A Ladainha de Nossa Senhora, em latim, saúda Maria como Virgo Prædicanda, que se poderia traduzir...

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Virgem Louvável

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Virgem Louvável

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A Ladainha de Nossa Senhora, em latim, saúda Maria como “Virgo Prædicanda”, que se poderia traduzir literalmente como “Virgem digna de ser louvada”. Não é muito difícil

perceber a lista de louvores marianos que encontramos na Bíblia, na liturgia, nos escritos antigos, nos poemas e nas canções. Teólogos e artistas não economizam elogios quando o

assunto é a virgem, Mãe de Deus.

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Corremos até mesmo o risco de cair no “maximalismo”, ou seja em um certo exagero piedoso que dá tanta atenção às qualidades de Maria, que esquece de Jesus. Reagindo a isso, alguns poderiam assumir uma postura “minimalista”, diminuindo o significado de Maria na História

da Salvação, sem perceber que com isso ferem a própria identidade de Jesus Cristo. Não existe filho que goste que ultragem ou ignorem sua mãe.

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Alguns elogios que Maria recebeu ficaram famosos. O anjo Gabriel a chamou de “graciosa”, agraciada, ou cheia de graça (Lc 1, 28). Isabel a saudou como “bem aventurada”, bendita, abençoada (Lc 1, 43). Certo dia, Jesus pregava a Palavra de Deus e uma mulher do povo o

interrompeu dizendo:

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“Feliz o ventre que te carregou e os peitos que te amamentaram” (Lc 11,27). A própria Maria reconhece de maneira profética em seu Magnificat: “De agora em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). O Concílio Vaticano II cita esse texto como justificativa

do culto da bem-aventurada Virgem, na Igreja (LG 66).

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Os Santos Padres, escritores da antiguidade cristã, não economizavam elogios a Maria: rosto que emana bondade divina, morada de santidade, Mãe revestida de luz, Mãe pura em

santidade, criatura que leva ao Criador, Arca da Aliança, coroa de castidade, Esposa de Deus etc. Não devemos ser tímidos ou econômicos no louvor. Louvar é um jeito de reconhecer as

coisas boas criadas por Deus. Há pessoas que nunca elogiam ninguém.

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Se está calor, reclamam. Se está frio, acham ruim. Preferem observar sempre a vida pela sua penumbra. São profetas do mau agouro. Pessimistas por definição. Negativos por costume.

Viciados na crítica vazia. Não conseguem dizer para Deus: obrigado Senhor, mais um dia que acordei; mais uma noite que vivi.

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As pessoas felizes têm facilidade e habilidade para elogiar. Pense no marido que sempre encontra algo bonito e inusitado em sua esposa. Pense no professor que consegue estimular

seus alunos mostrando o quanto já aprenderam. Já encontrei pessoas que me disseram coisas sobre mim mesmo que nunca havia percebido.

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Depois daquele elogio verdadeiro passei a cuidar melhor daquela qualidade que antes eu desprezava. Alguém já disse que o louvor liberta. Não iria tão longe. Quem liberta é Deus. Mas

o louvor é a canção dos que foram libertados. A fé nos leva a louvar até na dor na certeza antecipada de que tudo concorre para o bem dos que amam a Deus.

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A verdade é que as pessoas que adquirem o hábito de louvar a Deus acabam adquirindo a virtude de ver as coisas bonitas da vida e são mais livres e felizes. Elogiar a Mãe de Deus, portanto, é um exercício de felicidade. É bom ter mãe. Por que não agradecer por isso?

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Até mesmo Lutero, um dos principais promotores da Reforma Protestante, do século 16, não foi tímido em elogiar Maria. Aceitava que ela é “mãe de Deus”. Em 1523 chegou a propor

festividades litúrgicas ligadas a Maria, como a festa da Anunciação. Escreveu um comentário ao Magnificat. Chegou até a compor canções em louvor a Maria.

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A tradição protestante posterior preferiu “esquecer” estas pérolas de sua própria tradição. Os evangélicos normalmente preferem ser econômicos nos louvores a Maria.

Quanto a nós, somos parte desta geração que proclama Maria como Bem aventurada. Virgem louvável. Rogai por nós!

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Texto – Pe. Joãozinho – Música – Ave Maria – Valdir Azevedo Imagens – Google -Formatação – Altair Castro

10/09/2011