A Obra Do Espirito Santo

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UM ESBOÇO DO ESTUDO SOBRE A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO “E João testificou, dizendo. Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.” João 1.32 Ron Crisp

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Transcript of A Obra Do Espirito Santo

  • UM ESBOO

    DO ESTUDO

    SOBRE

    A PESSOA

    E A OBRA

    DO ESPRITO

    SANTO

    E Joo testificou, dizendo. Eu vi o

    Esprito descer do cu como pomba, e

    repousar sobre ele. Joo 1.32

    Ron Crisp

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    Imprensa

    Palavra Prudente

  • 3

    Um Esboo do Estudo

    Sobre a Pessoa e a Obra do Esprito Santo

    Autor:

    Pastor Ron Crisp

    First Baptist Church

    Independence, Kentucky

    http.//www.firstbaptistchurchindependence.org

    Traduo:

    Calvin G. Gardner

    Reviso Gramatical.

    Albano Dalla Pria

    Edio e Publicao:

    Calvin G. Gardner

    Ttulo em ingls: A Study Guide on the Person and Work

    of the Holy Spirit

    Mais estudos deste autor:

    www.ObreiroAprovado.com

    Copyright 1994 por Ron Crisp

    Imprimido no Brasil

    Segunda edio - 2006

  • 4

  • 5

    Agradecimentos (Primeira publicao - 1998)

    A Igreja Batista de Bryan Station deseja expressar a sua gratido ao

    Missionrio Calvin Gardner pelo seu empenho na traduo desta obra para

    a lngua portuguesa.

    O irmo Calvin Gardner teve a ajuda indispensvel do irmo Albano Dalla

    Pria como assistente, quando da ocasio graduando do Curso de Letras na

    Faculdade de Cincias e Letras da Universidade Estadual Paulista -

    Campus de Araraquara.

    Adicionalmente agradecemos a Joy Ellaina Gardner, filha do Missionrio

    Calvin Gardner, pelo seu trabalho de digitao poupando horas do prprio

    missionrio, acelerando a publicao da obra.

    sabido que Brasil o maior pas, em todo o mundo, falante da lngua

    portuguesa e motivo das nossas oraes que essa obra possa ser

    difundida tanto no Brasil quanto nos outros pases falantes da lngua

    portuguesa, tais como Portugal, Angola, Moambique e Guin-bissau.

    Ressalto as variaes que basicamente distinguem a lngua inglesa da

    lngua portuguesa, que em alguns casos no possuem o mesmo lxico

    levando os tradutores a recorrer a formas alternativas para que fosse

    possvel expressar perfeitamente aquilo que o autor objetivava dizer.

    Qualquer erro de expresso na verso portuguesa de responsabilidade

    dos tradutores e no deve refletir de maneira alguma sobre o autor.

    Setembro de 1.998

    Atenciosamente,

    ALFRED GORMLEY

    Pastor da Igreja Batista de Bryan Station, Lexington, Kentucky, EUA

    http.//www.bryanstation.com

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    ndice Capitulo 1 - Uma Introduo ao Estudo do Esprito Santo 2

    Capitulo 2 - A Divindade do Esprito Santo 6

    Capitulo 3 - A Personalidade do Esprito Santo 10

    Capitulo 4 - A Doutrina do Esprito Santo no Velho Testamento 14

    Capitulo 5 - A Obra do Esprito Santo em Relao a Cristo 20

    Capitulo 6 - A Obra do Esprito Santo na Inspirao 26

    Capitulo 7 - As Figuras Simblicas do Esprito Santo 32

    Capitulo 8 - A Obra do Esprito Santo na Graa Comum - I 38

    Capitulo 9 - A Obra do Esprito Santo na Graa Comum - II 44

    Capitulo 10 - A Obra Preparatria do Esprito na Salvao 50

    Capitulo 11 - A Obra do Esprito Santo na Regenerao 56

    Capitulo 12 - A Habitao do Esprito Santo 62

    Capitulo 13 - A Obra do Esprito Santo na Segurana 66

    Capitulo 14 - O Consolador 74

    Capitulo 15 - O Esprito Santo da Promessa (selo e penhor) 80

    Capitulo 16 - O Esprito Santo como Professor 86

    Capitulo 17 - O Encher-se do Esprito Santo 92

    Capitulo 18 - O Fruto do Esprito 98

    Capitulo 19 - Pecados Contra o Esprito Santo 105

    Capitulo 20 - O Batismo com o Esprito Santo 110

    Capitulo 21 - Os Dons do Esprito 118

    Capitulo 22 - Os Dons Temporrios 126

    Capitulo 23 - A Sade e O Dom de Cura 135

    Capitulo 24 - O Dom de Lnguas 142

    Adenda de Atos 19.1-7 152

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    Captulo 1

    UMA INTRODUO AO ESTUDO DO ESPRITO

    SANTO

    INTRODUO

    Enquanto comeamos nossos estudos sobre a pessoa e a

    obra do Esprito Santo, importante que tenhamos

    atitudes apropriadas. Se realmente aproveitamos o estudo

    da Palavra de Deus lembremo-nos de.

    1. Orar para que o Esprito Santo nos ensine. Joo 14.26; I Corntios 2.11-13.

    2. Submeter-nos s Escrituras como a nossa nica regra de f e prtica. Especialmente no estudo da obra do Esprito

    Santo aonde muitos tm feito de sua prpria experincia

    a autoridade final. Outros afirmam, em nome do Esprito

    Santo de Deus, terem recebido revelaes extra-Bblicas.

    II Timteo 3.16-17, Isaas 8.19-20; Mateus 15.9.

    3. Crer que Deus deseje que compreendamos as doutrinas da Sua Palavra. A existncia de ensinamentos

    contraditrios entre vrios grupos religiosos nunca deve

    ser vista de forma que algum possa dizer que a Bblia

    por demais obscura para que seja interpretada com

    exatido. O Nosso Salvador prometeu-nos que o Esprito

    nos guiar em toda a verdade. II Timteo 2.15; Atos

    17.11-12; Joo 16.13.

    4. Relembrar-nos de comear o estudo da Palavra de Deus com humildade. A Bblia no contm tudo o que

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    queremos, mas tudo o que devemos saber. H verdades

    reveladas (por exemplo o inter-relacionamento da

    Trindade), as quais devem ser cridas, mesmo que no

    possam ser entendidas, completamente, pelo homem

    mortal. Deuteronmio 29.29; J 11.7; II Pedro 3.15-16.

    5. Desejar crescer espiritualmente, enquanto aprendemos. O conhecimento, sozinho, apenas produzir orgulho.

    triste pensar que alguns possam estudar sobre o Esprito

    Santo, e, no entanto, no esto cheios do Esprito Santo e

    as suas vidas no produzem os frutos do Esprito. I Pedro

    2.2; I Corntios 8.1; Tiago 1.22.

    I. O OBJETIVO DO NOSSO ESTUDO

    O objetivo do nosso estudo a terceira pessoa do Deus

    Trino. Pode ser til se comearmos vendo os ttulos

    atribudos a esta Pessoa Divina.

    A. O Esprito - Romanos 8.23

    A palavra esprito a traduo, no Velho Testamento, da palavra Hebraica ruach e, no Novo Testamento, da

    palavra Grega pneuma. Estas palavras tambm so

    traduzidas como vento (Salmos 1.4; Joo 3.8). Estas palavras podem referir-se tambm ao esprito humano (I

    Tessalonicenses 5.23), aos anjos (Hebreus 1.7), ou a

    natureza de Deus (Joo 4.24). A idia central a do

    poder invisvel. O Esprito Santo, todavia, uma Pessoa

    Divina e nunca deve ser visto como um esprito criado

    (que nega a sua divindade) ou, como a mera presena ou

    poder de Deus (que nega a sua personalidade).

  • 4

    B. O Esprito Santo - Lucas 11.13

    Ele chamado Esprito Santo porqu:

    1. A Sua natureza eterna e essencialmente santa.

    2. Ele o autor de toda a santidade no homem.

    C. O Consolador - Joo 14.16

    D. Ttulos que revelam o Seu relacionamento com o Pai.

    Esprito de Deus (Mateus 3.16), Esprito do Senhor

    (Lucas 4.18), Esprito do SENHOR (Jeov, Juzes 3.10) e

    Esprito do vosso Pai (Mateus 10.20).

    E. Ttulos que revelam o Seu relacionamento com o Filho. Esprito de Cristo (Romanos 8.9), Esprito de Jesus

    Cristo (Filipenses 1.19) e Esprito de Seu Filho (Glatas

    4.6).

    F. Ttulos que revelam os Seus atributos. Esprito eterno (Hebreus 9.14), Esprito de santificao (Romanos 1.4) e

    os Sete Espritos (Apocalipse 3.1). [Isto mostra a Sua

    perfeio].

    G. Ttulos que revelam a Sua obra. Esprito da verdade

    (Joo 14.17), Esprito de vida (Romanos 8.2), Esprito de

    graa (Hebreus 10.29) e Esprito de adoo (Romanos

    8.15).

    H, aproximadamente, cinqenta ttulos atribudos ao

    Esprito Santo na Bblia e cada um deles nos revela um

    aspecto da Sua pessoa ou obra.

  • 5

    II. A IMPORTNCIA DO NOSSO ESTUDO

    O estudo do Esprito Santo de Deus importante devido a

    Quem Ele , o que Ele fez e ainda far.

    A. Sua Pessoa - O Esprito Santo Deus e aquilo que se

    conhece verdadeiramente de Deus o alicerce da

    religio.

    B. Sua Obra - Enquanto o mundo parece somente associar

    o Esprito Santo ao fanatismo religioso, Ele se mantm

    ativo em todas as reas da vida. Ele o Criador, tambm

    trabalha na providncia, na natureza, na poltica, nos

    talentos humanos, na salvao e no crescimento

    espiritual. Ele inspirou a Bblia e agora ilumina as nossas

    mentes para que possamos entend-la.

    Sua vinda ao mundo era to necessria para a nossa

    salvao quanto vinda de Cristo. Sem O Esprito nossa

    religio vazia e no temos prova de nossa salvao

    (Romanos 8.9). O Esprito Santo nos d vida fsica,

    espiritual e ressurrecta (J 33.4; Joo 3.5; Romanos 8.11)

    O Esprito Santo o autor de tudo que bom e agradvel

    em nossa existncia (Glatas 5.19-22).

    Concluso - Como precioso O Esprito de Deus para o

    Cristo.

    Podemos dizer, como os autores do Credo Niceno, Eu creio no Esprito Santo, o Senhor e doador da vida, Quem

    procedeu do Pai e do Filho, Quem, em conjunto, com o

    Pai e o Filho adorado e glorificado.

  • 6

    Captulo 2

    A DIVINDADE DO ESPRITO SANTO

    INTRODUO

    Estudando a divindade do Esprito Santo encontramos

    uma tendncia moderna que procura minimizar a

    importncia das doutrinas. Em nenhum lugar essa apatia

    em relao as doutrinas to perigosa, a no ser quando

    tem em vista o conhecimento de Deus. Errar em relao a

    doutrina acerca de qualquer Pessoa de Deus o mesmo

    que perverter a doutrina da Trindade, perdendo assim a

    pureza do real conhecimento que proveniente do Deus

    verdadeiro. No h salvao ou servio quando no

    existe um conhecimento puro a respeito da Pessoa de

    Deus (Jeremias 9.23,24; Joo 17.3; Daniel 11.32; Osias

    6.6).

    Estudar a pessoa de Deus a atividade de maior proveito

    na qual o Seu povo pode se ocupar (Filipenses 3.8). Nada

    mais expande a nossa mente enquanto nos humilha.

    Quando aprendemos de Deus fica fortalecida a nossa

    comunho com Ele e nossos coraes tranqilizam-se (J

    22.21). Sabendo que temos o Esprito Santo habitando

    em ns recebemos gozo e confiana de Deus. Estas

    verdades devem animar a nossa f (I Joo 4.4) e provocar

    repdio do pecado (I Corntios 6.19,20). Que Deus use

    essa lio para confirmar essa grande verdade da

    divindade do Esprito Santo.

    I. A TRINDADE

  • 7

    A Bblia nos ensina que enquanto h um s Deus

    (Deuteronmio 6.4), h trs personalidades na divindade

    (Mateus 28.19; I Joo 5.7). Neste estudo da divindade do

    Esprito Santo seria ajudador se relembrssemos do

    relacionamento entre as Pessoas do Deus Trino.

    A. Deus, o Esprito Santo - Teologicamente falamos do

    Esprito Santo como a Terceira Pessoa da Trindade e

    Ele quem Procede do Pai e do Filho (Joo 15.26; Salmos

    104.30; Glatas 4.6; Filipenses 1.19). Processo Eterna esta frase usada para descrever o relacionamento do

    Esprito Santo com o Pai e o Filho.

    B. Deus, o Filho - Jesus Cristo o Filho unignito do Pai.

    Cristo tem sido sempre o Filho do Pai (Glatas 4.4; Joo

    3.16; Isaas 9.6). Gerao Eterna esta frase usada para descrever o relacionamento do Filho entre o Pai.

    Teologicamente falamos de Cristo como a Segunda

    Pessoa da Trindade.

    C. Deus, o Pai - O Pai nem procede e nem gerado por ningum e assim falamos dEle como a Primeira Pessoa

    da Trindade. Devemos lembrar-nos que estes termos

    nunca podem implicar inferioridade s Pessoas Divinas.

    Mesmo que estes relacionamentos a nos no sejam

    compreendidos mentalmente, eles devem ser aceitos ou

    logo nos afastaremos da doutrina do Trinitarianismo para

    o Unitarianismo. Talvez fosse bom concluirmos esta

    parte do estudo com uma citao da velha Confisso da

    F Batista da Filadlfia.

  • 8

    Neste Ser divino e infinito h trs Pessoas, o Pai, a Palavra (Filho), e o Esprito Santo, de uma s

    substncia, poder e eternidade, cada uma tendo toda

    a essncia divina, sem dividir a tal. O Pai no

    gerado nem procedido de; o Filho gerado

    eternamente pelo Pai; o Esprito Santo procede do

    Pai e do Filho; completamente infinito, sem comeo,

    portanto, s um Deus, Que no dividido em

    natureza nem ser, mas distinguido por propriedades

    peculiares e relativas, e por relaes pessoais; qual

    doutrina seno a da Trindade o alicerce de toda e

    qualquer comunho com Deus, e dependncia

    confortvel nEle.

    II. A Divindade do Esprito Santo

    As provas da divindade do Esprito Santo podem ser

    divididas em cinco categorias.

    A. O Esprito Santo chamado Deus - (Atos 5.3-4, 9; I

    Corntios 3.16; Efsios 2.22; II Corntios 3.17). O

    Esprito chamado Adonai (Compare Atos 28.25 com

    Isaas 6.8-9). O Esprito chamado Jeov (Compare

    Hebreus 10.15-16 com Jeremias 31.31-34).1

    B. O Esprito Santo est associado ao Pai e ao Filho num

    mesmo nvel de igualdade - (Mateus 28.19) [Observe que

    a palavra nome est no singular significado assim que

    1 Talvez seja conveniente explicar que na traduo para o portugus a palavra senhor aplicada a Deus no Velho

    Testamento pode ser uma traduo de duas palavras Hebraicas diferentes para Deus. Quando imprimida com todas as letras maisculas (SENHOR) indica o nome Jeov. Quando somente a primeira letra maiscula (Senhor) trata-se do titulo Hebraico para Deus - Adonai.

  • 9

    o poder, a glria e a autoridade do Pai, do Filho, e do

    Esprito Santo uma s] (I Joo 5.7; II Corntios 13.14).

    C. Os atributos de Deus so dados ao Esprito Santo.

    1. Eternidade - Hebreus 9.14.

    2. Vida - Romanos 8.2.

    3. Onipresena - Salmos 139.7-8.

    4. Santidade - Mateus 28.19.

    5. Oniscincia - I Corntios 2.10.

    6. Soberania - Joo 3.8; I Corntios 12.11.

    7. Onipotncia - Gnesis 1.1-2; Joo 3.5

    D. As obras de Deus so dadas ao Esprito Santo.

    1. A criao - J 33.4.

    2. A encarnao - Mateus 1.18

    3. A Regenerao - (Compare Joo 3.8 com I Joo 4.7).

    4. A Ressurreio - Romanos 8.11

    5. A inspirao da Palavra de Deus - (Compare II Pedro

    1.21 com II Reis 21.10).

    E. A natureza do pecado sem perdo revela a dignidade do Esprito Santo - Mateus 12.31-32.

    Concluso - A importncia desta lio tem nfase quando

    contabiliza o grande nmero de seitas que Satans tem

    instigado a atacar a verdade da divindade do Esprito

    Santo. Que isso possa incitar-nos a um maior cuidado ao

    darmos ao Esprito Santo Seu devido lugar em nosso

    amor e adorao.

  • 10

    Captulo 3

    A PERSONALIDADE DO ESPRITO SANTO

    INTRODUO

    A personalidade (quer dizer, a qualidade ou fato de ser

    uma pessoa) do Esprito Santo um fato descrito na

    Bblia tanto quanto a personalidade do Pai e do Filho.

    Quando o homem nega essa verdade fica evidente uma

    cegueira Satnica. Sat, quem ataca toda a verdade, tem

    atuado em duas frentes contra a doutrina da

    personalidade do Esprito Santo.

    1. Negao doutrinria O herege antigo, Arius, falou do Esprito como a

    energia exercida por Deus. Isso reduz o Esprito de Deus a uma mera amostra do poder do Pai. Este erro

    ainda divulgado por vrias seitas.

    2. Negao prtica H muitos religiosos que, mesmo no negado a doutrina

    da personalidade do Esprito em suas confisses de f, na

    prtica vem a Ele como um simples poder. Devido a

    obra do Esprito ser invisvel eles o confundem com as

    suas obras e dons. Este povo freqentemente refere-se ao

    Esprito como se fosse possvel ter muito dEle. O autor lembre se de uma ocasio quando um Pastor Batista

    disse, o Esprito esteve a com grande poder. Este homem piedoso ento corrigiu a si mesmo dizendo, O Esprito esteve a com infinito poder e manifestou grande

    poder. Que sejamos cuidadosos quando falamos do Esprito bendito de Deus.

  • 11

    As igrejas primitivas conheciam o Esprito Santo como

    uma Pessoa Divina que poderia ser seguida (Atos 13.2) e

    com Quem poderiam ter comunho (II Corntios 13.14).

    Devemos estar alertas para notarmos quando perdemos o

    reconhecimento da Sua presena e Pessoa.

    I. O ESPRITO SANTO EST ASSOCIADO AO PAI E AO FILHO.

    impossvel entender como algum pode negar a

    personalidade do Esprito e ainda ter bom senso com as

    Escrituras (Mateus 28.19; II Corntios 13.14; I Joo 5.7).

    Algum mencionaria um mero exerccio de esforo em uma lista de personalidades?

    II. O ESPRITO SANTO TEM TODOS OS ATRIBUTOS

    DE UMA PESSOA

    A. Ele pensa - I Corntios 2.10-11; Atos 15.28.

    B. Ele sente

    1. Ele pode ser entristecido - Efsios 4.30

    2. Ele pode ser contristado - Isaas 63.10

    3. Ele ama - Romanos 15.30 (podemos mencionar aqui que

    impossvel entristecermos a uma pessoa que no nos

    ama).

    C. Ele exercita volio (poder de escolha) - I Corntios

    12.11.

    D. Ele age

    1. Ele inspirou as Escrituras - II Pedro 1.21

  • 12

    2. Ele ensina - Joo 14.26

    3. Ele guia - Romanos 8.14

    4. Ele fala - Atos 8.29; 13.2

    5. Ele convence - Joo 16.8-11

    6. Ele regenera - Joo 3.5

    7. Ele conforta - Joo 14.16

    8. Ele testifica - Joo 15.26

    9. Ele intercede - Romanos 8.26

    10. Ele chama para o ministrio - Atos 13.2; 20.28

    11. Ele cria - J 33.4

    E. O Esprito Santo nunca deve ser confundido com os Seus dons - (I Corntios 12.4, 7-11; Atos 2.38). Todos os

    Cristos tm o dom do Esprito Santo, mas ningum tem toda a diversidade de dons.

    F. Cristo confortou os apstolos com a promessa da presena de uma Outra Pessoa divina em Sua ausncia -

    Joo 14.16.

    A palavra paraclete, traduzida como Consolador em Joo 14.16, traduzida como Advogado em I Joo 2.1 e neste versculo refere-se a Jesus Cristo. Jesus Cristo

    nosso Consolador e assim segue o Esprito, outro Consolador que deve ser igualmente uma pessoa divina. A palavra grega usada em Joo 14.16 para outro allos que significa um outro do mesmo tipo ao invs de heteros que significa um outro de um tipo diferente.

    G. As aes do homem para com o Esprito provam que Ele

    uma pessoa

  • 13

    1. O homem blasfema contra o Esprito - Mateus 12.31. A

    natureza do pecado que no tem perdo prova a

    personalidade do Esprito. A blasfema contra uma pessoa

    e no contra um poder que no tem perdo.

    2. O homem mente ao Esprito Santo - Atos 5.3.

    3. O homem tenta o Esprito Santo - Atos 5.9.

    4. O homem resiste o Esprito Santo - Atos 7.51.

    5. O homem obedece ao Esprito Santo Atos 13.2,3.

    H. So pronomes pessoais usados em referncia ao Esprito

    Santo.

    Em Atos 13.2 usado o pronome me e o verbo na primeira pessoa tenho; em Joo 15.26 o pronome ele usado, tambm, em Joo 16.8,13.

    Concluso - Nas lies seguintes estudaremos os dons e as

    operaes do Esprito Santo. Antes de comearmos,

    deixe me implorar para que voc entenda Quem o

    Esprito Santo. Como um jovem crente eu vi muitas

    igrejas pregarem a obra de Cristo e o plano da salvao,

    mas, evidentemente, esqueceram-se da pessoa de Cristo.

    No devemos cometer o mesmo erro em se tratando do

    Esprito Santo.

  • 14

    Captulo 4

    A DOUTRINA DO ESPRITO SANTO NO VELHO

    TESTAMENTO

    INTRODUO

    O valor da obra do Esprito Santo acentua-se se

    observarmos sua atividade no Velho Testamento. Mesmo

    sendo cristos do Novo Testamento, a nossa dependncia

    no Esprito Santo aumenta quando contemplamos suas

    vrias obras nas vidas dos heris da f do Velho

    Testamento.

    Uma outra vantagem de vermos a doutrina do Esprito

    Santo nos dois Testamentos a revelao da maravilhosa

    unidade da Palavra de Deus. Mesmo a Bblia nos dando

    uma revelao progressiva Paulo, em nenhum momento, contradiz a Moiss, mas refere-se a ele para

    que se confirme a doutrina. Tanto os escritores do Velho

    Testamento quanto os do Novo revelam que o Esprito de

    Deus o autor de qualquer bondade que possa existir no

    homem.

    I. A PESSOA DO ESPRITO SANTO NO VELHO

    TESTAMENTO.

    Existem vrios referncias ao Esprito de Deus

    distribudas pelo Velho Testamento. Mesmo a doutrina

    da Trindade, s vezes, no estando muito clara no Velho

    Testamento, a personalidade e a divindade do Esprito

    so reveladas. No primeiro versculo da Bblia (Gnesis

    1.1), a palavra hebraica para Deus usada no plural. Em Gnesis 1.2, o Esprito expressivamente

  • 15

    mencionado. Deus tambm refere-se a si mesmo no

    plural (Gnesis 1.26; 11.7) e, pelo menos, em um lugar as

    trs pessoas da Trindade so mencionadas juntas (Isaas

    48.16). Muitos dos ttulos atribudos ao Esprito podem

    ser encontrados no Velho Testamento (Salmos 51.11;

    Zacarias 12.10; e J 33.4).

    II. O ESPRITO SANTO NA CRIAO

    Muitas das obras divinas so atribudas s trs pessoas da

    Trindade. Este fato tambm verdadeiro na criao.

    Enquanto o Pai e o Filho so reconhecidos pela obra

    (Atos 4.24; Joo 1.3), o Esprito Santo no fica excludo.

    A. Ele foi ativo na criao do universo - Gnesis 1.2; Isaas

    40.12-13; J 26.13

    B. Ele foi ativo na criao do homem - J 33.4

    C. Ele est ativo na preservao da natureza - Salmos

    104.10-30; Isaas 40.7.

    III. A OBRA DO ESPRITO SANTO NA SALVAO

    Desde a queda de Ado, o homem tem permanecido num

    estado contnuo de depravao. Sem a influncia graciosa

    do Esprito de Deus nunca houve um tempo em que o

    homem natural pudesse amar, confiar ou vir a Deus. Em

    todas as pocas o Esprito deve convencer (Gnesis 6.3),

    vivificar (Salmos 119.25), iluminar (Salmos 119.27) e

    conduzir a alma a Deus (Salmos 65.3-4). O Esprito

    Santo tem sido, sempre, o guia e o instrutor do povo de

    Deus (Neemias 9.20).

  • 16

    A crena que alguns dos crentes do Velho Testamento

    no tinham o Esprito Santo deve ser rejeitada. Ningum

    pode negar que o dia de Pentecostes trouxe uma nova

    poca do Esprito (Joo 7.37-39; 14.16-17; Atos 1.8),

    mesmo assim deve ser assegurado que nunca existiu um

    filho de Deus que fosse destitudo do Esprito. A carne

    nunca pode produzir um Cristo (Joo 3.3-6; Romanos

    8.7,8). Em Provrbios 1.23,2 a sabedoria promete

    derramar Seu Esprito sobre aqueles que atentam a sua

    repreenso. Enquanto Cristo estava dando nfase a futura

    descida do Esprito Ele foi cauteloso dizendo que o

    Esprito Santo j estava com os discpulos (Joo 14.16-

    17).

    Outro erro ouvido s vezes o ensinamento que os

    crentes do Velho Testamento podiam perder o Esprito.

    Alguns usaram o caso de Saul (I Samuel 16.14) para

    provar esse ensinamento, mas estes esto confundindo a

    obra do Esprito Santo na salvao com a Sua obra ao

    equipar os homens para o servio de Deus. O Esprito

    Santo vem aos homens e sai dos homens de vrias

    maneiras, mas nunca em relao a salvao. Sugerir isso

    o mesmo que negar a segurana tida pelo povo de Deus

    (Salmos 37.24).

    IV. A OBRA DO ESPRITO NA REVELAO

    2 A sabedoria como personificada em Provrbios, na sua maneira mais sublime, no parece ser nenhum outro seno

    Jesus Cristo. Compare Provrbios 1.23 com Joo 7.37-39. Estude especialmente a ltima metade de Provrbios 8.

    Compare tambm cuidadosamente Lucas 11.49 com Mateus 23.34.

  • 17

    Da mesma maneira que Cristo prometeu que o Esprito

    Santo seria nosso professor, o Esprito Santo ensinou os

    crentes do Velho Testamento.

    A. Ele inspirou os profetas - II Samuel 23.2; Ezequiel 2.1-

    2; Miquias 3.8

    B. Ele inspirou as Escrituras do Velho Testamento - II

    Pedro 1.21; Atos 1.16

    C. Ele instruiu o povo de Deus - Neemias 9.20

    V. OS DONS ESPECIAIS DO ESPRITO FORAM

    MANIFESTADOS NO VELHO TESTAMENTO.

    A. Dons Polticos - Gnesis 41.38; Nmeros 11.25; 27.18.

    Foi o Esprito de Deus quem deu a Israel seus lideres

    B. Dons Morais.

    1. Coragem - Juzes 6.34; 11.29

    2. Indignao - I Samuel 11.6

    C. Dons Fsicos.

    1. Fora - Juzes 14.6; 15.14

    2. Capacidade mecnica - xodo 31.2-5

    Tudo isso deve nos ensinar o significado de Zacarias 4.6.

    Sem o Esprito de Deus no podemos oferecer nenhum

    servio a Deus.

  • 18

    VI. AS PROFECIAS SOBRE O ESPRITO NO VELHO

    TESTAMENTO

    So freqentemente estudadas as profecias que referem-

    se a Cristo no Velho Testamento, mas no devemos

    esquecer aquelas que predizem a vinda e a obra do

    Esprito de Deus.

    A. Profecias sobre a obra do Esprito durante o ministrio

    terrestre de Cristo - Isaas 61.1-3.

    B. Profecias sobre a obra do Esprito durante o reino de

    Cristo - Isaas 11.1-9.

    C. A profecia da descida do Esprito Santo no Dia de

    Pentecostes - Joel 2.28. [O autor deve mencionar que ele

    no considera o Pentecostes uma completa cumulao

    deste versculo.]

    D. Profecias sobre a futura obra do Esprito Santo com os

    judeus - Isaas 44.2-3; Ezequiel 37.1-14; 39.28-29;

    Zacarias 12.10.

  • 19

    A obra do Esprito na

    vida de Cristo muito

    importante tornando-se

    evidente quando

    consideramos que

    ambos os ttulos

    Cristo e Messias significam ungido.

  • 20

    Captulo 5

    A OBRA DO ESPRITO SANTO EM RELAO A

    CRISTO

    INTRODUO

    Mesmo que a interao entre as pessoas da Trindade seja

    sempre incompreensvel, ainda mais misteriosa a

    relao entre o Esprito de Deus e o Nosso Senhor

    encarnado. O Salvador era to Deus quanto homem,

    cansado mas onipotente, ignorante mas onisciente, capaz

    de crescer perfeitamente. Cristo era auto-suficiente como

    Deus, mas na sua humilhao precisava ser ungido pelo

    Esprito. No devemos murmurar, ento, que todas as

    coisas so incompreensveis mas estarmos alegres pelo

    mistrio da piedade (I Timteo 3.16).

    I. A IMPORTNCIA DO ASSUNTO

    A obra do Esprito na vida de Cristo muito importante

    tornando-se evidente quando consideramos que ambos os

    ttulos Cristo e Messias significam ungido. Jesus o Cristo porque foi ungido com o leo do Esprito de maneira preeminente (Hebreus 1.9; Joo 3.34; Atos

    10.38).

    O Velho Testamento tem muito a dizer sobre Cristo

    como O ungido que deveria vir.

    A. Na profecia - Por favor, note os seguintes versculos.

    Salmos 45.7; 2.6 (Um rei Judeu no foi coroado mas ungido para rei.), Isaas 10.27; Lucas 4.16-21;

  • 21

    Provrbios 8.23 (Antes da criao nosso Senhor foi

    preordenado a ser o Cristo).

    B. Em Tipo.

    1. Flor de farinha (um tipo da carne imaculada de Cristo)

    deveria ser oferecida com azeite (um tipo do Esprito)

    segundo o livro de Levtico (Levtico 2.1 e outros).

    2. Os casos de uno no Velho Testamento

    No Velho Testamento, os homens eram ungidos para o

    ofcio de profeta, sacerdote ou rei.

    Estes tipos se cumpriram em nosso Salvador, o ungido de

    Deus.

    a. Profeta - Isaas 61.1-3

    b. Sacerdote - Hebreus 9.14,15

    c. Rei - Isaas 11.1-4; 42.1-4

    II A NECESSIDADE DE SER UNGIDO

    A pergunta o porqu o Filho de Deus necessitava ser

    ungido pelo Esprito parte do grande mistrio da

    encarnao. Devemos considerar exatamente o que

    atualmente diz as Escrituras, para no afastarmos em vs

    especulaes.

    A. O Senhor sendo ungido igualou-se aos Seus irmos.

    A aliana da graa requer de Cristo a representao do

    Seu povo, tornando-se um servo e, tomando sobre si a

    natureza deles (Filipenses 2.5-11; Hebreus 2.14, 17).

    Dessa maneira Cristo tornou-se o ltimo Ado. Como os

    filhos de Deus so dependentes do Esprito para servir,

    Cristo tambm serviu a Deus pelo poder do Esprito

    (Atos 10.38; Isaas 61.1-3). Marcos, que mostra Cristo

  • 22

    como um servo, diz que Ele foi dirigido pelo Esprito

    (Marcos 1.12).

    B. Cristo tinha duas naturezas

    Como homem, Cristo foi capaz de crescer e assim foi

    instrudo pelo Esprito de Deus (Lucas 2.40; Isaas 11.1-

    4). Como homem Cristo foi levado pelo Esprito (Lucas

    4.1). At mesmo as obras de Cristo foram atribudas ao

    Esprito Santo (Mateus 12.28). Em tudo isso, Cristo

    nunca deixou de ser Deus mesmo tendo suas reais

    caractersticas humanas sendo verdadeiramente

    manifestadas.

    III. OS ESTGIOS DA ATIVIDADE DO ESPRITO EM

    RELAO A CRISTO

    A. O precursor de Cristo.

    O Esprito Santo capacitou Joo Batista a fazer a sua obra

    como precursor de Cristo (Lucas 1.15). At mesmo os

    pais de Joo Batista estavam cheios do Esprito Santo

    (Lucas 1.41, 67).

    B. A conceio de Cristo.

    O Esprito de Deus preparou o corpo humano do

    Salvador no ventre de Maria (Mateus 1.18-20).

    C. O batismo de Cristo

    Cristo foi ungido novamente no Seu batismo (Mateus

    3.13-17). O propsito era.

    1. Dar um sinal da completa satisfao do Pai atravs do

    Filho (Mateus 3.17; Salmos 45.7)

  • 23

    2. Dar um sinal para as pessoas (Joo 1.32-34; 6.27). Joo

    reconheceu que Cristo tinha o poder do Esprito Santo

    (Joo 3.34)

    3. Equipar a Cristo para o servio (Isaas 61.1-4).

    D. A tentao de Cristo.

    Foi o Esprito Santo quem conduziu Jesus a ser

    tentado (Mateus 4.1; Marcos 1.12).

    E. O servio de Cristo

    As palavras e as obras maravilhosas de Cristo foram

    produzidas pelo poder do Esprito (Atos 10.38; Lucas

    4.16-21; Mateus 12.28).

    F. A morte de Cristo - Hebreus 9.14

    G. A ressurreio de Cristo - Romanos 1.4; 8.11; I Pedro

    3.18.

    Nota. Essa obra, como as outras, tambm atribuda ao

    Pai e ao Filho. Isso ajuda-nos para que lembremos que

    Cristo nunca deixou de ser Deus ou exercer Seu poder

    Divino.

    H. A glorificao de Cristo.

    Joo Batista ensinou que somente Cristo podia batizar

    com o Esprito (Mateus 3.11). Isso no podia acontecer

    seno depois da ascenso de Cristo (Joo 7.39; Atos

    2.33). O direito de doar o Esprito de vida e poder sobre o

    Seu povo foi dado a Cristo com a condio de ele fazer a

    sua obra redentora (Glatas 3.13-14). [Quando a Bblia

    fala de Cristo enviando Seu Esprito no devemos

  • 24

    entender que O Esprito no estava presente antes

    daquele tempo. Essas referncias apontam vinda do

    Esprito no Novo Testamento com poder e beno. Note

    que em Joo 14.16,17 nosso Senhor fala do Esprito que

    est presente e da Sua vinda futura].

    I. O reino de Cristo vindo sobre a Terra

    A Bblia liga a glria do futuro reinado de Cristo ao

    poder do Esprito (Isaas 11.1-4; 42.1-4).

  • 25

    Quando a palavra verbal usada em conexo palavra

    inspirao, isso implica em as prprias palavras

    usadas nas Escrituras serem

    inspiradas. Ensinar que os

    escritores eram meramente

    ajudados por Deus ou que s

    as suas doutrinas eram

    inspiradas o mesmo que

    no entender por completo a

    doutrina da inspirao.

  • 26

    Captulo 6

    A OBRA DO ESPRITO SANTO NA INSPIRAO

    INTRODUO

    Hoje em dia, qualquer meno do Esprito Santo leva

    muitos a pensarem sobre aqueles que profetizam e falam

    em lnguas entre os Pentecostais. H multides que

    atestam ter novas revelaes e dons especiais de

    sabedoria e conhecimento. O autor regozija-se em

    contrapartida a tudo que ns temos: mui firme, a palavra dos profetas (II Pedro 1.19-21), que a Bblia. O Esprito Santo tem nos dado uma revelao to completa

    nas Escrituras que Seu trabalho agora a iluminao e no mais a inspirao.

    O autor fica entristecido ao ver homens to consumidos

    pela assero de profetas modernos enquanto a Palavra

    O guia da verdade. A Bblia parece uma letra morta para aqueles que no tm orado sobre o Seu contedo,

    mas tm fome por algo novo. A Bblia como um grandioso trabalho de revelao pelo Esprito em todas

    as maneiras superior a .

    A. Tradio - Mateus 15.1-9

    B. Cincia - I Timteo 6.20 (Mesmo a cincia verdadeira,

    que trata s de fatos, no pode aprofundar-se em reas

    nas quais as Escrituras tm sido claras).

    C.Fbulas - II Timteo 4.4 (O Livro de Mrmon d nos um

    exemplo de fbulas modernas).

  • 27

    D. Ocultismo - Isaas 8.19-20

    E. Operadores de sinais - Deuteronmio 13.1-3 (em Hebreus 2.3-4, vemos que os sinais foram usados para

    confirmar a Palavra de Deus. Sinais mentirosos e

    maravilhas tambm so permitidos para enganar aqueles

    que no amam a verdade).

    F. Falsos Profetas

    G. Opinio - Provrbios 14.12

    A obra do Esprito Santo na inspirao pode ser resumida

    na declarao que cremos na inspirao verbal e plenria das Escrituras Sagradas. A continuao deste estudo examinar esta declarao.

    I. INSPIRAO

    Em II Timteo 3.16, descobrimos que a Bblia um livro

    inspirado. A palavra inspirada traduo da palavra grega theopneustic que significa sopro divino. Em II Pedro 1.21 aprendemos que os homens de Deus eram

    movidos pelo Esprito assim como o vento move um

    barco. Mesmo que as pores variadas da Palavra de

    Deus viessem por ditado (xodo 20.1), viso (Apocalipse

    1.11), ou direo intima (Lucas 1.1-3), fica claro que

    tudo deve ser visto como a Palavra de Deus (Hebreus

    4.12).

    A inspirao nunca deve ser entendida como uma mera

    capacidade da inteligncia humana. A inspirao

    assegura-nos que cada palavra na Bblia representa os

    pensamentos do Esprito. Isto provado pelas

  • 28

    declaraes feitas na Bblia (II Samuel 23.2-3; Jeremias

    1.9), e tambm pelo fato de os prprios profetas terem

    estudado seus prprios escritos, para saberem o que

    relatavam (I Pedro 1.10-12). A palavra inspirao enfatiza que as Escrituras vieram de Deus. Muitos falam

    de homens inspirados mas, a Bblia foi inspirada e no os escritores humanos.

    II. INSPIRAO VERBAL

    Quando a palavra verbal usada em conexo palavra inspirao, isso implica em as prprias palavras usadas nas Escrituras serem inspiradas. Ensinar que os escritores

    eram meramente ajudados por Deus ou que s as suas

    doutrinas eram inspiradas o mesmo que no entender

    por completo a doutrina da inspirao.

    As provas da inspirao verbal so muitas. Somos

    assegurados que o Esprito Santo ensinou palavras (I Corntios 2.13). Nosso Senhor ensinou que todo jota e til

    nas Escrituras esto corretos (Mateus 5.18). Davi ensinou

    que as palavras do SENHOR so puras e seriam guardadas (Salmos 12.6-7). Outros testificaram que a

    inspirao recebida foi verbal (Jeremias 1.9; II Samuel

    23.2). Paulo cria que cada palavra da Escritura era

    inspirada e isso fica entendido pelo fato de ele construir

    doutrinas sobre uma nica letra da Escritura (Glatas

    3.16).

    III. INSPIRAO VERBAL PLENRIA

    O adjetivo plenrio quer dizer completo e deduz que a Bblia toda inspirada. A Bblia no contm a Palavra

  • 29

    de Deus em alguns lugares, mas ela a Palavra de Deus

    na sua totalidade. Isto declarado em II Timteo 3.16,

    Toda a Escritura divinamente inspirada.

    A Bblia inspirada verbalmente e plenamente vista pela

    posio do Senhor Jesus e Seus Apstolos. Cristo usou

    todas as partes do Velho Testamento em Seus

    ensinamentos (Lucas 24.27), e citou livros tais como

    Jonas e Daniel que hoje em dia so atacados pelos

    crticos. Em Atos 1.16 e 4.24-25 o Livro de Salmos

    referido como a Palavra de Deus. O Apostolo Paulo cita

    tanto Moiss quanto Lucas como autoridades (I Timteo

    5.18).3 Em II Pedro 3.15-16, achamos que Pedro v as

    Escrituras de Paulo como Escritura. A igreja primitiva no sabia da inspirao por grau ou pores no inspiradas da Bblia. A Bblia, toda, deveria ser crida como soprada por Deus.

    IV. A LIMITAO DA INSPIRAO

    To importante quanto a inspirao verbal das Escrituras,

    assegurar-se que somente as Escrituras so inspiradas.

    Expandir a inspirao alm da Bblia, para os dias de

    hoje, significa minar as verdades da Bblia como uma

    revelao completa. Temos o aviso para no

    aumentarmos nada na Palavra de Deus (Apocalipse

    22.18). As afirmaes de cada profeta moderno so

    ataques contra a prpria Palavra de Deus.

    3 Neste versculo Paulo cita Deuteronmio e o Evangelho de Lucas. Moiss, quem escreveu o livro de Deuteronmio,

    foi o grande profeta reverenciado por todos. Foi ele quem guiou Israel para fora do Egito e escreveu os primeiros

    cinco livros da Bblia. Sem a menor dvida, a velhice dos seus escritos poderia impressionar os homens.

    Lucas, por outro lado, era um homem mais jovem que Paulo e nem era um apostolo. O fato de Paulo reconhecer os

    escritos de ambos com igual autoridade prova nossa doutrina da inspirao.

  • 30

    Concluso - Alguns tm declarado que para enfatizar o

    trabalho do Esprito Santo promover fanatismo. Essa

    falsa concluso tem sido trazida por aqueles que vem a

    revelao do Esprito Santo fora das Escrituras. Quando

    algum entende que o Esprito Santo completou Seu

    trabalho na inspirao, e agora est envolvido no abrir

    dos coraes para o entendimento das Escrituras, fica

    livre de seu erro.

    Nota do tradutor. Usamos o termo Pentecostal como adjetivo para nos referir no a uma igreja em particular,

    mas a uma crena que tm em comum os dons. Em

    relao igreja Catlica, esse termo seria Carismtico. Outros grupos religiosos usariam o termo renovao para se referir ao que queremos nomear como

    Pentecostal.

  • 31

    E Joo testificou,

    dizendo: Eu vi o

    Esprito descer do cu

    como pomba, e

    repousar sobre ele.

    Joo 1.32

  • 32

    Captulo 7

    OS TIPOS DO ESPRITO SANTO

    INTRODUO

    Algum disse uma vez que o ensino adequado torna os ouvidos dos homens em olhos. Isto exemplificado na Bblia por tipos, parbolas, comparaes e metforas. As

    verdades espirituais so apresentadas numa

    multiplicidade de figuras terrestres.

    A pessoa e a obra do Esprito Santo so ilustradas nas

    Escrituras por vrios tipos. Esses tipos podem ser

    objetos, pessoas ou evento, que prefiguram um outro

    objeto, pessoa ou evento. Nessa lio queremos examinar

    alguns destes tipos do Esprito Santo. Deve ser lembrado

    que h tipos que podem especificar mais de uma pessoa

    ou evento.

    I. POMBA

    Em Joo 1.32, encontramos o Esprito tomando a forma

    de uma pomba. As caractersticas da pomba fazem dela

    um tipo apto do Esprito que so a sua beleza, suavidade,

    limpeza e a caracterstica de ela ser facilmente

    incomodada (Efsios 4.30). A pomba tambm

    inofensiva (Mateus 10.16) e calma. Outras referncias

    nas Escrituras onde este tipo usado so as seguintes.

    A. Gnesis 1.2, pois o Esprito visto afagando a criao

    como um pssaro sobre o seu ninho.

  • 33

    B. Gnesis 8.6-12, uma pomba solta da arca por No.

    Aqui encontramos pelo menos duas figuras do Esprito

    Santo.

    1. A pomba, no como o corvo, recusou-se a continuar do

    lado de fora da arca, onde nenhum lugar limpo podia ser

    encontrado. O Esprito, obviamente, s habita naqueles

    que tm sido lavados pelo sangue de Cristo.

    2. A pomba trouxe de volta uma folha de oliveira como um

    sinal de esperana para aqueles que estavam na arca. Isso

    prefigura o Esprito que traz a segurana da salvao para

    os que esto em Cristo.

    Observao. interessante notar que o corvo era um

    pssaro abominvel (Levtico 11.15). Aves tambm so

    usadas na Escritura como tipos de espritos demonacos

    (Mateus 13.4, 19; Apocalipse 18.2).

    II. LEO / AZEITE

    O leo de oliveira (azeite) foi um artigo de grande

    importncia na Palestina, sendo usado como comida,

    remdio, iluminao e uno. um tipo constante do

    Esprito Santo tanto no Velho Testamento quanto no

    Novo Testamento.

    A. Em xodo 40.9-11, aprendemos que o tabernculo e os

    mveis deveriam ser ungidos com azeite. Como o

    tabernculo era uma figura de Cristo, o azeite figurou

    Cristo sendo ungido pelo Esprito.

  • 34

    B. Em xodo 27.20-21, notamos que o interior do

    tabernculo era iluminado pelo uso de leo de oliveira.

    Como os pertences eram tipos de Cristo, a interpretao

    fcil. Sem a iluminao do Esprito de Deus ningum

    poderia ver as glorias do nosso Salvador.

    C. Em Levtico 14.14-18, aprendemos que na purificao

    de uma lepra, foram usados tanto o sangue quanto o

    azeite. Isto revela que quando algum convertido e

    curado do pecado, operam tanto o sangue de Cristo

    quanto a pessoa do Esprito Santo.

    D. Os profetas, sacerdotes e reis sendo ungidos

    prefiguravam a Cristo como nosso profeta, sacerdote e

    rei.

    E. Em Levtico 2.1, encontramos a flor de farinha (um tipo

    da carne imaculada de Cristo) que foi ungida com azeite

    (um tipo do Esprito Santo).

    F. O leo freqentemente associado, na Bblia, a curas

    (Isaas 1.6; Lucas 10.34; Marcos 6.12-13). O Esprito

    Santo sara espiritualmente.

    III. GUA

    A gua um tipo comum do Esprito Santo na salvao.

    O espao probe-nos de nos aprofundarmos neste tipo

    como gostaramos.

    A. A gua a fonte da vida. Sem gua este mundo seria um

    cemitrio desolado e ressecado. Da mesma forma a

  • 35

    presena do Esprito que traz vida e fruto espiritual para

    as nossas vidas (Glatas 5.22; Isaas 44.3; Atos 2.37).

    B. A terra tem abundncia de gua. Os remidos tambm

    tm uma fonte abundante do poder do Esprito (Joo

    7.38).

    C. necessria gua para a limpeza. o Esprito quem

    limpa nossos coraes na regenerao e, continua nos

    purificando quando diariamente nos aproximamos de

    nosso Pai celestial (Tito 3.5; xodo 29.4).

    D. O Esprito Santo comparado gua viva vinda de um

    crrego constante. Ele de todas as formas superior aos

    poos e s poas estagnadas deste mundo. Enquanto os

    prazeres desta vida desaparecem e acabam, o Esprito de

    Deus continua sendo uma fonte interior de vida e gozo

    (Joo 4.14; 7.37-39).

    IV. VENTO

    O vento um tipo especial do Esprito porque a palavra

    esprito tambm pode ser traduzida como vento (veja captulo 1). Nosso Senhor usa vento como um tipo do

    Esprito (Joo 3.8).

    A. O vento invisvel na sua obra (Joo 3.8). Cristo assim

    revelou a insensatez de conectar a regenerao com

    sinais visveis como o batismo.

    B. O vento no controlado pelos homens (Joo 3.8). O

    Esprito Santo soberano em Suas operaes.

  • 36

    C. A presena do vento percebida pela sua influncia

    (Joo 3.8). Da mesma forma a presena do Esprito Santo

    conhecida pela Sua influncia nos coraes.

    D. O vento poderoso (Atos 2.1-2). O Esprito Santo pode

    quebrar o corao mais duro.

    E. Assim como que o vento move um barco a velas, o

    Esprito de Deus moveu aqueles que escreveram as

    Escrituras (II Pedro 1.21).

    F. Da mesma maneira que o vento seco pode murchar a

    beleza da natureza, o Esprito Santo pode secar o corao

    orgulhoso atravs da Sua obra de convico (Isaas 40.6-

    7).

    V. FOGO

    A. Em Atos 2.3, vemos que o fogo era um sinal da presena

    do Esprito. Vemos no Velho Testamento que o fogo

    uma evidncia da presena do Senhor (xodo 3.2), da

    aprovao do Senhor (Levtico 9.24) e da proteo do

    Senhor (xodo 13.21). Talvez, todas essas idias estejam

    includas em Atos 2.3.

    B. Em Apocalipse 4.5, o Esprito simbolizado por sete

    lmpadas de fogo. O nmero sete tem confundido

    algumas pessoas, mas parece referir-se ao perfeito

    conhecimento dado a Cristo, o ungido de Deus (Isaas

    11.1-4; Apocalipse 5.6).

  • 37

    Concluso - De forma alguma temos tratado de todos os

    tipos do Esprito na Bblia, e no temos nos profundado

    em cada figura j tratada. Que est lio sirva para

    encorajar o leitor em seus estudos.

  • 38

    Capitulo 8

    A OBRA DO ESPRITO SANTO NA GRAA

    COMUM - PARTE I

    INTRODUO

    A graa comum pode ser definida como a bondade de

    Deus desmerecida dada ao mundo como um todo. Ela

    chamada comum no por desprezo mas, contrariamente, para se distinguir da graa salvadora ou da conhecida graa eficaz. Exemplos da graa comum incluiriam a proviso divina para as necessidades

    fsicas do homem (Mateus 5.45; Atos 14.17), a chamada

    do evangelho (Marcos 16.15), a influncia crist (Mateus

    5.13) e a longanimidade de Deus (Romanos. 9.21-22).

    Mesmo que todas essas bnos acima mencionadas

    sejam externas, a graa comum efetua-se alm disso para

    incluir operaes internas do Esprito de Deus. Algumas

    pessoas tm pensado, baseando-se em suas razes no fato

    de a chamada eficaz ser estendida apenas aos eleitos, que

    o Esprito Santo nunca opera nos outros. Essa uma

    concluso falsa. A Bblia menciona muitas operaes do

    Esprito Santo nos homens que nunca foram regenerados.

    I. RESTRIO DA DEPRAVAO

    O poder corruptvel do pecado to grande que s o

    poder restritivo do Esprito de Deus probe o mundo de

    tornar-se uma fossa insuportvel. O fato de o governo

    civil, a famlia, a adorao pblica e um grau de

    segurana estarem permitidos deve ser atribudo a graa

    comum. A moralidade e a honestidade serem encontrados

  • 39

    entre os descrentes revela que Deus restringe o homem

    quanto a prtica de toda a sua depravao. Pense o que

    seria de nosso pas se Deus cessasse sua operao na

    preservao da verdade e da obedincia pelo Seu povo.

    Poderia este mundo que crucificou a Cristo permitir que

    um crente sobrevivesse, se Deus no exercesse restries

    (I Timteo 2.1-2; Gnesis 20.1-18)?

    Este poder de restrio de Deus revelado pelo fato de

    Ele endurecer os coraes ou entregar os homens a iniqidade. Deus no o autor do pecado (Tiago 1.13)

    essa expresso deve significar que Deus retirou as

    restries que antes eram proibidas a estes indivduos

    (xodo 10.1; Salmos 105.25; I Samuel 2.25; Romanos

    1.24,26,28). A ao de tirar as restries pode incluir a

    permisso de eventos que revelam a natureza pecaminosa

    do homem, ou a remoo da conscincia e o medo da

    retribuio. As Escrituras tambm revelam que Satans e

    os seus demnios incentivaro o homem a pecar sempre

    que for permitido por Deus (II Tessalonicenses 2.8-11; I

    Reis 22.15-23; I Samuel 16.14).

    O poder restritivo do Esprito uma beno que no

    devemos esquecer de agradecer a Deus. Os descrentes

    que se orgulham da sua moralidade e cultura exterior,

    pouco sabem sobre as profundezas da depravao que

    est guardada em seus coraes. , de fato, uma verdade

    gloriosa Deus restringir todo e qualquer pecado que no

    contribui ultimamente para a Sua glria (Salmos 76.10).

    II. A ILUMINAO DOS DESCRENTES.

  • 40

    A Bblia ensina claramente que os homens no

    regenerados so cegos espiritualmente (I Corntios 1.18;

    2.11-14; Efsios 4.17,18). Seus olhos esto fechados

    glria de Cristo e natureza da salvao. Contudo, isto

    no quer dizer que estes no tm nenhum conhecimento

    moral. pelo agrado de Deus, pela Sua obra na graa

    comum, que Ele cede algum conhecimento aos no

    regenerados.

    A. Embora os homens descrentes tenham dio do

    conhecimento que provm de Deus, no podem apagar

    tal conhecimento por completo das suas mentes

    (Romanos 1.23,28). Em todas as naes os homens

    admitem a existncia de uma Divindade. O atesmo

    nunca foi natural do homem. Isso porque Deus se agrada

    em dar uma manifestao universal da Sua existncia

    (Romanos 1.19-20).

    B. Uma outra manifestao da graa comum a concepo

    que os homens tm do bem e do mal. O homem natural

    odeia a lei de Deus (Romanos 8.7), mas ele nunca pode

    apagar os preceitos da lei. Isto porque o Esprito Santo as

    escreve na sua conscincia (Romanos 2.14-16). Esta

    referncia prova que qualquer moralidade da parte do

    homem no regenerado deve ser atribuda a Deus.

    Devemos notar que tanto os salvos quanto os descrentes

    tm a lei de Deus escrita em seus coraes (Romanos

    2.14,15; Hebreus 8.10). A diferena vista devido os

    salvos terem maior revelao espiritual da lei de Deus e

    estando capacitados para am-lo (Romanos 7.22). Os

  • 41

    descrentes tm uma viso inferior da lei de Deus que

    produz culpa, alm de uma simples restrio ao invs de

    uma feliz obedincia.

    III. DONS ESPECIAIS

    Toda a boa ddiva vem de Deus (Tiago 1.17). Foi o

    Esprito quem se apossou de Sanso (Juzes 14.6) e quem

    deu capacidade a Bezalel (xodo 31.2-5). Tambm no

    podemos atribuir habilidades queles que beneficiam a

    sociedade de hoje como obra do Esprito de Deus?

    Alm disso podemos encontrar em algumas ocasies

    dons espirituais sendo dados aos no regenerados. Como

    era Balao foi dado o dom de profecia e Judas teve o

    poder de operar milagres (Mateus 10.1). Saul profetizou

    e recebeu poder para reinar e lutar com coragem (I

    Samuel 10.9-11; 11.6). Em tudo devemos ver que h

    diferena entre dons espirituais e graa salvadora, mas,

    mesmo assim estes dons so vistos como bnos de

    Deus.

    IV INFLUNCIAS ESPECIAIS

    O Esprito Santo no restringe a Sua atividade aos

    eleitos, mas notrio que Ele freqentemente ajuda-os e

    protege-os atravs da influncia daqueles que esto ao

    seu redor. Aprendemos que Deus controla os coraes

    dos reis (Provrbios 21.1). Pode-se pensar em Ciro,

    Artaxerxes e Nabucodonosor. Ciro, mesmo sendo um

    pago, foi chamado o ungido de Deus devido o propsito especial que Deus tinha para abenoar os

    judeus (Isaas 45.1). Lembremo-nos como Jos e Daniel

  • 42

    acharam favor diante dos seus carcereiros, e Jac foi

    salvo da ira de Labo. Tudo isso relembra-nos que Deus

    pode influenciar at mesmo os no regenerados para o

    bem (Provrbios 16.7).

    Concluso - Seja a restrio do pecado ou o suprimento de

    necessidades fsicas, todos devem admitir que Deus

    bom para os homens (Salmos 145.9). um grande erro

    limitar todas as bnos de Deus apenas para os eleitos.

    Devemos emular a Deus pela bondade, sendo mostrada

    tanto aos bons quanto aos maus entre os homens (Mateus

    5.43-48).

  • 43

    A pessoa que rejeita tanto a graa

    comum quanto a graa eficaz

    sempre interpretar de maneira

    errada no s a Bblia como

    tambm muito do que acontece ao

    seu redor.

  • 44

    Captulo 9

    A OBRA DO ESPRITO SANTO NA GRAA

    COMUM - PARTE II

    INTRODUO

    Os estudantes da Bblia enfrentam um perigo que o

    desenvolvimento de pontos de vista desequilibrados

    acerca de doutrinas. A pessoa que rejeita tanto a graa

    comum quanto a graa eficaz sempre interpretar de

    maneira errada no s a Bblia como tambm muito do

    que acontece ao seu redor. Um pastor tempos atrs

    atribuiu a deluso de muitos crentes nominais a pregadores que no poderiam discernir entre a graa

    comum e a graa salvadora, ou aqueles que pregam a

    graa comum sendo suficiente. Nos dias de hoje quantas

    pessoas tm errado ao atribuir a regenerao a um

    movimento religioso. Ento vamos examinar algumas

    das obras do Esprito que provm da regenerao.

    I. CONVICO

    Em Gnesis 6.3, vemos que o Esprito de Deus

    contendeu com os homens antes do dilvio. No h

    dvida, o Seu poder fez com que a pregao de Enoque

    convencesse a muitos. Desde aquele dia, multides como

    Flix (Atos 24.25) tm se espavorido diante da pregao

    da Palavra de Deus, enquanto outros como Herodes tm

    recebido a Palavra de Deus de bom grado (Marcos 6.20).

    Nosso Senhor promete que o Esprito convencer o

    mundo do pecado, da justia e do juzo (Joo 16.8-11).

    Tanto na Bblia quanto em nossa experincia devemos

  • 45

    estar convictos de que muitos no sero salvos, mesmo

    sabendo como ser tratado por Deus.

    II. INFLUNCIAS ESPIRITUAIS

    Na regenerao, efetuada uma obra permanente no

    esprito do homem. O seu corao movido a amar a

    Deus e Seus olhos so abertos para que vejam verdades

    espirituais. A f que fruto da regenerao nunca pode

    ser vencida (I Joo 5.4,5). Tudo isso atribudo ao poder

    do Esprito Santo (Joo 3.5).

    Nada menos que um novo nascimento pode salvar um

    pecador, no entanto, existem obras menores feitas pelo

    Esprito e muitos erram ao pensar que essas obras so a

    regenerao. Somente Deus conhece de perto aqueles que

    vivem de aparncias e que no so salvos. No

    conhecemos homens que parecem amaram a Deus e na

    verdade, mais ao fim, caram?

    A perseverana parece ser a maior marca que distingue a

    regenerao dos efeitos temporrios da graa comum.

    Isto ficou to evidente que telogos, no passado, falaram

    das influncias da graa comum como sendo a graa

    temporria. Queremos frisar trs dos muitos versculos

    que provam isto.

    A. Em Mateus 13.1-23, temos tanto a parbola do semeador

    quanto a exposio inspirada que Cristo faz da mesma.

    Esta parbola ensinou o que os discpulos deveriam

    esperar em Seus ministrios e isso tem iluminado a

    muitos pregadores desde aquele dia.

  • 46

    Talvez a lio mais importante da parbola tenha sido o

    fato de muitos terem recebido a Palavra de Deus e

    confessado a Cristo, provando isso posteriormente

    atravs das suas vidas e reconhecendo que estavam sem

    Cristo. Mesmo que o homem, pela sua natureza, odeie a

    Deus, alguns, por influncia do Esprito, recebem a Sua

    Palavra com alegria (v. 20), porm a mudana no

    duradoura. A f verdadeira vitoriosa, mas a f

    temporria pode ser vencida pelas perseguies (v. 21),

    tentaes (v. 22), e heresias (II Timteo 2.18). A

    parbola do semeador ilustrada em todos os lugares

    pelas igrejas evanglicas existentes.

    B. Em II Pedro 2.20-22, temos um outro caso de

    influenciados pelo evangelho, porm mais tarde revelam

    o Seu estado no regenerado. O autor tem achado

    proveitoso comparar esta referncia com II Pedro 1.3-4

    para mostrar a diferena entre a graa comum e a graa

    salvadora.

    1. Notaremos primeiramente as caractersticas daquelas

    pessoas em II Pedro 2.20-22 que s experimentaram uma

    mudana temporria

    a. Eles escaparam por um certo tempo dos pecados mais

    grossos (v. 20).

    b. Eles receberam um grau de iluminao (v. 20). Isso

    relembra-nos de Balao, que recebeu uma viso de coisas

    divinas a ponto que dizer. Que a minha alma morra da morte dos justos (Nmeros 23.10) mas Ele morreu sem Cristo.

  • 47

    c. Eles caram (v. 20-22). Pedro compara estes aos porcos

    e aos ces que s ficavam limpos por pouco tempo, mas

    evidentemente as suas verdadeiras naturezas foram

    reveladas quando voltaram aos seus velhos hbitos.

    2. Vejamos as caractersticas dos homens regenerados em

    II Pedro 1.3,4.

    a. No s escaparam dos pecados grossos, como tambm

    submeteram as suas concupiscncias a Deus.

    b. Foram chamados pela sua glria e virtude. c. Foram participantes da natureza divina. d. Receberam a tudo o que diz respeito vida e a

    piedade, e no s algumas influncias. e. No h meno de que estes tenham cado.

    C. A ltima referncia que veremos est em Hebreus 6.4-6.

    Alguns dos judeus que confessaram a Cristo corriam o

    risco de recair. O autor da Epstola aos Hebreus adverte

    que aqueles que negam a Cristo depois de terem

    experimentado influncias graciosas do Esprito de Deus

    esto sem esperana. Pensamos em homens tais como

    Balao, Judas, Saul, Demas, ou os Israelitas que

    morreram no deserto. Eles experimentaram o sopro do

    cu, mas morreram perdidos e sem esperana.4

    III. O PROPSITO DA GRAA COMUM

    O aluno pode estar curioso para saber o propsito de

    Deus para a graa comum. Veremos alguns dos

    propsitos das operaes do Senhor.

    4 Para uma exposio mais ampla de Hebreus 6.4-6, o leitor deve consultar os comentrios de: Joo Brown, Joo Gill,

    Arthur Pink ou Adolph Saphir.

  • 48

    A. A bondade de Deus magnificada. Deus manifesta a Sua bondade pela comida, bebida, respirao e vida, dada

    aos Seus inimigos. Deus sofre h muito tempo com

    aqueles que insultam o Seu nome. Deus enviou Seu

    evangelho de reconciliao a muitos desses rebeldes, e

    at mesmo opera em seus coraes uma preocupao

    com as coisas espirituais. No verdade que estas coisas,

    dadas misericordiosamente por Deus, mostram a sua

    bondade?

    Algum pode argumentar dizendo que a graa comum

    no a graa salvadora, Deus no sincero ao estender a

    graa comum. Esta objeo falha, pois a pessoa no

    nota que o pecado do homem que faz com que a graa

    comum seja ineficaz. Se o homem no fosse totalmente

    depravado, ele poderia responder chamada universal do

    evangelho. Deus no tem a obrigao de fazer algo para

    o homem, e, tudo o que Ele faz manifestao da Sua

    bondade.

    B. A natureza depravada do homem verdadeiramente exposta pela graa comum. O fato de que qualquer

    influncia a menos de uma ressurreio espiritual, revela

    realmente o grau da depravao humana. No so as

    bnos fsicas, nem uma mensagem de amor, nem a

    atrao do Esprito Santo que podem ser aproveitadas at

    que uma nova vida seja dada.

    Observao. Isso certamente expe a falha da doutrina

    Arminiana de que a graa comum a graa suficiente.

  • 49

    C. A graa comum verdadeiramente revela a justia de Deus no julgamento. Em Romanos 1.18-20, podemos ver

    que a revelao de Deus pela natureza faz com que o

    homem seja inescusvel. Em Romanos 2.15,16,

    descobrimos que os pagos sero julgados baseando-se

    na lei escrita em seus coraes. Sendo que a graa, de

    qualquer jeito, uma opo para Deus, o homem no tem

    como se desculpar.

    D. A forma como Deus graciosamente trata o mundo como um todo um exemplo de como o crente deve

    tratar o seu prximo. Se queremos ser como nosso Pai

    Celestial devemos amar e fazer o bem aos nossos

    inimigos (Mateus 5.38-48).

    Concluso. O autor ora para que cada um ao estudar esta

    lio possa achar algum discernimento sobre como Deus

    opera para com o homem. H muitos que descansam

    numa experincia passageira e precisam ser acordados a

    sua real condio. Quando Cristo disse, Porfiar por entrar pela porta estreita; (Lucas 13.24) no foi uma advertncia a que atentssemos ao tipo de f que temos?

    No deveriam entender este assunto todos os que

    trabalham com almas se quisessem ser guias fieis para os

    cegos?

  • 50

    Captulo 10

    A OBRA PREPARATRIA DO ESPRITO NA

    SALVAO

    INTRODUO

    H uma obra comum que preparatria a regenerao e

    que acontece no corao do pecador. Devido a salvao

    ser tanto uma obra moral quanto legal deve ser esperada

    essa preparao. Aqueles que vo gozar eternamente dos

    benefcios da f em Cristo so primeiramente tocados

    para que vejam a necessidade de terem a Cristo. O

    homem egosta deve ser quebrado para que o Salvador

    possa receber toda a glria na salvao.

    Antes de comear este tpico, devemos ser alertados para

    que nos lembremos que o Esprito Santo um agente

    soberano na salvao. Ele opera como quer, e a

    experincia de uma pessoa no deve tornar-se um padro

    para os outros. Algumas pessoas tm convico por

    mses, enquanto outros logo reconhecem a plena certeza

    da salvao (Atos 8.25-39; 16.25-34). Alguns, como

    Paulo, encontram o Senhor sem O estar procurando

    (Romanos 10.20). Para alguns parece ser permitido ver a

    profundidade da sua depravao antes que achem a paz,

    enquanto outros reconhecem o seu pecado por completo

    s depois da salvao. Podemos regozijar porque s Deus

    conhece nossos coraes, s Ele sabe o que melhor

    para cada pessoa.

    Tendo o cuidado de lembrar estes fatos, estudaremos

    algumas das obras preparatrias do Esprito na salvao.

  • 51

    I. DESPERTAR

    Ningum pode superestimar o perigo em que se

    encontram os homens pecadores (Joo 3.18; Hebreus

    10.31), a Bblia retrata-os como sendo adormecidos,

    cegos, mortos e inconscientes. A morte, o pecado, o

    julgamento e a eternidade no so realidades para os no

    regenerados (Isaas 28.15). Os homens dormem a beira

    do inferno.

    No despertar do pecador, o Esprito de Deus impressiona

    a mente sobre a realidade da eternidade e do juzo. O

    pecador torna-se consciente de que est perigosamente

    sob a ira de Deus. Os assuntos espirituais tornam-se

    importantes. Nem todos os despertados vm salvao.

    Alguns voltam a dormir atravs de uma confisso vazia

    de religio ou pela fora do mundo (Atos 24.25).

    II. ILUMINAO

    Enquanto apenas os regenerados so renovados para o conhecimento (Colossenses 3.10) os no salvos podem receber um grau de iluminao. Quando um pecador est

    convicto, ele pode ser ignorante em relao natureza da

    f, mas v claramente o perigo do pecado e a gravidade

    da eternidade. Pela primeira vez, a sua alma torna-se

    importante. No requer tudo isso um grau de iluminao?

    At mesmo o homem natural pode ser movido a temer o

    Inferno e a estar preocupado com o seu eterno bem. Isto

    claramente diferente da luz da regenerao que capacita o

    homem para amar a Deus. Esta iluminao

  • 52

    simplesmente um alerta na mente natural do homem para

    que ele veja o perigo do pecado e do juzo.

    III. CONVICO

    Enquanto o despertar trata mais com o perigo, a convico a obra de Deus pela qual revelada a causa do perigo. Pela convico, o homem convencido

    e reprovado a respeito de sua condio pecaminosa. S

    esta pode dar ao pecador o desejo de conhecer a Cristo.

    Uma forma de palavras, mesmo bem elaboradas, Nunca pode salvar almas;

    O Esprito Santo deve lhes golpear,

    E a ferida por completo sarar.

    A. As reas de convico - Em Joo 16.8-11, achamos trs

    reas pelas quais o homem convencido.

    1. Do pecado - Deus convence os homens dos pecados grossos que tenham feito (Atos 2.36-37), do pecado

    original, da falha ao cumprir os deveres e do pecado da

    incredulidade.

    2. Da justia - Os homens so convencidos da justia de Cristo, e da necessidade de Sua justia (Mateus 5.6).

    3. Do juzo vindouro - Juzo geralmente refere-se a domnio. Os homens so convencidos que Satans ser

    vencido, e Cristo ser o Rei, e a resistncia tolice. Os

    poderes do mal no tero oportunidade de vencer, mas

    todos ficaro diante de Deus.

    B. Necessidade de convico.

  • 53

    1. Sem a convico, os homens nunca estariam prontos para admitir a sua total profanao, nem viriam a Cristo

    como mendigos desesperados. Cristo tudo (Colossenses 3.11) na salvao, e Deus gostaria que os

    remidos entendessem isso. A convico, ento, prepara a

    alma para a f em Cristo.

    2. A convico preparatria ao arrependimento. A tristeza segundo Deus (II Corntios 7.10) precede o

    arrependimento que uma mudana permanente do

    corao e da mente acerca do pecado.

    C. Os meios para a convico. Mesmo a convico sendo

    um trabalho do Esprito de Deus, Ele se agrada por usar

    certas verdades neste trabalho. Assim como Ele usa

    freqentemente as verdades da ira divina para despertar

    os pecadores, para a convico, Ele tambm usa.

    1. A lei (Romanos 3.19-20; 7.7-13). Os homens geralmente julgam-se pelas aes do seu prximo, mas pela

    convico eles entendem que a glria de Deus o que

    falta para eles (Romanos 3.23).

    2. A bondade de Deus (Romanos 2.4). Muitos tm dado testemunho de que foi o entendimento da bondade de

    Deus que lhes convenceu dos seus pecados.

    D. As marcas da verdadeira convico.

    1. A verdadeira convico faz com que os homens aceitem suas culpas (Salmos 51.4; Lucas 18.9-14).

    2. A verdadeira convico destri o egosmo do homem (Lucas 18.9-14; Isaas 64.6).

    3. A verdadeira convico encara o pecado como sendo contra Deus (Salmos 51.4; Lucas 15.18).

  • 54

    4. A verdadeira convico guia o convencido a Cristo, e no ao desespero mundano (II Corntios 7.10).

    A convico pode no ser uma obra agradvel, mas

    necessria. Ver como somos, um pr-requisito para que

    vejamos a Cristo. Nas primeiras quatro bem-

    aventuranas (Mateus 5.3-6) nosso Senhor explica que s

    os que conhecem a verdadeira convico so realmente

    abenoados.

    IV. UM DESEJO PARA OS MEIOS DA GRAA

    Antes de uma alma ser convertida, o Esprito Santo

    freqentemente produz no sujeito o desejo de orar e ouvir

    a Palavra de Deus.

    Concluso - Tomara que cada aluno da Palavra de Deus

    possa agora ver que o propsito da obra preparatria do

    Esprito fazer com que o pecador estime ao Senhor

    Jesus Cristo. Cada obra do Esprito leva o pecador mais

    perto da realizao, pois s a f em Cristo pode salvar a

    alma.

  • 55

    Aquele que conduz a alma a se orgulhar

    Ou gabar-se de qualquer feito,

    A no ser Cristo crucificado,

    No do Esprito Santo.

    O Esprito Santo deixa de falar

    O que Ele mesmo tem sido,

    Mas move o pecador a procurar

    A Salvao pelo Filho.

    Ele nunca leva o homem a dizer

    Graas a Deus, Sou to jus. Mas muda o Seu olhar para ver

    O sangue de Jesus.

    Imensas graas Ele nos d

    Mas tudo a Jesus - O Verdadeiro

    Ele felizmente diz e cr

    A salvao pelo Cordeiro.

    Joseph Hart

  • 56

    Captulo 11

    A OBRA DO ESPRITO SANTO NA

    REGENERAO

    INTRODUO

    As palavras novo nascimento tm se tornado comuns nos crculos religiosos hoje em dia. Sabendo que Satans

    um mestre para redefinir termos bblicos necessrio

    portanto reafirmar continuamente o significado bblico

    destas palavras.

    I. A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO

    Em Joo 3.3 e 5, nosso Senhor afirma claramente que a

    regenerao necessria para a salvao. O homem no

    s precisa de perdo para que tenha comunho com

    Deus, como tambm a sua natureza deve ser renovada. O

    homem cado natural (I Corntios 2.14), sensual (Judas

    19) e carnal (Romanos 8.5-7), o oposto ao espiritual (I

    Corntios 2.15). Cristo revela que h uma distino

    imutvel entre o que nascido da carne e o que nascido

    do Esprito. A carne pode ser religiosa, refinada, educada

    e ter aparncia moral, mas ainda carne (Joo 3.6).

    Cada parte do homem natural corrompida pelo pecado.

    A sua mente entenebrecida s coisas de Deus (I

    Corntios 1.18; 2.14; Efsios 4.18). Seu corao est

    numa condio de inimizade contra Deus (Romanos 8.7;

    Jeremias 17.9). A sua vontade livre somente para

    cumprir os desejos de uma natureza depravada (Joo

    1.13; Romanos 9.16; Filipenses 2.13). A carne torna-se

    completamente intil para as coisas de Deus (Joo 6.63).

  • 57

    II. A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO

    A. Regenerao definida.

    A mudana exigida pela alma do homem, capacitando-o

    a entrar no reino de Deus chamada regenerao (Tito 3.5), nascer de novo (Joo 3.3) ou nascido do Esprito (Joo 3.6). A regenerao uma obra instantnea do Esprito de Deus pela qual uma disposio

    santa dada alma. As afeies so renovadas pelo amor

    a Deus, e a mente iluminada e capacitada para o

    entendimento do reino espiritual. Assim como a mudana

    que acontece na terra durante o milnio chamada

    regenerao (Mateus 19.28), o novo nascimento a

    renovao da alma do homem.

    B. Regenerao ilustrada.

    A maravilhosa mudana que acontece na regenerao

    ilustrada de muitas maneiras. Examinamos algumas

    terminologias aplicadas ao Novo Nascimento para

    melhor ilustrarmos a sua natureza.

    1. Regenerao ou Novo Nascimento - No so estas palavras meras comparaes daquilo que acontece no

    milagre da graa, na alma do homem? Na gerao fsica,

    nova vida dada e os traos familiares so reproduzidos.

    No so estas verdades que fazem do nascimento uma

    figura maravilhosa da obra da graa de Deus no homem?

    2. Ressurreio - Efsios 2.1,5 3. Renovao - Colossenses 3.10 4. Translado - Colossenses 1.13 5. Novo corao - Ezequiel 36.26

  • 58

    6. A lei escrita no corao - Hebreus 8.10 7. Nova natureza - II Corntios 5.17 8. Resplandecer com luz - II Corntios 4.6 9. Uma rvore boa - Mateus 7.17 10. Criao - Efsios 2.10

    C. Regenerao experimentada.

    A regenerao no sensorial (algo que pode ser sentido),

    mas acontece num nvel alm da conscincia humana.

    Isso no quer dizer que o novo nascimento nunca

    acompanhado por fortes emoes, porm a obra da

    regenerao em si no algo sentido, mas reconhecido

    pelo seu fruto na vida. A converso resultado do novo

    nascimento e isto ns experimentamos. A regenerao

    uma ao de Deus, mas a converso uma ao do

    homem, produzida pelo novo nascimento.

    III. O AGENTE NA REGENERAO

    A regenerao no produzida pelo batismo, pela

    vontade humana (Joo 1.13), ou qualquer outra obra, mas

    uma obra especifica de Deus na alma. Como o vento

    (poderoso, fora do controle do homem e invisvel) esta

    obra no produzida, controlada ou entendida pelo

    homem (Joo 3.8). Esta obra freqentemente atribuda ao

    Esprito Santo uma ao instantnea e completa de

    Deus sobre a alma. Mesmo que Deus venha a usar meios

    para salvar os eleitos, deve ser entendido que a prpria

    regenerao no um esforo conjunto (Divino +

    humano). A Bblia apresenta o novo nascimento como

    uma necessidade absoluta e no como mandamento a ser

    obedecida pelo homem (Joo 3.3).

  • 59

    Agora estamos diante de uma importante pergunta sobre

    o lugar do evangelho na regenerao. A Palavra de Deus

    freqentemente mencionada em conexo com o novo

    nascimento (I Corntios 4.15; Tiago 1.18; I Pedro 1.23;

    Salmos 119.93). Qual a parte exata que o evangelho,

    escrito ou pregado, tem nessa obra? Alguns exageram ao

    ensinar que muitos so regenerados sendo que nunca

    ouviram o evangelho. Vamos considerar este assunto.5

    Devemos entender primeiramente que mesmo a

    regenerao sendo uma obra direta de Deus sobre a alma

    do homem, pela sua natureza ela feita em conjunto com

    o evangelho (Divino + Divino). A regenerao produz f,

    e a f torna-se impossvel sem o evangelho (Romanos

    10.17). Como pode algum crer num Salvador do qual

    nunca ouviu falar (Romanos 10.14)? A regenerao nos

    d um corao de conhecimento e amor a Deus (Jeremias

    24.7). Isso tambm envolve o conhecimento das

    Escrituras, de quem Deus. Se a regenerao no

    acontece em conjunto com a Palavra de Deus no h f,

    amor, santidade, e nem o conhecimento espiritual pode

    ser produzido por ela.

    Em I Tessalonicenses 1.4-5, encontramos Paulo dizendo

    aos crentes de Tessalnica que ele sabe da sua eleio

    pelo fato de o evangelho vir a ele em poder. Por meio da

    regenerao Deus d fora ao evangelho abrindo os

    coraes para receb-lo (Atos 16.14). Muitos daqueles

    que gastaram as suas vidas na igreja tm testemunhado

    5 O caso de crianas morrendo na infncia no est sendo considerado.

  • 60

    que quando Deus os salvou eles se sentiram como se

    estivessem ouvindo o evangelho pela primeira vez.

    Aqueles que ensinam que a regenerao pode acontecer

    aparte do evangelho parecem temer os que no

    concordam com eles pois repartam o credito da obra de

    Deus com o pregador. Eles falam do nosso ponto de vista

    como regenerao evanglica e crem que temos abaixado a regenerao a uma mera obra de persuaso

    moral. Estes temores, portanto, no tm apoio nenhum.

    Vejamos a regenerao como uma obra soberana e direta

    de Deus sobre a alma, mas no distoramos as Escrituras

    com o ensinamento que as pessoas podem experiment-la

    fora do evangelho. Isso seria o mesmo que Deus dar ao

    homem o poder de viso mesmo falhando na criao a

    luz com a qual o prprio homem deve ter para ver. Isto

    um insulto sabedoria de Deus.

    IV. O FRUTO DA REGENERAO

    Devido a regenerao ser conhecida apenas pelos seus

    frutos, vale a pena saber os efeitos que a regenerao

    produzir no homem. Como podemos saber se somos

    nascidos de novo ou meramente enganados? Vamos listar

    algumas das virtudes que a regenerao produz na alma.

    A. F - I Joo 5.4,5; Hebreus 12.2; I Pedro 1.3; Atos 18.27.

    (O leitor no deve entender que estamos dizendo que a

    regenerao vem antes da f cronologicamente. A

    regenerao precede a f somente como sua causa. A f

    produzida instantaneamente pelo poder regenerador de

    Deus e assim simultnea regenerao

  • 61

    cronologicamente. Isto pode ser exemplificado da

    seguinte maneira. Uma bala atirada numa parede

    instantaneamente produz um buraco. Em relao ao

    tempo, a ao da bala atingir a parede no pode ser

    separada do efeito produzido, mas a bala a causa do

    buraco. A graa regeneradora produz instantaneamente a

    f, mas a precede como causa).

    B. Arrependimento - II Timteo 2.25.

    C. Amor a Deus - I Joo 4.19

    D. Amor aos outros crentes - I Joo 4.7; 3.14.

    E. Perseverana - Filipenses 1.6; I Joo 5.4,5.

    Concluso - Esperamos que o entendimento do leitor sobre

    o novo nascimento tenha sido ajudado. H muitos que

    erram pensando que toda experincia religiosa essa

    maravilhosa obra da graa. O conhecimento do novo

    nascimento no necessrio s para fazermos firme

    nossa prpria chamada e eleio, mas tambm

    necessrio se quisermos ser verdadeiras testemunhas aos

    outros.

  • 62

    Capitulo 12

    A HABITAO DO ESPRITO SANTO

    INTRODUO

    Os Apstolos ficaram tristes e confusos quando da

    meno da morte de Cristo e de Sua partida. Na noite

    anterior a da Sua crucificao, o Salvador fortaleceu-os

    falando da vinda de um outro Consolador (Joo 14.16,

    17). Este Consolador no s estaria com eles durante a

    vida como verdadeiramente habitaria neles. A habitao

    do Esprito de Deus ainda consolo e sustento para os

    crentes. Nosso Salvador no est conosco em carne

    enquanto ns enfrentamos as aflies de cada dia, mas h

    Um maior do que o mundo (I Joo 4.4).

    I. A DOUTRINA BBLICA DECLARADA.

    O Novo Testamento ensina que o corpo de cada crente

    lugar de habitao para o Esprito de Deus (I Corntios

    6.19; Joo 7.38,39). A habitao do Esprito no deve ser

    confundida com Suas obras graciosas no crente. A

    regenerao e os dons do Esprito devem ser distinguidos

    do dom da prpria pessoa do Esprito (I Corntios 12.4;

    Atos 2.38).

    II. UMA VISO FALSA

    Nenhuma verdade bblica tem escapado da perverso das

    mos dos homens. O erro mais comum referente a

    habitao do Esprito nos crentes a afirmao de que

    essa beno no comum a todos os crentes. Muitos

    ensinam que a salvao deve ser complementada por uma

    outra experincia antes que algum possa gozar da

  • 63

    presena e do poder do Esprito. A essa experincia

    chamam de segunda beno, santificao, ou batismo

    com o Esprito Santo. Enquanto vrios grupos aumentam

    seus prprios conceitos, a idia geral permanece a

    mesma.

    A falha fundamental deste ensinamento est na idia de

    que a salvao deve ser suplementada. Estando em Cristo

    o crente alcana todas as bnos (Colossenses 2.10;

    Efsios 1.3; I Corntios 1.30). Quando os homens deixam

    de estar atentos a Cristo eles cometem erros. O dom do

    Esprito Santo vem para ns atravs da salvao por

    Cristo no como um suplemento (Romanos 8.32; Joo

    7.39). O Esprito Santo veio para magnificar a Jesus

    Cristo e no para chamar a ateno a Si (Joo 15.26).

    III. A DOUTRINA BBLICA PROVADA

    J tem sido mencionado os versculos que mostram nossa

    doutrina claramente, e estes que seguem revelaro que h

    muitas outras verdades bblicas que sugerem a habitao

    do Esprito Santo em cada crente.

    A. O Esprito recebido atravs da f. A condio da

    salvao e o recebimento do Esprito so iguais - Efsios

    2.8; Joo 7.38,39; Atos 11.16,17; Glatas 3.2; Efsios

    1.13.

    B. Aqueles que esto sem o Esprito no so salvos -

    Romanos 8.9; I Corntios 2.9-15; 12.3; Judas 19.

  • 64

    C. A presena do Esprito necessria para que algum

    seja ressurgido ou transladado - Romanos 8.11.

    D. O Esprito um dom - Atos 10.45.

    E. A segurana da salvao est baseada em ns termos o

    Esprito - I Joo 4.13; 3.24; Romanos 8.15,16; 5.5.

    F. Os crentes so vencedores - I Joo 4.3,4.

    G. Deus nos d o Esprito porque somos filhos - Glatas

    4.6.

    A simples idia de um cristo no ter o Esprito

    contraditria a todos os ensinamentos da Bblia sobre a

    salvao.

    IV. PROBLEMAS RESOLVIDOS

    Deixe-nos gastar alguns momentos com versculos

    usados no ensino do falso aspecto dessa doutrina.

    A. Efsios 5.18 - O enchimento do Esprito e a habitao no devem ser confundidos. Ns nunca somos instrudos a sermos habitados pelo Esprito de Deus.

    B. Atos 5.32 - A obedincia mencionada aqui

    simplesmente a f em Cristo. II Tessalonicenses 1.8; Joo

    6.28,29; 7.39.

    C. Passagens relacionadas ao batismo com o Esprito Santo

    - veja o captulo 20.

  • 65

    Estas coisas vos escrevi a vs, os

    que credes no nome do Filho de

    Deus, para que saibais que

    tendes a vida eterna,

    e para que creiais no nome do

    Filho de Deus.

    I Joo 5.13

  • 66

    Capitulo 13

    A OBRA DO ESPRITO NA SEGURANA

    INTRODUO

    O Senhor deseja que o seu povo goze da segurana na

    salvao. Durante o seu ministrio terreno, nosso

    Salvador assegurou isso com Seus prprios lbios para

    aqueles que criam nEle (Joo 14.1-3; Lucas 23.43).

    Tendo subido ao cu nosso Salvador enviou-nos outro

    Consolador. Agora, o Esprito Santo tem uma obra

    definida produzindo segurana na salvao.

    Antes de iniciarmos o estudo da obra do Esprito na

    segurana, vamos rever algumas verdades bsicas

    referentes a esse assunto. Isso beneficiar queles que

    nunca estudaram esse assunto antes.

    I. A DOUTRINA DA SEGURANA

    A. A possibilidade da segurana.

    1. No passado o povo de Deus experimentou da segurana - Salmos 23.6; II Corntios 5.1; Hebreus 11.13; Filipenses

    1.21; I Joo 4.16.

    2. A Palavra de Deus declara que ns podemos ter segurana - I Joo 5.13; 3.14.

    3. Deus manda procurarmos a segurana - II Pedro 1.10; II Corntios 13.5.

    4. A graa de Deus a base da segurana - Romanos 4.16

    Aqueles que fazem que a salvao dependa, em parte, do

    trabalho do homem nunca podero pregar segurana em

  • 67

    Cristo. Isso ilustrado em todos os grupos que ensinam

    que o homem deve obter ou manter sua salvao com as

    suas prprias foras.

    B. A necessidade da segurana.

    A segurana na salvao necessria tanto para o gozo

    como para o servio do crente. A base do nosso regozijar

    a certeza da salvao (Lucas 10.20; Romanos 5.2). O

    servio dos crentes no motivado pelo medo, mas pela

    segurana (Romanos 8.15; Glatas 4.5-7). No somos

    servos aterrorizados, mas filhos de Deus, alegres. Nossa

    f opera por amor (Glatas 5.6). A segurana completa

    pode no ser possuda por todos os crentes, nem possuda

    por qualquer um ao mximo, o tempo todo, mas cada

    crente deve procurar fazer cada vez mais firme a vossa vocao e eleio (II Pedro 1.10).

    C. A base da segurana.

    A segurana est baseada na Palavra de Deus, ou em nossa experincia? Esta pergunta revela o que est enganando a muitos porque manifesta uma provocao

    de experincia Crist contra a Bblia. um engano

    firmarmos a nossa segurana em experincias que no

    tm base Bblica, contudo nosso estudo contnuo

    evidenciar que a nossa experincia Crist faz parte da

    segurana. Hoje muitos tm sido instrudos a viver pela f sem nunca terem experimentado um trabalho da graa, e se acharo finalmente enganados. Rejeitar

    ensinos Bblicos relativos experincia Crist em relao

    segurana no f em, mas, ignorncia de a Palavra de Deus. Deixe-nos, ento, entender que a

  • 68

    Palavra de Deus a base da nossa f, e o juiz (em lugar

    de a substituio) de nossa experincia.

    II. O TRABALHO DO ESPRITO NA SEGURANA.

    Existem inmeros trabalhos realizados pelo Esprito

    Santo na segurana. Para uma melhor compreenso

    dividiremos esses trabalhos em trs categorias. Essas

    categorias podem ser referidas como trs nveis de segurana.

    A. As condies do Evangelho - Atos 20.21; Joo 3.16;

    Lucas 13.3; Atos 10.43; Atos 17.30; Lucas 24.46-47.

    Qualquer pessoa que queira segurana, certamente deve

    comear reconhecendo se tm sido satisfeitas as

    condies pelas quais Deus perdoa os pecadores. Essas

    condies claramente so. o arrependimento e a f.

    Lembre-se que mesmo que ambos, o arrependimento e a

    f, sejam expressos pelo homem, contudo as habilitaes

    provm do poder do Esprito Santo.

    1. Arrependimento - no deve ser confundido

    arrependimento evanglico com penitncia ou reforma.

    Arrependimento uma mudana de mente que envolve.

    a) Uma convico da impiedade pessoal. b) Uma tristeza piedosa do pecado - II Corntios 7.10. c) O desejo de ser perdoado e limpo do pecado. O

    verdadeiro arrependimento envolve muito mais do que

    um desejo de perdo. O pecador verdadeiramente

    arrependido deseja a salvao da penalidade, do poder e

    da presena do pecado.

  • 69

    O arrependimento no deve ser confundido com o

    afastamento do pecado, o voltar-se a Deus e a f em

    Cristo. Essas coisas sempre seguem o arrependimento e

    verificam sua presena, contudo eles devem ser

    distinguidos (Marcos 1.15, Atos 26.20, Atos 3.19,

    Mateus 3.8).

    2. F - A f salvadora no deve ser confundida com um

    mero consentimento histrico (Tiago 2.19), ou com uma

    experincia emocional temporria.

    A verdadeira f envolve.

    a. Uma convico espiritual da verdade, do evangelho (I Corntios 2.4-5, I Tessalonicenses 1.4-5 e 2.13).

    b. Um corao inteiramente voltado a Jesus Cristo para a salvao (Romanos 10.8-10, Atos 16.30-31)

    Alguns podem desejar saber o porqu ns no

    encerramos nossa discusso sobre a segurana nesse

    ponto. Porm, o fato das Escrituras terem muito mais a

    dizer sobre a segurana, revela que uma pessoa pode

    arrepender-se verdadeiramente e confiar em Cristo,

    mesmo que ainda no tenha a segurana completa. A

    segurana no faz parte da essncia da f. Olhar para

    Cristo para a salvao no o mesmo que saber que Ele

    nos salvou (I Joo 5.13, II Corntios 13.5). Os cristos

    novos freqentemente temem que sua f no seja

    verdadeiramente a f salvadora. Dvidas sobre suas

    experincias e estado podem atorment-los.

  • 70

    Aqueles que ensinam que a f e a segurana so iguais

    confundem a muitos. Eles dizem freqentemente se voc tem confiado em Cristo, verdadeiramente voc no

    tem dvidas. Isso o mesmo que fundar a segurana em nossa experincia de segurana e isso muito

    desconcertante para o fraco ou trmulo filho de Deus.

    Isso o mesmo que ensinar que temos que acreditar que

    somos salvos para que sejamos salvos.

    A doutrina Bblica prega que a segurana o ato natural

    de reflexo, ou conseqncia da f. A segurana deveria

    seguir a f como resultado de um auto-exame e estudo

    das Escrituras (I Joo 5.13).

    Tendo discutido esse assunto ns queremos proceder

    com os outros nveis da segurana. Atravs desses nveis o novo crente chegar segurana completa.

    B. O fruto da regenerao.

    Como a pessoa pode saber se a f que ela tem

    verdadeiramente a f do eleito de Deus? O livro de I Joo foi escrito em sua totalidade como resposta a esta

    pergunta (I Joo 5.13). Podemos ver que aqueles que tm

    renascido verdadeiramente tero certamente evidncias

    em suas vidas. Da mesma maneira que o Pato Feio reconheceu sua verdadeira identidade vendo seu reflexo,

    assim o crente v maior segurana no s nas marcas da

    regenerao explicadas na Escritura, mas tambm nas

    que so produzidas em seu prprio corao. O Esprito

    testemunha em conjunto com nosso prprio esprito,

    dando-nos a certeza de sermos filhos de Deus (Romanos

  • 71

    8.16). No o testemunho de nosso prprio esprito a

    prova pessoal de que o Esprito Santo nos fez novas

    criaturas em Cristo (II Corntios 5. 17)?

    Nosso Senhor disse que uma rvore reconhecida por

    seus frutos (Mateus 7.17-20). Paulo soube que as pessoas

    de Tessalnica eram eleitas devido o trabalho do Esprito

    Santo em suas vidas (I Tessalonicenses 1.4-6). A seguir

    esto listadas algumas das marcas da regenerao que

    verdadeiros crentes reconhecero em suas vidas.

    1. Conscincia da depravao pessoal - I Joo 1.8 e 10, Mateus 5.3-4, Romanos 7.22-25.

    2. Um novo desejo de obedecer a Deus - I Joo 2.3, 5.2-3, 3.18-19, Romanos 8.14.

    3. Amor para com o povo de Deus - I Joo 3.14-15. 4. F duradoura - I Joo 5.4. 5. Ouvidos abertos para a Palavra de Deus - I Joo 4.6. 6. Amor para com Deus - I Joo 4.19. 7. Uma nova atitude para com o sistema deste mundo - I

    Joo 2.15.

    Deixe-me concluir esta seo recordando o leitor que as

    marcas da regenerao no nos salvam porm revelam

    que somos salvos. O lado espirit