RITALINA: consequências pelo uso abusivo e orientações de uso
A MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO O FENÔMENO DA RITALINA E DO TDAH ABORDAGEM “SOCIAL” VS...
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A MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
O FENÔMENO DA RITALINA E DO TDAH
ABORDAGEM “SOCIAL” VS “BIOLOGIZANTE”
TDAH, QUE FENÔMENO É ESSE?
• Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade
• Distúrbio mais comum na infância
• De 8 a 12% Média mundial
• E.U.A (CDC) (2007) 9,4% (5,4
milhões) de crianças americanas foram
diagnosticadas
• Estimativas discordantes no Brasil
chegam até 26,8%
O TRANSTORNO DESAFIANTE DE OPOSIÇÃO (TOD)
• Pode ser diagnosticado em até 60% das
crianças e 40% dos adultos com TDAH
• Comportamento negativista,
desobediente e hostil com autoridades
• Teimosia persistente
• Resistência a ordens
• Não “negocia com os adultos”.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
COMO FUNCIONA A RITALINA?
• Ritalina Metilfenidato
• Estimulante do sistema
nervoso central
• Droga psicoativa
• Tarja preta Pode causar
dependência
• “Aumenta o foco dos alunos”
• Patenteada em 1954
• Usada no controle da atenção
• Controle psicomotor
EFEITOS COLATERAIS
• Efeitos Dores gástricas fortes,
dor de cabeça, supressão de
crescimento, desordens
psíquicas, redução do apetite,
depressão, eventos
cardiovasculares graves,
desordens psiquiátricas,
aumento da pressão sanguínea.
• Pode inibir a criatividade
• Ocultar traços de altas
habilidades
• “Efeito zumbi”
A “EPIDEMIA DE DIAGNÓSTICOS”
• Entre 2004 2014: Consumo
aumentou em 775%
• Entre 2009 2011: Aumentou 74,8%
em crianças de 6 a 16 anos.
• 2011 Gasto de R$ 28,5 milhões em
Ritalina pelas famílias brasileiras
• 2009 2011: Consumo em SP
aumentou 1.579,71%
• Vendas caem nos meses de férias,
aumentam na “Volta as aulas”
“O QUE ESTÁ ACONTECENDO?”
• Por que o aumento foi tão grande?
• Não se conhecia antes a doença, ou os médicos
estariam exagerando?
• Como diagnosticar?
• A medicação é o melhor caminho?
• Os efeitos colaterais não seriam muito fortes?
• Estaria algum fator político ou financeiro atrás
disso?
• O que se passa com as crianças hoje em dia?
• Crianças diferentes ou escolas despreparadas?
O PROBLEMA COM O DIAGNÓSTICO
• Sintomas muito comuns a vários
problemas – depressão, ansiedade,
TDAH, falta de adaptação
(comorbidades).
• Podem não precisar de medicamento, e
sim, adaptações sociais e diálogo
• Diagnóstico não leva em conta o
histórico social
• Sofrimentos fazem parte do
aprendizado do ser humano,
• Usado como droga de abuso
• Responsabilidade educacional: Médicos
vs Pais vs Escola vs Alunos.
CONFLITO DE ABORDAGENS
BIOLOGIZANTE
VS
HISTÓRICO-SOCIAL
ABORDAGEM BIOLOGIZANTE• “O que esse aluno tem que não presta atenção?”
• Exames e diagnósticos sintomáticos
• Causas orgânicas da falta de atenção/agressividade.
• “Remédio minimiza o sofrimento da criança, dos pais e da
escola”
• Tratamento “Vigoroso e precoce”
• Existem, realmente, mais crianças com problemas de
aprendizado devido a distúrbios neurológicos
• Antes a doença era desconhecida Falta de informação
• Acompanhamento médico constante garante a saúde e o bem-
estar da criança
ABORDAGEM HISTÓRICO-SOCIAL
• “O que, na escola ou na vida dessa criança, está gerando essa
falta de atenção?”
• A atenção capacidade de selecionar os estímulos e o controle
voluntário do comportamento
• O desenvolvimento da atenção tem caráter social e
interacionista
• No diagnóstico, deve-se levar em conta todos os aspectos
sociais.
• Desenvolvimento Qualidade e do acesso aos mediadores
culturais
• Depende da qualidade dos educadores e do contexto familiar.
• Análise crítica e completa.
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
• Objetivo da indústria Maximizar lucros
• Venda de metilfenidato subiu em
escalas enormes nos últimos anos
• Aumenta o número de diagnósticos
• Sintomas podem ser relativizados.
• Diagnósticos informais
• Clínicos gerais podem receitar Ritalina.
• Lugar central na economia capitalista.
• Parcerias médicos Laboratórios.
TENDÊNCIAS E OBJETIVOS
• Estímulo do debate entre as duas
abordagens
• Tendência aumentar ainda mais
as prescrições do medicamento
• Incentivar o debate nas escolas
• Dar emancipação intelectual para o
aluno à respeito do tema
• Trazer o conflito para os alunos e o
corpo pedagógico
• Participação de todos!