A linhaça e suas características peculiares

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4 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO BACHARELALADO EM NUTRIÇÃO ALISSON BARBOSA A LINHAÇA (Linum usitatissimum L.) E SUAS CARACTERÍSTICAS PECULIARES Salvador 2009

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO BACHARELALADO EM NUTRIÇÃO

ALISSON BARBOSA

A LINHAÇA (Linum usitatissimum L.) E SUAS CARACTERÍSTICAS PECULIARES

Salvador 2009

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ALISSON BARBOSA

A LINHAÇA (Linum usitatissimum L.) E SUAS CARACTERISTICAS PECULIARES

Trabalho acadêmico destinado à

verificação de aprendizagem da

disciplina Botânica, ministrada pela

professora Kátia Borges.

Salvador 2009

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. FIGURA 1 – Grãos de linhaça marrom e dourada 8

2. FIGURA 2 – Plantio de linhaça no interior do RS 9

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. METODOLOGIA 5

3. ESTUDO DO Linum usitatissimum L. 6

3.1 Nome Científico e familia ................................................................................ ...6

3.2 Nomes vulgares ................................................................................................... 6

3.3 Origem .................................................................................................................. 6

3.4 Partes utilizadas .................................................................................................. 7

3.5 Características botânicas ................................................................................... 7

3.6 Características econômicas .............................................................................. 8

3.7 Características nutricionais ............................................................................. 10

3.8 Propriedades medicinais .................................................................................. 11

3.9 Usos .................................................................................................................... 13

4. CONCLUSÃO 13

REFERÊNCIAS 14

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1. INTRODUÇÃO

As primeiras civilizações humanas estavam cientes dos benefícios proporcionados

pelo consumo continuo da semente linhaça, por conta disso, eram ávidas

produtoras e consumidoras desse vegetal. Baseando-se na legislação vigente e

em estudos científicos, a linhaça possui propriedades funcionais, pois seus

componentes atuam no crescimento, desenvolvimento, manutenção e possuem

outras funções normais no organismo humano (BRASIL, 1999).

Por ser um alimento funcional, ou seja, contém, além de suas propriedades

nutricionais, várias substâncias ajudam a combater algumas doenças como as

cardiovasculares e câncer de mama. Muitos estudos confirmam que pode ajudar a

baixar os níveis de colesterol como outros alimentos que contém fibras solúveis

como a aveia e a pectina contida em várias frutas. A semente de linhaça contém

tanto fibras solúveis como insolúveis, além do seu notável valor nutricional.

O seu valor econômico, é proporcionado pela comercialização das sementes que

são consumidas na alimentação humana e animal, o caule do linho é utilizado

para a extração da fibra para a confecção de tecidos e o óleo extraído das

sementes é utilizado por indústrias do ramo de tintas. Esses são os motivos que

fazem da planta possuir a característica de cosmopolita.

Ao longo dos anos, inúmeros benefícios foram atribuídos à linhaça e pode-se

afirmar que ainda há muito a ser descoberto pela ciência. Diante da importância

econômica e terapêutica com que as sementes de linhaça se configuram, o

presente trabalho visa ressoar os mais recentes achados científicos no que tange

suas propriedades terapêuticas, nutricionais e outras informações relevantes. Pois

tais informações são de fundamental importância para o exercício profissional ao

qual o nutricionista está incumbido.

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2. METODOLOGIA

O trabalho restringiu-se a revisões bibliográficas, utilizando-se da rede mundial de

computadores acessou-se o Banco Brasileiro de Teses e Dissertações (BBTD),

em busca de recentes informações cientificas produzidas no Brasil pertinentes as

suas propriedades medicinais e nutricionais. Como também artigos científicos

divulgados na base de dados Scielo.

Foram consideradas informações cientificas recentes, trabalhos publicados a partir

do ano 2000. O estabelecimento desse pré-requisito nas características em

questão, deve-se aos grandes esforços empregados por estudiosos na ânsia de

descobrir novidades no âmbito terapêutico e alimentar, daí o dinamismo e a

volatilidade com que se configura essas áreas de pesquisa.

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3. ESTUDO DO Linum usitatissimum L.

3.1 Nome cientifico e família

Em seu estudo, Matias (2008) define a linhaça como uma oleaginosa com mais

de 200 espécies reconhecidos, pertencente à família das Linaceae. Sendo o seu

nome botânico Linum usitatissimum L., que significa “a maior parte utilizável”.

3.2 Nomes vulgares

Entre seus nomes populares destacam-se: a linhaça, linho (MARQUES, 2008) e

linheiro (NOVO DICIONÁRIO ELETRÔNICO AURÉLIO, 2004).

3.3 Origem

Marques (2008), assegura que a linhaça é uma planta originária da Ásia,

possivelmente do Cáucaso. É uma das mais antigas plantas cultivada, crescendo

ao redor do mundo em muitas variedades e formas. Vem sendo usada desde o

inicio da civilização para consumo humano e animal (PINHEIRO, 2007). Existem

indícios de sua utilização desde 5.000 a.C. na Mesopotâmia. Dali se espalhou

através da Europa, África, Ásia e América do Norte. Simon e Chopra (2001), citam

achados arqueológicos que corroboram a afirmação supracitada, onde se

encontrou sistema de irrigação que possibilitavam o cultivo da linhaça em cidades

da Mesopotâmia de sete mil anos atrás. Foram até encontrados desenhos da

semente em tumbas faraônicas, o que comprovam o uso desta herbácea desde a

antiguidade.

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Mesmo sendo originária da Ásia, seus benefícios foram difundidos pelo mundo

todo e seu consumo é muito comum na América do Norte e em países europeus.

3.4 Partes utilizadas

As fibras são extraídas e servem para abastecer a indústrias têxteis para a

fabricação do linho (ANÔNIMO, 2000; BOMBO, 2006; CAMPOS, 2007; JACINTO,

2007; MARQUES, 2008;MATIAS, 2008; MOURA, 2008)

As sementes são utilizadas preferencialmente moídas, pois a blindagem de fibras

que revestem as sementes, protegem as mesmas da ação dos sucos digestórios

existentes no trato gastrintestinal resultando em um não aproveitamento. Devido a

sua quantidade gorduras, quando moídas ou quebrada, a semente pode oxidar

rapidamente. Sendo assim, recomenda-se moer no ato de sua utilização, ou

então, ela deve ser guardada em refrigerador e deixada fora da luz direta.

3.5 Características botânicas

A linhaça é uma planta pertencente à família das Linaceae, caracterizada por

apresentar uma altura de 30 e 130 cm, talos eretos e uma haste relativamente

alongada, folhas estreitas ou lanceoladas e trinérveas, alternando entre verde e

verde-claro. A planta tem um talo principal do qual saem vários ramos onde

nascem às folhas, fruto capsular e flores minutas azuis ou brancas isoladas

(SIMON; CHOPRA, 2001; MARQUES, 2008).

Cada um dos pequenos frutos produz dez sementes. A semente do linho é um

cereal (monocotiledônea) do grupo das oleaginosas (sementes com altos teores

de lipídios) que se caracteriza por ser chata, oval, com uma extremidade

pontiaguda e apresentando cerca de 5mm de comprimento, 2,5mm de largura e

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1,5mm de espessura. A cor do grão (Figura 1) varia de marrom-avermelhada ao

dourado (MATIAS, 2005; JACINTO, 2007; MARQUES, 2008;)

Figura 1 – Grão de linhaça marrom e grão de linhaça dourada

Fonte: www.images.google.com.br

3.6 Características econômicas

O maior produtor mundial de linhaça é o Canadá, que detêm cerca de 40% da

produção mundial, é amplamente produzido por outros países como China e

Argentina. A maior porcentagem do cultivo comercial não é destinada para

alimentação; a demanda mundial para a linhaça é dominada pelos usos industriais

do óleo, amplamente utilizada na pintura como agente de secagem em tintas e

vernizes (BOMBO, 2006; MATIAS, 2005; JACINTO, 2007).

A cultura iniciou-se no Brasil no inicio do século XVII, na ilha de Santa Catarina

(Florianópolis), posteriormente difundiu-se pelos Estados de São Paulo, Paraná

(JACINTO, 2007). O Rio Grande do Sul se destaca no Brasil como o principal

produtor de linhaça (Figura 2) . Lavouras de linho já foram cultivadas no país para

a extração de fibras para o uso têxtil (linho), chegando a ocupar, na década de 60,

uma área de 50 mil hectares. Hoje, porém, a área cultivada não passa de 650

hectares, e tem como finalidade as sementes e não mais as fibras atualmente

importadas (ANÔNIMO). “O plantio do linho ocorre nos meses de maio e junho e a

colheita se dá nos meses de novembro, dezembro e janeiro” (MARQUES, 2008).

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Figura 2- Plantio de linhaça no interior do Rio Grande do Sul.

Fonte: Cisbra alimentos, 2008.

Apesar da concorrência com as fibras sintéticas, o linho têxtil ainda é apreciado

por suas qualidades de resistência, durabilidade e conforto. Seu campo de

aplicação é vasto, sendo usado como linhas de costura, tecidos para estofamento,

lençóis toalhas e vestimentas.

O óleo de linhaça passou a ser valorizada, concomitantemente, com o aumento

dos preços dos derivados do petróleo. Possibilitando a existência das lavouras de

linho no Brasil, precisamente, em Guarani das Missões (RS) onde metade da

população (10 mil habitantes) tem ligação com o plantio. Todavia, quando

cultivado nos moldes da agricultura familiar, não chega gerar uma importante fonte

de renda, mas ajuda a recuperar terras cansadas e a impedir o desgaste e a

erosão do solo. (CAMPOS, 2007)

A produção mundial de óleo de linhaça é da ordem de 2,3 a 2,5 milhões de

toneladas anuais, sendo o Canadá o principal produtor. Na América do Sul, o

maior produtor é a Argentina, com cerca de 80 toneladas/ano. O Brasil possui

baixa produção com apenas 21 toneladas/ano (LINO, 2000 citado por MOURA,

2008).

O L. usitatissimum é uma espécie polimorfa. Existem dois grupos de linho

cultivados, facilmente reconhecíveis. O primeiro é cultivado para a produção têxtil

e o segundo grupo é cultivado especialmente para a produção do óleo (JACINTO,

2007).

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3.7 Características nutricionais

Em 100g de linhaça moída possui cerca de 490 calorias. Convertendo em medida

caseira, numa quantidade de 8g, equivalente a 1 colher de sopa, há 39 calorias. O

alto valor calórico deve-se a quantidade de lipídios, que representam 39% de sua

composição (CAMPOS, 2007). Desses, a maior parte são ácidos graxos

essenciais: ômegas 3 e 6, notadamente conhecidos por suas propriedades

medicinais e que não são produzidos pelo corpo e precisam ser consumidos pela

alimentação. Apesar desta quantidade de óleo, muito pouco é do tipo saturada

sendo a grande composta do tipo poliinsaturados (73%), com destaque para o α-

linolênico. Isto faz da linhaça a principal fonte desse ácido graxo, cinco vezes mais

abundante que as nozes ou óleo de canola (MATIAS, 2008).

Além da considerável quantidade de lípides, apresentam em média 26% de

proteína, 14% de fibras, 12% de mucilagem e 9% de umidade. Os principais

minerais encontrados são enxofre, ferro, zinco, alguma quantidade de potássio,

magnésio, fósforo e cálcio (MOURA, 2008). Entre as vitaminas encontra-se

tiamina (B1), riboflavina (B2), ácido ascórbico e as lipossolúveis A, D, E e K.

(JACINTO, 2007; CAMPOS, 2007). Vale ressaltar, que esses teores podem variar

de acordo com o cultivar, o meio ambiente, o processamento da semente, e

métodos de análise.

As lignanas são fitoestrógenos com atividade estrogênica, e a linhaça é a maior

fonte do principal precursor das lignanas mamárias, apresentando de 0,2 a

3,7mg/g de seicosolariciresinol diglucosidade (SDG), isso representa cerca de 12

a 15000 vezes mais que outros vegetais (MATIAS, 2008).

Na extração do óleo, gera-se o farelo de linhaça, composto com alto teor de

proteínas e minerais, representa cerca de 66% do grão. Após passar por um

processo de beneficiamento que incluem tratamento térmico e prensagem, o farelo

é utilizado em rações para o gado leiteiro objetivando o aumento da produção.

Dessa forma, os derivados provenientes desses animais alimentados com linhaça,

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são enriquecidos com ácidos graxos do tipo Omega-3 além de possuírem uma

palatabilidade acima da média (MOURA, 2008).

No imbróglio existente entre a linhaça marrom e a dourada, no que tange a

suposta diferença do valor nutricional, Campos (2007) estabelece que,

Na verdade uma não é melhor que a outra. Ambas são ricas em lignanas

e fibras dietéticas e as duas contém mais que 50% de fenólicos. A

marrom é cultivada em regiões de clima quente e úmido, como o Brasil, e

as douradas são plantadas em regiões frias como o norte dos Estados

Unidos e o Canadá. No cultivo da linhaça marrom são utilizados

agrotóxicos, enquanto a dourada é cultivada de forma orgânica.

Contrapondo tal afirmação, Jacinto (2007) assegura que a linhaça amarela ou

dourada, por exemplo, contém menor quantidade de fibra total em relação à

linhaça marrom, todavia, possui maiores teores de proteínas.

3.8 Propriedades medicinais

A linhaça (L. usitatissimum) é uma das 6 plantas atualmente reconhecidas pelo

Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (US National Câncer Institute -

NCI) por suas propriedades específicas no combate ao câncer . Parte desse

reconhecimento deve-se a notável característica de ser a fonte mais rica de

precursores lignana (esteróide vegetal de ação análoga ao estrógeno de

mamíferos) na dieta humana (BOMBO, 2006 ; MARQUES, 2008;).

Nos mamíferos, os precursores da lignana vegetal como o

seicoisolariciresinol diglicosídeo são convertidos primeiramente em

enterodiol pela ação das bactérias no trato gastrointestinal e

posteriormente oxidadas a enterolactona. Devido ao fato que o enterodiol

e a enterolactona serem estruturalmente similares tanto aos estrogênios

sintéticos como aos de ocorrência natural, ambos apresentam atividades

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estrogênica fraca e anti-estrogênica e, portanto, podem desempenhar um

papel na prevenção de cânceres dependentes de estrogênios (SANTOS,

2008).

Por conta dessa similaridade com o estrogênio, as lignanas têm sido relacionado

positivamente com a menopausa. Em um estudo realizado em Santa Maria – RS,

com 30 mulheres, 36,4% tiveram os sintomas da menopausa aliviados

consumindo 10g/dia do grão de linhaça (COLPO et al., 2006)

Em um estudo para analisar a capacidade da linhaça em reduzir as quantidades

de colesterol sérico total, Rothemburg e Pereira (2006) mostraram que ratos

hipercolesterolêmico, ao terem linhaça adicionada em suas dietas hiperlipídicas,

houve um efeito benéfico na redução do colesterol e uma menor deposição de

gordura corporal em comparação com os ratos de dieta hiperlipídica exclusiva.

Pessoas com níveis elevados de colesterol, que receberam pães com 50g de

linhaça com baixo teor de gordura todos os dias, houve uma pequena, mas

significativa redução dos níveis de colesterol total e LDL, corroborando com as

observações feitas em animais (SIMON;CHOPRA, 2001).

A alta concentração de ácidos graxos ômega-3 encontradas na semente de

linhaça proporcionou, em estudos com animais, uma redução nos níveis de

prostaglandinas inflamatórias. Essa propriedade foi testada em pessoas

acometidas por doenças inflamatórias auto-imunes (artrite reumatóide e lúpus

eritematoso sistêmico). Documentos oficiais contrapõem tal assertiva, embora

pessoas com problemas renais, provenientes do lúpus eritematoso, a linhaça

resultou em várias mudanças positivas como melhorias no funcionamento dos

rins, redução de substâncias químicas inflamatórias no sangue e em níveis baixos

de colesterol (SIMON; CHOPRA, 2001).

Por conta da enorme quantidade de fibras presentes em sua composição, a

semente da linhaça moída combate problemas de obstipação. Ao aumentar o

volume do bolo fecal, resulta numa distensão do intestino grosso que ativa o

reflexo da defecação. Através dessa ação evita-se o aparecimento de outras

moléstias como o câncer de cólon ou a dilatação de veias retais.

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Há registro do seu uso em diabéticos, pois possui a capacidade de estabilizar a

glicemia. É usada no tratamento e na profilaxia da obesidade, pois as fibras

proporcionam sensação de saciedade por um maior espaço de tempo.

3.9 Usos

Estudos científicos comprovam, que a quantidade de linhaça a ser ingerida

visando algum beneficio é em torno de 50g ao dia, equivalente a um quarto de

xícara, que oferece cerca 6g de fibras. Pode ser usada ilimitadamente na comida

em bolos (SIMON; CHOPRA, 2001).

Testando a adição de linhaça no pão, Moura (2008), mostra que é viável a adição

de sementes na confecção desses produtos, especialmente, na proporção de 9%,

pois obteve boa aceitação pelo público. Apesar da considerável quantidade

contida no pão, o mesmo não é considerado como fonte de fibra alimentar, pelo

fato de não conter 3g/100g de alimento pronto para consumo.

Além disso, a linhaça é presença obrigatória em dietas prescritas por

nutricionistas. Principalmente adicionada em sucos e vitaminas, a fim de mascarar

o seu sabor em paladares exigentes.

4. CONCLUSÃO

Diante do exposto, é perceptível o potencial com que a semente da linhaça possui

em atuar de forma profilática e terapêutica em moléstias que acometem o homem.

Paralelo a isso, as qualidades nutricionais é uma das melhores do reino vegetal

detentora da melhor relação custo/benefício. Perante as suas qualidades

indiscutíveis, é possível perceber a busca pela inclusão dessa fabulosa semente

como parte integrante de alimentos tradicionais nas mesas dos brasileiros, a

exemplo do tradicional pão. Apesar de ter um custo relativamente baixo, esse

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alimento ainda é inacessível a populações menos favorecidas e esclarecidas,

sendo assim, espera-se que no futuro a linhaça esteja presente nos lares

brasileiros e a sua obrigatoriedade na merenda escolar. Para isso ocorrer, é

imprescindível a presença do Estado incentivando a sua produção e consumo.

REFERÊNCIAS

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Bras. Alim. Nutr. v. 21, p. 87-102, 2001.

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Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública,

Universidade de São Paulo, São Paulo.

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albuminas. 2007. 82 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) – Centro de

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Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. São Paulo.

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18. SONCIN, M.R.S.P. Efeito da inclusão de semente de linhaça (Linum usitatissimum L.) integral na dieta de éguas através da taxa de crescimento folicular, concentração de metabólitos sanguíneos e da digestibilidade aparente. 2006. 74 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Maringá, Maringá PR. Disponível em: www.p pz.uem.br/producao/getdoc.php?id=61. Acesso em: 11 de mai. 2009.