A Ordem da Guerra Fria (1945 – 1989) Prof. Renato Leone.

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A Ordem da Guerra Fria

(1945 – 1989)

Prof. Renato Leone

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A disputa por Berlim dá início as tensões globais da Guerra Fria

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I – Caracterização- intensa disputa diplomática, econômica,

ideológica, tecnológica entre Estados Unidos (representante central do capitalismo) e a União Soviética, interessada, agora, em expandir a influência socialista além das suas fronteiras.

II – Etapas e Características- corrida armamentista: estendeu-se por mais de

4 décadas, deixando o planeta submetida a uma permanente ameaça de conflito nuclear;

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- estruturação do complexo industrial – militar: ainda presente e influente;

- ajuda dos EUA para Europa Ocidental Japão para a reconstrução econômica e contenção do comunismo: Planos Marshall e Colombo;

- intervenções armadas das duas superpotências:

a) Estados Unidos- apoio a inúmeras ditaduras na América

Latina, implantadas à força no lugar de governos nacionalistas e socialistas. Algumas das vítimas foram Guatemala (1954), Brasil (1964), Chile (1973), Argentina (1976) etc.

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O bombardeio do palácio presidencial de La Moneda no Chile visava encurralar o presidente legitimamente eleito Salvador

Allende que foi substituído pelo ditador Augusto Pinochet, com total apoio estadunidense.

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- participação direta nas guerras da Coreía (1950-53) e do Vietnã (1961-75), procurando evitar a adesão desses países do bloco comunista;

O desespero estadunidense diante da persistência da resistência dos vietcong levou-os a cometer massacres e atacar civis, utilizando-se de armas químicas como o agente laranja que vitimou a adolescente.

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- participação ativa na inviabilização de governos anti-americanos como ocorreu em Angola e Nicarágua e ainda ocorre em Cuba (bloqueio econômico depois do fracasso em impedir o governo de Fidel Castro);

b) União Soviética- intervenção no Afeganistão (1979)

procurando evitar a queda de um governo pró-soviético;

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Posição estratégica do país tornou- alvo de muitas invasões frustradas – como a da URSS – e suas montanhas abrigam hoje os principais refúgios da Al Qaeda e, provavelmente, é nelas que se encontra Bin Laden, que deu grande apoio aos Estados Unidos na expulsão dos soviéticos.

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- Pós- 1960: novo fenômeno político – a Descolonização Afro-Asiática = “terceiro mundo”;

Os colonizadores procuraram de todas as maneiras não se desgarrarem do controle que possuíam sobre suas colônias, pois elas lhes davam os recursos que não tinham. Por isso, alguns dos movimentos derivaram em confrontos armados invariavelmente perdidos pelos europeus.

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- Disputas que extrapolam a política e contamina outros setores como:

Sputnik: início da conquista espacial

a) Corrida espacial- liderança soviética: 1º satélite artificial (1957) e primeiro ser humano (Yuri Gagarin, 1961) no espaço;

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Marca histórica da presença humana no principal satélite da Terra

- liderança estadunidense: primeiro ser humano na Lua (Neil Armstrong. 1969).

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b) Esportes- liderança no quadro de

medalhas nos Jogos Olímpicos;

- Boicote: EUA não foram aos jogos de Moscou em 1980 e os soviéticos não compareceram ao de Los Angeles em 1984;

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III – Mudanças

O líder soviético das reformas

- A chegada de Mikhail Gorbachev os poder, propondo-se a fazer reformas econômicas e políticas (Perestróica e Glasnost), além de, unilateralmente, reduzir a produção de armas nucleares, diminuem as tensões mundiais e favorecem mudanças democráticas em todo o mundo comunista:

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* 1989: queda do Muro de Berlim;

Construção rápida para conter a

debandada de berlinenses

orientais para o lado ocidental

* fim dos regimes socialistas da Europa Oriental;* 1991: desintegração da URSS

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Leitura complementarEUA e Cuba mantêm-se na Guerra Fria. Estariam

caminhando para por fim a meio século de animosidades??

EUA mandarão alto diplomata a CubaNúmero 2 da Chancelaria americana para a região

encabeçará rodada de conversas sobre migração com Havana amanhã

Craig Kelly é o funcionário mais graduado dos EUA a visitar a ilha em décadas; governo de Barack Obama busca distensionar relação

O governo dos EUA confirmou ontem que o subsecretário-adjunto de Estado para a América Latina, Craig Kelly, participará amanhã em Havana de uma nova rodada de conversas sobre migração com Cuba."As conversas se centrarão em como promover da melhor maneira uma política migratória segura, legal e ordenada" entre os países, apontou nota do Departamento de Estado.

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Número dois do Departamento de Estado americano para o hemisfério Ocidental, Kelly é o funcionário mais graduado da Chancelaria americana a pisar a ilha em décadas. Encabeçará delegação integrada por representantes dos órgãos de governo responsáveis pela política migratória.EUA e Cuba retomaram em julho passado, no âmbito da ONU, conversas sobre migração, que estavam interrompidas desde 2003. Depois desse primeiro encontro em Nova York, a intenção dos países era promover uma nova rodada de conversas em dezembro, o que acabou não ocorrendo.Desde sua posse, em janeiro de 2009, o governo Barack Obama vem procurando melhorar o trato com Cuba -os países não têm relações diplomáticas desde 1962, quando Washington estabeleceu embargo econômico contra a ilha sob governo comunista.

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Em abril, Obama flexibilizou restrições a viagens e ao envio de remessas a Cuba por cubano-americanos, em gesto de distensão com Havana. Mesmo sem alterar regras para outros tipos de viagens, o fluxo inverso, de visitantes cubanos aos EUA, entrou em alta sob Obama -cresceu 52% em 2009 em relação ao ano anterior.A partir dessa medida, o Departamento de Estado, por meio do então secretário-adjunto para Américas Latina, Thomas Shannon (atual embaixador no Brasil), manteve reuniões em Washington com um representante do governo de Raúl Castro.Em maio, Cuba aceitou retomar conversas sobre migração e serviços postais diretos entre os países, suspensos desde 1963. Contatos que começaram em setembro, quando a então responsável por Cuba no Departamento de Estado, Bisa Williams, viajou a Cuba.

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Recentemente, o número um da diplomacia americana para a América Latina, Arturo Valenzuela, disse que os EUA estão dispostos a ampliar o diálogo com Cuba e incluir outros temas na agenda além de migração e serviços postais.O governo Obama, contudo, já deixou claro que considera com "calma" a aproximação com Cuba, porque não busca, neste momento, uma "mudança súbita" nas relações.

Folha de S. Paulo, 18/02/10