A onda verde

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Quanto polui o meu sushi? Os supermercados do Japão vão exigir que cada produto mostre na embalagem a sua contribuição para as mudanças climáticas. A regra valerá a partir de 2009. O anúncio foi feito nesta semana pelo ministro de comércio, Takuma Inamura. Segundo o ministro, a metodologia usada no Japão será mais uniforme, uma forma de padronizar os cálculos e evitar que empresas divulguem dados abaixo dos reais. “Nós acreditamos que nossos selos serão mais detalhados para permitir ao consumidor fazer a melhor escolha possível”, disse o ministro ao jornal The Guardian, para explicar as semelhanças com o esquema utilizado pelos outros Países. Escreve Aline: “No final do ano, cerca de 30 empresas irão divulgar os produtos que ganharão os selos durante uma feira em Tóquio. Os primeiros itens deverão chegar às prateleiras em abril de 2009.

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Quanto polui o meu sushi?

Os supermercados do Japão vão exigir que cada produto mostre na embalagem a sua contribuição para as

mudanças climáticas. A regra valerá a partir de 2009. O anúncio foi feito nesta semana pelo ministro de comércio, Takuma Inamura. Segundo o

ministro, a metodologia usada no Japão será mais uniforme, uma forma de padronizar os cálculos e evitar que empresas divulguem dados abaixo dos reais. “Nós acreditamos que nossos selos serão mais detalhados para permitir ao consumidor fazer a melhor escolha possível”, disse o ministro ao jornal The Guardian, para explicar as semelhanças com o esquema utilizado pelos outros Países.

Escreve Aline: “No final do ano, cerca de 30 empresas irão divulgar os produtos que ganharão os selos durante uma feira em Tóquio. Os primeiros itens deverão chegar às prateleiras em abril de 2009.

Apesar de o esquema de selos do Japão ser voluntário, poucas empresas devem ficar de fora, pois não querem perder consumidores.”

(Alexandre Mansur) – blog empresa verde

O consumidor internacional está mais verde

Uma das mais completas pesquisas, realizada pela PricewaterhouseCoopers, mostrou como a sustentabilidade está tomando força no mercado internacional. A empresa entrevistou 4 mil britânicos e percebeu um aumento na consciência da busca por produtos mais ecológicos e éticos. A pesquisa mostra também que as empresas que investirem em sustentabilidade terão mais sucesso no mercado.

Entre os entrevistados, 80% estão preocupados com as mudanças climáticas. E 75% disseram que, nos últimos dois anos, alteram algum hábito devido essa preocupação. O aumento da clientela de “produtos verdes” mostra essa mudança de comportamento. Há

dois anos, outra pesquisa da Pricewaterhouse mostrou que 22% dos britânicos compravam alimentos orgânicos. Hoje, o número subiu para 43%. A venda de itens do chamado “comércio justo” atinge agora metade dos entrevistados, enquanto em 2006 eram 20%.

Apesar da aparente esforço, a maioria afirma que gostaria de consumir mais do que consegue. Para eles, três problemas diminuem seu potencial de compra. O primeiro a ser citado foi o preço, pois itens com selo de sustentabilidade são mais caros. Contradições e falta de informação sobre a vantagem de determinado produto também desmotivam as pessoas a comprar mais porque causam confusão. A falta de variedade também incomoda os entrevistados, já que não são todos os produtos que tem sua versão sustentável nas prateleiras.

A pesquisa afirma que a consciência em relação a ética e questões ambientais mudou a percepção dos consumidores em relação a produtos e marca. E esse

caminho não tem volta. “A sustentabilidade é hoje um imperativo para os negócios. Não buscá-la não é mais

uma opção”, afirma o relatório da pesquisa. Para ele, o cenário do comércio se modifica graças à combinação de consciência e poder dos consumidores com a pressão por recursos sustentáveis e ações do governo.

Segundo o relatório, todos os setores da cadeia de vendas, desde o produtor até o consumidor final, podem impulsionar mudanças se fizerem pressão por isso. Junto com a consciência dos cidadãos, cresce a procura por itens sustentáveis e isso pode se torná-los mais acessíveis. Com o aumento da demanda, a pesquisa defende que haveria uma diminuição nos preços. Isso porque apesar de serem considerados mais caros porque têm mais custos de produção, na verdade, os atributos positivos ao meio ambiente, como menor emissão de carbono, menos embalagem e recursos podem na verdade reduzir custos finais.

A competição entre as lojas e supermercados também será benéfica, diz o relatório. Cabe ao público pressionar para que elas tenham atitudes mais sustentáveis, como incentivar fornecedores a desenvolver produtos mais “verdes”. Já esses fornecedores estão em posição privilegiada porque são a base da produção e podem criar novos inovações e novos produtos. Dessa forma, a

pesquisa conclui que as empresas que investirem em sustentabilidade terão mais sucesso no mercado.

Como está a atitude ecológica dos britânicos:

- 73% separam o lixo reciclável - 32% desligam luzes e aparelhos eletrônicos quando não estão sendo usados - 28% trocaram antigas lâmpadas por modelos eficientes. - 62% pensam que reduzir a quantidade de embalagens é a ação mais importante que empresas e redes de lojas podem fazer para ajudar o meio ambiente - 38% acha que os supermercados deveriam para de oferecer sacolas plásticas. - 48% estavam desmotivados ou não podiam pagar mais caro pelos itens sustentáveis.

(Thaís Ferreira)

Aqui você gera energia dançando

A onda agora são as baladas que geram energia. A Holanda é o segundo país a anunciar que vai usar um sistema inteligente para que os próprios dançarinos ajudem a acender as luzes estroboscópicas de suas casas noturnas.

A partir de setembro estará funcionando a primeira casa noturna ecológica do país, a Club Watt, em Roterdã. A tecnologia já estava em teste há quase um ano, mas só agora foi adotada por uma casa noturna de lá.

Para reduzir o consumo, basta que os convidados balancem a pista de dança. O sistema foi desenvolvido pelo laboratório de inovações ambientais Enviu e aproveitará o impacto da dança para gerar energia. Com isso pode poupar até 30% do que seria gasto. Mas para que seja auto-suficiente, a pista precisará de cerca de duas mil pessoas chacoalhando enquanto a casa noturna estiver em atividade.

No Club Watt há outras novidades além da pista de dança. As luzes são de LED e existem, painéis solares. O vinho será servido em torneiras para reduzir o desperdício de garrafas e os drinques serão entregues em recipientes reutilizáveis.

O primeiro clube noturno ecológico do mundo, o Surya, foi inaugurado em Londres em 10 de julho servindo bebidas alcoólicas orgânicas. Também adotou uma pequena pista de dança geradora de eletricidade. As últimas notícias sobre o Clube mostram que ele isenta do pagamento do cover aqueles que vão de bicicleta, caminhando ou usando transporte público.

Um estudo conduzido pelo Clube de Dança Sustentável (SDC) no ano passado mostra que 66% dos freqüentadores das discotecas holandesas estariam dispostos a pagar mais caro pela entrada em uma discoteca verde”. Para atender aos padrões do SDC, um clube tem que reduzir o seu consumo de energia em pelo menos 30% e a produção de resíduos em 50%.

A novidade promete atrair milhares de turistas para lá. Só não vale pegar um avião só para visitar a casa noturna. Aí todo esforço de salvar energia irá por água abaixo.

(Luciana Vicária)

Novo Toyota Prius receberá energia do Sol Terceira geração do híbrido será apresentada no Salão de Detroit

Conceito Toyota Hybrid X, de 2007, que antecipa as linhas do novo Prius

Quando for apresentado no próximo Salão de Detroit (Estados Unidos), em janeiro do ano que vem, o novo Toyota Prius terá teto com células solares para recepção de energia. O item virá de série a partir de abril, data prevista para os lançamentos japonês e norte-americano da terceira geração do híbrido. As células solares poderão economizar até 29% do combustível, dependendo do modo de direção. De acordo com o jornal japonês Nikkei, a energia solar será usada para o funcionamento de equipamentos auxiliares, como o ar-condicionado. A montadora fabricará cerca de 450 mil unidades no ano que vem.

O novo Prius deverá receber um motor 1.6 no lugar do 1.5, que além de maior será mais potente. As baterias de níquel também ganharão potência, mas em 2010 deverão dar lugar a pilhas de íon-lítio. O modelo terá largura, distância entre eixos e espaço interno maiores. A Toyota deverá ainda oferecer uma versão plug-in, carregável em tomadas. O preço do novo Prius deverá ser um pouco maior do que os US$ 22.160 (cerca de R$ 35.522) atuais.

MOTOR HÍBRIDO

O carro tem dois motores: um movido a gasolina e outro elétrico. O motor a gasolina é acionado somente quando o veículo atinge 25 km por hora. Assim, o gasto de combustível é reduzido em 40%.

COMPUTADOR DE BORDO

Um sistema inteligente desliga o carro quando ele para por mais de trinta segundos e volta116 a ligá-lo automaticamente assim que o motorista pisa no acelerador.

EMISSÃO DE GAS CARBÔNICO

A energia transmitida pelos freios é canalizada para o motor. Assim, a necessidade de uso de gasolina se reduz e o índice de emissão de gás

carbônico torna-se 34% menor do que em outros carros do mesmo tamanho.

Fonte: Revista época nº 2074

Revista autoesporte