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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS –GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE A INFORMÁTICA E A AÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO Monografia apresentada à Universidade Cândido Mendes, como parte dos requisitos para obtenção do título de Pós Graduação em Tecnologia Educacional. EDUARDO PEIXOTO ARAÚJO Orientador: PROFESSORA CARLY MACHADO RIO DE JANEIRO 2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS –GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

A INFORMÁTICA E A AÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO

Monografia apresentada à Universidade Cândido Mendes, como

parte dos requisitos para obtenção do título de Pós Graduação em

Tecnologia Educacional.

EDUARDO PEIXOTO ARAÚJO

Orientador: PROFESSORA CARLY MACHADO

RIO DE JANEIRO

2004

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a Professora Carly Machado pela atenção com

que me orientou.

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS –GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

A INFORMÁTICA E A AÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO

EDUARDO PEIXOTO ARAÚJO

Orientador: PROFESSORA CARLY MACHADO

RIO DE JANEIRO

2004

SUMÁRIO

Agradecimento................................................................................. Apresentação ............................................................................................................4 Introdução ................................................................................................................5 I . A informática está em todo lugar........................................................................9 I.1. Evolução tecnológica e ensino através do computador ...................................12 I.2. A história do computador na educação............................................................15 II. Programas educacionais para computador ......................................................16 II.1. A resistência ao fator tecnológico ..................................................................19 III. As visões céticas e otimistas da informática na educação ...............................21 Parte I – A visão cética.............................................................................22 Parte II – A visão otimista........................................................................24 IV. O computador na educação.............................................................................26 IV.1. Formação de profissionais na área de informática na educação ..................28 IV.2. Utilização da Internet é ou não é pesquisar ?...............................................30 V. Navegar é preciso saber voltar também ...........................................................32 V.1. Atividades envolvidas em uma pesquisa na Internet .....................................33 Conclusão...............................................................................................................34 Bibliografia ............................................................................................................37

AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar a Deus, pois, “Ele é o meu Refúgio e a minha

Fortaleza”. À minha esposa que muitas vezes sacrificou horários de convívio em

família para que eu chegasse até aqui. À minha filha que ao me ver no computador

ou me arrumando para sair para a Universidade conservava-se em silêncio, como se

já soubesse da importância de um Curso de Especialização. A todos os "amigos" do

Colégio João Paulo I, em especial aos alunos que, desde a minha chegada me

receberam da melhor maneira passível.

APRESENTAÇÃO

A informatização dos mais variados e abrangentes processos, produtos e

serviços é um fenômeno global, irreversível e essencial. Este processo tem

inúmeras e incríveis vantagens.

Entretanto, há nesta matéria o outro lado. Nem sempre esses efeitos são

benéficos, tampouco genéricos ou similares, entre os usuários de tais tecnologias.

E nem sempre esses efeitos apresentam-se nas mesmas pessoas que usufruíram

tais facilidades.

Este trabalho aborda as questões acerca do assunto acima delineado,

suas cargas positivas e negativas, seus pesos e medidas, suas importâncias nesses

tempos.

Este trabalho tem por tema principal a dificuldade de adaptação à

utilização da informática por parte de uma grande parcela da população em

geral, em todos os seus níveis e segmentos.

Com alto nível (e grau) de informatização de muitos processos, produtos

e serviços atuais, somando-se à falta de continuidade desses mesmos processos ,

produtos e serviços em suas formas originais e não informatizadas, torna-se

necessário um debate conciso e estruturado sobre tal tema.

INTRODUÇÃO

A informatização como ferramenta é um fenômeno global, irreversível e

essencial para que se continue a desenvolver tarefas de acordo com a

capacidade humana. Este processo tem inúmeras e incríveis vantagens.

Entretanto, há o outro lado, que muitas vezes é desprezado ou tem sua

importância minimizada por entusiastas ou fabricantes. Nem sempre esses

efeitos são benéficos, tampouco genéricos ou similares entre o usuários de tais

tecnologia. E nem sempre esses efeitos apresentam-se nas mesmas pessoas que

usufruíram tais facilidades.

Além de tal aspecto, há outro que deve ser levado em conta. Apesar de a

maioria das novidades tecnológicas considerarem as pessoas como um usuário

de perfil único, ninguém é, em certo aspecto, igual ao outro . Isso faz com que a

maioria das pessoas tenham que adaptar-se, e não o inverso.

Esse processo de adaptação ocorre nos mais diversos níveis e setores, mas

existem muitas técnicas e ajustes (de pequenas proporções, inclusive) que,

implantadas e oferecidas aos usuários, facilitariam muito e diminuiriam o

impacto negativo que tais mudanças causam.

Ainda há de se pensar no outro lado da questão, o da educação dos

usuários. A tecnologia em tal nível é algo relativamente novo, e a complexidade

atual foi conseguida em um espaço de tempo absolutamente pequeno, se

comparado ao tempo que outras épocas dispunham para que houvesse uma

evolução significativa.

Este trabalho aborda, principalmente, as questões levantadas acima, suas

cargas positivas e negativas, seus pesos e medidas, sua importância nesse tema.

Não se procurou uma tecnologia que fizesse as vezes de alvo fixo, nem uma

escola ou parcela da população propriamente dita, mas alguns exemplos de

simples entendimento e assimilação.

Com o desenvolvimento de tal tema, espera-se demonstrar que a

informatização de muitos processos, em escolas é inevitável, inovadora, importante e

saudável, mas para que esses desejos se concretizem em algo real, é necessário que

essa informatização toda seja feita de forma que ela possa ser adaptada às pessoas em

um maior grau possível .

Da mesma forma, espera-se demonstrar que é necessário que todas as pessoas

candidatas a usuários de tais sistemas tenham uma educação correta e um contato

com tais tecnologias dirigidas e acompanhadas para que as dificuldades em ambos os

lados se minimizem, criando assim algo que pode realmente ser útil com um mínimo

possível de impactos negativos.

Com tal importância, é fácil supor que esse assunto já foi abordado diversas

vezes, e em diversos níveis. Isso não deixa de ser verdade, mas é importante salientar

que, assim como esse segmento de tecnologia muda constantemente, os pontos a

serem discutidos também mudam, e se não mudam completamente, certamente

evoluem. Portanto, torna-se indispensável uma discussão cada vez mais ampla e nova

sobre esta abordagem. A proposta desse trabalho é renovar essa discussão,

apresentando visões e idéias de forma a encorpar a densidade deste assunto.

Não existem estudos verdadeiramente densos sobre este assunto em

específico. A maioria dos estudos são pequenos e, não raramente, desprovidos de um

respaldo profissional e acadêmico. Há uma carência de trabalhos sérios sobre tal

assunto, o que torna as conclusões mais indutivas do que dedutivas.

Primeiramente, será abordada a importância da informatização nos processos,

produtos e serviços que tem sido alvo dessa mudança tecnológica, e todos os pontos

benéficos de tal evolução. Não se tratará de nenhum item em específico, mas da

informatização em geral, apesar de alguns exemplos específicos serem citados e

acompanhados.

Após essa abordagem, será desenvolvido um capítulo sobre os pontos

positivos que essa informatização gera nas pessoas que necessitam utilizar tais

processos, produtos e serviços. Os impactos negativos serão analisados, em alguns

casos, procurando elucidar os principais problemas em tal informatização.

O terceiro capítulo tratará dos tipos da utilização da tecnologia. Serão tratadas

as vantagens e dificuldades da utilização de cada tipo de tecnologia, assim como

suas diferenças e foco de mercado.

O quarto capítulo falará sobre o nível atual de preocupação em relação às

tecnologias empregadas e suas informatizações, por parte dos docentes e escolas.

Também será abordada a necessidade de aplicação em níveis de informatização, e de

outros ítens relevantes para a nivelação de informatização.

As metodologias empregadas para obtenção de material suficiente para o

desenvolvimento deste trabalho englobarão, como pesquisa bibliográfica, a consulta

em livros, revistas, jornais e páginas da Internet, especializadas ou não nesse assunto.

. O autor desse trabalho espera elucidar muitas questões que ainda pairam

sobre esse assunto, tão novo quanto inexplorado, além de cooperar para uma maior

discussão. Espera, ainda, contribuir para que haja um crescimento de conteúdo em

quantidade e – principalmente - em qualidade, tanto dos objetos – fins da

informatização, quanto das abordagens deste assunto.

A informática tem, como ponto básico de origem, ser a resposta em relação a

necessidade que o ser humano tem de criar em instrumentos de trabalho que:

• Proporcione um prolongamento das suas capacidades de rapidez e

processamentos de informações.

• Reduza ou elimine a execução das tarefas repetitivas e que obedeçam

um padrão que pode ser transformado em algoritmo.

As áreas de influência da informática, hoje em dia, são tão vastas que pode-se

dizer que abrangem todas as atividades no comércio, indústria, serviços e áreas da

vida social, e mesmo no lazer.

Óbviamente, a informatização está mais presente nas áreas relacionadas ao

trabalho, por sua própria natureza e necessidade de otimização em todos os processos

na tentativa de maximizar os lucros empresariais e minimizar os custos.

É extremamente sabido e amplamente divulgado que, atualmente – e cada vez

mais - , todas as empresas e organizações necessitam de algo muito importante para

expandirem-se e continuarem atuantes e sólidas, algo vital e sem o qual não se

consegue manter uma organização competitiva e com qualidade: a informação.

Sem dispor de informações em suas mãos, os dirigentes de quaisquer

organizações não teriam base para a tomada de decisões baseadas em dados, e com a

informática na educação não é diferente, sem dispor de informação e sem investir em

treinamento e formação de docentes uma organização educacional estará fadada ao

insucesso, pois o treinamento e a formação desses profissionais é fator preponderante

para o bom funcionamento do tópico ensino-aprendizagem.

Para que uma organização tenha em suas mãos estes profissionais com

qualidade e coerência, entra nesse ponto uma ferramenta tida como a mais útil dos

últimos tempos, algo que – óbviamente, se bem implantado – faz com que essas

informações cheguem aos seus verdadeiros utilizadores e usuários:

multidisciplinaridade. Tendo-se os processos ( bem ) informatizados, sendo essa

informatização bem assimilada pelos usuários e reais geradores das bases de dados

para o cruzamento de informações, a geração de resultados torna-se algo simples e

confiável.

Mas a informatização não atua somente nessa área, disponibilizando este tipo

de informação. Ela também está presente em muitas outras áreas, tornando-se hoje

algo naturalmente implantado no cotidiano de muitas pessoas. Basicamente, pode-se

dizer que a informatização pode estar presente em todos os tipos de fabricação de

processos, produtos e serviços que, em curso de fabricação e utilização, possam

precisar de alguma base de informações ( de qualidade e com coerência ) para que

seja concluído.

CAPÍTULO I – A INFORMÁTICA ESTÁ EM TODO LUGAR

Exemplos simples e diretos de produtos informatizados são televisores que

hoje estão presentes em praticamente todos os lares, excetuando-se algumas famílias

de menor renda. Com a tecnologia disponível para estes tipos de eletrodomésticos, é

possível, sem sair do lugar, controlar todas as funções de tais aparelhos. Isso é muito

útil, por exemplo, para pessoas que tem dificuldade de se locomover. Bancos

automáticos disponibilizam automaticamente, vinte e quatro horas por dia, através de

saques automáticos. A manipulação de bens e valores financeiros foi infinitamente

melhorada e simplificada com a utilização da informática.

"Se trabalhar corretamente com as informações, a empresa caminhará para a

excelência administrativa, mesmo significando isto que ela irá buscar constantemente

a melhoria (...). As empresas (...) passarão cada vez mais a absorver a computação, as

telecomunicações e, com elas, todas as tecnologias multiplicadas e apropriadas

para o atendimento de seus resultados. No caso da informática, teremos cada vez

maior dependência, porém com uma série de pontos em estágios diferentes dos

atuais. Os grandes computadores servirão como centralizadores de informações."

(MAÑAS, Antônio Vico, 1994, p. 2-3).

Em "Repensando as Organizações de Informática", Silva (1994, p.1) é mais

direto, mas não menos eficiente em tentar explicar a importância da tecnologia:

"A tecnologia da informação é hoje um insumo básico de grande importância

para a quase totalidade de empresas que operam num mercado dinâmico, instável e

cada vez mais globalizado."

Muitos depoimentos podem ser tomados e disponibilizados, para que se tenha

uma noção correta da importância que a informática e seus usos trouxeram para

muitas pessoas. A seguir, é descrito um depoimento:

" Tinha cerca de 19 anos, milhões de sonhos e muitos projetos na cabeça.

Um deles era seguir a carreira musical, como instrumentista, e compor músicas que

fizessem as pessoas refletirem sobre as desigualdades sociais. Comecei trabalhando

como estagiário no estúdio Lua Nova, especializado em jingles e trilhas sonoras

para publicidade, e, assim, fui melhorando meus conhecimentos musicais.

Tudo ia muito bem, conforme o planejado, até que fui vítima de uma artrite

reumatóide, doença que atinge nervos e articulações, prejudicando uma série de

movimentos do corpo e das mãos - problema extremamente grave para um músico

instrumental. embora a doença tenha se manifestado de forma branda, fiquei

completamente desnorteado, sem saber o que fazer - ainda mais quando descobri

que ela pode ser controlada, mas nunca eliminada. Para não perder o contato com a

música, minha grande paixão, tornei-me assistente e, depois, engenheiro de som.

Não era bem o que eu queria, mas. pelo menos, estava trabalhando com música. O

ano era 1989 e começavam a surgir no mercado computadores específicos para

música, que tornavam viáveis coisas que, até então, não se podia imaginar ...

Permitiam, por exemplo, tocar um piano muito devagar ( com velocidade bem

inferior à normal ) e só depois, acelerar o ritmo e colocá-lo na velocidade original.

Também permitiam que se executasse um pequeno trecho musical, parasse a

gravação e recomeçasse daquele pedaço, tocando fragmento por fragmento até

completar a música, além de inúmeros exemplos.

Fui aprendendo a mexer com esses computadores, de modo a realizar a

música que, agora, só existia em minha cabeça - e não mais em minhas mãos. Com a

chegada de novos computadores desse tipo, acabei por me aprofundar no assunto,

fascinado e ainda sem ter consciência da dimensão exata da importância dessa nova

tecnologia. Hoje, nove anos depois do início dessa história, tornei-me produtor

musical. Com ajuda da informática, estou conseguindo realizar muito daquele sonho

antigo.

Graças a toda essa tecnologia, pude gravar meu primeiro disco. O cd foi

feito da forma que imaginei e, por essas e outras razões, devo reconhecer que para

mim, e para muita gente, é inconcebível imaginar a vida sem essa máquina chamada

computador."

( Forni, Fernando, 1998).

Óbvia e claramente, este é um simples e pequeno exemplo, mas que mostra

de maneira única as vantagens que a informatização traz para muitas pessoas.

Funções que tinham uma forma de feitio extremamente complexo, específico e

lento, hoje podem ser realizadas com uma facilidade muito maior.

É o caso, exemplificando, dos programas que calculam todos os dados

necessários para o planejamento de grandes estruturas de aviões, navios, prédios e

conjuntos de edifícios gigantescos. Sem a informática, nada disso seria viável e

possível. Com todos estes dados e informações, torna-se desnecessário questionar a

importância da informatização dos processos, produtos e serviços que permitam que

haja uma informatização de si mesmos. Sua importância é grandiosa, mesmo que em

alguns casos ela seja específica e limitada a uma pequena parcela da população, por

variados motivos ( discutidos adiante ). A informatização deveria ser sempre

encarada como um ponto positivo na vida das pessoas, sendo considerada como um

processo normal ocorrido para que haja a modernização dos processos, produtos e

serviços associados a essa evolução. Entretanto, um grande desvio entre a teoria e a

prática ocorre no comportamento das pessoas quando submetidas a utilização desta

informatização. Este desvio é um processo decorrente da natureza do ser humano

que, com muita facilidade, acomoda-se e cria obstáculos variados para os processos

de aprendizagem, reciclagem e atualização.

I.1 - A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E ENSINO

ATRAVÉS DO COMPUTADOR

A evolução tecnológica e a informatização dos processos e metodologias

educacionais, ocorre de uma forma teoricamente heterogênea e com alterações tão

rápidas que o próprio se humano não consegue acompanhá-las da forma como é

muitas vezes considerado o ideal para o aproveitamento máximo desta

informatização. Um exemplo disso poderia ser o processo da telefonia celular no

Brasil, onde no início as pessoas criavam obstáculos para adquirir esta nova

tecnologia, acreditavam que o telefone celular era algo dispensável e, muitas vezes,

tido apenas como símbolo de status, altamente custoso e sem benefícios visíveis.

Atualmente, a comunicação por telefonia celular faz parte da vida da maioria das

pessoas entre a juventude e o início da terceira idade, e transformou-se em uma

necessidade de comunicação para muitos usuários de tal serviço. Este mesmo

processo - muitas vezes doloroso e traumático - ocorre nas organizações e na vida

das pessoas que não estão abertas a mudanças.

E como tal, as escolas oferecem cursos de computação onde os alunos,

trabalhando em duplas, têm acesso ao computador somente uma hora por semana,

quando muito. Certamente esse não é o enfoque da informática educativa e,

portanto, não é a maneira como o computador é usado no ambiente de aprendizagem

discutido ao longo desse projeto.

O ensino pelo computador implica que o aluno, através da máquina, possa

adquirir conceitos sobre praticamente qualquer domínio. Entretanto, a abordagem

pedagógica de como isso acontece é bastante variada, oscilando entre dois pólos,

como mostra a figura abaixo:

ENSINO-APRENDIZAGEM

ATRAVÉS DO COMPUTADOR

Direção do ensino Direção do Ensino

Computador Computador

Software Software

Aluno Aluno

Esses pólos são caracterizados pelos mesmos ingredientes: computador

( hardware ), o software ( programa de computador que permite a interação homem-

computador ) e o aluno. Porém, o que estabelece a polaridade é a maneira como esses

ingredientes são usados. Num lado, o computador, através do software, ensina o

aluno. Enquanto no outro, o aluno, através do software, "ensina" o computador.

Quando o computador ensina o aluno ele assume o papel de máquina de

ensinar e a abordagem passa a ser educacional, é a instrução auxiliada por

computador. Essa abordagem tem suas raízes nos métodos de instrução programada

tradicionais porém, ao invés do papel ou do livro, é usado o computador ( o maior

exemplo dessa abordagem é a pesquisa feita via Internet ) . Os software que

implementam essa abordagem podem ser divididos em duas categorias: tutoriais e

exercício-e-prática

( "drill-and-practice"). Um outro tipo de software que ensina é dos jogos

educacionais e a simulação. Nesse caso, a pedagogia utilizada é a exploração

autodirigida ao invés da instrução explícita e direta.

No outro pólo, para aprendiz "ensinar" o computador o software é uma

linguagem computacional tipo delphi, visual basic ou, uma linguagem para criação

de banco de dados do tipo de Access ; ou mesmo, um processador de texto, que

permite ao aprendiz representar suas idéias segundo esses software. Nesse caso o

computador pode ser visto como uma ferramenta que permite ao aprendiz resolver

problemas ou realizar tarefas como desenhar, escrever, comunicar-se, etc.. .

Neste parágrafo vai ser apresentada uma breve descrição de cada um dos

diferentes tipos de software e as novas tendências do uso da informática na educação

tendo em vista a experiência e os atuais avanços computacionais. Entretanto, antes de

passarmos à descrição de cada uma dessas modalidades de uso computacional, é

importante mencionar que existem outras maneiras de classificar os software

educativos. Por exemplo, Taylor ( 1980 ) classifica os software usados na educação

em tutor ( o software que instrui o aluno ), tutorado ( software que permite o aluno

instruir o computador ) e ferramenta ( software com o qual o aluno manipula a

informação ) . Assim, o tutor eqüivale aos programas do polo onde o computador

ensina o aluno. Os software do tipo tutorado e ferramenta eqüivalem aos programas

onde o aluno "ensina" o computador. Já outros autores preferem classificar os

software educativos de acordo com a maneira como o conhecimento é manipulado:

geração de conhecimento, disseminação de conhecimento e gerenciamento da

informação ( knezek, Rachlin e Scannell, 1988) .

I.2 – A HISTÓRIA DO COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO

A introdução do computador na educação tem provocado uma verdadeira

revolução na nossa concepção de ensino e de aprendizagem. Primeiro, os

computadores podem ser usados para ensinar. A quantidade de programas

educacionais e as diferentes modalidades de uso do computador mostram que esta

tecnologia pode ser bastante útil no processo de ensino-aprendizado. Segundo, a

análise desses programas mostra que no primeiro momento, eles podem ser

caracterizados como simplesmente uma versão computadorizado dos atuais métodos

de ensino. A história do desenvolvimento do software educacional mostra que os

primeiros programas nesta área são versões computadorizadas do que acontece na

sala de aula. Entretanto, isto é um processo normal que acontece com a introdução de

qualquer tecnologia na sociedade. Aconteceu com o carro, por exemplo.

Inicialmente, o carro foi desenvolvido a partir das carroças substituindo o cavalo pelo

motor a combustão. Hoje, o carro constitui uma indústria própria e as carroças ainda

estão por aí. Com a introdução do computador na educação a história não tem sido

diferente. Inicialmente, ele tenta imitar a atividade que acontece na sala de aula e a

medida que este uso se dissemina outras modalidades de uso do computador vão se

desenvolvendo.

O ensino através da informática tem suas raízes no ensino através das

máquinas. Esta idéia foi usada por Dr. Sidey Presscey em 1924 que inventou uma

máquina para corrigir testes de múltipla escolha. Isso foi posteriormente elaborado

por B.F. Skinner que no início de 1950, como professor de Harvard, propôs uma

máquina para ensinar usando o conceito de instrução programada.

CAPÍTULO II – PROGRAMAS EDUCACIONAIS PARA

COMPUTADOR

A instrução programada consiste em dividir o material a ser ensinado em

pequenos segmentos logicamente encadeados e denominados módulos. De acordo

com a proposta de Skinner, a instrução programada era apresentada na forma

impressa e foi muito usada durante o final de 1950 e início dos anos 60. Entretanto,

esta idéia nunca se tornou muito popular pelo fato de ser muito difícil a produção do

material instrucional e os materiais existentes não possuem nenhuma padronização,

dificultando a sua disseminação. Com o advento do computador, notou-se que os

módulos do material instrucional poderiam ser apresentados pelo computador com

grande facilidade e flexibilidade. Assim, durante o início dos anos 60 diversos

programas de instrução programada foram implementados no computador - nascia a

instrução auxiliada por computador ou "computer - aided instruction", também

conhecida como CAI. Na versão brasileira estes programas são conhecidos como

PEC ( programas educacionais para computador ). Durante os anos 60 houve um

grande investimento por parte do governo americano na produção de CAI. Diversas

empresas de computadores como IBM, RCA e Digital investiram na produção de

CAI para serem comercializados. A idéia era revolucionar a educação. Entretanto, os

computadores ainda eram muito caros para serem adquiridos pelas escolas. Somente

as universidades poderiam elaborar e disseminar este recurso educacional. Assim, em

1963 a Universidade de Stanford na Califórnia, através do Institute for Mathematical

Studies in the Social Sciences, desenvolveu diversos cursos como matemática e

leitura para alunos do 1º grau ( Suppes, 1972 ). Posteriormente, diversos cursos da

Universidade de Stanford foram ministrados através do computador. No início de

1970 a Control Data Corporation, uma fábrica de computadores, e a Universidade de

Illinois desenvolveram o PLATO. Este sistema foi implementado em um

computador de grande porte usando terminais sensitivos a toque de vídeo com alta

capacidade gráfica. Na sua última versão, o PLATO IV dispunha de 950 terminais,

localizados em 140 locais diferentes e com cerca de 8000 horas de material

instrucional, produzido por cerca de 3000 autores

( Alpert, 1975 ). É sem dúvida o CAI mais conhecido e o mais bem sucedido. A

disseminação do CAI nas escolas somente aconteceu com os microcomputadores.

Isto permitiu uma enorme produção de cursos e uma diversificação de tipos

de CAI , como tutoriais, programas de demonstração, exercício e prática, avaliação

do aprendizado, jogos educacionais e simulação. Além da diversidade de CAIs a

idéia de ensino pelo computador permitiu a elaboração de outras abordagens, onde o

computador é usado como ferramenta no auxílio de resolução de problemas, na

produção de textos, manipulação de banco de dados e controle de processos em

tempo real. de acordo com estudos feitos pelo "The Education Products Information

Exchange ( EPIE ) Institute" uma organização do "Teachers College", Columbia ,

E.U.A. , foram identificados em 1983 mais de 7.000 pacotes de software

educacionais no mercado, sendo que 125 eram implementados a cada mês.

Eles cobriam principalmente as áreas de matemática, ciências, leitura, artes e

estudos sociais. Dos 7.325 programas educacionais mencionados no relatório da

Office of Technology Assestment ( OTA ) 66% são do tipo exercício-e-prática, 33 %

são tutoriais, 19 % são jogos, 9% são simulações e 11 % são do tipo ferramenta

educacional ( um programa pode usar mais do que uma abordagem educacional ). É

bom lembrar que esta produção maciça de software aconteceu durante somente os

três primeiros anos após a comercialização dos microcomputadores. Hoje é

praticamente impossível identificar o número exato de software educacionais

produzidos e comercializados. Entretanto, as novas modalidades de uso do

computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não

como "máquina de ensinar" mas, como uma nova mídia educacional: o computador

passa a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação, de

aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino. Isto tem acontecido

pela própria mudança na nossa condição de vida e pelo fato de a natureza do

conhecimento ter mudado. Hoje, nós vivemos num mundo dominado pela

informação e por processos que ocorrem de maneira muito rápida e imperceptível.

Os fatos e alguns processos específicos que a escola ensina rapidamente se tornam

obsoletos e inúteis. Portanto, ao invés de memorizar informações, os estudantes

devem ser ensinados a buscar e a usar a informação. Estas mudanças podem ser

introduzidas com a presença do computador que deve propiciar as condições para os

estudantes exercitarem a capacidade de procurar e selecionar informação, resolver

problemas e aprender independentemente.

A mudança da função do computador como meio educacional acontece

juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A

verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar mas sim a de

criar condições de aprendizagem. Isto significa que o professor deve deixar de ser o

repassador do conhecimento - o computador pode fazer isto e faz muito mais

eficientemente do que o professor - e passar a ser o criador de ambientes de

aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.

As novas tendências de uso do computador na educação mostram que ele pode ser

um importante aliado neste processo que estamos começando a entender.

Entretanto, é importante lembrar que estas diferentes modalidades de uso do

computador na educação vão continuar coexistindo. Não se trata de uma substituir a

outra, como não aconteceu com a introdução de outras tantas tecnologias na nossa

sociedade. O importante é compreender que cada uma destas modalidades apresenta

características próprias, vantagens e desvantagens. Estas características devem ser

explicitadas e discutidas de modo que as diferentes modalidades possam ser usadas

nas situações de ensino-aprendizado que mais se adequam. Além disto, a diversidade

de modalidades, propiciará um maior número de opções e estas opções certamente

atenderão um maior número de usuários.

II.1 – A RESISTÊNCIA AO FATOR TECNOLÓGICO

Hoje, o que dispomos nas escolas é um determinado método sendo

priorizado e generalizado para todos os aprendizes. Alguns alunos se adaptam muito

bem ao método em uso e acabam vencendo. Outros, não sobrevivem ao massacre e

acabam abandonando a escola. São estes que poderão beneficiar-se destas novas

concepções de ensino e de aprendizagem.

O computador está provocando uma verdadeira mudança no processo ensino-

aprendizagem. Uma das razões dessa revolução é o fato de ele ser capaz de ensinar.

Entretanto, o que transparece, é que a entrada dos computadores na educação tem

criado mais controvérsias e confusões ao que auxiliado a resolução dos problemas da

educação. Por exemplo, o advento do computador na escola provocou o

questionamento dos métodos e da prática educacional. Também provocou

insegurança em alguns professores menos informados que receiam e refutam o uso

do computador na sala de aula. Entre outras coisas, estes professores pensam que

serão substituídos pela máquina. Além disso, o custo financeiro para implantar e

manter laboratórios de informática exige que os administradores adicionem alguma

verba ao já minguado orçamento da escola. Finalmente, os pais exigem o uso do

computador na escola, já que seus filhos, os futuros membros da sociedade do século

21, devem estar familiarizados com essa tecnologia. Tendo em mente esse panorama,

talvez um pouco exagerado mas, não impossível, as perguntas mais comuns e

naturais que se faz são: que benefícios serão conseguidos com a introdução do

computador na educação ? ou, por quê usar o computador na educação ? Existe

realmente algum benefício auferido ou é uma questão de modismo?

A posição defendida neste projeto é a de que o computador pode provocar

uma mudança de paradigma pedagógico. Como foi discutido anteriormente, existem

diferentes maneiras de usar o computador na educação. Uma maneira é

informatizando os métodos tradicionais de instrução. Do ponto de vista pedagógico,

esse seria o paradigma instrucionista. No entanto, o computador pode enriquecer

ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse

ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento. Nesse caso, o conhecimento

não é passado para o aluno.

O aluno não é mais instruído, ensinado, mas é o construtor do seu próprio

conhecimento. Esse é o paradigma construcionista onde a ênfase está na

aprendizagem ao invés de estar no ensino; na construção do conhecimento e não na

instrução.

Entretanto, a questão ainda é: como e por quê o computador pode provocar a

mudança do instrucionismo para construcionismo ? Será que o computador não está

sendo usado como uma grande panacéia educacional, como tantas outras soluções já

adotadas? E tudo não continuou exatamente como era? Quantas vezes essa mudança

pedagógica já não foi proposta?

CAPÍTULO III - AS VISÕES CÉTICAS E OTIMISTAS DA

INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO

A introdução de uma nova tecnologia na sociedade provoca, naturalmente,

uma das três posições: ceticismo, indiferença ou otimismo. A posição dos

indiferentes é realmente de desinteresse ou apatia: eles aguardam a tendência que o

curso da tecnologia pode tornar e aí, então, se definem. Já, as visões céticas e

otimistas, são mais interessantes para serem discutidas. Elas nos permitem assumir

uma posição mais crítica com relação aos novos avanços tecnológicos. São essas

duas visões que serão discutidas a seguir.

PARTE I - A VISÃO CÉTICA

Os argumentos dos céticos assumem diversas formas. Um argumento bastante

comum é a pobreza do nosso sistema educacional: a escola não tem carteiras, não

tem giz, não tem merenda e o professor ganha uma miséria. Nessa pobreza, como

falar em computador?

De fato a escola e o sistema educacional não tem recebido a atenção que

merecem, não têm recebido recursos financeiros e se encontram paupérrimos. No

entanto, melhorar somente os aspectos físicos da escola não garante uma melhora no

aspecto educacional. Valorizar o salário do professor certamente contribui para uma

melhora do aspecto educacional, como já foi demonstrado com estudos realizados

pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (1993). Entretanto, essa valorização

salarial deve ser acompanhada de uma valorização da educação como um todo. Isso

significa que a escola deve dispor de todos os recursos existentes na sociedade. Caso

contrário a escola continuará obsoleta: a criança vive em um mundo que se prepara

para o século 21 e freqüenta uma escola do século 18 ( isso tanto a nível de

instalações físicas como de abordagem pedagógica). Segundo, a valorização salarial

não significa necessariamente, que haverá uma mudança de paradigma pedagógico.

Um outro argumento utilizado contra o uso do computador na educação é a

desumanização que essa máquina pode provocar na educação. Esse argumento tem

diversas vertentes. Uma delas é a possibilidade do professor ser substituído pelo

computador. Comisso se eliminaria o contato do aluno com o professor e, portanto, o

lado humano da educação. Esse receio é mais evidente quando se adota o paradigma

instrucionista. Nesse caso, tanto o professor quanto o computador podem exercer a

função de transmissores de fatos. Dependendo do professor, o computador pode

facilmente ser mais vantajoso. Assim, se o professor se colocar na posição de

somente passar informação para o aluno, ele certamente corre o risco de ser

substituído. E será. Existem aí vantagens econômicas que forçarão essa substituição.

Uma outra vertente desse argumento é o fato de a criança ter contato com uma

máquina racional, fria, e, portanto, desumana, propiciando comisso a formação de

indivíduos desumanos e robóticos. Os aficcionados dos vídeo-jogos colaboram para

que essa visão seja cada vez mais disseminada. No entanto., o que acontece hoje

como computador ou mesmo com o vídeo-jogo pode acontecer com outros artefatos

como televisão, música, etc.

Nesse caso, o problema em si não está no artefato, mas no estilo de vida e na

personalidade do usuário desses artefatos. Segundo, o computador na educação não

significa que o aluno vá usá-lo 10 ou 12 horas por dia.

Pensar que esse nível de exposição a algo considerado racional e frio,

produzirá um ser robótico e desumano é subestimar a capacidade do ser humano. É

atribuir ao ser humano a função de mero imitador da realidade que o cerca. Outros

argumentos usados pelos céticos estão ligados à dificuldade de adaptação da

administração escolar, dos professores e dos pais à uma abordagem educacional que

eles mesmo não vivenciaram.

Esse, certamente, é o maior desafio para a introdução do computador

na educação. Isso implica numa mudança de postura dos membros do sistema

educacional e na formação dos administradores e professores. Essas mudanças são

causadoras de fobias, incertezas e, portanto, de rejeição do desconhecido.

Vencer essas barreiras certamente não será fácil porém, se isso acontecer,

teremos benefícios tanto de ordem pessoal quanto de qualidade de trabalho

educacional. Caso contrário, a escola continuará no século 18.

PARTE II – A VISÃO OTIMISTA

Os entusiastas do uso do computador na educação apresentam outros

argumentos. Esses argumentos nem sempre são tão convincentes. O otimista é

gerado por razões pouco fundamentadas, correndo o risco de provocar uma grande

frustração, como já ocorreu com tantas outras soluções que foram propostas para a

educação. Sem entrar nos detalhes de cada um dos argumentos, os mais comuns

podem ser classificados como:

- Modismo: outros países ( estados e cidades ) ou outras escolas dispõem do

computador na educação, portanto, nós também devemos adotar essa solução.

- O computador fará parte de nossas vidas, portanto, a escola deve nos preparar para

lidarmos com essa tecnologia .Esse tipo de argumento tem provocado que muitas

escolas introduzam o computador como disciplina curricular. Comisso o aluno

adquire noções de computação: o que é um computador, como funciona, para que

serve, etc. No entanto, esse argumento é falcioso. Primeiro, computador na educação

não significa aprender sobre computador, mas sim através de computadores.

Segundo, existem muitos artefatos que fazem parte da nossa vida cuja habilidade de

manuseio não foi adquirida na escola, por exemplo, o telefone, o rádio, a televisão.

Somos capazes de manuseá-los muito bem e essa habilidade não foi adquirida na

escola através de cursos sobre esses equipamentos . Por que o computador merece

esse destaque dentre as tecnologias, a ponto de ser considerado objeto de estudo na

escola? Se ele fará parte da nossa vida, como já acontece, ele será simples,

descomplicado, de modo que o usaremos sem saber que estamos usando um

computador. Como ocorre com o telefone: usamos sem saber princípios de telefonia

ou como funciona o telefone. O interesse em estudar esses objetos tecnológicos na

escola deve ir além do simples fato de eles permearem a nossa vida.

- O computador é um meio didático: assim como temos o retroprojetor, o vídeo, etc,

devemos ter o computador. Nesse caso o computador é utilizado para demonstrar um

fenômeno ou um conceito, antes do fenômeno ou conceito ser passado para o aluno.

De fato, certas características do computador como capacidade de animação,

facilidade de simular fenômenos, contribuem para que ele seja facilmente usado na

condição de meio didático.

No entanto, isso pode ser caracterizado como uma sub-utilização do

computador se pensarmos nos recursos que ele oferece como ferramenta de

aprendizagem.

- Motivar e despertar a curiosidade do aluno. A escola do século 18 não consegue

competir com a realidade do início do século 21 para o qual o nosso aluno caminha.

É necessário tornar essa escola mais motivadora e interessante.

Entretanto, esse tipo de argumento é preocupante e revela o descompasso

pedagógico em que se encontra a escola atualmente. Primeiro, é assustador pensar

que necessitamos de algo como o computador para tornar a escola mais motivadora e

interessante. A escola deveria ser interessante não pelo fato de possuir um artefato

mas, pelo que acontece na escola em termos de aprendizado e desenvolvimento

intelectual, afetivo, cultural e social. Segundo, o computador como agente motivador

pressupõe que a escola, como um todo permaneça como ela é, que não haja mudança

de paradigma ou de postura do professor. Nesse caso, o computador mais parece um

animal de zoológico que deve ser visto, admirado, mas não tocado.

O computador entra na escola como meio didático ou objeto que o aluno

deve se familiarizar, mas sem alterar a ordem do que acontece em sala de aula. O

computador nunca é incorporado à prática pedagógica. Ele serve somente para tornar

um pouco mais interessante e :"moderno" o ambiente da escola do século 18.

- Desenvolver o raciocínio ou possibilitar situações de resolução de problemas. Essa

certamente é a razão mais nobre e irrefutável do uso do computador na educação.

Quem não quer promover o desenvolvimento do poder do pensamento do aluno? No

entanto, isso é fácil de ser falado e difícil de ser conseguido. Já foram propostas

outras soluções que prometiam esses resultados, e até hoje a escola contribui muito

pouco para o desenvolvimento do pensamento do aluno. Por exemplo, essa não é

uma das razões pelas quais ensinamos matemática na escola?

CAPÍTULO IV - O COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO

Como já foi descrito anteriormente, o computador pode ser usado na

educação como máquina de ensinar ou como ferramenta. O uso do computador como

máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais.

Do ponto de vista pedagógico esse é o paradigma instrucionista. Alguém implementa

no computador uma série de informações, que devem ser passadas ao aluno em

forma de um tutorial, exercício-e-prática ou jogo. Entretanto, é muito comum

encontrarmos essa abordagem sendo usada como uma abordagem construtivista, ou

seja, para propiciar a construção do conhecimento na "cabeça "do aluno. Como se

esses conhecimentos fossem tijolos que devem ser justapostos e sobrepostos na

construção de uma parede. Nesse caso, o computador tem a finalidade de facilitar a

construção dessa "parede"., fornecendo "tijolos" do tamanho mais adequado, em

pequenas doses e de acordo com a capacidade individual de cada aluno. Embora,

nesse caso o paradigma pedagógico ainda seja o instrucionista, esse uso do

computador tem sido caracterizado, erroneamente, como construtivsta, no sentido

piagetiano. Piaget observou que a criança constrói a noção de certos conceitos

porque ela interage com objetos do ambiente onde ela convive. Essa interação

propicia o desenvolvimento de esquemas mentais e, portanto, o aprendizado.

Entretanto, esse desenvolvimento é fruto do trabalho mental da criança e não de um

processo de ensino ou transmissão de informação, como se essa informação fosse um

"tijolo" que se agrega a outros contribuindo para a construção de uma noção maior.

Com o objetivo de se evitar essa noção errônea sobre o uso do computador

na educação, Papert denominou de construcionista a abordagem pela qual o aprendiz

constrói, através do computador, o seu próprio conhecimento.

Dentre os diferentes componentes que contribuem para o desenvolvimento de

atividades na área de informática em educação, a forma do profissional capaz de

mediar a interação aluno-computador tem sido um componente chave. Essa formação

tem recebido muita atenção por parte dos pesquisadores da área.

Diversas teses de mestrado e doutorado têm abordado esse tema; todos os

Centros de Informática Educativa ( CIEd ) têm programas de formação de

profissionais na área e as escolas que têm interesse em implantar a informática no

processo de ensino-aprendizagem dedicam parte do orçamento para a formação de

professores.

Isso porque, está ficando cada vez mais claro que sem esses profissionais

devidamente capacitados o potencial, tanto do aluno quanto do computador,

certamente, será sub-utilizado.

O objetivo desse capítulo foi o de responder às questões: por quê usar o

computador na educação e como ser mais efetivo do ponto de vista educacional. O

argumento para responder essas questões foi o de que o computador deve ser

utilizado como um catalisador de uma mudança do paradigma educacional. Um novo

paradigma que promove a aprendizagem ao invés do ensino, que coloca o controle

do processo de aprendizagem nas mãos do aprendiz, e que auxilia o professor a

entender que a educação não é somente a transferência de conhecimento, mas um

processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio

engajamento intelectual ou do aluno como um todo. O que está sendo proposto é uma

nova abordagem educacional que muda o paradigma pedagógico do instrucionismo

para o construcionismo.

O objetivo da introdução do computador na escola não deve ser o modismo

ou estar relacionado às inovações tecnológicas. Esse tipo de argumentação tem

levado a uma sub-utilização do potencial do computador que, além de

economicamente dispendiosa, traz poucos benefícios para o desenvolvimento

intelectual do aluno.

O computador para ser efetivo no processo de desenvolvimento da

capacidade de criar e pensar não pode ser inserido na educação como uma máquina

de ensinar. Essa seria a informatização do paradigma instrucionista. O computador

no paradigma construcionista deve ser usado como uma ferramenta que facilita a

descrição, a reflexão e a depuração de idéias. Isso é conseguido quando o

computador é usado na atividade de programação.

IV. 1 - FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE

INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO

Em geral, a capacitação de profissionais na área de informática em educação

tem sido realizada através de cursos de pós-graduação ( mestrado ou doutorado ) ou

cursos de sensibilização, extensão, aperfeiçoamento, e especialização ( SEXAE ).

Entretanto, o que tem acontecido é a imposição de uma estrutura de cursos já

existente à área de informática em educação. Por exemplo, os cursos de pós-

graduação não sofreram nenhuma re-estruturação para acomodar a informática em

educação. Entretanto, a informática em educação apresenta certas peculiaridades que

exigem alguma alteração nesta estrutura e, até mesmo, nas estruturas de cursos do

tipo SEXAE.

Mas, antes de iniciarmos esta discussão, é importante mencionar que

dependendo do paradigma utilizado em informática aplicada à educação,

instrucionista ou construcionista, o profissional terá um papel mais ou menos

relevante. Por exemplo, no paradigma instrucionista, o computador funciona mais

como um suporte do que acontece na sala de aula. O professor ensina um

determinado tópico e, em seguida, o computador pode entrar como suporte ou

complementação da atividade de sala de aula, reforçando o que foi visto ou

oferecendo condições de reforço de conteúdo atarvés de exercicío-e-prática, etc..

Nessa situação o professor não necessita ter uma formação profunda sobre

informática em educação. Basta ter conhecimentos sobre rendimentos de como o

computador funciona e conhecer o software que está usando. Para tanto o professor

necessita ser treinado no uso do computador como recurso de suporte ao ensino da

disciplina.

Já no paradigma construcionista, como foi mencionado anteriormente, o

mediador necessita ter conhecimento sobre a ferramenta computacional, conhecer

sobre processos de aprendizagem, ter uma visão dos fatores sociais e afetivos que

contribuem para a aprendizagem e conhecer como intervir através do método clínico

piagetiano e de ZPD de Vygotsky. Esse conhecimento não é adquirido através de um

treinamento. É necessário um processo de formação.

Segundo o paradigma construcionista, a presença do computador na

educação é tão fundamental que torna o processo de formação de profissionais na

área diferente do que acontece com outros cursos de formação. O construcionismo

coloca em xeque a postura do professor e requer mudanças profundas na sua postura.

Isso faz com que a formação desses professores, nessa nova abordagem

educacional, apresente certas peculiaridades que torna diferente da formação em

outras áreas.

IV. 2 – USAR INTERNET É OU NÃO É PESQUISAR?

A principal meta de uma rede de computadores é reunir as pessoas e dar

informações armazenadas nos computadores do mundo. Seus serviços servem tanto

para comunicação interpessoal, como no caso de correspondência eletrônica, quanto

para partilhar informações através de base de dados, catálogos online, programas,

documentos etc. No aspecto da comunicação, essa possibilidade de trocas é muito

importante, pois, através do intercâmbio de informações e conhecimentos,

indivíduos compartilham experiências e recursos.

Mas também do ponto de vista educacional há uma riqueza inquestionável no

uso da rede, e mesmo atividades que não tenham sido desenvolvidas com finalidade

educacional podem tornar-se atrativas e relevantes.

A rede de computadores pode ser utilizada em numerosas situações no campo

da educação: desde funções instrumentais, como remessa e recebimento de materiais

e troca de mensagens, até atividades educacionais baseadas em estratégias

específicas de educação a distância. Mas é preciso não esquecer que, no contexto

educacional, a informação deve ser estruturada em função dos interesses e objetivos

de uma comunidade de usuários específicos, que será, ao mesmo tempo, receptora e

fornecedora do conteúdo a ser trabalhado. Por isso um projeto educacional na rede,

além de fornecer o material a ser partilhado, deve criar espaços que estimulem o

usuário e encorajem o intercâmbio entre professores, alunos e técnicos.

Uma das mais efetivas aplicações da rede em escolas é na área de projetos de

cooperação, que podem ser desenvolvidos por alunos ou professores que agem como

mediadores junto ao grupo. Nesse tipo de aprendizado, o papel do professor não está

limitado a uma só pessoa que ensina enquanto as outras aprendem. Em geral, a

estratégia básica é aprender junto, e freqüentemente é dirigida para

desenvolvimento, em conjunto, de um produto facilmente intercambiável na rede (

base de dados, hipertextos, jornais, etc. ) . Esse sistema pode ser usado ainda como

objetivo de alternar a liderança entre os membros do grupo de aprendizagem.

Um projeto educacional baseado na rede pode envolver técnicos ou

especialistas de fora da escola. O aprendizado cooperativo, planejado para

desenvolvimento do grupo através de uma interação participativa, tem provado ser

uma das estratégias de maior sucesso na educação através da rede.

O segmento da educação aparentemente mais beneficiado pela rede é o

treinamento no próprio local de trabalho, onde os recursos da comunicação cumprem

um papel vital não só pela redução dos custos como também pela otimização e

acompanhamento do processo educativo. Mas é preciso fazer uma distinção: a

produção de conhecimento através da interação com a rede não implica

necessariamente o ato de ensinar a distância. O projeto se educação a distância não

pode ser confundido com a simples presença virtual do professor, como ocorre em

algumas situações de teleeducação ou vídeoconferência. A interatividade

desempenha um papel vital na aprendizagem e na troca de experiências.

CAPÍTULO V - NAVEGAR É PRECISO, SABER VOLTAR

TAMBÉM

Para podermos explorar as informações disponíveis na rede, é necessário

conhecermos os mecanismos de acesso à informação - como programas que

permitem ao computador conectar e interagir com as numerosas fontes de

informação - e as estratégias de pesquisa, além de sermos capazes de recuperar essas

informações. Na troca de informações, o mais importante é a capacidade de

organizar e interagir com o material na rede. A organização e a orientação do

trabalho coletivo na rede envolvem o controle da tecnologia e a colaboração na

dinâmica de comunicação indireta que se dá através de interação e troca de pontos de

vista. Essa dinâmica exige a participação de coordenadores para mediar os debates

ou atuar nas atividades do grupo.

Quando a cooperação traduz a própria estratégia de aprendizagem, como nos

grupos de estudo, o mediador deve seguir as etapas apropriadas para facilitar a

interação entre os alunos e esforçar-se para que isso aconteça.

As metas a se perseguir no uso da rede com finalidade educativa vão desde o

aprendizado para o uso do computador até a capacidade de ensinar e realizar

treinamentos online. As metas educacionais são da maior importância e, na rede, os

objetivos podem ser claramente trabalhados em vários níveis de complexidade. Por

isso planejar e lidar com projetos educacionais baseados na rede significa adotar uma

série de métodos e estratégias mas que diferem substancialmente daqueles usados na

educação presencial.

V. 1 - ATIVIDADES ENVOLVIDAS EM UMA PESQUISA NA

INTERNET

Existe uma grande dúvida por parte de docentes com relação a este tema,

mas, abaixo estão listados alguns procedimentos desempenhados para se fazer uma

pesquisa na Internet:

- definir o tipo exato de informação desejada;

- saber expressar isso textualmente para selecionar as palavras-chave a serem usadas

na pesquisa;

- escolher um mecanismo de busca para seleção preliminar do material;

- fazer a busca no idioma solicitado;

- acessar os documentos recuperados para selecionar as informações, eliminando

repetições, material ultrapassado e não pertinente;

- avaliar a confiabilidade das fontes do material;

- verificar se a informação obtida atende à indagação original.

O conceito de uma boa pesquisa não pode, e, não deve ser encarado somente

como dever do aluno. Antes de conduzir os alunos às metas educacionais específicas

relacionadas ao uso da Internet, os docentes devem testar a possibilidade de

interatividade que a rede oferece. Somente assim poderão tornar-se capazes de

conceber futuramente projetos educacionais baseados nesses recursos. Isso é

verdadeiro tanto para o uso da rede como referência própria ( para sentir-se ainda

mais seguro na utilização dos serviços do computador como mediador da

comunicação na educação à distância ) quanto para desenvolver qualquer atividade

que tenha como finalidade expandir ou aprimorar a aprendizagem de um conteúdo

disciplinar.

Desse modo, o uso da Internet para fins educacionais pode ser visto de duas

perspectivas diferentes: educação na rede e educação baseada na rede. Na primeira,

a tecnologia da informação e da comunicação é vista como sujeito do processo de

ensino-aprendizagem. No caso da educação baseada na rede, a referida tecnologia é

tida como mecanismo indispensável e pré-requisito para o bom funcionamento.

CONCLUSÃO

Na verdade a maior mudança que o magistério poderia enfrentar seria o de

tornar-se cada vez mais comum o uso da informática no dia-a-dia de estudantes. Em

informações coletadas de conversas com amigos professores nota-se que existe um

certo "repúdio" à figura do computador como auxílio à educação. Diz-se entre outros

aspectos negativos sobre a questão da letra do aluno que passa a não mais exercitar a

caligrafia. Por isso fez-se necessário iniciar este trabalho contando a importância da

informática na vida das pessoas, pois ninguém se imaginaria hoje na fila do caixa do

supermercado esperando horas para poder levar suas compras para casa, afinal de

contas aquelas máquinas registradoras que atendiam-nos no início da década - sem

contar que a população era bem menor - certamente não nos atenderia bem no dia de

hoje, principalmente por que vivemos um período de "urgência", onde sem querer

acabamos assimilando as facilidades que a informatização de processos nos

proporciona faz-se necessário também lembrar que hoje se digita a prova uma única

vez e após dar o comando de imprimir a impressora fará todo o trabalho que era

executado pelos "fortes braços" que giravam a manivela do mimeógrafo.

Mas também, é preciso tomar cuidado para não delegar ao computador, uma

responsabilidade que não é dele, pois, mesmo tornando-se cada vez mais difundida a

sua utilização nunca poderá se abolir a presença do professor que continuará sempre

sendo uma das partes do processo ensino-aprendizagem.

Para a implantação do computador na educação são necessários basicamente

quatro ingredientes: o computador, o software educativo, o professor capacitado para

usar o computador como meio educacional e o aluno. Todos eles têm igual

importância e serão devidamente tratados ao longo desse capítulo. Entretanto,

inicialmente apresentarei uma visão geral dos diferentes usos do computador e,

especificamente, descrevo os diferentes tipos de software educativo: um ingrediente

com tanta importância quanto os outros pois, sem ele, o computador jamais poderá

ser utilizado na educação.

Na educação o computador tem sido utilizado tanto para ensinar sobre

computação - ensino de computação - como para ensinar praticamente qualquer

assunto - ensino através do computador.

No ensino de computação o computador é usado como objeto de estudo, ou

seja, o aluno usa o computador para adquirir conhecimentos de contextos

computacionais, como princípios de funcionamento do computador, noções de

programação e implicações sociais do computador na sociedade. Entretanto, a maior

parte dos cursos oferecidos nessa modalidade podem ser caracterizados como de

"conscientização do estudante para a informática" , ao invés de ensiná-lo a

programar. Assim, os propósitos são vagos e não determinam o grau de profundidade

do conhecimento que o aluno deve ter - até quanto o aluno deve conhecer sobre

computadores e técnicas de programação. Isto tem contribuído para tornar esta

modalidade de utilização do computador extremamente nebulosa e facilitado a sua

utilização como chamarisco mercadológico.

Face o exposto, é possível afirmar que: "A informática na escola é um

processo irreversível". Cabe lembrar também que para dar certo, um projeto de

informática, deve ter o comprometimento de todos os participantes, incluídos aí

nesse contexto os pais, os professores, e principalmente os alunos. É possível afirmar

também que: O treinamento e a formação dos docentes envolvidos em um projeto de

informatização é fator preponderante, podemos citar uma frase tão conhecida :

"Para quem não sabe aonde vai nenhum caminho serve". Pois, é difícil

desenvolver um trabalho em informática sem antes ter executado um bom

planejamento. É preciso abolir de vez a idéia de que computador é uma máquina

perfeita, pois, se fosse, aí sim haveria substituição de professores por máquinas.

Nada substitui o bom senso do educador, pelo qual é possível até observar

comportamentos de alunos que de uma forma ou de outra não se adaptam ao uso do

computador, problema esse que enfrentamos no dia-a-dia e que só podem ser

resolvidos colocando-se um ingrediente que nenhum computador possui: O afeto.

Entretanto, é necessário também mudar a metodologia do ensino. Em se tratando do

uso do computador na educação o melhor método a ser utilizado é o construtivismo,

onde na verdade o educador funcionaria como orientador, e o aluno criaria e

desenvolveria suas próprias idéias, tem também que se repensar a postura de alguns

professores contrários ao uso do computador na educação, pois certamente o cético

continuará a encontrar problemas com o uso do computador.

Há que se levar em consideração também a situação de nossas escolas o que

torna o trabalho com informática, algo que pode ser adiado, mas, o uso do

computador exige além de computadores o treinamento de professores e, certamente

quanto maior for o tempo para se treinar e formar professores, maior será o tempo

para se informatizar as escolas.

BIBLIOGRAFIA

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São Paulo 1999.

TRENTIN, Guglielmo. Instituto for Education Technology. Gênova, Itália.1999.

Tradução do original, por Maria Regina Palhares.

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OLIVEIRA, R. de. Informática Educativa: dos planos a sala de aula3. ed.

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