A Logística Reversa é o processo de planejamento

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A Logstica Reversa o processo de planejamento, implementao e controle do fluxo dos resduos de ps-consumo e ps-venda e seu fluxo de informao do ponto de consumo at o ponto de origem, com o objetivo de recuperar o valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidao do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econmico. (Patricia Guarnieri)Patricia Guarnieri Professora da Universidade de Braslia (UnB). Doutoranda em Engenharia de Produo pela UFPE, Mestre em Engenharia de Produo pela UTFPR, Especialista em Gesto Empresarial pela Univel/Inbrape e tambm Especialista em Docncia no Ensino Superior pela Unipan, graduada em Cincias Contbeis pela UNIOESTE. Atua como professora e pesquisadora nas reas de Logstica de Suprimentos, Logstica Reversa,Supply Chain Management e Contabilidade Ambiental. Possui diversos artigos publicados em eventos e peridicos nacionais e internacionais, alm de captulos em livros nacionais e internacionais. autora do livro "Logstica reversa: em busca do equilbrio econmico e ambiental" e editora do blog "Logstica Reversa e Sustentabilidade.

http://patriciaguarnieri.blogspot.com.br/A logstica reversa h um tempo atrs era um processo muito visvel na indstria de bebidas, com a reutilizao das garrafas. O produto chegava ao consumidor e aps o uso retornava ao centro produtivo para que a embalagem fosse reutilizada e assim, retornasse ao consumidor final. No momento que iniciou-se o uso de embalagens descartveis, esse processo foi praticamente finalizado. Atualmente, as empresas preocupadas com a gesto ambiental, iniciaram a reciclar materiais, embalagens descartveis e at o produto final que o consumidor no deseja mais. Esses materiais deixaram de ser considerados lixos e so reutilizados como matria prima para produo de novos produtos. A Logstica Reversa funciona bem no processo de reciclagem, uma vez que esses materiais retornam a diferentes centros produtivos em forma de matria prima. A logstica reversa, um tema em destaque atualmente e pode gerar retornos significativos para as empresas envolvidas, j que reduz o custo na produo de novos itens.As empresas esto cada vez mais acompanhando o ciclo de vida de seus produtos para aumentar ainda mais a eficincia de todo o processo produtivo e obsrvando os impactos que cada fase pode ter no meio ambiente. As novas regulamentaes ambientais, em especial as referentes aos resduos, vm obrigando a logstica a operar nos seus clculos com os custos e os benefcios externos. No Brasil ainda no existe nenhuma legislao que abranja esta questo, e por isso o processo de logstica reversa est em difuso e ainda no encarado pelas empresas como um processo necessrio , visto que a maioria das empresas no possui um departamento especfico para gerir essa questo. Fonte : Pacer Logostica

http://ambientalsustentavel.org/2011/logistica-reversa-e-consumo-sustentavel/Logstica Reversa Reversa Logstica 26/07/2007 Nos ltimos anos, a Logstica Empresarial vem sofrendo uma constante evoluo, sendo considerado um dos principais elementos na elaborao do planejamento estratgico, e muitas vezes responsvel

por enorme gerao de vantagem competitiva s empresas. A partir dos anos 90 com a constante preocupao sobre a utilizao dos recursos naturais, assim como o acmulo de produtos industrializados nos grandes centros. As grandes empresas passaram a ser as culpadas pela sociedade por este problema. As grandes organizaes passaram a ter uma nova preocupao; como seria possvel encontrar a resoluo para esta situao sem gerar aumento de custos e despesas. Com o advento deste cenrio surgiu o conceito de Logstica Reversa. Define-se como Logstica Reversa, a rea que planeja, opera e controla o fluxo, e as informaes logsticas correspondentes ao retorno dos bens de ps-venda e de ps-consumo ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo, atravs dos Canais de Distribuio Reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econmico, ecolgico, legal, competitivo, de imagem corporativa, dentre outros. Enquanto a Logstica Tradicional trata do fluxo dos produtos fabrica x cliente, a Logstica Reversa trata do retorno de produtos, materiais e peas do consumidor final ao processo produtivo da empresa. Devido severa legislao ambiental e tambm por grande influncia da sociedade e organizaes no governamentais, as empresas esto adotando a utilizao de um percentual maior de material reciclado ao seu processo produtivo, assim como tambm passaram a adotar procedimentos para o correto descarte dos produtos que no possam ser reutilizados ou reciclados. A implantao da Logstica Reversa vem atender ao pblico cada vez mais consciente e sensvel quanto preveno do meio ambiente, tanto que se tornou uma das mais importantes decises estratgicas face ao crescente ambiente de competitividade presente nas empresas modernas, que vivem em constante busca por solues que agreguem valor perceptvel aos seus consumidores finais. Frente a estes novos paradigmas empresariais da logstica moderna, a alta velocidade de reao garantida por sistemas de manufatura flexveis e de informatizao logstica, como tambm ao alto nvel de relacionamento com os clientes e consumidores finais criando ligaes duradouras, so aes que esto sendo adotadas na maior parte destas empresas. Esta preocupao pela melhoria na performance e na qualidade do produto, se transforma em condies bsicas e qualificadoras, consideradas essenciais e necessrias para participar do mercado, porm no mais suficientes, pois j tem sido observado que tais condies conferem empresa e ao produto diferenciais competitivos por perodos de tempo cada vez mais curtos. A questo principal da Logstica Reversa a viabilizao do retorno de bens atravs de sua reinsero no ciclo de produo ou de negcios e para que isso ocorra, faz-se necessrio que se desenvolva numa primeira etapa a anlise destes bens de ps-venda e de ps-consumo no intuito de definir o estado destes bens e determinar o processo no qual dever ser submetido. Os materiais podem retornar ao fornecedor ou podem ser revendidos se ainda estiverem em condies adequadas de comercializao. Alm disso, os bens podem ser recondicionados, ou reciclados, portanto, um produto s descartado em ltimo caso. Sobre a Logstica Reversa de Ps-venda especfica rea de atuao que se ocupa do equacionamento e operacionalizao do fluxo fsico e das informaes logsticas correspondentes de bens de psvenda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuio direta, que se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual fluem estes produtos. Seu objetivo estratgico o de agregar valor a um produto logstico que devolvido por razes comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte, entre outros motivos. Este fluxo de retorno se estabelecer entre os diversos elos da cadeia de distribuio direta dependendo do objetivo estratgico ou motivo de seu retorno (OLIVEIRA, 2005). Denominaremos de Logstica Reserva de Ps-consumo rea de atuao da Logstica Reversa que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo fsico e as informaes correspondentes de bens de ps-consumo descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo atravs de canais de distribuio reversos especficos. Constituem-se bens de ps-consumo os produtos em fim de vida til ou usados com possibilidade de utilizao e os resduos industriais em geral. Seu objetivo estratgico o de agregar valor a um produto logstico constitudo por bens inservveis ao proprietrio original, ou que ainda possuam condies de utilizao, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida til e por resduos industriais. Estes produtos de psconsumo podero se originar de bens durveis ou descartveis e flurem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem at a destinao final (OLIVEIRA, 2005).

O objetivo estratgico mais evidente na implementao da Logstica Reversa nas empresas, o de agregao de valor econmico, porm observa-se que mais recentemente, dois novos fatores incentivam decises empresarias em sua adoo: o fator competitividade com intuito da fidelizao do consumidor e o fator da conscientizao ecolgica. Quando todas as empresas constatarem os benefcios da implementao da Logstica Reversa em sua organizao, seus principais objetivos passaro a ser de responsabilidade pelos seus produtos e embalagens, desde o projeto at a sua disposio final, desenvolvendo assim entre a empresa e seus clientes, relacionamentos colaborativos dentro e alm dos limites da sua prpria organizao, proporcionando a preservao da natureza e conseqentemente colaborando com a melhoria na qualidade de vida da sociedade em geral.

http://www.revistaportuaria.com.br/site/?home=artigos&n=zTq&t=logistica-reversa-reversalogistica Logstica ReversaLogstica Reversa o processo logstico de retirar produtos novos ou usados de seu ponto inicial na cadeia de suprimento, como devolues de clientes, inventrio excedente ou mercadoria obsoleta, e redistribu-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida til original. Uma operao de logstica reversa consideravelmente diferente das operaes normais. Deve-se estabeler pontos de recoleo para receber os bens usados do usurio final, ou remover ativos da cadeia de suprimento para que se possa atingir um uso mais eficiente do inventrio / material. Requer sistemas de embalagem e armazenagem que garantam que a maior parte do valor que ainda h no item usado no se perca por um manuseio incorreto. Tambm requer frequentemente de um meio de transporte que seja compatvel com o sistema logstico regular. A disposio dos materiais pode incluir a devoluo de bens ao inventrio ou armazm, devoluo de bens ao fabricante original, venda dos bens num mercado secundrio, reciclagem, ou uma combinao que gere o maior valor para os bens em questo. Fonte: Wikipedia

Definio Logstica Reversa um termo bastante geral. No sentido mais amplo, Logstica Reversa significa o conjunto das operaes relacionadas ao reuso de produtos e materiais. A gesto destas operaes pode ser chamada de Gesto de Recuperao de Produtos (PRM - Product Recovery Management). PRM lida com o cuidado com os produtos e materiais depois do seu uso. Algumas destas atividades so, at certo ponto, similares s que ocorrem no caso de devolues internas de itens defeituosos gerados por processos produtivos. No entanto, a Logstica Reversa se refere a todas as atividades logsticas de recolher, desmontar e processar produtos usados, partes de produtos e/ou materiais para garantir uma recuperao sustentvel (e benfica ao meio ambiente). A Logstica Reversa lida com 5 questes bicas: 1. Quais alternativas esto disponveis para recuperar produtos, partes de produtos e materiais? 2. Quem deve realizar as diversas atividades de recuperao?

3. Como estas atividades devem ser realizadas? 4. possvel integrar as atividades tpicas da logstica reversa com sistemas de distribuio e produo clssicos? 5. Quais so os custos e benefcios da logstica reversa, do ponto de vista econmico e ambiental? Porque a Logstica Reversa? Tradicionalmente, empresas de manufatura no se sentiam responsveis por seus produtos depois do uso pelos clientes. A maior parte dos produtos usados eram jogados fora com considerveis danos ao ambiente. Hoje em dia, consumidores e autoridades esperam que os fabricantes reduzam o lixo gerado por seus produtos. Isto aumentou a ateno com o gerenciamento de resduos. Recentemente, devido a novas leis de gerenciamento de resduos, a nfase se voltou recuperao, devido aos altos custos e impactos ambientais do descarte. As principais razes para aderir logstica reversa so: 1. leis ambientes que foram as empresas a receber de volta seus produtos e cuidar de seu tratamento. 2. benefcios econmicos de usar produtos devolvidos no processo produtivo, ao invs de descart-los. 3. a crescente conscincia ambiental dos consumidores.

Opes de Recuperao Reuso direto: envolve produtos que no so reparados ou atualizados, mas so limpados e levados a um estado no qual podem ser reutilizados pelo consumidor. Reparo: o produto retornado ao estado funcional aps seu conserto. A qualidade do produto reparado normalmente menorque a do produto novo. Reciclagem: o produto no mantm sua fucionalidade. O objetivo usar parte ou a totalidade dos materiais do produto devolvido. Os materiais recuperados podem ser usados nos processos produtivos do produto original ou em outras indstrias. "Refurbishing": o produto atualizado para que atinja padres de qualidade e operao similares ao produto original. Remanufatura: os produtos so completamente desmontados e todos os mdulos e partes examinados em detalhe. Peas deterioradas so consertados ou trocadas. O produto remanufaturado recebe uma avaliao de qualidade e so entregues ao produto sob condies de garantia de produto novo. Fonte: RevLog

http://www.ogerente.com.br/log/log-dt-logrev.htmNeste contexto, podemos ento definir logstica reversa como sendo o processo de planejamento, implementao e controle do fluxo de matrias-primas, estoque em processo e produtos acabados

(e seu fluxo de informao) do ponto de consumo at o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado, conforme podemos observar na fig.1.

Podemos destacar como pontos importantes na rede de recuperao de produtos os tpicos abaixo: Coleta Inspeo Reprocessamento Disposio Redistribuio No podemos deixar de falar dos sistemas de informao que garantem o recebimento e atendimento correto dos pedidos, desde que esteja parametrizado conforme as atividades da empresa. importante ressaltar que os colaboradores precisam estar treinados para desenvolver bem suas funes, evitando assim erros de envio dos produtos aos seus clientes evitando assim o retorno desnecessrio. A logstica reversa esta sendo levada cada vez mais a srio no Brasil. As empresas sabem que para serem competitivas precisam alm de ter um bom produto, disponibiliz-los no momento certo e conforme necessidade do cliente. Isto no impede que seus processos possam ser revistos para continuar atendendo as necessidades e obtendo reduo de custos, pois quando bem definida trar ganhos expressivos para as organizaes.

http://www.ogerente.com.br/log/dt/logdt-an-logistica_reversa_brasil.htm

SP e setor produtivo paulista assinam termo de responsabilidade ps-consumoPOR GABRIELA CAMPLO 3 DE MARO DE 2012PUBLICADO EM: LOGSTICA REVERSA, MEIO AMBIENTE, NOTCIAS

O governador Geraldo Alckmin participou nesta tera-feira (28/02) da assinatura de Termos de Compromisso Setoriais de Resduos Slidos entre a Secretaria do Meio Ambiente, a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (Cetesb) e representantes paulistas dos setores produtivos responsveis pelos resduos psconsumo de embalagens plsticas de leos lubrificantes, de embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosmticos, de materiais de limpeza e afins, de embalagens de agrotxicos e de pilhas e baterias portteis.

Os termos estabelecem como iro funcionar os sistemas de logstica reversa dos resduos ps-consumo em cada um desses setores, que tero incio imediato aps a assinatura. Os modelos escolhidos tero acompanhamento peridico da Cetesb e podero ser revistos e modificados se e quando houver necessidade. A Secretaria do Meio Ambiente assinou um protocolo com as entidades, as mais representativas aqui de So Paulo, para se ter um trabalho de logstica reversa e conscientizao dos consumidores para eles separarem esses produtos, locais para que esses produtos sejam entregues, a logstica de retirada desses produtos e o seu destino final at a sua reciclagem, declarou Alckmin. Os termos so resultados da resoluo SMA 38, de 2 de agosto de 2011, que trata da necessidade de iniciar, do ponto de vista prtico, a implantao da responsabilidade ps-consumo, e a discusso de como isso ser

feito partiu de conversa com os setores envolvidos. O prazo para esse dilogo foi de 60 dias, quando a SMA recebeu 189 propostas, representando cerca de trs mil empresas. A assinatura deste termo mostra o comprometimento do setor produtivo paulista com a responsabilidade psconsumo estabelecida em lei. Estes so os primeiros termos e outros sero negociados e assinados nos prximos meses, destacou o secretrio Bruno Covas. Plano de ao Ao todo, sero quatro modelos diferentes de projeto de responsabilidade ps-consumo. Diversos representantes destes setores produtivos sero os responsveis pela implementao dos sistemas. Embalagens de leos lubrificantes: Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustveis e Lubrificantes (Sindicom), Sindicato Interestadual das Indstrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petrleo (Simepetro), Sindicato Interestadual do Comrcio de Lubrificantes (Sindilub), Sindicato do Comrcio Varejista de Derivados de Petrleo do Estado de So Paulo (Sincopetro), Sindicato Comrcio Varejista de Derivados de Petrleo, Lava-rpidos e Estacionamentos de Santos e Regio (Resam), Sindicato do Comrcio Varejista de Derivados de Petrleo de Campinas e Regio (Recap), Sindicato do Comrcio Varejista de Derivados de Petrleo do ABCDMRR (Regran), Sindicato Nacional do Comrcio Transportador, Revendedor, Retalhista, leo Diesel, leo Combustvel e Querosene (Sinditrr) criaro sistema prprio para recebimento e coleta das embalagens. Embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosmticos, materiais de limpeza e afins: Associao Brasileira da Indstria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosmticos (Abihpec) e Associao Brasileira das Indstrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla) iro trabalhar junto s prefeituras e cooperativas de reciclagem. Embalagens de agrotxicos: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e Associao dos distribuidores de insumos agropecurios (Andav) usaro os canais de comrcio prprio desses insumos. Pilhas e baterias: Associao Brasileira da Indstria Eltrica e Eletrnica (Abinee) usar os canais dos grandes comrcios varejistas. Fonte: Instituto Eco Faxina

http://ambientalsustentavel.org/2012/sp-e-setor-produtivo-paulista-assinam-termo-deresponsabilidade-pos-consumo/

Designer cria botas a partir de sacolas plsticasPOR ORLANDO FISCINA 17 DE MARO DE 2012PUBLICADO EM: CURIOSIDADES, NOTCIAS, PEGADA ECOLGICA, RECICLAGEM

A designer chilena Camila Labra aliou a beleza de sua concepo de acabamento com a beleza do gesto de criar uma soluo sustentvel. Ela apostou no uso das sacolas plsticas para confeco de lindas botas intituladas de Daccas. A tcnica utilizada pela artista interessante. Por meio do processo de fundir as sacolas com calor, gerada uma lmina mais grossa e resistente que conserva as propriedades do polipropileno, que impermevel, flexvel, leve e no txico. Para cada par so usadas em mdia oito sacolas plsticas.

As botas so revestidas por dentro com tecido acolchoado que impede a transpirao e as tornam mais confortveis. As cores podem variar devido a diversidade de estampas dos sacos no mercado. Em depoimento ao Daily Mail, Camila esclareceu que sua inspirao veio ao observar as pessoas usando sacolas por cima dos sapatos para tentar minimizar os efeitos da chuva. As sacolas plsticas so consideradas grandes vils do meio ambiente. Proibidas em muitas cidades, as unidades j produzidas podem ter um destino criativo e funcional, como as Daccas. As botas pra l de fashion esto venda por US$45,00 no blog de Camila Labra.

Fonte: EcoD Disponvel no Mercado tico Postado pelo Colaborador Especial Orlando Fiscina ([email protected])

O contedo do EcoDesenvolvimento.org est sob Licena Creative Commons. Para o uso dessas informaes preciso citar a fonte e o link ativo do Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2012/marco/designer-cria-botas-a-partir-de-sacolaplasticas#ixzz1p7QUswb4 Condies de uso do contedo Under Creative Commons License: Attribution NonCommercial No Derivatives Para cada par so usadas em mdia oito sacolas plsticas/Fotos:Guillermo Gomez

http://ambientalsustentavel.org/2012/designer-cria-botas-a-partir-de-sacolas-plasticas/

Os 3 Rs na logstica reversaPOR GABRIELA CAMPLO 26 DE DEZEMBRO DE 2011PUBLICADO EM: LOGSTICA REVERSA, NOTCIAS, PEGADA ECOLGICA

A questo que hoje esta em evidncia a questo para a sustentabilidade, para que todos possam ter uma responsabilidade e um dever de ajudar o ambiente em que vivemos. Quando citamos isso podemos e deveramos aplicar em nosso cotidiano o uso dos 3 Rs que significa Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Porm antes de por em prtica, primeiro vamos assimil-lo com o nosso dia-a-dia, fazendo algumas perguntas como: antes de irmos s compras e adquirir um produto novo, ser que eu preciso dele? s a questo de consumismo? Status? Ou ser que o modelo realmente melhor? possvel utilizar novamente um produto, fazer de um pneu de carro um pufe, luminrias de garrafas pets, muitas empresas de cosmticos hoje oferece o refil de produtos para que a embalagem principal seja aproveitada novamente, sem tirar a qualidade do produto e por um preo mais acessvel.

J no processo de reciclar podemos pensar um pouco mais amplo, onde no envolve somente uma atitude nossa, h todo um sistema tendo que ser otimizado em cada etapa. preciso entender o que feito com esse produto descartado volte como ou em outro produto. Para que esse material chegue s empresas preciso uma coleta envolvendo trabalhadores que os coletam diariamente em ruas, podendo ser melhorado se fizssemos uma separao dos itens reciclveis para facilitar a coleta dos mesmos. Alm disso, necessrio empresa para a separao e o fornecimento para a empresa que ser responsvel para a devoluo desse material ao processo produtivo. As empresas e o governo hoje tm um papel fundamental e de extrema importncia para ajudar, buscando aproveita e incentivar a melhoria para esse segmento que tende a crescer. Aproveitando o que hoje j temos pronto e evitando ao mximo extra-lo da natureza, pois surgiram novos empregos diretos e indiretos para esse processo. Tendo alm de tudo a nossa ajuda e contribuio no consumo e no descarte correto de cada produto. Mas ser que isso tudo ou pode haver alternativas? Fonte: administradores.com.br

http://ambientalsustentavel.org/2011/os-3-rs-na-logistica-reversa/

Bom Clima selecionada para implantar projeto pioneiro na Amrica Latina08 de Setembro de 2010

Projeto da unidade na cidade de Careau. Um acordo de cooperao tcnica entre o Governo Brasileiro e o Governo Alemo ser o responsvel pela doao de recursos para um projeto de manufatura reversa, pioneiro na Amrica Latina. Atravs da iniciativa ser possvel "desfazer" a geladeira completamente, por um processo de triturao, e a neutralizao do CFC (clorofluorcarbono), que afeta a camada de oznio e provoca o efeito estufa. Para receber a doao a Bom Clima formou, junto com a Publiimagem e a Metafik, o consrcio Revert Brasil Solues Ambientais, que foi selecionado entre os 33 candidatos, que participaram do processo licitatrio, pela Agncia de Cooperao Tcnica Alem (GTZ). As geladeira para serem processadas sero recolhidas em postos de coletas, inicialmente implantados em Minas Gerais, Pernambuco e So Paulo e, depois, em outros Estados. Alm da iniciativa da sociedade civil, um parceria com cooperativas de sucateiros tambm ser responsvel pela destinao das geladeiras ao projeto. O processamento das geladeiras ser feito em uma unidade industrial montada na cidade de Careau, Minas Gerais.

A tecnologia utilizada pelo Governo Alemo permite que os diversos materias componentes das geladeiras, depois de trituradas, sejam separados no processamento e destinados s indstrias de reciclagem, como ferro, cobre, plstico e outros. O equipamento de manufatura reversa totalmente automatizado e tem capacidade de processar 450 mil geladeiras e condicionadores por ano. A eficncia de processamento do equipamento permite retirar mais de 99% do CFC contido nas espumas isolates das geladeiras. A logstica de coleta ser compartilhada com os fabricantes de equipamento e distribuidores, no modelo de logstica reversa.

Equipamento de manufatura. Vamos oferecer um destino correto aos resduos das geladeiras e suporte para a lei de resduos slidos, lanada recentemente. Uma cadeia integra a implantao da do projeto envolvendo diversos setores sociais beneficiando o meio ambiente, afirma o diretor-presidente da Bom Clima, Osas Omena. O lanamento da campanha na mdia est previsto para acontecer na prxima semana. A iniciativa atende 2 programas do Governo Federal. O Programa de Eficincia Energtica, do Ministrio de Minas e Energia que realiza a troca de geladeiras velhas por novas, e o programa de banimento de CFC, do Ministrio do Meio Ambiente.

http://www2.acaoempresarial.org.br/acao_empresarial/site/imprensa_ler.php?c=27&id=377

Lixo eletronicoUm breve olhar jurdico sobre Responsabilidade Compartilhada e Logstica Reversa dos Resduos de Equipamentos Eletro-Eletrnicos

Apesar de a Poltica Nacional de Resduos Slidos - PNRS no ter sido aprovada ainda, possvel fazermos alguns comentrios sobre o conjunto de obrigaes legais que iro estruturar juridicamente a Logstica Reversa no Brasil no futuro. Previsto no projeto de lei da PNRS, o mecanismo de Logstica Reversa , sem dvidas, o instrumento que mais necessitar de ns um olhar jurdico cuidadoso. Isto porque, trar pequenas modificaes no perfil da responsabilidade ambiental relativamente aos resduos produzidos no Brasil

Postado por Joo Silvas 16:470 comentrios

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Lixo problema ambiental com agravantes sociais

Qual o destino dos caminhes que coletam o lixo de nossas casas? Cerca de 76% do lixo (ou resduos slidos) produzido no Brasil vai para lixes, 13% para aterros controlados, 10% para aterros sanitrios e apenas 1% passa por processos de compostagem, reciclagem ou incinerao (Banas Ambiental, junho/2000). O processo de coleta, transporte, tratamento e destinao final dos resduos slidos de responsabilidade dos municpios e transformou-se em um dos grandes problemas enfrentados por inmeros governantes que no sabem o que fazer com tanto lixo.

Os lixes, para onde vai a maior parte do lixo domstico, so depsitos a cu aberto, onde os resduos, depositados de forma regular ou clandestinamente, formam verdadeiras montanhas. Alm da poluio visual, do risco de contaminao do solo, de rios e guas subterrneas - caso os resduos alcancem o lenol fretico - nos lixes proliferam parasitas causadores de doenas. Muitas pessoas, ainda, lanam seus lixos em vias pblicas, rios, praias, mares, em terrenos baldios, margens de vias pblicas, redes de esgoto, entre outros locais imprprios.

Os aterros sanitrios so uma forma um pouco mais sofisticada de depsito desses materiais. Neles, o lixo confinado em camadas posteriormente compactadas e cobertas por novas camadas, intercaladas por camadas de terra. Para que o aterro no provoque danos ambientais, devem ser seguidas normas especficas para a sua construo e manuteno. De modo geral, o terreno deve ser impermeabilizado, construdo em uma rea distante de fontes de gua, depois de certificado de que no h lenol fretico no local. Os aterros tambm possuem vida til limitada e depois de saturado, o terreno deve ser coberto por terra e no pode ser utilizado para construes, devido instabilidade do terreno. O ideal destinar esses locais para reas pblicas de lazer, como praas e quadras de jogos.

A concentrao populacional e o processo de industrializao trouxeram, a partir do sculo XX, aumento da quantidade de lixo e tambm mudanas na sua composio. Ao lixo, que at ento era formado por restos de alimentos, cascas e sobras de vegetais e papis, foram sendo incorporados novos materiais como vidro, plsticos, isopor, borracha, alumnios entre outros de difcil decomposio. Para se ter uma idia, enquanto que os restos de comida deterioram-se rapidamente e o papel demora entre 3 a 6 meses para se decompor, o plstico dura mais de cem anos e o vidro cerca de 1 milho de anos quando jogados na natureza.

O impacto desse volume de lixo no meio ambiente das cidades grande. A quantidade de dejetos s tende a aumentar e pode ocasionar escassez e esgotamento de recursos naturais, poluio do ar, da gua, do solo, alm de problemas de sade pblica, devido proliferao de parasitas e surgimento de doenas.

O crescente nmero de catadores, que garantem o sustento de suas famlias com a venda do que encontrado nos depsitos de lixo, outro desafio para muitas prefeituras. Diversos municpios tentam reverter essa situao, incorporando esses trabalhadores ao processo produtivo, criando cooperativas

de catadores a partir da instalao de programas de reciclagem na cidade.

Alguns organismos governamentais e no-governamentais, nacionais e do exterior, tm se preocupado com pessoas, inclusive crianas, sobrevivendo dos lixes. O Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF), o Ministrio do Meio Ambiente (MMA), o Ministrio Pblico Federal (MPF), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (SEDU), a Caixa Econmica Federal, a Fundao Nacional da Sade (FUNASA), a Misso Criana e a ONG gua e Vida - Centro de Estudos de Saneamento Ambiental coordenam o Frum Nacional Lixo & Cidadania, criado em 1998, do qual participam 40 entidades. Os objetivos so favorecer a discusso e estimular o desenvolvimento de projetos e aes para a erradicao de trabalho infantil nos lixes, possibilitar a gerao de renda para as famlias dos catadores e acabar de vez com os lixes.

A organizao Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), associao sem fins lucrativos dedicada promoo da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo, mantida por empresas privadas de diversos setores, criou, em parceria com a Organizao de Auxlio Fraterno (OAF), o kit Cooperar Reciclando Reciclar Cooperando, com o intuito de auxiliar aos que tm o interesse de viabilizar a reciclagem atravs do trabalho cooperado.

No Estado de So Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) elabora, desde 1997, o Inventrio Estadual de Resduos Slidos Domiciliares. O mais recente o de 2000, com informaes sobre as condies ambientais quanto destinao final dos resduos slidos naquele ano.

Foram inspecionadas todas as instalaes de despejo de lixo do Estado de So Paulo e aplicado um formulrio padronizado, com informaes sobre as principais caractersticas dos locais de cada

instalao. Alm de dados comparativos com os anos anteriores, o Inventrio identificou 3686 catadores no Estado, dos quais 448 so crianas, nmero maior que no ano anterior, que era de 2916 catadores.

Dos 645 municpios de So Paulo, a CETESB localizou 611 instalaes de destinao final do lixo, sendo 587 aterros ou lixes e 24 usinas de compostagem. Um dado positivo levantado pelo Inventrio que diversas cidades esto se unindo para resolver o problema da destinao do lixo de forma regional. Foram localizadas 48 cidades que esto reunidas para o depsito dos resduos em aterros sanitrios, localizados em 19 municpios. Alm disso, foram encontrados 9 municpios que criaram, em conjunto, trs usinas de compostagem.

Trs medidas urgentes para diminuir a quantidade de lixo e o impacto dos resduos no meio ambiente so a coleta seletiva, a reciclagem de materiais e a compostagem - que devem ser realizados de forma integrada, dentro de um programa contnuo, com apoio do poder pblico municipal, de empresas e conscientizao da populao. De acordo com pesquisa realizada pelo CEMPRE, 135 municpios brasileiros realizam programas de coleta seletiva, sendo que a maior concentrao destes est nas regies sudeste e sul do pas.

Materiais como papel, lata de alumnio, vidro, plstico e garrafa PET podem ser retornados empresa produtora, reciclados e incorporados novamente ao produto ou ainda podem dar origem a novos materiais. Para isso, necessrio um trabalho de que participam diversos setores da sociedade. Apesar dos custos de implantao de um programa de coleta seletiva serem cerca de oito vezes maiores que o custo da coleta convencional - de acordo com pesquisa realizada pelo CEMPRE em 18 cidades - os benefcios ambientais, sociais e mesmo polticos de programas de reciclagem so enormes. Alm de reduzir o volume dos aterros sanitrios e lixes, diminui tambm a poluio ambiental, o gasto de energia e o esgotamento de recursos naturais. Pode, inclusive, gerar renda para catadores, possibilitando-lhes melhores condies de vida e maior integrao sociedade.

O envolvimento de indstrias pode, tambm, viabilizar economicamente o programa de reciclagem. Alguns materiais reciclados podem retornar para as empresas com diminuio nos custos de produo, o que, alm de evitar o desperdcio de matria-prima, contribui para uma imagem positiva da empresa diante do consumidor.

No dia 05 de maro passado, o deputado federal pelo PPS de So Paulo, Emerson Kapaz, apresentou a segunda verso do Relatrio Preliminar da Poltica Nacional de Resduos Slidos Comisso Especial de Resduos Slidos da Cmara Federal, em Braslia, aps a realizao de diversas audincias pblicas em vrias regies do pas. Caso seja aprovada, a Poltica Nacional de Resduos Slidos dever ser implementada pelos governos federal, estadual e municipal. Esse Relatrio classifica os resduos slidos em: resduos urbanos (lixos de residncias e de limpeza pblica em geral) e resduos especiais, divididos em: resduos industriais, resduos de lodo de esgoto, resduos minerais (oriundos do extrativismo mineral e da recuperao de solos e reas contaminadas), resduos de servios de sade (incluindo restos de material proveniente do atendimento de sade s populaes humana ou animal, centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentao na rea de farmacologia e sade, bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados), resduos de atividades rurais, resduos de servios de transporte (provenientes de portos, aeroportos, terminais rodovirios, ferrovirios e porturios e postos de fronteira), rejeitos radioativos, entulhos, oriundos das atividades da construo civil em geral, resduos de servios (provenientes de atividades comerciais e servios), resduos tecnolgicos (provenientes da indstria da informtica, eletro-eletrnicos, automotiva, de comunicao, entre outros) resduos da indstria blica, resduos de embalagem e resduos perigosos.

Os objetivos da Poltica Nacional de Resduos Slidos so: estabelecer um melhor gerenciamento dos resduos slidos, reduzir a quantidade e a nocividade dos resduos slidos; eliminar os prejuzos sade pblica e qualidade do meio ambiente causados pela gerao de resduos; formar uma conscincia comunitria sobre a importncia da opo pelo consumo de produtos e servios que no

afrontem o meio ambiente e com menor gerao de resduos slidos e de seu adequado manejo; alm de gerar benefcios sociais e econmicos aos municpios que se dispuserem a licenciar, em seus territrios, instalaes que atendam aos programas de tratamento e disposio final de resduos industriais, minerais, radioativos, de servios e tecnolgicos.

O gerenciamento dos resduos slidos passa, indiscutivelmente, pela conscientizao da populao em relao aos padres de consumo, da importncia da reutilizao de diversos materiais e da prtica da coleta seletiva. A educao ambiental deve estar presente e em consonncia com as polticas pblicas de reduo e destinao do lixo. Postado por Joo Silvas 15:251 comentrios Um dos principais problemas encontrados nas cidades, especialmente nas grandes o lixo slido, resultado de uma sociedade que a cada dia consome mais.

Esse processo decorre da acumulao dos dejetos que nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado. Isso tende a aumentar, uma vez que a populao aumenta e gera elevao no consumo, e consumo significa lixo.

Para ter uma noo mais ampla do problema tomemos a cidade de So Paulo como exemplo, em mdia cada pessoa produz diariamente entre 800 g a 1 kg de lixo diariamente, ou de 4 a 6 litros de dejetos, por dia so gerados 15.000 toneladas de lixo, isso corresponde a 3.750 caminhes carregados diariamente. Em um ano esses caminhes enfileirados cobririam o trajeto entre a cidade de So Paulo e Nova Iorque, ida e volta.

A questo do lixo est diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento que vivemos, vinculada ao incentivo do consumo, pois muitas vezes adquirimos coisas que no so necessrias, e tudo que consumimos produzem impactos. H aproximadamente 40 anos a quantidade de lixo gerada era muito

inferior atual, hoje a populao aumentou, a globalizao se encontra em um estgio avanado, alm disso, as inovaes tecnolgicas no seguimento dos meios de comunicao (rdio, televiso, internet, celular etc.) facilitaram a disperso de mercadorias em nvel mundial.

Antes do processo da Primeira Revoluo Industrial o lixo produzido nas residncias era composto basicamente de matria orgnica, dessa forma era fcil elimin-los, bastava enterrar, alm disso, as cidades eram menores e o nmero da populao restrita.

Mais tarde com o crescimento em escala mundial da industrializao, acelerado aumento da populao e dos centros urbanos, que ocorreu principalmente na segunda metade do sculo XX, desencadeou um aumento significativo na quantidade de lixo e variedades em suas composies. Atualmente quando compramos algo no supermercado o lixo no apenas gerado pelo produto em si, pois existe a etapa de produo (cultivo, extrao de minrios, transporte, energia) e depois para o consumidor final tem a sacola e o cupom fiscal.

Nas cidades que contam com servios de coleta do lixo esse armazenado em dois tipos de depsitos: os lixes nos quais os dejetos ficam expostos a cu aberto e os aterros sanitrios onde o lixo enterrado e compactado.

Os lugares que abrigam os depsitos de lixo geralmente esto localizados em reas afastadas das partes centrais do municpio.

comum em bairros no assistidos pelo servio de coleta de lixo que o depsito dos lixos seja em locais imprprios, como encostas, rios e crregos.

A populao desses bairros negligencia os srios danos que tais aes podem causar biodiversidade e ao homem, diante disso destaca-se: disperso de insetos e pequenos animais (moscas, baratas, ratos), hospedeiros de doenas como dengue, leptospirose e a peste bubnica.

O lixo acumulado produz um lquido denominado de chorume, esse possui colorao escura com cheiro desagradvel, a substncia gerada atinge as guas subterrneas (aqfero, lenol fretico), alm disso, existe a contaminao dos solos e das pessoas que mantm contato com os detritos, deslizamentos de encostas, assoreamento de mananciais, enchentes e estrago na paisagem.

Os lixes retratam alm dos problemas ambientais os sociais, a parcela da sociedade excluda que busca nesses locais materiais para vender (papis, plsticos, latas entre outros), s vezes as pessoas buscam tambm alimentos, ou melhor, restos para o seu consumo, muitas vezes estragados e contaminados, demonstrando o pice da degradao humana.

Postado por Joo Silvas 15:240 comentrios

Conscincia Scio AmbientalMAS A LATA DE LIXO NO UM DESINTEGRADOR MGICO DE MATRIA !

O lixo continua existindo depois que o jogamos na lixeira.

No h como no produzir lixo, mas podemos diminuir essa produo.

Como? Reduzindo o desperdcio, reutilizando sempre que possvel e separando os materiais reciclveis para a coleta seletiva.

Tem coisas que a gente s no faz por no saber como.

Navegando no Lixo.com.br voc vai ter uma idia de como a coisa funciona. importante conhecer o processo e as regras quando queremos fazer a diferena.

A idia construirmos um mundo melhor, certo? Cremos que um futuro melhor seja o resultado de um presente mais responsvel.

Individualmente responsvel.

Postado por Joo Silvas 15:183 comentrios Incio

http://ploblemasambientaiscomrelaoaolixo.blogspot.com.br/

Logstica reversa muito alm da reciclagem Compartilhe!in

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Por: Eugnio Cavallazzi e Luciana Valente O crescimento dos mercados globais, o aumento da competitividade e as influncias de tecnologia, obsolescncia e a modernidade esto causando significativos impactos na rotina das organizaes. Estas mudanas ocasionaram o aumento da necessidade de integrao das operaes comerciais e de transporte e planejamento, momento em que foi percebida a capacidade da logstica em criar valor para o cliente, o que fez com que a atividade tomasse um papel essencial na otimizao dos recursos e na modernizao das tcnicas de gesto e de produo das empresas. O foco antes dedicado exclusivamente obteno de vantagem competitiva em embalagem, desenvolvimento de novos produtos e reduo de custos de matria prima, hoje passou a ser ampliado, pois a grande maioria dos produtos disponveis no mercado hoje no totalmente consumida. Com o aprimoramento dos conceitos e das ferramentas logsticas ocorreu um processo de especializao visando atender uma necessidade crescente de gesto eficiente do fluxo de retorno de produtos e materiais. A partir deste momento o fluxo inverso da cadeia de suprimentos passou a fazer parte das competncias logsticas, sem perder seu foco: satisfao dos clientes. Os descarte adequado de resduos de materiais no utilizados, embalagens e produtos com componentes qumicos esto caracterizando um grande desafio s organizaes, e seu impacto sobre a sociedade e meio ambiente fazem do tema um caso de extrema relevncia. Entre as alternativas de destino a estes materiais, existe a reciclagem, o reprocessamento e devoluo ao mercado, ou ainda, no caso de no haver mais utilidade do material, o descarte pela deposio em algum depsito definitivo na forma de lixo. O processo de movimentao destas mercadorias se d atravs de canais de distribuio especiais. notvel o crescente interesse pelo assunto convencionalmente chamado de logstica reversa, contudo ainda poucos autores se dedicaram a pesquisa e desenvolvimento de material cientfico sobre o tema. Na Logstica tradicionalmente realizada, parte-se de um fabricante e define-se o caminho at o consumidor final. De forma simplificada, a Logstica Reversa trata do caminho inverso, no qual o produto tem como ponto de partida os inmeros consumidores, com destino ao fabricante. Desta forma pode-se verificar a primeira caracterstica do processo: o desafio de reunir produtos disseminados entre milhares de clientes para retornarem a um mesmo fabricante. As empresas cada vez mais investem em campanhas sociais e buscam comprometer-se com o meio ambiente e com a sade. Assim as empresas esto sendo obrigadas a repensar suas estratgias comerciais e seus produtos, pois sua imagem diretamente afetada caso seu produto cause danos sociedade.

1. A Logstica Reversa e seus Canais de Distribuio Apesar da literatura ainda ser bastante restrita sobre o tema, existem algumas definies, conceitos e nomenclatura de Logstica Reversa bem aceitos em geral que apresentamos a seguir. A logstica reversa apresenta diversas definies que foram evoluindo ao longo do tempo. Algumas delas apresentamos abaixo. Logstica reversa um amplo termo relacionado s habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de reduo, movimentao e disposio de resduo de produtos e embalagens (CLM, 1993:323, Apud: Leite, 2003). Logstica reversa: em uma perspectiva de logstica de negcios, o termo refere-se ao papel da logstica no retorno de produtos, reduo na fonte, reciclagem, substituio de materiais, reuso de materiais, disposio de resduos, reforma, reparao e remanufatura (Stock, 1998:20, Apud: Leite, 2003). O Processo de planejamento, implementao e controle da eficincia e custo efetivo do fluxo de matriasprimas, estoques em processo, produtos acabados e as informaes correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propsito de recapturar o valor ou destinar apropriada disposio (Rogers e Tibben-Lembke, 1999:2, Apud: Leite, 2003). Logstica reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposio final (Novaes, 2004: 54). Adotaremos neste documento a definio de logstica Reversa de Leite (2003:16), assim definida: entendemos a logstica reversa como a rea da logstica empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informaes logsticas correspondentes do retorno dos bens de ps-venda e de ps-consumo ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuio reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econmico, ecolgico, legal, logstico, de imagem corporativa, entre outros. Desta forma, a logstica reversa tem como objetivo, segundo Leite (2003), tornar possvel o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negcios, agregando valor econmico, ecolgico, legal e de localizao. Ainda segundo Novaes (2004) a logstica reversa tem dois objetivos distintos: (1) recapturar valor; e (2) oferecer disposio final. Estas atividades visam 3 finalidades: reciclagem, reprocessamento ou descarte. Entende-se como reciclagem a transformao de componentes/materiais usados para serem reincorporados na fabricao de novos produtos. Este o exemplo do ao: a sucata de produtos descartados misturada ao mnimo de ferro em indstrias siderrgicas. Sob a tica da reciclagem e preservao do meio ambiente, alguns autores citam a logstica reversa como logstica verde. A indstria de latas de alumnio notvel no seu grande aproveitamento de matria prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. Nos casos em que a reciclagem anti-econmica ou h excesso de oferta no mercado, necessrio garantir o descarte de forma segura para a populao e meio ambiente. Existem ainda outros setores da indstria onde o processo de gerenciamento da logstica reversa mais recente, como na indstria de eletrnicos, automobilstica e de produtos radioativos. Estes setores tambm tm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devolues de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produo. Tendo como foco o reprocessamento para ampliao do ciclo de vida do produto/embalagem, podemos citar como exemplo os fabricantes de bebidas. Estes tm que gerenciar todo o retorno das garrafas dos pontos de venda at seus centros de distribuio.

Uma situao diferenciada trata de empresas terceiras que tm como objetivo de negcio a reciclagem de materiais para um novo processo produtivo, independente do fabricante original. Podemos citar exemplos de produtos inseridos neste cenrio como sendo pneus, cartuchos de tinta de impressoras, garrafas pet, etc., que no voltam para sua indstria de origem, mas sim so fontes de matria prima para indstrias completamente diferentes. No caso de latas de alumnio a logstica reversa ocorre para reciclagem dos produtos. As latas so recolhidas, sofrem compactao em volumes menores e retornam para os fabricantes. Esse processo se deve ao alto custo do metal. importante que, neste estgio, conceituemos a vida til de um bem como sendo o tempo decorrido desde a sua produo original at o momento em que o primeiro possuidor se desembaraa dele. Esse desembarao pode ocorrer pela extenso de sua vida til, com novos proprietrios ou pela disponibilizao por outras vias, como a coleta de lixo urbano, as coletas seletivas, as coletas informais, entre outras, passando-a condio de bens de ps-consumo (Leite, 2003). As duas grandes reas de logstica reversa, tratadas de forma independente pela literatura, so diferenciadas pelo estgio ou fase do ciclo desta vida til do produto retornado, conforme ilustrado na figura 7. Esta diferena se faz necessria, pois o produto logstico, os canais de distribuio reversos em que os produtos percorrem, os objetivos de negcio e, por fim, as tcnicas operacionais utilizadas em cada rea de atuao, so distintos. A logstica reversa de ps-venda rea de atuao da logstica que se ocupa do equacionamento e operacionalizao do fluxo fsico e das informaes logsticas de bens de ps-vendas em uso ou com pouco uso, os quais por diferentes motivos retornam aos diferentes estgios das cadeias de distribuio direta. O objetivo do negcio desta rea da logstica empresarial agregar valor a um produto que devolvido por razes comerciais, erro no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento, avarias no transporte, etc.. Por outro lado, a logstica reversa de ps-consumo a rea de atuao da logstica que equaciona e operacionaliza o fluxo fsico e as informaes correspondentes de bens de consumo que so descartados pela sociedade e que retornam ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuio reversos especficos. Bens de ps-consumo so bens em fim de vida til, ou usado com possibilidades de reutilizao, e os resduos industriais em geral. O objetivo de negcio desta rea da logstica agregar valor a um produto logstico constitudo por bens sem interesse de uso ao proprietrio original ou que ainda possuam condies de utilizao, por produtos descartados no final de sua vida til e por resduos industriais.

Figura 1: rea de atuao e as diversas etapas da logstica reversa O campo de atuao da logstica reversa bem ilustrado por Leite (2003) atravs da figura 2, onde so resumidas as principais etapas dos fluxos reversos nas duas reas de atuao acima citadas.

Figura 2: Foco de atuao da logstica reversa Na figura 2, acima, observamos as duas grandes reas da logstica reversa, ps-consumo e ps-venda, sua interdependncia e suas diversas etapas, classificadas conforme motivaes de seu retorno:

Bens de ps-venda: Garantia/qualidade: devolues de produtos que apresentam defeitos de fabricao ou de funcionamento, avarias de produto ou de embalagem. Comerciais: retorno de produtos devido a erros de expedio, excessos de estoque no canal de distribuio, mercadorias em consignao, liquidao de estao de vendas, pontas de estoque etc., que retornam ao ciclo de negcios por meio de redistribuio em outros canais de vendas. Outro motivo comercial para o retorno de produtos o trmino de validade de produtos ou problemas observados no produto aps a venda, o chamado recall. Substituio de componentes: retorno de bens durveis e semidurveis em manutenes e consertos ao longo de sua vida til e que so remanufaturados e retornam ao mercado primrio ou secundrio ou enviados reciclagem ou para disposio final quando no reaproveitados. Bens de ps-consumo: Condies de uso: retorno do bem durvel ou semidurvel que h interesse de sua reutilizao, com a vida til estendida, percorrendo o canal reverso de reuso em mercado de segunda mo at atingir o fim de vida til, caracterizando um loop de vida do produto. Fim de vida til: esta etapa caracteriza-se por duas reas: bens durveis ou dos descartveis. Na rea de durveis e semidurveis, os bens utilizam o canal reverso de desmontagem e reciclagem industrial, sendo desmontados na etapa de desmanche e seus componentes reaproveitados ou remanufaturados, retornando ao mercado secundrio ou prpria indstria, sendo uma parte destinada reciclagem. No caso de descartveis, os produtos retornam por meio do canal reverso de reciclagem industrial, onde so reaproveitados e se transformam em matrias-primas secundrias, voltando ao ciclo produtivo ou iro para a disposio final, ou seja, aterros sanitrios, lixes e incinerao e recuperao energtica. Assim sendo, os canais de distribuio reversos so divididos na literatura em dois tipos, a saber: - Canais Reversos de ps-consumo: trata de produtos que tm vida til varivel (de alguns dias at dcadas), e aps um tempo de utilizao perdem suas caractersticas bsicas de funcionamento e retornam para o ciclo produtivo de alguma forma, conforme mostra a figura 3 abaixo.

Figura 3: Exemplo de canal reverso de ps-consumo de eletrodomstico. - Canais Reversos de ps-venda: retorno de embalagens e devoluo de produtos ao varejista ou fabricante. Ex.: devoluo de mercadorias vendidas por catlogo da Rogers Tibben-Lembke (EUA) 2. Canais de Distribuio Reversos de Bens de Ps-Consumo e de Ps-Venda Conforme Leite (2003), existem trs grandes categorias de bens produzidos: os bens descartveis, os bens semidurveis e os bens durveis classificados de acordo com a sua vida til. Estas definies so fundamentais para um melhor entendimento das atividades dos canais de distribuio reversos.

Bens descartveis: so bens que apresentam durao de vida til mdia de algumas semanas, raramente superior a seis meses. So exemplos de bens descartveis os produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritrio, suprimentos para computadores, artigos cirrgicos, pilhas de equipamentos eletrnicos, fraldas, jornais, revistas, etc. Bens Durveis: so os bens que apresentam durao de vida til variando de alguns anos a algumas dcadas. Exemplos: automveis, eletrodomsticos, eletro-eletrnicos, as mquinas e os equipamentos industriais, edifcios, avies, navios, etc. Bens semidurveis: so os bens que apresentam durao mdia de vida til de alguns meses, raramente superior a dois anos. Sob o enfoque dos canais de distribuio reversos dos materiais, apresenta caractersticas ora de bens durveis, ora de bens descartveis. Exemplos: baterias de veculos, leos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus perifricos, revistas especializadas, etc. O acelerado desenvolvimento tecnolgico vivenciado pela sociedade nas ltimas dcadas, a introduo de novos materiais que tm substitudo outros com melhoria de desempenho tcnico do produto e de sua embalagem e reduo de custos dos produtos, associados ao acirramento da competitividade, como conseqncia da globalizao e da prpria tecnologia, tm feito que empresas passem a se diferenciar pela constante inovao, reduzindo drasticamente o ciclo de vida dos produtos causando um alto grau de obsolescncia e assim sendo uma alta tendncia descartabilidade. Esta tendncia tm causado modificaes nos hbitos mercadolgicos e logsticos das empresas modernas, exigindo alta velocidade no fluxo de distribuio fsica dos produtos. Uma das conseqncias a reduo do ciclo de compra, observando-se um aumento das quantidades de produtos devolvidos nas cadeias reversas de ps-venda, exigindo um sistema de logstica reversa mais eficiente. Por outro lado, com os ciclos de vida cada vez menores, os produtos ditos durveis sero descartados mais rapidamente transformando-se em semidurveis. Da mesma forma, os produtos semidurveis se tornaro descartveis. Assim sendo, os produtos de ps-consumo aumentam e exaurem os meios de disposio final, tornando-se necessrio equacionar o problema de retorno dos bens de psconsumo. A figura 4, abaixo, ilustra o fluxo de produtos nos canais de distribuio diretos, desde as matrias-primas at o mercado, chamado de mercado primrio dos produtos. Os canais de distribuio reversos de ps-consumo so constitudos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos aps a sua utilizao pelo usurio original e retornando ao ciclo produtivo. Dois so os subsistemas reversos: os canais reversos de reciclagem e os canais reversos de reuso (Leite, 2003). Os canais reversos de ps-venda so constitudos pelas diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco e nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivado em geral por problemas de qualidade, garantia, processos comerciais entre empresas e retornando ao ciclo de negcios de alguma forma.

Figura 4: Canais de distribuio diretos e reversos Exemplos de Canais Reversos: Canal Reverso Reuso Exemplo Leiles de Empresas Caractersticas Equipamentos usados, mveis, utenslios, veculos, peas ou partes de equipamentos sem condies de uso (sucata), sobrasindustriais, excessos de estoque de insumos, etc. Nvel alto de devolues por no-conformidade s expectativas do consumidor (25 a 30%). Produtos com embalagens individuais, clientes desconhecidos e demanda pouco previsvel. Segmento dos mais importantes de canais reversos. Revalorizao pelo sistema de reciclagem dos materiais que o constituem. Alta visibilidade ecolgica. Em geral so dispostos impropriamente, gerando poluio em centros urbanos. Consumidores devolvem ao varejista produtos recm adquiridos e no consumidos. Os motivos so principalmente: arrependimento pela compra, erro na escolha, defeitos, no entendimento dos manuais.

Ps-Venda

E-commerce

Ps-consumo

Embalagens Descartveis

Ps-venda

Lojas de Varejo

3. Motivos da crescente preocupao com a logstica reversa, fatores de influncia A sociedade moderna vive hoje uma preocupao crescente com o equilbrio ecolgico. O aquecimento global, a poluio do meio ambiente, em muitas reas descontrolada, so apenas dois exemplos de motivos da sensibilidade ecolgica que est se formando na conscincia das pessoas, de governos e, mais recentemente, entre empresas ao redor do mundo. O crescimento econmico com o mnimo de impacto ambiental, chamado de desenvolvimento sustentado, um conceitoaceito e utilizado hoje universalmente e baseia-se na idia de atendimento s necessidades da atual sociedade sem comprometer geraes futuras. As empresas modernas esto utilizando a logstica reversa, prpria ou contratada de empresas especializadas, como forma de aumento de sua competitividade no mercado. Pesquisa realizada nos EUA

com empresas de vrios setores apontam diversos motivos estratgicos para a adoo de atividades de logstica reversa nas empresas, conforme mostrado no quadro abaixo:

Quadro 1: Motivos para as empresas operarem os canais reversos. Observa-se, portanto, que o motivo aumento de competitividade destaca-se entre os demais, o que nos leva a refletir sobre a conscincia ecolgica que os consumidores esto formando e a influncia que tal conscincia est exercendo sobre as empresas. Outros fatores, tais como, econmicos, legislativos, logsticos e tecnolgicos so apontados por Leite (2003) como os fatores principais de influncia na organizao dos canais reversos de ps-consumo nas empresas. Tais fatores atuando isoladamente ou em conjunto vo influenciar no equilbrio entre a quantidade disponvel no fluxo dos canais diretos e no fluxo dos canais reversos, como mostra a figura 5 abaixo.

Figura 5: Fatores que influenciam na organizao dos canais reversos de ps-consumo Os fatores Econmicos, Tecnolgicos e Logsticos so os que garantem interesses satisfatrios implicando em nveis mais altos de organizao nas cadeias reversas e, como tal, so chamados de fatores necessrios. Por outro lado, os fatores Ecolgicos e Legislativos so chamados de fatores modificadores, pois alteram as condies naturais do mercado, nas diversas etapas reversas, permitindo que novas condies de equilbrio sejam estabelecidas. Ainda segundo o autor, as condies essenciais de organizao e implementao da logstica so: Remunerao em todas as etapas reversas. Qualidade dos materiais reciclados Escala econmica de atividade. Mercado para os produtos com contedo de reciclados. Os fatores citados acima, assim como, as condies essenciais para a implementao da logstica reversas formam uma modelo de dependncia entre tais fatores e os nveis de organizao e dinamismo dos canais de distribuio reversos (Leite, 2003). 4. Legislao Ambiental no Mundo e no Brasil Alguns canais reversos se organizam por se mostrarem rentveis economicamente pela natureza do produto logstico, suas condies tecnolgicas de reutilizao ou transformao. Outros canais, porm, mostram-se pelas leis naturais do mercado pouco rentveis. Assim quando alguns desses canais apresentam um desequilbrio com impacto ambiental entre o fluxo direto e o reverso ocorre uma interveno governamental em forma de leis, muitas vezes exigida pela sociedade. A legislao ecolgica / ambiental encontra-se em diferentes estgios nos diversos pases e envolvem diferentes aspectos do ciclo de vida til de um produto, desde a fabricao e o uso de matrias-primas at sua disposio final ou a dos produtos que o constituem.

Novos princpios de proteo ambiental esto sendo formados em diversos pases desenvolvidos, tal como, o de EPR (Extended Product Responsability ou Responsabilidade Estendida do Produto) que preconiza a idia de que o produtor ou a cadeia industrial deve ter a responsabilidade pelo seu produto at a deciso correta do seu destino aps o seu uso original. Alguns desses novos conceitos em legislao ambiental so apresentados abaixo: Restries a respeito de aterros sanitrios e incineradores: proibio de novos aterros sanitrios em muitos estados americanos ou proibio de disposio em aterros sanitrios de certos produtos. Implantao de coleta seletiva domiciliar ou comercial. Responsabilidade do fabricante sobre o canal reverso de seus produtos (product take back): legislao no Japo em 1997 imps a obrigatoriedade para a indstria automobilstica de organizao de rede reversa de reciclagem. Em julho de 1996 Frana. Alemanha e Holanda em acordo entre governos estabelecem que a responsabilidade de coleta, reciclagem ou do reaproveitamento dos automveis descartados pela sociedade fosse para os fabricantes de automveis. Uso de selos verdes para identificar produtos amigveis ao meio ambiente, produtos de psconsumo que podem ou no ser depositados em aterros sanitrios, restrio ao uso de produtos com contedos de matrias-primas secundrias, etc. Valor monetrio depositado na compra de certos tipos de embalagens. ndices mnimos de reciclagem: alguns estados dos EUA adotam a obrigatoriedade do equilbrio de produo e reciclagem. Outros possuem legislao especfica incentivando o uso de produtos fabricados com materiais reciclados. Alguns adotam um sistema tributrio especial para os diversos elos da cadeia reversa; Nos EUA existem trs grandes grupos de leis ambientais: sobre a disposio final dos produtos e sistemas de coletas. As leis que incentivam o mercado a usar produtos com algum ndice de reciclagem, regulamentando os selos verdes ou incentivos financeiros e, em forte intensidade, as leis relativas reduo de resduos slidos na fonte e interdio de produtos com alto impacto ambiental. Os governos locais so responsabilizados para equacionar os problemas. Na Europa as leis tendem a responsabilizar os produtores e demais agentes da cadeia produtiva direta pelos problemas e estruturao dos canais reversos de seus produtos. O nus da coleta seletiva e da reduo de resduos slidos recai sobre os produtores. No Japo um dos pases mais desenvolvidos em reciclagem de materiais, porm, com baixa interveno governamental em relao ndices de reciclagem, apesar de apresentar os maiores ndices de reciclagem do mundo, em torno de 60% na maioria dos materiais reciclveis, como papel, embalagens, baterias, etc. No Brasil foi criado em 1998 o Programa Brasileiro de Reciclagem pelo Ministrio da Indstria e Comrcio para propor uma legislao e diretrizes na rea. Vrios aspectos envolvendo logstica reversa de psconsumo esto sendo tratados em propostas de lei no congresso. 5. Cases de Logstica Reversa Caso INPEV: Devido a alta do setor de agro negcios, a indstria de defensivos agrcolas movimentou em 2003 US$ 2,5 bilhes. Esse faturamento gera em mdia 23 milhes de quilos de embalagens de agrotxicos por ano. Depois do uso, estas embalagens se transformam em resduos txicos, representando graves riscos populao e ao meio ambiente. O governo regulamentou a coleta e desativao de embalagens de defensivos agrcolas em 2000, atravs da Lei Federal 9.974.

Com base nesta legislao foi criado um programa pioneiro que estabelece claramente a responsabilidade de cada um dos elos da cadeia de produo e abastecimento dos defensivos agrcolas, o INPEV Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. O Inpev composto por empresas associadas, rgo pblicos, agricultores, revendedores, cooperativas, organizaes no governamentais e associaes de classe. O instituto foi criado logo aps a aprovao da lei 9.974 e tem a responsabilidade de desenvolver e gerenciar instrumentos que garantam a viabilidade operacional do processo. Caractersticas do modelo: Agilidade e eficincia no manuseio de embalagens txicas; Aumento da segurana no manuseio destes materiais txicos. O Inpev responsvel pelo transporte adequado das embalagens vazias de defensivos agrcolas para destino final (recicladoras ou incineradoras) conforme determinao legal. Para realizar o processo logstico, o Instituto utiliza o conceito de logstica Reversa, disponibilizando o caminho que leva os agrotxicos para os distribuidores e cooperativas do setor e que voltaria vazio, para trazer as embalagens vazias (a granel ou compactadas), que so recolhidas e armazenadas nas unidades de recebimento, conforme modelo a seguir:

A implantao bem sucedida do modelo de Logstica Reversa foi conquistada atravs da parceria com a empresa lder no transporte de defensivos agrcolas no Brasil, e o conceito est alinhado com os princpios do instituto de preservao do meio ambiente e da sade humana e apresenta duas grandes vantagens, a saber: Segurana para o meio ambiente e sade humana: uso de transportadora capacitada para realizar este tipo de transporte; 2. Economia: caminho j teve parte dos custos pagos quando levou produto cheio. Dados atualizados no site oficial da INPEV informa que entre janeiro e maro de 2007 j foram recolhidas mais de 4.000 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrcolas. Nos ltimos 12 meses (perodo compreendido entre fevereiro de 2006 e maro de 2007), j seguiram para reciclagem ou incinerao 20.202 toneladas de embalagens. O fluxo logstico reverso realizado pelo Inpev ocorre confirme a ilustrao a seguir: 1.

Caso Panasonic: No Japo a logstica reversa est em destaque. Diversas iniciativas tm garantido a aplicao dos conceitos dentro e fora dos limites das fbricas. A marca Panasonic, assim como a National, pertence ao grupo Matsushita, que criou, em 2001, uma planta no Japo para reciclar eletrodomsticos. O Protocolo de Kyoto o maior acordo para preservar o meio ambiente, e a partir dele que a Matsushita desenvolveu o METEC Matsushita Eco Technology Center Co., que tem como base os 5 R: 1. Redefina (reprojete) pea e materiais; 2. Reduza o nmero de componentes; 3. Revise (remanufature) tudo que possvel; 4. Recicle todos os materiais; 5. Recupere (regenere) energia. Este projeto no foi desenvolvido para atender apenas produtos novos da Matsushita ou exclusivamente de sua fabricao. O grupo estruturou uma rede para coleta de mquinas de lavar, TVs, aparelhos de ar condicionado ou refrigeradores recebidos por 47 pontos de coleta no Japo. A coleta dos equipamentos custa entre USD 20 a USD 45, e este valor pode ser negociado como base de troca por um novo eletrodomstico na National ou Panasonic. Periodicamente as cargas recebidas pelos pontos de coleta so enviadas METEC, onde so divididas em quatro grupos, por tamanho e procedncia.

Os resultados do projeto so bastante animadores. Em 2005 foram reciclados mais de 700 mil eletrodomsticos. Todos os materiais so vendidos nos mercados de metais ou outros tipos de matria prima. 6. Concluses notrio que a Logstica Reversa, embora com uma importncia crescente, ainda uma rea com pouca nfase na estratgia competitiva das empresas. Podemos observar este fato quando verificamos que, apesar de representar uma operao to complexa quanto logstica convencional, no h funo gerencial dedicada a este assunto nas empresas. Outro aspecto que caracteriza uma rea incipiente a pouca disponibilidade de material bibliogrfico sobre o assunto. So raros os autores especializados no tema no Brasil e no exterior. No Brasil, pelo fato da legislao ainda engatinhar na questo ecolgica / ambiental, fator de grande influncia na motivao para a organizao de um canal convencional, as estatsticas e materiais bibliogrficos da logstica reversa limitam-se praticamente a casos de reciclagem bastante tradicionais, como por exemplo, o das garrafas PET, das latas de alumnio, materiais ferrosos e de leos lubrificantes. A revalorizao econmica ainda predomina sob a revalorizao ecolgica e legal no que tange aos fatores de influncia para a organizao de um canal de distribuio reverso. De qualquer forma esta realidade est mudando rapidamente. A logstica reversa est se consolidando como uma nova e crescente preocupao no planejamento e na viso estratgica das empresas. Como vimos, uma conscincia ecolgica crescente da sociedade, exercendo presso sobre as empresas e sobre o governo, a tendncia de uma legislao ambiental cada vez mais rigorosa tanto nos pases em desenvolvimento quanto nos pases desenvolvidos, a premncia das empresas de se diferenciarem no mercado atravs de uma poltica de servios mais liberais para os consumidores e de reduzirem custos, dado o acirramento da competitividade em uma sociedade globalizada, so fatores que esto acelerando a importncia da logstica reversa tanto de ps-consumo como de ps-venda. Neste cenrio a rea da logstica empresarial toma um novo foco de importncia. Os aspectos puramente logsticos iro influenciar no equilbrio entre os fluxos reversos e diretos. Os desafios da logstica reversa so ainda maiores comparados logstica convencional. As fontes de produtos de ps-consumo ficam, em geral, prximas aos grandes centros e iro alimentar indstrias que esto distantes destes centros, prximas s matrias primas novas, gerando dificuldades logsticas. Alm disso, com a diversidade dos canais de distribuio, a estruturao da logstica reversa torna-se a cada dia uma atividade mais desafiadora. No entanto, as organizaes esto sendo cada vez mais pressionadas a posicionarem-se quanto a sua contribuio para preservao do meio ambiente. Os impactos da alta competitividade mundial j esto sendo percebidos, atravs de problemas como aquecimento global, desmatamento e poluio. E por esta razo, os consumidores esto cada vez mais exigentes quanto responsabilidade social empresas, que no devem mais ter foco no curto prazo, e sim como o futuro.

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