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UNIVERS CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL Realização: A LITERATURA SURDA ALUNOS SURDOS ATR DA PRODUÇÃO DE VÍD Eixo 2: Processos de Esc RESUMO O objetivo do pres com uma turma de alu Dragão”. Nessa perspec de divulgação da Literat contarem histórias, poe sinas, como expressão identidade e pertencimen Palavras-chave: Literatur 1.INTRODUÇÃO Esse artigo é uma Superior de Samambaia LIBRAS. Como temática educação de surdos. A comedia a tragédia, um t Em geral, a discipl surdos no Rio de Janeiro surdos, uma vez que consideradas no ensino focar o indivíduo surdo Formação: Licenciado em Letras SIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU UISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPEC L DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU ISSN A: PROPOSTAS E ESTRATÉGIAS DE E RAVÉS DA CRIATIVIDADE VISUAL, D DEOS EM LIBRAS colarização dos Surdos. Bruno Ferreira Abra sente artigo é apresentar uma atividade unos surdos tendo como foco o vídeo ctiva é importante ressaltar a relevância d tura Surda desenvolvendo o interesse do esias, e realizarem a produção literária o de seus sentimentos, criatividade, c nto a uma cultura. ra Surda – Cultura - Língua de Sinais. a exigência do IESA Instituto de Educ a – para a conclusão do curso Pós-G a a ser discutida aqui, será abordada a Literatura tem um campo vasto de tem termo comumente referenciado na Grécia lina Literatura nas escolas, até mesmo o, apresenta dificuldade de aprendizagem as características da cultura do al o desta disciplina. E é nesse ponto que o com essas especificidades. A propos s – LIBRAS e professor da LIBRAS pela UFRJ. CIAL – CEPAE DIA N 2447-4959 ENSINO PARA DO TEATRO E ahão- UFRJ 1 e desenvolvida o da Lenda “O de um trabalho os alunos para em língua de construção de cação e Ensino Graduação em a Literatura na mas que vai da a antiga. em escolas de m pelos alunos luno não são o trabalho vai sta é discutir a

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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL

Realização:

A LITERATURA SURDA:

ALUNOS SURDOS ATRA

DA PRODUÇÃO DE VÍDE

Eixo 2: Processos de Esco

RESUMO

O objetivo do prese

com uma turma de alun

Dragão”. Nessa perspectiv

de divulgação da Literatur

contarem histórias, poesi

sinas, como expressão

identidade e pertenciment

Palavras-chave: Literatura

1.INTRODUÇÃO

Esse artigo é uma e

Superior de Samambaia

LIBRAS. Como temática

educação de surdos. A

comedia a tragédia, um te

Em geral, a disciplin

surdos no Rio de Janeiro,

surdos, uma vez que

consideradas no ensino d

focar o indivíduo surdo c

Formação: Licenciado em Letras

ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI

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ISSN 2

RDA: PROPOSTAS E ESTRATÉGIAS DE EN

ATRAVÉS DA CRIATIVIDADE VISUAL, DO

VÍDEOS EM LIBRAS

e Escolarização dos Surdos.

Bruno Ferreira Abrah

presente artigo é apresentar uma atividade

alunos surdos tendo como foco o vídeo d

pectiva é importante ressaltar a relevância de

teratura Surda desenvolvendo o interesse dos

poesias, e realizarem a produção literária e

ssão de seus sentimentos, criatividade, co

imento a uma cultura.

ratura Surda – Cultura - Língua de Sinais.

uma exigência do IESA – Instituto de Educaç

baia – para a conclusão do curso Pós-Gr

ática a ser discutida aqui, será abordada a

A Literatura tem um campo vasto de tema

um termo comumente referenciado na Grécia

ciplina Literatura nas escolas, até mesmo em

neiro, apresenta dificuldade de aprendizagem

que as características da cultura do alu

sino desta disciplina. E é nesse ponto que o

urdo com essas especificidades. A propos

etras – LIBRAS e professor da LIBRAS pela UFRJ.

PECIAL – CEPAE ÂNDIA

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DE ENSINO PARA

L, DO TEATRO E

Abrahão- UFRJ1

dade desenvolvida

ídeo da Lenda “O

cia de um trabalho

e dos alunos para

ária em língua de

e, construção de

ducação e Ensino

Graduação em

da a Literatura na

temas que vai da

récia antiga.

mo em escolas de

agem pelos alunos

o aluno não são

que o trabalho vai

posta é discutir a

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Realização:

importância da Literatura

sua identidade e cultura.

Podemos observar

fortemente, nas adaptaçõe

exemplo, temos o conto d

que foi adaptada, levand

fazendo parte do acervo

temos observado, em con

milenar, quase não há m

divulgação dentro da com

precisam entender e ter a

escolhemos como tema d

com o propósito de difund

escritos e representados p

Internacional).

A Literatura surda

adolescentes surdos, já,

como identidade e cultur

entanto, percebemos qu

aprendizado da Literatu

professores surdos para o

restringe a um determinad

de surdos ao mundo todo

Notamos que a infl

tecnologias, e como

ocidentais alterando o

Allsop (1982) se destac

Desta forma, entend

alunos surdos, sua atenç

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atura surda para as pessoas surdas, como

tura.

ervar que a Literatura surda vem sendo r

ptações e traduções com bases culturais ocid

nto de fadas “Cinderela Surda” pelo autor Fa

evando em consideração a identidade e cul

cervo da Literatura surda. Em relação à litera

m contatos na rede social, que mesmo sendo

há material produzido que favoreça o con

a comunidade surda. Consideramos que a

ter acesso ao patrimônio cultural do mundo,

ema de nosso projeto a adaptação de um c

difundir a Literatura oriental e compreender o

ados por vários tipos de ideogramas e IS (Líng

urda é extremante importante para as cr

, que esse é um direito da nossa realidade

cultura que fazem parte da nossa língua d

os que as escolas de surdos necessitam

teratura surda, tendo-a como disciplina e

para o desenvolvendo de suas histórias, visto

rminado país ou grupo social, mas, garante

todo.

a influencia oriental vem crescendo por mei

omo sua cultura vem sendo incorporada

ndo o sentido da cultura de cada país e que

destaca em:

A comunidade surda é diferente de outralinguísticas em muitos aspectos, já quegeograficamente em uma mesma localidespalhados em várias partes do Lebedeff,2002).

ntendemos que é fundamental estimular o i

atenção, desenvolvendo o prazer e contato

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omo referência de

ndo representada,

s ocidentais. Como

tor Fabiano Rosa e

e cultura surda e

à literatura oriental

sendo uma cultura

o conhecimento e

ue alunos surdos

undo, dessa forma,

um conto oriental,

nder os elementos

íngua de Sinais

as crianças e os

lidade social surda

gua de sinais. No

ssitam ampliar o

lina e com mais

, visto que, não se

ante acessibilidade

r meio das novas

rada pelos países

que para Kyle &

outras comunidades á que eles não estão localidade, mas estão do mundo. (apud.

ar o interesse dos

ontatos entre seus

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Realização:

pares para contarem hist

LIBRAS com intuito de

modo geral, dentro do seu

isso possa se efetivar, é n

de forma a garantir o seu

2. FUNDAMENTAÇÃO TE

A Literatura surda

especialmente nas crianç

reproduzidas em poesias,

contadas em LIBRAS pa

situações vividas pelos su

Atualmente, com o a

LIBRAS, postar no youtu

Muitas produções feitas

aumentam o número de

surda.

As fontes de pesquis

mesmo o termo Literatura

de tradução, por exemplo

e Karnopp (2005) relata s

surdos elaborarem esse ti

Pesquisas que objet

literária de surdos en

desconhecimento da lín

narradores surdos, do sig

visual e linguística encontr

Para a Educação

fundamental ter conhecim

contadas e sobretudo pro

histórias em LIBRAS para

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histórias, poesias, e realizarem a produção

divulgar a Literatura surda para a socied

do seu país e, para outros países também. M

ar, é necessário que ele se aproprie da Litera

seu conhecimento global.

TEÓRICA

urda baseia-se na experiência visual

crianças a fantasia das narrativas em líng

esias, lendas, piadas, jogos de linguagem etc

S passam de geração em geração incluin

los surdos.

m o avanço da tecnologia podemos filmar as

outube, fazer DVD-R ou também pela escr

feitas em desenhos em LIBRAS e escrit

ro de exemplares traduzidos ou criados pa

esquisas e de livros nessa área são muitas red

ratura surda ainda é desconhecido por muitos

mplo, dos clássicos da Literatura para LIBRA

lata sobre esse fato como também da importâ

sse tipo de material.

objetivam registrar, escrever, filmar e divulga

s encontra os seguintes dilemas, tais

a língua de sinais e das situações co

o significado de suas lutas, dos costumes, da

ncontradas em situações bilíngues.

cação dos surdos e construção de sua

nhecimentos dessas histórias registradas, c

produzir suas próprias histórias. É fundam

S para surdos, pois esse tipo de atividade

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dução literária em

ociedade e de um

. Mas, para que

iteratura mundial

sual estimulando,

língua de sinais

m etc. As histórias

incluindo todas as

ar as histórias em

escrita de sinais.

escrita de sinais

os para Literatura

reduzidas e até

uitos. O processo

LIBRAS não é fácil

portância para os

ivulgar a produção

, tais como: o

s cotidianas dos

es, da experiência

sua identidade é

as, contadas, re-

undamental contar

ade contribui para

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Realização:

internalizar a cultura surda

(2002) diz que:

Nesse sentido, se f

crianças surdas são filhos

em extrema desvantagem

surdas que vivem em

receberem histórias é mu

que aprendam a língua d

modo que surdos adultos

Ripich (1988) “muitos surd

de começar a ler”.

Talvez seja fácil def

pessoas. Porém, quando

comunidade surda – ou qu

são comuns à rejeição à

concepção da cultura uni

da mesma maneira que

também ela é fundamenta

em LIBRAS.

Então podemos dize

são complexas, já que s

bilíngue e multicultural. E,

grupo de minoria visual, d

da esfera nacional, em nív

as fronteiras. E, sobretudo

uma língua de sinais próp

de seu país. (Quadros e S

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surda e também desenvolve linguagem. Por

(...) direta ou indiretamente a literaturapara a formação do indivíduo, pois, ao edas culturas e o modo pela qual elatransmitidas de geração para geração, vliteratura foi seu principal veículo. Litliteratura escrita são as principais formasrecebem a herança e a tradição cultural. p.,2008)

, se for levado em consideração que apen

filhos de pais surdos, percebe-se que os outro

tagem com relação às crianças ouvintes. Para

em ambientes ouvintes, portanto, a poss

é muito limitada. Essas crianças precisam

gua de sinais, ou conviver com a comunida

ultos contem histórias para elas. De acordo c

s surdos possuem experiência limitada com h

cil definir e localizar no tempo e no espaço,

ando se trata de refletir sobre o fato de qu

ou que podem surgir – os processos culturais

ão à ideia da “cultura surda” trazendo como

ra universal ou a cultura monolítica. Assim, a

que Literatura é fundamental para formaçã

mental para formação do surdo, e por isso, ela

s dizer que, a identidade e a cultura das pes

que seus membros frequentemente vivem n

E, por um lado, as pessoas surdas fazem

ual, de uma comunidade surda que pode se e

m nível mundial, e, sendo uma comunidade q

retudo, elas fazem parte de uma sociedade n

s própria e com culturas partilhadas com pess

os e Sutton-Spence, 2006)

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Por isso, Lebedeff

ratura é fundamental , ao estudar a história al elas foram sendo ção, verifica-se que a o. Literatura oral ou formas pelas quais se ltural. (apud. Karnopp,

apenas 10% das

s outros 90% estão

. Para as crianças

possibilidade de

isam ter familiares

unidade surda, de

ordo com Griffith e

om histórias antes

aço, um grupo de

de que surgem na

lturais específicos;

como argumento a

sim, afirma-se que

rmação do ouvinte

so, ela tem que ser

as pessoas surdas

em num ambiente

fazem parte de um

e se estender além

ade que atravessa

ade nacional, com

pessoas ouvintes

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Realização:

Segundo Skliar (199

aceitar o conceito de cultu

ou seja, a partir de um o

própria historicidade, em s

A Literatura Surda

uso de imagens, valoriza

visual. E os surdos utiliz

história, piadas, poesias

uso da realidade vivida a

A partir de 2000, com

sobre surdos em alguns

cuja temática esteja rela

de maneira considerável

a para a Literatura Surda

de materiais que são f

vídeos em língua de sin

visual, recursos adiciona

A Literatura Surda t

transmitem suas história

histórias contadas em sina

permanece na memória de

Além da importância

diversificada Literatura pre

pontos de encontro da c

histórias são contadas

contadores de histórias.

têm sido registradas em fit

língua portuguesa. As na

produzidos servem como

& Wilcox relatam a experiên

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1998, p. 28). Não me parece possível com

e cultura surda senão através de uma leitura

um olhar de cada cultura em sua própria ló

, em seus próprios processos e produções.

urda baseia-se principalmente na experiênc

alorizando a língua de sinais em sua modalid

utilizam-se de suas experiências pessoais p

oesias, assim como outras expressões literá

vida a pela diferença entre surdos e ouvintes.

0, com o uso de novas tecnologias, as imagen

lguns livros de Literatura infantil com DVD-

ja relacionada com surdos e língua de sinais

rável a criação e adaptação de títulos da Liter

Surda. Há, inicialmente, uma identificação de

são fundamentais para a realização exclus

de sinais, como por exemplo: filmadora, DVD

icionais de filmagem, etc.

urda tem uma tradição diferente, próxima a

istórias oral e presencialmente. Ela se m

m sinais, mas o registro de histórias contadas

ória de algumas pessoas ou foram esquecidas

tância dos registros na LIBRAS, encontramos

ra presentes em associações de surdos, em

da comunidade surda e dentre outros. Algu

das e resgatadas por surdos idosos ou

rias. Umas pequenas parcelas dessas produç

em fitas de vídeo, em LIBRAS ou, então, tradu

As narrativas, os poemas, as piadas e os m

como evidências da identidade e da cultura su

periência de surdos norte-americanos:

A comunidade surda é bilíngue. Há muitinglês de poetas Surdos, escritores de p

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el compreender ou

eitura multicultural,

ria lógica, em sua

eriência visual, no

odalidade espaço-

ais para contarem

literárias, fazendo

intes.

agens e os vídeos

-R elaborados,

sinais, se ampliou,

a Literatura ouvinte

ão de um conjunto

exclusivamente de

, DVD-R, material

ma a culturas que

se manifesta nas

ntadas no passado

cidas.

ramos uma vasta e

s, em escolas, em

. Algumas dessas

s ou por surdos

roduções culturais

, traduzidas para a

os mitos que são

ura surda. Wilcox

muitos trabalhos em de peças, novelistas

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Realização:

As produções cultur

uma língua de sinais, o p

com pessoas ouvintes, s

proporcionar uma experiên

Ao mesmo tempo, é

sujeito entender o mund

habitável ajustando-os com

definição das identidades

significa que abrange a lí

de povo surdo. (Strobel, p

3. METODOLOGIA

A atividade desenvo

ensino para alunos surd

produção de vídeos em L

de Literatura surda Bruno

classe de aula ia contan

imagéticos:

“O céu...Naquela épo

não ser pelo grande m

ouvido lá no alto, ning

comiam as cascas da

Coitados! A grande se

muito grande! Podero

Que a chuva abençoe

esperamos levado pe

céu. O Dragão que ad

acontecendo. Os cam

podia sentir o campo.

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e ensaístas que os estudantes de segundler com o intuito de se familiarizarem coexperiência surda. (p.101, 2005)

culturais de pessoas surdas envolvem em ge

is, o pertencimento a uma comunidade surda

tes, sendo que esse contato linguístico e

periência bilíngue a essa comunidade.

po, é preciso entender que cultura surda é

mundo e de modificá-lo, a fim de, torná-

os com as suas percepções visuais, que contr

ades surdas e das “almas” das comunidades

e a língua, as ideias, as crenças, os costume

bel, p. 24, 2008)

senvolvida de literatura surda: propostas e e

surdos através da criatividade visual, do

em LIBRAS tem como metodologia a figura

Bruno Ferreira Abraão (UFRJ) que utilizando

contando a seguinte história em LIBRAS

época o tempo era novo, e não era ardilos

de mar do Oriente. Mas, em um triste dia u

ninguém me escuta os povos estão pedidos

das árvores. Alguém dizia que esta seria

e seca está destruindo as colheitas. O sofrim

erosos antepassados nos ajudem! Que o

çoe a nós e ao nosso campo! É o que pedi

pela fumaça dos incensos e o dragão p

e adorava a terra desceu para ver melhor

camponeses suplicavam. O Dragão que abe

po. O Rio! Lá tem toda a água de que pr

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egunda língua podem em com a cultura e a

em geral o uso de

surda e o contato

o e cultural pode

rda é o jeito de o

-lo acessível e

contribuem para a

idades surdas. Isto

stumes e o hábito

s e estratégias de

l, do teatro e da

figura do professor

ando o espaço da

com recursos

iloso ou bravo, a

dia um pedido foi

dos a chuva! Uns

eria o fim da vila.

ofrimento deles é

e o céu se abra!

pedimos, é o que

o passeava pelo

hor o que estava

abençoa a água

e precisamos! E,

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Realização:

com ela poderemos aj

la nas nuvens, onde

plantações! Chuva! E

esgotadas! Logo será

gritavam o Dragão est

Dragão não está olha

passear pelo céu direi

em que uma pessoa

chamá-la, e ela não

percebem que ele é

personagem palavra

(Orelha e dragão-deus

Então todos nós surdo

Sourd, Surdo, 聾 e etc

e da cultura surda. Lá

temos respeitam os su

como é o Dragão, uma

Em seguida, o profe

os seus alunos surdos ass

e, a turma foi dividida em

prática com desenho. De

apresentação contando a

O professor pode ob

atividade os incentivou a

identidade e cultura surda

alunos, seu potencial criat

das pessoas surdas,

estratégias visuais.

Dessa forma podem

diferentes países e contin

criar adaptações e inventa

de fadas, clássicos da

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s ajudar todas aquelas pessoas! Só precisa

nde ela vai se transformar em chuva e c

! Está chovendo! As reservas de comida

será o fim deles! Os camponeses foram

está olhando e agradeceu a bênção da ch

olhando, mas, os camponeses estavam a

direito no caminho.... Alguns dias passaram,

soa andava pelo chão e os camponeses

ão ouvia o que estava acontecendo. Os

é como o Dragão, porque eles não escu

vra ideograma "聋" o que é significar Ore

deus) para os surdos humano! Fim a históri

urdos temos palavras em diversas línguas:

etc. Todos nós temos a valorização da ide

. Lá no oriental os povos, chineses, coreanos

s surdos. Isso é a valorização do pessoal. O

uma fortaleza. ”

professor surdo exibiu o filme da lenda “O D

os assistirem. Ao fim, eles entendem clarame

da em grupos de quatro alunos para fazer u

o. Depois de um tempo determinado cada g

do a lenda da sua maneira.

observar que eles adoraram recriar as hist

ou a mostrar por meio de desenhos o que e

surda, com a exposição clara das ideias de c

l criativo e a importância da produção em líng

que entendem melhor, quando são a

podemos afirmar que o conhecimento da

continentes contribui para que os alunos su

ventar uma Literatura surda, recontando as le

da Literatura mundial, e, tornando acessív

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cisamos espalhá-

e cair sobre as

ida estão quase

m animados que

chuva..., mas, o

a gritando! Foi

am, e foi o tempo

es começaram a

Os camponeses

escutam, deu ao

Orelha de Deus

stória do Dragão!

uas: Deaf, Sordo,

identidade surda

anos e japoneses

. O surdo é forte

a “O Dragão”, para

aramente a história

zer uma atividade

ada grupo fez sua

histórias, pois, a

que entendem por

de cada grupo de

m língua de sinais

são apresentadas

da Literatura de

os surdos possam

as lendas, contos

cessível o acervo

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Realização:

cultural para a comunid

recursos que incentivem s

4. CONSIDERAÇÕES FIN

O presente artigo a

sobre o que é Literatura

conhecem ou não o qu

reconhece essa importânc

reconhecida pela maioria

A Literatura surda en

como meio visual por me

demais artes, sendo essa

a vida e a realidade da soc

Desejamos ter cons

algumas questões primo

principalmente aos profess

na área da Literatura sur

ensino e quanto também

pessoas surdas e ouv

esclarecimento por parte

pessoas surdas sobre Lite

possui a disciplina de Liter

Contudo, as pessoa

necessitam de aprender

a estrutura da LIBRA

suficientemente sobre o q

importante que docentes

eventos de quaisquer áre

de sinais.

É de se entender q

LIBRAS em todas as insti

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unidade surda. Ao professor cabe criar e

vem seus alunos a criarem suas próprias histó

S FINAIS

rtigo apresenta informações que possibilita

ratura surda e interroga se os alunos surdo

o que seja uma Literatura surda, pois, a

ortância. Por isso, a Literatura surda precisa se

ioria das comunidades surdas.

enfatiza a cultura surda, valorizando a líng

or meio da poesia, teatro, produção de víd

essa, de suma valia para as pessoas surdas

sociedade que ainda excluí a sua língua e c

construído para que os leitores tenham c

primordiais a cerca da temática da Liter

rofessores de LIBRAS para a produção de su

ra surda, com intuído de atualizar suas met

mbém, da formação continuada para traba

ouvintes, devido, que ainda está fal

parte de docentes quanto às atividades

Literatura Surda. E vale ressaltar que nas

e Literatura Surda voltada para alunos surdos.

essoas surdas perdem tamanhas oportunida

e conhecer a Literatura Surda e quanto

IBRAS, fazendo com que alguns não

o que seja identidade e cultura da surda

ntes participem de pesquisas, cursos e pales

er áreas que tratem de questões especificas

er que é preciso inserir a disciplina Litera

instituições de ensino, inclusive a escola bilí

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riar estratégias e

histórias.

am a reflexão

surdos realmente

, a maioria não

cisa ser difundida e

língua de sinais

e vídeo, humor e

urdas entenderem

e cultura.

am compreendido

Literatura surda,

de suas pesquisas

metodologias de

trabalhar com as

á faltando muito

ades voltadas as

nas escolas não

rdos.

rtunidades quando

também sobre

não conheçam

surda. Por isso, é

palestras e outros

ificas sobre língua

Literatura surda e

bilíngue para os

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Realização:

alunos surdos, dando en

seus movimentos literário

objetivo de transmitir sua c

Essa reflexão deve

desde a formação e do

responsabilidade das insti

construção da língua de si

A devida importânc

principalmente pelo ensin

surdos e que esses logo

quanto a sua própria ident

Através dessa pes

oferecer mais cursos de

atividades sobre língua

segunda língua (L2) es

transmissão dos conheci

entre pares surdos atrav

respeito à sua diferença

REFERÊNCIAS

Coreana s

em:http://historiadesurdos

of-deaf-in.html

GRIFFITH, P.L. e Ripich,

learning-disabledand no

133(1), 43-50, 1988.

KARNOPP, Lodenir. Prod

Pelotas, 2

http://www.ufpel.edu.br/fae

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do enfoque à pessoa surda, com o reconhe

iterários, poesia, humor, piada, teatro em

r sua cultura, fatores de suma importância.

deve servir para a transformação concreta

do trabalho dos professores de LIBRAS, se

s instituições e dos próprios profissionais envo

de sinais para todos os alunos surdos.

ortância da atuação do professor de LIB

ensino da sua primeira língua (L1) para os

logo após irão desenvolver muito bem, tais

identidade, cultura e língua de sinais.

pesquisa, constatamos que as instituiçõ

s de LIBRAS todas às áreas da sociedade e

gua de sinais como língua materna do su

2) escrita a língua portuguesa, afim de,

nhecimentos que vão interferir diretamente

através da melhoria na comunicação e, s

nça linguística.

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conhecimento dos

em LIBRAS, com

creta da realidade

, sendo essa, a

envolvidos para a

LIBRAS se dá,

os seus alunos

tais habilidades

tituições precisam

de e com diversas

do surdo e como

de, possibilitar a

ente na interação

e, sobretudo ao

em:

sul-isl-meaning-

hearing-impaired,

nnals of the Deaf,

da literatura surda.

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