A morte

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Soneto: A morte Autor: Luiz Gonzaga Pinheir Música: Nachtigall serenad

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Soneto: A morte

Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro

Música: Nachtigall serenade

Page 2: A morte

Abençoada a morte que consome tudo

Page 3: A morte

Que sem alarde a qualquer dor acalma

Page 4: A morte

Que tolhe a língua, o movimento, a alma  

Page 5: A morte

E deixa o silêncio satisfeito e mudo

Page 6: A morte

Santificado seja o ofício do coveiro

Page 7: A morte

Que a língua hipócrita sob a terra isola

Page 8: A morte

Sagrado o tempo, quando a foice amola

Page 9: A morte

E manda ao inferno o traidor vezeiro

Page 10: A morte

Que leve! Leve também o falso religioso

Page 11: A morte

O egoísta, o ciumento, o orgulhoso

Page 12: A morte

Para os resgates nos campos do além

Page 13: A morte

Leve o atraso, já ferido e moribundo

Page 14: A morte

Porque a morte é que renova o mundo

Page 15: A morte

E acende a luz da vida eterna, amém.

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A morte

Abençoada a morte que consome tudo

Que sem alarde a qualquer dor acalma

Que tolhe a língua, o movimento, a alma

E deixa o silêncio satisfeito e mudo

Santificado seja o ofício do coveiroQue a língua hipócrita sob a terra

isolaSagrado o tempo, quando a foice

amolaE manda ao inferno o traidor

vezeiro

Que leve! Leve também o falso religioso

O egoísta, o ciumento, o orgulhoso

Para os resgates nos campos do além

Leve o atraso, já ferido e moribundo

Porque a morte é que renova o mundo

E acende a luz da vida eterna, amém.

Page 17: A morte

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