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A influência das cores e materiais para as crianças autistas, no âmbito escolar
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
A influência das cores e materiais para as crianças autistas, no âmbito
escolar
Renata Scarano Pietra – [email protected]
Design de Interiores – Ambientação e Produção do Espaço
Instituto de Pós-Graduação – IPOG
Belo Horizonte, MG, 23 de dezembro de 2017
Resumo
O autismo, também conhecido como TEA (Transtorno do Espectro Autista), é um distúrbio
neurológico caracterizado por comprometimento na interação social, comunicação e
alterações de comportamento. A lei de Diretrizes e Base de Educação Nacional (LDB) que
trata sobre educação especial, aponta que uma criança autista tem o direito garantido em uma
escola regular. O acesso destas crianças em ambientes escolares comuns podem gerar grandes
avanços de inclusão devida diversidade social, porém, é preciso que o espaço seja adequado
para recebê-los, ou poderá se tornar uma experiência negativa, um atraso no desenvolvimento
psicológico-mental. Não discutiremos a respeito de um tratamento adequado, nem sobre um
caso específico. Ao contrário, trataremos sobre a intervenção de um Designer e como isso
afeta a qualidade de vida da criança e de seus familiares. A relação casa e escola devem ser
primordiais durante esse processo. Cada criança é única, e com estes não seria diferente.
Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Interação. Diversidade. Adequação
Introdução
Este estudo se insere na área de conhecimento A cor e suas influências. As cores são muito
utilizadas como explicação e associação de materiais para pessoas com deficiências. Para que
as cores ganhem sentido, exploram-se os cinco sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição)
podendo remeter a uma lembrança ou memória criada. Esses sentidos muitas vezes são
intensificados nos indivíduos do Espectro Autista. Estima-se que há cerca de 2 (dois) milhões
de Autistas no Brasil, e esse número vem crescendo a cada ano. O grau de comprometimento
é de intensidade variável e as causas ainda são desconhecidas. Sabe-se que apesar da
dificuldade de se relacionar, o contato e as relações sociais trazem inúmeros benefícios a sua
saúde mental. Funções diárias, que para a maioria das pessoas soa comum podem para estes,
serem experiências negativas e perturbadoras, pois, muitas vezes é uma reação direta a sua
experiência sensorial. A educação infantil é uma das fontes principais do desenvolvimento e
crescimento. Contudo, quantas crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista
são vistas nas escolas? Quantas escolas possuem estrutura adequada para recebê-los? Não é o
aluno que deve se adaptar a escola, e sim, a escola se adaptar ao aluno. Muito se discutiu a
respeito do Transtorno do Espectro Autista. A primeira vez, em 1911, Bleuler associou o
autismo com a esquizofrenia. Mais tarde Leo Kanner, psiquiatra austríaco, descreveu um caso
clínico de um grupo com onze crianças para o seu artigo, utilizando da mesma expressão
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posta anteriormente por Bleuler. “O excepcional, o ‘patognomônico’, a desordem
fundamental é a inaptidão das crianças para estabelecer relações normais com as pessoas e
para reagir normalmente às situações desde o início da vida” (KANNER, 1943:253).
Entretanto, apesar de suas primeiras teorias contraditórias sobre a origem do transtorno e a
falta de afeto dos pais serem apontadas como fator desencadeador do distúrbio, Kanner
também citou mais tarde o fator biológico. Declarando “É reconhecido pelos observadores,
exceto por um pequeno número que está atrasado por um distanciamento doutrinário, que o
autismo não é, em sua origem, algo adquirido ou uma doença criada pelo homem”
(KANNER, 1968:257). Ao comparar as citações, é possível perceber como as ideias se
contrapõem. Os conceitos de Kanner se estendem ao longo dos anos, gerando discussões. Por
possuir um diagnóstico não muito simples, o termo autismo se estendeu por outras patologias,
dificultando assim os diagnósticos e tratamentos. Existem várias definições para autismo,
porém, raramente falam como eles se sentem. É preciso compreender o universo dos autistas
para poder projetar um espaço da melhor maneira, tendo como base o Sistema Sensorial.
Ambientes bem planejados são aqueles que procuram atender as necessidades de todos,
valorizando as diversidades.
Desenvolvimento
“Integração Sensorial é definida como sendo um processo pelo qual o Sistema Nervoso
Central organiza estímulos sensoriais para fornecer respostas adaptativas às demandas do
ambiente” (AYRES, 1979: 58). Respostas adaptativas exigem que o indivíduo experimente
um tipo e uma quantidade de estimulação sensorial que desafia, mas não sobrecarrega o
sistema nervoso central, neste caso, a manifestação de uma resposta adaptativa é
potencializada. Conforme experimenta vários graus, tipos e combinações de informação
sensorial no meio, seja em casa ou no ambiente escolar, ela responde produzindo respostas
adaptativas, uma resposta intencional que provoca com sucesso uma mudança no meio. Cada
vez que isso ocorre, seu sistema nervoso armazena esse conhecimento, utilizado para futuras
experiências. As diferenças podem ocorrer tanto pela severidade da desordem como pela
individualidade de cada criança. Quando não trabalhado de maneira adequada, o processo
sensorial disfuncional pode resultar no fracasso escolar, refletindo em movimentos frustrantes
e indesejados.
Resposta sensorial
Muitas crianças do Espectro aparentam ter complexos padrões de sensibilidades sensoriais.
Toda e qualquer ação da criança resulta em informação sensorial para o cérebro, o que
contribui para o processo de organização e integração. O sistema vestibular (que controla o
equilíbrio) continua a amadurecer até a adolescência, o que explica o porquê dos adolescentes
buscarem experiências intensas como as das montanhas-russas, enquanto que os adultos
geralmente não as toleram fisicamente. Para as crianças autistas o processo é o mesmo,
também recebem a informação sensorial que ajuda o cérebro a se organizar através de
atividades como rodar, balançar, correr, pular, bater, tocar, mastigar, apertar e cheirar. A
diferença é que geralmente necessitam fazer estas atividades por períodos maiores e de forma
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mais intensa do que as outras crianças. Algumas delas também continuam a precisar destes
tipos de estímulos engajando-se em comportamentos autoestimulatórios que não seriam
considerados apropriados para suas idades em nossa sociedade. Foram usadas algumas
estratégias no passado para interromper esses comportamentos considerados inadequados, que
iam de amarrar as mãos á terapias de eletrochoque. As versões mais modernas tendem a não
ser tão extremas, apesar de a filosofia ser a de eliminar ou redirecionar estes comportamentos
em nome da habilidade de se concentrar durante as aulas. Estas necessitam deste estímulo
sensorial para ajudá-las a organizar seus sentidos devido às diferenças neurológicas. A
interrupção forçada destas atividades pode aumentar os níveis de estresse, reduzir a integração
sensorial e a habilidade de se concentrar durante a aprendizagem. A criança com
Hipersensibilidade, ou seja, que possui uma percepção não regulada de maneira adequada,
quando sobrecarregada de estímulos pode escolher uma das três estratégias. A de luta, quando
reage gritando, jogando coisas ao chão, agredindo. O autista que foge do local que o perturba
intensamente, se recusa ir a algum local. E o terceiro ato, o de congelar, onde a criança
aparenta não ser perturbada pelo que acontece a sua volta e mais tarde explode em casa, ou o
contrário. Em casa ela demonstra estar calma e na escola não consegue se controlar,
apresentando um comportamento inapropriado. A Hipossensibilidade, ao contrário da
Hipersensibilidade, é observada quando a criança parece buscar os estímulos pulando,
olhando direto na luz, ou girando objetos rotativos incessantemente. A criança não foge da
sensação, ela a busca incessantemente. Podem apresentar um comportamento inconveniente
ou até perigoso. Os objetivos do procedimento da Integração Sensorial vão variar de acordo
com cada disfunção particular, tanto em crianças com Hipo (baixa sensibilidade) e Hiper (alta
sensibilidade), contudo, é preciso entender os sistemas e suas metas.
Figura 1 – Cinco sentidos
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/how-your-five-senses-can-help-michelle (2014)
O Sistema Vestibular ou de equilíbrio, é responsável pela movimentação, mudança da
velocidade ou direção do movimento. Influencia também no processo auditivo e de
linguagem, no aprendizado, nos comportamentos, na função óculo motora e no esquema
corporal. Para crianças com hipo é bom incentivar atividades que as ajudam a desenvolver o
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seu sistema vestibular. O Sistema Tátil tem seus receptores localizados no corpo todo, tendo
como lugares mais sensíveis a face, os dedos e, a sola dos pés. O toque é um componente
importante no desenvolvimento social. Ajuda a avaliar o ambiente e reagir em conformidade.
O Sistema Proprioceptivo permite saber exatamente em que posição estão as diversas partes
do corpo em cada momento. Permite que o indivíduo obtenha percepção e controle do
segmento do seu corpo como um todo. No Sistema Auditivo, por meio dos sons, tornou-se
possível identificar a presença de certos objetos, mesmo quando estes se situam fora do
campo de visão. Sistema Gustativo, processado através de receptores químicos na língua que
nos fala sobre diferentes sabores, doce, azedo, amargo, salgado e picante. Os indivíduos,
muitas vezes têm dietas restritas, como resultado de suas papilas gustativas supersensíveis.
Sistema Olfativo traduz a estimulação dos odores de impulsos que são reconhecidos pelas
regiões corticais apropriadas. Sistema Visual recebe informações do meio ambiente tais como
forma, cor, movimentos, profundidade, e também memória. Está ligado diretamente com o
controle de equilíbrio e postura, reagem às mudanças do corpo. Um dos mais importantes
sistemas fornece informações sobre nosso ambiente sem necessidade de proximidade, como
no caso de sabor, toque ou odor. A visão tem importância primordial em todos os aspectos de
nossa vida cotidiana. Diferentes áreas do cérebro, assim como diferentes processos de
percepção, são responsáveis por funções visuais específicas, tais como a percepção de
movimento, cor e profundidade. Através dessas percepções são adotados métodos para que se
possa criar um ambiente adequado. A criança é naturalmente atraída para atividades que
exigem e trazem organização cerebral dos estímulos sensoriais. O profissional na hora de criar
o espaço, precisa primeiramente conhecer sobre o Transtorno e suas particularidades,
utilizando de estratégias que busquem aprimorar a experiência sensorial, seja pela influência
das cores ou materiais. “A visão é produzida pela ação integral entre muitas partes do cérebro,
também incluindo estímulos visuais, somatossensorial, vestibular e comportamentos motores
relativos (AYRES, 1999:19)”. Uma maior compreensão do mundo sensorial dos indivíduos
do espectro permite que você possa ajudá-los a desenvolverem em um ambiente mais
confortável. Algumas estratégias podem ajudar quando se tenta criar um ambiente confortável
a fim de evitar a sobrecarga dos sentidos. Conscientização, saber que a disfunção sensorial
pode ser a razão para o problema, sempre examinar o ambiente. Ser criativo, usar a
imaginação para chegar à experiência positiva sensorial ou criar estratégias. E preparar, avisar
o indivíduo de possíveis estímulos sensoriais que podem ser surpreendidos, como lugares
lotados. Outra estratégia utilizada é a musicoterapia. É frequentemente utilizada com
indivíduos do Espectro. Proporciona aos indivíduos uma oportunidade única para se
comunicar, interagir e se expressar. Ambientes sensoriais são destinados a fornecer aos
indivíduos a oportunidade de estimular, desenvolver o equilíbrio dos sistemas sensoriais. Nas
escolas é importante ressaltar alguns obstáculos que podem se tornar distrações. O excesso de
ruído (muitas conversas paralelas, sinos, cadeiras raspando no chão), estímulos visuais
(pessoas, retratos na parede), desconforto nos materiais como giz e lápis (sensação do toque
frio ou duro). É preciso de estratégias para uma melhor adaptação, dentre elas, o
posicionamento longe de portas e janelas, livre de distrações. Móveis de fácil acesso e, se
possível, estações de trabalho individuais, textura de materiais mais confortáveis. Algumas
escolas especializadas já adotaram essa postura, porém, o acesso é bastante limitado. No
entanto, muitas famílias optam por adaptar um quarto em casa para criar um espaço de
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estimulação sensorial ou recarregar. Salas ou espaços sensoriais podem assumir várias
formas, branco, escuro, com som, interativo, tendo água ou jardim. Suas principais funções
tendem a ser terapêutico educacional e lazer, tudo em benefício do desenvolvimento. Os
equipamentos utilizados irão variar de acordo com a função e necessidade. Os estímulos
podem incluir música suave, almofadas vibratórias, as fibras ópticas, bolas de espelho, tubos
de bolha, camas de água, paredes tátil, discoteca, luzes e projetores. O equipamento pode ser
configurado com opções, a pressão de som e movimento que em seguida, ativa uma parte do
equipamento na sala. A criança vem para reconhecer causa e efeito. Desfrutar do espaço sem
desgaste emocional.
Figura 2 – Sala de relaxamento
Fonte: http://andreaalves.blog.br/criancas-autistas-apresentam-melhoras-com-pratica-de-yoga/(2013)
História da cor
A cor não tem existência material, é uma sensação provocada pela ação da luz no órgão da
visão. Seu aparecimento está condicionado à existência de dois elementos, a luz, que é um
objeto físico, e o olho, aparelho receptor. Os estímulos que causam as sensações cromáticas
estão divididos em cor-luz e cor-pigmento. A cor-luz é a radiação luminosa visível que tem
como síntese aditiva a luz branca. Sua melhor expressão é a luz solar, que reúnem de forma
equilibrada todos os matizes existentes na natureza. Já a cor-pigmento é uma substância
material que, conforme sua natureza absorve refrata e reflete os raios luminosos componentes
da luz que se difundem sobre ela. É a qualidade da luz refletida que determina sua
denominação. O fenômeno da percepção da cor é mais complexo que o da sensação. Nestes
entram apenas os elementos físico (luz) e fisiológico (olho), já na sensação entram também os
dados psicológicos que alteram substancialmente a qualidade do que se vê. Na percepção da
cor, distinguem-se entre os parâmetros básicos, matiz, valor e croma (saturação ou pureza da
cor). O matiz (comprimento de onda), é o estado puro da cor, sem o branco ou o preto
agregado, e é um atributo associado com a longitude de onda dominante na mistura das ondas
luminosas. O Matiz se define como um atributo de cor que nos permite distinguir o vermelho
do azul, e se refere ao percorrido que faz um tom para um ou outro lado do círculo cromático,
pelo qual o verde amarelado e o verde azulado serão matizes diferentes do verde. As 3 cores
primárias representam as 3 matizes primárias, e mesclando estes podemos obter as demais
matizes ou cores.
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Figura 3 – Matiz
Fonte: http://www.wikiwand.com/en/Hue (2017)
O valor (luminosidade ou brilho) pode definir como a quantidade de obscuridade que tem uma
cor, ou seja, representa o claro ou escuro que é uma cor com respeito a sua cor padrão. É uma
propriedade importante, já que vai criar sensações espaciais por meio da cor. Assim, porções
de uma mesma cor com fortes diferenças de valor (contraste de valor) definem porções
diferentes no espaço, enquanto que uma mudança gradual no valor de uma cor (gradação)
dará a sensação de contorno, de continuidade de um objeto no espaço. À medida que se
agrega mais preto a uma cor, se intensifica tal obscuridade e se obtém um valor mais baixo. À
medida que se agrega mais branco a uma cor se intensifica a claridade da mesma, obtendo-se
com isso valores mais altos.
Figura 4 –Valor
Fonte: http://blenderpower.com.br/teoriadascores/ (2014)
O croma (saturação ou pureza da cor) representa a pureza ou intensidade de uma cor
particular, a vivacidade ou palidez da mesma, e pode se relacionar com a largura de banda da
luz que estamos visualizando. As cores puras do espectro estão completamente saturadas.
Uma cor intensa é muito viva. Quanto mais se satura uma cor, maior é a impressão de que o
objeto está se movendo. Também pode ser definida pela quantidade de cinza que contém uma
cor: quanto mais cinza ou mais neutra for, menos brilhante ou menos "saturada" é.
Igualmente, qualquer mudança feita a uma cor pura automaticamente baixa sua saturação.
Para não saturar uma cor sem que varie seu valor, há que mesclá-la com um cinza de branco e
preto de seu mesmo valor. Uma cor intensa como o azul perderá sua saturação à medida que
se adiciona branca e se converta em celeste. A saturação da cor se diz que é mais baixa
quando se adiciona seu oposto (chamado complemento) no círculo cromático.
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Figura 5 –Croma
Fonte: http://acorsimplificada.com.br/sistema-de-ordenacao/ (2014)
Vários estudiosos se dedicaram a entender o fenômeno da cor. Os primeiros sistemas de cores
foram os de Newton e de Goethe. Isaac Newton estudou o fenômeno da difração, que
consistia na decomposição da luz solar em várias cores quando atravessava um prisma, e
denominou o conjunto de cores como espectro. O espectro é formado pela união das cores,
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. As sete cores que compõem a luz do sol
e que formam o arco-íris. Já o círculo cromático contém 12 diferentes cores, que são as
primárias, secundárias e terciárias que formam o espectro visível. O círculo cromático é usado
por artistas plásticos, estilistas, consultores de estilo e mais uma infinidade de profissionais
para conseguir uma harmonia de cores perfeita, facilitando, e muito, seu trabalho. O branco é
a luz pura, em uma reflexão total das sete cores; o preto é a ausência total de luz, pois ele
absorve todas as outras. Portanto, quando enxergamos a cor amarelo, significa que todas as
outras cores foram absorvidas, exceto o amarelo. Cores primárias são as cores puras, ou seja,
o vermelho, azul e amarelo. Cores Secundárias: união de duas cores primárias, por exemplo,
verde (azul e amarelo), laranja (amarelo e vermelho) e roxo ou violeta (vermelho e azul). Cores Terciárias: união de uma cor primária e uma secundária, por exemplo, vermelho-
arroxeado (vermelho e roxo) e vermelho-alaranjado (vermelho e laranja); amarelo-esverdeado
(amarelo e verde) e amarelo-alaranjado (amarelo e laranja); azul-arroxeado (azul e roxo) e
azul-esverdeado (azul e verde). Uma harmonização de cores deve trazer identificação. A
Harmonia Monocromática que consiste em combinar vários valores de uma cor. Numa escala
monocromática, a cor, ao ser misturado gradativamente com branco, perde a sua intensidade,
sendo dominada de valores altos, isto é, presença de luz (chave alta). Nesta mesma cor, ao
adicionarmos o preto, a sua intensidade diminui com a ausência da luz, e são denominadas de
valores baixos ou chave baixa. A faixa intermediária da escala corresponde à chave média.
Isocromia é a harmonia obtida em uma composição usando-se cores diferentes, mas que
implicam uma na outra. Uma pintura que tem o vermelho como cor predominante e o uso de
uma de seus matizes (vermelho/vermelho-arroxeado/vermelho-alaranjado) é uma isocromia.
Harmonia Triádica, é uma harmonia onde usam três cores equidistantes no circulo cromático.
Esse tipo de combinação consegue dar um efeito visual muito atraente e muito popular entre
os artistas porque oferece um alto contraste visual, ao mesmo tempo em que conserva o
balanço e a riqueza das cores. Cores complementares, cuja mistura produz o branco. Em
física, significa par de cores, uma complementando a outra. Quando utilizar esta harmonia,
escolher uma cor dominante, e utilizar a complementar para acentos e toques de destaque.
Utilizar uma cor para fundo e a outra para destacar os elementos de importância. Cores
quentes são o vermelho e o amarelo, e as demais cores em que elas predominam. Cores frias
são o azul e verde, bem como as outras cores predominadas por eles. Uma cor tanto pode
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parecer fria como quente, depende da relação estabelecida entre ela e as demais cores
determinadas na gama cromática. A temperatura das cores designa a capacidade que as cores
têm de parecer quentes ou frias. Depende do contraste, das cores do entorno e do brilho de
cada cor. Cores análogas são cores próximas na roda cromática, e por isso são parecidas e
criam certa naturalidade, por exemplo, Amarelo, Laranja e Vermelho.
Figura 6 – Classificação das Cores
Fonte: http://ladobgrafica.com.br/cores-terciarias/(2017)
O pigmento branco já era usado desde a era paleolítica e na Idade Média nos manuscritos.
Tanto na pintura quanto na tintura de tecidos, inclusive distinguiam dois brancos, o opaco e o
luminoso. Estão associados à pureza, inocência e a paz. E essa simbologia não está ligada
apenas à tradição europeia, mas também à africana e à asiática. Em certas regiões mais frias
do planeta, a neve ajudou a reforçar esse símbolo, dando à natureza um aspecto
monocromático. Na ciência mais moderna, o branco aparece como na teoria do Big Bang, a
explosão inicial que deu origem ao mundo, seria a luz primordial, o começo dos tempos. A
cor preta está carregada de aspectos simbólicos de cunho negativo: a morte, o luto, as trevas,
o medo, o pecado, ao inferno, aos mundos subterrâneos. Durante muito tempo foi uma cor de
difícil fabricação, e ainda é. Isto explica porque até ao final da Idade Média o Preto é bastante
raro nas pinturas. Representa luxo, medo, isolamento, solidão. Configura como uma das cores
mais empregadas nos diversos ramos da atividade humana. Encontra sua maior força em
oposição ao branco. O Vermelho é denominado cor fundamental. É a cor que mais se destaca
visualmente e rapidamente pelos olhos. Uma cor orgulhosa, ambiciosa e sedenta de poder.
Usado desde cedo, devido a facilidade de produção desse pigmento, obtido de diversas fontes
naturais. No mundo ocidental, remete ao Natal, luxo, espetáculos, amor e paixão. O amarelo
tem íntima ligação com o ouro, sol. Pouco visível quando aplicado sobre o branco. A mais
clara das cores, e a que mais se aproxima do branco na escala de tons. Ligado a ideia de
impaciência, calor, otimismo. Cor nacional, assim como o verde. O verde tem poder
tranquilizante e sedativo. Muito empregado em ambientes de repouso, estudo e saúde. Reúne
as melhores condições para decoração de interiores. O violeta (todas as cores resultantes da
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mistura do vermelho com azul) impressionou os homens desde os tempos remotos, de difícil
produção. Estão relacionados com saudade, ciúme, angústia e melancolia. A laranja tem
grande poder de dispersão. Cor energética, de alta vibração, de característica luminosa. Parece
avançar saltar frente ao observador. O azul foi desprezado durante anos, não estava presente
nas cavernas paleolíticas e nem neolíticas. Além de difícil fabricação também está relacionado
com mudanças religiosas profundas. A mais profunda das cores, transmite tranquilidade,
harmonia e serenidade. Cede lugar a fantasia e aos sonhos. Essa é a cor que representa o
autismo, devido sua maior incidência de casos no sexo masculino. O símbolo do autismo
caracteriza-se pela fita de conscientização, que é utilizada também por outras causas, mas em
cores diferentes, é permeada de simbologia. Além de trazer o quebra cabeça, sua peças, são
em cores diferentes isso representa a diversidade de pessoas e famílias que convivem com o
Transtorno. As cores fortes representam a esperança em relação aos tratamentos e à
conscientização da sociedade em geral.
Figura 7 – Símbolo do Autismo
Fonte: https://autismoeoterapeuta.com.br/significado-dos-simbolos-que-representam-o-autismo/(2014)
A oposição de cores, luz e sombra ou massa destaca os valores de uma obra de arte. A
oposição entre luz e sombra se desenvolve entre dois polos, o preto e o branco. Artistas como
Caravaggio eram capazes de explorar este espaço graças ao conhecimento de perspectiva e do
efeito físico da luz e das sombras sobre objetos. O contraste entre as cores dos corpos e do
cenário substitui as linhas de contorno na pintura. Essa utilização de luz e sombras ficou
conhecida como claro-escuro em italiano. No Impressionismo as cores quentes representavam
as cores do fogo, do sol e do verão. Enquanto as cores frias eram vistas na água, no céu, nas
árvores e na paisagem do inverno. Juntos, criam o contraste. O Impressionismo rompeu com
as barreiras e abriu espaço para Arte Moderna. Artistas pintavam ao ar livre e focavam sua
atenção na cor e na luz. Os pós-impressionistas faziam experimentos altamente pessoais
utilizando os conhecimentos dos impressionistas sobre luz e cor. Na primeira metade do
século XX, surgiram inúmeros movimentos artísticos – cubismo, futurismo, abstracionismo,
surrealismo, levando a pintura para uma nova direção. As cores passaram a ser desvinculadas
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da realidade, podendo ser utilizadas para expressar emoções ou a personalidade do artista. Em
1960, surgiu mais um movimento, a Pop Art. O nome significa arte ótica, pois seus membros
utilizavam cores complementares ou contrastantes, perspectiva e luz para criar ilusões óticas.
Psicologia das cores
As cores possuem seus significados porque foram impostos limites pela natureza humana.
Cada grupo cultural insere um significado diferente. A visão difere de um indivíduo para
outro, de acordo com o estado fisiológico, diferenças naturais, pessoas que sofrem de alguns
Transtornos, Daltonismo, Catarata, ate mesmo a completa falta de visão. Os daltônicos
possuem dificuldade de distinguir principalmente cores primárias (como vermelho e verde),
além do azul e amarelo. Em casos mais raros, a total ausência de cor se faz presente. Trata-se
de uma alteração genética relacionada ao cromossomo X, a pessoa já nasce com Daltonismo e
não possui cura. Quem sofre de Catarata, sente a visão embaçada, destoada, dificultando
tarefas como ler, dirigir um carro ou interpretar a expressão das pessoas. Dá-se na fase senil, e
possui cura como a cirurgia de correção. Já para os autistas a percepção também se da de
forma diferente, não necessariamente se manifesta de acordo com as experiências, pois, a cor
pode causar uma sobrecarga sensório-visual, ou ser objeto de obsessão e alívio, de acordo
com a hiper ou hipossensibilidade de cada indivíduo. Na maioria das vezes estas crianças tem
menos capacidade de discriminação cromática independentemente de existir ou não alguma
hipersensibilidade. Quando bem colocadas, podem provocar equilíbrio emocional. Esses
sentimentos fortes de desejo ou desgosto podem interferir no aprendizado. As cores devem ser
mantidas simples, únicas e puras, ao invés de usar padrões bicoloridos ou multicoloridos. Em
alguns casos, usar imagens em preto e branco será a opção mais segura. O excesso de
informações e possibilidades pode gerar confusão.
Figura 8 – Visão Daltônica
Fonte: https://aminoapps.com/c/furry-pt/page/blog/daltonismo-
discromatopsia/vzxb_3rCnuLJpDMKr07law8z02bJZVpEE (2017)
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Figura 9 – Visão Daltônica
Fonte: http://carlostedeschi.com.br/cirurgia-de-catarata/o-que-e-a-catarata-curitiba/ (2017)
O azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Nesse caso, o
azul auxilia em situações em que a criança, por exemplo, apresenta uma sobrecarga sensorial,
algo que precisa ser lidado com sabedoria para o bem-estar. Ressaltando que isso representa
mais leveza no aspecto emocional. As cores laranja e amarela, por terem uma relativa
proximidade, são responsáveis pelo estímulo à socialização da criança. Um dos motivos que
levam a isso é o fato de a cor laranja, em especial, ser expansiva e quebrar a monotonia. Os
tons alaranjados exercem influência no bom humor e na criatividade da criança autista,
possibilitando-a a uma boa qualidade de vida, sobretudo nas relações com as pessoas.
Conclusão
Com base na pesquisa bibliográfica apresentada, podemos perceber a influência que a cor
exerce no dia a dia e no astral de cada indivíduo, principalmente daqueles com Transtorno do
Espectro Autista. O que cada um consegue perceber e sentir é um significado derivado de
nossas histórias compartilhadas e individuais. Essa consciência fornece um argumento
irrefutável para celebrar a diversidade, em vez de medo e conformidade. A pessoa autista
enxerga o mundo de outra maneira, mesmo tendo possibilidade de se integrar ao ambiente que
a cerca. A cor pode ajudar a mudar um comportamento, um sentimento. Ela remete a
sensações, mesmo quando não são vistas a olho humano, podem ser sentida. Algumas cores
adquiriram significados ao longo dos anos, outros foram associados de acordo com as
lembranças. Desde os tempos antigos, a paleta de cores sofria grande influência na sociedade. As tapeçarias eram tramadas a partir de cartões baseados na pintura de um artista, esses
cartões eram reaproveitados, vendidos ou readaptados posteriormente. As cores eram
privilégios dos mais abastados, quanto mais luminosa e pura mais tinha seu peso pago o
equivalente em ouro. As cores podiam ser de origem animal, mineral ou vegetal misturados a
um tipo de cola da época, em todos os casos a sua obtenção dependia de fatores climáticos, de
extração, de processos manuais lentos e muitas vezes caros. Quanto mais raro e difícil de
obter o pigmento, mais caro ficava seu peso. Com a chegada de Renascença, as cores usadas
na Idade Média mudaram quase repentinamente. A sociedade e o poder começaram a mudar
de mãos e as cores passaram não a determinar somente a classe social, mas também o poder
do indivíduo. Ao longo nos anos, as cores foram adquirindo novos significados, conquistando
A influência das cores e materiais para as crianças autistas, no âmbito escolar
Dezembro/2018
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mais espaço. Hoje possuem grande valor na construção de um espaço, e no sistema de
Integração Sensorial. Uma abordagem da integração sensorial bem sucedida torna o indivíduo
capaz de processar a informação de maneira mais eficiente, levando a uma melhora da
autoestima, das habilidades motoras, do comportamento e adaptação aos diversos contextos
em que se encontram inseridos. Há uma melhora em seus relacionamentos, nos grupos
sociais, familiares, gerando uma melhor qualidade de vida a ela e aos que o rodeiam. As
crianças do Espectro Autista, de todos os níveis e particularidades, enfrentam o desafio da
convivência dia a dia. Abrir as portas para a diversidade é um desafio, portanto, nem todos
estão preparados para enfrentar. Algumas famílias cansadas do desgaste físico e emocional
optam pelo aprendizado em casa, com um profissional específico, que possa fazer o trabalho
da alfabetização. Mesmo diante de algumas limitações encontradas nos ambientes escolares,
como a recusa dos autistas nas escolas comuns, a necessidade de adaptação, a falta de
preparo, as pessoas tem buscado mais informações, encontrado profissionais que ajudam a
entender o processo e a importância do espaço. Transformar o ambiente onde estas crianças
vivem, seja escolar ou residencial, faz parte de todo o processo de desenvolvimento. É preciso
ir além, abrir espaço para o novo. Reformas são necessárias para que essas crianças possam
interagir e ganhar seu espaço no mundo que as rodeia.
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