À Mãe e Ao Pai de Um Abusador de Drogas

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Me e ao pai de um abusador de Drogas

Me e ao pai de um abusador de Drogas

(material fornecido pelo Co-Anon dos USA, traduzido e adaptado por Amor-Exigente, Grupo Tikv)

O que pode ser feito para amenizar e consolar a me que v que seu filho ou sua filha est vivendo uma compulso desesperada? Que esta compulso, como qualquer outra doena, assumiu o controle da vida de seu filho? 0 que pode fazer para trazer seu filho de volta para a sade e felicidade?

No relacionamento pais e filhos, h uma profunda relao emocional. Foram eles que trouxeram o pequeno ao mundo, viram seus primeiros hesitantes passos, amaram, guiaram seu filho nos anos de crescimento, rezaram e ansiaram por sua felicidade e sucesso. A criana parte das suas vidas. Agora ele um adulto e os pais j no tm o direito de control-lo e padres de comportamento demoram a morrer; o impulso de um pai tentar direcion-lo como se o filho(a) ainda fosse uma criana). Freqentemente o amor e orgulho do pai (me) impedem a recuperao por causa da permissividade muito grande de sua parte. Os pais perdoam, procuram desculpas para o filho/a - e anseiam com muita esperana de que o que eles (pais) esto fazendo, vai ajudar.

Se isto aconteceu contigo, perceba, aceite o fato que seu filho/a est doente. No fcil a experincia diria de viver com comportamento instvel: seu filho pode estar mostrando hiperatividade, congesto nasal crnica, irritabilidade, mudanas de humor, noites sem sono e depresso severa.

Se o uso de drogas ficou extremado, voc pode estar notando perda de peso rpida, falta crnica de energia ou de motivao, suspeio constante ou parania, suor nas roupas (devido a temperatura de corpo elevada) e abandono geral de higiene pessoal.

Voc fica escutando e espera toda a noite ansiosamente pelo som da chave na porta, voc paga contas de telefone cada vez mais altas e se preocupa com as grandes despesas em dinheiro. Voc. tem medo do toque do telefone que pode significar desastre ou tragdia.

Se ele for casado e tiver uma famlia: voc est preocupado sobre como o uso de droga pode estar afetando a sua esposa e filhos. Voc talvez faa sacrifcios pessoais para que a famlia dele no se prive das necessidades, assumindo as responsabilidades dele tais como contas, pagamentos de aluguel, dvidas. (Alguns pais vo to longe que chegam a culpar o cnjuge do dependente qumico pelo problema de droga). 0 abusador de droga usa cocana ou outro entorpecente porque ele est doente.

Voc s pode ajudar enfrentando os fatos

Nem voc nem o cnjuge pode controlar o abuso de droga por ele; voc no consegue for-lo a deixar de usar drogas por repreend-lo, importun-lo, se voc for generoso ou rspido com ele.

Voc precisar perceber e admitir que voc no tem mais nenhum direito de criticar, admoestar ou exigir sobriedade deste adulto como se ele fosse um estranho.

Voc pode ajud-lo melhor se puder convencer a s prprio a Desligar-se - e Entregar a Deus.Voc no est se desligando e entregando a Deus...

se voc continuamente tir-lo dos problemas

se voc assume as responsabilidades pelos problemas criados pelo uso da droga.

Voc no est ajudando se voc cria desculpas para ele.

difcil, at mesmo doloroso, para uma me/pai enfrentar, por exemplo, o filho/a adulto que vive em casa sem pagar aluguel e v o filho gastar seu dinheiro em droga (ao invs de aluguel). Voc est facilitando seu filho a continuar usando drogas enquanto continuar a deix-lo viver em casa sem custos. COMPORTAMENTOS FACILITADORES DO FAMILIAR

Pergunte-se, honestamente, se voc. no est ajudando s/filho/a, s/ cnjuge ou uma pessoa querida a continuar na droga por ter comportamentos facilitadores.

1. NEGAR - "Ele/ela no DQ'. Ou ento: " coisa da juventude; mais tarde isto passa. Isto o leva a esperar que o DQ seja racional, controle sua bebida ou uso de drogas. Recuse-se a aceitar a culpa pelo comportamento dele, pois vc. no foi o responsvel nem o indutor deste comportamento.

2. JUSTIFICAR - Buscar a racionalizao (Exs: "0 trabalho exerce muita presso sobre ele" ou ento "desde que o pai morreu, tudo ficou to difcil".

3. GUARDAR - Esconder seus sentimentos dentro de voc.

4. EVITAR PROBLEMAS - Procura manter a paz, acreditando que a falta de conflito faz um bom casamento ou relacionamento c/os filhos. Proteger excessivamente, no permitindo que tenham que se defrontar com a consequncia de s/ comportamento

5. MINIMIZAR - Reduzir o impacto das aes e comportamentos do DQ: "No to mau assim." "As coisas vo melhorar quando...

6. PROTEGER - Evitar que se exponha a imagem do DQ, proteger o DQ da dor e proteger a si mesma da dor. Esconder o fato de todos, mesmo que j saibam.

7. TRANQUILIZAR - Reduzir os prprios sentimentos, p/ evitar problemas. Passa a usar como escape tranquilizantes, comida e trabalho.

8. CULPA - Sentir-se culpado ou induzir o DQ culpa criticando, fazendo sermes.

9. ASSUMIR RESPONSABILIDADES - Fazer tarefas que cabem ao DQ

10. SENTIR-SE SUPERIOR - tratar o DQ como criana, como inconseqente.

11. CONTROLAR - Fazer esforos p/ que o dependente no tenha contato c/ a droga e c/ ms companhias, sem usar mtodos educacionais, mas sim iludindo-se (ou iludindo a ele) : que tal no irmos festa da Companhia esse ano?" ou ento: "vamos fazer uma viagem de frias para a fazenda?

12. AGUENTAR - Acreditar que deve aguentar porque um dia "Isso tambm vai passar.

13. ESPERAR - Adiar a busca de soluo "Deus vai cuidar disso."

Lembre-se

A culpa no sua; ningum culpado.

No fique com vergonha dele; no proteste quando a esposa dele ou os amigos ntimos buscam ajuda de uma entidade social ou at mesmo da polcia.

Abuso severo de drogas pode induzir a comportamento violento que, s vezes pede-se proteo.

Evite ser envolvido com telefonemas noturnos ou gente em sua porta.

Seja amvel, seja gentil, mas no o proteja das conseqncias do seu abuso de droga.

Expor o problema freqentemente provoca uma crise. Isto faz o DQ, ele mesmo, querer buscar ajuda. Se o conforto dele estiver em risco, talvez ele d o primeiro passo para a sobriedade.

Voc pode ajud-lo

Estando pronto para sugerir recursos tais como Grupo Reviver, Narcticos Annimos (NA), centros de reabilitao, fazendas teraputicas, mas s no momento certo.

0 momento chegar quando ele estiver realmente desesperado sobre seu uso de droga, quando ele admite que no consegue controlar isto e que ele precisa de ajuda; quando ele pedir.

Voc pode mostrar uma real preocupao e compaixo por seu filho desligando- se do problema dele. Este amor verdadeiro.

Uma atitude permissiva, indulgente, at mesmo com o mais amvel dos motivos, no ajuda; ela machuca. Por incrvel que parea, o DQ, freqentemente, parece saber instintivamente que voc no o est ajudando ao aceit-lo.

Quando afinal ele se v forado, por causa de seu prprio sofrimento a se livrar da doena de dependncia qumica, ele agradecer a voc por t-lo ajudado a achar a fora para dar o primeiro passo.

Busque informaes sobre a doena e ajuda em grupos familiares: Grupo Reviver, Naranon, Alanon, Amor Exigente, etc...Anete L. Blefari

Fev/2009