A lenda da planilha doida

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Crônica: A lenda da planilha doida. O Brasil é um país rico em lendas folclóricas. Algumas lendas são quase tão antigas quanto o próprio país. Destacam-se no imaginário popular a lenda do Saci-Pererê, a Mula-sem-Cabeça, o Curupira e muitas outras. Lenda, segundo o dicionário Aurélio: É uma narrativa de caráter maravilhoso, em que fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela invenção poética. As lendas frequentemente contêm um elemento real, mas às vezes são inverídicas. Algumas lendas tem características regionais, destacando-se em uma cidade ou região do país. Por exemplo: O Chupa-Cabra, o ET de Varginha e o Lobisomem na cidade de Joanópolis. Coronel Matarazzo é uma pequena cidade no interior de São Paulo, com pouco mais de mil habitantes. Nesta agradável cidade surgiu a Lenda da Planilha Doida. Segundo os moradores da cidade, a cada dois ciclos lunares, ou seja, um bimestre, os professores da cidade transcrevem, à mão, as informações pessoais dos moradores que já foram digitadas em uma planilha Excel®. Inúmeros cientistas compareceram à cidade para tentar explicar a razão pela qual os professores estão transcrevendo manualmente uma planilha que já foi digitada no computador. Os cientistas dizem: - Não basta imprimir o que já está digitado? Nenhum morador da cidade tem a resposta. A lenda que surgiu no início do século XXI, muito após o advento da informática e da criação da planilha Excel®, continua no imaginário daquele povo tão acolhedor. O Dr. Emmett Brown, um dos mais respeitados professores da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo, foi chamado para investigar o fenômeno, mas também não conseguiu uma explicação científica para o caso. Até mesmo os estudantes do Ensino Médio da referida cidade se perguntam: - O que leva os professores a reescrever manualmente aquilo que já foi digitado? Passados mais de dez anos do surgimento da lenda, a explicação científica para este estranho fenômeno ainda não surgiu. Será mesmo verdade? Acredite, se quiser! Prof. Nilo Jeronimo Vieira Linguista e historiador Inverno de 2015

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Uma crônica referente ao trabalho realizado pelos professores da EE Dep. Benedito Matarazzo

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Crônica: A lenda da planilha doida.

O Brasil é um país rico em lendas folclóricas. Algumas lendas são quase tão antigas quanto o próprio país. Destacam-se no imaginário popular a lenda do Saci-Pererê, a Mula-sem-Cabeça, o Curupira e muitas outras.

Lenda, segundo o dicionário Aurélio: É uma narrativa de caráter maravilhoso, em que fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela invenção poética. As lendas frequentemente contêm um elemento real, mas às vezes são inverídicas. Algumas lendas tem características regionais, destacando-se em uma cidade ou região do país. Por exemplo: O Chupa-Cabra, o ET de Varginha e o Lobisomem na cidade de Joanópolis.

Coronel Matarazzo é uma pequena cidade no interior de São Paulo, com pouco mais de mil habitantes. Nesta agradável cidade surgiu a Lenda da Planilha Doida. Segundo os moradores da cidade, a cada dois ciclos lunares, ou seja, um bimestre, os professores da cidade transcrevem, à mão, as informações

pessoais dos moradores que já foram digitadas em uma planilha Excel®. Inúmeros cientistas compareceram à cidade para tentar explicar a razão pela qual os professores estão transcrevendo manualmente uma planilha que já foi digitada no computador. Os cientistas dizem: - Não basta imprimir o que já está digitado?

Nenhum morador da cidade tem a resposta. A lenda que surgiu no início do século XXI, muito após o advento da informática e da criação da planilha Excel®, continua no imaginário daquele povo tão acolhedor. O Dr. Emmett Brown, um dos mais respeitados professores da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo, foi chamado para investigar o fenômeno, mas também não conseguiu uma explicação científica para o caso. Até mesmo os estudantes do Ensino Médio da referida cidade se perguntam: - O que leva os professores a reescrever manualmente aquilo que já foi digitado?

Passados mais de dez anos do surgimento da lenda, a explicação científica para este estranho fenômeno ainda não surgiu. Será mesmo verdade?

Acredite, se quiser!

Prof. Nilo Jeronimo Vieira

Linguista e historiador Inverno de 2015