A magia do natal sofia

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Um dia a Joana estava a brincar sozinha no jardim, porque não tinha amigos nem irmãos. Mas, um dia, um rapaz estava a passar à frente de sua casa e ela perguntou- lhe: -Como te chamas? -Eu chamo-me Manuel. E tu, como te chamas? - perguntou o Manuel à Joana. -Eu chamo-me Joana. Queres ser meu amigo? - perguntou a Joana ao Manuel. -Sim, quero. Não tenho amigos e a minha mãe trabalha todos os dias e não tem muito tempo para mim. – respondeu o Manuel. A Joana abriu o portão ao Manuel para irem brincar debaixo da árvore preferida da Joana mas, ao meio-dia, o Manuel foi embora e a Joana ficou sozinha sem ninguém para brincar. No dia seguinte a Joana ficou à espera do Manuel. Quando ele chegou, foram fazer casas para os anões, vestidos de verde, que ela imaginava todas as noites que dormia. E

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Um dia a Joana estava a brincar sozinha no jardim, porque não tinha amigos nem irmãos. Mas, um dia, um rapaz estava a passar à frente de sua casa e ela perguntou-lhe:

-Como te chamas?

-Eu chamo-me Manuel. E tu, como te chamas? - perguntou o Manuel à Joana.

-Eu chamo-me Joana. Queres ser meu amigo? - perguntou a Joana ao Manuel.

-Sim, quero. Não tenho amigos e a minha mãe trabalha todos os dias e não tem muito tempo para mim. – respondeu o Manuel.

A Joana abriu o portão ao Manuel para irem brincar debaixo da árvore preferida da Joana mas, ao meio-dia, o Manuel foi embora e a Joana ficou sozinha sem ninguém para brincar.

No dia seguinte a Joana ficou à espera do Manuel. Quando ele chegou, foram fazer casas para os anões, vestidos de verde, que ela imaginava todas as noites que dormia. E foi assim todos os dias. Passaram semanas e até meses e ele nunca chegou atrasado.

Mas houve um dia especial, o dia de Natal. Nesse dia toda a família se reuniu para a consoada. Antes de comer, a Joana foi lá fora ver as estrelas

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que brilhavam muito mais do que nas outras noites. Depois entrou na cozinha e perguntou à criada:

- Gertrudes, sabes que presentes eu vou ter?

- Eu não sei menina que presente é que você vai ter, eu não posso adivinhar os seus presentes!...

Elas fizeram um minuto de silêncio, mas depois a Joana continuou com as perguntas:

- Gertrudes, sabes se o meu amigo vai ter muitos presentes?

- Que amigo? – perguntou a Gertrudes.

- O Manuel.

- Ah, o Manuel! Não, ele não vai ter presentes porque é pobre e os pobres não têm dinheiro para terem presentes.

Depois a Joana ficou parada a pensar «que era assim mesmo e que ele não ia ter presentes de modo algum». Foi para a sala de estar falar com os pais e disse à mãe:

- Mãe, eu tenho um amigo novo e a Gertrudes disse que ele não ia ter presentes. Mas, ó mãe, podemos dar um presente ao Manuel, por favor?

- Está bem, querida. Amanhã, quando ele vier aqui, damos-lhe o presente. – respondeu a mãe à filha.

Chegou o momento do encontro. A Joana, logo que avistou o seu amigo, gritou-lhe que o Pai-Natal

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lhe tinha deixado um presente e que toda a sua família o queria conhecer.

Nos seguintes dias, meses e até anos o Manuel ficava em casa dela a comer, mas houve um dia que eles descobriram que o Manuel era filho da Gertrudes e passaram a viver lá para sempre.

A partir de então, a Joana e o Manuel jamais e separaram. Ficaram namorados e viveram felizes para sempre.

Sofia Ferreira Costa, n.º 18, 5º H