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Com a necessidade de aumento da produtividade para o desenvolvimento industrial, cadavez mais o ritmo das atividades na indústria é incrementado. Na busca pela manutenção dacompetitividade no cenário global, as empresas em geral aumentam suas metas de produção. Aautomação implementada em certas etapas do processo para redução de tempo de ciclo,podem impactar em aumento de ritmo em operações manuais subseqüentes. Assim comoatividades de kaizen (melhoria contínua) sem o uso de técnicas de cronoanálise adequadas,visando à pura redução de tempo de ciclo, podem gerar fadiga precoce nos operadores durantea execução da atividade. Como proposta de impactar positivamente na qualidade de vida doscolaboradores, a ginástica laboral vem sendo aplicada como uma ferramenta para melhorar odesempenho dos colaboradores no local de trabalho, como também a prevenção de lesões,como LER/DORT, doenças e lesões adquiridas pelo uso repetitivo de movimentos na execuçãoda atividade operacional. Este trabalho apresenta os efeitos causados em uma atividade deKaizen que demandou maior ritmo dos funcionários e como consequência dores muscularesexcessivas geradas pelo aumento do ritmo. O estudo apresenta o resultado da redução dosentimento de dor apresentada pelos operadores após a aplicação de um método de GinásticaLaboral direcionado com base no estudo dos grupos musculares mais utilizados.

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    A INFLUNCIA DE PROJETO KAIZEN NA SADE DO ESMERILHADOR UM ESTUDO DE CASO COM APLICAO DA GINSTICA LABORAL PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA.

    Antonio Jos dos Santos [email protected] Cyntia Fabiana Laube [email protected] Francisco Carlos Barbosa Vilaboim [email protected] Jackson Adriano Scholze [email protected] Milliana Costa Mendes Cavalheiro [email protected]

    UNISOCIESC CENTRO UNIVERSITRIO TUPY

    RESUMO

    Com a necessidade de aumento da produtividade para o desenvolvimento industrial, cada

    vez mais o ritmo das atividades na indstria incrementado. Na busca pela manuteno da competitividade no cenrio global, as empresas em geral aumentam suas metas de produo. A automao implementada em certas etapas do processo para reduo de tempo de ciclo, podem impactar em aumento de ritmo em operaes manuais subseqentes. Assim como atividades de kaizen (melhoria contnua) sem o uso de tcnicas de cronoanlise adequadas, visando pura reduo de tempo de ciclo, podem gerar fadiga precoce nos operadores durante a execuo da atividade. Como proposta de impactar positivamente na qualidade de vida dos colaboradores, a ginstica laboral vem sendo aplicada como uma ferramenta para melhorar o desempenho dos colaboradores no local de trabalho, como tambm a preveno de leses, como LER/DORT, doenas e leses adquiridas pelo uso repetitivo de movimentos na execuo da atividade operacional. Este trabalho apresenta os efeitos causados em uma atividade de Kaizen que demandou maior ritmo dos funcionrios e como consequncia dores musculares excessivas geradas pelo aumento do ritmo. O estudo apresenta o resultado da reduo do sentimento de dor apresentada pelos operadores aps a aplicao de um mtodo de Ginstica Laboral direcionado com base no estudo dos grupos musculares mais utilizados.

    Palavras Chave: GINSTICA LABORAL, KAIZEN, PRODUTIVIDADE.

    ABSTRACT With the need for increased productivity to industrial development, the pace of activity in the industry is incremented. Searching for maintaining the competitiveness in the Global scenario, companies generally increase their production targets. The automation implemented in certain steps of the process for reduction cycle time can impact with increase the rate on subsequent manual operations. As kaizen activities (continuous improvement) without the use of appropriate techniques of Cycle Time Measurement, aiming only time cycle reduction can generate early fatigue on the operators during the execution of activity. As proposed positively impact on quality of life employees, labor gymnastics has been applied as a tool to improve the performance of employees in the workplace, such as also the prevention of injury, such as Repetitive Stress Injury / Work-related musculoskeletal disorder, diseases and injuries acquired by repetitive movement's used of the operational activity. This paper presents the effects on an Kaizen activity that increased pace of officials and as a result pain excessive muscle generated by the increased pace . The study shows the effects on a Kaizen activity that required increased pace of employees and as a result excessive muscle pains generated. The study shows the result of reducing the feeling of pain presented by operators after applying a method of Gymnastics directed based on the study of the most used muscular groups.

    Keyword: LABOR GYMNASTICS, KAIZEN, PRODUCTIVITY

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    1- Introduo

    A ginstica laboral tem como proposta melhorar as condies biopsicossociais dos colaboradores, ou seja, proporciona melhores condies tanto fsica, social, como ambiental. Podendo ser usada como compensao para operadores de postos de trabalho que fazem uso excessivo de certos grupos musculares.

    Segundo Oliveira (2006), a ginstica laboral contm vrios exerccios especficos, a realizao de alongamentos, fortalecimento muscular, realizados nas dependncias da empresa, trabalhando a coordenao motora e realizando um sistema de relaxamento aos grupamentos musculares dos trabalhadores. certo de que as sesses baseadas nesses exerccios esto mais propcias a beneficiar os trabalhadores braais, porm, de setores informatizados e que realizam trabalhos que exijam a coordenao fina como o caso dos indivduos que trabalham em terminais computadorizados, pois, alm de realizarem movimentos repetitivos e delicados alm de permanecer um longo perodo de tempo sentado durante a jornada de trabalho. Por outro lado, como o caso de setores de linhas de montagem, por exemplo, que utilizam de fora para realizar a maioria de suas tarefas.

    Com o advento da era industrial, teve incio o processo de fabricao de produtos em massa e a crescente especializao dos operrios no sentido de melhorar a qualidade, de aumentar a produo e de diminuir custos. Essa especializao levou os trabalhadores a executarem funes especficas nas empresas, com a realizao de movimentos repetitivos, associados a um esforo excessivo, o que fez com que muitos indivduos passassem a sentir dores.

    As LER/DORT so, atualmente, causa de muitos debates quanto nomenclatura, ao diagnstico e ao tratamento. H os que no acreditam em sua existncia, e os que ainda no se convenceram. O fato que existem inmeros trabalhadores com queixas de dor atribudas s suas funes. A patologia reconhecida pela atual Legislao Brasileira, gerando grande interesse nos meios mdicos.

    O nus gerado ao governo, s indstrias e aos trabalhadores leva os meios mdicos a realizar estudos e discusses que possam contribuir para uma melhor compreenso dessa patologia, j considerada como epidemia (Fundacentro, 2007).

    2- OBJETIVO Mostram-se neste artigo os efeitos do aumento da produtividade sade de grupo de operadores aps 12 meses do incio do uso do layout dimensionado num evento kaizen. Ser apresentado tambm o estudo deste caso para minimizar estes efeitos sobre os operadores, atravs de ginstica laboral e os resultados obtidos aps 06 (seis) meses de aplicao das aes.

    3- REFERENCIAL TERICO

    3.1- GINSTICA LABORAL A Ginstica Laboral no uma atividade recente. Segundo Lima (2003), registros

    afirmam que esse tipo de atividade existiu na Polnia, em 1925. Essa Ginstica era destinada a operrios e surgiu alguns anos depois na Holanda e na Rssia. Mas foi no Japo em 1928, que segundo Alvarez (2002), que a Ginstica Laboral teve sua origem conhecida, ela era aplicada diariamente nos funcionrios dos correios visando descontrao e ao cultivo da sade.

    Aps a II Guerra Mundial, este hbito passou a ser difundido por todo o Japo, Segundo Alvarez (2002) antes da Revoluo Industrial, ocorrido na Inglaterra, o trabalho do homem era realizado de maneira artesanal e suas ferramentas rudimentares dependiam muito do trabalho braal do arteso. Nestas condies, o homem tinha movimentos, variados durante seu trabalho, estando sempre em movimento, com o passar do tempo, a Revoluo foi inevitvel.

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    Foram inventados mquinas e instrumentos que substituram o trabalho do homem com eficcia, em determinadas funes.

    Surgiam, ento, as administraes do trabalho, devido ao crescimento das indstrias,

    dando origem produo em massa (FAYOL, 1964). Charles Chaplin, em seu filme Tempos Modernos (Charles Chaplin, 1936), retrata bem as consequncias desta mecanizao, seu personagem um operrio que passa o dia todo apertando parafusos, e quando a jornada termina, ele continua repetindo os movimentos. Isto mostra que com a produo em srie os funcionrios especializam-se em tipo de atividade, ocasionando a monotonia dos movimentos repetitivos.

    Segundo Mendes e Leite (2004), no Brasil, a ginstica laboral, que precedia a ida dos

    funcionrios aos postos de trabalho, foi introduzida em 1969 pelos executivos nipnicos da Ishikavajima Estaleiros, uma indstria de construo naval no Rio de Janeiro.

    A Ginstica Laboral compreende exerccios especficos de alongamento, de

    fortalecimento muscular, de coordenao motora e de relaxamento realizado em diferentes setores ou departamentos da empresa, tendo como objetivo principal prevenir e diminuir os casos de LER/DORT (Oliveira, 2006).

    Lima (2003) conceitua a Ginstica Laboral como a prtica de exerccios, realizada

    coletivamente, durante a jornada de trabalho, prescrita de acordo com a funo exercida pelo trabalhador, tendo como finalidade a preveno de doenas ocupacionais, promovendo o bem-estar individual, por intermdio da conscincia corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular o seu prprio corpo.

    Segundo Martins (2000), ginstica laboral nada mais do que a combinao de

    exerccios especficos de alongamentos, fortalecimentos musculares, coordenao motora e relaxamentos realizados em diferentes setores ou departamentos da empresa, tendo como objetivo principal prevenir e diminuir os casos de Leso por Esforo Repetitivo (LER) e/ou Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) e a diminuio do estresse atravs dos exerccios de alongamento e de relaxamento complementados com atividades ldicas e aes scio-educativas, realizadas diariamente.

    Para Figueiredo e Alvo (2005), a Ginstica Laboral uma atividade fsica realizada

    durante a jornada de trabalho, com exerccios de compensao aos movimentos repetitivos, ausncia de movimentos, ou a posturas desconfortveis assumidas durante o perodo de trabalho.

    3.2- DOENAS DO TRABALHO

    Atualmente a ginstica laboral tem apresentado um grande crescimento no Brasil, sendo vista como uma ferramenta importante no processo de desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho e promoo da sade (MACIEL, 2008). Assim, para que os programas de promoo da sade do trabalhador nas empresas sejam eficazes, a ginstica laboral deve ir alm dos exerccios especficos realizados no local de trabalho, pois deve trazer gradativamente, informaes que podem modificar o nvel de conhecimento e a qualidade de vida das pessoas, que acarretar em benefcios pessoais e coletivos (ALVAREZ,2001).

    Aes que estimulem a prtica de atividades fsicas no ambiente ocupacional so bem-vindas, na perspectiva de promover a qualidade de vida do trabalhador e reduzir as despesas do empreendedor em funo do afastamento temporrio ou permanente de seus funcionrios. Alm disso, a ginstica laboral proporciona maior disposio para outras atividades do cotidiano,

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    como atividades em famlia, com amigos e at mesmo a prtica de atividades fsicas fora do expediente de trabalho (LIMA, 2003).

    Desta forma, a ginstica laboral considerada uma maneira eficiente de levar os trabalhadores conscientizao da importncia da prtica da atividade fsica regular, alm de outros hbitos de vida saudveis.

    Estudos comprovam que pausas realizadas no incio destes momentos de baixo rendimento tornam variveis os retardos dos sintomas improdutivos. Pesquisas apontam que h trs momentos, durante a jornada de trabalho, em que podem ser feitas as aulas de Ginstica Laboral:

    3.2.1- Ginstica de Aquecimento ou Preparatria aquela realizada antes da jornada de trabalho e tem como objetivo preparar o indivduo para o incio do trabalho, aquecendo os grupos musculares que sero solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que sintam mais dispostos (Alves & Vale 2003).

    3.2.2- Ginstica de Pausa ou Compensatria praticada no meio do expediente de trabalho e tem como objetivo aliviar as tenses, fortalecer os msculos do trabalhador, alm de interromper a monotonia operacional e, acima, promover exerccios especficos de compensao para os esforos repetitivos, estruturas sobrecarregadas e posturas solicitadas nos postos de trabalho. (Oliveira, 2006; Lima, 2003).

    3.2.3- Ginstica de Relaxamento praticada no final ou aps o expediente de trabalho, e tem como objetivo proporcionar o relaxamento muscular e mental dos trabalhadores (Oliveira, 2006).

    Os profissionais habilitados devem orientar os funcionrios, esclarecendo que alguns

    exerccios podem ser feitos em qual quer momento que sentir necessidade: antes, durante ou aps o expediente de trabalho, pois cada um tambm responsvel por sua sade.

    No Brasil, a jornada de trabalho regulamentada pela Constituio Federal em art. 7

    XIII e a CLT art. 58, no pode ultrapassar 8 horas dirias, salvo por algumas excees. Hoje se encontra no meio industrial os maiores casos de Doenas Ocupacionais, devido s ms condies do ambiente de trabalho.

    Entretanto, a Ginstica Laboral Corretiva visa combater e, principalmente, atenuar as

    consequncias decorrentes de aspectos ecolgicos ergonmicos inadequados ao ambiente de trabalho (Pimentel, 1999).

    A aplicabilidade dessa ginstica tem como objetivo trabalhar grupos especficos dentro

    da empresa, em conjunto com a rea da medicina do trabalho, da enfermagem e da fisioterapia, com a finalidade de recuperar casos graves de leses, de limitaes e de condies ergonmicas.

    3.2.4- Benefcios da Ginstica Laboral

    O aumento da jornada de trabalho e a monotonia dos movimentos repetitivos tm levado o funcionrio fadiga, devido ao pouco e inadequado descanso, a pessoa no se recupera totalmente, ocasionando problemas mais srios, como o caso do DORT, e tambm conhecido como leses por esforo repetitivo (LER).

    Uma forma de interveno nestes problemas a atividade fsica, pois, por meio dela, os

    trabalhadores podem recuperar suas foras, relaxar e contribuir a diminuio dos problemas de sade. Foi comprovado que o movimento essencial ao ser humano, ele um estimulo para o desenvolvimento sseo muscular, cardiorrespiratrio e nervoso, alm de trazer benefcios

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    psquicos. A atividade fsica constitui uma parte integral do homem, e este necessita do mnimo de atividade para manter-se orgnica e emocionalmente sadio.

    Embora essencial atividade fsica encontre um obstculo: o tempo, devido s longas

    jornadas de trabalho, a maioria dos trabalhadores no dispe de tempo para ir a uma academia, ou ao clube, e nem mesmo para caminhada diria.

    A Ginstica Laboral proporciona benefcios, tanto para o trabalhador, quanto para a

    empresa. Alm de prevenir as LER/DORT, ela tem apresentado resultados mais rpidos e diretos com a melhora do relacionamento interpessoal e o alvio das dores corporais (Oliveira, 2006; Mendes, 2000).

    A Ginstica Laboral pode ser destacada como um mtodo efetivo na preveno da LER/DORT, j que ela garante o alongamento e melhora a articulao. Os exerccios podem ser feitos no mesmo local de trabalho e atuam de forma preventiva e teraputica.

    3.2.5 - KAIZEN

    Segundo Hornburg (2009), para entender o kaizen, em primeiro lugar preciso conhecer o significado desta palavra, kaizen est dividida em duas palavras, no que KAI significa mudana e ZEN para melhor.

    Kaizen significa melhoramento. Mais ainda, kaizen significa contnuo melhoramento, envolvendo todos, inclusive gerentes e operrios. A filosofia do kaizen afirma que o nosso modo de vida seja no trabalho, na sociedade ou em casa merece ser constantemente melhorado. (IMAI, 1994).

    Segundo Imai (1994), o conceito de kaizen surgiu no Japo aps a Segunda Guerra

    Mundial, quando a grande maioria das empresas japonesas teve que comear do zero. Como todos os dias eram cheios de desafios para os gerentes e operrios japoneses, o kaizen tornou se praticamente um meio de vida. De acordo com o autor, o kaizen comea com a deteco de algum problema, pois quando no h problemas no h potencial para melhoramento.

    De acordo com Dennis (2008), os grandes benefcios do kaizen so:

    Fortalecer a habilidade de membros da equipe de:

    Trabalhar como equipe;

    Liderar uma equipe;

    Pensar clara e logicamente;

    Resolver problemas;

    Desenvolver a confiana entre membros de equipe. Membros de equipe se sentem bem ao saber que contriburam para o sucesso da empresa. Esto preparados para o prximo desafio;

    Atacar problemas cruciais com centenas de mos.

    De acordo com Dennis (2008), o kaizen acontece quando algum gerente tem algum problema para resolver, ele convoca ento um evento kaizen para resolver o mesmo. Aps um evento kaizen geralmente realizada uma apresentao para alta gerncia com os resultados do mesmo.

    Segundo Hornburg (2009), a base para o kaizen a segurana baseada em passos

    seguros atravs de conhecimento simples e convencional. Os eventos kaizen no so orientados em funo de resultados de curto prazo, mas sim, em funo do processo, visando resultados a longo e mdio prazo.

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    De acordo com Imai (1994), o kaizen funciona como uma pequena estufa para o cultivo de mudanas pequenas e contnuas. Ele cita ainda que o kaizen no demande grandes investimentos, mas sim esforo e compromisso contnuos. Para o autor a estratgia do kaizen desafiar constantemente os padres existentes. Estes padres existem para serem constantemente revisados e melhorados, pode-se observar como esse ciclo de melhoria contnua funciona e como interage entre as outras ferramentas da filosofia lean atravs da Figura 01.

    importante lembrar tambm que acordos devem ser firmados entre administrao e MOD, para que nenhuma MOD seja demitida com os ganhos dos kaizens. (IMAI, 1994) 3.2.6 - TEMPO DE CICLO

    Segundo Rother & Harris (2002), o tempo de ciclo a frequncia com que uma unidade acabada sai do final da clula de produo. Em algumas situaes, importante operar com tempos de ciclo abaixo do takt time para compensar os problemas na produo.

    De acordo com Alvarez & Antunes (2001), o takt time o ritmo de produo necessrio

    para atender a um determinado nvel considerado de demanda, dadas as restries de capacidade da linha ou clula.

    De acordo com Dennis (2008), o tempo de ciclo o tempo real que leva para a

    realizao de uma operao. O ideal sincronizar o tempo de ciclo ao takt time, para conseguir atender aos clientes em tempo.

    De acordo com Alvarez & Antunes (2001), o tempo de ciclo definido em funo dos

    tempos unitrios de processamento para cada mquina/posto e do nmero de trabalhadores alocados na clula/linha. Neste caso o tempo de ciclo o tempo de execuo das atividades do posto de trabalho mais lento.

    3.2.7 MTM - Methods-Time Measurement

    O MTM, Methods-Time Measurement, um sistema de tempos pr-determinados que foi desenvolvido por H. B. Maynard, G. J. Stegemerten e J. L. Schwab em 1948. Tem como base o estudo de tempos e movimentos para melhorar as operaes em uma linha de produo.

    Fonte: Adaptado de LIKER & MEIER (2007)

    Figura 01 Espiral de melhoria contnua.

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    Conforme Meyers (1999), provavelmente o sistema de tempos pr-determinados de maior uso atualmente.

    O MTM, conforme definio de seus autores, analisa qualquer operao manual ou

    mtodo em seus movimentos bsicos requeridos para serem realizados e associa a cada movimento um padro de tempo pr-determinado, o qual estipulado pela natureza do movimento e as condies sob as quais realizada (Maynard, 1948).

    Conforme Novaski e Sugai (2002), atualmente, o MTM oferece uma abordagem que,

    sem deixar de ser objetiva e metdica, adota uma postura mais atraente, especialmente, para os funcionrios.

    A sua correta implantao atende s necessidades bsicas de ergonomia dos

    colaboradores, alm de dar eficincia s linhas de produo possibilitando uma real diminuio de custos. Sua evoluo ininterrupta ao longo do tempo levou a uma consequente aceitao e confiabilidade no mercado. 4 - O EVENTO KAIZEN.

    A busca por competitividade hoje uma constante dentro das organizaes com vistas manuteno e at ampliao do mercado atendido por seu produto, o que sugeriu diretoria da empresa buscar a aculturao tecnolgica para aprimorar seus nveis de produtividade no processo de rebarbao de peas em ao fundido, quando foi decidido pela realizao de eventos kaizen, como projeto piloto no ano 2008.

    O artigo apresenta os efeitos do aumento da produtividade sade do operador aps 12

    meses do incio do uso do layout dimensionado no evento kaizen como tambm, o estudo de caso para buscar minimizar estes efeitos sobre o operador, atravs de ginstica laboral, e ainda, os resultados obtidos aps 06 (seis) meses de aplicao das aes.

    A avaliao da produtividade foi calcada numa famlia de peas, constituda por itens fundidos em ao carbono, com pesos mximo de 20,0 Kg e mnimo de 4,0 Kg, produzido no processo de rebarbao, num layout celular em "U".

    4.1- O GANHO DE PRODUTIVIDADE Este projeto KAIZEN aplicado ao processo de rebarbao de peas fundidas teve como objetivo reduo do lead time (tempo padro) da rebarbao e aumento de produtividade, conforme Grfico 01. L-se neste grfico os resultados levantados em dois momentos, conforme figura 02;

    a) ANTES DO PROJETO Perodo de produtividade do processo de rebarbao das peas fundidas com o layout anterior ao projeto kaizen (lay out em U).

    a) DEPOIS DO PROJETO Perodo de produtividade do processo de rebarbao das

    peas fundidas com o layout criado pelo projeto kaizen (layout one piece flow em circuito fechado)

  • Diagrama de espaguetti (Antes) Figura 02 Diagrama de espaguete e fluxo

    Grfico 01 Comparativo de Produtividade.

    out/08 nov/08 dez/08 jan/09

    LAY OUT KAIZEN

    17,25 8,83 9,41 7,19

    LAYOUT ANTERIOR

    5,84 4,37 3,58 2,95

    17,25

    8,839,41

    5,844,37 3,58

    02468

    101214161820

    Pro

    du

    tivi

    dad

    e:

    ton

    ela

    da

    / h

    om

    em

    -m

    s

    PRODUTIVIDADE DO PROCESSO DE

    Fonte: SESI

    Fonte: SESI

    O grfico 01 apresenta um incremento de 151,14% mdia da proanterior aps a adoo do novo layout.ritmo de trabalho dos operadoresapresentado no item 4.2.

    Diagrama de espaguetti (Antes) Diagrama de fluxo (Depois)Diagrama de espaguete e fluxo.

    Produtividade.

    fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09

    6,21 4,10 6,52 6,97 12,06 14,62 8,43

    2,61 1,55 1,43 1,64 2,03 5,55 7,36

    9,417,19

    6,214,10

    6,526,97

    12,06

    14,62

    3,58 2,95 2,611,55 1,43 1,64 2,03

    5,55

    PRODUTIVIDADE DO PROCESSO DE REBARBAO

    LAY OUT KAIZEN LAYOUT ANTERIOR

    O grfico 01 apresenta um incremento de 151,14% mdia da produtividade do perodo adoo do novo layout. Este acrscimo na produtividade culminou no aumento do

    ritmo de trabalho dos operadores, aps este perodo, impactando na sade d

    8

    grama de fluxo (Depois)

    set/09 M D IA D ESV IO D A M D IA

    13,71 9 ,6 1

    7,00 3 ,8 3151,14 %

    14,62

    8,43

    13,71

    5,55

    7,36

    7,00

    PRODUTIVIDADE DO PROCESSO DE

    dutividade do perodo rodutividade culminou no aumento do

    , impactando na sade dos mesmos, que ser

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    4.2 - O SURGIMENTO DAS SINTOMATOLOGIAS MSCULOS-ESQUELTICOS Com a anlise do grfico 01, fica evidente o aumento expressivo de produtividade do grupo

    em questo. Porm, conforme identificado por Isaac Newton a toda ao tem uma reao. Desta forma o aumento de produtividade trouxe consequncias fsicas aos colaboradores envolvidos. Visto que, estes no estavam condicionados fisicamente para os novos estmulos vindos da clula Kaizen. Com isto, por uma questo de tempo, os colaboradores envolvidos comearam a apresentar reclamaes vindas com o surgimento de sintomatologias msculos-esquelticos.

    Tal movimento tornou necessria a criao um grupo (SESMET) para discutir aes que

    eliminasse este problema, envolvendo o mdico do trabalho e a equipe do programa de SESI GINSTICA NA EMPRESA, a qual j aplicava este programa aos colaboradores desta empresa.

    Aps estudo do grupo atingido, criou-se um programa especfico de exerccios que foram

    aplicados duas vezes ao turno em toda a equipe da clula de produo, o que demonstraremos a seguir.

    4.3- PLANO DE AES PARA MINIMIZAR OS EFEITOS

    O Programa SESI Ginstica na Empresa em parceria com a empresa envolvida iniciou o projeto denominado: SESI GINSTICA NA EMPRESA NO SETOR DE REBARBAO, tendo como objetivo, identificar o efeito da prtica de ginstica laboral em relao s queixas de distrbios msculos-esquelticos do setor de rebarbao de peas em ao fundido.

    4.4- PESQUISA E COLETA DE DADOS

    O projeto em questo, primeiramente, realizou o levantamento de dados, os quais permitissem uma anlise fidedigna do grupo a ser estudado. Com isto, realizou-se a coleta de dados, contendo nesta pesquisa questes sobre: dados pessoais; condies de trabalho; queixas dolorosas; sua intensidade.

    A partir desta anlise iniciou-se o estudo das funes as quais envolviam os colaboradores da linha Kaizen, o qual se identificou um rol de caractersticas que permeavam tais funes laborais. Com isto, levantaram-se dados como: funes da Linha kaizen; equipamentos utilizados; caractersticas dos equipamentos; movimentos; regies musculares; angulaes; repeties realizados durante as operaes de trabalho.

    4.5-METODOLOGIA DO PROJETO

    Aps levantamento de dados, direcionaram-se os trabalhos para identificao dos exerccios a serem realizados, tendo como objetivo a reduo das sintomatologias dolorosas. Desta forma, definiu-se que seriam aplicadas duas aulas por turno, com durao de 10 minutos cada, direcionando primeira aula a realizao de exerccios com estmulos de resistncia muscular nas regies sinergistas da funo laboral, tendo como objetivo condicion-las a fim de auxiliarem com mais expressividade na realizao dos movimentos laborais realizados pela musculatura agonista. Sendo que, para esta, utilizou-se na segunda aula, a aplicao de exerccios com estmulos de aumento de amplitude muscular e relaxamento, com o objetivo de distencion-las durante a jornada de trabalho.

    As aulas de ginstica laboral, tendo como objetivos a aplicao dos estmulos musculares supracitados, tiveram a durao de seis meses. Sendo que, ao final deste perodo realizou pela segunda vez a aplicao a coleta de dados identificando os resultados a serem descritos em seguida. 4.6- RESULTADOS DO PROJETO

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    Para efetivao da coleta de dados, foi aplicado um questionrio contendo perguntas sobre os dados scio-demogrficos e tambm do trabalho. Para avaliar as sintomatologias msculos-esquelticos foi aplicado o questionrio de queixas msculos-esquelticos proposto por Kuorinka et al (1987), sendo traduzido e adaptado para a realidade brasileira por Alexandre e Barros (2003). Este questionrio composto de quatro questes sobre a ocorrncia de dor em nove regies corporais, sendo as questes sobre:

    1. Queixa de dor nos ltimos doze meses; 2. Se essa dor impediu a realizao de atividades de lazer ou de trabalho; 3. Procurou-se profissional de sade por causa dessa dor; 4. Queixa de dor nos ltimos sete dias precedentes a aplicao do questionrio.

    Foi acrescida a pergunta se essa dor, na percepo da respondente, possua relao com o trabalho, tanto na queixa de dor nos ltimos doze meses como nos ltimos sete dias. Para avaliar a percepo dos pesquisados quanto intensidade de dor em cada segmento corporal investigado no questionrio foi utilizada uma escala visual analgica de 10 centmetros, conforme figura 05.

    Porm, os resultados obtidos apresentam eficcia no que tange o alcance da ltima questo, relacionada identificao sintomatologias dolorosa nos ltimos sete dias - visto que o projeto teve durao de seis meses, no sendo vivel a elasticidade dos resultados nas questes relativas h 12 meses.

    As tabelas 01 e 02 abaixo tm como objetivo evidenciar os ndices de sintomatologias

    identificados pelo publico participante antes e depois de participar do projeto. Tabela 02: ndices de sintomatologias depois da implementao do projeto de Ginstica laboral

    PARTES CORPORAIS

    Do total de 07 operadores frequncia

    Nmero de operadores frequncia

    Do total de 07 operadores frequncia

    Nmero de operadores frequncia

    Pescoo 3 42,9% 0 0,0% 3 42,9% 0 0,0%

    Ombro s 4 57,1% 0 0,0% 4 57,1% 0 0,0%

    Part e super io r das cost as 1 14,3% 0 0,0% 1 14,3% 0 0,0%

    C ot ovelos 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

    Part e Inf erio r das cost as 2 28,6% 0 0,0% 2 28,6% 0 0,0%

    Punhos/ mos 2 28,6% 1 14,3% 2 28,6% 1 14,3%

    Quadri l/ C oxas 1 14,3% 0 0,0% 1 14,3% 0 0,0%

    Joelho s 1 14,3% 0 0,0% 1 14,3% 0 0,0%

    Tornozelos/ Ps 1 14,3% 1 14,3% 0 0,0% 0 0,0%

    Fonte: SESI

    LEVANTAMENTO DE NDICES SISTOMATOLGICOS

    Nos ltimos 7 dias voc teve algum problema no; Em sua percepo esses problemas (referentes aosltimos7dias) esto relacionados ao seu trabalho?

    ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

    Fig. 05: Escala visual analgica de dor Fonte: SESI

  • 11

    A partir da observao da tabela 02, conclui-se que depois de seis meses realizando duas sesses de ginstica laboral com a metodologia anteriormente descrita, os participantes perceberam diminuio de 100% as sintomatologias dolorosas nas regies pescoo, ombros, parte superior das costas, cotovelos, punhos/mos, parte inferior das costas, quadril/coxas e joelhos. Sendo que nas regies dos cotovelos, sendo a nica regio que continuou a ser apontada, porm com diminuio na intensidade sentida, passando de intensidade 06 para 03 (fig-06).

    Fig. 06: Escala visual analgica de dor reduo do sentimento de intensidade de dor em corporal

    O projeto em questo foi aprovado pela empresa, a qual incentivou a continuao deste

    por tempo indeterminado. Porm, para tal continuao efetiva, necessrio seria a adaptao de uma sala equipada e direcionada a realizao do projeto (com equipamentos auxiliares ginstica), estrutura a qual no foi cedida pela empresa por dificuldades de infraestrutura.

    Entretanto, o projeto continuou aplicando Ginstica Laboral direcionada, especialmente

    criada para o grupo, mas diferente do mtodo utilizado durante o perodo da pesquisa (seis meses) os quais tornaram possveis os resultados visualizados na tabela 02, mas fato o qual torna invivel a coleta de dados atuais para reavaliao do projeto. 5- CONCLUSO

    Almeida (2008) afirma que o aumento de produtividade no pode ser pensado como uma melhoria em curto prazo. Para que a produtividade seja aumentada de maneira consciente, deve-se atentar para a ergonomia dos postos e atividades dos operadores. Assim, importante notar que em muitos casos, os efeitos dos problemas ergonmicos (anlise do mobilirio usado, condies dos equipamentos, ferramentas e preparo fsico dos operadores) podem ser notados somente no longo prazo. Se no houver anlise ergonmica quando um mtodo de trabalho proposto com base, por exemplo, no mtodo MTM, provvel que futuramente os trabalhadores sofram as consequncias, podendo inclusive diminuir a produtividade e acarretar em prejuzos para a organizao.

    No estudo de caso apresentado neste artigo, o resultado do plano de ao

    implementado, mostra que a ginstica laboral aplicada por profissionais capacitados trouxe timos resultados aos operadores, minimizando os efeitos de dor, atravs da rotina de ginstica laboral com estimulao dos grupos musculares mais exigidos durante as atividades dos operadores.

    Como proposta de novos estudos seria a criao de um ndice de fadiga por posto de

    trabalho, utilizando tcnicas de MTM para avaliao de freqncia de movimentos em conjunto com o nvel de esforo exigido, desta forma seria possvel antecipar o impacto de alteraes de ritmo em postos de trabalho nos operadores, agindo de forma preventiva, reduzindo e at evitando a possibilidade de leses aos operadores.

    Fonte: SESI

    3 6

  • 12

    6- REFERNCIAS ALEXANDRE NMC, BARROS ENC. Cross-cultural adaptation of the Nordic musculoskeletal questionnaire. Int Nurs Rev. 2003; 50(2):101-7. ALMEIDA, D.L.M. Anlise da aplicao do mtodo MTM em empresas de manufatura: estudos de caso. 2008. 159f (Dissertao de Mestrado em Engenharia Mecnica) Universidade Federal de Santa Catarina. Florianpolis, 2008. ALVAREZ, R. R.; ANTUNES JR., J. A. V. Takt time: contexto e contextualizao dentro do Sistema Toyota de Produo. Revista Gesto & Produo, v. 8, n. 1, p. 01-18, abr. 2001. ALVAREZ, B. R. O papel da ginstica laboral nos programas de promoo da sade. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE FSICA E SADE, 3., 2001, Florianpolis. Anais do 3 Congresso Brasileiro de Atividade Fsica e Sade, Florianpolis: UFSC, 2001. p.17-18. ALVAREZ, B. R. Estilo de vida e hbitos de lazer de trabalhadores, aps 2 anos de aplicao de programa de ginstica laboral e sade: caso Intelbras. 2002. 172 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2002. ALVES, S.; VALE, A. Ginstica Laboral - Caminho para uma Vida mais Saudvel no Trabalho. Revista Cipa Benefcios da Ginstica no Trabalho. So Paulo, n. 232, v. 20, mar., 1999. p. 30-43. DENNIS, Pascal. Produo Lean Simplificada: Um guia para entender o sistema de produo mais poderoso do mundo. Traduo: Roslia Angelita Neumann Garcia. Porto Alegre: Bookman, 2008.

    FAYOL, H. Administrao industrial e geral. 5 ed. So Paulo: Atlas, 1964. FIGUEIREDO F, ALVO MA. Ginstica laboral e Ergonomia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. FUNDACENTRO. LER/ DORT. 2007 Disponvel em: http://www.fundacentro.gov.br/Acesso em 10/04/2012.

    HORNBURG, Sigfrid. Mtodos para Eventos Gemba Kaizen. 2009 Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2009. IMAI, Massaki. KAIZEN A Estratgia para o Sucesso Competitivo. 5 Ed. So Paulo: Instituto IMAM,1994. Kuorinka I, Jonsson B, Kilbom A, Vinterberg H, Biering-Sorenson F, Andersson G, Jorgensen K (1987): Standardized Nordic questionnaires for the analysis of musculoskeletal symptoms. Appl Ergon 18:233237. LIMA DG.Ginstica laboral: metodologia de implantao de programas com abordagem ergonmica. Jundia, SP: Fontoura, 2003. LIKER, JEFFREY K.; MEIER, DAVID. O Modelo Toyota: Manual de Aplicao.Porto Alegre: Bookman, 2007.

    MACIEL, M. G. Ginstica Laboral: instrumento de produtividade e sade nas empresas. Rio de Janeiro: Shape, 2008.

  • 13

    MARTINS, C. O., DUARTE, M. F. S. Efeitos da Ginstica Laboral em servidores da reitoria da UFSC. Revista Brasileira Cincia e Movimento. Braslia, 2000. 110p. Tese (Programa de Ps Graduao em engenharia de Produo) Universidade Federal de Santa Catarina. MAYNARD, H.B., Stegemerten, G.J. & Schwab, J.L. (1948). Methods-time Measurement. New York: McGraw-Hill.

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    ROTHER, Mike; HARRIS, Rick. Criando o Fluxo Contnuo: Um guia de ao para gerentes, engenheiros e associados da produo. 1 Ed. So Paulo: Lean Institute Brasil, 2002.

  • 14

    7- ANEXOS

    INSTRUMENTO DE PESQUISA

    PROJETO SESI GINSTICA NA EMPRESA NO SETOR REBARBAO CLULA KAIZEN

    Cdigo

    QUESTES SOBRE DADOS PESSOAIS

    01. Idade: _________ anos completos

    02. Peso: ___________ kg

    03. Estatura: ____________ metros

    04. Seu estado conjugal atual : Solteiro Casado / Vive com companheira Separado / Divorciado Vivo

    05. Voc estudou at o: Ensino Fundamental incompleto Ensino Fundamental completo (terminou a 8 srie) Ensino Mdio incompleto (no terminou o 3 colegial) Ensino Mdio completo (terminou o 3 colegial) Faculdade incompleta Faculdade completa

    06. Voc fuma? No Sim, ______________ CIGARROS POR DIA

    07. Voc bebe? No Sim, bebo em ocasies especiais, como festas, aniversrios, churrascos, etc.

    QUESTES SOBRE CONDIES DE TRABALHO

    08. Qual sua Funo? ___________________________________

    09. Quanto tempo em mdia voc passa trabalhando num dia de trabalho normal ? at 08 horas de 08 a 10 horas de 10 a 12 horas mais de 12 horas

    10. H quanto tempo voc trabalha nesta empresa? ____________ ANOS ____________ MESES

    11. H quanto tempo voc trabalha neste setor? _________ ANOS _________ MESES

  • 15

    12. Qual o seu turno de trabalho atual? 05h as 13h 13h as 22h

    13. Alm deste emprego, voc tem mais algum trabalho ou outra atividade que lhe d rendimento? No Sim, no mesmo ramo (casa, empresa, loja, etc) Sim, em outro ramo. Qual? _______________________________________________

    14. H quanto tempo voc trabalha em mais de um local? __________ ANOS __________ MESES

    LEVANTAMENTO DE NDICES SISTOMATOLGICOS

    Nos ltimos 7 dias voc teve algum problema no; Em sua percepo esses problemas (referentes aosltimos7dias) esto

    relacionados ao seu trabalho?

    ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

    PARTES CORPORAIS

    Do total de 07 operadores

    frequncia Nmero de operadores

    frequncia

    Do total de 07

    operadores frequncia

    Nmero de operadores

    frequncia

    15- Pescoo

    16- Ombros

    17- Parte superior das costas

    18- Cotovelos

    19- Parte Inferior das costas

    20- Punhos/mos

    21- Quadril/Coxas

    22- Joelhos

    23- Tornozelos/Ps

  • 16

    NAS QUESTES DE 24 A 32 ASSINALE UM X NA RETA ABAIXO DE ACORDO COM A SUA PERCEPO DE DOR NOS LTIMOS 7 DIAS EM CADA PARTE DO CORPO APRESENTADA. (CASO NO TENHA DOR, NO ASSINALE)

    24.

    Pescoo

    Pouca dor Dor Intensa

    25.

    Ombros

    Pouca dor Dor Intensa

    26.

    Parte superior das costas

    Pouca dor Dor Intensa

    27.

    Cotovelos

    Pouca dor Dor Intensa

    28.

    Parte inferior das costas

    Pouca dor Dor Intensa

    29.

    Punhos/Mos

    Pouca dor Dor Intensa

    30.

    Quadril/Coxas

    Pouca dor Dor Intensa

    31.

    Joelhos

    Pouca dor Dor Intensa

    32.

    Tornozelos/Ps

    Pouca dor Dor Intensa

  • 17

    QUESTES SOBRE ATIVIDADE FSICA

    Para responder s questes, lembre-se que: atividades fsicas VIGOROSAS so aquelas que precisam de um grande esforo fsico e

    que fazem respirar muito mais forte que o normal; atividades fsicas MODERADAS so aquelas que precisam de algum esforo fsico e

    que fazem respirar um pouco mais forte que o normal.

    33. Em quantos dias de uma semana normal, voc realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos seguidos, ou seja, qualquer atividade que aumente MUITO sua respirao ou batimentos do corao. _______________Dias por SEMANA

    Nenhum

    34. Nos dias em que voc faz essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos seguidos, quanto tempo, no total, voc gasta fazendo essas atividades por dia? ______________ horas/ minutos

    No fao atividades vigorosas

    35. Em quantos dias de uma semana normal, voc realiza atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos seguidos, ou seja, qualquer atividade que aumente MODERADAMENTE sua respirao ou batimentos do corao (por favor, no inclua caminhada). _______________Dias por SEMANA

    Nenhum

    36. Nos dias em que voc faz essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos seguidos, quanto tempo, no total, voc gasta fazendo essas atividades por dia? ______________ horas/minutos

    no fao atividades moderada

    37. Em quantos dias de uma semana normal, voc caminha por pelo menos 10 minutos seguidos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exerccio? _______________Dias por SEMANA

    Nenhum

    38. Nos dias em que voc caminha por pelo menos 10 minutos seguidos, quanto tempo, no total, voc gasta caminhando por dia? ______________ horas/minutos

    no fao caminhadas