ao tempo de trabalho das

pessoas, o que exige habilidade e concentração nas observações;

��Fatos imprevisíveis podem prejudicar a observação direta; e

��O lapso de tempo entre a ocorrência de um acontecimento e a atenção do

observador pode ser rápido e comprometer o respectivo registro.

Vale ressaltar ainda a importância das fases de todos os processos, os quais se

dividem nas seguintes etapas: implantação, treinamento, desenvolvimento e controle.

Controle é visto na administração com vários significados, quer seja de

coerção, regulamentação ou até mesmo como própria função administrativa. Na

função de coerção o controle atua no sentido de coibir e prevenir possíveis erros nos

processos; na função de regulação o controle mantém o fluxo de funcionamento de

um determinado processo e detecta possíveis irregularidades e assim proporciona a

regulação e, na função administrativa, completa o ciclo de planejamento,

organização, direção e controle.

A finalidade do controle para as organizações é assegurar que todos os

procedimentos sejam realizados de acordo com o planejamento e que os resultados

sejam satisfatórios, de acordo com os objetivos pré-estabelecidos. Por isso a palavra

controle está atualmente tão ligada à palavra qualidade e a expressão “controle de

qualidade” tornou-se uma constante no meio empresarial.

Tratar-se-á a seguir do tema “qualidade”. Para JURAN & GRYNA (1991, p.

11), a palavra qualidade possui múltiplos significados e dentre esses significados os

mais importantes são: “a qualidade consiste nas características do produto que vão ao

encontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporcionam a satisfação do

cliente”. Há ainda a definição de qualidade como: “a ausência de falhas.”

Page 21: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

21

“Qualidade é um conjunto de atividades através das quais se atinge a

adequação do produto ou do serviço ao uso, não importando em que parte da

organização estas atividades são executadas. (JURAN, 1991, p. 16 apud PALADINI,

1995, p. 44)

Para PALADINI (1995, p. 17-18), “... a qualidade deve ser gerada a partir do

processo produtivo... a gestão da qualidade no processo pode ser definida, de forma

sucinta, como o direcionamento de todas as ações do processo produtivo para o pleno

atendimento do cliente”.

Com o advento da qualidade iniciada no Japão e sua divulgação, o termo

qualidade passou a ser conhecido também como requisito de equiparação das

empresas e ganhou normatização, ou seja, foram criadas várias normas e

procedimentos para garantir a qualidade e acabaram por se tornar mundialmente

conhecidas. A mais divulgada e amplamente utilizada é a norma ISO 9000,

ressaltando-se que muitas outras metodologias surgiram antes desta e acabaram por

cair no esquecimento ou sucumbiram às mudanças constantes da modernidade.

Porém, antes que argumente sobre a ISO e suas vantagens, há que comentar

também sobre outros programas de qualidade como o Programa 5’S e o 6-Sigma.

4.4 - O Programa de Qualidade 5’S

O programa de qualidade 5’S é utilizado desde a década de 1960 e teve como

primeiros usuários os japoneses. De acordo com COLENGHI (2003, p. 170), “o

modelo é muito simples, foi um dos elementos facilitadores para a recuperação da

economia daquele país, sendo base para implantação dos sistemas de qualidade...”

Vale ressaltar ainda o fator cultural, ou seja, a disciplina daquele povo, ligada ao

contexto pós-guerra, que fez da necessidade um exemplo para o mundo todo.

O Programa 5´S visa, principalmente, a criação de condições dignas de

trabalho por toda a empresa. Sua caracterização exige, e ao mesmo tempo facilita a

participação interna de todos os colaboradores. As empresas que o têm aplicado,

principalmente no Japão, concluíram que o programa 5´S é a base para a introdução

de qualquer programa de modernização.

Acreditar nesse método, que tem ajudado a revolucionar empresas japonesas,

é muito importante para as empresas, pois uma vez aplicado com persistência e

convencimento, seus resultados são surpreendentes: mudam a empresa radicalmente.

Page 22: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

22

Porque, na verdade, o que vai mudar é a mentalidade e o comportamento das pessoas

que fazem parte da organização, da direção às áreas operacionais e constitui-se de

um desafio: criar um ambiente de motivação e colaboração dentro da empresa para

mudanças necessárias, inadiáveis.

Há que se reconhecer que limpeza e organização, por exemplo, são

importantes no local de trabalho e atividades óbvias, mas há, também, que perceber

que quando tais atividades passam a se constituir de hábitos adquiridos e mantidos

com rigor, de forma natural e espontânea, partindo de todos, sem exceção a

organização muda.

O método foi chamado de 5 “esses”, porque em japonês, as palavras que

designavam cada uma de suas fases começam com a letra esse, a saber:

Figura 1 – Tabela Resumo 5’S

JAPONÊS PORTUGUÊS

SEIRI Senso de descarte

SEITON Senso de organização

SEISO Senso de limpeza

SEIKETSU Senso de higiene

SHITSUKE Senso de disciplina Fonte: Resumo das fases 5’S

Seiri significa utilização, descarte e seleção. Nessa etapa do processo a

empresa deverá verificar quais são os materiais, ferramentas e equipamentos

necessários para a realização das tarefas, selecioná-los de acordo com uso freqüente e

os que não tem utilidade deverão ser descartados.

No processo do Seiton, ou sistematização, ordenação e arrumação, verifica-se

a arrumação, disposição dos equipamentos, materiais e utensílios, devendo-se

organiza-los numa ordem lógica e seqüencial, segundo as operações que serão

realizadas, objetivando ter sempre à mão aquilo que se necessita sem perda de tempo

para buscá-las ou procurá-las.

Na etapa do Seisou, ou limpeza, a empresa deve priorizar a limpeza do

ambiente de trabalho constantemente e também por sua manutenção. Há, nesse caso,

a necessidade de conscientização de toda a empresa para a necessidade da limpeza,

que resultará numa melhor imagem da empresa trazendo ótimos resultados.

Page 23: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

23

Seiketsu, ou asseio, saúde e higiene, é a preocupação que cada funcionário

deve ter com relação à sua saúde e também por parte da empresa, que deve oferecer

planos de saúde a seus funcionários, manutenção de suas instalações físicas e outros.

Finalmente, shitsuke, ou autodisciplina, educação e comprometimento, diz

respeito aos bons funcionários que devem ser exemplo aos demais. Espera-se que os

funcionários sejam comprometidos com os processos, com as normas, com os

clientes e todos os padrões estabelecidos pela empresa.

São três os motivos básicos para implantação do programa 5’S: os resultados

são imediatos com a melhoria da qualidade de produtos/serviços; menor desperdício

de materiais, de energia, de mão-de-obra e redução de custos; ganhos de imagem da

empresa internamente e junto a clientes; espírito de equipe e elevação da moral dos

empregados e melhor aproveitamento dos espaços físicos da empresa.

O ambiente de trabalho também é beneficiado: mais qualidade de vida para

todos; redução do risco de acidentes; motivação dos funcionários; atmosfera de

cooperação, participação, responsabilidade e criatividade e combate às formas de

poluição.

No que concerne à capacitação para a qualidade total: fornece a base cultural

para novas melhorias; desperta o sentido de aperfeiçoamento; aprimora a relação

entre a empresa e o funcionário; viabiliza a implantação de outros programas e

acelera a modernização da empresa.

Há que se lembrar também que o modelo engloba outros fatores essências

para a qualidade tais como: fatores ambientais, ergonomia, cores, iluminação, odores,

poluição sonora, segurança, layout, espaço, disposição física do ambiente, tarefas e

outros.

4.5 - O Programa de Qualidade 6-Sigma

O programa 6-Sigma é reSUHVHQWDGR� SHOD� OHWUD� JUHJD� VLJPD� ³�´� �� TXH� é

utilizada para mensurar variâncias de qualquer processo. O modelo 6-Sigma quando

definindo em poucas palavras, consiste na aplicação de métodos estatísticos em

processos empresariais, orientada pela meta de eliminar defeitos. O nível 6-Sigma

gera apenas 3 a 4 defeitos por milhão e se concentra na melhoria da qualidade (por

exemplo, redução do desperdício) ao ajudar as organizações a produzirem de forma

melhor, mais rápida e mais econômica. Em termos tradicionais, o 6-Sigma focaliza a

Page 24: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

24

prevenção de defeitos, a redução dos tempos de ciclo e a economia de custos.

Tradicionalmente as empresas aceitam níveis de desempenho de 3-Sigma ou 4-

Sigma como normais, apesar de saberem que esses processos criam entre 6,2 mil e

67 mil problemas por milhão de oportunidades.

Vista também como uma ferramenta gerencial, o 6-Sigma foi desenvolvido

pela empresa Motorola em meados dos anos 80. A empresa estava seriamente

ameaçada pelos seus concorrentes japoneses e seus executivos se propuseram a

reduzir a variação nos processos, de forma que estes gerassem menos defeitos.

Thomas Pyzdek, em seu artigo na revista HSM Management (Mai-Jun 2003)

defende que as empresas com sólidos programas 6-Sigma conseguem fazer produtos

e serviços mais baratos e de forma mais rápida, uma vez que a metodologia contribui

para prevenir defeitos, encurtar o ciclo de operações e reduzir custos.

Também o modelo 6-Sigma possui passos para sua implantação que são

representados pela famosa sigla em inglês “DMAIC – define, measure, assess,

improve and control”, que quer dizer: definir, mensurar, analisar, incrementar e

controlar.

“Para fins de 6-Sigma defino qualidade como o valor agregado por esforço produtivo. A qualidade se apresenta de duas formas: ‘qualidade potencial’ e ‘qualidade efetiva’. Qualidade potencial é o máximo de valor agregado possível por unidade de input. Qualidade efetiva é o atual valor agregado por unidade de input. A diferença entre uma e outra é o desperdício”.(PYZDEK, 2003, p. 65)”

Os recursos mais usados no modelo são: análise de variância, projeto de

experimentos, controle estatístico de processos, análise de modelos e efeitos de

falhas e bechmarking, que se constitui da aplicação de um modelo de sucesso

utilizado por outras empresas.

“O 6-Sigma redefine qualidade como valor agregado por um esforço

produtivo e se concentra em que a empresa consiga alcançar seus objetivos

estratégicos”. (PYZDEK, 2003, p. 65)

4.6 - NBR ISO 9001

“A norma ISO originou-se da norma BS5750, editada em 1979, e adotada

pela International Organization for Standardization, ou Organização Internacional

para a Padronização (ISO) em 1987 com base para a criação da norma que garantisse

Page 25: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

25

um sistema por âmbito qualidade no âmbito internacional que ficou conhecido como

ISO 9000”. CRUZ (2002, p. 199). Dentre as inúmeras características da norma, como

benefício de qualidade, pode-se citar: redução de defeitos, aumento da confiabilidade

nos produtos produzidos, menos esforço e utilização do tempo para refazer trabalhos,

redução de custos e manutenção, e, conseqüentemente, maior índice de satisfação.

Há que se lembrar que norma, segundo OLIVEIRA (2006, p. 188) é aquilo

que se estabelece como base de medida para a realização ou avaliação de algo.

Refere-se, dessa forma, a um princípio, regra, preceito ou lei. Padrão de qualidade “é

a medida do grau de satisfação das necessidades e exigências estabelecidas e

referidas pelo cliente. Deve-se lembrar que padrão é diferente de norma, índice e

indicador”.

No Brasil a série ISO 9000 é conhecida como ABNT NBR ISO 9000 que

estabelece requisitos para o Sistema de Gestão de Qualidade, conhecido como SGQ.

Dentre os vários benefícios oferecidos pela norma pode-se citar principalmente o

asseguramento de “... atividades coordenadas para orientar e controlar uma

organização com relação à qualidade”. (ISO 9000: 2000, p. 3)

Desta forma, diversas empresas do mundo todo, em especial também aqui no

Brasil, têm manifestado a necessidade de estarem atualizadas frente às constantes

exigências do mercado, se tornar mais competitivas e mostrar seu comprometimento

com o cliente.

Dentre os vários passos necessários para a obtenção da certificação de

qualidade e estar em consonância com a norma NBR ISO 9000 as empresas precisam

estar atentas a várias mudanças e execução de procedimentos. De acordo com a ISO

9000:2000 ela deve mostrar “... as intenções e diretrizes globais de uma organização

relativas à qualidade formalmente expressas pela alta administração.”, ou seja, antes

de mais nada, é preciso que haja um comprometimento da administração para depois

a idéia e cultura de qualidade ser difundida para a empresa.

Sob este viés, o sistema oficial de normalização, a ISO, que já é bastante

respeitado pela sociedade em geral; muito conhecido por seus certificados de

Qualidade Total, requer que as empresas se organizem em suas atividades

administrativas e também produtivas, e, conseqüentemente organizarem toda a

empresa.

A ISO 9000 se diferencia das antigas metodologias de qualidade como SQC

(Statistical Quality Control), TQC (Total Quality Control) ou Controle de Qualidade

Page 26: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

26

Total, Kaizem e TQM (Total Quality Manegemant) porque estas se dedicavam

principalmente ao chão de fábrica, deixando setores administrativos e técnicos

completamente abandonados. “A ISO 9000 procura organizar a empresa como um

todo”. (CRUZ, 2002, p. 198).

Assim, a partir de medidas simples, porém eficazes, as empresas podem

começar por padronizar, manualizar e documentar suas atividades, para que estas

sejam sempre de fácil acesso a todos e que as atividades tenham seqüência de ações,

reduzindo a morosidade, e, gerando, conseqüentemente, eficiência e qualidade nas

atividades.

Page 27: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

27

5 - POR QUE PADRONIZAR AS ROTINAS ADMINISTRATIVAS?

Padronizar as rotinas administrativas significa o início de uma caminhada que

envolve normatizar processos rumo à certificação de qualidade. Com a homologação

da “NBR ISO 9001 – Sistemas de Gestão de Qualidade – requisitos” em dezembro

de 2000 surgiram no contexto empresarial novidades referente à norma e a ênfase

nos processos. Todo sistema de qualidade deve ter quatro tipos de documentação,

que são: manual de qualidade, manuais de procedimentos, manuais de instruções de

trabalho, manuais de formulários, registros, listas e outros.1

Segundo CRUZ (2002, p. 83) “... Ainda hoje encontramos um número muito

grande de empresas sem qualquer organização ou documentação do processo. Isto

tem causado um grande estrago a essas empresas”. Geralmente as pequenas e médias

empresas foram construídas e desenvolvidas pelos seus próprios donos e são raros os

que tiveram oportunidade de se erguer de forma organizada e com todos os processos

documentados.

“Manual da Qualidade – a organização deve estabelecer e manter um manual

da qualidade que inclua: (...) os procedimentos documentados estabelecidos para o

sistema de gestão da qualidade ou referência a eles e a descrição da interação entre os

processos do sistema de gestão da qualidade” (NBR ISO 9001:2000, p. 4)

Com a padronização de todas as rotinas realizadas na empresa e sua

manualização os processos serão descritos, testados e a empresa terá a superação da

Page 28: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

28

morosidade, gerando qualidade nas atividades realizadas na área administrativa. A

partir da padronização das rotinas e processos administrativos torna-se fácil

padronizar e manualizar os processos produtivos e conseqüentemente levar qualidade

a toda a empresa. “... a padronização é um meio para se conduzir o gerenciamento da

rotina do trabalho diário”. (CAMPOS, 1992, p. 31)

Segundo COLENGHI (2003, p. 85), o manual de procedimentos ou

normatização das rotinas estabelece as regras orientadoras e disciplinadoras em nível

organizacional, uniformiza os procedimentos, orientando para que as tarefas sejam

executadas de forma padronizadas.

“Toda padronização da empresa é estabelecida de tal forma que a execução das tarefas possa ser feita com habilidade. A rotina é estabelecida de tal forma que a administração da empresa possa delegar condução dos processos às pessoas que os operam e passar a se preocupar com os projetos de melhoria que visam a conferir maior competitividade à empresa”. (CAMPOS, 1992, p. 71)

Uma vez elaborada, a norma contribuirá para que a empresa atinja seus

objetivos com qualidade e que ela organize seu “acervo tecnológico”, define cada

tarefa, atividades relacionadas, unidades e pessoas responsáveis, permite facilmente

detectar as fases dos processos e seu andamento.

COLENGHI (ibid) afirma ainda que o manual de normas e procedimentos “é

um excelente instrumento de desenvolvimento pessoal” e que a prática de

normatização já está totalmente difundida na sociedade e faz parte da vida das

pessoas, como por exemplo, as normas de segurança do trabalho, proteção do

consumidor e outros.

5.1 - A Importância da Certificação de Qualidade

Com a quebra de fronteiras no mundo comercial, os clientes cada vez mais

exigentes e a luta pela sobrevivência das organizações a cada dia mais latente, as

empresas precisam buscar meios que as auxiliem a superar esses obstáculos.

Uma empresa fundamentada na gestão da qualidade deve estar toda

direcionada para a produtividade, competitividade e qualidade de seus produtos e

serviços. Os benefícios resultantes desse enfoque vão muito além dos citados

1 Norma Brasileira – ISO

Page 29: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

29

anteriormente e referem-se, também, à gestão de custos, riscos e recursos envolvendo

a gestão de recursos humanos e, conseqüentemente, todos os departamentos e áreas

da empresa.

A gestão da qualidade possui doze fundamentos para sua excelência e

segundo a Fundação Nacional da Qualidade, FNQ, “são os critérios essenciais que

definem uma gestão como qualidade”. Os doze critérios para a excelência são2:

1 - Visão sistêmica: entendimento das relações de interdependência entre os

diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o

ambiente externo;

2 - Aprendizado organizacional: busca e alcance de um novo nível de

conhecimento, por meio de percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de

experiências, alterando princípios e conceitos aplicáveis a práticas, processos,

sistemas, estratégias e negócios, e produzindo melhorias e mudanças na organização;

3 – Proatividade: capacidade da organização de se antecipar às mudanças de

cenários e às necessidades e expectativas dos clientes e das demais partes

interessadas;

4 – Inovação: implementação de novas idéias geradoras de um diferencial

competitivo;

5 - Liderança e constância de propósitos: comprometimento dos líderes com

os valores e princípios da organização; capacidade de construir e implementar

estratégias e um sistema de gestão que estimule as pessoas a realizar um propósito

comum e duradouro;

6 - Visão de futuro: compreensão dos fatores que afetam o negócio e o

mercado no curto e no longo prazo, permitindo o delineamento de uma perspectiva

consistente para o futuro desejado pela organização;

7 - Foco no cliente e no mercado: conhecimento e entendimento do cliente e

do mercado, visando à criação de valor de forma sustentada para o cliente e maior

competitividade nos mercados;

8 - Responsabilidade social: atuação baseada em relacionamento ético e

transparente com todas as partes interessadas, visando ao desenvolvimento

sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para futuras

gerações, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades

sociais;

2 Fonte: Fundação Nacional da Qualidade - FNQ

Page 30: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

30

9 - Gestão baseada em fatos: tomada de decisões com base na medição e

análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis,

incluindo os riscos identificados;

10 - Valorização das pessoas: compreensão de que o desempenho da

organização depende da capacitação, motivação e bem-estar da força de trabalho e da

criação de um ambiente de trabalho propício à participação e ao desenvolvimento das

pessoas;

11 - Abordagem por processos: compreensão e gerenciamento da organização

por meio de processos, visando à melhoria do desempenho e à agregação de valor

para as parte interessadas; e

12 - Orientação para resultados: compromisso com a obtenção de resultados

que atendam, de forma harmônica e balanceada, às necessidades de todas as partes

interessadas na organização.

COLENGHI (2003, p. 71), aborda duas grandes razões para se beneficiar da

normatização – quantitativa e qualitativa. Quantitativamente as empresas melhoram a

qualidade de seus produtos e serviços, passam a usar adequadamente seus recursos

financeiros, tecnológicos e humanos, padronizam sua produção, evita acidentes,

facilita o treinamento e desenvolvimento das pessoas, dentre outros.

Qualitativamente a empresa também logra êxito, uma vez que reduz seus

desperdícios e custos, padroniza os equipamentos, há o aumento da produtividade,

controle de processos, e, conseqüentemente, o cumprimento de metas e objetivos.

Para VALLS (2004, p. 4), a qualidade precisa ser administrada, uma vez que

não acontece por acaso e tampouco sozinha. Efetivamente, deve envolver cada

pessoa que atua no processo e ser aplicada em toda a organização.

Dessa forma, uma vez convencionada a necessidade da empresa em

certificar-se como “empresa que produz e atende ao cliente com qualidade” toda sua

estrutura deve ser informada quanto à decisão e todos devem estar conscientes dessa

necessidade e caminhar juntos para o objetivo comum de se ter processos

normatizados e a implantação de um programa de qualidade, que oferecerá à empresa

condições para a certificação de qualidade.

Page 31: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

31

6 - IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 3

��Razão Social: Rochaz Indústria e Comércio Ltda.

��Nome Fantasia: Rochaz Equipamentos Industriais Ltda.

��CNPJ/MF: 03.191.850/0001-02

��Área de Atividades: Fabricação de máquinas e equipamentos para

extração de rochas e prestação de serviços.

��Localização: Rodovia BR 101, Km 378, s/nº - Tocaia - Iconha - ES.

��Endereço para Correspondência/Contato: Caixa Postal 10 – 29280-000 –

Iconha – ES – Telefones: 0800-7049898 – (28) 3537-1513 – (28) 3537-1322

– Email: [email protected] - Site: www.rochaz.com.br

��Estrutura Física: 10.400 m², sendo 4.600 m² de área construída.

��Número de funcionários: 75

6.1 - Missão

“Ser os melhores, mais ágeis, competitivos e ousados, com responsabilidade e

excelência no setor de rochas”. (Projeto de Política de Qualidade – Rochaz Indústria

e Comércio Ltda, 2006 – ANEXO 11.2)

6.2 - Visão

“Ser em 2010, a empresa:

3 Fonte: Rochaz Indústria e Comércio Ltda, Maio/2006.

Page 32: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

32

Líder em máquinas e equipamentos do setor de rochas nos países em que se

propor atuar;

Reconhecida como inovadora no processo de extração, beneficiamento e

comercialização de rochas ornamentais;

Reconhecida pelo setor e pelos órgãos regulamentadores como séria, ética e

transparente, contribuindo para a segurança do trabalhador e responsável com o meio

ambiente;

��Rentável, estando entre as três primeiras no setor de rochas.”

(Projeto de Política de Qualidade – Rochaz Indústria e Comércio Ltda, 2006 –

ANEXO 11.2)

��Políticas Adotadas4: “Melhorar continuamente os processos da organização

visando criar um ambiente harmônico, com qualidade de vida em relação ao

seu público alvo”. Clientes – “Aumentar sua satisfação por antecipar suas

necessidades apresentando soluções para o mercado de rochas e suprir o

treinamento de seus colaboradores”;

��Fornecedores – “Manter parcerias que visem desempenho favorável das

partes interessadas”;

��Colaboradores – “Buscar a qualificação profissional e humanização do

ambiente de trabalho”;

��Sócios – “Proporcionar retorno do investimento e crescimento sustentável da

organização”;

��Comunidade – “Promover ações sociais visando o reconhecimento de seu

compromisso em preocupar-se com os problemas que afetam a região e seus

habitantes”;

��Meio Ambiente – “Manter contínua preocupação com a preservação do meio

ambiente e promover ações internas e externas coerentes com este propósito.”

��Produtos e Serviços: Máquina a Fio Diamantado (Modelos RI 4000, RI 5000

e RI 6000), Monofio MF 500, Vira-Blocos, Grupo Gerador (Modelos RGW

81C e RGW 81), Perfuratriz Pneumática RZ 100, Prensa Hidráulica 100 t,

Serviços de metal-mecânica em geral, Locação de equipamentos, Corte de

rochas, Edificações a frio e Venda de blocos e chapas de mármores e granitos

diversos.

4 De acordo com Projeto de Política Qualidade, Anexo 11.2

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33

��Mercados Atingidos: Cidades do estado do Espírito Santo: Cachoeiro de

Itapemirim, Jaciguá, Gironda, São Gabriel da Palha, Colatina e estados do

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rondônia, Ceará, Paraíba, Goiás.

��Principais Fornecedores: Eberle S/A; Siemens S/A; W.M. do Brasil S/A,

Brasilux Tintas Técnicas Ltda; Cedisa – Produtos Siderúrgicos S/A; Weg

S/A, Microsiga Software S/A e Dell S/A.

6.3 - Histórico

A empresa Rochaz Indústria e Comércio Ltda foi fundada em junho de 1998,

inicialmente sob a denominação de Rochaz Equipamentos Industriais Ltda, quando

dois empresários iconhenses, do ramo de metal-mecânica - Antônio Bento France e

Leodoques Peruzzo Guio – iniciaram a fabricação, ainda de forma artesanal, num

espaço físico restrito de oficina mecânica, um equipamento denominado “máquina a

fio diamantado”, para suprir a carência de equipamentos de extração no setor de

rochas ornamentais.

A região Sul do estado do Espírito Santo é um dos maiores pólos nacionais na

extração de mármore e granito, e a cidade de Cachoeiro de Itapemirim é considerada

a capital nacional do mármore devido à grande quantidade de jazidas em atividade e

também pela diversidade desses materiais. Sua extração constitui-se um dos maiores

responsáveis pela economia do estado do Espírito Santo e também pelas exportações.

A extração geralmente ocorre com métodos rudimentares, como os

explosivos, massas expansivas e outros, causando “trincas” nos materiais,

inviabilizando a extração, desperdiçando-os, além de ocasionar grande quantidade de

destroços no meio ambiente e o perigo de graves acidentes de trabalhos a que os

operários são expostos.

Dessa forma, o equipamento máquina a fio diamantado, anteriormente citado,

que era adquirido somente por meio de importações, diretamente dos fabricantes

italianos, passou a ser produzido na cidade de Iconha, cidade com população de

12.532 habitantes, com grande aceitação do mercado, devido às suas características

de corte de rochas com fio diamantado, realizando o processo de extração sem

danificar a jazida e tampouco poluir o meio ambiente, além de ser um equipamento

seguro e de fácil manuseio.

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34

Posteriormente, em 1999, com a necessidade de construir um parque fabril e

expandir a empresa, três novos empresários da região uniram-se à sociedade para

realizá-la: Robson Roberte Andrade, Ricardo Domingos Salgado e Moacyr José

Rossi.

Os negócios da empresa atualmente são a fabricação de máquinas,

equipamentos e peças para setor de rochas ornamentais, como máquinas a fio

diamantado, perfuratrizes, mono-blocos e grupo geradores; representação,

distribuição de máquinas, equipamentos, peças e insumos para o setor de rochas

ornamentais; locação de máquinas e equipamentos; serviços de desmonte de rochas e

edificações a frio; fabricação de produtos de metal-mecânica e comercialização de

rochas ornamentais.

�6.4 - Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional da Rochaz Indústria e Comércio, de acordo com

seu “Projeto de Política de Qualidade” (ANEXO 11.3) é composta por:

��Conselho Administrativo: formado pelos sócios da empresa e é

responsável pela análise dos dados da produção à administração;

��Diretor Presidente: representante da empresa junto ao mercado, entidades

e público em geral;

��Diretor Executivo: auxilia o diretor presidente nas tomadas de decisões

estratégicas;

��Gestor de Negócios: visão geral de ativos, de novos mercados para a

empresa e novas maneiras de se negociar;

��Gestor de Produção: visão de otimização de processos produtivos: melhor

tempo, menor custo, melhor produto;

��Gestor Administrativo: visão global dos processos em seus fluxos

administrativos e financeiros com o objetivo de equalizar e prover

crescimento equilibrado e sustentável;

��Coordenadores: implementadores das ações planejadas e necessárias ao

alcance dos objetivos e metas propostas; são responsáveis diretos por áreas da

empresa como pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, almoxarifado

etc;

Page 35: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

35

��Líderes de Equipe: lideram e respondem pela produção das áreas

específicas da indústria, tais como tornearia, montagem mecânica, montagem

elétrica, pintura etc;

��Colaboradores: todos os funcionários com visão de parceiros no

crescimento; constituem-se do ativo mais importante e valioso da

organização, responsáveis diretos pela produtividade, qualidade, otimização

dos processos etc;

��Staff: formado por consultores e profissionais liberais.

Figura 2 - Estrutura Organizacional

(Fonte: Projeto de Política de Qualidade – Rochaz Ind. e Com. Ltda., 2006)

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Page 36: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

36

7 – RESULTADOS

Nesta etapa do trabalho, procurou-se descrever os resultados encontrados,

pela análise feita nos processos da empresa Rochaz Indústria e Comércio Ltda, por

meio das entrevistas e aplicação de questionários, realizados com os colaboradores,

bem como sócios e pessoas ligadas à administração da empresa, totalizando 17

pessoas. Objetivou-se com a análise levantar pontos e detalhes que, na maioria das

vezes e praticamente de forma imperceptíveis, estão influenciando no andamento das

atividades, gerando morosidade e atrapalhando a eficiência de seus processos.

Constatou-se que as respostas obtidas nos questionários e por meio das

entrevistas são condizentes com as das observações realizadas. Dessa forma, têm-se,

a seguir, os pontos mais significativos resultantes do estudo.

7.1 - Falta de Cooperação das Áreas Envolvidas Os processos das áreas analisadas na Rochaz Ind. e Com. Ltda. são

distribuídos de acordo com a funcionalidade dessas áreas, ou seja, cada área é

responsável por determinados processos e tarefas, e, muitas vezes, embora necessite

de cooperação de outras áreas, ele acaba sendo realizado apenas por uma área, que

toma as decisões sem o prévio conhecimento ou nível de autorização para tal

atividade, quer seja por urgência na realização, conseqüência de morosidade de

algumas áreas, ou por falta de bom entrosamento entre as unidades. Outras vezes os

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37

processos são enviados para as áreas de cooperação sem que os passos necessários

estejam devidamente concluídos, demonstrando sua falta de racionalização.

Os colaboradores das áreas, questionados sobre a dificuldade de

relacionamento ou de coordenação entre as unidades responderam da seguinte

maneira: 65% responderam sim – que existem dificuldades e 35% responderam que

não, conforme gráfico a seguir. Observou também que, embora algumas pessoas

tenham optado pela resposta negativa, utilizaram-se do espaço reservado para

comentário e citaram exemplos de situações esporádicas de problemas nessa área,

demonstrando, dessa forma, a resposta positiva e confirmando os dados com as

observações realizadas.

Gráfico 1

Existem problemas de relacionamento entre as unidades?

65%

35%

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

Referente à existência de problemas na tramitação de documentos e

correspondências entre as unidades, tem-se: 65% responderam que sim – tais

problemas existem e 35% responderam que não.

Gráfico 2

Existem problemas de tramitação de documentos entre as unidades?

65%

35%

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

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38

7.2 - Falta de Padronização nos Formulários

A maioria dos formulários utilizados pela organização não segue uma

padronização ou modelos pré-definidos. A empresa possui uma identificação visual,

“logomarca”, porém utiliza três identificações distintas em seus documentos, embora

parecidos, as cores de fundo e o “slogan” se divergem. Os orçamentos de venda, bem

como os contratos de vendas e serviços ora apresentam a identificação à margem

esquerda, ora centralizada. Há que se ressaltar diferenciação quanto à formatação e

uso de modelos diversos para vários formulários e documentos.

A partir do questionário de métodos de trabalho visando o aspecto da

padronização de formulários tem-se: 76% responderam que não existe padronização

dos formulários; 18% responderam que sim – que existe padronização e 6% optou

por outra resposta.

Gráfico 3

Existe padronização nos impressos e formulários?

76%

18%

6%

Sim Não Outra Resposta

Fonte: Dados da Pesquisa

7.3 - Exercício de Múltiplas Funções

Embora a empresa já possua definida em seu “Projeto de Qualidade” quais as

funções principais e genéricas de cada pessoa ligada à administração, a mesma

função é, muitas vezes, exercida por várias pessoas ao mesmo tempo, incluindo

colaboradores das unidades administrativas analisadas, ou algumas funções que

pertencem a apenas uma pessoa, muitas pessoas a realizam, como por exemplo, as

compras da empresa. Dessa forma, algumas atribuições não são devidamente

Page 39: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

39

realizadas por seus executores e algumas atribuições acabam por não serem

realizadas por ninguém.

Questionados se existe manual ou outro documento descrevendo as funções,

autoridades e responsabilidades das unidades as respostas negativas foram unânimes,

obtendo-se 100%. Questionados sobre problemas decorrentes da falta de definição,

delimitação, superposição ou duplicação de funções têm-se: 82% responderam que

existem problemas e 18% responderam que não, conforme gráfico a seguir.

Gráfico 4

Existem problemas por causa da falta de definição e delimitação função?

82%

18%Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

7.4 - Centralização

Algumas decisões rotineiras necessárias para o andamento de algumas

atividades e processos, como liberação de pequenas compras, indispensáveis ao

escritório ou à copa, por exemplo, dependem da autorização de algumas pessoas que

muitas vezes não se encontram presentes na empresa, ou estão envolvidas em outras

atividades ou reuniões. Outras atividades poderiam ser resolvidas pelas pessoas de

suas respectivas áreas e dependem, entretanto, de aprovação de seus superiores.

Questionados sobre problemas decorrentes de excessiva centralização de

autoridade nas unidades tem-se, conforme gráfico representativo a seguir: 71%

responderam que sim e 29% responderam que não.

Page 40: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

40

Gráfico 5

Existem problemas de centralização e excessiva autoridade nas unidades?

���

���

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

7.5 - Falta de Racionalização no Arquivo e na Guarda de Documentos

A empresa possui um número muito grande de clientes, documentos e

assuntos, dessa forma, a criação ou “abertura” de novas pastas é fato constante, sem

levar em conta, muitas vezes se o assunto já se encontra presente no arquivo. Da

mesma maneira, o arquivamento e guarda de documentos é seguido apenas por uma

metodologia de ordenamento alfabético e a retirada de documentos e pastas dos

arquivos não seguem nenhuma norma que registre quem a está utilizando e quando a

devolverá. Outro fato importante a se observar na empresa é o acúmulo excessivo de

papéis, catálogos e revistas recebidos e documentos guardados em caixas de papelão,

ou arquivos permanentes.

Questionados sobre os problemas relacionados com arquivo e guarda de

documentos tem-se a seguinte resposta: 71% responderam que existem problemas e

29% responderam que não existem problemas.

Gráfico 6

Exsitem problemas no arquivamento de documentos?

71%

29%

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

Page 41: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

41

7.6 - Falta de Avaliação Crítica das Etapas dos Processos

Determinados processos, os que dependem da cooperação de duas ou mais

áreas, quando alguns problemas são identificados, estes não são solucionados de

imediato, porque a área que os identifica não consegue de imediato solucioná-los,

visto que depende da autorização das demais áreas para a sua prévia mudança. Tais

identificações não são documentadas, bem como não se realiza uma documentação

do processo. Esse fator detectou-se nas observações e acompanhamento realizados na

empresa.

7.7 - Falta de Harmonização e Padronização do Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho apresenta alguns aspectos a serem organizados no

sentido de melhorar a racionalização, harmonização e aspectos ligados à ergonomia.

Os móveis e utensílios não seguem padrão quanto ao modelo, cor ou marcas.

Questionados se a expansão do escritório e dos equipamentos, sua

modernização, mecanização ou automatização melhoraria a produtividade dos

serviços, tem-se: 82% responderam que sim – melhoraria a produtividade e 18%

responderam que não.

Gráfico 7

Há necessidade de expansão do escritório e modernização dos equipamentos?

18%82%

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

Questionados quanto à insuficiência de espaço, instalações e condições de

trabalho e fatores como acomodações, luz, ruído, conforto e outros, têm-se as

seguintes respostas: 76% responderam que há insuficiência de espaço para a

realização das tarefas e que os aspectos como ruído e conforto precisam ser

priorizados; 24% responderam que não, que o espaço para a realização de suas

tarefas são satisfatórios, conforme gráfico a seguir.

Page 42: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

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Os colaboradores que responderam não ao questionamento fizeram sugestões,

no espaço reservado para comentários do formulário de questionário, de quais salas

devem ser priorizadas com relação ao espaço. Percebeu-se a unânime preocupação

para melhoria da sala de expediente administrativa, que concentra um número grande

de pessoas no mesmo espaço e com grande circulação de pessoas e ruídos.

Gráfico 8

Existe insuficiência de espaço?

76%

24%

Sim Não

Fonte: Dados da Pesquisa

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43

8 – SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

A partir dos resultados expostos tem-se, a seguir, algumas sugestões, com o

intuito de melhorar os processos da empresa e contribuir com a padronização das

rotinas administrativas:

1 - Para o problema da falta de racionalização dos processos é necessária a

descrição dos processos em fluxogramas e normatização, o que solucionaria também

o problema da morosidade, falta de cooperação e das decisões equivocadas. Outro

recurso para a diminuição de autorizações indevidas seria a elaboração de um

regimento interno, descrevendo atitudes corretas e incorretas, bem como direitos e

deveres de cada colaborador da organização, mantidos em manual específico;

2 - Para a resolução do problema da falta de padronização nos documentos

indica-se elaborar um manual de redação que conste todos os formulários e

documentos utilizados pela empresa, com a resolução de qual identificação visual

utilizar em cada um deles e disponibilizar os modelos na rede local (intranet) para

acesso de todos os colaborados de acordo com a necessidade;

3 - Para o problema do exercício de múltiplas funções a empresa deve

elaborar, como parte, de seu plano para a Política de Qualidade, um manual com

descrição de cargos e suas respectivas funções, como exemplo mostrado no ANEXO

12.2. Dessa forma, cada colaborador conhecerá quais são suas atribuições e o que a

empresa dele espera;

Page 44: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

44

4 – Sugere-se à empresa a descentralização de algumas atividades e decisões

que dizem respeito ao bom funcionamento das atividades administrativas e às

atividades cotidianas. Além do nível de autorização estar presente no documento que

descreve cargos e funções, a empresa deve fazê-lo sempre que necessário, como, por

exemplo, liberar uma verba mínima para comprar materiais de escritório e de

insumos para a copa;

5 - A empresa deve rever sua metodologia de guarda e arquivo de

documentos, analisando aquela que melhor a atenda, ou reavaliado a metodologia

atual, porém, criando-se a rotina de registro de retiradas de documentos e a utilização

de índices remissivos. A empresa deve utilizar também a tabela de periodicidade para

descarte de papéis e documentos, o que reduziria o acúmulo de papéis e o espaço

reservado para o arquivo permanente seria melhor utilizado. Segundo o Conselho

Nacional de Arquivos – Conarq, a tabela de periodicidade, ou temporalidade tem

como objetivo definir o tempo de vida útil dos documentos na empresa sob o ponto

de vista legal, técnico, administrativo e fiscal. “O tempo de guarda é definido com

suporte na legislação vigente definindo as diversas fases de arquivamento,

documento ativo, documento intermediário e documento inativo”. (Conarq);

6 - A falta de análise crítica dos problemas pode ser resolvida com reuniões

periódicas, para intercâmbio de informações, e, também com a implantação de

projeto de idéias ou sugestões, além de possíveis alterações nos fluxogramas de

processos;

7 - A empresa deve organizar o ambiente de trabalho para melhorar a

qualidade de vida e saúde dos colaboradores na empresa, com a padronização de

móveis e utensílios e melhor layout do ambiente de trabalho, diminuindo assim o

deslocamento, por várias vezes ao dia, para outras salas;

8 - Sugere-se mudança, também, para a missão da empresa, que deve conter a

razão de ser da organização. Dessa forma, segue a sugestão de missão para a

organização que melhor a descreve. Missão sugerida:

“Fabricar máquinas e equipamentos para empresas que atuam no setor

de extração e beneficiamento de rochas ornamentais, focando sempre em

atender o cliente na venda, pós-venda e futuras vendas, com políticas que

contemplem também o atendimento das necessidades de nosso cliente interno,

respeitando a comunidade e o meio ambiente”.

Page 45: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

45

9 – Sugere-se a revisão e reformulação do organograma da empresa,

apresentando anteriormente na descrição da organização, pois apresenta alguns

pontos destoantes, como o nível de assessoria, ou staff, que está diretamente ligado

às áreas operacionais e não às áreas estratégicas, além de estar representado como

órgão de linha. Outro ponto relevante quanto à estrutura orgânica é que as áreas estão

representadas pelas funções das pessoas, os cargos e não pelas áreas. Dessa forma,

tem-se, no ANEXO 12.4, uma sugestão de estrutura organizacional para a empresa.

A empresa elaborou, também, além de um projeto de qualidade, um

cronograma interno de atividades e reuniões com a assessoria do Sebrae na busca da

certificação de qualidade em um curto intervalo de tempo. De acordo com as

observações realizadas, as reuniões de assessoria tratam genericamente da

explicitação da norma ISO 9000 e visa, principalmente, a melhoria dos processos

produtivos como prioridade.

O Projeto de Qualidade da empresa teve início em março de 2006 e esta se

programou para, no prazo de seis meses, ser devidamente certificada pelos órgãos

competentes. Sugere-se que a empresa antes de buscar a certificação de qualidade

para toda a empresa, como forma de abertura de mercado e maior competitividade,

ou simplesmente como marketing para aumento de vendas, deve também pôr em

prática um programa de qualidade e divulgar a cultura da qualidade para toda a

organização, como exemplo, o programa de qualidade 5’S ou o 6-Sigma ou outro

programa de qualidade no qual as pessoas possam vivenciar uma nova realidade e

conhecer seus benefícios, como facilitador de suas atividades e excelência nos

processos, porém num espaço de tempo maior, que é recomendado inclusive pela

própria norma.

Dessa forma, tem-se a seguir, sugestão de um programa de qualidade para a

Rochaz Indústria e Comércio Ltda, uma vez que para que mudanças possam

realmente acontecer leva-se tempo e algumas etapas precisam ser realizadas de forma

consciente e com a colaboração e conhecimento de toda a organização, sem que

etapas sejam “queimadas” e que todos, principalmente a administração, tenham a

certeza de que tais mudanças e procedimentos serão benéficos e necessários para a

organização.

Etapa 1 – difusão da cultura na empresa – a empresa deve difundir a cultura

da qualidade em toda a empresa e mostrar os benefícios que tais mudanças trarão.

Page 46: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

46

Não poderá se esquecer que os precursores da cultura da qualidade devem partir da

administração;

Etapa 2 – Definir a equipe ou comitê do programa de qualidade – a empresa

deve nomear um comitê que será responsável por todas as fases do programa de

qualidade;

Etapa 3 – Definição da coordenação do programa – além do comitê de

qualidade a presença de um coordenador para os trabalhos de faz necessário para a

efetivação do projeto, assim como de dar suporte ao comitê anteriormente designado;

Etapa 4 – Levantamento e detalhamento dos processos – o comitê de

qualidade fará um levantamento e detalhamento de todos os processos realizados na

empresa;

Etapa 5 – Análise do processo atual – Após levantamento dos processos o

comitê fará uma análise como os processos estão sendo realizados em quê estes

podem ser melhorados;

Etapa 6 – Redesenho do processo – os processos que possuem problemas

devem ser redesenhados de forma a serem mais eficientes;

Etapa 7 – Treinamento de pessoal – todo o pessoal deve ser treinado de

acordo com o redesenho do processo, mostrando suas diferenças, mudanças e o que

tais mudanças ocasionarão;

Etapa 8 – Implantação do processo – após treinamento das pessoas os novos

processos devem, de fato ser implantados, e

Etapa 9 – Feedback ou Controle do processo – o comitê da qualidade e o

coordenador devem juntos manter o controle dos processos, inspecionando-os

constantemente de forma a manter sua eficiência e qualidade. È importante também

que os responsáveis façam, junto às pessoas que realizam as atividades, avaliação das

mudanças, consultando sobre resultados e possíveis dúvidas.

Page 47: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

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9 - CONCLUSÃO

O processo de certificação de qualidade constitui-se de um processo

minucioso, detalhado e que leva algum tempo para se concretizar, de fato, em toda a

empresa, uma vez que há a necessidade de se passar por vários estágios. Um deles, e,

também o mais importante é, sem dúvida, a conscientização, por parte da

administração, de que qualidade é um adicional para a organização, e,

conseqüentemente, a diminuição de custos, tempo e aumento da lucratividade, para

em seguida a difusão dessa cultura para todos os colaboradores.

Os propósitos deste estudo de método diagnóstico foram alcançados, uma

vez, que a partir do objetivo principal de se descrever as possíveis dificuldades

encontradas na realização das tarefas administrativas puderam ser evidenciadas por

meio das técnicas de entrevistas, aplicação de questionários e observação direta no

ambiente de trabalho. Os questionários e as entrevistas foram fontes confirmadoras

dos problemas existentes nas áreas analisadas e a menção da utilização de técnicas de

padronização, como manuais, foram aceitas, unanimemente, por todas as pessoas

envolvidas nas atividades administrativas.

A empresa encontra-se envolvida, atualmente, no processo de busca da

certificação de qualidade, porém, percebeu-se um enfoque muito grande, no quesito

“qualidade” apenas para a área produtiva, enquanto as atividades administrativas e as

decisões ainda estão um pouco lentas, em decorrência da falta de padronização e

Page 48: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

48

manualização de documentos que descrevam as atividades de cada pessoa e suas

respectivas responsabilidades.

Sugere-se que a empresa implante um programa de qualidade para a

divulgação da cultura da qualidade para toda a organização, como exemplo, o

programa 5’S ou o 6-Sigma ou outro programa de qualidade no qual as pessoas

possam vivenciar uma nova realidade e conhecer seus benefícios, como facilitador de

suas atividades e excelência nos processos, porém, num espaço de tempo maior, para

que essa cultura seja realmente “enraizada” por todos e que a certificação de

qualidade, quando alcançada pela organização possa ser uma conseqüência de seus

esforços.

Dessa, forma, conclui-se que a qualidade é necessária em todas as áreas da

empresa e não somente na área de produtiva onde se produz e onde se tem a

atividade-fim da organização, uma vez que as decisões dependem de informações,

dependem de agilidade, de cooperação entre as áreas, organização, padronização e

maior agilidade. Padronizar e manualizar as atividades administrativas constitui-se

de um passo rumo à qualidade que será expandida por toda a empresa

posteriormente.

Conclui-se, com isso, que a empresa Rochaz Indústria e Comércio Ltda,

apresenta algumas dificuldades na execução de suas atividades administrativas e que

com a padronização das atividades administrativas e a aplicação dos manuais

sugeridos e, com a implantação de um programa de qualidade, certamente terá

grande progresso e conseqüentemente alcançará também a certificação de qualidade.

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10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. NBR ISO 9001/2000. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. CAMPOS, Vicente Falconi. Qualidade Total. Padronização de Empresas. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1992. CERQUEIRA NETO, Edgard. Reengenharia do Negócio. São Paulo: Pioneira, 1994. COLENGUI, Vitor Mature. O & M e Qualidade Total – Uma integração perfeita – 2ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos. Disponível em http://www.arquivonacional.gov.br/conarq. Acesso em 26/8/2006. CRUZ, Tadeu. Sistemas, Organização & Métodos. Estudo Integrado das Novas

Tecnologias da Informação à Gerência do Conteúdo e do Conhecimento. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2002. D’ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, sistemas e métodos: análise,

redesenho e informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001. DEMING, W. Eduards. The Deming Management Method. New York: Perigree Books, 1986.

FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Disponível em: http://www.fnq.org.br. Acesso em 25/7/2006.

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br. Acesso em: 10/01/2006.

Page 50: A PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS RUMO À ...

50

JURAN, J. M. Juran Planejando para a Qualidade. 2ª Edição. São Paulo. Livraria Pioneira Editora, 1992.

JURAN, J. M. & GRYNA, F. M. Controle da Qualidade – Handbook: Conceitos,

Políticas e Filosofia da Qualidade. São Paulo: Makron, MacGraw-Hill, 1991.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Administração de Processos: conceitos,

metodologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2006.

PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade no Processo: A qualidade na

produção de bens e serviços. São Paulo: Atlas, 1995.

PYZDEK, Thomas. 6-Sigma A um Passo da Perfeição. HSM Management, São Paulo, v. 3, n. 38, p. 63-70, Mai-Jun. 2003.

ROCHA, Luiz O. Leal. Organização e Métodos: uma abordagem prática. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 1991.

ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Projeto de Política de Qualidade, 2006.

VALLS, Valéria Martins. O Enfoque por Processos da NBR ISO 9001 e sua Aplicação nos Serviços de Informação. Ciência da Informação. Vol. 33, nº 2, 2004.

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11 - ANEXOS

11.1 - Questionários

PP:

01 REVISÃO:

00�

�QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO

ORGANIZACIONAL - ORGANIZAÇÃO

DATA:

15/05/06 PÁGINA:

1/1�1. Nome 2. Cargo 3. Função 4. Setor

Compras Vendas P&D Administrativo Financeiro Outro 5. Existe clara definição dos objetivos a serem alcançados pela unidade?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Comentários: ________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

6. Quais as atividades que no seu entender apresentam maiores problemas na unidade? Por quê? Atividades: _________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Comentários: ________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

7. Existe Manual ou outro documento descrevendo as funções, autoridade e responsabilidade das unidades

componentes da estrutura organizacional? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Comentários: ________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

8. Existem problemas decorrentes da falta de definição, delimitação, superposição ou duplicação de funções,

jurisdição ou autoridade? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Quais? Comentários: __________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

9. Existe necessidade, no seu entender, de se criarem ou expandirem novas unidades ou atividades? Ou desmembrar unidades ou atividades existentes?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Quais? Explicações e comentários: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Existem problemas decorrentes de excessiva centralização de autoridade na unidade? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Quais? Explicações e comentários: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11. Existem problemas decorrentes de excessiva descentralização de autoridade na unidade?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Quais? Comentários: __________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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12. Existem dificuldades de relacionamento ou de coordenação entre as unidades? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Quais? Comentários: __________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13. Existe adequada autonomia para a tomada de decisões e realização das tarefas na unidade?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Quais? Comentários: __________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 14. Existem unidades de assessoramento, grupos de estudo, comissões, organismos auxiliares de suporte e

estudos? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Comentários: ________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 15. Existem problemas oriundos de obstáculos externos, legais ou institucionais, ao bom funcionamento da

unidade? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Comentários: ________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Fonte: (ROCHA, 1991, p. 243-245)

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PP:

01 REVISÃO:

00�

�QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO

ORGANIZACIONAL – MÉTODOS TRABALHO

DATA:

15/05/06 PÁGINA:

1/1�16. Existem instruções escritas e normas de serviço para a realização das tarefas de rotina?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Comentários: ________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

17. Existe formalização considerável nos serviços que resultem na demora nas decisões e atrasos nas execuções,

tais como: muitas alçadas e níveis decisórios, exigência de numerosas assinaturas ou pareceres, longa tramitação de documentos, requerimentos, abertura de processos etc.?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

18. Existem em geral muitas transcrições de documentos e dados, muitas cópias e vias, muitos carimbos e

protocolos etc? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

19. Existem problemas na tramitação de documentos e correspondência entre as unidades, resultando em

delongas no serviço? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

20. Existem problemas na classificação e catalogação de assuntos e informações na unidade (fichários remissivos)?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

21. Existem problemas na comunicação entre as unidades? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 22. Existem problemas no arquivamento de documentos e da correspondência, no arquivo atual ou permanente?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 23. Existem casos onde a expansão dos equipamentos de escritório, sua modernização, mecanização ou

automatização melhorariam a produtividade dos serviços? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

24. Existem casos de insuficiência nas instalações e condições de trabalho (espaço, acomodações, luz, ruído,

conforto, higiene etc)? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

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25. Existe padronização adequada de impressos e formulários? Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta

Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 26. Existe uso de recursos avançados de técnicas administrativas, tais como: análise de custo-benefício do

projeto; estudos de viabilidade e rentabilidade; análise racional de alternativas; métodos de pesquisa; conceitos sistêmicos; cálculo de índices; relatórios de resultados etc?

Sim Não Não sabe Não respondeu Outra resposta Exemplos e Comentários: ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

Fonte: (ROCHA, 1991, p. 245-247)

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11.2 - Política de Qualidade Institucional – Rochaz Indústria e Comércio

Ltda.

ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA - PROJETO RUMO À ISO 9000 – POLÍTICA DE QUALIDADE

Nossa Missão: “Ser os melhores, mais ágeis, competitivos e ousados, com responsabilidade e

excelência no setor de rochas” Nossos Negócios ��Fabricação de máquinas, equipamentos e peças para o setor de rochas

ornamentais; ��Representação, distribuição de máquinas, equipamentos, peças e insumos

para o setor de rochas ornamentais; ��Locação de máquinas e equipamentos; ��Serviços de desmonte de rochas e edificações a frio; ��Fabricação de produtos de metal mecânica; ��Comercialização de rochas ornamentais.

Nossa Visão:

��Ser em 2010, a empresa: ��Líder em máquinas e equipamentos do setor de rochas nos países em que se

propor atuar; ��Reconhecida como inovadora no processo de extração, beneficiamento e

comercialização de rochas ornamentais; ��Reconhecida pelo setor e pelos órgãos regulamentadores como séria, ética e

transparente, contribuindo para a segurança do trabalhador e responsável com o meio ambiente;

��Rentável, estando entre as três primeiras no setor de rochas ornamentais.

Nossa Política de Qualidade: ��Melhorar continuamente os processos da organização visando criar um

ambiente harmonioso, com qualidade de vida em relação ao seu público alvo: ��Clientes: aumentar a satisfação do cliente por antecipar suas necessidades,

apresentando soluções para o mercado de rochas e suprir o treinamento de seus colaboradores.

��Fornecedores: manter parcerias que visem desempenho favorável das partes interessadas.

��Colaboradores: buscar a qualificação profissional e humanização do ambiente de trabalho.

��Acionistas: proporcionar retorno do investimento e crescimento sustentável da organização.

��Comunidade: promover ações sociais visando o reconhecimento de seu compromisso em preocupar-se com os problemas que afetam a região e seus habitantes.

��Meio Ambiente: manter contínua preocupação com a preservação do maio ambiente e promover ações internas e externas coerentes com este propósito.

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Objetivos da Qualidade Cliente: Medir a satisfação do cliente Como: pesquisas específicas; entrevistas formais; entrevistas informais e pesquisas de opinião específicas. Quando: Em feiras e exposições; ns visitas programadas; nos treinamentos e cursos ministrados. Fornecedores: medir o resultado das parcerias; medir a quantidade de parcerias. Como: pela satisfação do cliente e por meio de relatórios específicos (homologação, contratos etc) Quando: análise mensal dos resultados de análise da satisfação do cliente Colaboradores: Medir a competência profissional e qualificar o ambiente de trabalho. Como: pela identificação das competências necessárias às funções x plano de treinamento; pesquisa de clima motivacional; medir índices de insalubridade Quando: anualmente Acionistas: acompanhar os resultados de vendas e acompanhar os resultados operacionais. Como: por meio de relatórios financeiros e contábeis. Quando: reuniões do Conselho Administrativo Comunidade: medir o reconhecimento e aceitação da organização na comunidade. Como: pesquisas específicas; entrevistas formais e entrevistas informais. Quando: anualmente

Meio Ambiente: medir índices aceitáveis de poluição ambiental, sonora, visual etc. Como: contratação de organização capacitada Quando: anual (Rochaz Indústria e Comércio Ltda) - Iconha, ES, 20/3/2006.

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11.3 - Estrutura Organizacional – Rochaz Indústria e Comércio Ltda

ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA - PROJETO RUMO À ISO

9000 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

��Conselho Administrativo: formado pelos sócios da empresa e é

responsável pela análise dos dados da produção à administração;

��Diretor Presidente: representante da empresa junto ao mercado, entidades

e público em geral;

��Diretor Executivo: auxilia o diretor presidente nas tomadas de decisões

estratégicas;

��Gestor de Negócios: visão geral de ativos, de novos mercados para a

empresa e novas maneiras de se negociar;

��Gestor de Produção: visão de otimização de processos produtivos: melhor

tempo, menor custo, melhor produto;

��Gestor Administrativo: visão global dos processos em seus fluxos

administrativos e financeiros com o objetivo de equalizar e prover

crescimento equilibrado e sustentável;

��Coordenadores: implementadores das ações planejadas e necessárias ao

alcance dos objetivos e metas propostas; são responsáveis diretos por áreas da

empresa como pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, almoxarifado

etc.;

��Líderes de Equipe: lideram e respondem por áreas específicas da

indústria, tais como tornearia, montagem mecânica, montagem elétrica,

pintura etc.;

��Colaboradores: todos os funcionários com visão de parceiros no

crescimento; constituem-se do ativo mais importante e valioso da

organização, responsáveis diretos pela produtividade, qualidade, otimização

dos processos etc.;

��Staff: formado por consultores e profissionais liberais.

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(Rochaz Indústria e Comércio Ltda – Organograma)

Rochaz Indústria e Comércio Ltda – Iconha, ES, 20/3/2006.

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12 - APÊNDICES

12.1 - Entrevista PP:

01 REVISÃO:

00�

�ENTREVISTA - DESCRIÇÃO

CARGOS/PROCESSOS

DATA:

15/05/06 PÁGINA:

1/1�1. NOME 2. CARGO 3. FUNÇÃO 4. SETOR

COMPRAS VENDAS P&D ADMINISTRATIVO FINANCEIRO OUTRO 5. ATIVIDADES DIÁRIAS

6. ATIVIDADES ESPORÁDICAS

7. NECESSIDADE DE ESFORÇO FÍSICO GRANDE MÉDIO POUCO

8. NECESSIDADE DE CONCENTRAÇÃO

GRANDE MÉDIO POUCO

9. CONHECIMENTO ALTO MÉDIO BAIXO

10. NOME DO PROCESSO

O QUE COMO QUEM REGISTRO

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12.2 - Sugestão de Descrição Cargos

REF:

02 (CBO 4221-05)

REVISÃO:

00�

'(6&5,d®2�'(�&$5*26�DATA:

15/05/06 PÁGINA:

1/1�ANÁLISE CRÍTICA: Este documento atende aos requisitos da Norma ISO 9001/2000 e está coerente com o Sistema de Gestão da Qualidade

APROVAÇÃO:

TÍTULO DO CARGO: Auxiliar Administrativo

FUNÇÃO ESPECÍFICA: Recepcionista/Telefonista

DESCRIÇÃO TÉCNICA GERAL: Recepciona clientes e visitantes, procurando identificá-los, averiguando suas pretensões, para prestar-lhes informações; Atende chamadas telefônicas; Marca entrevistas e visitas; Recebe recados e os transfere ou encaminha às pessoas ou setores procurados; Efetua ligações telefônicas. DESCRIÇÃO TÉCNICA DETALHADA: Atende o visitante ou cliente, indagando suas pretensões, para informá-los conforme seus pedidos; Atende chamadas telefônicas, manipulando telefones internos ou externos de disco ou botão, para prestar informações e anotar recados; Registra telefones atendidos, anotando dados comerciais do cliente, para possibilitar o controle dos atendimentos diários. Efetua ligações telefônicas externas e internas. Controla ligações efetuadas; Controla o estoque de insumos de escritório, limpeza e copa; Solicita compras de insumos; Pode executar outras tarefas de caráter limitado; Digita comunicados e circulares internas de acordo com a necessidade; Recebe a correspondência da empresa e encaminha aos destinatários; Cuida e arquiva documentos de clientes e fornecedores, compras e materiais de escritório, de limpeza e copa. Efetua requisição de alguns abastecimentos da empresa em postos de combustíveis pré-determinados. DESCRIÇÃO COMPORTAMENTAL: Agilidade, capacidade para trabalhar sob pressão, comprometimento (dedicação), criatividade, equilíbrio emocional, estar aberto a inovações, facilidade de adaptação, facilidade de comunicação, flexibilidade, habilidade para lidar com conflitos, organização, paciência, participativo (entusiasmo), persistência (determinação), prático, preventivo, proatividade/iniciativa, sociabilidade (entrosamento), solidariedade, vontade de aprender, assiduidade, pontualidade, nível de ansiedade baixo, postura ética profissional. FORMAÇÃO ESCOLAR MÍNIMA NECESSÁRIA: Ensino Médio. FORMAÇÃO TÉCNICA E EXPERIÊNCIA NECESSÁRIA: 6 (seis) meses de experiência. HABILIDADES/COMPETÊNCIAS: 9�Atenção Concentrada; 9�Capacidade de identificar e registrar informações; 9�Capacidade de seguir instruções. PROCEDIMENTOS EM QUE DEVEM SER TREINADOS: 9�Técnicas de recepcionar pessoas; 9�Treinar ERP Protheus. NÍVEL DE AUTORIZAÇÃO:

¾�

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12.3 - Sugestão de Procedimento Operacional

PRO: 00

REVISÃO: 00�

�PROCEDIMENTO OPERACIONAL

DATA: 15/06/06

PÁGINA: 1/1�

ANÁLISE CRÍTICA: Este documento atende aos requisitos da Norma ISO 9001/2000 e está coerente com o Sistema de Gestão da Qualidade

APROVAÇÃO:

TAREFA: ATENDER CHAMADA TELEFÔNICA

RESPONSÁVEL TÉCNICO: Gestor Administrativo

FUNÇÃO DO OPERADOR: Telefonista/Recepcionista

RECURSOS NECESSÁRIOS CUIDADOS ESPECIAIS Telefone, agenda, formulários, caneta, lápis. Atenção concentrada

RESULTADO ESPERADO:

Informar com precisão e agilidade

SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DESVIOS / AÇÕES CORRETIVAS 01 Receber ligação, retirando o telefone do

gancho após 2ª toque.

-

02 Atender chamada utilizando a expressão: bom dia/ tarde/ ROCHAZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO, “fulana”, “em que posso ajudar?”

-

03 Ouvir a solicitação da chamada com máxima atenção, dando sinal de que está ouvindo.

Não entendeu a solicitação: 9�Solicitar mais informações.

04 Dar a informação solicitada ou transferir: para o setor interessado, informando à pessoa que fará transferência do que se trata.

-

05 Transferir a chamada, se for o caso

-

06 Concluir o atendimento, agradecendo a chamada, quando for o caso.

-

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12.4 - Sugestão de Organograma

AssessoriaAdvog ados,

Con tadores e

En genh eiros

V endas

Pós-V endas

Assistênc iaT écnica

G E R Ê N CIAD E NE G Ó C IOS

G es tor

Fina nce iro

C om pras

T ecnologiade In form ação

Fatu ram ento

C ontabilidade

R ecursos H um anos

M an u ten ção

C o n servação

S erviços G era is

G E RÊ N C IAAD M IN IS T R AT IV A

G es tor

T orneariaLíde r de E quipe

CalderariaLíde r de E quipe

ElétricaLíde r de E quipe

Jateamento e PinturaLíde r de E quipe

MontagemLíde r de E quipe

SoldaLíde r de E quipe

Manutenção e ReparosLíde r de E quipe

C OOR D E N A Ç Ã OD E L IN H A D EP R OD U Ç Ã O

S erviços eLocação

Pesquisa eD esen vo lvim en to -

P&D

R ecebim ento eAlm oxarifado

E ngenharia

G E R Ê NC IAD E PR OD U Ç Ã O

G es tor

Diretoria ExecutivaD iretor E xecu tivo

PresidênciaD iretor P res iden te

Conselho Adm inistrativo