A Netnografia e a Análise de Comunidades

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A Netnografia e a Análise de Comunidades Virtuais: um Estudo de Caso Aplicado Aos Discentes da Ufrrj. Daniel Martins Abelha [email protected] UFRRJ Silvestre Prado de Souza Neto [email protected] UFRRJ Silvestre de Mello de Souza [email protected] UERJ Felipe Joaquim Ribeiro Guedes [email protected] UFRRJ Resumo:O presente artigo é o resultado inicial de uma pesquisa conduzida junto aos graduandos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para identificar seus comportamentos mais comuns como usuários de redes sociais. Trata-se de uma pesquisa empírica exploratória, de caráter qualitativo e quantitativo, no que se refere aos procedimentos utilizados, além da utilização da etnografia digital, mais conhecida atualmente como “Netnografia”. A metodologia utilizada é inovadora na medida em que se fundamenta no recurso de contatar os indivíduos pesquisados por meio dessas redes buscando compreender seus comportamentos nesse âmbito digital. Chegou-se a um total de 1104 respondentes em um curto espaço de tempo - aproximadamente 2 meses - possibilitando um perfil inicial dos estudantes da UFRRJ em relação ao uso de redes sociais virtuais e suas principais características. Palavras Chave: Comunidades onlines - Inovação - Netnografia - -

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Discussão sobre a netnografia enquanto metodologia de pesquisa.

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A Netnografia e a Anlise de ComunidadesVirtuais: um Estudo de Caso Aplicado AosDiscentes da Ufrrj.Daniel Martins [email protected] Prado de Souza [email protected] de Mello de [email protected] Joaquim Ribeiro [email protected]:OpresenteartigooresultadoinicialdeumapesquisaconduzidajuntoaosgraduandosdaUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro para identificar seus comportamentos mais comuns comousuriosderedessociais.Trata-sedeumapesquisaempricaexploratria,decarterqualitativoequantitativo, no que se refere aos procedimentos utilizados, alm da utilizao da etnografia digital, maisconhecida atualmente como Netnografia. A metodologia utilizada inovadora na medida em que sefundamentanorecursodecontatarosindivduospesquisadospormeiodessasredesbuscandocompreender seus comportamentos nesse mbito digital. Chegou-se a um total de 1104 respondentes emum curto espao de tempo - aproximadamente 2 meses - possibilitando um perfil inicial dos estudantesda UFRRJ em relao ao uso de redes sociais virtuais e suas principais caractersticas.Palavras Chave: Comunidades onlines - Inovao - Netnografia - - 1 - INTRODUO Ao discorrer sobre o tema em questo imprescindvel primeiramente enfocar que desde sempre o homem um ser essencialmente social, ou seja, est inserido em grupos sociais, tendo suagnesenafamliaeaps,sociabiliza-seemdiversasdimensesexpressando-semediante criaesdeorganismos,instituies,comunidadeseredespassando-seserelacionarcomas mesmas. Atualmente, devido ascenso primordialmente tecnolgica, houve uma amplificao das possibilidadesdeinteraoentreaspessoasnamedidaemquecontacomconexesexistentes paraalmdeseusmbitospresenciais,isto,hojeaspessoascontamcominmerase diversificadas criaes denominadas de redes sociais virtuais tambm chamadas de Web 2.0 promovendo com isso a interao social via Internet. Essas inovaes agem como facilitadoras derelacionamentossociaisconectandopessoas,estimulandoapluralidadedevozes,oconvvio comdiferentesculturase,consequentemente,experimentandocrescimentoeaprendizado incomensurveis. O uso das mdias sociais irradiou-se por todos os continentes e sua principal caracterstica a conectividade. A necessidade de estar conectado e fazer parte de um grupo intrnseca ao ser humano e isso facilitado por meio das redes sociais que permitem encontrar grupos especficos, por mais inusitados que sejam. Os usurios das redes sociais levam em conta diversos fatores ao escolher conectar-se ou no a algum. Talvez o principal deles seja o intercmbio de idias entre pessoas que geralmente possuem interesses e valores em comum a serem compartilhados. Sendo assim, um grupo de discusso composto por indivduos que supostamente possuem identidades ao menos semelhantes. DentreessesinstrumentosdeusopessoalmaisutilizadosnoBrasilequepodemter aplicabilidadeempresarialso,porordemdeimportnciaenmerodeusurios:Facebook, Orkut,Messenger,Youtube,Twitter,Skype,MySpace,Tumblr,Blogs,Fruns,Wikiscomoa Wikipdia, por exemplo -, dentre outros tipos de tecnologias sociais. Empresasquealmejamasustentabilidadeemlongoprazotmincorporadoasmdias sociaiscomoformadeagregarvaloraosseusprocessosinternoseexternos.Almdisso,essas ferramentasdecunhodigitalpermitemqueindivduoscomunssetorneminfluentesdevido reduodecustosqueaInternetproporcionaviabilizandoacolaboraoemmassaentre qualquer camada social e diferena cultural sem que haja limites geogrficos. Esteestudotemcomoobjetivoprincipalanalisarnososbenefcios,vantagense desafiosqueasmdiassociaispromovememsociedade,mastambmapercepoqueos estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro tm sobre a importncia do uso dessa ferramenta e o impacto dela nos meios social e empresarial. 2 - METODOLOGIAOpresenteartigooresultadodeumapesquisaempricaexploratria,deabordagem qualitativa e quantitativa. exploratria por consistir na coleta de dados e informaes sobre um fenmeno pouco explorado em pesquisas e possui atributos quantitativos e qualitativos, pois alm de descrever aspectos dos discentes da UFRRJ como idade, perodo, percepes e caractersticas desses enquanto usurios de redes sociais, tambm contabiliza os estudantes da UFRRJ mediante umaamostraobtidaporoportunidade,pelocontatonessasplataformasvirtuaisdasquaisos mesmos participam ativamente. Oestudofoirealizadocomaaplicaodeumquestionriotratadopormetodologia descritiva, com amostragem no probabilstica e no intencional por acessibilidade, por meio do qual foram coletados dados relevantes em torno de toda a extenso da Universidade UFRRJ pelos seusdiferentescursos,combaseem25perguntasobjetivaseoutrasabertasquedeveriamser respondidas pelos estudantes universitrios com acesso a Internet. Oinstrumentodepesquisautilizadofoiumquestionriopreviamentetestadoe disponibilizadoemumsitecomrecursodoGoogleDocs.Paraanlisedosdadoscoletados utilizou-se o software Statistical Package to Social Sciences for Windows (SPSS). Outrorecursoutilizadoemmtododeavaliaoonlineamineraodedadosou datamining, buscando a descoberta de conformidades, modelos ou tendncias de extenso volume de dados lanados em banco de dados visando identificar grupos e similaridades relevantes para o processodecisrio.Pode-se,ento,estabelecermodelosdecomportamentoapartirdosdados colhidos. A tcnica de minerao de dados no substitui a tarefa do pesquisador, porm, beneficia o processo decisrio no que se refere aos caminhos percorridos ao longo do processo de ensino-aprendizagem (MARULA e BENINI FILHO, 2009). CarpentereLachtermacher(2005)realizaramestudosaplicandoametodologiade minerao de dados (datamining) com a finalidade de estabelecer conhecimento implcito em um banco de dados de alunos do sistema acadmico de uma instituio de ensino superior. Para isso, foramanalisadosalgunsdadosdosalunos,relacionando-oscomoseudesempenhopara determinar quais os fatores que mais afetam o desempenho dos alunos. Para atingir esse objetivo foiutilizadoumsoftwareespecficoparamineraodedados(DataMining),sendopossvel obter uma srie de novas informaes relevantes. Freitasetal.(2007)realizarampesquisasobreconceitos,tcnicaseaplicaesdestametodologia e concluram que essa tcnica tende a englobar novas reasde atuaoem virtude de seu potencial em revelar conhecimentos no triviais ao pensamento humano. Para os autores, esse potencial crescimento tem despertado empresas e grupos de pesquisa para a necessidade de aprimorar as tcnicas existentes e desenvolver novas tcnicas, respaldando especialistas das mais diversas reas a atuarem na descoberta do conhecimento implcito. Finalizandoametodologia,ressalva-seaimportnciadaNetnografiaparaarealizao destapesquisa,ondeospesquisadoresaplicaramsuastcnicasafimdeconheceremo comportamento ciberntico dos estudantes da UFRRJ.SegundoKonizets(1988,p.367)anetnografiapodeserutilizadadetrsdiferentes maneirasprincipais:1)comometodologiaparaestudarculturascibernticasecomunidades virtuais;2)comoferramentametodolgicaparaestudarculturascibernticasecomunidades virtuais derivadas; e 3) como ferramenta exploratria para estudar tpicos em geral. Noveli(2010)ressaltaemseuestudoqueaNetnografiapodeserapresentadacomo sinnimodepesquisacombaseemdadostextuais,deprefernciafacilmenteextradosem grandesporesaumcustobaixoeeconomizandotempo,tudoissoatravsdacomunicao mediadaporcomputadores(CMC)fornecendoumafontericadedadosparaanlise.Ademais, comosurgimentodaWeb2.0esuasredessociais,essaspossibilitaramoacessocadeiade amigos que podem ser respondentes em potencial, como observado pelos pesquisadores durante a coleta de dados, quando se chegou a mais de mil respostas ao questionrio proposto em menos de 50 dias, por meio de contato nas redes sociais, em particular o Facebook. 3 REFERENCIAL TERICOAdigitalizaoestpresenteconstantementenasociedadeejvemfazendopartedos hbitos humanos nessas ltimas dcadas. O mesmo ocorre no ambiente organizacional. J se tem conscinciadaenormenecessidadequeaspessoaspossuemdamediaodigital.Agrande discussoagoraestvoltadasobrecomooprocessodecomunicaoemredepodemodificaro processodecomunicaoorganizacional.Atravsdaenormeflexibilidadeeagilidadeinovativa inerenteaessarealidadeinterconectada,faz-senecessrioqueasorganizaesadquiram competncias digitais a fim de se adequarem a esse processo vigente (CORRA, 2009). Asociedadevivenaeradaintelignciaconectadaecolaboraoemmassa,ondea Internetdacessoaoconhecimentocontidonocrebrodeoutraspessoasemqualquerpartedo mundo.umaverdadeirarevoluotrazendomudanastoprofundasquantoaquesepultouo feudalismoeinaugurouaeraindustrial.Essanovaformadecolaborar,tambmchamadade inovaocolaborativa,trarmudanastoprofundasnaestruturadascorporaesemum sculotransformandoomodocomoomercadoteminovadoecriadobenseservios,fazendo com que as pessoas sejam elas clientes, funcionrios ou fornecedores se juntem e criem valor, semanecessidadedeumsistematradicionaldehierarquias.Consumidoresefuncionriosesto cada vez mais participando desse meio digital multicultural manifestando-se de diversas formas, sejabeneficiandocorporaeseinstituiespblicasatravsdaproduocolaborativaou promovendoprotestosvirtuaiscontraessasentidades,comasprticasdeciberativismo,dadoa facilidade de acesso (TAPSCOTT, 2010). Ocomportamentocibernticodosinternautasnoseresumesomenteacolaboradorese protestantes virtuais, evidencia o Ecmetrics (2010), uma instituio privada focada em estudos de mdiassociais,emsuarecentepesquisarealizadanofinalde2010,com2440entrevistados, demonstrandoquesodiversasasformasdosinternautassecomportaremnaWeb.Deacordo comosresultados,umperfildosbrasileirosnasmdiassociaisfoiformulado,tendosido descobertooitocategoriascomportamentaisdessepbliconaInternet.Dentreessas,encontram-seoscriadoresdecontedoquedivulgammaterialnovoouexclusivonaredeeoscrticosque preferem avaliar e criticar justamente esses contedos postados pelos criadores. De acordo com a pesquisa(ECMETRICS,2010),essesdoistiposdecomportamentosconcentraram-seentreas mulheresjovens.Outrascategoriasimportantesso,respectivamente,oscoletoresdecontedo buscandoinformaesnaredeconformesuasnecessidadeserealizandodownloadscommais freqncia, os espectadores que cultivam o hbito de observar vdeos e podcasts e os conectores, estando esses inseridos em grandes redes de relacionamento: os homens mais jovens destacaram-se nessas trs categorias. Destacam-se tambm os participativos, que so as pessoas que possuem maior propenso em participar de aes na Internet e os interativos, que costumam compartilhar comseuscontatosopiniesesugestesarespeitodeprodutoseservios,integrantes principalmentedaclasseCmostraram-sepresentesnessasduascategorias.Naoitavaeltima categoria,encontram-seosconsumidores,marcadosporteremohbitodefrequentaremo comrcioeletrnicoeapresentaremmaiorestaxasdecomprasonline,cujasrespostas concentraram-se nos indivduos de idades mais avanadas e pertencentes classe A. Emrelaoaoambienteorganizacional,umindivduoqueageengajadoesetorna colaborativo, realiza trabalhos antes impensveis e, se o grupo se comporta da mesma forma, os resultadossoextraordinrios.Oenvolvimentodosprofissionaiscomotrabalhonecessidade bsicaparaqueelesatuemmotivadosequeiramfazerpartedotodocontribuindodamelhor forma que puderem. A empresa que tem engajamento em sua cultura organizacional direciona os funcionriosparaatingirseusobjetivosfazendocomqueessesproduzammais(JUEETAL, 2010). A Internet tem possibilitado o prosseguimento das relaes humanas do mundo real para o mundovirtual,comentaRos-Martn(2009).Paraele,aspessoastmobtidodesenvolvimento pessoal atravs do compartilhamento de novos conhecimentos, alm de adquirirem a capacidade de organizar aes conjuntas com os demais integrantes nessas redes. No campo acadmico no temsidodiferente.Aessnciadasuniversidadesestnaconstruodepalcosdedebateslivres sobre pensamentos, teorias e comportamentos diversos. Quando se foca no ambiente virtual, esse na verdade uma continuao desse espao intelectual, porm, agora, apresentando-se com uma roupagem globalizada arraigada por valores vigentes da era do conhecimento. Arespeitodesseengajamentoproporcionadopelasredessociais,tem-sevisto recentemente,atravsdaexposiojornalstica,opoderdelasparafomentardiversas mobilizaes virtuais ao redor do planeta. Como um exemplo claro, o mundo presenciou um caso real exposto pela mdia demonstrando a forma como o povo egpcio se uniu em uma velocidade toespantosa,quantocomumaforaextraordinria,apontodederrubaroex-ditadorHosni Mubarak. Atravs dessas tecnologias digitais nesse caso, em especial, o Facebook -, militantes egpciosreuniramnessasredeseatrarammultidesparaasruasafimdeprotestaremcontrao governo opressor de Mubarak tendo como consequncia, a sua queda do poder (KIRKPATRICK, 2011). SegundoBurrus(2011),ousocorporativodaWeb2.0representaumanovatendncia chamadanegcios2.0,queserefereutilizaodeaplicativosderedessociaisdeforma inteligenteetransparente,estimulandoacolaboraointernaeorelacionamentoentreclientes atravsdeumcustobaixoemalgunscasos,deformaatdegraafazendocomqueessas ferramentas fiquem acessveis at para as menores empresas do mercado. ParaRos-Martn(2009),umservioderedesocialseriaaexistnciadeumaplataforma Web, cujo fim est na criao de comunidades representando as conexes pessoais que vo alm docontatofsico,possibilitandoocompartilhamentodeinformaesatravsdeservios agregadosdemensagensdetexto,publicaodefotos,amostragemdevdeos,formaode gruposdeinteresse,dentreoutrosmateriais,todosessesproporcionadosporempresascomoo Youtube ou o Facebook, por exemplo. De acordo com Corra (2009), todos os modelos de produo da informao feita atravs dosconhecidosveculosmiditicosparaaformaodeopiniodasociedadecomoaTVeo rdio tm partilhado espao com o advento das mdias sociais, inovao essa que surge para dar poderaoscidadoscomuns.Almdisso,essasferramentasinovadorastmmuniciadoseus usuriosparaaesdecomunicaoerelacionamentoautnomaspossibilitandoessesa produzirem, utilizarem, comentarem ou compartilharem informaes na rede. Quandosedestacaaquestodainovaonombitoempresarial,estaseapresentade diversasformas,podendoserdesdeainvenodeumprodutoatamelhoriadeumprocesso produtivo ou reduo de custos. Ademais, nos dias de hoje, empresas que anseiam ter sucesso no mercadoesedesenvolveremlongoprazo,precisamimplantarumaculturainovadoraemsua gesto organizacional (SUCIU e PETRESCUPRAHOVA, 2011). Paraquesehajaainovaoefetivanoambienteorganizacional,oconhecimentoeo aprendizado devem interagir juntos, pois esses formam a base para a inovao, afirmam Tomal etal(2005).Nesseaspecto,asredessociaistmumaparticipaofundamentalparaesse processo,poiselasestimulamatrocadeinformaesentretodososseusparticipantes impulsionandogeraodenovosconhecimentos,melhorandoacapacidadetecnolgicaeo know-how de seus colaboradores que interagem nelas. AindasegundoTomaletal(2005),essasredespossuemoformatoorganizacionalmais adequado para promover o aprendizado intensivo e a permuta de conhecimentos tcito e explcito simplesmentepelofatodequeaconstituiodessas,emseusdiferentesformatoseaplicaes, flexibilizamasrelaeshumanas,jqueelasmantmcanaisefluxosdeinformaoemquea confianaeorespeitoentreatoresosaproximameoslevamaocompartilhamentode informaes que incide no conhecimento detido por ele, modificando-o e ampliando-o. ComoformadesecompreendermelhoressasrelaesmediadaspelaWeb,surge concepodaNetnografia,sendosinnimodeetnografianaInternet(KOZINETS,2002,pg. 61). Esta uma metodologia qualitativa concebida para investigar comportamentos deconsumo de culturas e comunidades presentes naInternet (KOZINETS, 1998). A etnografia direciona seu foconodiscursoenocomportamentoobservadoduranteapesquisafaceaface.Sehouver mediaoentreaspartescomusodomeiovirtual,diz-sequesepraticaamesmaaoembora permanea dvida quanto identidade do informante (KONIZETS, 2002). Estatcnicasurgenofinaldosanos90,usadainicialmentenareadeMarketingcomo umaferramentametodolgicadeestudosnocampodocomportamentodoconsumidor,onde pesquisadoresutilizavamparainvestigarecompreendermelhorculturaspopularesdeconsumo, presentes em sites informais na Internet (SANDLIN, 2006). Em seu estudo, a autora utiliza esse mtodoparaexaminarocomportamentodeleitoresdigitaisdarevistaBudgetLivingem fruns, presentes na rede. ParaNoveli(2010),aNetnografiasurgeemfunodanecessidadedaacademiaabordar um novo ambiente, que seria o virtual. Este novo espao no est necessariamente separado do espaofsico,isto,omundoonlineseriaumacontinuidadedarealidadedoambienteoff-line. Nessesentido,interessantenotarque,dentreascomunidadesougruposqueumpesquisador viriaaestudar,pode-sedestacaroambientepuramentevirtual.Logo,osetngrafosprecisam incorporaraInternetemsuaspesquisasparaentenderadequadamenteavidasocialnaera contempornea.4 ANLISE DOS RESULTADOSAanlisedosresultadospermitiuidentificaroperfildosestudantesdaUFRRJ comparando as respostas de seus 36 cursos.Verifica-se na Tabela 1 que 50% dos respondentes formadoporpessoasdosexofemininoe37,4%,masculino.Adiferenasedeveaofatodeum nmero significativo no ter declarado o sexo, deixando de responder a essa pergunta. No existe umaexplicaoparaessarecusaemresponderqualosexo,fazendosuporquesetratade distrao, apenas. Tabela 1: Sexo OpesFrequnciaPercentual (%)% AcumuladoSem Resposta13912,612,6 Feminino55250,062,6 Masculino41337,4100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. A maior parte dos participantes da pesquisa est na faixa entre 21 e 25 anos. A MODA 21 anos. A mdia 20 e a MEDIANA 21. O mais novo declarou ter 17 anos e o mais velho, 57. Segundo Chappuis et al (2011), para o pblico menor de 36 anos, as redes sociais j o canal de comunicaopreferidosubstituindoemails,chamadastelefnicasetorpedosdecelularesna pesquisa,cercade85%dosusuriosconcentram-senessafaixaetria.Entretanto,segundoos autores,ousodasredessociaisvemcrescendorapidamenteentretodosossegmentos,tendo dobrado o nmero de participantes com idade acima de 55 anos. Tabela 2: Idade OpesFrequnciaPercentual (%)% AcumuladoSem resposta 15013,613,6 De 17 a 20 anos37333,747,3 De 21 a 25 anos40938,084,3 De 26 a 30 anos1019,193,4 De 31 a 35 anos262,395,7 De 36 a 40 anos161,697,3 De 41 anos ou mais292,8100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. Ainformaoquantosredessociaisqueelesusaminteressante.Agrandemaioria usurio do Facebook (97,6%), rede social mais utilizada no mundo com mais de 900 milhes de usurios ativos e, no Brasil, ultrapassou recentemente o Orkut possuindo mais de 40 milhes de brasileiros(PAVOeSBARAI,2011).Essaredetambmconsideradaapreferidanas universidades,emespecial,nospasesocidentais.NaInglaterra,porexemplo,98%dos universitrios britnicos j aderiram a ela (BENSON et al, 2010). OMessenger,redesocialdaMicrosoft,ficouem2lugarcom73,4%deindicaesdos graduandos.JoLinkedIn,redesocialorientadaparanegciosquevisaamplificaras oportunidadesprofissionaisdeseuscadastrados,ondeexistemmaisde120milhesdeusurios ativos e mais de 180 setores industriais diversos (BURRUS, 2010), parece ter pouca importncia para osentrevistados, aparecendo emantepenltimo lugar(10,3%),atrs apenas do MySpacee de outras redes sociais pouco conhecidas no Brasil, como o Tumblr, Formspring, Filmow, Lastfm ou Flickr, por exemplo . DeacordocomBensonetal(2010),essasplataformasdigitais,seusadasdemaneira correta,podemfuncionarcomoimportantesferramentasparaampliaremasexpectativas profissionais dos estudantes que tero que enfrentar a concorrnciaempregatcia no mercado de trabalho,emespecial,discentesqueestoprximosdesegraduar.Istoporqueessasredes auxiliamaterum melhorrelacionamentocomseusempregadores,servindocomoumafontede networking e know-how corporativo.Tabela 3: Redes sociais utilizadas (permitia respostas mltiplas) OpesN de Participantes% dos Participantes Orkut54849,6 Facebook107897,6 LinkedIn11410,3 MSN81073,4 Twitter34831,5 MySpace464,2 Youtube75768,6 Skype31128,2 Blogs23321,1 Outros534,8 Total1104100,0 Fonte: dados da pesquisa emprica. Emboraapesquisapareatendenciosaporquegrandepartedosalunosforamcontatados pormeiodegruposexistentesnoFacebook,pode-sesuporqueissonoafetouoconhecimento doperfildosestudantes,tendoemvistaqueamaioriamostrouusarmaisdetrsredessociais simultaneamente. Seguramente, a maioria acessa a internet todos os dias e sempre acessa sua rede social.Somenteumapessoadeclarounoterperfilemnenhumaredee11deixaramapergunta sem resposta.Tabela 4: Com que frequncia acessa a Internet OpesFrequnciaPercentual% Acumulado Sem resposta111,01,0 Todos os dias76469,270,2 4 a 6x por semana24822,592,7 1 a 3x por semana777,099,6 Raramente40,4100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. AsrazesparaseusareacessarasredesestoresumidasnaTabela5,aseguir.Foram escolhidasduasmodasprincipaisparadefiniraprefernciadosqueresponderameobteve-se uma lista de preferncias bastante confivel, sendo o principal motivo para usar as redes manter relaes afetivas e a ltima razo para jogos online. A ordem em que foram colocadas as opes noquestionriomostraquaseperfeitamenteaescolhadosestudantes,excetopelosjogos,quea maioria rejeita. Tabela 5: Motivo para acesso a redes sociais OpesAfetivoProfissionalJogosNotciaEstudoCompras 0261828151625 1346170182311221117 2149195146223193142 3100239135207184160 4114201132138199166 599174163112146217 627010731898145277 Modas1/63/46/11/21/46/5 Preferncia136245 Fonte: dados da pesquisa emprica. A grande maioria concorda que as redes sociais influenciam as pessoas, seguramente. Da mesma forma a grande maioria concorda que as empresas so influenciadas pelas redes sociais. Tabela 6: As redes sociais influenciam os participantes OpesFrequnciaPercentual (%)% Acumulado Sem resposta171,51,5 Sim, seguramente87479,280,7 Sim, no sei explicar17315,796,4 No262,498,7 No sei responder141,3100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. QuandoanalisadososdadosdaTabela6,ficabastanteevidenciadoqueasredessociais so efetivamente influenciadoras. H uma diferena absoluta entre as respostas, mostrando que os hitsdasredes,comoosmemesdoFacebook,soclaramenteidentificados.Aspessoasusam camisetas com esses hits e outros produtos muito citados, eventualmente. Se, na opinio dos estudantes da Rural, as empresas so influenciadas pelas redes sociais, desesuporqueapropagandainformalouindiretafeitapelainternettenhaefeitosobreos mesmos e o debate sobre novos produtos e servios so socializados com o uso das redes sociais. Por esta razo, Dong-Hun (2010) comenta em seu estudo que multinacionais renomadas, queenxergamopotencialdasredessociaisparaampliaremaeficciadesuasestratgias organizacionais,jutilizamdessasmdiasparamelhoraremseussetoresdeP&D,gestodo conhecimento e explorao do Marketing viral. De acordo com a Revista Fortune, 79% das 100 melhoresempresasjincorporaramasmdiassociaisdealgumaformaemseusprocessos internos.Dessas,68%usamoYoutubetransmitindoumamdiade10vdeosporms,54% postam3,8mensagensporsemanaemseusperfisnoFacebook,mantmregistrosativosem Blogs e divulgam cerca de 30 mensagens por semana no Twitter. Tabela 7: As redes sociais influenciam as empresas OpesFrequnciaPercentual (%)% Acumulado Sem resposta131,21,2 Sim, seguramente75868,769,8 Sim, no sei explicar27324,794,6 No292,697,2 No sei responder312,8100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. Bastante interessante so as respostas sobre como as pessoas se identificam com os perfis dapesquisadoperfildosbrasileirosnasmdiassociais(eCMETRICS,2010).Seguramente,as pessoasnoseachamcriadoresdecontedoouinterativos,masseconsideramparcialmente crticos. So pesquisadores, preferencialmente, e parcialmente espectadores. Quanto ao consumo, consideramqueocaso,parcialmente.Comosoquasetodosencontradospormeiodegrupos do Facebook, natural que sejam muito conectados. Tabela 8: Como voc se classifica quanto ao uso das redes sociais OpesSem respostaMuitoParcialmentes vezesNo- Criador2285189430378s vezes e no Crtico22257377314134Parcialmente Pesquisador 3753433014063Muito Participativo25162343448126Parcialmente e s vezes Espectador2035035528792Muito ou parcialmente Consumidor 27157257425238s vezes e parcialmente Interativo27120206393358s vezes e no Conectado26400346221111Muito e parcialmente Fonte: dados da pesquisa emprica. A maioria acredita que as pessoas criam perfis e buscam redes sociais para se relacionar e conhecer pessoas, o que quasea mesmacoisa.Somente quatro declaram que a razo pode ser buscar contatos profissionais, o que pode ser algo prejudicial, levando-se em conta que, cada vez mais, as empresas tm utilizado essas redes como forma de recrutar seus candidatos e avaliar seus funcionrios.Ademais,deacordocomapesquisadeBENSONetal(2011),recm-graduados podemutilizaressasredesparaamelhoriadodesenvolvimentodesuascarreiras,podendoser utilizadascomofacilitadorasderelacionamentosempresariaisedesenvolvimentodecapital social.Logo em seguida, aparecem as opespublicar detalhes do seu dia a dia com 13,2% e a utilizaodessasredesparaoentretenimento,com7%deindicaes.DeacordocomPavoe Sbarai (2011), todos os dias no Facebook so publicados 250 milhes de fotos, 2 bilhes de posts socomentadosoucurtidoseaspessoasinteragemcom900milhesdeatraes-pginas individuais, eventos e comunidades. Tabela 9: Qual o principal motivo das pessoas criarem perfis em redes sociais OpesFrequnciaPercentual (%)% Acumulado Sem resposta191,71,7 Estreitar laos62957,058,7 Conhecer pessoas11610,569,2 Buscar notcias423,873,0 Entretenimento777,080,0 Publicar seu dia a dia14613,293,2 Contatos profissionais40,493,6 Outros 716,4100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. Os discentes concordam queexiste ameaa no uso de redes sociais e apresentam uma conscincia de que essas, se usadas de forma irresponsvel divulgandodados pessoais, vdeos oufotografias,porexemplo-podemcompromet-lostantoprofissionalmente,quantoemseus meiossociais,atravsderoubodecontasbancriasouutilizaodedadossigilosospor indivduos de m f (TAPSCOTT, 2011). Segundo Houghton e Joinson (2010), exemplos de violao de privacidade tm sido vistos frequentemente.Nombitocorporativo,temosoexemplodeumfuncionriodeumaempresa inglesaquefoidemitidoapsacompanhiatervistoemserperfildoFacebookumcomentrio postadoporeledequeseuempregoeraincrivelmentechato.Nomeiodascelebridades,h vrioscasosdefamososquejtiveramsuasintimidadesexpostasnaInternet,comoforamos casos das divulgaes de fotos nuas das celebridades Carolina Dieckmann, Scarlet Johansson e a atriz do Seriado Glee, Heather Morris. DeacordocomumapesquisarealizadapelaGentisPanel-umainstituioprivada dedicada a pesquisas de mercado em diversos setores em outubro do ano passado, constatou-se quedos1079entrevistados-sendoessesanalistas,supervisores,gerentes,diretores,vice-presidentesepresidentesdediversasempresasnoBrasil20%demonstraramtercertezaou acreditar que j houve promoes, contrataes ou demisses em funode avaliaes de perfil nas redes sociais. Tabela 10: Existe alguma ameaa nas redes sociais OpesFrequnciaPercentual (%)% Acumulado Sem resposta373,43,4 Sim93184,387,7 No827,495,1 No sei responder544,9100,0 Total1104100,0- Fonte: dados da pesquisa emprica. 5 - CONCLUSO OperfildosestudantesdaUniversidadeRuralfoilevantadoeametodologiafoieficaz para se atingir com rapidez um nmero significativo de indivduos em um curto espao de tempo. DeacordocomCavalcanti(2005),aInternetesuasredessociaissoferramentas poderosas de coleta de dados devido a sua capacidade viral, o que pode ser comprovado por meio desseestudo,atravsdoqual,emapenastrssemanasfoipossvelobtermaisde500 participaes dos estudantes a pesquisa. Aps seis semanas,1104 discentes de todos os cursos da UFRRJ haviam respondido ao questionrio sugerido por meio das redes sociais virtuais e grande partedessesretornavamaosemailsconcedendofeedbackspositivosinformandoqueiriam auxiliar o grupo de pesquisa repassando os questionrios aos seus amigos da rede ou post-la em seus grupos de interesse, em suas respectivas redes sociais. Outro ponto a ser salientado na pesquisa e tambm evidenciado por Cavalcanti (2005) em seu estudo a comodidade, reduo de custos e acessibilidade que a Web 2.0 pode proporcionar aqualquerpesquisadorcientficoquealmejautilizararedecomoformadecoletardados.O primeiro diz respeito opo dos entrevistados em responderem ao questionrio na hora em que desejarem.Dessaforma,orespondentetendeapreencherumquestionriodeformamais dedicada,garantindoumdepoimentocomqualidadeepropagandosuasidiascommaior preciso.Jarespeitodareduodecustos,observa-seaenormeeconomiadepapel,tempode entrevistadores e outras ferramentas que seriam necessrias caso a pesquisa se desse nos moldes de uma etnografia clssica e, sendo esse o ltimo ponto, est questo da acessibilidade, atravs do qual, so extensas as opes que as pessoas tm de acessar essas plataformas virtuais nos dias dehoje,sejampordiversosdispositivosexistentesnomercadocomacessoaInternet,como smartphones,palmtops,laptopseoutrosgadgetseletrnicos,ouatravsdelocaisespecficos, como lanhouses, cybercafs, salas de Internet em hotis e terminais pblicos. SobreaNetnografia,ressalva-seasuaimportnciaparaumamelhorcompreensode comunidadesvirtuaisestudadas.Nesteestudoemespecfico,ficaressaltadoocomportamento cibernticodosestudantesdaUFRRJ,ondeas1104respostasdemonstraramasuariquezade informaes a respeito das percepes, preferncias e atitudes mais comuns desses estudantes no espaovirtual.Estes,emsuamaioria,usamoFacebook,tendocriadoumperfilparaestreitar laosafetivos.Consideram-sepesquisadoreseespectadoresquantoaousodasredessociaise postam e buscam, principalmente, notcias de seu interesse.Figura 1: Motivo para acesso a redes sociais Fonte: dados da pesquisa emprica. Observa-sequegraficamentepossvelidentificaroperfildosestudantesdaRuralde maneira maisconcreta porque, embora a maior quantidade derespostas para o motivo afetivo comorazoparaseacessarasredessociais,essarazotambmapresentagranderejeio, mostrada claramente na Figura 1, obtida da Tabela 5, cuja curva forma um U. Apresenta uma aceitao em sua maioria absoluta, 31,3% aproximadamente, porm tem uma rejeio bem forte com 24,5% aproximadamente.A curva que indica o motivo sendo Compras tem uma rejeio suave com 59,78% das respostas entre as opes4, 5 e 6, sendo a 6 com 25,1%. A concluso queaspessoasnoacessamasredesparacomprar,maspodemserlevadasaisso,umavezque acessarampormotivosafetivos.Asempresasjdevemterpercebidoessatendnciaporque comum se verificar que existe propaganda subliminar e direta nas redes. Um quarto das pessoas rejeitacompras.QuantoaomotivoEstudo,observa-sequeosestudantesseequilibramnas respostas,mostrandoqueoacessoaredesnosefazeminentementeparaestudo,porm,as pessoas aprendem e usam suas redes nesse sentido. Por outro lado, o motivo Notcias, com sua curva descendente mostra como a busca por informaes efetivamente a principal razo para o acesso s redes sociais.Emboraapercepodosestudantessejadequesoconectados,elesseidentificam claramente como pesquisadores. Porm, a distribuio das respostas mais equilibrada para os itensespectadorecrtico,mostrandoseuverdadeiroperfilsegundoaanlisepessoaldos mais de mil e cem estudantes que participaram da pesquisa. A anlise das questes em aberto dever permitir obter mais riqueza de informaes sobre os estudantes e de como eles influenciam e se deixam influenciar pelos grupos a que pertencem e outros que encontram ao longo de sua convivncia virtual. Essametodologiadecontatocomparticipantesdecomunidadesvirtuaispermiteobter grandequantidadederespostasasurveysempequenoespaodetemposervindodemaneira significativaapesquisadoreseinteressadosemobterrespostasrpidaseopiniesesugestese mostrou que participar de pesquisas no um estorvo para esses usurios de redes sociais. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BENSON, Vladlena; FILIPPAIOS, Fragkiskos; MORGAN, Stephanie. Online social networks: changing the face of business education and career planning.Internacional Journal of e-Business Management, vol. 4, n 1, p. 20-33, 2010. 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