A Nossa Tarefa é Fazer Discípulos de Cristo

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A nossa tarefa é fazer discípulos de Cristo. O objetivo não é apenas evangelismo. Essa é uma parte importante, mas a meta definitiva é fazer de cada novo crente um discípulo de Jesus. De fato, o modelo de células torna-se insustentável se a meta de fazer discípulos não é alcançada uma vez que sem discípulos não há líderes. Os líderes são todos discípulos de Jesus. O trabalho de célula é um ciclo que se auto-alimenta. Cada discípulo torna-se um líder de célula. Cada célula que é aberta significa mais pessoas alcançadas com o evangelho. Com mais pessoas alcançadas, há maior possibilidade de conversões. Com um maior número de conversões, há uma maior possibilidade de mais discípulos. Com mais discípulos, há mais células. E assim o ciclo continua alimentando-se indefinidamente. O tema do discipulado é às vezes o elo mais fraco nesse ciclo. Quando você negligencia fazer discípulos, a corrente arrebenta e o trabalho fica estagnado. Portanto, não devemos nunca perder o foco no fato de que o trabalho de células é sustentado pelo discipulado. A chave para o trabalho de células encontra-se nesse esforço. É o meio e o fim ao mesmo tempo. A mesma meta que Jesus teve (Mateus 28:18-20). Qual é o seu plano? Quando converso com líderes sobre praparar as células para se multiplicarem, sempre olhamos para o exemplo que Jesus nos deixou. Como Jesus levantou novos líderes em seu grupo pequeno? Ele convidou doze homens para o seguirem, instruiu e modelou a vida de um discípulo, e então os enviou para fazer conforme Ele os havia ensinado. Em todo o Novo Testamento lemos sobre a eficácia de Seu plano para alcançar o mundo começando com apenas doze. Em seu clássico livro, Plano Mestre de Evangelismo, Robert Coleman escreve: "O objetivo definitivo de Jesus para Seus

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A nossa tarefa é fazer discípulos de Cristo. O objetivo não é apenas evangelismo. Essa é uma parte importante, mas a meta definitiva é fazer de cada novo crente um discípulo de Jesus. De fato, o modelo de células torna-se insustentável se a meta de fazer discípulos não é alcançada uma vez que sem discípulos não há líderes. Os líderes são todos discípulos de Jesus.

O trabalho de célula é um ciclo que se auto-alimenta. Cada discípulo torna-se um líder de célula. Cada célula que é aberta significa mais pessoas alcançadas com o evangelho. Com mais pessoas alcançadas, há maior possibilidade de conversões. Com um maior número de conversões, há uma maior possibilidade de mais discípulos. Com mais discípulos, há mais células. E assim o ciclo continua alimentando-se indefinidamente.

O tema do discipulado é às vezes o elo mais fraco nesse ciclo. Quando você negligencia fazer discípulos, a corrente arrebenta e o trabalho fica estagnado. Portanto, não devemos nunca perder o foco no fato de que o trabalho de células é sustentado pelo discipulado. A chave para o trabalho de células encontra-se nesse esforço. É o meio e o fim ao mesmo tempo. A mesma meta que Jesus teve (Mateus 28:18-20).

Qual é o seu plano?

Quando converso com líderes sobre praparar as células para se multiplicarem, sempre olhamos para o exemplo que Jesus nos deixou. Como Jesus levantou novos líderes em seu grupo pequeno? Ele convidou doze homens para o seguirem, instruiu e modelou a vida de um discípulo, e então os enviou para fazer conforme Ele os havia ensinado. Em todo o Novo Testamento lemos sobre a eficácia de Seu plano para alcançar o mundo começando com apenas doze.

Em seu clássico livro, Plano Mestre de Evangelismo, Robert Coleman escreve: "O objetivo definitivo de Jesus para Seus discípulos era que Sua vida fosse reproduzida neles e através deles na vida de outros. O fato de que o grupo de homens que Ele levou era pequeno fez pouca diferença. Se eles fossem adequadamente treinados, eles produziriam vidas que seriam como as deles. Vidas como essas produziriam o mesmo tipo de frutos até que Jesus pudesse visionar o mundo inteiro ouvindo Sua mensagem."

Nós pedimos aos nossos líderes que sempre estejam em processo de desenvolver membros para se tornarem líderes.

Nosso contexto cultural (próximo a uma base militar) dita um constante fluxo de novas pessoas pelos grupos.

Isso faz que seja necessário abrir grupos que crescem numericamente muito rápido! O modelo de células é perfeito nessas circunstâncias, não somente porque foi iniciado pelo Perfeito, mas porque foi desenhado para ter todos envolvidos e engajados imediatamente.

Uma das maneiras que desenvolvemos membros para serem líderes é o que Coleman chama de "delegação" ou dar uma tarefa. Essa semana, no grupo que lidero, pedi a um membro que liderasse nossa atividade de quebra-gelo (Encontro) e a outro que liderasse a parte da Edificação.

Assim, pude ficar mais atenta à ação do Espírito. O Senhor me deu olhos para ver como Ele está trabalhando em cada uma das mulheres para terem mais do Seu caráter e amor refletidos nelas. Pelo poder e graça de Deus, essas vidas produzirão o fruto de ver mais pessoas ouvirem Sua mensagem.

Como você incentiva seus líderes a reproduzirem a si mesmos nos membros de suas células?

A Meta de Fazer Discípulos

Jesus deu ordens de marcha a seus discípulos antes de subir aos céus. Ele disse que fossem e fizessem novos discípulos (Mateus 28:18-20). Ele também deixou a promessa de que ele tinha toda a autoridade e estaria sempre com eles (vv. 18,20).

Em meus vinte e um anos de trabalho com ministério de igreja em células, concluo que a essência do ministério de células é fazer discípulos que façam discípulos.

Quando uma pessoa se torna um novo crente, ele ou ela aprende como viver em comunhão com outros crentes na célula. Então ela descobre seus dons e os utiliza na célula (sacerdócio de todos os crentes). E finalmente, também participa do evangelismo em grupo. Quando o grupo gera outro, ela pode participar da nova liderança ou liderar o grupo que gerou o novo.

Quando estou treinando pastores, eu os incentivo a traçarem um objetivo anual de novas células. Na verdade, a multiplicação da célula é simplesmente um passo no processo. De fato, Mario Vega disse certa vez: "Multiplicação é o sinal visível de saúde espiritual e discipulado". Embora o objetivo de novos grupos seja concreto e visível, é na realidade um passo no processo de fazer discípulos.

Estou treinando um plantador de igrejas que deseja multiplicar uma célula para duas em 2012. Ele tem muito trabalho a fazer para que isso aconteça. Estou treinando outro pastor que prevê um crescimento de suas atuais 340 células para 400 até o final de 2012. Esse mesmo pastor não multiplicou nenhum grupo em 2011 porque quis refinar o trilho de treinamento, edificar seus grupos existentes e preparar para o futuro. Outro pastor está planejando ir de 10 para 12 células em 2012.

Esses três pastores estão trabalhando duro no evangelismo de células, treinamento e coaching. Eles estão simplesmente em diferentes estágios da jornada de célula.

Traçar objetivos para novos grupos é um processo delicado e meticuloso. Depende muito da saúde da igreja, de quantos estão no trilho de treinamento e da visão do pastor. Algumas igrejas precisam antes inspirar suas células atuais a alcançar e evangelizar antes de poderem iniciar novas células.

Neste mês, vamos explorar diferentes aspectos do estabelecimento de objetivos ou metas. Pastores experientes de igrejas em células escreverão sobre o tópico de elaboração de objetivos durante todo o mês de fevereiro. Cobriremos:

- Semana 1: Elaborar objetivos baseados em fazer discípulos que façam discípulos. Células são criadoras de líderes. Acredito que o objetivo chave é fazer discípulos que façam discípulos resultando em novas células.

- Semana 2: Como os discípulos são formados na célula? Não se trata de apenas formar novos grupos. O processo começa na conversão. Discípulos são formados pela comunhão, exercendo seus dons (sacerdócio do crente), evangelismo de grupo e fazendo parte de uma nova equipe.

- Semana 3: Como um pastor pode estabelecer um objetivo de novas células? Há várias maneiras: quantos se formarão no trilho de treinamento, saúde da igreja, grau de receptividade da cultura, se a igreja acaba de passar por uma série de novos nascimentos de células (pode precisar de mais descanso) etc.

- Semana 4: O equilíbrio entre qualidade e quantidade. É possível errar de um lado ou do outro: rápido demais ou devagar demais. Alguns pastores têm visão pequena e permitem que seus grupos fiquem estagnados. Outros traçam metas muito altas e multiplicam grupos que não estão saudáveis.

O que é preciso para formar novos discípulos?

Eu sou intrigada com o exemplo de Jesus de discipular os doze, mas investir mais em três: Pedro, Tiago e João. Embora tenha buscado reproduzir a si mesmo na vida dos doze, Ele permitiu que três deles participassem do seu ministério de maneiras mais significantivas.

O admirável do modelo de células é que nós também nos reunimos semanalmente em grupos maiores, de 8 a 12 pessoas. Nós nos aprofundamos na Palavra de Deus e desafiamos uns aos outros a aplicá-la em nossa vida, para nos tornarmos mais semelhantes a Cristo. Oramos uns pelos outros e aprendemos a amar uns aos outros. Enquanto isso, o Senhor muitas vezes coloca uma ou duas pessoas em nosso coração para que nos conectemos com elas mais profundamente.

Ele nos dá o desejo de nos conhecermos melhor e de estarmos juntos fora da célula. Nós então oramos por elas mais especificamente e investimos nelas mais intencionalmente. Nós nos descobrimos pedindo a Deus que nos dê a visão que Ele tem, reconhecendo seus dons e talentos e encorajando-as a serem usadas no contexto da célula.

O trabalho relacional conduzido pelo Espirito, combinado com um plano e estrutura do nosso contexto de igreja para formar discípulos é a chave. SoFico sempre fascinada e encorajada quando leio sobre treinamentos de diferentes igrejas em células. Os relacionamentos do Grupo Joel Comiskey oferecem tantos recursos e experiências dos quais os leitores podem aprender.

Ler sobre o que tem funcionado e diferentes desafios que foram vencidos e como articular alvos e objetivos com clareza é muito instrutivo.

Como funciona o seu trilho de treinamento? Como foi se desenvolvendo para se tornar mais efetivo?

Ciclo de Discípulos

A célula é uma comunidade. É onde a vida acontece junto com outros crentes que amam Jesus Cristo e são gratos por Sua salvação. Amadurecemos mais depressa em nosso relacionamento com Jesus quando estamos em comunidade; não fomos designados para ficarmos sozinhos! (Genesis 2:18)

No entanto, temos de cuidar de não apenas satisfazer nossas necessidades ou simplesmente satisfazer a nós mesmos na célula. Jesus disse que deveríamos reproduzir novos seguidores Dele para alcançarmos nossa maturidade.

Em toda célula haverá aqueles que são mais velhos, mais maduros em Cristo que outros. Cada grupo deveria também ter novos crentes, que irão imitar os membros mais maduros no corpo de Cristo até que também cresçam, buscando alcançar "a altura espiritual de Cristo". (Efésios 4:15)

Uma vez que um crente amadurece substancialmente, os outros no grupo confirmam o crescimento ocorrido e começam a orar para que esse membro se torne um novo líder de célula. Quando o novo líder atrai novos convertidos, ele/a se torna aquele a ser imitado e o ciclo continua. Como Paulo afirmou: "Sejam meus seguidores como eu sou de Cristo." (1 Corintios 11:1)

Deixe-me terminar afirmando que nós não seremos totalmente discipulados ATÉ que tenhamos produzido outro discípulo. Nós não nos sentiremos completos em nossa caminhada com Jesus, isso é, sentiremos um vazio em nós mesmos até que tenhamos discipulado alguém a ser como Jesus. pode ser que você esteja se sentindo sentir dessa maneira agora sem ter percebido que esse era o componente que faltava. Vá em frente e faça o que Ele disse: "Vão e façam discípulos" e vocês completarão sua maturidade.

Como Cristo moldou discípulos

Quando Jesus disse a Seus discípulos que fizessem novos discípulos, em Mateus 28:18-20, ele teve a visão de que eles seguiriam o processo que ele já lhes havia demonstrado. Afinal, ele tinha vivido com esses homens em um grupo pequeno. Nesse processo, os doze descobriram que em comunidade pode ser difícil mascarar limitações, egoísmo, ignorância e inveja. Lentamente, esses homens perceberam que deveriam abandonar seu estilo de vida competitivo. O maior deles seria aquele que se tornasse o servo de todos.

O ministério de Cristo, na maior parte, realizou-se nas casas, não em prédios formais (Marcos 2.1; 7.14-27; 9.33; 10.2-12; Mateus 13.36). Nós O vemos nas casas de Pedro, Mateus, um governador, Simão o leproso, Simão e André, Levi, um Fariseu, Jairo, Zaqueu e Marta. Ele se referiu ao dono da casa em Jerusalém como aquele que considerava seu melhor quarto como o "quarto de hóspedes" de Jesus (Marcos 14.14).

A atmosfera das casas, integração do grupo e o ensinamento aplicável foram os três ingredientes de preparo dos discípulos de Cristo para transformar o mundo e liderar a igreja primitiva. Os discípulos continuaram o processo de casa em casa e no pátio do templo (Atos 2.42-46; 5.42).

Deus continua a usar a igreja baseada em células para fazer novos discípulos hoje. A célula é o útero onde os discípulos são formados. A celebração intensifica o processo. O treinamento em células prepara os novos discípulos para a batalha.

Como é feito o processo de discipulado na sua igreja?

Estabelecimento de Metas Saudáveis

Gostei muito do que Mario Vega disse em nosso JCG evento em 2011. Ele disse: "Multiplicação é um sinal visível do discipulado e da saúde espiritual".

Algumas igrejas têm um sistema de células que funciona e se desenvolve e produz células saudáveis capazes de se multiplicar, como a igreja Elim (11.000 células). Como um belo pomar, há muito fruto crescendo naturalmente nas árvores de Elim. Outras igrejas, por outro lado, não estão multiplicando células porque o solo ainda precisa ser arado. Estive treinando pastores que não podiam seguir adiante porque eles mesmos ainda não haviam apreendido valores chave sobre células. Meu trabalho como coach era ajudá-los a compreender a base bíblica para o ministério de células, o trilho de treinamento, o poder da oração, etc. Deus primeiro teve de transformar esses pastores antes que eles pudessem produzir líderes por meio do ministério de células.

Outros pastores estão prontos para seguir em frente. Estive treinando um pastor que captou a visão de célula e leu muito a respeito do ministério de células. Ele então começou uma célula protótipo saudável, modelou o que ele queria que outros seguissem, preparou os membros por meio do treinamento e agora tem quatro novas células. Sua meta é ter doze células até o final do ano, e eu acredito plenamente que ele fará isso.

Um outro pastor que estou treinando viu suas células diminuírem porque um pastor deixou a igreja para abrir outra num local próximo. Sua meta para 2012 é manter saudáveis as atuais dez células, enquanto multiplica mais duas. Sua meta é ter doze células de doze pessoas em 2012.

Onde você está na jornada de células? Você precisa primeiro arar o solo em 2012 e começar suas metas de multiplicação em 2013? Você está pronto para correr este ano porque as pessoas foram preparadas por meio do treinamento de células ou estão sendo preparadas? Conheça o estado do seu rebanho, identifique sua posição na jornada, ore sem cessar e siga em frente.

Crescimento numérico e espiritual

Quando falamos sobre multiplicação de células, penso que tanto a quantidade como a qualidade devem ser igualmente consideradas. Nesse debate, o estabelecimento de metas para o crescimento e desenvolvimento é essencial. Quando estabelecemos objetivos numéricos realistas, temos a tendência de sermos mais diligentes, cuidando e treinando para melhorar a qualidade da vida em comunidade.

Embora os números não sejam os únicos indicadores de saúde e crescimento do grupo, eles podem revelar coisas importantes. O termo "indicador principal" é frequentemente usado nos meios financeiros como algo que pode ajudar a indicar um evento futuro. Creio que estatísticas numéricas podem ser indicadores importantes para a multiplicação ou falência de uma célula. Por exemplo, se uma célula cresceu numéricamente, com membros participando de um trilho de treinamento, é provável que mais cedo ou tarde experimentará uma multiplicação. O coach pode preparar o líder para esse futuro inevitável.

Ao contrário, um grupo em que a média de frequência está em declínio ou que se reúne apenas esporadicamente terá mais chance de morrer.

Os principais indicadores de crescimento numérico contamuma parte da história. Porém, é importante conferir a qualidade desse crescimento. Joel Comiskey cita Werner Kniesel em seu recente livro Myths & Truths of the Cell Church [Mitos e Verdades da Igreja em Células]: "Então a multiplicação também depende de os membros estarem em um processo saudável de discipulado".

Fazer perguntas de diagnóstico do grupo, compromisso de evangelismo e seu fruto, preparo de um novo líder/discipulador, evidência de crescimento espiritual, etc. Também há muitos recursos excelentes de avaliação que podem ajudar no exame da prontidão do grupo.

O equilíbrio de estabelecer metas numéricas realistas e então prover a liderança e o treinamento para alcançá-las de uma maneira saudável conduz a um crescimento tanto numérico como espiritual.

Formando novos líderes por meio das células

Devido à receptividade em El Salvador e às dinâmicas que as igrejas aqui vivenciam, nós consideramos que um crente pode se tornar um líder de célula seis meses após se converter. Por isso, nosso trilho de treinamento dura vinte e seis semanas, ou seja, seis meses.

Quando a pessoa nasce de novo, ela é imediatamente levada a uma célula, se a conversão ocorreu no culto. Se a pessoa se converte na célula, ela permanece nela. Uma semana após sua conversão, ele começa a primeira lição da Rota dos Líderes.

A primeira lição é relacionada ao tópico da salvação. O novo convertido é ensinado sobre o que aconteceu em sua vida agora que ele crê em Jesus. Nas primeiras treze lições, ele aprende os elementos básicos da fé cristã. A partir da lição catorze, ele começa a aprender sobre a dinâmica de células. Ele é instruído em cada um dos assuntos remanescentes até completar todo o trilho de treinamento.

Mas o curso só é a parte teórica do treinamento. Paralelamente, o novo crente esteve imerso na vida de célula. Ele tem sido parte dessa célula desde sua conversão e provavelmente até antes de sua conversão, como visitante. Essa realidade permite a ele entender os aspectos práticos da vida em célula porque ele já está profundamente imerso no ambienteda célula.

Combinando o aspecto teórico com o prático, novos líderes são continuamente treinados e enviados. Isso é muito importante, pois somente a multiplicação de líderes produz a multiplicação das células.

Pensando sobre metas de crescimento

Estabelecer metas é uma importante função da liderança. É apenas um principio geral. Se nós não estabelecemos metas, então como saberemos onde devemos focar nossa energia? Como vamos estar capazes de trabalhar como um time?

É claro que isso se aplica para a determinação dos objetivos de crescimento do grupo. Joel Comiskey tem um excelente capitulo em Making Cell Groups Work: Navigation Guide [Fazendo

Células Funcionarem: Guia de Navegação] na determinação de objetivos. Se você ainda não o leu, deve lê-lo. O que segue tem o proposito de construir sobre e reforçar o que Joel disse. Eu gostaria de sugerir que há algumas diferentes perspectivas ou abordagens na determinação de um objetivo:

1. A abordagem de que Todo Crescimento é um Bom Crescimento: Se você estabelecer metas dessa maneira, seu foco será apenas nos números. E é claro que com o maior crescimento que você tiver, melhor as coisas estarão indo. É colocada pouca ênfase no que realmente está acontecendo nos grupos. O foco permanece em estabelecer alvos altos e desafiar as pessoas as pessoas a fazer o que for preciso para alcançar esses alvos pelo bem do evangelho.

2. A abordagem de Focar em Qualidade e Deixar que o Crescimento Aconteça (como o Senhor quiser): Aqueles que optam por essa abordagem focam a maior parte de sua energia em profundidade, o que usualmente significa discipulado baseado em informação.

Se o primeiro trata exclusivamente de quantidade (fatores dificeis); o segundo trata exclusivamente de qualidade (fatores fáceis). Eu gostaria de sugerir uma abordagem diferente de estabelecer metas. Essa abordagem nos chama para estabelecer metas para ambos, tanto os "fatores difíceis" e alguns "fatores fáceis" chave. Por exemplo, nós sabemos estatisticamente os fatores chave que levam um grupo ao crescimento. Isso pode ser encontrado no livro Explosão da Igreja em Células, de Joel Comiskey, e as mais recentes análises estatísticas de Jim Egli em seu livro PeSmall Groups Big Impact [Pequenos Grupos, Grande Impacto].

Lá você vai encontrar os fatores fáceis chave que grupos e pastores devem focar. Eles podem determinar alvos baseando-se nesses fatores. Ao mesmo tempo, eles podem determinar fatores difíceis como metas que correspondam com o nível dos fatores fáceis. Em outras palavras, se 20% dos grupos estão acima da média nos fatores fáceis, é bem provável que você esteja vendo apenas crescimento, além daqueles poucos que estão dispostos para mudar o jeito de fazer as coisas. Se 75% dos grupos estivesse acima da média, então você pode esperar um crescimento muito maior e então ter objetivos de crescimento muito mais agressivos.

Portanto, quando você está pensando em estabelecer metas, pense tanto nos fatores fáceis e difíceis. Estabeleça metas para os fatores fáceis de crescimento em oração, para crescimento em compartilhar a vida e hospitalidade, generosidade, desenvolvimento de relacionamentos com aqueles que precisam de Jesus e mentoria. Então dê a eles algum recurso que os ajudará a crescer nesses "fatores fáceis". E então também determine metas com fatores difíceis para crescimento em números baseados na habilidade dos grupos de experimentarem a vida de

Cristo nos fatores fáceis. Esse tipo de processo de estabelecimento de metas tem muito mais chance de resultar num crescimento duradouro do reino.

Discipulado: A base para qualidade e quantidade

Ouvi certa vez um pastor dizer que um casal saudável precisa se proteger para NÃO reproduzir vida. O mesmo pode ser dito de discípulos. Discípulos saudáveis reproduzem vida em outros discípulos. E grupos saudáveis naturalmente reproduzem novos grupos. Em outras palavras, qualidade resultará em quantidade. Vemos isso acontecer em igrejas de todo o mundo.

Nos Estados Unidos, muitas pessoas adotaram células pensando que a quantidade simplesmente aconteceria. Creio que todos nós presumimos que sabíamos como viver em uma comunhão de qualidade que se reproduziria. Porém, o problema é que adotamos o padrão de células que descobrimos em igrejas em células em crescimento ao redor do mundo, mas falhamos em adotar o padrão de discipulado relacional que na verdade produz discípulos de qualidade. Por isso, obtivemos grupos de pessoas que não estão se desenvolvendo como discípulos.

Isso resultou em duas coisas. Primeiro, decidimos que o discipulado era uma opção. Isso é fácil nos Estados Unidos. Discipular pessoas nos EUA, onde as pessoas pensam que frequentar reuniões as qualifica como bons cristãos dificulta o verdadeiro discipulado. Ser um cristão nos EUA nos custa pouco e não requer discipulado. Então, concluímos que a frequência significa qualidade e por isso é suficiente.

Isso também resultou no comprometimento do significado de multiplicação. Vejo muitos grupos se multiplicando e sistemas de células crescendo rapidamente, e de forma alguma isso ocorre como resultado de discipulado. Esses grupos estão aumentando em quantidade, mas na realidade estão simplesmente ajuntando pessoas que vêm e têm seu compromisso marcado na grande igreja da cidade no final de semana. A quantidade é grande, mas a qualidade está longe do que se espera quando pensamos no significado de ser comunidade que vive o Reino de Deus.

Qualidade de grupo, o tipo que demonstra a vida do Reino de Deus, é o resultado do discipulado e da formação espiritual que se multiplicará naturalmente. Crescimento que ocorre porque uma igreja tem mais dinheiro e melhores oradores e pode organizar melhor seus grupos que outras pode nos levar a pensar que nossa quantidade é melhor do que é de fato.

A verdade é que a qualidade pode estar longe do que queremos que seja. O discipulado do Reino resultará na formação de comunidades que se sobressaem como luz e amor numa terra de escuridão e ódio. Essas comunidades de graça não podem deixar de produzir outros discípulos e grupos. Geralmente, isso começa lentamente, mas é assim que acontece com a semente de mostarda do Reino de Deus.

Você tem uma meta?

Metas nos ajudam a nos manter motivados, aferem o progresso e aumentam nossa eficácia. Se não afixarmos uma meta no quadro, nós a perderemos de vista toda vez! Muitas vezes podemos cometer o erro de não estabelecer metas atingíveis.

Veja aqui os cinco passos simples para estabelecer metas realistas:

1) Seja específico. Explique aos líderes quais são os indicadores da saúde do grupo; ou seja, frequência semanal, membros passando pelo trilho de treinamento, meses de reuniões consecutivas, evidência de vida transformada, etc.

2) Seja realista. Estabeleça um número realístico de grupos para multiplicar e líderes para preparar em um tempo realizável. Leve em conta o sucesso passado, avalie em que ponto as pessoas estão no seu trilho de treinamento.

3) Inclua uma maneira de medir o seu sucesso. Use um mecanismo de relatório de grupo como o que é oferecido por Churchteams (www.churchteams.com).

4) Pense em Curto Prazo e Longo Prazo. Quais são suas metas numéricas trimestrais e anuais? Metas de Curto Prazo podem ser úteis para fazer ajustes no meio do caminho.

5) Seja flexível. Recentemente, Mario Vega sabiamente disse que as metas devem ser escritas com lápis e com uma borracha à mão. Avalie o progresso periodicamente. Verifique quais são as necessidades individuais e faça os ajustes, se necessário.

Quais são os métodos que você usa com líderes para ajudá-los a estabelecer metas realistas?