A Lei, A Carne e o Espírito - Lição 06 - 2º Trimestre de 2016

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L i ç õ e s B í b l i c a s Lição 06 – 08/05/2016 Pr. Andre Luiz TEMA: MARAVILHOSA GRAÇA O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos A LEI, A CARNE E O ESPÍRITO

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Lições

Bíblicas Lição 06 – 08/05/2016

Pr. Andre Luiz

TEMA: MARAVILHOSA GRAÇAO evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos

Romanos

A LEI, A CARNE E O ESPÍRITO

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TEXTO ÁUREO

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"Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim

que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de

Deus, mas, com a carne, à lei do pecado."

(Rm 7.25)

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VERDADE PRÁTICA

A luta entre a carne e o espírito é uma realidade na vida de todo crente, mas a dependência da graça de

Deus fará com que tenhamos uma vida

vitoriosa.

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LEITURA DIÁRIASegunda - Rm 6.2,3

O poder do pecado foi aniquilado por Jesus Cristo e não pela lei.

Terça - Rm 6.11Nossa antiga natureza está morta,

agora estamos vivos para Deus

Quarta - Rm 6.12Não podemos permitir que o pecado assuma o controle de nossas vidas

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LEITURA DIÁRIAQuinta - Gl 5.13

Não usemos da liberdade para dar lugar à carne

Sexta - Gl 5.16-21Já não somos mais dominados pelas

obras da carne

Sabado - Gl 5.22O fruto do Espírito na vida do crente

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Romanos 71 - Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive? 2 - Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. 3 - De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e

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Romanos 7assim não será adúltera se for doutro marido. 4 - Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. 5 - Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem

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Romanos 7fruto para a morte. 6 - Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.7 - Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.

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Romanos 78 - Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado. 9 - E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri; 10 - e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. 11 - Porque o pecado, tomando ocasião pelo

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Romanos 7mandamento, me enganou e, por ele, me matou. 12 - Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.13 - Logo, tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum! Mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem, a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.

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Romanos 714 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. 15 - Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço.

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Geral

Específicos

OBJETIVOS

Mostrar que a luta entre carne e espírito é uma realidade na vida de todo crente.

I. Explicar a analogia do casamento ilustrada na Lei;

II. Mostrar a analogia da solidariedade da raça ilustrada em Adão;

III. Discorrer a respeito da analogia entre carne e espírito

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Ponto CentralCONSIDERAÇÕES GERAIS

Jesus Cristo nos libertou do jugo da Lei, do pecado e das obras da carne, por isso, podemos andar

em Espírito.

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CONSIDERAÇÕES GERAISConheça Mais

*A Lei"A Lei de Deus, em Romanos 7, é a revelação do Antigo Testamento dos padrões de comportamentos morais de

justiça. No entanto, a 'lei' que Paulo descobre estar agindo em sua personalidade é o 'princípio universal' do pecado e da morte que escraviza os seres humanos decaídos. Nesse

capítulo, Paulo explora o relacionamento entre a Lei de Deus e a lei (princípio) do pecado. Ele expressa seu

sentimento de desesperança na medida em que tenta responder à Lei de Deus, mas, no meio disso, está o pecado a impedi-lo. Em 8.2, Paulo apresenta outra 'lei' (princípio

universal) que resolve o seu problema e o nosso."Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 743.

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ESBOÇO DA LIÇÃOI– A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)1 – A METÁFORA DO CASAMENTO.2 – A METÁFORA DA MULHER VIÚVA.3 – MORTOS PARA A LEI.

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ESBOÇO DA LIÇÃOII– ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIEDARIEDADE DA RAÇA (RM 7.6-13)1 – DE VOLTA AO PARAÍSO.2 – LEMBRANÇAS DO SINAI.3 – A LEI DADA A ADÃO.

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ESBOÇO DA LIÇÃOIII– O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (RM 7.14-25)1 – A SANTIDADE DA LEI.2 – A MALIGNIDADE DA CARNE.3 – A VELHA NATUREZA.

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INTERAÇÃO Na lição de hoje estudaremos o capítulo sete da Epístola

aos Romanos. Este capítulo trata a respeito da libertação da Lei. Para que os romanos compreendessem bem o assunto, Paulo faz uma analogia entre a Lei e o casamento. O apóstolo mostra que enquanto o marido viver, a esposa está ligada a ele mediante a lei do matrimônio. Mas, morto o marido a esposa se torna livre, podendo até mesmo contrair novas núpcias. Com esta analogia, Paulo mostra que os salvos em Cristo, pela fé, já estão livres da lei do pecado e agora pertencem a Jesus Cristo. Em Cristo, estamos mortos para a lei do pecado. O apóstolo precisou tratar deste assunto porque os judeus tinham dificuldades de se libertarem das amaras da Lei. Livres da lei do pecado temos condições de nos relacionarmos com Deus e vivermos uma vida de santidade. Segundo Lawrence Richards "a libertação da Lei não promove o pecado, mas a justiça“.

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 É  importante  que  comecemos  esclarecendo  que  este  é  um  dos  capítulos  de  maior complexidade  para  se  interpretar  de  toda  a  bíblia.  Ao  longo  dos  séculos  o  capítulo  sete  da  carta  aos Romanos tem desafiado  inúmeros teólogos e estudiosos quanto à sua real  interpretação. Uma correta interpretação  deste  capítulo  é  essencial  à  compreensão  de  toda  carta,  e,  para  interpretá-lo, precisaremos  de  todos  os  elementos  que  foram  realçados  através  das  análises  feitas  nos  capítulos anteriores. Assim, não vai ser com esta concisa  lição que elucidaremos o capítulo sete. Paulo expande agora o tema da relação entre o crente e a lei. Embora a lei seja santa, justa e boa (v. 12), a sujeição do pecador  à  lei  resultou  somente  em  condenação,  visto  que  a  lei,  em  sua  justiça,  desvendava  toda  a transgressão e fracasso. Nesta seção, a relação entre o pecador e a lei é comparada a um casamento. O ponto da comparação é que a morte leva essas relações ao fim, e o cônjuge viúvo fica livre para entrar em nova relação de casamento, Visto que o  ‘casamento’ com a  lei  foi quebrado por meio da morte, o crente não é um adúltero e nem pode ser condenado pela lei. O crente morre ao ficar unido com Cristo em sua morte, quebrando a cadeia de desobediência e morte que prendia o pecador a Adão e ao seu destino (5.12-21). O outro lado da ilustração é que a união com Cristo, em sua ressurreição, confere ao crente uma nova relação, segundo a qual uma verdadeira – embora ainda não perfeita – obediência é prestada  a Deus,  em amor  e  gratidão.  No  novo  relacionamento  com Cristo,  a  força  do  Espírito  Santo assegura  que  haverá  vida  e  frutificação  (7.4)  –  uma  metáfora  que  aponta  para  um  resultado  ou conseqüência natural.

Comentário

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ESBOÇO DA LIÇÃOI– A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)1 – A METÁFORA DO CASAMENTO.2 – A METÁFORA DA MULHER VIÚVA.3 – MORTOS PARA A LEI.

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I– A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)

1.1 – A METÁFORA DO CASAMENTO. O apóstolo Paulo mostra que homem algum pode ser salvo pela Lei, até mesmo aqueles que a guardam com zelo e devoção. Aqueles que já possuem uma nova natureza também não serão guardados do pecado por observarem a Lei. A insistência de Paulo, que se estende desde o capítulo seis com respeito à função da Lei, agora o conduz a usar o casamento como uma analogia que contrasta o viver através dos preceitos da Lei e a nova vida em Cristo (Rm 7.1). Paulo usou o casamento para mostrar o nosso relacionamento com a Lei. O apóstolo ressalta que o contrato de casamento perde sua validade quando um dos cônjuges morre. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal, "ao morrermos com Cristo, a Lei não pode mais nos condenar; estamos unidos a Cristo".

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Após  demonstrar  que  todos  os  cristãos  foram  batizados  em  Cristo,  ou  seja,  tornaram-se participantes  da  Sua  morte,  e  que,  por  estarem  mortos,  não  havia  como  viverem  no  pecado,  Paulo convoca os seus  interlocutores ao raciocínio (v. 1). A figura da mulher  ligada ao marido é um exemplo claro de que é  impossível a alguém que morreu para o pecado permanecer no pecado é apresentado através desta figura. Enquanto o marido viver, a mulher estará ligada ao marido pela lei. Porém, morto o marido, qual o papel da lei? A viúva deveria continuar submissa à lei mesmo após a morte do marido? É certo que, morto o marido, a lei continuará a existir, porém, a viúva não mais será alcançada pela lei, por mais que a mesma lei continue a submeter outras mulheres casadas a seus maridos, ela não submeterá a  viúva. Os  leitores da  carta de Paulo deviam  construir  um paralelo  entre  eles,  que morreram para o pecado, e os não crentes, que permaneciam vivos para o pecado. Quem não foi batizado (morreu) em Cristo, e que, portanto, não morreu com Cristo, permanece vivo para o pecado e sob a égide da lei. Quem não é batizado em Cristo, mesmo sem causa é transgressor "Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa" (Sl 25.3).

Comentário

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I– A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)

1.2 – A METÁFORA DA MULHER VIÚVA. Os versículos 2 e 3 do capítulo 7, concluem a analogia do apóstolo a respeito do casamento. Paulo afirma que vivendo o marido, se a mulher se casar novamente com outro homem, ela será considerada adúltera. Mas, se o marido morrer ela está livre para se casar novamente. A intenção era mostrar que a morte de Cristo na cruz, e os cristãos juntamente com Ele (Ef 2.5,6), rompeu os votos de obediência aos preceitos legais da lei mosaica (Rm 7.4).

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Quem crê em Cristo, ou seja, quem espera na salvação providenciada por Deus (esperam em ti), jamais serão confundidos. Porém, todos os que não confiam em Deus serão confundidos, pois mesmo sem  causa  são  transgressores  (Sl  25.3).  O  que  isto  quer  dizer?  Ora,  todos  os  nascidos  em  Adão  são transgressores  por  natureza,  sem  qualquer  relação  direta  com  questões  comportamentais  ou morais. Mesmo quando não  transgridem  leis  sociais, morais e comportamentais,  são  transgressores diante de Deus.  Quem  confia  no  Senhor,  morre  para  o  pecado  e  ressurge  uma  nova  criatura,  que  jamais  será confundida,  pois  a  salvação  providenciada  por  Deus  não  advém  das  regras  sociais,  morais  ou comportamentais, antes, é salvo por ter sido novamente criado na condição de filhos de Deus. A lei do marido só tem razão de ser enquanto o marido estiver vivo, pois tal lei estabelece a sujeição da mulher ao marido, porém, após a morte do marido, a viúva está livre da lei do marido.

Comentário

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I– A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)

1.3 – MORTOS PARA A LEI. A expressão "mortos para a lei pelo corpo de Cristo"

é entendida pelos intérpretes como uma referência à morte de Cristo e a nossa identificação com Ele. O biblicista C. Marvin Pate observa que "Paulo usa a analogia da morte de um cônjuge no casamento para ilustrar a morte do crente para a lei, pelo fato de ele estar unido com Cristo (Rm 7.1-6)".

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Paulo convida os seus interlocutores a pensarem e a chegarem a uma conclusão. Enquanto o marido viver, a mulher será chamada adúltera se for de outro homem, porém, após morrer o marido, a mulher  estará  livre  da  lei,  e  não mais  será  adultera  se  for  de  outro  homem. As  figuras  utilizadas  por Paulo, tanto da escravidão quanto da mulher ligada ao marido pela lei são simples de entender. Diante da lei jamais um escravo seria livre sem a aquiescência do seu senhor. Caso o senhor viesse a falecer, o escravo simplesmente fazia parte dos espólios do seu antigo senhor, porém, não seria livre. Somente a morte  do  escravo  é  que  o  tornava  livre  do  seu  senhor,  uma  vez  que  a  lei  e  o  antigo  senhor  nada representavam para o escravo após a sua morte. Como é sabido, o pecado é um senhor tirano que não concede  liberdade  a  seus  escravos.  Somente  a morte  deixa  livre  o  pecador  do  seu  tirano  senhor,  no entanto, seguirá para a eternidade sob condenação eterna. O cristão efetivamente morre com Cristo, e é por isso que o pecado deixa de exercer domínio como senhor sobre ele. Quem morre (a morte natural) como servo do pecado seguirá para a eternidade sob condenação, porém, aquele que morre com Cristo, é  julgado  em  Cristo  para  não  ser  condenados  com  o mundo.  Quem morre  para  o  pecado  em  Cristo, ressurge uma nova  criatura,  e passa a  viver para Deus. O ponto principal que Paulo demonstra neste verso é que, após morrer o marido a mulher está livre da lei do marido. Do mesmo modo, após o escravo morrer, livre está do seu senhor. Por certo, ao morrer para o pecado e para a lei, o cristão é livre da lei e do  pecado. A  figura  da  escravidão demonstra que  o  cristão  é  livre  do pecado  (Rm 6.6),  e  a figura  da mulher ligada ao marido pela lei, que o cristão é livre da lei (Rm 7.4).

Comentário

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"LivreUm cônjuge não está mais ligado pela lei matrimonial com o

consorte falecido. A morte liberta a ele ou a ela dessa lei. Semelhantemente, a morte de Cristo, que compartilhamos em nossa união com Ele, nos liberta de todas as obrigações legais constantes na Lei de Deus.

Algumas pessoas ficam atemorizadas com a ideia de que o cristão não tem obrigação alguma de guardar a Lei. Paulo deixa claro que precisamos estar livres dessas obrigações. Por quê? A Lei diz respeito à nossa natureza pecaminosa e proclama: 'Não'. O resultado não foi uma repreensão do desejo de pecar, mas o surgimento de nossas paixões pecaminosas. Pecamos, ao 'produzir frutos da morte'. Deus agora nos chama para nos relacionarmos diretamente com Ele através do Espírito. O Espírito falará à nossa natureza, nos estimulando a servir e, assim, a 'produzir frutos para Deus' (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da

Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.743.

SUBSÍDIO TEOLÓGICOLições Bíblicas

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ESBOÇO DA LIÇÃOII– ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIEDARIEDADE DA RAÇA (RM 7.6-13)1 – DE VOLTA AO PARAÍSO.2 – LEMBRANÇAS DO SINAI.3 – A LEI DADA A ADÃO.

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II– ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIEDARIEDADE DA RAÇA (RM 7.6-13)

2.1 – DE VOLTA AO PARAÍSO. Paulo considerava Adão o cabeça e o representante

da humanidade. A sua Queda levou todos os homens a caírem com ele. Aqui o objetivo do apóstolo é vincular a desobediência de Adão à humanidade. Adão pecou, logo todos pecaram. Uma leitura cuidadosa das palavras de Paulo em Romanos 7 a 11 mostrará a estreita relação que elas têm com os fatos ocorridos em Gênesis capítulo 3. Por exemplo, a expressão não "cobiçarás" é uma alusão a Gênesis 3.1-6. Por outro lado, as palavras de Paulo "eu vivi sem lei" (Rm 7.9), só têm sentido se aplicado na vida de Adão, pois Paulo como fariseu e judeu que era vivia a lei desde a infância (2 Tm 3.15). Aqui Paulo, como ser humano, se via em Adão. As expressões "eu morri" e o "pecado me enganou" ganham paralelo com Gênesis 2.17 e 3.13.

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Fílon  de  Alexandria  (25  a.C.  –  50  d.C.)  foi  um  filósofo  judeo-helenista  que  viveu  durante  o período do helenismo. Tentou uma interpretação do Antigo Testamento à luz das categorias elaboradas pela filosofia grega e da alegoria. Wikipédia. A lei de Moisés (velhice da letra) não poderia proporcionar o novo nascimento. Somente o evangelho de Cristo, que é a água limpa aspergida pelo Espírito Eterno, faz nascer o novo homem para  louvor de sua glória  (Jo 3.5  ;  Ez 36.26). É através do evangelho que o homem recebe poder para ser criado em verdadeira justiça e santidade (Jo 1.12 ; Ef 4.24 ). Após declarar que os cristãos eram livres da lei (Rm 7.6), do mesmo modo que eram livres do pecado (Rm 6.6), poderia surgir um entrave na mente de alguns cristãos: acharem que Paulo estava equiparando a lei ao pecado (Rm 7.7).

Comentário

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II– ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIEDARIEDADE DA RAÇA (RM 7.6-13)

2.2 – LEMBRANÇAS DO SINAI. Outra razão, no entendimento de muitos intérpretes

da Bíblia, que levou o apóstolo a se ver em Adão está na crença judaica de que o primeiro homem viveu os princípios da Torá (lei), mesmo tendo existido muito antes da sua promulgação no Sinai. De fato, essa é uma crença muito bem documentada na literatura rabínica. Filo de Alexandria, filósofo judeu, por exemplo, dizia que a cobiça, pecado praticado por Adão no paraíso, era a raiz de todos os males.

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Paulo faz referência a carne e o Espírito como senhores que lutam (cobiçam) entre si para ter domínio sobre o homem. Ora, por que lutam (cobiçam)? A resposta é clara: eles se opõem um ao outro para que o homem não faça o seu querer, antes façam o desejo daquele a quem se sujeitarem “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). Quando gerado segundo Adão, o homem é sujeito ao pecado, e não faz a sua própria vontade, antes, por ser escravo, serve o pecado para morte ( Rm 6:16 ). O corpo do homem sujeito ao pecado é instrumento de iniqüidade, ou seja, quem faz uso do corpo é o pecado. O homem não passa de um instrumento a serviço do seu senhor (Rm 6.13; Rm 6.19). Quando o homem é gerado de novo segundo o Espírito, é sujeito à obediência, e não faz a sua própria vontade, antes, como escravo da obediência para a justiça. O corpo do homem regenerado passa a condição de instrumento de justiça, ou seja, a justiça faz uso do corpo daquele que lhe é sujeito. O homem é instrumento nas mãos de Deus. Não há como o homem lutar contra a carne por ser sujeito à carne como escravo. Quem luta contra a carne é o Espírito, e não o homem. As obras da carne são próprias à carne por ela fazer o papel de senhor, da mesma forma que, o fruto do Espírito é próprio do Espírito, e somente o Espírito Eterno pode produzi-los naqueles que são servos da obediência. É por isso que Jesus disse: "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). Observe que Jesus refere-se ao fruto que as varas ligadas n’Ele produzem no singular (o fruto), do mesmo modo que Paulo anunciou aos Gálatas. O fruto é único porque pertence ao Espírito, que o produz naqueles que estão ligados a Cristo, a videira verdadeira. Mesmo após o seu ‘eu’ morrer com Cristo, Paulo continuou vivendo socialmente como qualquer outro homem, pois ainda dependia do seu trabalho (At 18.3), tinha pertences pessoais (2Tm 4.13), fazia uso da tecnologia da época (At 20.38), tinha sonhos e desejos (1Co 9.4 e 1Co 9.5 ) e opinião própria (At 15.39). O homem desejar ter uma esposa ou a mulher ter um marido não é ser carnal. O homem ter uma esposa ou a mulher ter um esposo não é carnalidade (1Co 9.5). Ter opinião diferente, ou discordar de outro irmão não é algo proveniente da carne (At 15.39). Ser repreensível não e o mesmo que ser carnal (Gl 2.11).

Comentário

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II– ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIEDARIEDADE DA RAÇA (RM 7.6-13)

2.3 – A LEI DADA A ADÃO. O fato é que Adão estava debaixo do mandamento,

da ordenança de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17). A intenção do apóstolo é fazer um paralelo entre o Paraíso e o Sinai, entre a lei de Moisés e a ordenança que foi dada a Adão. O mandamento que foi dado a Adão para trazer vida se converteu através da ação da antiga serpente, personificação do Diabo, em morte. Da mesma forma, a Lei de Moisés que foi dada para trazer vida, mas o pecado, como personificação do mal, a transformou em um instrumento de morte.

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O amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2.4; 3.19). Jesus é a suprema revelação de Deus ao homem. O amorável Salvador era Deus manifestado na carne quando veio do Céu para revelar o Pai (Hb 1.2). Cristo, Deus Filho, estava com Deus Pai no princípio e criou todas as coisas. Cristo é divino no mais pleno e absoluto sentido da palavra. Ele é também humano no mesmo sentido, exceto porque não conheceu o pecado. O apóstolo Paulo chega ao seguinte ponto em Efésios 5.1-3: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos.”

Comentário

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SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO o que dispomos como descendência de Adão e como filhos

de Deus.

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ESBOÇO DA LIÇÃOIII– O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (RM 7.14-25)1 – A SANTIDADE DA LEI.2 – A MALIGNIDADE DA CARNE.3 – A VELHA NATUREZA.

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III– O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (RM 7.14-25)

3.1 – A SANTIDADE DA LEI. Um interlocutor atento poderia argumentar que o

apóstolo estaria desqualificando a Lei, reduzindo-a a algo extremamente mal. Paulo se adianta e responde: "Assim, a lei é santa; e o mandamento santo, justo e bom" (Rm 7.12). Não há nenhum problema com a Lei. A Lei é boa e seu propósito também. O problema, portanto, não estava na Lei, mas naqueles que se regiam por ela. Como o apóstolo já havia argumentado, o problema estava dentro do homem, no pecado que habitava nele, e não na existência de uma lei externa (Rm 7.18).

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Paulo  faz  referência  a  carne  e  o  Espírito  como  senhores  que  lutam  (cobiçam)  entre  si  para  ter domínio sobre o homem. Ora, por que  lutam (cobiçam)? A resposta é clara: eles se opõem um ao outro para que  o  homem não  faça  o  seu  querer,  antes  façam o  desejo  daquele  a  quem  se  sujeitarem  “Porque  a  carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”  (Gl  5.17).  Quando  gerado  segundo  Adão,  o  homem  é  sujeito  ao  pecado,  e  não  faz  a  sua  própria vontade, antes, por ser escravo, serve o pecado para morte ( Rm 6:16 ). O corpo do homem sujeito ao pecado é instrumento de iniqüidade, ou seja, quem faz uso do corpo é o pecado. O homem não passa de um instrumento a serviço do seu senhor (Rm 6.13; Rm 6.19). Quando o homem é gerado de novo segundo o Espírito, é sujeito à obediência,  e  não  faz  a  sua  própria  vontade,  antes,  como  escravo  da obediência  para  a  justiça. O  corpo  do homem regenerado passa a condição de instrumento de justiça, ou seja, a justiça faz uso do corpo daquele que lhe é sujeito. O homem é instrumento nas mãos de Deus. Não há como o homem lutar contra a carne por ser sujeito à carne como escravo. Quem luta contra a carne é o Espírito, e não o homem. As obras da carne são próprias à carne por ela fazer o papel de senhor, da mesma forma que, o fruto do Espírito é próprio do Espírito, e somente o Espírito Eterno pode produzi-los naqueles que são servos da obediência. É por isso que Jesus disse: "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). Observe que Jesus refere-se ao fruto que as varas ligadas n’Ele produzem no singular (o fruto), do mesmo modo que Paulo anunciou aos Gálatas. O fruto é único porque pertence ao Espírito, que o produz naqueles  que  estão  ligados  a  Cristo,  a  videira  verdadeira. Mesmo  após  o  seu  ‘eu’ morrer  com  Cristo,  Paulo continuou vivendo socialmente como qualquer outro homem, pois ainda dependia do seu  trabalho  (At 18.3), tinha pertences pessoais (2Tm 4.13), fazia uso da tecnologia da época (At 20.38), tinha sonhos e desejos (1Co 9.4 e 1Co 9.5 ) e opinião própria (At 15.39). O homem desejar ter uma esposa ou a mulher ter um marido não é ser  carnal.  O  homem  ter  uma  esposa  ou  a mulher  ter  um  esposo  não  é  carnalidade  (1Co  9.5).  Ter  opinião diferente,  ou discordar de outro  irmão não é algo proveniente da  carne  (At 15.39).  Ser  repreensível  não e o mesmo que ser carnal (Gl 2.11).

Comentário

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III– O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (RM 7.14-25)

3.2 – A MALIGNIDADE DA CARNE. Não há dúvida que todo cristão entende bem essas

palavras de Paulo em Romanos 7.22,23. Essas palavras revelam o conflito entre a nossa nova natureza em Cristo e o "velho homem" residente em nós. É a guerra entre a carne e o espírito. A quem essas palavras de Paulo se destinam? O contexto parece não deixar dúvidas de que Paulo tinha em mente os crentes que, pelo fato de serem cristãos, acreditavam que poderiam viver vitoriosamente sem o Espírito Santo. Embora Paulo tenha deixado para tratar sobre o ministério do Espírito Santo no capítulo 8 de Romanos, ele já chama aqui a atenção para o viver "em novidade do Espírito" (Rm 7.6) como forma de vencer as inclinações da carne.

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Quando Paulo disse: “Eu sou carnal” ( Rm 7:14 ), ou: “...e vivo, não mais eu...” ( Gl 2:20 ), a qual ‘eu’ ele se referia? Seu eu psíquico? Histórico? Social? Quando lemos: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus" ( 1Co 15:9 ), verifica-se que o ‘eu’ a que Paulo se refere não é o ‘eu’ que foi morto com Cristo, mas sim ao ‘eu’ histórico do apóstolo. Tudo que Paulo realizou no passado enquanto era chamado de Saulo, foi realizado por ele mesmo, ou seja, o apóstolo dos gentios não nega o seu passado, ou seja, sua história de vida. Isto porque o mesmo homem que perseguiu a  igreja de Deus passou a anunciar o evangelho de Cristo, ou  seja, o perseguidor agora é perseguido (Gl 1:23 ; 1Tm 1:13). Paulo também não renega o seu ‘eu’ social, visto que, quando preso, apresentou-se como cidadão romano, e se defende com base nas  leis vigentes: "E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?" ( At 22:25 ; At 25:16 ). Paulo trazia na lembrança a sua origem, visto que fora  circuncidado  ao  oitavo  dia,  pertencente  a  linhagem  de  Israel,  da  tribo  de  Benjamim,  hebreu  de hebreu,  fariseu,  cidadão  romano,  etc  (  Fl  3:5  -6  ;  At  22:28  ),  tais  relatos  demonstram que,  o  ‘eu’  que morre com Cristo não se refere a questões socioculturais. Então, qual ‘eu’ foi crucificado com Cristo? O ‘ego’?  (‘Ego’  diz  da  consciência  inferior  do  indivíduo.  Resulta  da  soma  total  dos  pensamentos,  ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais que tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam  do  indivíduo).  Quando  lemos  as  cartas  paulinas  fica  evidente  que  os  seus  pensamentos, lembranças,  sentimentos,  percepção  sensoriais,  desejos,  etc.,  permaneceram  inalterados.  Qual  era  o sentimento de Paulo acerca dos seus compatriotas? Ele mesmo demonstra que desejaria ser separado de Cristo por amor aos seus irmãos segundo a carne ( Rm 9:3 ). O que isto quer dizer? Este amor pelos seus compatriotas demonstra que os sentimentos, as lembranças e as emoções do apóstolo dos gentios não foram alteradas após o seu ‘eu’ deixar de existir. O desejo de Paulo permaneceu inalterado, mesmo após o seu ‘eu’ não mais viver ( Rm 10:1 ). 

Comentário

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III– O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (RM 7.14-25)

3.3 – A VELHA NATUREZA. Nossa antiga natureza está constantemente

tentando rebelar-se contra Deus. Não temos como lutar contra o pecado usando a nossa força. O Espírito Santo, que habita em nós, ajuda-nos a vencer a velha natureza.

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Há uma guerra  incessante acontecendo na vida de  todos. Não é a batalha da  lei  versus a graça. Esta já foi ganha por Jesus na cruz, mas a guerra incessante é do Espírito versus carne:  “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si...” (Gl 5.17). Neste texto,  carne  não  significa  corpo  ou matéria,  não  significa  o  palpável,  o  gerado  e  concebido  por  uma mulher. Não é o corpo físico. Por isso é que o nosso corpo não é a sede de todos os pecados. Quem pensa dessa forma está desvirtuando a Palavra de Deus deixada para orientação de nossas vidas. Há cristãos que estão equivocados com esta passagem da Bíblia. Para muitos, o seu corpo tem sido o culpado vital de  seus  fracassos.  Porém,  esse  texto  faz  alusão  à  natureza  humana.  No  contexto,  os  pecados mencionados como obras da carne são pecados espirituais manifestados através do corpo (Gl 5.19-21). A origem,  a  sede  é  a  natureza  humana;  o  corpo  é  apenas  um  instrumento  que  pode  ser  usado  para satisfação da carne ou do Espírito (Gl 5.16 e 24). Andar a partir do senso e razão pessoal implica em viver sem  a  orientação  de  Deus,  executar  o  próprio  querer  sem  se  importar  com  o  querer  de  Deus.  E  é justamente nesse ponto que muitos cristãos têm tombado e perdido a guerra. Policiam tanto o corpo e se esquecem de tomar conta de suas intenções e vontades. Não conseguem se render inteiramente a Deus e ao Espírito Santo, que é o agente ativo na vida do cristão. O campo desta batalha é a psiquê humana, isto é, a carne, as vontades pessoais, a razão humana lutam incansavelmente contra o Espírito. São duas vontades  lutando em uma só mente. Por  isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque eu sei que em mim, isto  é,  na minha  carne,  não  habita  bem  nenhum,  pois  o  querer  o  bem  está  em mim;  não,  porém,  o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.18-19).

Comentário

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"O conflito entre a Lei e o pecado (7.14-25)Esse conflito é inevitável. Duas leis se chocam - a lei do pecado e a lei de

Deus. Podemos chamá-las de lei carnal e lei espiritual. Entretanto, esse conflito pode ser facilmente dominado pelo crente, se ele dominar o pecado pela lei espiritual. O campo de batalha entre essas duas forças é interior ao homem. Paulo ilustra o coração como o interior de nossas vidas para mostrar esse conflito.

A lei é espiritual (v. 14). Mais uma vez o apóstolo declara que o problema não está na lei de Deus, mas na natureza pecaminosa do homem. Quando ele declara 'sou carnal' está, na verdade, dizendo que ele é feito carne, isto é, sujeito à lei do pecado que opera na carne. Ele diz, também, que é 'vendido sob o pecado', ou, à escravidão do pecado. Significa que, queira ou não, está na sua carne, a tendência pecaminosa que o escraviza a faz de sua natureza pecaminosa a sede de operações para o pecado. Essa escravidão envolve toda a personalidade do homem. Porém, esse envolvimento encontra uma barreira para o domínio total do pecado, que é a lei espiritual.

O conflito entre lei e o pecado (v.15). Nestas palavras o apóstolo se sente o centro do conflito no seu interior, e não consegue entender porque pratica certos atos que contrariam sua real vontade. Ele vê o conflito entre o bem e o mal, e, às vezes, esse conflito é tão intenso que ele não consegue descobrir o 'porquê' desse conflito que o leva fazer certos atos" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.85,86).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICOLições Bíblicas

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CONCLUSÃO Mesmo vivendo debaixo da graça o crente

experimenta o conflito entre sua antiga natureza e sua nova vida em Cristo. Como viver uma vida nova, se a velha vida ainda continua querendo ocupar seu antigo espaço? A resposta do crente está na compreensão de que a solução a esse conflito está em responder positivamente à nova vida espiritual, dependendo inteiramente da graça de Deus.

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QUESTÕES PARA REFLEXÃOA respeito da Carta aos Romanos, responda:

O que Paulo desejava mostrar com a metáfora do casamento?Paulo desejava mostrar que homem algum pode ser salvo pela Lei, até mesmo aqueles que a guardam com zelo e devoção. Paulo usou o casamento para mostrar o nosso relacionamento com a Lei. O apóstolo ressalta que o contrato de casamento perde sua validade quando um dos cônjuges morre. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal "ao morrermos com Cristo, a Lei não pode mais nos condenar; estamos unidos a Cristo".Como pode ser entendida a expressão "mortos para lei pelo corpo de Cristo"?A expressão "mortos para a lei pelo corpo de Cristo" é entendida pelos intérpretes como uma referência à morte de Cristo e a nossa identificação com Ele.Segundo Paulo, quem é o cabeça da raça humana?Paulo considerava Adão o cabeça e o representante da humanidade. 

Segundo Paulo, a lei e seus propósitos são bons?Sim. A Lei é boa e seu propósito também. O problema, portanto, não estava na Lei, mas naqueles que se regiam por ela.

Quem pode nos ajudar no embate contra a velha natureza?O Espírito Santo, que habita em nós.

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SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃOSobre o papel da Lei

Lembre-se sempre de que um dos métodos argumentativos do apóstolo em suas epístolas é o de criar perguntas retóricas a fim de ensinar determinada doutrina. Como por exemplo: se pela Lei eu conheço o pecado, então a Lei é má? O apóstolo responderá imediatamente: De modo nenhum (Rm 7.7). Se a Lei é de Deus, ela é boa e santa. Mas, então, ela se tornou morte para mim? ? De modo nenhum (Rm 

7.13) ? mais uma vez responde o apóstolo. No versículo 7, o que vemos é o apóstolo Paulo rejeitando a ideia de que a Lei é má, ou é pecado. Pelo contrário, o apóstolo afirma que é pela Lei que conhecemos o pecado. Ou seja, não que pela Lei consumamos o pecado, mas o conhecemos. Aqui há uma diferença gigante entre o conhecer o pecado e o praticar o pecado. Alguém pode perguntar: Então o que fez o ser humano pecar? De pronto o apóstolo responde: "Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, 

despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado" (v.8). Logo, a Lei não é pecado.

No versículo 13, mais uma pergunta retórica: a Lei tornou-se morte para mim? A resposta do apóstolo é mais um vigoroso: De modo nenhum. Na sequência do texto o apóstolo Paulo mostra que o que ocorre é exatamente o contrário:

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SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

quem produz a morte não é a Lei, senão o pecado. O pecado é quem produz a morte no ser humano. A Lei o desmascara e sobre ele nos convence. 

Lei e PecadoLei e Pecado são elementos diametralmente opostos. A santidade da Lei e em relação ao pecado é de uma seriedade e solenidade na epístola de Romanos ao ponto de o apóstolo deixar claro de que a Lei não é a ministradora do pecado ou 

da morte. Digamos que ela agrava o Pecado. Há um ditado popular que diz: "tudo o que é proibido é mais gostoso". A partir do 

momento em que o ser humano toma contato com a proibição é como se houvesse uma revolta contra aquela proibição e uma necessidade imensa de violar aquilo está proibido. Neste sentido, em violar ou não a proibição, esta 

norma continua intacta. Mas no caso da pessoa em que viola tal norma, sofrerá as consequências da norma. Por este aspecto, podemos dizer que a norma agrava a violação, pois se não houvesse a norma não haveria a violação. Se houvesse Lei, 

não haveria o pecado.A graça de Deus apresentada pelo apóstolo Paulo implica num compromisso 

muito sólido e vivo com a ética do Reino de Deus e a sua justiça.

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Nome: Andre Luiz de O. SilvaIdade: 34 anosCargo Eclesiástico: PastorDenominação: Assembleia de DeusEstado Civil: CasadoFilhos: 1Contatos: (21) 995346512Email: [email protected]

Biografia