A operacionalização de conceitos- parte 2 - Moodle USP: e … · 2015-05-15 · Como passar das...

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A operacionalização de conceitos- parte 2 Métodos e Técnicas de Pesquisa I – 2015 Márcia Lima

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A operacionalização de conceitos- parte 2

Métodos e Técnicas de Pesquisa I – 2015Márcia Lima

Roteiro da Aula

Atividade em sala com os textos

Conceitos e a construção social do dado

A operacionalização: dos conceitos aos indicadores empíricos

2. Operacionalização de conceitos

1. Representação literária do conceito

- Construção abstrata, uma imagem

2. Especificação do conceito

- Dimensões do conceito. Deduzidos logicamente ou

inferidos empiricamente

3. Escolha de indicadores empíricos

- Instâncias observáveis que se referem às dimensões do

conceito

4. Formação/Construção de índices e escalas

- Tentativa de sintetizar

5. Índices, escalas e indicadores intercambiáveis

- Validade e confiabilidade

Como mensurar?

Se o processo de medir é dependente da construção teórica(analítica, crítica face ao senso comum) que o precede comofazer a passagem entre:

A- os conceitos (formulados a um nível teórico de elevadaabstração) e

B- as variáveis (a serem manejadas no estudo empírico)?

Como passar das definições teóricas às definições operacionais com asegurança de que os indicadores escolhidos medem o conceito que sequer traduzir operacionalmente?

As variáveis

Variável: é um conceito empírico ou teórico que pode assumir diversos valores e que se pode dizer, mediante observações, qual valor assume no problema específico que se está estudando.

As variáveis podem possuir um referente diretamente observável no mundo empírico. Exemplos: idade, número de cômodos no domicílio, número de filhos.

Mas nem sempre possuem referentes empíricos diretamente observáveis no mundo empírico. Elas podem ser complexas, podem conter muitas dimensões. Exemplos: participação política, vulnerabilidade, status social.

Regra de classificação - 20150 1 2 3 4 ou +

Banheiros 0 3 7 10 14

Empregados domesticos 0 3 7 10 13

Automoveis 0 3 5 8 11

Microcomputador 0 3 6 8 11

Lava louca 0 3 6 6 6

Geladeira 0 2 3 5 5

Freezer 0 2 4 6 6

Lava roupa 0 2 4 6 6

DVD 0 1 3 4 6

Microondas 0 2 4 4 4

Motocicleta 0 1 3 3 3

Secadora roupa 0 2 2 2 2

0

1 Não Sim

2 Agua encanada 0 4

4 Rua pavimentada 0 2

7

45-100

38-44

29-37

23-28

17-22

0-16

C2

DE

A

B1

B2

C1

QuantidadeVariáveis

Escolaridade do chefe da família

Analfabeto / Fundamental I incompleto

Médio completo / Superior incompleto

Superior completo

Serviços públicos

PONTOS DE CORTE

Fundamental I completo / Fundamental II incompleto

Fundamental II completo / Médio incompleto

Classe: Critério Brasil

Classe: Teoria Sociológica 1. Classe Social

Há muitas definições para o conceito de classe social e, logo, muitas formas de medi-los: renda, prestígio ocupacional, educação, renda, poder, status familiar, poder de consumo etc.

Teoria: Karl Marx e Max Weber

- Para Marx, o desenvolvimento capitalista apontava para uma homogeneização polarizada entre proprietários e não proprietários de meios de produção, ainda que tal polarização comportasse zonas intermediárias: a dinâmica central.

- Classe em Weber: (1) Um número de pessoas tem em comum um componente causal específico de suas chances de vida na medida em que (2) este componente é representado exclusivamente por interesses na posse de bens e oportunidades de renda, e (3) representado sob as condições de mercadoria e mercados de trabalho.

Neo-marxistas

Proprietários

dos meios de

produção

Não-proprietários (trabalhadores assalariados)

Possuem

suficiente

capital para

empregar

trabalhadores

e não

trabalhar

1

Burguesia

4

Gerentes

especialistas

7

Gerentes

qualificados

10

Gerentes não

qualificados

+

Possuem

suficiente

capital para

empregar

trabalhadores,

mas precisam

trabalhar

2

Pequenos

empregadores

5

Supervisores

especialistas

8

Supervisores

qualificados

11

Supervisores

não

qualificados

>0

Possuem

suficiente

capital para

trabalhar para

si mesmos

mas não para

empregar

trabalhadores

3

Pequena

burguesia

6

Não-

gerentes

especialistas

9

Trabalhadores

qualificados

12

Trabalhadores

não

qualificados

-

+ >0 -

Relação com qualificações escassas

Como operacionalizar conceitos?Neo-weberianos

Goldthorpe: tem uma dimensão relacional

Classe I - Profissionais, administradores e officials de alto nível; gerentes de grandes indústrias e grandes proprietários.

Classe II - Profissionais de baixo nível, técnicos de alto nível, administradores de baixo nível, gerentes em grandes estabelecimentos industriais e de serviços; e supervisores de trabalhadores não manuais.

Classe III - Empregados no setor não manual de rotina.

Classe IV - Pequenos proprietários, artesãos por conta própria e outros trabalhadores por conta própria.

Classe V -Técnicos de baixo nível e supervisores de trabalhadores manuais.

Classe VI -Trabalhadores manuais qualificados na indústria.

Classe VII -Trabalhadores manuais semiqualificados ou sem qualificação e trabalhadores na agricultura.

Pesquisa por Amostra de DomicílioExemplos de dados

Distribuição por cor da PEA, PNAD 2013

,3

46,3

8,4

,5

44,4

INDÍGENA BRANCA PRETA AMARELA PARDA

Título do Gráfico

Escolaridade por cor da PEA, PNAD 2013

,3%

37,2%

10,0%

,2%

52,2%

Indígena

Branca

Preta

Amarela

Parda

,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%

Ensino Fundamental

Escolaridade por cor da PEA, PNAD 2013

,1%

64,8%

6,7%

1,0%

27,5%

Indígena

Branca

Preta

Amarela

Parda

,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%

Ensino Médio

Escolaridade por cor da PEA, PNAD 2013

,2%

68,9%

4,5%

1,5%

24,9%

Indígena

Branca

Preta

Amarela

Parda

,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

Ensino Superior

Médias salariais por cor e escolaridade da PEA, PNAD 2013, reais de 2014 (IPCA)

R$ 0,00

R$ 500,00

R$ 1.000,00

R$ 1.500,00

R$ 2.000,00

R$ 2.500,00

R$ 3.000,00

R$ 3.500,00

R$ 4.000,00

R$ 4.500,00

Indígena Branca Preta Amarela Parda

Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

Dados de várias PNADSPesquisa Leonardo de Mello Lins

Número de pessoas que declararam como ocupação principal “Engenheiro”, “Médico” ou “Advogado”, PNAD 1979-2013

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

1979 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Engenheiros Médicos Advogados

Número de pessoas que declararam como ocupação principal “Engenheiro”, “Médico”ou “Advogado” e que possuem pós-graduação, PNAD 1979-2013

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Engenheiros Médicos Advogados

Médias salariais dos Engenheiros, Médicos e Advogados, PNAD, 1998-2013

R$ 3.000,00

R$ 4.000,00

R$ 5.000,00

R$ 6.000,00

R$ 7.000,00

R$ 8.000,00

R$ 9.000,00

R$ 10.000,00

1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Engenheiros Médicos Advogados

Médias salariais dos Engenheiros, Médicos e Advogados com pós-graduação, PNAD, 1998-2013

R$ 0,00

R$ 2.000,00

R$ 4.000,00

R$ 6.000,00

R$ 8.000,00

R$ 10.000,00

R$ 12.000,00

R$ 14.000,00

1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Engenheiros Médicos Advogados

Evolução salarial de Engenheiro, Médicos e Advogados, PNAD, 1998=100

,50

,60

,70

,80

,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Engenheiros Médicos Advogados

Evolução salarial de Engenheiro, Médicos e Advogados com pós-graduação PNAD, 1998=100

,60

,70

,80

,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

1,60

1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

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