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Departamento de Física Aplicada +55 11 3091-0814 / [email protected]
Projeto Acadêmico do Departamento de Física Aplicada
do Instituto de Física da Universidade de São Paulo
Quinquênio 2019-2023
1. Missão, Visão e Valores
A missão e valores do Departamento de Física Aplicada estão em consonância
com os do IFUSP:
Missão: Promover a geração de conhecimento, a formação de pessoal qualificado e a
extensão de serviços à sociedade, com ênfase nas áreas de física aplicada, bem como em
suas ramificações interdisciplinares e em suas aplicações.
Visão: Ser reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade e relevância do
conhecimento que produz e pela excelência na formação de profissionais e líderes.
Valores: Realizar suas atividades buscando a excelência, com dedicação e respeito a
princípios éticos, tais como: zelo com bens públicos, integridade, transparência, liberdade
de pensamento e de expressão, respeito e espírito colaborativo nas relações interpessoais.
2. Panorama do Departamento de Física Aplicada (DFAP)
O DFAP foi fundado em 1993 com 29 docentes. Atualmente conta com 17
docentes, 3 técnicos administrativos e 16 técnicos especializados de laboratórios (6 nível
médio e 10 nível superior). Os docentes desenvolvem atividades de ensino, de pesquisa,
e extensão. Com uma redução significativa do quadro de docentes na ativa desde sua
criação (da ordem de 40%), o DFAP conta com a colaboração de 08 docentes seniores que
permaneceram no departamento após a aposentadoria. Estes contribuem com atividades
acadêmicas. Entre os docentes na ativa, o DFAP conta com 5 titulares (3 bolsistas 1B CNPq
e 1 SR CNPq), 3 associados (1 bolsista 1C CNPq e 2 bolsistas 2 CNPq) e 9 doutores (3
bolsistas 2 CNPq).
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As principais linhas de pesquisa do DFAP concentram-se em:
Instrumentação para o Ensino de Física e Formação de Professores;
Física de Plasmas;
Sistemas Dinâmicos;
Novos Materiais e Cristalografia;
Biofísica;
Física Atmosférica;
Física atômico-nuclear e análise de materiais;
Novos Materiais: caracterização e aplicações;
Dispositivos Ultrassônicos.
Nossos docentes coordenam ou participam de vários projetos de pesquisa de
grande porte, tais como Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia e Projetos Temáticos
FAPESP, sendo 02 deles intregrantes das Academias Brasileira e Paulista de Ciências.
Nossos docentes tem importantes cooperações internacionais.
Docentes do DFAP tem destacada atuação na área de Física Atmosférica e na
pesquisa sobre mudanças climáticas. Destaca-se também a participação de pesquisadores
do DFAP na formação continuada de professores de Ensino Médio, através de projetos
como o DINTER (Doutorado Interinstitucional) que possibilita a realização de pós-
graduação na USP de professores de unidades federais de ensino.
O grande parque de equipamentos modernos para a análise e caracterização de
materiais permite que o DFAP não apenas desenvolva pesquisas acadêmicas de alto nivel,
mas também colabore com serviços e parcerias em projetos com a iniciativa privada,
gerando novos produtos e patentes, uma atividade ímpar dentro do IFUSP.
Vários pesquisadores do DFAP são também usuários assíduos do Centro
Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), em especial das facilidades do
LNLS e LNNano. A construção de um novo síncroton brasileiro, o Sirius, conta com a
participação de pesquisadores do DFAP na concepção de novas linhas de luz e com a
colaboração dos pesquisadores do DFAP para formação de recursos humanos, os futuros
usuários deste novo laboratório de pesquisa de última geração. O uso de difração dinâmica
de raios X e espalhamento inelástico ressonante (RIXS) permitirão resolver detalhes
estruturais além do que é possível com técnicas convencionais, abrangendo desde
sistemas biológicos até materiais termoelétricos, isolantes topológicos e também os ditos
materiais quânticos.
Nestes, os graus de liberdade de carga, spin e orbital de estados eletrônicos,
dão origem a efeitos sutis e complexos. Neste tocante, nosso departamento é pioneiro no
Brasil ao aplicar tais tipos de experimentos em diversos sistemas complexos.
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Em termos de Sistemas com Relevância Biológica/Biofísica, docentes do DFAP
desenvolvem pesquisas na fronteira do conhecimento buscando entender relações de
estrutura e função de proteínas e suas interações com membranas biológicas e seus
parceiros, visando aplicações na área de novos medicamentos e na saúde pública.
Outro tema de pesquisa relevante do DFAP envolve a área de Sistemas
Dinâmicos que estuda o controle de turbulência em Plasma e de oscilações em sistemas
mecânicos, elétricos e em redes neuronais. A Levitação Acústica, um processo que faz
flutuar de forma controlada pequenas partículas no campo gravitacional, tem aplicações
que vão desde o processamento de petróleo, em parcerias com a Shell e a Petrobrás, até
aplicações farmacêuticas e nano-química.
Pesquisas sobre descargas de elétrons fugitivos na atmosfera e em plasmas
desenvolvidas no DFAP, são assuntos de interesse comum às áreas de Física de Plasma
e Física Atmosférica. A possibilidade de construção de um satélite brasileiro equatorial para
estudos da atmosfera poderá contribuir para as pesquisas focadas na Amazônia e em
grandes regiões urbanas, como São Paulo. Desta forma, dados agregados de torres, aviões
e satélites contribuirão para o estudo da poluição atmosférica que causa, dentre outros
efeitos, sérios danos à saúde.
Ainda sobre a física de plasmas, grandes colaborações internacionais
especialmente na construção do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER),
que é um projeto de reator experimental a fusão nuclear baseado na tecnologia do
Tokamak, envolve pesquisadores do DFAP no desenvolvimento de instrumentação
tecnológica de ponta.
Ainda com caráter interdisciplinar, as pesquisas no DFAP envolvem temas na
interface de Engenharia (modificações de superfície, novos materiais, interfaces,
nanoestruturas), com a Biologia (produção de veículos para vacinas orais e nanofármacos)
e outras áreas afins.
Os docentes do DFAP participam de modo ativo no ensino da graduação e da
pós-graduação do IFUSP, ministrando aulas de disciplinas básicas e avançadas.
Considerável parte do corpo docente tambem ministra aulas em/para outras unidades da
USP. Docentes do DFAP têm-se ocupado com o desenvolvimento de novas tecnologias
e/ou pedagogias para o ensino da Física, que abrangem desde o ensino médio até o ensino
na graduação da USP.
O DFAP contribue de maneira significativa para a formação de recursos
humanos especializados através da orientação de alunos de graduação, pós-graduação e
supervisão de pós-doutores. 85 % dos docentes do DFAP estão credenciados como
orientadores na pós graduação. Formamos 28 doutores e 38 mestres nos últimos 5 anos
(num total de 66 alunos de pós-graduação), e contamos atualmente com 21 doutorandos e
22 mestrandos no DFAP (43 alunos). Orientamos 52 alunos de IC nos últimos 5 anos e
temos atualmente 19 alunos de IC no DFAP. Em termos de supervisão de pós-doutorandos,
nossos docentes supervisionaram 27 pós-docs nos últimos 5 anos, e atualmente contamos
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com a participação de 14 pós-docs no DFAP.
Em destaque na formação de novos recursos humanos altamente
especializados, citamos a iniciativa recente de 02 docentes do DFAP em coordenar e
abrigar Escolas Avançadas da Fapesp em Biofísica e Física Atmosférica, com a
participação de mais de 100 pós-graduandos e recém-doutores nacionais e internacionais.
Portanto, com a preocupação em formar novos docentes e líderes de pesquisa
na USP, buscamos estar sempre na fronteira do conhecimento de nossa competência para
garantir a transferência de conhecimento para as novas gerações que serão os futuros
profissionais em instituições nacionais e internacionais.
Complementando as atividades de pesquisa e a formação de recursos humanos,
vários docentes do DFAP coordenam, ou participam da organização de eventos nacionais
e internacionais, escolas científicas avançadas, feiras de ciência, ministram palestras,
seminários e colóquios, fazem parte de corpo editorial de revistas internacionais de
prestígio em suas áreas de pesquisa, e oferecem expertise em pareceres para revistas e
agências de fomento, tanto no Brasil quanto no exterior.
3. Laboratórios, grupos e linhas de pesquisa do DFAP
O DFAP conta atualmente com 05 laboratórios e compartilha um sexto com o Departamento de Física Nuclear (DFN), 01 grupo de pesquisa e 01 pesquisador sênior independente, organizados como segue:
(1) Laboratório de Cristalografia (LCr) e Biofísica (LBio) : realizam-se pesquisas em física da matéria condensada, ciência dos materiais e áreas interdisciplinares com ênfase em propriedades estruturais, estudos de mono-cristais, superfícies e epitaxias semicondutoras, policristais, sólidos amorfos, cristais líquidos, polímeros, géis, sistemas micelares, sistemas modelo de membranas biológicas, complexos de proteínas, partículas coloidais em solução, materiais cerâmicos e porosos, e sistemas com elétrons fortemente correlacionados. Docentes: Profª Márcia Carvalho de Abreu Fantini (MS-6) Profª Rosangela Itri (MS-6) Profº Sérgio Luiz Morelhão (MS-5) Profº Fernando de Assis Garcia (MS-3) Profº Giancarlo Espósito de Souza Brito (MS-3) Profº José Luiz de Souza Lopes (MS-3) Profº Aldo Félix Craievich (MS-6 – Prof. Senior Aposentado) Colaboradores de outros deptºs e unidades da USP: Profºs Leandro R. S. Barbosa (DFGE), Mauricio S. Baptista (IQUSP), Pietro Ciancaglini (FFCLRP-USP), Ana Paula U. Araujo (IFSC-USP), Maria Vitória Lopes Badra Bentley (FCFRP-USP), Luciana Biagini Lopes (IVB-USP), Inês Pereyra (Poli-USP), Marcelo Nelson Paes Carreño (Poli-USP), Marco Isaías Alayo (Poli-USP), Gustavo Pamplona Rehder (Poli-USP) e Cristiano Luís Pinto de Oliveira (DFEP).
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(2) Laboratório de Filmes Finos (LFF): são desenvolvidas pesquisas na área de modificação de superfícies, incluindo tratamento por plasma, introdução de micro e nanoestruturas (nanocompósitos), implantação iônica, entre outras, e caracterizações por diversas técnicas, com ênfase em microscopia de varredura por sonda.
Docentes: Profª Maria Cecília Barbosa da Silveira Salvadori (MS5) Profº Mauro Sérgio Dorsa Cattani (MS6 – Profº Senior Aposentado) (3) Laboratório de Física Atmosférica (LFA): são estudadas as propriedades físicas e químicas da atmosfera, por exemplo, a poluição do ar em áreas urbanas ou em regiões remotas, tais como o problema e efeitos das queimadas na Amazônia. O LFA também mantém desde a década de 1980 uma estação de monitoramento de aerossóis na Amazônia. Docentes: Profº Henrique de Melo Jorge Barbosa (MS-5) Profº Alexandre Lima Correia (MS-3) Profº Paulo Eduardo Artaxo Netto (MS-6 – Profº Senior Aposentado) Colaboradores de outros deptºs e unidades da USP: Profºs M. Assunção F. Silva (IAG-USP), M. Fátima Andrade (IAG-USP), Edmilson D. Freitas (IAG-USP), Marcia A. Yamasoe (IAG-USP), Rachel Albrecht (IAG-USP), Paulo H. N. Saldiva (IEA-USP), Pérola C. Vasconcellos (IQ-USP), Pedro L. P. Correa (Poli-USP). (4) Laboratório Física de Plasmas (LFP): estudam-se aspectos teóricos e experimentais com plasmas de interesse para fusão termonuclear controlada (temperatura ~ 103 eV) e em plasmas térmicos e plasmas frios de interesse para aplicações tecnológicas (temperatura ~ 1 eV). Sistemas caóticos e aplicações empregando redes neurais complementam a pesquisa em sistemas fora do equilíbrio. Docentes: Profº Iberê Luiz Caldas (MS-6) Profº Ricardo Magnus Osório Galvão (MS-6) Profº José Helder Facundo Severo (MS-3) Profº Zwinglio Oliveira Guimarães Filho (MS-3) Profº Artour Elfimov (MS-6 – Profº Senior Aposentado) Profº Ivan Cunha Nascimento (MS-6 – Profº Senior Aposentado) Colaboradores de outros deptºs e unidades da USP: Profºs José Carlos Sartorelli (FGE-
IFUSP) e Júlio Meneghini (Poli-USP), Claudia Mendes de Oliveira: (IAG-USP), José
Roberto Castilho Piqueira, Fuad Kassab, Wilson Komatsu e Luiz Antonio Barbosa Coelho
(Poli-USP).
(5) Laboratório de Dispositivos Ultrassônicos (LDU): são desenvolvidas pesquisas de levitação acústica de micro-partículas com aplicações desde a nanoquímica até seu uso na indústria petrolífera. Docentes: Profº Marco Aurélio Brizzotti Andrade (MS-3) Colaboradores de outros deptºs e unidades da USP: Profºs Júlio Cezar Adamowski (Poli/USP) e Gabriel Lima Barros de Araujo (Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP)
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(6) Laboratório de Análise de Materiais por Feixes Iônicos (LAMFI-DFAP, DFN e DFEP) Docentes: Profº Manfredo Harri Tabacniks (MS-6) Colaboradores de outros deptos e unidades da USP: Profºs Nemitala Added, e Márcia Rizutto (DFN), Tiago F. da Silva (DFN) e Aléssio Mangiarotti (DFEP) (7) Grupo de Pesquisa em Instrumentação para o Ensino de Física e Concepções Alternativas (GEF): realizam-se pesquisas sobre a gênese e o desenvolvimento das concepções de Física, inclusive as concepções de senso comum. O GEF também promove a atualização de professores em serviço e a revisão de sua prática de ensino, mediante cursos e produção de material didático. Docentes: Profª Anne Louise Scarinci Peres (MS-3) Profª Valéria da Silva Dias (MS-3) Profº Alberto Villani (MS-5 – Profº Senior Aposentado) Profª Jesuína Lopes de Almeida Pacca (MS-5 – Profª Senior Aposentado) Colaboradores de outros deptºs e unidades da USP: Profºs Maria Lúcia Vital dos Santos Abib (FE-USP), Cristiano Rodrigues de Mattos (IF-USP), André Machado Rodrigues (IF-USP, Nelson Barrelo (FE-USP) e Roberto Ortiz (EACH-USP). (8) Pesquisadora Independente Docente: Profª Lia Queiroz do Amaral (MS-6 – Profª Senior Aposentado)
Portanto, os trabalhos científicos desenvolvidos no DFAP envolvem, em muitos
casos, colaborações interdepartamentais e interinstitucionais, destacando o caráter inter e
multidisciplinar das pesquisas em Física Aplicada desenvolvidas no DFAP.
4. Objetivos, Metas e Ações
Os objetivos gerais do DFAP para o próximo quinquênio consistem em:
Continuar a produzir pesquisa na fronteira de conhecimento nas diferentes áreas da
ciência em que atua, com reconhecimento por seus pares nacionais e internacionais;
Apoiar o aumento do número de colaborações nacionais e internacionais;
Incentivar a formação de novos recursos humanos especializados em todos os níveis
(IC, mestrado, doutorado e pós-doutorado) em suas áreas de expertise;
Continuar a contribuir para o aperfeiçoamento de professores da rede pública e na
elaboração de currículos e ações pedagógicas para a Escola Básica;
Apoiar a formação de novos pesquisadores na área de Ensino de Física através do
recém-criado programa de Doutorado Interinstitucional (DINTER), através do PIEC –
Programa de Pós-Graduação interunidades em Ensino de Ciências;
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Apoiar parcerias em projetos com a iniciativa privada, visando a geração de novos
produtos e patentes, uma atividade impar exercida pelo DFAP no IFUSP.
Para atingir os objetivos gerais, descrevemos abaixo as metas gerais do DFAP.
Na sequência descreveremos as metas específicas organizadas nos três eixos
acadêmicos: Ensino de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
Metas gerais do DFAP para o próximo quinquênio:
Contratar pelo menos 04 Professores Doutores MS-3 e 02 professores titulares
MS-6 em quatro das áreas de expertise do DFAP. O DFAP conta atualmente com
17 docentes na ativa, entretanto 6 docentes (5 MS-6 e 1 MS-5) tem condições de se
aposentarem imediatamente ou num futuro breve (menos de 5 anos). A não reposição
de docentes do DFAP poderá comprometer a viabilidade de funcionamento de
laboratórios de pesquisa produtivos e a formação de recursos humanos nas áreas
multidisciplinares em que o DFAP atua. Ressalta-se aqui que o DFAP produziu nos
últimos 5 anos (através de seus 17 docentes na ativa): 292 artigos científicos em
revistas internacionais arbitradas, (média de 58 artigos por ano, 3,5 artigos
ano/docente, valor acima da média da USP) além de 5 capítulos de livro, 1 patente
nacional e 2 internacionais.
Contratar pelo menos 03 técnicos especializados de laboratório de pesquisa. As
atividades científicas no DFAP dependem significativamente do trabalho de técnicos
altamente especializados cuja formação é demorada. Os programas de demissão
voluntária dos últimos anos retiraram, dos quadros do DFAP, vários servidores com
décadas de experiência em pesquisa, com risco de se agravar. A situação pode se
agravar tendo em vista a possível breve aposentadoria de pelo menos mais 2 técnicos
de nível médio e superior. Apesar do reforço através de pós-docs a presença de
técnicos confere estabilidade e continuidade aos grupos de pesquisa sendo vitais para
a qualidade da pesquisa realizada e especialmente na manutenção, operação e gestão
do sofisticado parque de equipamentos científicos dos laboratórios do DFAP.
Uma real ameaça à pesquisa do DFAP para os próximos anos é a redução do corpo
técnico especializado pois, como dito, são quem mantém em funcionamento os nossos
Laboratórios contribuindo com a excelência em pesquisa do DFAP.
Melhorar e rever o uso do espaço físico do DFAP. Com a instalação de novos grupos
de pesquisa será necessário rever a atual distribuição dos espaços de pesquisa. O
Instituto em geral, e o DFAP em particular, vem alcançando suficiente grau de
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maturidade para criar novos Laboratórios, acompanhando a evolução das pesquisas
em nível mundial.
Ações
Atuar, junto a Diretoria do IFUSP e aos órgãos competentes da universidade, para
reposição de claros docentes MS-3 e MS-6, assim como vagas de técnicos de
laboratório, justificando as priorizações do DFAP;
Planejar e executar, junto com os docentes do DFAP, a readequação dos espaços
físicos. Planejar e obter recursos, junto a Diretoria do IFUSP, SEF e órgãos
competentes da USP, para executar a manutenção e melhorias da infraestrutura predial
do departamento visando adequar os espaços para as novas necessidades dos
laboratórios de pesquisa.
Metas específicas do DFAP para o próximo quinquênio
4.1- Ensino
O ensino no IFUSP é organizado de forma supra departamental, com a
coordenação da graduação responsabilidade da Comissão de Graduação (CG) e da pós-
graduação da Comissão de Pós-Graduação (CPG) e da Comissão de Pós-Interunidades
(CPGI). A grade de oferecimento de disciplinas, atribuições didáticas e controle de carga
horária são realizados por estas comissões. Com base nisto, nossas metas e ações estão
em consonância com aqueles estabelecidos pelo IFUSP. Neste projeto incluímos apenas
tópicos referentes às especificidades do DFAP.
Metas e Riscos:
Disponibilizar à CG e CPG, de maneira regular, a oferta de disciplinas específicas
nas áreas de atuação do DFAP
Ações:
1. Estimular os docentes do DFAP a se comprometerem junto a CG, numa frequência
anual, com a oferta das seguintes disciplinas: Introdução a Física de Plasma e Fusão
Nuclear, Microscopia de Forca Atômica, Técnicas Físicas de Caracterização de
Materiais, Física Atmosférica;
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2. Estimular uma discussão constante para a criação, reformulação ou fusão de
disciplinas correlatas visando, por um lado, melhorar o ensino oferecido e por outro,
otimizar os recursos didáticos existentes;
3. Estimular, sempre que possível, o oferecimento de disciplinas das áreas de atuação do
DFAP para alunos de graduação e pós-graduação;
4. Garantir o oferecimento regular de disciplinas optativas experimentais na pós-
graduação ministradas por docentes do departamento. O DFAP foi pioneiro no
oferecimento de disciplinas experimentais na Pós-Graduação do IFUSP.
Riscos:
1. A contínua redução do corpo docente do Instituto e, em especial do DFAP, coloca em
risco as iniciativas de expansão das disciplinas oferecidas. Como fator de segurança,
a busca pela qualidade e o aperfeiçoamento das disciplinas já oferecidas em pouco se
altera.
Contribuir para a formação teórica e experimental de alunos de graduação nos
cursos de Bacharelado e Licenciatura do IFUSP
Ações:
1. Incentivar o corpo docente do DFAP a ministrar disciplinas experimentais básicas e
avançadas, para despertar aos alunos o interesse por linhas de pesquisa experimentais e
fortalecer a ligação entre teoria e experiência em física;
2. Incentivar os docentes do DFAP a desenvolver melhorias e atualizações nas disciplinas
básicas do IFUSP, seja introduzindo novas metodologias pedagógicas, seja promovendo
a modernização da infraestrutura existente com a modernização e proposição de novos
experimentos nos Laboratórios didáticos;
3. Incentivar os docentes do DFAP a promover a inovação e a divulgação de seus trabalhos
de pesquisa através de palestras e visitas aos laboratórios.
Riscos:
1. A melhora das instalações e infraestrutura de Laboratórios didáticos depende de
significativo apoio financeiro. Com a crescente sofisticação tecnológica da pesquisa,
os Laboratórios didáticos precisam ser continuamente modernizados o que implica em
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crescentes aportes financeiros. A falta desses recursos pode comprometer a meta
proposta;
2. A modernização de Laboratórios didáticos implica também na necessidade de apoio
técnico de nível médio e superior. As modernas tecnologias de automação e controle
computadorizado de experiências implica na existência de técnicos treinados e
capacitados para operar/manter tais equipamentos. A falta ou redução do corpo técnico
de apoio às disciplinas experimentais pode comprometer a meta proposta.
Contribuir para a formação de alunos de graduação de outras unidades da USP
Ações:
1. Estimular a discussão constante das ementas e metodologias de ensino das disciplinas
ministradas pelos docentes do DFAP para outras unidades. Como exemplo, estimular
a participação de docentes do DFAP na proposta de reformulação curricular dos cursos
da EP-USP.
Riscos:
1. Essa atividade tem poucos riscos, uma vez que depende especialmente de convite das
unidades interessadas e o IFUSP tem, em geral, contribuído sempre que chamado.
Manter ou ampliar o número de orientações de mestres e doutores nas várias
áreas de atuação do DFAP
Ações:
1. Realizar atividades de atração de novos pós-graduandos nas áreas de atuação do
DFAP. Em particular, planejar estratégias de atração de pós-graduandos nas linhas de
pesquisa de jovens docentes;
2. Fomentar uma discussão no IFUSP para criação de um novo curso de pós-graduação
interunidades em Ciências Aplicadas, cujo perfil pode envolver estudantes com
formação nas diferentes áreas do conhecimento em Física, Biologia, Química,
Engenharia e Geofísica entre outras;
3. Estimular o corpo docente do DFAP a oferecer minicursos associados a presença de
professores visitantes do DFAP;
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4. Incentivar os docentes do DFAP a promover a internacionalização da pós-graduação
através de projetos de mestrado e doutorado em colaboração com parceiros
internacionais;
5. Usar o programa PRINT para estimular conexões visando duplo diploma;
6. Incentivar os alunos do DFAP a aplicar para os projetos acadêmicos da PRPG/Capes,
Fapesp e bolsas Santander, para realizar estágios científicos internacionais durante o
desenvolvimento de seus projetos;
7. Articular com os estudantes de pós-graduação e pós-doutorandos a organização
bianual de um evento cientifico próprio.
Riscos:
1. Parte destas atividades dependem fundamentalmente de haver apoio financeiro para
mobilidade. Elas poderão ocorrer em maior ou menor intensidade dependendo da
disponibilidade de recursos e programas de apoio internacionais.
Indicadores:
1. Disciplinas de graduação e pós-graduação de competência do DFAP;
2. Disciplinas de pós-graduação associadas a professores visitantes;
3. Disciplinas experimentais na pós-graduação oferecidas pelo DFAP;
4. Índices de mobilidade internacional de alunos pós-graduandos e do corpo docente;
5. Eventos científicos dos pós-graduandos e pós-doutores;
6. Doutores e mestres formados;
7. Supervisão de projetos de IC.
4.2 - Pesquisa
Aumentar a captação de recursos para a pesquisa através de agências nacionais
Ações
1. Estimular os docentes do DFAP a submeterem projetos regulares e temáticos (como
coordenadores ou pesquisadores principal) a agências de fomento Fapesp, CNPq,
Serrapilheira, ou outras de iniciativa privada;
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2. Promover e estimular ações para atrair novos pós-doutorandos e projetos de jovens
pesquisadores nas diferentes áreas de pesquisa do departamento. O DFAP ainda tem
tradição modesta na atração de jovens pesquisadores e na busca de recursos de
agências de fomento.
Riscos:
1. Essas atividades dependem fundamentalmente da saúde econômica do Estado e do
País. Elas definem em última análise a viabilidade dessas ações.
Aumentar a captação de recursos para a pesquisa através de agências
internacionais
Ações
1. Estimular os docentes do DFAP a submeterem projetos regulares a agências
internacionais e participarem em projetos de colaboração internacional promovidos
pelo CNPq, Capes e Fapesp como Sprint, Fundação Newton, entre outros;
2. Atuar junto às agências competentes para simplificar a burocracia de submissão de
grants internacionais;
3. Promover e estimular ações para atrair pós-doutores e projetos de jovens
pesquisadores que residem no exterior nas diferentes áreas de pesquisa do
departamento.
Riscos:
1. Essas atividades dependem fundamentalmente de programas e acordos internacionais
promovidos pela USP. Eles definem em última análise a viabilidade dessas ações.
Incrementar a internacionalização do Departamento
Ações
1. Atrair pesquisadores de renome internacional nas diferentes áreas de expertise do
departamento tanto em visitas curtas, médias e/ou longo períodos (até um ano);
2. Incentivar docentes jovens (menos de 12 anos de doutorado) e seniores (mais de12
anos de doutorado) a realizar visitas cientificas em centros de excelência no exterior.
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Riscos:
1. Essas atividades dependem fundamentalmente de programas e acordos internacionais
tais como o PRINT/USP promovidos pela USP. Eles definem em última análise a
viabilidade dessas ações.
Manter o estado da arte do parque de equipamentos do DFAP
Ações
1. Trabalhar junto ao IFUSP, USP e agências de fomento para garantir a manutenção dos
equipamentos dos diferentes laboratórios de pesquisa e captação de apoio técnico
especializado.
Riscos:
1. Essas atividades dependem fundamentalmente da saúde econômica do Estado e do
País e da existência de chamadas para projetos de manutenção. Elas definem em
última análise a viabilidade dessas ações.
Fortalecer a participação de alunos de IC nos projetos científicos do DFAP
Ações
1. Investir em ações para atração de alunos de IC ao DFAP, através de workshops de
iniciação cientifica e divulgar as atividades do departamento;
2. Buscar garantir e ampliar o número de bolsas para alunos de IC.
Riscos:
1. Essas atividades dependem fundamentalmente da saúde econômica do Estado e do
País e da existência de chamadas para projetos de IC. Elas definem em última análise
a viabilidade dessas ações.
Indicadores: Utilizar indicadores consagrados de qualidade e de quantidade da pesquisa
no Departamento. A captação de recursos para a pesquisa via agências nacionais,
internacionais e parcerias internacionais será também utilizada como parâmetro de
avaliação do progresso continuado da pesquisa realizada no DFAP.
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4.3 – Extensão
Docentes do DFAP envolvem-se em diversas atividades como assessoramento
em comissões externas e comitês de análise de mérito científico, participação em corpos
editoriais de revistas e na gestão de sociedades científicas, organização de escolas,
workshops e cursos de extensão, palestras de divulgação científica ao público externo,
geração de material didático, livros, entre outros. Entretanto, o número de docentes
envolvidos sem as atividades de divulgação cientifica para o público geral poderia ser
maior.
Meta: divulgar as atividades, áreas de pesquisa e conhecimento técnico
desenvolvidos no DFAP
Ações:
Incentivar os membros do DFAP a aumentar sua participação em eventos de divulgação
científica promovidos pelo Instituto, a saber:
Palestras de divulgação cientifica para o público: “ Física para Todos”;
Cursos de extensão do IFUSP. Exemplo: USP-Escola;
Visitas aos laboratórios do departamento;
Participar dos cursos e oficinas, tais como os Cursos de Verão organizados pelo IFUSP;
Organizar e participar de eventos científicos nacionais e internacionais;
Desenvolver material didático e atividades voltadas para o Ensino de Física.
Indicadores: efetiva implementação das atividades e materiais mencionados nas metas.
4.4 - Gestão
O Departamento espera contar com a participação mais efetiva da USP na melhoria de
infraestrutura predial e de pessoal técnico especializado para as múltiplas atividades
que desenvolve. Sem este aporte, acrescido da reposição de técnicos e docentes, uma
grande parte das metas propostas neste Projeto Acadêmico poderão ficar
comprometidas;
Para acompanhar o andamento dos projetos acadêmicos individuais dos docentes, o
DFAP pretende realizar anualmente um workshop interno com docentes e alunos para
divulgar os resultados das pesquisas, as metas cumpridas e as ações realizadas ao
longo do ano.
FGE
1
Projeto Acadêmico do Departamento
de Física Geral (DFGE)
2018-2023
1. Introdução
O DFGE é um departamento multitemático que realiza pesquisa interdisciplinar nas seguintes
áreas:
Fenômenos Não Lineares
Física de Sistemas Biológicos
Física Matemática
Física Molecular
Instrumentação em Física
Mecânica Estatística
Atualmente é composto por um conjunto de 16 docentes, 10 funcionários e 7 professores no
programa professor sênior.
O corpo docente tem grande qualificação e engajamento nas atividades de pesquisa, formação
de pessoal, ensino de graduação e pós-graduação, extensão, capitação de apoio financeiro, entre
outras, e está dividido nas seguintes categorias: 5 professores titulares, 9 professores associados e
2 professores doutores, sendo 10 teóricos e 6 experimentais, com idade média de 58 anos. Dentre
eles, 9 estão associados a NAPs, 5 participam de INCT e 10 são coordenadores de projetos de
pesquisa financiados por agências de fomento. Todos os docentes com atividade regular de
pesquisa têm colaboração internacional. Existem colaborações científicas entre os docentes do
DFGE e com docentes de outros departamentos do IFUSP e outras unidades da USP, ressaltando
inclusive colaborações entre teóricos e experimentais. Nos últimos 5 anos: 75 pós-graduandos e
17 alunos de graduação foram orientados, e 269 artigos publicados em revistas indexadas.
A missão, visão e valores do DFGE estão alinhados com os do Instituto de Física (IFUSP).
Missão
Promover, de forma integrada, a geração de conhecimento, a formação de pessoal qualificado e a
extensão de serviços à sociedade, nas ciências físicas, em suas ramificações e aplicações.
2
Visão
Ser uma instituição de ensino e pesquisa reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade
e relevância do conhecimento que gera e pela excelência na formação de profissionais e líderes.
Valores
O Instituto de Física deve realizar suas atividades com respeito a princípios éticos no ensino, na
pesquisa, nas relações interpessoais e na gestão dos bens públicos e do ambiente. Esses princípios
incluem: respeito, integridade, excelência, transparência, liberdade de pensamento e de expressão,
pensamento crítico, espírito colaborativo e dedicação.
2. Atividades de pesquisa
O DFGE conta com linhas de pesquisa teóricas e experimentais que abrangem uma larga
gama de tópicos interconectados, na fronteira atual do conhecimento. Embora as linhas de pesquisa
sejam apresentadas abaixo com separação entre pesquisa teórica e experimental, há interação ativa
entre os grupos teóricos e experimentais.
Maiores detalhes sobre os projetos de pesquisa a serem desenvolvidos nos próximos anos
serão oferecidos nos planos acadêmicos dos docentes, que serão preparados em consonância com
as linhas de pesquisa descritas a seguir.
Pesquisa Teórica (total de 10 docentes)
As áreas de atuação teóricas do DFGE são mecânica estatística, física matemática,
dinâmica não linear, teoria de informação e complexidade, e modelagem molecular.
O tema unificador nesta área é que os sistemas estudados têm tipicamente muitos graus de
liberdade, de modo que apenas a imaginação limita as possíveis aplicações. De forma muito
simples, busca-se caracterizar as propriedades coletivas como função de vínculos experimentais.
Mudanças estruturais nas propriedades coletivas são de interesse central, pois dão conta da
emergência de propriedades macroscópicas agregadas. A complexidade desses sistemas requer o
uso e desenvolvimento das mais variadas técnicas, desde ferramentas analíticas aproximadas ou
matematicamente rigorosas a métodos numéricos intensivos de simulação e cálculo
computacional. O interesse nesse tipo de problema decorre não só do enorme conjunto de
aplicações, mas também da beleza das estruturas matemáticas necessárias para seu entendimento.
Entre os temas específicos abordados com as ferramentas da mecânica estatística estão as
transições de fase clássicas e quânticas, no equilíbrio e fora dele, a termodinâmica estocástica e os
sistemas complexos, que incluem desde sistemas de processamento de informação e aprendizagem
de máquinas a modelos de agentes com aplicações ao estudo de sociedades, evolução, economia e
neurociência. Uma característica importante da metodologia é que permite identificar teoricamente
conjuntos de perguntas que têm relevância empírica.
3
Usando métodos rigorosos matemáticos, a física matemática desenvolvida no
departamento busca entender modelos cuja origem vem da mecânica estatística, dos fluidos, das
matrizes aleatórias e do grupo de renormalização.
Na área de modelagem molecular, investiga-se a estrutura eletrônica de átomos e
moléculas, com ênfase nos líquidos moleculares e no efeito dos solventes. Há interesse no
entendimento, em nível molecular, de processos relevantes à química, biologia e ciências de
materiais, particularmente interações de moléculas com fótons e elétrons. Finalmente, há
investigação sobre moléculas exóticas formadas pela interação com pósitrons e positrônio,
motivada tanto pelo recente avanço de técnicas experimentais para investigação de processos
fundamentais em física atômica e molecular, quanto por aplicações em medicina e ciência de
materiais. As ferramentas necessárias para essas investigações combinam simulações
computacionais clássicas e quânticas.
Pesquisa Experimental (total de 6 docentes)
As áreas de atuação experimentais do DFGE compreendem a física de sistemas biológicos
e a espectrometria de massa.
O Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear tem desenvolvido pesquisas em áreas
de proteômica e imagens funcionais por ressonância magnética (RM). A utilização de técnicas de
machine learning permite indicar diferentes estados metabólicos de células usando espectroscopia
de RM. O uso a técnica de fMRI permite o estudo de problemas associados à identificação das
diferentes áreas neurais recrutadas durante a execução de certas tarefas cognitivas.
As investigações do grupo de Biofísica têm espectro amplo tanto do ponto de vista
experimental quanto teórico. Destacam-se, por exemplo, os estudos acerca da estrutura de
membranas lipídicas, a interação de moléculas com membranas e proteínas, a determinação da
estrutura (envelope) de proteínas, o estudo das interações proteína-proteína, além de pesquisa na
área de sistemas carreadores de fármacos e nanoestruturados, e o estudo teórico de motores
moleculares e sistemas dinâmicos. Além dessas linhas de pesquisa vale destacar a infraestrutura
(espaço físico e equipamentos) presente nos laboratórios que compõem o grupo de Biofísica.
O Laboratório de Microrreologia e Fisiologia Molecular (LABM2) dedica-se ao estudo
das propriedades mecânicas da matéria mole e dos fluidos complexos, em especial em células
vivas, géis poliméricos e surfactantes. O LABM2 também desenvolve e simula modelos
estatísticos moleculares que são acoplados às medições experimentais.
O Laboratório de Instrumentação e Partículas dedica-se no momento à construção de um
espectrômetro de massa por tempo de voo, dedicado à análise de macromoléculas, formado pelo
acoplamento entre uma fonte de íons e o acelerador de partículas do Laboratório e Análise de
Materiais por Feixes Iônicos, do Departamento de Física Aplicada do IFUSP.
4
3. Objetivos estratégicos
● Liderança nacional e internacional nas áreas de pesquisa contidas no departamento.
● Foco na formação de recursos humanos para pesquisa em nível de graduação e pós-
graduação. Assim como formação profissional e formação continuada na área de Física
para suprir a demanda social.
É natural e obrigatório para um departamento da Universidade de São Paulo buscar exercer
a liderança intelectual no contexto nacional e internacional. Os docentes do DFGE deverão
também concentrar esforços na formação de recursos humanos em nível de graduação, pós-
graduação e extensão que, por sua vez, venham a ter influência e liderança nas várias esferas da
sociedade brasileira e que também possam semear novos grupos de pesquisa em todo território
nacional. Estas incluem naturalmente áreas de pesquisa científica, mas também a ponte entre
academia e indústria, assim como entre academia e sociedade.
Estratégias
Incentivar atividades que apoiam ao ensino de graduação e pós-graduação através de
proposta de novas disciplinas, coordenação de disciplinas, produção de material
didático e atividades extraclasse para apoio aos alunos.
Incentivar atividades de orientação em projetos de pesquisa para alunos de todos os
nível: ensino médio e fundamental, graduação e pós-graduação.
Incentivar atividades de cultura e extensão através de ações direcionadas à
formação/aperfeiçoamento de professores de ensinos básicos e superiores, à difusão
de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais para estudantes do IFUSP e
para o público em geral.
Buscar ativamente atrair novos pesquisadores para o departamento, de forma a
renovar o quadro docente, repondo as extensas perdas ocorridas nos últimos anos.
Estimular interações com empresas que permitam o financiamento de projetos de
pesquisa, incluindo bolsas de iniciação científica, pós-graduação e pós-
doutoramento, auxiliando as empresas a serem mais competitivas em mercados que
requerem soluções de alta tecnologia.
Realizar seminários e workshops de interesse científico, não apenas no âmbito
acadêmico, mas também buscando aproximar a universidade da indústria e dos
diferentes mercados de trabalho.
Incentivar atividades de organização de eventos científicos nacionais e
internacionais.
5
Fatores críticos de sucesso
Como em outras áreas da física, nos temas investigados pelos pesquisadores do DFGE é
essencial desenvolver investigações em colaboração com outros pesquisadores, sejam eles
professores permanentes, alunos de pós-graduação ou técnicos de nível superior, notadamente no
caso de linhas de pesquisa experimentais. A manutenção dessas colaborações depende não apenas
de iniciativas dos pesquisadores, mas também da reposição do quadro de docentes e de servidores
técnicos de nível superior e da garantia de financiamento tanto para a infraestrutura de pesquisa
quanto para bolsas de pós-graduação.
Nos últimos 5 anos o DFGE teve uma redução de 9 docentes em seu quadro devido a
aposentadorias ou morte. Dessa forma, houve encolhimento considerável, passando de 25 a 16
docentes, e mais dois já demonstraram interesse em se aposentar até o final de 2019. Sendo assim,
em breve contaremos com apenas 14 docentes. Na tabela 1 estão apresentados o total de docentes
em cada categoria, estando também indicados aqueles que já poderiam requerer aposentadoria. Em
2023, o corpo docente terá entre 11 e 13 docentes, se não houver contratações ou transferências
para o DFGE. Nesse cenário, será essencial discutir uma reforma departamental no IFUSP.
Adicionalmente, é importante salientar que dentre os 7 docentes que podem aposentar 4 são
experimentais, de forma que restariam apenas 2 docentes experimentais no quadro do DFGE, o
que afetaria muito negativamente as linhas de pesquisa do departamento, além de gerar problemas
de infraestrutura e pessoal, ao deixar laboratórios e funcionários (ver tabela 2 com distribuição de
funcionários) sem responsáveis.
Tabela 1: Quantidade de docentes no quadro docente do DFGE.
Categoria Total em 2019 Podem aposentar hoje Compulsória até 2023
Doutor 2 1 0
Associado 9 2 0
Titular 5 4 1
Total 16 7 1
6
Tabela 2: Quantidade de funcionários no quadro do DFGE.
Categoria Total em 2019 Podem aposentar hoje
Administrativo 3 2
Informática 1 0
Técnicos de
laboratório
6 0
Total 10 2
Indicadores para a avaliação de desempenho
A lista de indicadores para a avaliação do desempenho de departamento:
Trabalhos publicados em periódicos indexados, priorizando não apenas aspectos
cientométricos, como o fator de impacto, mas a qualidade e o conteúdo científico dos
artigos produzidos;
Trabalhos completos publicados em anais de conferências, livros e outras
publicações;
Orientação de estudantes em projetos científicos ou de extensão nos níveis de
graduação e pós-graduação;
Criação, implantação, desenvolvimento e manutenção de laboratórios de pesquisa
experimental ou computacional;
Formação e liderança de grupos de pesquisa que envolvam outros docentes e outras
instituições;
Auxílios financeiros à pesquisa (nacionais e internacionais) obtidos de agências de
fomento governamentais e/ou fontes privadas, nacionais ou internacionais;
Melhorias na infraestrutura para pesquisa (laboratórios, equipamentos, computação).
Desenvolvimento de atividades institucionais que visem alcançar a missão da
unidade e os objetivos estratégicos do departamento.
7
Além dos itens acima ao final de cada período de avaliação, será solicitado ao
docente/pesquisador um relatório descrevendo a suas contribuições mais relevantes, sejam elas
científicas, educacionais ou de extensão.
Metas para os indicadores
Na última década (especificamente, entre os anos de 2007 e 2017), o DFGE tem passado
por mudanças que envolvem o fechamento de laboratórios de pesquisa (a exemplo do Laboratório
de Microscopia Eletrônica), a abertura de outros laboratórios (a exemplo do Laboratório de
Microrreologia e Fisiologia Molecular), produzindo saldo bastante negativo de contratações versus
perdas de docentes ativos (com 26 docentes em 2007, frente a apenas 19 docentes em 2017,
passando para 16 em dezembro de 2018). É importante salientar que dos 16 docentes ativos do
quadro, 9 estão (ou estarão) em condições de se aposentar nos próximos 5 anos, dentre os quais 7
professores já poderiam, de imediato, de solicitar aposentadoria.
Apesar disso, a produtividade acadêmica média por docente, tal como indicada por artigos
científicos publicados e orientações de pós-graduandos e alunos de iniciação científica, tem se
mantido estável, e compatível com as medidas obtidas para o IFUSP como um todo. Portanto,
almejamos manter um resultado médio anual de cerca de 2 publicações e 0,5 defesa de dissertações
ou teses por docente por ano. As flutuações destes indicadores são naturais durante uma carreira
científica. Há atividades, essenciais ao fazer científico, que acarretam queda passageira de
produtividade, tais como a instalação de novos equipamentos ou laboratórios, implementação de
novas linhas de pesquisa, ou mesmo os estágios iniciais de projetos de pesquisa. Sem esforços
dessa natureza, não haveria renovação e atualização das atividades de pesquisa, o que seria
claramente indesejável.
FMT
Depto. de Física dos Materiais e Mecânica+55 ll 3091-6979/ [email protected] # IFUSP
Instituto de Física da USP
OF.DFMT O1 7/201 9ADS/rbgb
São Paulo, 15 de março de 2019
Senhor Diretor
Informo V. S.a que o Conselho do Departamento, em sua 490a Sessão
Ordinária, ocorrida em 13 de março de 2019, aprovou por unanimidade o ProjetoAcadêmico do DFMT
Atenciosamente,
@Prof. Dr. Antonio Domingues dos Santos
Chefe do Departamento de Física dosMateriais e Mecânica do IFUSP
limo. Sr.Prof. Dr. Marcos Nogueira MartinsDiretordo USP
Rua do Matão, 1371 - Butantã - CEP 05S08-090 - São Paulo ISP) - Brasil
Rua do Matão, 1371 ‐ Butantã ‐ CEP 05508‐090 ‐ São Paulo (SP) ‐ Brasil
Depto. de Física dos Materiais e Mecânica+55 11 3091‐6979 / [email protected]
Projeto Acadêmico do
Departamento de Física dos Materiais e Mecânica do
Instituto de Física da Universidade de São Paulo
Quinquênio 2019‐2023
1. Missão, visão e valores do DFMT
Missão
O Departamento de Física dos Materiais e Mecânica (DFMT) tem como missão criar e
disseminar conhecimento teórico e experimental em Física da Matéria Condensada,
propiciando ambiente criativo e produtivo para a formação de profissionais, preparando‐
os para a utilização de novas tecnologias e com conhecimento para enfrentar desafios e
propor inovações tecnológicas, atendendo e antecipando as necessidades da Sociedade.
Visão
Ser um departamento capacitado para a geração de conhecimento de fronteira em Física
Básica e Aplicada com padrão de excelência em nível internacional, e que possa trazer
produtos inovadores em benefício da sociedade.
Valores
Ter um corpo docente ético, colaborativo, ativo em pesquisa e com conhecimento
atualizado.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 2
2. Contextualização
O DFMT foi criado na década de 1960, por sugestão do Prof. Mario Schenberg, que
vislumbrou que seria estratégico para o país se inserir no âmbito das pesquisas em física do
estado sólido. Desde o início trabalhou com as propriedades fundamentais de materiais, o que
obrigou a instalação progressiva de um parque instrumental criogênico sofisticado. Na década
de 1980, o DFMT já possuía uma estrutura experimental bastante sólida e um grupo teórico
muito atuante. Naquele momento, visando consolidar as suas linhas de pesquisa e se
estabelecer como referência na pesquisa em física da matéria condensada, o DFMT se dividiu
em quatro grupos de pesquisa totalmente independentes entre si, que são o Laboratório de
Estado Sólido e Baixas Temperaturas (LESBT), o Laboratório de Materiais Magnéticos (LMM),
o Laboratório de Novos Materiais Semicondutores (LNMS) e o Grupo Teórico em Propriedades
Eletrônicas dos Materiais.
Na metade da década de 90, duas linhas de pesquisa em desenvolvimento no DFMT,
já tinham se consolidado e se constituíram como laboratórios independentes, o Laboratório
de Transições de Fase e Supercondutividade e o Laboratório de Magneto‐Óptica e
Espectroscopia Não‐Linear. Este arranjo perdurou até cerca de dez anos atrás, quando
floresceu no mundo uma miríade de novas linhas de pesquisa em materiais, devido ao
desenvolvimento de complexos sistemas instrumentais de produção e caracterização de
materiais. Um termo significativo deste período é a área de nanociência e nanotecnologia,
mas também as áreas de investigação no grande tema da física da matéria condensada que
não eram contempladas no Departamento. Como consequência desta transformação e
visando abranger um maior número de linhas de pesquisa, as linhas de pesquisa desenvolvidas
no DFMT começaram a individualizar os temas de trabalho. Este novo arranjo interno está
propiciando ao DFMT uma maior integração dos diferentes laboratórios em termos de pessoal
técnico, instrumentação e colaborações científicas intra‐departamental. Isto certamente
reforça a atuação dos grupos de trabalho frente as suas colaborações nacionais e
internacionais.
Assim, podemos dizer que atualmente, no DFMT há dois grandes grupos de pesquisa:
um que desenvolve teoria em Física da Matéria Condensada e de Materiais e outro dedicado
a parte experimental. Dentro dos dois grupos há subgrupos, que atuam em tópicos mais
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 3
específicos e em estreita colaboração não só científica, mas também compartilhando
facilidades computacionais e laboratoriais.
O DFMT conta atualmente com 7 laboratórios e dois grupos atuando na área teórica,
organizados como segue:
(1) Laboratório de Estado Sólido e Baixas Temperaturas (LESBT),
Prof. Valmir Antonio Chitta (MS5)
Prof. Rafael Sá de Freitas (MS3)
Prof. Armando Paduan Filho (Professor Senior)
Prof. Nei Fernandes de Oliveira Junior (Professor Senior)
(2) Laboratório de Materiais Magnéticos (LMM),
Prof. Antonio Domingues dos Santos (MS5)
Prof. Daniel Reinaldo Cornejo (MS5)
Prof. Luis Carlos Camargo Miranda Nagamine(MS3)
(3) Laboratório de Novos Materiais Semicondutores (LNMS),
Prof. Gennady Gusev (MS6)
Prof. Alain André Quivy (MS5)
Profa. Euzi Conceição Fernandes da Silva (MS5)
Prof. Félix Guillermo Gonzalez Hernandez (MS3)
Prof. Alexandre Levine (MS3)
(4) Laboratório de Transições de Fase e Supercondutividade,
Prof. Renato de Figueiredo Jardim (MS6) – afastado desde de julho de 2016, Diretor
da Escola de Engenharia de Lorena
Prof. Carlos Castilla Becerra (Professor Senior)
(5) Laboratório de Magneto‐Óptica e Espectroscopia Não‐Linear
Prof. André Bohomoletz Henriques (MS6)
(6) Laboratório de Nanomateriais e Aplicações (ainda não cadastrado no CNPq)
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 4
Prof. Danilo Mustafa (MS3) – (ingressou em agosto de 2015)
(7) Laboratório de Matérias Funcionais e Altas Pressões (ainda não cadastrado no CNPq)
Prof. Julio Antonio Larrea Jiménez (MS3) – (ingressou em janeiro de 2018)
(8) Grupo de Física Teórica e Computacional de Materiais
Profa. Marília Junqueira Caldas (MS6)
Prof. Antonio José Roque da Silva (MS6)‐ afastado desde 2008, Diretor‐Geral do
CNPEM
Profa. Lucy Vitória Credidio Assali (MS5)
Profa. Helena Maria Petrilli (MS5)
Prof. Caetano Rodrigues Miranda (MS3) – (ingressou em março de 2015)
Prof. Luis Gregório Godoy Dias da Silva (MS3)
(9) Grupo de Termodinâmica Quântica e Transporte Quântico (QT2)
Prof. Gabriel Teixeira Landi (MS3) – (ingressou em julho de 2016)
Estes laboratórios e os grupos teóricos desenvolvem atividades cujo objetivo é o
desenvolvimento da Pesquisa Básica, bem como a formação de recursos humanos por meio
do aprimoramento de habilidades e competências no campo da Física dos Materiais, pautados
na articulação entre teoria e prática.
As linhas de pesquisa desenvolvidas nos grupos são:
(1) Laboratório de Estado Sólido e Baixas Temperaturas (LESBT),
As principais linhas de pesquisa deste laboratório são:
Estudo experimental de sistemas eletrônicos fortemente correlacionados, incluindo
propriedades magnéticas e de transporte elétrico de óxidos de metais de transição,
sistemas metálicos nanoestruturados e materiais magnéticos geometricamente
frustrados.
Investigação das propriedades magnéticas e de transporte de sistemas
magneticamente diluídos, semicondutores magnéticos diluídos, heteroestruturas
semicondutoras com impurezas magnéticas, isolantes topológicos e sistemas que
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 5
exibem magnetismo molecular, utilizando técnicas experimentais que empregam
baixíssimas temperaturas e altos campos magnéticos. As principais técnicas utilizadas
são: efeito Hall, magnetoresistência, magnetização e susceptibilidade magnética.
(2) Laboratório de Materiais Magnéticos (LMM),
O Laboratório de Materiais Magnéticos orienta suas pesquisas ao abrangente campo das
propriedades magnéticas da matéria. A excelente infraestrutura do laboratório permite a
produção e caracterização de novos materiais por uma variada gama de técnicas
experimentais. As principais linhas de pesquisa do LMM são:
Estudo de estruturas plasmônicas envolvendo filmes finos e nanopartículas de Au/Ag
e materiais magnéticos;
Micromagnetismo experimental em objetos magnéticos microscópicos com o uso de
microscopia ótica de varredura em campo próximo;
Produção de nanopartículas magnéticas e de metais nobres por método físico.
Fenômenos magnéticos mesoscópicos, estáticos e dinâmicos, em sistemas
heterogêneos de baixa dimensionalidade: nanopartículas, nanofios e filmes finos
multicamadas.
Propriedades magnéticas estáticas e dinâmicas de multicamadas híbridas
ferromagneto/supercondutor.
Efeitos do campo elétrico no magnetismo de filmes finos ferromagnéticos.
Estudo dos efeitos de interação magnética em nanopartículas de ferritas recobertas
com um material antiferromagnético, do tipo casca‐caroço, preparadas por método
químico.
Influência de dopantes (terra‐rara e metal de transição) nas propriedades estruturais,
campos hiperfinos e eletrônicas (concentração de portadores de carga que visitam o
núcleo da sonda Mössbauer), em nanopartículas de SnO2, preparadas pelo método
precursor com polímero.
Estudo das interações de troca em filmes de Permalloy/AF, onde AF=IrMn e NiO.
Nanomateriais: caracterização de nanopartículas de óxidos de ferro em ferrofluidos.
Estudo de sistemas de nanopartículas magnéticas diluídas em matrizes biocompatíveis
para transporte e ou liberação de drogas, e magneto‐hipertermia.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 6
(3) Laboratório de Novos Materiais Semicondutores (LNMS),
As pesquisas efetuadas no LNMS se dedicam ao crescimento e à caracterização de
semicondutores na forma de heteroestruturas, nanocristais, poços, pontos e anéis quânticos,
entre as quais podemos destacar:
Estudo de heteroestruturas semicondutoras que servem de base para a fabricação de
dispositivos de estado sólido tais como fotodetectores de radiação infravermelha e
céulas solares de compostos III‐V fabricados em sala limpa por processo
fotolitográfico. A caracterização destas estruturas é feita pela associação de várias
técnicas óticas, elétricas e morfológicas, como fotoluminescência, absorção por FTIR,
curvas I‐V, responsividade com corpo negro, medidas de ruído e microscopia de força
atômica, além de modelagens teóricas, visando a otimização do desempenho dos
dispositivos e sua aplicação em várias áreas estratégicas para o país como meio
ambiente, saúde, aeroespacial, energia, engenharia, transporte, agropecuária e
defesa.
Em anos recentes tem havido um crescimento no interesse por materiais nos quais os
efeitos quânticos se manifestem em um amplo intervalo de energias e escalas de
tamanho. Tais materiais são chamados de materiais quânticos e incluem
supercondutores, grafeno, isolantes topológicos, semimetais de Weyl, líquidos
quânticos de spin, e gelos de spin. Muitas das propriedades destes sistemas derivam
da baixa dimensionalidade, em particular do confinamento de elétrons em folhas bi‐
dimensionais. O grupo estuda a resposta ótica deste tipo de sistemas utilizando a
rotação da polarização de ondas transmitidas (ou refletidas) por estes materiais em
medidas de rotação de Faraday (ou rotação de Kerr). Especificamente, centramos o
foco da pesquisa no transporte de spin em materiais 2D e na quantização da resposta
ótica em isolantes topológicos. Para o primeiro tipo de sistema, utilizamos luz no
infravermelho e para o segundo tipo, radiação na região de terahertz.
Novos materiais para dispositivos spintrônicos, baseados em heteroestruturas de ligas
de AlGaAs, estudando a energia de elétrons bidimensionais na presença de campo
magnético (fator‐g ínfimo), transporte em nanoestruturas com forte interação
elétron‐elétron e interação de spin eletrônico‐nuclear.
Recentemente, uma nova classe de estado topológico da matéria tem emergido,
chamada de isolante topológico. A propriedade de superfícies desses isolantes pode
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 7
resultar em novos dispositivos spintrônicos ou magnéticos. Além disso, em
combinação com supercondutores, isolantes topológicos podem levar a uma nova
arquitetura de computadores quânticos com bit que possui propriedades topológicas.
Esses isolantes já tiveram um impacto considerável em física de matéria condensada,
deixando bem claro que os efeitos topológicos previstos somente para as
temperaturas baixas e campos magnéticos altos podem determinar a física de
materiais de sistemas macroscópicos em condições ambientais. Propomos a pesquisa
de estados de isolantes topológicos e o efeito Hall quântico de spin em estruturas
semicondutoras.
Teoria de transporte nos sistemas de muitas partículas que interagem fortemente
ainda é um desafio na física da matéria condensada. A tentativa bastante promissora
veio da teoria hidrodinâmica. Descrição hidrodinâmica atrai muita atenção, pois
oferece uma perspectiva não apenas na pesquisa em estado sólido, mas também em
diversos campos na dinâmica dos fluidos, como a física de alta energia e a física do
plasma. Em sistemas metálicos o regime hidrodinâmico é atingido, quando o caminho
livre médio devido à colisão entre elétrons é muito menor do que o caminho livre
médio devido ao espalhamento pela impureza ou no fônon. Propomos pesquisar
efeitos hidrodinâmicos em estruturas semicondutoras.
(4) Laboratório de Transições de Fase e Supercondutividade,
Este laboratório dedica‐se ao estudo experimental de sistemas eletrônicos fortemente
correlacionados, incluindo propriedades magnéticas e de transporte elétrico de óxidos de
metais de transição, sistemas metálicos nanoestruturados, supercondutividade em óxidos,
metais e intermetálicos, e materiais magnéticos geometricamente frustrados.
(5) Laboratório de Magneto‐Óptica e Espectroscopia Não‐Linear
Efeitos quânticos, tais como superposição e emaranhamento de estados eletrônicos
em particular do spin, são recursos com potencial de aplicação na tecnologia do futuro. Alguns
dos desafios nesta área são a otimização dos tempos de vida do spin eletrônico e sua
manipulação em escala de tempo ultra‐curta. Aplicamos a espectroscopia de pump‐and‐probe
na investigação de nano‐estruturas de semicondutores magnéticos e não‐magnéticos. Lasers
com pulsos curtos (femto‐ ou pico‐segundos) são utilizados para manipular o spin eletrônico.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 8
O trem de pulsos gerado pelo laser é dividido em dois (pump e probe). A amostra é perturbada
por um pulso pump e as alterações causadas pela perturbação são medidas com um pulso
probe, devidamente deslocado temporalmente em relação ao pulso pump através de uma
linha ótica de retardo. Algumas propriedades da amostra alteradas pela perturbação, tais
como magnetização, refletividade, absorção e luminescência, são monitoradas, com
resolução de femtosegundos. O projeto envolve o desenvolvimento de modelos teóricos
utilizados para interpretar dados experimentais e é desenvolvido com a colaboração de vários
grupos no Brasil e no exterior.
(6) Laboratório de Nanomateriais e Aplicações (ainda não cadastrado no CNPq)
A pesquisa em materiais baseados em íons terras raras apresenta um significante
potencial para superar alguns dos problemas encontrados quando se tenta aplicar materiais
com propriedades óticas, principalmente no desenvolvimento de fontes energias alternativas.
A proposta da pesquisa em materiais luminescentes do Laboratório de Nanomateriais e
Aplicações ‐ LNA compõem uma parte importante e atual da área de ciência de novos
materiais (preparação, caracterização e aplicação de nanomateriais emissores de luz). Essa
linha de pesquisa se enquadra numa dinâmica científica e tecnológica compostas por temas
multidisciplinares que possibilitam a integração do conhecimento principalmente das áreas
de Física e Química.
Exemplos de materiais estudados pelo grupo:
Nanotubos de hidróxidos duplos lamelares (LDH) dopados com íons terras raras para
aplicações em catálise, sensibilizadores em células solares e transporte de material
biológico ativo (drug delivery).
Complexos luminescentes baseados em benzenotricarboxilatos dopados com íons
terras raras para aplicações como marcadores óticos (dispositivo de segurança em
cédulas monetárias, marcadores biológicos etc).
Nanomateriais luminescentes e complexos β‐dicetonatos dispersos em polímeros
transparentes para aplicações em células de conversão fotovoltaica.
Apesar de recente no departamento, o laboratório conta com uma infraestrutura
completa para a síntese dos materiais estudados assim como alguns equipamentos para sua
caracterização obtidos com financiamentos concedidos principalmente pelas agências de
fomento FAPESP e CNPQ.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 9
(7) Laboratório de Matérias Funcionais e Altas Pressões (LMFAP) (ainda não cadastrado
no CNPq)
Este grupo de trabalho foca sua pesquisa em encontrar evidencias experimentais de
novos estados da matéria condensada e fenômenos quânticos exóticos, visando a realização
de matérias funcionais para aplicações em tecnologias avançadas. O LMFAP tem ativa
interação com colaboradores internacionais e locais. Dentro do DFMT, o LMFAP colabora com
o Laboratório de Baixas Temperaturas e Estado Sólido, o Laboratório de Materiais Magnéticos,
o Laboratório de Transições de fase, supercondutividade, e os grupos teóricos. Isto permite
abordar temas multidisciplinares, como:
• Estudo de transições de fase quântica em fermions pesados, redes de Kondo e
magnetos frustrados.
• Estudo de estados quânticos com topologia trivial e não trivial (estados topológicos).
• Estudo de estados emaranhados de spin (magnetismo quântico).
• Produção de materiais, em bulk e nanoestruturados, à pressão ambiente e em altas
pressões, direcionado ao entendimento e aprimoramento da termoeletricidade,
spintrônica e supercondutividade.
• Inclusão do uso da pressão como parâmetro de controle na síntese e caracterização
de materiais.
• Desenvolvimento de métodos experimentais do estado da arte (calor específico,
transporte elétrico, transporte térmico, medidas de magnetização, e espectroscopia
Mössbauer) sob condições extremas de altas pressões, temperaturas ultrabaixas e
altos campos magnéticos. Para isto, desenvolvemos a fabricação de diferentes
células de pressão: célula de CuBe‐limite 30 kbar, célula de Bridgman –limite 150
kbar, célula de Bigorna de diamantes‐limite 250 kbar e célula de pressão uniaxial –
limite 20 kbar. Estas células são adaptadas às diferentes facilidades criogênicas do
DFMT para medir propriedades físicas em condições de pressão uniaxial e
hidrostáticas.
• Desenvolvimento de modelos teóricos fenomenológicos que visem explicar nossos
resultados experimentais.
(8) Grupo de Física Teórica e Computacional de Materiais
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 10
O grupo teórico de materiais se dedica ao estudo de propriedades de diversas
categorias de materiais, incluindo semicondutores convencionais, metais e óxidos, nos
estados sólido, puros ou em ligas, ordenados ou desordenados; semicondutores orgânicos,
em forma condensada e em outros compostos orgânicos, como macromoléculas. Além disso,
são parte do estudo as interfaces, tais como, as superfícies livres destes materiais, a
automontagem de orgânicos sobre inorgânicos, e as formas nanoestruturadas, como nanofios
(semicondutores e metálicos) e novas formas de carbono, que incluem nanotubos e nanofitas
de grafeno. Inclui‐se no escopo de interesse do grupo o estudo dos novos materiais
topológicos, cujas propriedades eletrônicas são determinadas por aspectos da topologia de
sua estrutura de bandas e/ou pela presença de excitações e quasi‐partículas com carga
topológica não‐nula.
Em todos esses assuntos, as propriedades são estudadas do ponto de vista atomístico,
onde são investigadas propriedades estruturais (ligações, montagens), eletrônicas, óticas,
magnéticas e de transporte, dependendo do sistema específico. Podemos citar, como
exemplo, o tema relacionado com defeitos e impurezas, em semicondutores ou óxidos, em
nanofios ou nanofitas de carbono, onde as investigações levam ao entendimento de como a
presença do defeito afeta as propriedades de transporte eletrônico através do sistema e quais
suas implicações para as propriedades óticas ou magnéticas, e assim por diante.
Constitui também tema da pesquisa teórica o estudo de efeitos de correlação
eletrônica em materiais nanoestruturados (pontos quânticos semicondutores, junções
moleculares, moléculas adsorvidas em superfícies, nanofitas de grafeno, etc.) além de
isolantes e supercondutores topológicos. Esses materiais são excelentes para a investigação
de uma rica variedade de fenômenos físicos, tais como efeitos de muitos corpos (por exemplo,
o efeito Kondo), transições de fase quânticas e transporte eletrônico fora do equilíbrio e fases
topológicas da matéria. Como ferramentas principais são utilizados métodos numéricos
baseados em grupo de renormalização, tais como o grupo de renormalização numérico (NRG),
o grupo de renormalização por matriz densidade (DMRG) e suas respectivas versões
dependentes do tempo (tNRG e tDMRG).
As abordagens teóricas compreendem formalismos de dinâmica molecular clássica
(CMD); dinâmica molecular quântica semiempírica “tight‐binding” (TBMD); formalismos “ab
initio” de campo médio dentro da Teoria do Funcional da Densidade (DFT) e da Teoria de
Hartree‐Fock (HF), além de métodos que vão além das teorias de campo médio, como teoria
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 11
de perturbação de muitos corpos (sobre HF e também sobre DFT) e métodos de combinação
de configurações. As ferramentas computacionais utilizadas, em geral, são de domínio
acadêmico público, mas o grupo também vem tendo continuada atuação em
desenvolvimento de formalismos.
Nesse contexto, o grupo também desenvolve metodologias em multiescala
percorrendo cálculos de primeiros princípios, simulações atomísticas, redes de Boltzmann e
métodos do continuo. Essas simulações em multiescala estão sendo integradas com técnicas
emergentes em modelagem de materiais, tais como aprendizado de máquina, mineração e
triagem computacional de dados. Elas são também utilizadas em visualização científica, a
partir de experiências imersivas dos materiais em nanoescala, utilizando realidade virtual,
tanto para projetar novos materiais nanoestruturados e explorar processos e fenômenos em
múltiplas escalas em tempo real, quanto para disseminação da nanociência e a
nanotecnologia para o público em geral.
Estamos atuando em diversas frentes envolvendo i) física de superfícies e interfaces;
ii) nanotecnologia com aplicações em tecnologias do petróleo, energia, infraestrutura e
alimentos; iii) simulações em nano e microfluídica e materiais sob condições extremas. As
aplicações envolvem materiais para energia (baterias, células a combustível, petróleo e gás,
produção e armazenamento de hidrogênio, combustíveis solares, catálise de etanol), assim
como de interesse em infraestrutura (cimento, asfalto) e alimentos. Recentemente, iniciamos
esforços na linha de micro e nanofluídica, incluindo ações no estabelecimento de uma parte
experimental dessa área no IFUSP em sinergia com a modelagem computacional. Os projetos
desenvolvidos mantêm uma colaboração direta com o setor produtivo e mostram a
potencialidade das simulações computacionais no entendimento e determinação das
propriedades fundamentais dos materiais com aplicações em problemas industriais.
Potencializando assim, uma ponte direta entre ciência básica e problemas industriais de
interesse estratégico nacional.
A infraestrutura computacional tem sido construída através de projetos submetidos
às agências de fomento FAPESP e CNPq, além das facilidades oferecidas pelo Laboratório de
Computação Científica Avançada da USP e pelos CENAPADs, principalmente daquele situado
em Campinas.
(9) Grupo de Termodinâmica Quântica e Transporte Quântico (QT2)
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 12
Desenvolve pesquisa em física teórica na área de termodinâmica quântica e
transporte quântico, inseridas no contexto mais amplo da área de informação quântica.
A pesquisa é tanto de caráter fundamental quanto aplicado. Há um interesse particular
nas chamadas tecnologias quânticas 2.0, como computação quântica e sensores
quânticos. O principal objetivo do grupo é combinar recursos térmicos, como calor e
trabalho, com recursos genuinamente quânticos, como emaranhamento, para produzir
novos dispositivos.
As principais linhas de pesquisa são:
• Desenvolver o formalismo teórico para quantificar a irreversibilidade em
processos envolvendo sistemas quânticos.
• Formular teorias que combinem termodinâmica com recursos quânticos, como
emaranhamento e coerência.
• Projetar e caracterizar máquinas térmicas quânticas.
• Examinar transições de fase quânticas induzidas por dissipação em sistemas
quânticos abertos.
• Investigar fenômenos de transporte em cadeias quânticas unidimensionais.
A produção acadêmica do departamento compilada com as informações depositadas no
banco de dados Lattes do CNPq mostra que a produção do Departamento de Física dos
Materiais e Mecânica no período 2012/2018 é intensa e representa cerca de 1/6 da produção
acadêmica global do IF.
A Figura 1 mostra evolução do número de docentes do departamento em cada
categoria, para um período de 9 anos, aproximadamente, e a Figura 2 a distribuição etária dos
docentes do DFMT.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 13
Figura 1 ‐ Evolução temporal do número de docentes do DFMT em cada categoria no
período de 2010 a 2018.
Figura 2 ‐ Distribuição da idade dos docentes ativos ‐ base dezembro de 2018.
A análise da Figura 1 mostra perda significativa no número de docentes, de 25
docentes em 2011 para 21 docentes em 2018, o que representa uma redução de ~15% do
quadro de docentes do DFMT. Cabe ressaltar que no período de 2011 a 2018, tivemos a
aposentadoria de seis Professores Titulares do DFMT. A Figura 2 mostra que a grande maioria
dos docentes (14) do DFMT tem idade na faixa dos 50‐60 ou acima de 60 anos, o que
representa aproximadamente 66% do seu quadro docente. Dados que aqui não são
mostrados, ainda indicam que há vários docentes (5 docentes) que estão em condições de se
aposentar em um breve intervalo de tempo (de aproximadamente 3 anos), o que aponta a
necessidade emergencial da recomposição do quadro de docentes do DFMT. Por outro lado,
entre 2015 e 2018, tivemos o ingresso no DFMT de quatro novos docentes, todos com alta
produtividade, que iniciaram novas áreas de pesquisa e estão buscando as suas consolidações.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
TOTAL 24 25 24 23 23 23 22 21 21
MS6 9 9 8 7 7 7 5 5 5
MS5 8 8 8 8 8 7 7 7 7
MS3 7 8 8 8 8 9 10 9 9
CATE
GORIAS
Número de docentes por categoria
3
4
9
5
30‐39 anos
40‐49 anos
50‐60 anos
acima 60 anos
Número de docentes
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 14
Este fato é consequência de decisão do DFMT, de não mais privilegiar nos concursos de
entrada as áreas de pesquisa dos grupos existentes. Esta decisão foi consoante com a ideia de
buscar a expansão das áreas de pesquisa e também aumentar a possibilidade de interação
com os meios não acadêmicos.
Figura 3 ‐ Evolução temporal do número de funcionários do DFMT em cada categoria no
período de 2010 a 2018.
Os dados da Figura 3 apresentam a evolução do quadro de funcionários do DFMT. De
2012 até 2018, houve uma diminuição de cinco (5) servidores alocados no DFMT. Esta
diminuição não foi natural, por aposentadoria. São oriundas de Planos de Demissão Voluntária
implementados pela Universidade. O DFMT perdeu funcionários fundamentais para o
desenvolvimento de tarefas essenciais. A Oficina Mecânica que antes contava com um
contingente de 4 funcionários tem no momento apenas um único funcionário. E outra das
facilidades coletivas do departamento, que é o Complexo da Criogenia, que produz um insumo
primordial para 80% da pesquisa realizada nos laboratórios do DFMT, conta, no presente
momento, com um único funcionário capaz de operar o sistema. Com certeza, se estas
capacidades não forem recompostas, não será possível dar continuidade à investigação
científica de excelência, praticada nos laboratórios do DFMT por mais de 50 anos.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total 23 24 25 25 25 24 22 19 20
Admin. 6 6 6 6 6 5 5 4 4
Tecnicos 17 18 19 19 19 19 16 15 16
Catego
ria dos funcionários
Número de funcionários
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 15
Figura 4 – Evolução temporal de indicadores diversos do DFMT.
Na figura 4, mostramos alguns indicadores da produção científica do DFMT: o número
de trabalhos publicados em periódicos internacionais com árbitro, números supervisões de
pós‐doutorados concluídas ou em andamento, teses de doutorado concluídas, dissertações
de mestrado concluídas e o número de estudantes de iniciação científica em atividade no
departamento. Temos uma média de 55 artigos publicados por ano, ou 2,6 artigos por
docente. Mantemos em média 09 pós‐doutorandos trabalhando no DFMT e temos formado
cerca de 10 pós‐graduandos (mestrados e doutorados). Acreditamos que os números atuais
refletem o processo de transformação em curso no DFMT e a substituição de Professores
Titulares por novos docentes, que necessitam em geral, alguns anos para popularem seus
laboratórios com estudantes de pós‐graduação e estabilizarem as suas produções
acadêmicas. Este fato é mais visível no número de artigos publicados e de alunos de IC, nos
últimos anos. Portanto, consideramos que estes índices devem apresentar melhores
resultados no próximo período.
Além disto, cabe ressaltar que o DFMT tem contribuído enormemente no âmbito do
engajamento institucional, sendo que no último quinquênio, tivemos três Diretores de
6159
48
54
41
53
64 63
51
1310
22 22
15
68
1215
7 7
24 4 4 4
64
8
2
74
63 2
5 4
14 1410
12 129 8 8 9
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PRODUÇÃO ACADÊMICA
articos publicados IC M D PD
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 16
unidade (IF e EEL), quatro docentes como Presidentes de Comissões Institucionais (CPG, CPq
e CCex) e um docente como Diretor do LNLS e depois, como Diretor‐Geral do CNPEM.
3. Objetivos, Metas e Ações
3.1 – Pesquisa
Objetivos
O DFMT é um departamento que sempre procurou manter alta produtividade, com
excelência acadêmica. Uma inspeção cuidadosa dos dados da Figura 4 indica que: em 2011
(25 Prof.) o DFMT foi responsável pela publicação de 59 artigos (razão de ~2.35
artigos/docente) e em 2018 (21 Prof.) o número de artigos foi de 51 (razão de ~ 2.43), o que
indica uma recuperação dos níveis anteriores. Nos últimos anos, vários fatores contribuíram
para que a sua produção científica sofresse uma oscilação: antigas lideranças científicas
faleceram ou aposentaram‐se e a renovação das linhas de pesquisa, que tem agora um caráter
também tecnológico ou multidisciplinar, com interfaces na biologia, medicina, química e
engenharia, estão em fase de consolidação.
Metas
A meta principal de todo o corpo docente do DFMT é dar continuidade ao
desenvolvimento de pesquisa de alto nível, via publicação de artigos científicos em excelentes
revistas e jornais, artigos esses, de preferência, co‐autorados com alunos de iniciação
científica, mestrado e doutorado e pós‐doutores. São também consideradas metas: continuar
com a manutenção e ampliação de colaborações científicas nacionais e internacionais, manter
e ampliar as participações em congressos e conferências nacionais e internacionais, aumentar
a captação de recursos visando modernizar o parque instrumental, ampliar as facilidades
computacionais e laboratoriais do departamento, continuar a exercer papel de destaque na
comunidade nacional e continuar colaborando com a comunidade científica brasileira e
mundial não apenas na participação de comitês, bancas, corpo editorial de revistas etc, mas
também na emissão de pareceres para jornais, agências de fomento etc.
Ações
Para alcançar estas metas, é fundamental que o DFMT
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 17
‐ continue o seu processo de renovação do seu quadro docente, admitindo pesquisadores
com perfis de liderança e atuação nas áreas de Física da Matéria Condensada, de Física
dos Materiais e de Nanomateriais.
‐ aumente o número de pesquisadores estrangeiros visitantes em estágios de longo
período para um período maior de interação com o corpo docente e discente. Estas
iniciativas visam preservar a sua tradição de desenvolver pesquisa científica de forma
competitiva.
‐ reformule a sua infraestrutura laboratorial, preservando as suas competências técnicas
e modernizando a sua instrumentação científica e computacional.
‐ realize a manutenção e atualização do Serviço de Criogenia, que é essencial para 80%
da pesquisa experimental desenvolvida no DFMT.
‐ crie as condições materiais, com espaço, infraestrutura e suporte técnico para os novos
docentes do DFMT.
3.2 – Ensino
Como as atividades de ensino de graduação e pós‐graduação são centralizadas nas
Comissões de Graduação e de Pós‐Graduação, os docentes do DFMT continuarão a contribuir
regularmente para estas atividades, dentro do acordo interno ao IF. Porém, desenvolveremos
atividades complementares, descritas abaixo.
Objetivos
Manter a colaboração com o Instituto na formação de graduandos em diversas
áreas do conhecimento através das atividades didáticas de nossos docentes.
Colaborar ativamente com os dois Programas de Pós‐graduação sediados na Unidade
tanto no oferecimento de disciplinas quanto na orientação de dissertações e teses.
Aumentar a visibilidade do DFMT frente aos estudantes de graduação e pós‐graduação
do IF.
Metas
Aumentar a interação com os estudantes do IF, visando
‐ continuar a formação de recursos humanos de excelente qualidade para a
sociedade.
‐ o aumento do número de estudantes de IC, mestrado, doutorado e de pós‐
doutorado atuando nos grupos do DFMT (Figura 4).
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 18
Ações
‐ incentivar a criação e manter ativas disciplinas optativas para a graduação em áreas
de interesse do DFMT.
‐ Realizar com regularidade atividades de divulgação científica para os alunos de
graduação do IF, como Palestras e Seminários; participação no Curso de Verão do
IF; e organizar anualmente uma atividade aberta de Pré‐iniciação Científica.
‐ incentivar os docentes do DFMT a produzirem livros e material didático nas áreas
de interesse do DFMT.
‐ quanto ao processo de internacionalização, os docentes devem ampliar as
colaborações científicas internacionais, estabelecendo novos convênios bilaterais
para continuar proporcionando aos seus estudantes de pós‐graduação estágios de
pesquisa no exterior.
3.3 – Extensão
Objetivos
No que se refere à Cultura e Extensão, os objetivos são muito variados:
‐ os docentes certamente continuarão prestando os serviços às agências de fomento,
revistas e jornais de circulação internacional, assim como à sociedade brasileira.
Os docentes do departamento também continuarão a ministrar palestras no ciclo
Física para Todos e cursos no USP‐Escola, promovidos pela Pró‐Reitoria de Cultura
e Extensão da USP, a participar de programas de rádio e televisão, de ministrar
palestras, colóquios e seminários em Universidades e Centros de Pesquisa no país
e exterior etc.
‐ manter em condições operacionais o Serviço de Criogenia, que além de atender a
demanda interna, fornece insumos criogênicos para os Departamentos do IF e
outras unidades da USP.
‐ ampliar o atendimento à comunidade externa ao DFMT, do serviço de
caracterização de materiais magnéticos e semicondutores, e em dispositivos
semicondutores.
‐ ampliar a ação não acadêmica, através de consultorias e projetos específicos com
empresas, dentro das especializações existentes no DFMT.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 19
‐ Consolidar iniciativas propondo o diálogo entre Física e Arte para facilitar a
compreensão dos fenômenos físicos a partir de atividades artísticas.
‐ promover a integração das pesquisas realizadas com ações para estimular e inspirar
os mais jovens, em particular as mulheres à carreira científica.
‐ disseminação da nanotecnologia para o público em geral através do
desenvolvimento, capacitação e utilização de tecnologias e experiências imersivas
em escala nanométrica.
Metas
‐ manter as atividades de apoio às agências de fomento e revistas científicas, e as
atividades de divulgação científica.
‐ obter recursos financeiros através de projetos nas agências de fomento para
preservar a capacidade de fornecimento dos insumos criogênicos, pelo Serviço de
Criogenia, necessários ao DFMT e aos usuários externos.
‐ expandir o atendimento dos serviços de caracterização de materiais magnéticos e
semicondutores às empresas.
‐ Catalisar projetos envolvendo o setor produtivo, em particular as oportunidades
decorrentes dos fundos setoriais
‐ Ampliar as iniciativas quanto ao uso de elementos de arte na divulgação das
pesquisas realizadas no IFUSP (Teatro e Música), bem como trazer a sociedade
para aprender técnicas modernas de Física para e pela arte.
‐ Consolidar as iniciativas envolvendo experiências imersivas e ampliar sua atuação
para o público externo na divulgação de nanociências e nanotecnologia.
Ações
‐ incentivar a ação pró‐ativa dos docentes do DFMT, frente às atividades de Cultura
e Extensão.
‐ ampliar a capacidade de trabalho do Serviço de Criogenia, com a incorporação ou a
formação de um técnico especializado, que é necessário para manter a operação
regular deste Serviço.
‐ melhorar a divulgação da disponibilidade do serviço de caracterização de materiais,
através da homepage do DFMT.
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 20
‐ incentivar os docentes do DFMT a divulgarem suas atividades de pesquisa em
eventos voltados para a indústria, especialmente aquelas envolvendo produtos e
materiais de alta tecnologia.
‐ Convidar o setor produtivo a conhecer o DFMT quanto ao seu pioneirismo e suas
potencialidades enquanto agente científico e tecnológico de inovação.
4. Gestão Administrativa
‐ Desenvolver um banco de dados do DFMT contendo as mais importantes informações
relacionadas com pesquisa, graduação, pós‐graduação e cultura e extensão e também
reconfigurar o site do departamento, visando dar maior visibilidade e dinamismo ao
seu funcionamento.
‐ O Serviço de Criogenia é essencial para os docentes experimentais do DFMT e é um
foco constante de atenção. Ele dispõe de uma Comissão de Coordenação que rege
a sua operação. A incorporação ou formação de um técnico especializado neste
serviço é fundamental.
‐ Manteremos uma Oficina Mecânica no DFMT, pois precisamos de muita agilidade
na manutenção do Serviço de Criogenia e dos arranjos experimentais criogênicos.
‐ A sala de informática do DFMT, que atende o Grupo Teórico necessita de
readequação do seu sistema elétrico e de ar condicionado.
‐ Um dos dois sistemas de água refrigerada necessita ser totalmente substituído e
buscaremos recursos para isto.
‐ Devido à incorporação de docentes com novas linhas de pesquisa é necessário rever
a distribuição dos equipamentos nos laboratórios, visando otimizar a ocupação de
espaço.
‐ Estimular o corpo funcional a participar dos processos ditos acadêmicos assim como
ampliar sua atuação nos processos de investigação científica.
‐ Estimular o corpo funcional a participar de cursos de capacitação em diversos
segmentos de interesse do Departamento.
5. Indicadores para avaliação
Plano de Metas do DFMT 2019‐2023 21
Acreditamos que os indicadores mais adequados para a avaliação do DFMT e de
seus docentes sejam:
‐ Livros e artigos publicados em revistas científicas indexadas, com árbitro e de
circulação internacional.
‐ Recursos financeiros captados em agências de fomento e outras fontes.
‐ Formação de recursos humanos (IC, Mestrado e Doutorado).
‐ Supervisão de treinamentos de pós‐doutores.
‐ Colaborações científicas internacionais e Pesquisadores Visitantes.
‐ Palestras e apresentações de trabalhos convidados em Reuniões Científicas.
‐ Patentes submetidas.
‐ Volume do atendimento à demanda de ensino (Graduação e Pós‐Graduação) na
instituição.
‐ Atividades de Cultura e Extensão.