Um dia, na hora do recreio, a Maria estava cho-rando baixinho, sentada num degrau. Gustavo, que é seu amigo, viu e se aproximou.

– O que aconteceu, Maria? Por que está triste assim?– Não foi nada! Quero ficar sozinha – disse ela com a cabeça abaixada.

– Mas você está chorando. Fale comigo! Sou seu amigo.

Ainda chorosa, olhando de cantinho, Maria começou a falar:– Foi na classe. Como sempre, eu cheguei contente para estudar e me sentei no meu lugar.

Então a Fernanda me chamou para falar alguma coisa. Quando levantei e me debrucei na carteira dela, todo mundo riu de mim.

– Por quê? – perguntou Gustavo.– Porque os malvados colocaram um chiclete na minha cadeira e, quando me levantei, ele ficou grudado no meu short.

Gustavo ficou quieto por alguns instantes e consolou a amiga.

- Eu sou quieta e não incomodo ninguém, mas esses meninos, o Paulo, o Zeca e o Joca, sempre fazem bullying comigo, colocam apelidos, roubam meu lanche...

Estão sempre me empurrando. Uma vez eu até caí, ainda bem que não me machuquei.

Ele se levantou e, como se ouvisse uma música de super-herói, caminhou de peito estufado e decidido. Agora ele era o próprio...

Triste pela amiga, Gustavo colocou a mão no ombro da Maria e disse para ela não se preocupar, porque tudo se resolveria.

CAPITÃO CIDADANIA!

O Capitão ficou de olho, só observando os meninos de quem Maria falava. Ela estava mesmo certa.

O Capitão Cidadania avançou em grande velocidade e tomou o pirulito do valentão, devolvendo-o ao seu dono.

Mas não foi páreo para o Capitão Cidadania.Foi detido pelo braço da justiça!

Zeca estava pegando o pirulito de outro menino...

Assustado, Zeca saiu correndo.

– Por que você faz isso com os colegas, menino malvado? Me diga agora ou vai sofrer as consequências! – disse o Capitão em tom heroico.

Quase chorando, Zeca abriu o bico:– É a Fernanda! É a Fernanda! Ela que nos manda fazer essas coisas! Eu não farei mais!

Já em casa, Gustavo escreveu uma carta à professora, denunciando os garotos e a líder da turma. Feita a carta, ele assinou: Capitão Cidadania.

Alguns choraram, outros ficaram de cara amarrada, mas no fim, todos confessaram. Como punição, eles ficariam duas semanas sem recreio e teriam que fazer uma pesquisa sobre bullying.

Utilizando seu supercérebro, Capitão Cidadania decidiu o que fazer. Largou o garoto assustado e, como um raio, sumiu da vista de todos.

No dia seguinte, a professora viu a carta sobre sua mesa e espantou-se com o relato. Ela falou com a diretora da escola, que chamou todos os envolvidos para se explicarem:

A diretora ainda disse que conversaria com os pais deles e que ficaria de olhos bem abertos no comportamento de cada um.

Passadas as duas semanas, a professora chamou os estudantes que haviam sido punidos para fazer uma apresentação sobre bullying.

A professora disse: – É exatamente isso! Sempre que isso ocorrer, vocês devem pedir ajuda às autoridades: pai, mãe, professor, diretor da escola, policial... Podem confiar, pois essas pessoas podem te ajudar.

– É bullying quando uma pessoa ou um grupo intimida outra pessoa, só porque essa pessoa é mais fraca ou vulnerável. Bullying pode ser ameaça, agressão física, xingamento, apelido e até brincadeira sem graça!

– Gostaria de fazer um agradecimento especial ao Capitão Cidadania, que percebeu coisas erradas acontecendo e tomou a atitude certa, denunciando o caso para mim.

Nesse momento, Gustavo olhou para Maria e deu uma piscadinha. Ela ficou sem entender nada...

... mas sorriu mesmo assim. Ela estava feliz e livre do bullying!

SOBRE A CGU

A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão central do Sistema de Controle Interno do Governo Federal responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio públi-co e à melhoria da transparência na administração pública, por meio de ações de auditoria, correição, ouvidoria, prevenção e combate à corrupção.

Por acreditar na transformação pela educação, a CGU desen-volve um conjunto de ações voltadas ao público infantojuvenil cujo objetivo é incentivar a reflexão sobre temas importantes relacionados à construção da cidadania para que se tornem cidadãos conscientes do papel que devem exercer na sociedade.

A Turma da Cidadania visa incentivar o desenvolvimento de uma cultura ética e cidadã entre crianças e adolescentes, por meio da valorização de comportamentos íntegros e da formação de cidadãos conscientes que não toleram desvios de conduta.

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