A Informática na educação especial final

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CENTRO PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE AMERICANA CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS RENAN KANASIRO BASILIO INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL AMERICANA/SP Dezembro de 2009

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CENTRO PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE AMERICANA

CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS

RENAN KANASIRO BASILIO

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

AMERICANA/SP Dezembro de 2009

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RENAN KANASIRO BASILIO

RA.: 051309

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Trabalho de graduação apresentado à Faculdade de Tecnologia de Americana como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Processamento de Dados.

Orientadora: Professora Maria Elizete Luz Saes

AMERICANA/SP Dezembro de 2009

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Dedico este trabalho a todos os amigos, que de forma ou de

outra se fazem presente no que sou hoje.

À família, pelo amor retribuído.

À todos aqueles que discordaram, que desafiaram, que não me

deram força, mas que me fizeram criá-las.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha mãe, Elena por acreditar que o maior valor na vida do

homem é o conhecimento.

Aos meus irmãos Ronaldo, Rogerio e Regiane por terem me dado o suporte

e a oportunidade mesmo que não tenha sido oferecido a eles.

Ao Willian, nascido do mesmo acaso que eu.

Glauber, Bruno, Eduardo e Rodolfo pela infância.

Amigos de escola, tantos...

À família Honório pela paixão à musica.

Aos meus professores, por serem além da sua obrigação.

Em especial, à professora Elizete, por simplesmente não desistir.

Ao CIEP “Prof.ª Maria Nilde Mascellani”, minha casa, à Direção, aos

professores, aos companheiros de Secretaria, aos inspetores, aos serventes, às

cozinheiras e auxiliares, estagiários, Eder e Dorival por fazerem a Educação. E irem

além.

Lucas, Eliel, Fernando, Marcelo, Vinícius, Rafael, Joyce, Daiane, Karin, por

ter com quem andar.

E ao Juninho, por quem jurei viver a vida sem medo da morte.

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“Trate as pessoas como se elas fossem o que

deveriam ser, e você as ajudará a se tornarem o que

são capazes de ser”

Goethe

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RESUMO

Este estudo foi realizado com o intuito de se entender como as Tecnologias de

Informação e Comunicação podem ajudar no processo de ensino-aprendizagem das

pessoas com Necessidades Educacionais Especiais. É preciso entender o contexto

histórico do tratamento da deficiência, de como estão amparados pela legislação e

quais as medidas governamentais que estão sendo tomadas para prover a

cidadania. É evidente que a tecnologia vem assumindo um papel cada vez maior na

vida de todos pela sua funcionalidade e pela maneira como se adapta às

necessidades do usuário. A educação pode e deve tirar grande vantagem dessa

ferramenta, pois ela não se importa com as diferenças entre as pessoas. Então,

chega-se a conclusão de que a ferramenta pode ser tudo o que se espera dela. O

foco agora é o trabalho mais árduo, mais lento e mais importante: os professores, os

desenvolvedores, as famílias e a sociedade, para que possam promover uma

educação de qualidade para todos, apesar das diferenças.

Palavras-chave: Educação Especial. Informática Educativa. Inclusão.

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ABSTRACT

This survey was made with intention to extend itself as Information Technology and

Communication does, and help in the teaching and learning process of people with

Special Educational Needs. It’s important to understand the history context of the

deficiency treatment, how they are supported by the law and which governmental

methods are being taken to provide citizenship. It’s evident that the technology has

assumed a bigger role in everyone’s life by the functionality and the way how it

adapts to the user needs. The education can and must take advantage of this tool,

because it doesn’t care about people difference. Then, we conclude that the tool can

be all that is expected. The point now is the harder work, slower and most important:

teachers, developers, families and society, to promote some quality education for all,

despite all the differences.

Keywords: Special Education. Educational Computing. Inclusion.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA .......................................... 11

1.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ........................................................... 11

1.2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................. 13

1.3 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÃO ....................................................................... 14

2 TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO ....................................................... 18

2.1 HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL ............................... 18

2.2 SITUAÇÃO ATUAL DA INFORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ........................... 19

2.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ...................................................... 19

3 FORMAÇÃO CONTINUADA ................................................................................. 22

3.1 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES ................................................................... 22

3.2 FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL............ 23

4 SOFTWARES EDUCATIVOS ................................................................................ 25

4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS COMPUTACIONAIS ............................. 25

4.2 ELABORAÇÃO DE SOFTWARE ........................................................................ 29

5 AÇÕES E MELHORIAS ......................................................................................... 31

5.1 ACESSIBILIDADE ............................................................................................... 31

5.2 PROGRAMAS ..................................................................................................... 36

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 40

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INTRODUÇÃO

A evolução da humanidade nos encaminha a uma boa solução para as

dificuldades encontradas historicamente. Em um passado nebuloso, as pessoas com

NEE, sequer tinham direito à vida em sociedade. Com o passar do tempo, foram

abandonando o estado de “doentes”, para pessoas com condições de contribuir com

a sociedade tão ativamente quanto àqueles denominados normais.

Hoje, o mercado não dispõe de profissionais com capacitação para unir o

lado humano da pedagogia com a ciência exata da tecnologia. O mercado é

promissor e, ao mesmo tempo, desafiador pelas dificuldades apresentadas. A ideia

primária do programador de simplificar os processos e a imensidão das ideias do

educador precisam se encontrar em um meio termo.

Atualmente, vivemos em uma época em que o ritmo de nossas vidas está

sincronizado com a velocidade da inovação tecnológica. As rápidas mudanças em

nossa sociedade refletem na forma como tratamos e como recebemos as

informações. A tecnologia encurtou as distâncias. Num momento em que as notícias

atravessam o mundo em segundos, novos conceitos vêm e vão, antes mesmo de

nos acostumarmos com eles.

Porém, a tecnologia também aumentou as distâncias. Ficaram de lado as

relações humanas. Deixamos de entender as necessidades do próximo. Os seres

humanos são extremamente diferentes uns dos outros e as abordagens devem ser

diferentes para cada um.

Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), encontram nas

Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), uma grande oportunidade de

vencerem as suas dificuldades de aprendizado, e encontrarem relativa

independência.

Surge, então, a inclusão, como forma de prover a igualdade social. Ações

educacionais são necessárias para sua efetividade, a qual possa ser vista, não

apenas representadas por tabelas e números, mas por cidadãos plenos, apesar de

suas dificuldades.

Por esse motivo, é preciso trazer à tona as dificuldades, tanto a dos

educandos quanto a dos educadores. É preciso se definir e incentivar a formação do

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profissional de tecnologia em apoio à educação especial, pois o desenvolvimento

ainda é muito aquém da necessidade.

A pesquisa através de artigos e livros a respeito revela que muito já foi

estudado, mas que ainda há muito mais campo que pode ser explorado. O assunto é

relativamente novo nos meios de comunicação, portanto, ainda não há um total

esclarecimento da população a respeito das pessoas com NEE.

As pequenas iniciativas mostram que é possível utilizar a tecnologia para a

melhora na qualidade de vida das pessoas com NEE. Resta difundir esse

conhecimento adquirido com tais experiências para que haja igualdade de condições

a todos em qualquer lugar.

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1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

É imprescindível entender e diferenciar os vários momentos históricos que a

humanidade enfrentou no atendimento às pessoas com NEE, desde seus primórdios

segregacionistas à real inclusão, que é o objetivo humano para os dias de hoje.

1.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Entende-se por educação especial o atendimento de pessoas com algum

tipo de limitação cognitiva, motora ou sensorial em instituições especializadas, tais

como escolas para surdos, cegos ou pessoas com deficiência mental.

Podemos dividir a educação especial em três fases históricas. A

institucionalização, normalização/integralização e por último a inclusão.

1.1.1 A segregação

Na idade antiga, as crianças nascidas com algum tipo de deficiência morriam

precocemente ou eram sacrificadas. Era comum, em várias culturas, a valorização

das proezas do corpo e da mente. A sociedade se dividia em duas grandes classes:

os ricos, que detinham o poder e o governo e os escravos, que executavam as

tarefas. Sendo assim, ou se tinha capacidade de raciocínio ou a força física, o que

propiciava a exclusão de qualquer indivíduo com alguma incapacidade.

Esse processo não se alterou muito na Idade Média. Com a aproximação da

Igreja ao poder, o deficiente passou a ter o direito à vida, mas ficou estigmatizado,

visto constantemente como “possuído por demônios”. Em uma sociedade ainda

dividida entre os que detinham o poder e os cidadãos pobres, o único papel que

cabia ao deficiente era em prol da diversão da Monarquia, no papel de palhaços ou

de bobos da corte.

Após a Revolução Industrial, surgiu a venda do trabalho. O ser humano

passou a ser visto como uma “máquina” e qualquer diferença era encarada como

uma disfunção dessa máquina. A segregação continuou, alicerçada no conceito da

incapacidade produtiva dos deficientes.

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1.1.2 A institucionalização

A partir da década de 1950, surgiu o conceito de institucionalização. Nesse

modelo, os indivíduos com NEE eram tratados como “doentes”, necessitando de

cuidados de outros indivíduos. Sassaki (1997) diz que “segundo esse modelo, a

pessoa deficiente é que precisa ser curada, tratada, reabilitada, habilitada, etc. a fim

de ser adequada à sociedade como ela é, sem maiores modificações”. Baseado

nesse conceito, as pessoas com Necessidades Especiais (NE) eram retiradas do

convívio familiar e recolhidas em instituições segregadas, pois, apesar de se

posicionarem como responsáveis pelo atendimento, o deficiente nunca mais voltaria

a ser integrado à sociedade.

Esse modelo foi muito criticado, principalmente pelo que viria a ser tratado

na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a qual prevê, às pessoas, o

direito a uma vida digna, à educação básica, à liberdade, ao desenvolvimento

pessoal e a plena participação na comunidade, o que vai totalmente contra o

tratamento até então usado. É claro que este foi apenas parte do discurso para o fim

deste regime, pois de outro lado, via-se uma parcela da população que nada

produzia.

1.1.3 A normalização

No final da década de 1950, iniciou-se um processo, conhecido como

normalização, através do qual o indivíduo passaria a dispor o máximo de condições

de vida das de uma pessoa comum.

Segundo Mrech (1998),

Normalização diz respeito a uma colocação seletiva do indivíduo portador de necessidade especial na classe comum. Neste caso, o professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área de educação especial. Os estudantes do processo de normalização precisam demonstrar que são capazes de permanecer na classe comum.

As várias interpretações desse modelo causaram um grave desvirtuamento

do conceito de normalização, pois os deficientes foram encorajados a passar por

normais, administrando informações a seu respeito, no sentido de não tornar

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conhecida a sua condição de excepcionalidade, apenas no intuito de serem

integrados, tal como Mendes (2001) afirma, quando diz que o termo “Integração”

passou a significar, na prática, a mera colocação de pessoas com deficiência

juntamente com pessoas não-deficientes na mesma escola.

1.2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Conforme previsto na Constituição Federal de 1989 prevê, em seu artigo de

número 206, deve-se prover o ensino público oferecendo igualdade de condições

para o acesso e permanência na escola. Além disso, defende também que haja o

atendimento de portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de

ensino. Portanto, a nova Constituição Federal já trabalha com a ideia de uma

educação inclusiva.

Porém, atualmente, poucas são as sociedades que estão preparadas para

exercer a inclusão social. É importante reconhecer que as barreiras vêm sendo

derrubadas. O processo de inclusão é lento, mas é crescente. Segundo o Censo

Escolar do Ministério da Educação (MEC), de 1998 a 2006, houve um aumento de

640% de matrículas de alunos (Grafico 1) com NEE em classes comuns.

Gráfico 1 – Evolução das Matrículas na Educação Especial – 1998 a 2006 Fonte: MEC/INEP - Censo escolar

Ainda segundo o Censo Demográfico de 2000, o Brasil tem mais de 24

milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, ou seja, cerca de 14,5% da

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população. Observam-se outras melhoras significativas, como por exemplo, a

redução de matrículas em salas especiais, além de melhoras estruturais, tanto na

parte física, quanto na parte pedagógica.

O ponto mais importante na ideia da inclusão é transferir o foco de atenção

do aluno com NEE para o ambiente, ou seja, entender que não é o aluno que tem

dificuldades, mas que o ambiente não está adaptado às pessoas. Porém, uma

mudança na concepção de deficiência não se promove de uma hora para outra,

apenas por novas legislações.

Faz-se necessário entender e aceitar a diversidade humana, que há

diferenças e que essas diferenças o fazem também merecedor de uma oportunidade

de vida digna e o mais plena possível.

Por considerá-los “deficientes”, “sem inteligência” para aprender, são

submetidos a um processo de ensino baseado em métodos repetitivos, cujo objetivo

é torná-los um pouco mais independentes na realização de suas habilidades

básicas.

Do ponto de vista educativo e, considerando-se as características do aluno

com deficiência mental que apresenta um ritmo lento de aprendizagem, é

fundamental que as propostas pedagógicas sejam adequadas às suas condições,

fazendo uso de atividades concretas, diversificadas e funcionais, para despertar seu

interesse e motivação em aprender.

É importante também selecionar atividades de curta duração, considerando

o caráter dispersivo que eles demonstram, variando o tempo gradualmente, de

acordo com suas possibilidades, sempre maximizando seus pontos fortes e

minimizando seus pontos de dificuldades.

1.3 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÃO

Após o grande período segregacionista pelo qual as pessoas com NEE

passaram na história da civilização humana, o conceito de que todas as pessoas

são iguais, e mais ainda, que todas as pessoas têm diferenças, passou a ser

difundido entre governantes do mundo todo. As ações, antes isoladas, passaram a

ser ações globais, e refletiram nas ações governamentais brasileiras, como visto a

seguir.

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1.3.1 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

A Declaração de Salamanca “Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área

das Necessidades Educativas Especiais”, resolução da Organização das Nações

Unidas (ONU) assinada em Assembléia Geral na Espanha, em 1994, discute as

diretrizes políticas para a inclusão de alunos com Necessidades Educacionais

Especiais (NEE) na rede de ensino regular, afirmando que esse é o meio mais eficaz

de combater atitudes discriminatórias, criando uma sociedade inclusiva.

Esse documento vem a reforçar um forte movimento de inclusão, amparado

em outros dois documentos de grande relevância: A Declaração Universal dos

Direitos da Criança, elaborada pela ONU, em 1959, que garante o direito à

educação e cuidados para a criança física ou mentalmente deficiente, pois afirma

que todas têm direito à igualdade, independente de raça, religião, nacionalidade ou

qualquer outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família; A

Declaração Mundial sobre Educação Para Todos assinada em Jomtien (Tailândia),

no ano de 1990, já cita a grande quantidade de informação a que temos acesso e

pontua a necessidade da educação para todos, frente a uma nova era de

comunicação global.

A Declaração de Salamanca exige que os países membros:

criem políticas públicas de aprimoramento de seus sistemas educacionais no

sentido de tornarem-se aptos a receberem todas as crianças, independente

de suas diferenças ou dificuldades individuais;

garantam a matrícula de todas as crianças em escolas regulares;

promovam o intercâmbio entre os países das experiências na educação

inclusiva;

facilitem a participação dos pais, comunidade e organizações no processo

educacional;

esforcem-se para que haja uma precoce identificação das necessidades;

garantam o treinamento dos professores na sua formação e no exercício de

sua profissão.

A declaração ainda atribui às agências internacionais de financiamento para

a educação, que incluam em seus projetos ações em prol da educação inclusiva.

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1.3.2 Legislação brasileira

No Brasil, o processo de inclusão e de igualdade começou a tomar forma na

Constituição Federal de 1988, à qual determina, em seu artigo 206, que o ensino

será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Em 1990, foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº

8.069 de 13 de julho de 1990 que estabelece entre outras determinações que:

Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na

forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos

fundamentais.

Art. 11.

Parágrafo 1º. A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão

atendimento especializado.

1.3.1.1 Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

A LDB define e regulariza a educação no Brasil, baseada nos princípios

apresentados na Constituição Federal, à qual teve a sua primeira versão datada de

1961, e que vigorou até 1971, quando foi substituída.

A mais recente, assinada em 1996, tem seu quinto capítulo voltado

totalmente à educação especial. Define a educação especial como modalidade de

educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino aos

educandos portadores de necessidades especiais.

Determina que haja serviços de apoio especializado na escola regular para

atender às peculiaridades da clientela de educação especial. O aluno somente será

atendido em classe especial ou instituição especializada caso não seja possível a

sua inclusão no ensino regular. O sistema de ensino deve assegurar que o currículo

seja adequado às necessidades do educando, havendo uma conclusão específica

quando não for possível atingir o nível exigido pelo ensino fundamental em virtude

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de suas deficiências, ou que o processo seja acelerado para a conclusão em menor

tempo possível para os superdotados.

A LDB exige que haja professores especializados, assim como professores

do ensino regular capacitados para a integração do aluno nas salas comuns, além

de acesso igualitário a todos os programas sociais suplementares disponíveis para o

respectivo nível do ensino regular. O ensino deve visar a efetiva integração na vida

em sociedade, seja para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho

competitivo, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas

áreas artística, intelectual ou psicomotora.

Fica bem claro que o governo sempre adotará como alternativa preferencial,

a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria

rede pública regular de ensino e, nos casos em que forem necessárias intervenções

especializadas, regulamentará as instituições, para fins de apoio técnico e financeiro

pelo Poder Público.

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2 TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

Vista pelos educadores como grandes ferramentas e indispensáveis na era

da comunicação, as novas tecnologias vem ganhando espaço nas escolas. A

internet, jogos e programas educativos, são algumas das possibilidades existentes e

que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do

aprendizado.

2.1 HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL

A utilização de computadores na educação brasileira se iniciou ainda na

década de 1970, em experiências realizadas na Universidade Federal do Rio de

Janeiro (UFRJ), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Hoje segue legislação própria,

com investimento das iniciativas pública e privada.

O governo federal, através do Programa Nacional de Informática na

Educação (ProInfo), busca introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC) na rede pública de ensino. Criado em 1997, pelo Ministério de Educação, o

ProInfo, viabilizou a utilização da Informática, implantando laboratórios e iniciando

um processo de formação e atualização de professores. Para isso, Núcleos de

Tecnologia Educacional (NTE) foram criados com a missão de estudar e preparar a

rede educacional para as novas tecnologias. Destacam-se o Núcleo de Informática

Aplicada à Educação (NIED), da Universidade de Campinas, e o Núcleo de

Informática na Educação Especial (NIEE) da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul.

Porém, a disseminação do conhecimento adquiridos não se refletiu na

infraestrutura das escolas. Por que a informática não está massivamente presente

em todas as escolas do país?

Segundo Valente (1997), a resposta mais óbvia seria: "faltou vontade política

dos dirigentes", projetos mais consistentes e corajosos e, consequentemente,

verbas. Mas a resposta não é tão simples assim. Outros problemas atrapalharam a

introdução das novas tecnologias na educação. O processo de formação dos

docentes também não estava preparado, portanto, os professores também não

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estariam em condições de utilizar o computador dentro da sala de aula. Aliado a

isso, ainda pesavam a falta de estrutura dentro das unidades escolares, sendo este

também, fruto da falta de investimento.

2.2 SITUAÇÃO ATUAL DA INFORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Em 2007, o ProInfo estipulou um gasto total de 650 milhões de reais na

aquisição de equipamentos e na produção de conteúdos digitais para atender a

todas as 130 mil instituições de ensino do país, até o ano de 2010.

Importante destacar que o projeto de informatização das escolas públicas

nacionais não privilegia a “automatização” dos processos de transmissão da

informação, e não tem como objetivo primário a redução do chamado analfabetismo

computacional, como o que ocorre em outros países. A informática é utilizada como

ferramenta no processo educacional.

Porém, é inegável que a introdução do computador na educação tem

provocado uma verdadeira revolução na concepção de ensino e de aprendizagem.

Valente (1993) associa o atual momento como o da criação dos automóveis:

Inicialmente, o carro foi desenvolvido a partir das carroças, substituindo o cavalo pelo motor a combustão. Hoje, o carro constitui uma indústria própria e as carroças ainda estão por aí. Com a introdução do computador na educação a história não tem sido diferente. Inicialmente, ele tenta imitar a atividade que acontece na sala de aula e a medida que este uso se dissemina outras modalidades de uso do computador vão se desenvolvendo.

Portanto, estamos apenas iniciando um longo processo de inúmeras

possibilidades, com um caminho enorme a ser trilhado.

2.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Segundo Bastos (2003), o computador, como subsídio didático, é um animal

dócil e paciente. Diferentemente dos seres humanos, não se queixa, não grita e não

castiga em caso de erro. O computador se apresenta como uma máquina que repete

docilmente o trabalho, responde perguntas, cala-se ao simples apertar de teclas e

não provoca constrangimentos afetivos durante as situações de aprendizagem

propostas.

Page 21: A Informática na educação especial final

20

Pode-se afirmar então, que o uso pedagógico do computador é um fator que

efetivamente contribui com avanços consideráveis no processo de ensino-

aprendizagem. Como Valente (1991) destaca, o computador pode ser um grande

aliado no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades

educacionais especiais porque dispõe de recursos como animação, som, imagem e

efeitos especiais, que superam as possibilidades didáticas e metodológicas

tradicionais, tornando o material didático e os conteúdos mais interessantes e

atrativos aos alunos. Porém, a área da educação especial ainda não consegue

explorar totalmente o computador como recurso didático.

O trabalho da criança depende de um acompanhamento didático por parte

de professores, pois as ações no processo se fazem através da associação dos

recursos humanos, computacionais e materiais. De outra forma, a ferramenta toma a

condição de um simples software educativo inteiramente frio e automatizado.

Deve se, portanto, levar em consideração os dois lados da socialização do

aluno. Numa primeira situação, valorizar a interação com os pares e, em um

segundo plano, atribuir atenção às necessidades e capacidades individuais do aluno

no processo de ensino-aprendizagem.

Há, entretanto, uma grande demanda por softwares educativos que

estimulem a socialização ao mesmo tempo em que reforcem os conteúdos e apóiem

processos de construção de conhecimentos em diferentes áreas de formação;

programas mais flexíveis e mais próximos da realidade da sala de aula.

O ambiente ideal se faz a partir da associação de diferentes recursos

(materiais, computacionais e humanos) em torno de um processo dinâmico de

ensino e de aprendizagem. Esses recursos, se estrategicamente associados, podem

em muito potencializar o ato de aprender, seja por livre descoberta, através de

atividades lúdico-pedagógicas ou em situações de trabalho cooperativo.

Segundo Santos e Souza (2003), a principal característica de um ambiente

de aprendizagem dessa natureza está no espaço criado para a construção de

conhecimentos através de um contexto diversificado (multimídia), tanto em termos

de canais de comunicação quanto em termos de recursos e estratégias

pedagógicas, visando diminuir o esforço cognitivo do indivíduo para atualizar suas

representações ou para construir novos conhecimentos.

A ludicidade é o agente instigador da atenção, motivador do indivíduo em

situações de transferência de aprendizagem, um dos principais desafios de toda e

Page 22: A Informática na educação especial final

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qualquer ação educativa. As situações lúdicas desafiam a criança e provocam o

funcionamento do pensamento levando-a a bons níveis de desempenho, apesar de

suas dificuldades. Brincando, tal criança aprende com toda a riqueza do aprender

fazendo, espontaneamente, sem estresse ou medo de errar, mas com pleno

interesse pela aquisição do conhecimento, engajando-se livremente nas atividades,

pelo simples prazer de participar.

Por outro lado, como enfatiza Brito (2000), a flexibilidade de um ambiente

educativo multimediatizado pode oferecer ao professor maiores condições de

respeitar as diferenças individuais de seus alunos, oferecendo aos mesmos,

situações de aprendizagem cuja complexidade pode ser alterada em função de

demandas específicas, tornando assim, mais dinâmica e efetiva a sua ação

pedagógica.

O professor, como elemento integrante do ambiente educativo

multimediatizado, tem uma participação crucial, atuando na mediação e na

exploração adequada dos recursos tecnológicos e dos materiais concretos,

facilitando a cooperação e a interatividade entre os pares ou entre estes e o

conhecimento proposto pelo software. Tal fundamento é de grande importância para

que a criança possa participar efetivamente das atividades propostas e construir

regras de conduta que levem-na pensar com autonomia, já que o portador de uma

deficiência mental, por exemplo, embora seja capaz de atingir o pensamento lógico,

não faz esta evolução espontaneamente.

Por essa razão, a intervenção adequada do professor é de fundamental

importância para levar o aluno a observar as condições que mudaram na situação

presente e compará-la com as condições anteriores, para ajudá-lo a estabelecer

relações de causa e efeito entre os fatos e finalmente, para estimulá-lo a fazer

escolhas de estratégias alternativas para solucionar problemas.

Page 23: A Informática na educação especial final

22

3 FORMAÇÃO CONTINUADA

Fica implícito que, para uma educação de qualidade, deve-se investir com

seriedade na formação inicial e continuada dos profissionais da educação e, de

forma mais específica, na formação do magistério para todos os níveis e

modalidades educacionais.

3.1 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Segundo a LDB, os professores devem possuir como formação mínima, a

modalidade normal do ensino médio para atuar na educação infantil e nas séries

iniciais do ensino fundamental. Para o ensino médio e na educação superior, exige-

se graduação superior. Entretanto, a formação desejável para todos os níveis e

modalidades é aquela oferecida em cursos superiores.

Ainda assim, a preparação para a educação especial é muito superficial no

nível inicial de formação, não preparando o educando para o desafio de uma classe

com proposta de inclusão ou sobre o atendimento aos alunos com NEE em classes

especiais. Portanto, esses atendimentos dificilmente poderão ser realizados por

pessoas que tenham apenas o atual curso de formação regular.

Propõe-se, não de hoje, uma reestruturação dos currículos dos cursos de

formação de professores, incluindo uma formação básica que englobe conteúdos

acerca das necessidades educativas especiais de alunos, garantindo ao professor

competência para a atuação em uma sala de aula regular.

Do ponto de vista teórico, é importante conhecer os aspectos gerais,

principalmente, dos diferentes tipos e graus de deficiência, das condutas típicas e de

super dotação, incluindo abordagens corretas para o desenvolvimento de cada uma

delas, levando-se em consideração cada etapa do processo de ensino-

aprendizagem.

Quanto ao aspecto do “saber fazer”, a prática efetiva junto a portadores de

necessidades educativas especiais desde a formação inicial é a chave para o

entendimento, pois estreita as relações entre teoria e prática. Dessa forma, os

educandos estarão minimamente preparados para trabalharem e desenvolverem a

habilidade de ensinar a todos os seus alunos.

Page 24: A Informática na educação especial final

23

3.2 FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL

O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo

educacional e no trabalho de reabilitação cognitiva proporciona ao aluno deixar de

ser apenas recebedor de informações para tornar-se, também, o responsável pela

construção de seu próprio conhecimento. O uso do computador permite que o

educando busque, selecione e relacione as informações.

No caso de um aluno com necessidades especiais, as TIC assumem

também o papel de prótese do conhecimento, ou seja, de um instrumento que facilita

a interação do aluno com o ambiente. Permite ao educando identificar as suas

limitações e potencialidades e, com a abordagem correta, ele poderá fazer uso

dessas potencialidades para vencer as dificuldades do seu desenvolvimento.

Porém, esses profissionais precisam de uma preparação para poder inserir

as TIC em seu cotidiano profissional. Mas não se trata apenas de dominar uma nova

técnica nem de desenvolver análises teóricas que possam fundamentar esse

trabalho. Como define Castellain (2002):

Trata-se de um processo de formação continuada inserido na prática do profissional que vai em busca de teorias para refletir sobre essa prática, melhor compreendê-la e transformá-la com vistas a favorecer o desenvolvimento do sujeito aprendente, ao mesmo tempo que o profissional também se desenvolve e se modifica.

Uma grande dificuldade encontrada nesse processo de integração entre o

pedagógico e a tecnologia é que, para haver integração em qualquer área, é

necessário que haja domínio dos assuntos que estão sendo integrados. E a

tecnologia, para muitos educadores cuja formação é de ciências humanas, por

muitas vezes é um assunto distante. Por outro lado, os aspectos educacionais,

psicológicos e sociais para o profissional de tecnologia também podem ser muito

problemáticos.

Para Valente (1993), tanto a assimilação de conceitos de informática ou

conceitos psico-pedagógicos quanto a mudança de postura, demandam tempo.

A formação de um professor que utilize as TIC no processo de ensino-

aprendizagem, não se faz apenas adicionando ao seu conhecimento as técnicas ou

conhecimentos de informática. O professor tem de relacionar o conhecimento

Page 25: A Informática na educação especial final

24

técnico da tecnologia à sua disciplina. Entretanto, o domínio do computador não

ocorre imediatamente, como exemplifica Valente (1988):

Dependendo do conhecimento desse profissional, a capacidade de dominar o computador pode passar por um processo de formação de conceitos que se assemelha muito à formação do conceito de permanência de objeto que uma criança desenvolve durante os seus primeiros anos de vida.

O educador deve aprender a assimilar as funções do computador, relacionar

com as suas necessidades e de seus alunos e, acima de tudo, sentir-se confortável

com a tecnologia para que essa não se torne um empecilho.

Para o profissional da informática repete-se a história. O fato de “gostar de

criança” não o torna um educador de uma hora para outra. As bases teórica e

prática para esse profissional precisam estar bem alicerçadas. Deve-se conhecer

profundamente, o processo de aprendizagem, como ele acontece e saber como

intervir de maneira efetiva na relação aluno-computador. A ênfase do trabalho deve

ser a criação do ambiente de aprendizagem.

E para ambos, é importante a aquisição de conhecimento sobre como usar a

tecnologia do computador como ferramenta educacional, saber usar a informática

com seus alunos, detectar as dificuldades frente à máquina, saber intervir e auxiliar

o aluno a superar suas dificuldades.

Page 26: A Informática na educação especial final

25

4 SOFTWARES EDUCATIVOS

Softwares educativos são todos aqueles que auxiliam o processo de ensino-

aprendizagem, seja fornecendo ou trabalhando informações, em um ambiente

computacional interativo.

4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS COMPUTACIONAIS

Primeiramente, precisamos classificar os softwares ou programas de

computador. Classificaremos os softwares educativos em softwares que ensinam e

softwares que permitem serem ensinados pelo aluno. Na primeira categoria,

subdividimos em programas tutoriais, programas de exercício e prática e de jogos e

simuladores. Softwares que são “ensinados”, ou tutorados, são os que aceitam

instruções, como as linguagens de programação e as ferramentas, ou softwares

através dos quais o aluno manipule a informação.

4.1.1 Softwares tutoriais

A vantagem dos softwares tutoriais é o fato de o computador poder

apresentar o material com outras características que não são permitidas no papel,

como a animação, o som e a manutenção do controle do desempenho do aprendiz,

facilitando assim, o processo de administração das lições e possíveis intervenções.

Eles são muito difundidos, pois não geram grandes mudanças no ambiente

escolar. Eles são uma versão computadorizada do que já acontece na sala de aula

(Figura 1). O treinamento necessário para sua utilização é mínimo.

Page 27: A Informática na educação especial final

26

Figura 1 - Jogos Fonte: Disponível em: <http://www.discoverykidsbrasil.com>. Acesso em: 01 nov. 2009

Por outro lado, o desenvolvimento de um bom tutorial é extremamente caro

e difícil. Percebe-se muita ênfase nos aspectos lúdicos e visuais em detrimento do

aspecto pedagógico ou do desafio apresentado pelo programa.

Neste tipo de programação, vislumbra-se a inserção das tecnologias de

inteligência artificial para atribuir mais interatividade entre o aluno e a máquina, o

que promove reações que desenvolvam o raciocínio mais propício em determinada

situação, livrando a criança da simples automatização. No entanto, o custo de

desenvolvimento são altos e os requisitos de hardware necessários para a execução

do mesmo, também.

4.1.2 Softwares de Exercício e Prática

Os programas de exercício e prática são recomendados para casos em que

se exija a memorização de conceitos, como as operações matemáticas, por

exemplo. Esses programas trabalham com interação rápida e frequente, ou seja,

exigem respostas e retornam a informação imediatamente. Fazem uso das

características gráficas e sonoras do computador e, geralmente, são apresentados

na forma de jogos, como os de pergunta e resposta (Figura 2), complete e

categorização.

Page 28: A Informática na educação especial final

27

Figura 2 - Quiz de Artes Fonte: Disponível em: <http://www.historiadaarte.com.br>. Acesso em: 03 nov. 2009.

4.1.3 Jogos e simuladores

Talvez seja a forma mais difundida nas séries iniciais; os jogos exercitam a

educação através do lúdico, com atividades que acompanham o conteúdo de sala.

Com o devido acompanhamento, o aluno pode criar associações visuais e sonoras

mais concretas, auxiliando na fixação do aprendizado.

As simulações (Figura 3) criam ambientes por onde se pode caminhar

livremente dentro de um tema. Isso proporciona uma gama maior de possibilidades

de experimentação. Por exemplo, uma dada decisão pode acarretar em um novo

problema a ser resolvido.

Figura 3 - Jogo de Fazenda Fonte: Disponível em: <http://www.ultradownloads.com>. Acesso em 03 nov. 2009.

Page 29: A Informática na educação especial final

28

É difícil reconhecer nos jogos disponíveis na internet, por exemplo, sua

capacidade de colaborar com os conteúdos dentro das salas de aula. Em todo caso,

cabe ao professor intermediar o uso correto desses softwares para se atingir o

resultado esperado, e não apenas com a função de diversão.

4.1.4 Programas tutorados

Nos chamados programas tutorados, a instrução é dada através de

comandos ou linguagens de programação, como por exemplo, o LOGO (Figura 4).

Figura 4 - Exercícios avançados em LOGO Fonte: Disponível em: <http://www.meusdownloads.com.br>. Acesso em: 03 nov. 2009.

Criado em 1967 por Wally Feurzeig e Seymour Papert, a Linguagem LOGO

é voltada principalmente aos jovens. Por ser uma linguagem interpretada e simples,

estimula o raciocínio lógico do aluno, pois a instrução é prontamente executada,

mostrando o acerto ou erro imediatamente, obrigando o usuário a resolver e corrigir

o problema.

4.1.5 Ferramentas

Na última classificação estão as ferramentas, que são os programas para a

manipulação das informações. Várias dessas aplicações são natas dos sistemas

operacionais, como os softwares de pintura e calculadora, mas há outras, um pouco

Page 30: A Informática na educação especial final

29

mais avançadas, mas presentes em todos os computadores como os editores de

textos e planilhas.

4.2 ELABORAÇÃO DE SOFTWARE

Recomenda-se que a criação de programas computacionais para a

educação especial não envolvam objetivos muito complexos, ou que demandem

muito tempo, dado à volatilidade da atenção dos alunos. No entanto, é preciso

delimitar com precisão a situação problemática que se deseja alcançar.

É necessário, por parte do responsável pela elaboração do software, o total

entendimento dos objetivos visados pelo material didático e a forma como isso se

desenvolve, com vistas a todas as etapas do entendimento, das características da

população-alvo, das distâncias a serem rompidas, enfim, da estrutura geral da

aplicação.

Esse processo, como em todo desenvolvimento de software, não deve ser

distante do público-alvo. As sondagens são a melhor forma de coleta de dados, pois

indicarão o caminho e as dificuldades a serem enfrentadas. Para o sucesso da

empreitada, Santos e Souza (2003) destacam que “é importante que não se

economize recursos para que os interlocutores do software sejam devidamente

conhecidos, para que o material didático que lhe será destinado seja revestido de

pertinência, sentido e validade”.

A partir da definição dos objetivos de aprendizagem, o elaborador do

software poderá estruturar o conteúdo a ser trabalhado, organizar a quantidade e a

qualidade de informações disponibilizadas e selecionar as estratégias e

metodologias de ensino e de aprendizagem. Afinal, a construção do conhecimento é

resultado da integração dos conhecimentos anteriores do sujeito, das características

do canal e da estrutura do conteúdo pedagógico.

O próximo passo é definir a hierarquia do conteúdo a ser trabalhado. Deve-

se evidenciar o ponto principal a ser atingido, deixando em segundo plano as

informações que possam ser trabalhadas com mais determinação em período futuro.

Isso é importante para que a assimilação do conceito principal não seja ofuscada por

assuntos menos necessários.

Page 31: A Informática na educação especial final

30

O que se nota é que, para conceber o material didático assim definido, se

faz necessário um novo educador, situado em paradigmas educativos igualmente

inovadores, que deverá refletir em uma visão humana do professor, aliado a uma

visão técnica-lógica do programador.

Page 32: A Informática na educação especial final

31

5 AÇÕES E MELHORIAS

Hoje, o uso do computador está presente no cotidiano do ser humano. Isso

inclui a educação, setor em que a tecnologia vem sendo utilizada abertamente, por

ser uma poderosa e versátil ferramenta.

Cabe então à Educação Especial introduzir o aluno com NEE neste

universo. Segundo Bastos (2006), a inserção de um trabalho pedagógico apoiado no

computador pode despertar na criança, seja ela portadora de necessidades

especiais ou não, o interesse e a motivação pela descoberta do conhecimento, a

partir do mecanismo do aprender-fazendo.

Para isso, precisamos entender qual a necessidade deverá ser atendida,

para definir que intervenção ser tomada e qual tecnologia adotada.

5.1 ACESSIBILIDADE

Ser provido de acessibilidade é ter condições de uso, com autonomia e

segurança dos espaços e equipamentos. Assim como nas cidades, na informática

existem adaptações que possibilitam a utilização da tecnologia. Tecnologias

Assistivas é o termo para identificar todo recurso ou serviço tecnológico que auxilie

uma pessoa com qualquer tipo de limitação física ou mental.

Recursos são todos os materiais que possibilitam melhoras na capacidade

funcional da pessoa. Podem variar de soluções simples, como a bengala até a

complexos sistemas de informação.

Serviços são aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência

visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva, como a

fisioterapia, por exemplo.

As tecnologias assistivas estão divididas segundo a sua funcionalidade. A

presente classificação faz parte das diretrizes gerais da American with Disabillities

Act (Lei Americana de Pessoas Portadoras de Deficiência), porém não é definitiva e

pode variar segundo alguns autores.

Page 33: A Informática na educação especial final

32

5.1.1 Auxílios para a vida diária e vida prática

São materiais e produtos que promovem autonomia em tarefas rotineiras,

como se alimentar (Figura 5), cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar

necessidades pessoais.

Figura 5 - Colher adaptada Fonte: www.vanzetti.com.br

5.1.2 CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa

São os equipamentos para as pessoas sem fala ou escrita funcional ou, em

defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou

escrever. Pranchas de comunicação (Figura 6), construídas com simbologia gráfica,

letras ou palavras escritas, são utilizados pelo deficiente para expressar questões,

desejos, sentimentos, entendimentos. Podemos citar ainda os vocalizadores

(pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares específicos que

garantem grande eficiência à função comunicativa.

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Figura 6 - Prancha de Comunicação Fonte: Disponível em: <http://www.clik.com.br/mj_01.html>. Acesso em 01 nov. 2009.

5.1.3 Recursos de acessibilidade ao computador

São as soluções adaptativas específicas para tornar o computador acessível

para pessoas com dificuldades sensoriais e motoras.

São exemplos de equipamentos de entrada os teclados modificados,

mouses especiais e softwares de reconhecimento de voz. Entre os equipamentos de

saída podemos citar a síntese de voz, os monitores especiais, e as impressoras e

linhas braile (Figura 7).

Figura 7 - Linha Braille Fonte: Disponível em: <http://warau.nied.unicamp.br/?id=t803>. Acesso em 01 nov. 2009.

Page 35: A Informática na educação especial final

34

5.1.4 Sistemas de controle de ambiente

São os controles remotos para ligar, desligar e ajustar aparelhos eletro-

eletrônicos como a luz, o som, televisores, abertura e fechamento de portas e

janelas.

5.1.5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade

São adaptações urbanísticas para garantir acesso e mobilidade dentro de

edificações e nas cidades, como as rampas (Figura 8), elevadores, adaptações em

banheiros, que retirem ou reduzam as barreiras físicas.

Figura 8 - Acessibilidade Fonte: Disponível em: < http://www.guaratuba.pr.gov.br/>. Acesso em 01 nov. 2009

5.1.6 Órteses e próteses

Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo.

Órteses são colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um

melhor posicionamento, estabilização e/ou função.

Page 36: A Informática na educação especial final

35

5.1.7 Adequação Postural

Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que

garantam posturas alinhadas, estáveis e com boa distribuição do peso corporal,

importante, principalmente, aos cadeirantes, por ficarem muito na mesma posição.

5.1.8 Auxílios de mobilidade

A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores,

carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, ou qualquer outro veículo,

equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal.

5.1.9 Auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal

São os equipamentos que visam a independência das pessoas com

deficiência visual na realização de tarefas como consultar o relógio, cozinhar,

identificar cores e peças do vestuário. Inclui também lentes, lupas (Figura 9),

softwares leitores de tela, leitores de texto, ampliadores de tela, impressoras braile e

linha braile.

Figura 9 - Lupa eletrônica Fonte: Disponível em: <www.solostocks.com.br>. Acesso em: 01 nov. 2009.

Page 37: A Informática na educação especial final

36

5.1.10 Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo

São os auxílios que incluem vários equipamentos como aparelhos para

surdez, sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

5.1.11 Adaptações em veículos

São os acessórios e adaptações que possibilitam uma pessoa com

deficiência física dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e desembarque

como elevadores para cadeiras de rodas.

5.2 PROGRAMAS

Existem diversos exemplos bem sucedidos de ações que, com o auxílio da

tecnologia, ajudam as pessoas com NE a superar as suas dificuldades, tanto no

contexto escolar, quanto no cotidiano.

5.2.1 A Educação Pública Municipal de Americana para a Inclusão

A rede Municipal de Americana, conta com dez Unidades Escolares, sendo

elas, três Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEF), um Centro de

Atendimento Integral à Criança (CAIC) e seis Centros Integrados de Educação

Pública (CIEP).

A rede municipal iniciou o processo de inclusão em meados da década de

1990, primeiramente a partir da Educação Infantil, através dos educadores das

unidades, e em alguns casos, em instituições especializadas, simultaneamente.

A partir de 2006, a SEDUC celebrou contratos com a Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (APAE) e com o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC),

com o intuito de atender às crianças e receber apoio técnico e formação dos

profissionais da rede municipal.

O Currículo – Proposta de Reforma e Reestruturação do Ensino

Fundamental da Secretaria de Educação de Americana (SEDUC) do ano de 2004

prevê e normatiza a Inclusão de alunos com NEE na rede regular de ensino.

Page 38: A Informática na educação especial final

37

O processo de inclusão é fundamentado com o objetivo de oferecer à

pessoa com NEE condições adequadas para o desenvolvimento do seu potencial,

proporcionando a sua inclusão no meio social.

Para isso, foram oferecidas adaptações curriculares frente às dificuldades de

aprendizagem dos alunos, ou seja, um currículo dinâmico, alterável e passível de

ampliação para atendimento integral a todos os educandos.

As Unidades Escolares contam com a Sala de Apoio e Intervenção

Pedagógica (SAIP), onde um professor especializado em educação especial

encontra um ambiente apropriado para o desenvolvimento do atendimento

individualizado em paralelo com o da sala de aula. Neste contexto, o contato do

aluno com o computador e suas aplicações específicas, acelera o processo de

assimilação do conteúdo.

Os laboratórios de informática contam com computadores, entre quinze e

vinte máquinas, todas com acesso à Internet, monitoradas pelos estagiários de

informática, que dão o suporte técnico e prezam pela manutenção e organização

das salas. Nesse caso, a integração com a classe possibilita trabalhar a socialização

e o trabalho cooperativo.

5.2.2 Alunos da Universidade Federal de João Pessoa (UFPB) na APAE

Desde 2002, com a doação de um laboratório de informática, através do

Programa Informática na Educação Especial (PROINESP) o projeto de informática

aplicada à educação especial foi implantado na APAE de João Pessoa, com a ajuda

de professores e alunos voluntários da UFPB.

O PROINESP está ligado à Secretaria de Educação Especial (SEESP) do

Ministério de Educação e consiste na implantação de laboratórios de informática em

instituições de educação especial e formação de professores para a aplicação

desses recursos.

O projeto espera que os alunos da APAE a se apropriem do conhecimento

com maior facilidade, contribuindo para a qualidade de vida, independência e

inclusão. Proporcionar ao aluno com necessidades especiais o acesso às novas

tecnologias, habilitando-o ao uso do computador para que tenha acesso às

Page 39: A Informática na educação especial final

38

informações do mundo, o que possibilita a sua inclusão em todos os setores da

sociedade, ou seja, reafirmando sua cidadania.

Os responsáveis pelo projeto esperam ainda que desperte no aluno

universitário, o interesse e o respeito pelas pessoas com NEE.

Atualmente, o laboratório conta com diversas tecnologias assistivas como o

teclado especial que funciona de acordo com a atividade desenvolvida, o teclado de

colméia que evita que se pressione a tecla errada, como também um acionador que

faz a função do clique do mouse, permitindo adequações necessárias para o melhor

aproveitamento das capacidades dos usuários.

Ao utilizar o computador, o educando tem a possibilidade de realizar

atividades lúdicas como jogos com bastantes sons e imagens de acordo com as

suas necessidades, visando a estimulação auditiva, a comunicação, a interatividade

e a interdisciplinaridade, constituindo assim, um instrumento cognitivo para os

alunos e um meio privilegiado de mediação no processo de ensino para professor.

5.2.3 Dedos dos pés

O site Dedos dos Pés, do pernambucano Vicente Ronaldo Correia Junior, foi

criado em 1997 e é um relato vivo de como a tecnologia pode ajudar no

desenvolvimento de uma pessoa com necessidade especial. Devido à paralisia

cerebral, resultado de um acidente no parto, Vicente enfrentava diversos problemas

comunicacionais e motores. A paralisia dos membros superiores não é empecilho

para as mais diversas tarefas.

Aprendeu a digitar com os pés e desde então, com a internet ele conversa

com os amigos e acessa serviços bancários. "Na Internet sou valorizado pela

inteligência, pelo humor, pelo bom papo", afirma. "Nela, ninguém nunca me achou

com cara de deficiente mental, que é o preconceito que mais sofro". Como ele

mesmo relata, teve acesso apenas até a sexta série do Ensino Fundamental, mas

ainda assim é capaz de discursar sobre variados temas, como ciência, economia,

além da superação das dificuldades do dia-a-dia.

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CONCLUSÃO

A Educação especial sempre causa um impacto muito grande, aos

professores, em sua primeira experiência. O ser humano se assusta com o novo,

com o diferente. A partir do momento em que se chega mais próximo, consegue-se

entender que os problemas são causados pela concepção errônea dos defeitos. Os

desafios existem, mas não são muito mais complicados do que aqueles enfrentados

pelas pessoas denominadas normais. A beleza da natureza humana sempre existe,

apesar das limitações.

Esse é o fator apaixonante da educação como um todo. Apesar dos

percalços, o aluno ultrapassa as barreiras e desenvolve o seu conhecimento de

forma natural, deixando as dificuldades para trás como se elas nunca tivessem

acontecido.

Ainda se tem um caminho enorme a ser trilhado nesse sentido. As políticas

públicas estão se desenvolvendo, talvez não no ritmo que se queira, mas ainda

assim, estão evoluindo, chegando a uma visão mais humana da educação.

Mas ela não depende apenas das iniciativas dos governos. É preciso uma

mobilização popular para o entendimento das pessoas com NEE, quebra de

paradigmas e preconceitos para que a sociedade perceba que, além dos direitos, ela

tem responsabilidades com a igualdade.

Aos educadores, a solução para a educação é mais educação, e exigir a

formação continuada para o desenvolvimento profissional e pessoal. E mais, a auto

formação, ou seja, a busca por conta própria aos novos métodos de educar e de

aprender, pois como já dito, o ser humano é um ser em constante evolução.

A tecnologia não pode ser encarada como a solução de todos os problemas

da educação. É mais uma ferramenta que auxilia no processo de ensino-

aprendizagem. Jamais virá um dia a substituir o professor dentro da sala de aula,

pois ainda que façam maravilhas, depende de alguém que dê as instruções.

Este trabalho não chega a uma verdade absoluta, pois há muito que se

discutir e descobrir sobre esse tema. As soluções apresentadas, por mais válidas e

embasadas que estejam, não preenchem satisfatoriamente as necessidades

apresentadas.

Page 41: A Informática na educação especial final

40

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