A influência da célula programadora do Método de...

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1 A influência da célula programadora do Método de Reprogramação Músculo-Articular no ângulo de extensão do joelho após colecistectomia:estudo de caso. Jorge Carlos Menezes Nascimento Júnior [email protected] Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual Faculdade Ávila Resumo A célula programadora do Método de Reprogramação Músculo - Articular se propõe a combater a origem e sintomatologia das lesões músculo esqueléticas, através da reprogramação das cadeias musculares e articulares, com o objetivo de fazer uma reprogramação biomecânica e metabólica, reequilíbrio energético e normalização do tônus muscular e amplitude de movimento.Objetivos: Esta pesquisa objetiva verificar a influência da célula programadora do Método de Reprogramação Músculo Articular no ângulo de extensão do joelho em indivíduo submetido à colecistectomia convencional. Métodos:Trata- se de um estudo de caso em que foi analisado, através da biofotogrametria do ângulo de extensão do joelho. O protocolo foi dividido em duas etapas: antes e após a colocação da célula programadora. Resultados: De acordo com o teste estatístico t de Student houve variação significativa entre as variáveis biofotogramétricas na exten~sao de joelho antes e após a colocação da célula programadora. Assim conclui-se que a célula programadora do Método de Reprogramação Músculo-Articular influenciou positivamente no aumento do ângulo de extensão do joelho. Palavras-chave: Célula Programadora; Cicatrização; Tecido Conjuntivo; Amplitude de Movimento; Colecistectomia. 1. Introdução O Método de Reprogramação Músculo Articular possui seus alicerces na medicina tradicional chinesa e nos princípios de biomecânica. É terapia inovadora que utiliza células programadoras para combater a origem e sintomatologia das lesões músculo esqueléticas. Uma das lesões tratadas pelo método é a cicatriz, a qual provoca alterações no organismo, desequilibrando o sistema músculo esquelético (YASUNAGA JUNIOR, 2007). A cicatriz tratada no estudo é decorrente de uma colecistectomia. A colecistectomia convencional é um procedimento cirúrgico em que é realizada a retirada da vesícula biliar através da laparotomia, na qual é feita uma incisão da pele e tela subcutânea e, depois de secção de alguns músculos abdominais como o músculo reto abdominal (GOFFI, 2004). Após o procedimento cirúrgico, o tecido lesionado entra na fase de cicatrização, onde ocorre um complexo processo para que haja a recuperação tissular. A cicatrização pode ser divida em três fases: inflamatória, proliferativa e de moldagem (PITREZ, PIONER, 2003). O colágeno que forma a cicatriz é imaturo e depende da força de tração dos tecidos subjacentes, dessa forma ocorrerá encurtamento da cicatriz em resposta as forças contráteis e de tração do tecido cicatricial, com conseqüente limitação da amplitude de movimento e prejuízo das funções (SULLIVAN, SCHIMITZ, 2004). O processo de cicatrização compreende a recuperação de todo o tecido conjuntivo durante suas fases. Os tecidos conjuntivos são estruturas tissulares compostas por elementos extracelulares, colágeno, elastina, fibras reticulares, elementos celulares, fibroblastos e condrócitos. Eles compreendem a pele, ligamentos, tendões, cápsulas articulares e fáscias (GEMELLI, 2004).

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A influência da célula programadora do Método de

Reprogramação Músculo-Articular no ângulo de extensão do

joelho após colecistectomia:estudo de caso.

Jorge Carlos Menezes Nascimento Júnior

[email protected]

Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual – Faculdade Ávila

Resumo

A célula programadora do Método de Reprogramação Músculo - Articular se propõe a

combater a origem e sintomatologia das lesões músculo – esqueléticas, através da

reprogramação das cadeias musculares e articulares, com o objetivo de fazer uma

reprogramação biomecânica e metabólica, reequilíbrio energético e normalização do tônus

muscular e amplitude de movimento.Objetivos: Esta pesquisa objetiva verificar a influência

da célula programadora do Método de Reprogramação Músculo – Articular no ângulo de

extensão do joelho em indivíduo submetido à colecistectomia convencional. Métodos:Trata-

se de um estudo de caso em que foi analisado, através da biofotogrametria do ângulo de

extensão do joelho. O protocolo foi dividido em duas etapas: antes e após a colocação da

célula programadora. Resultados: De acordo com o teste estatístico t de Student houve

variação significativa entre as variáveis biofotogramétricas na exten~sao de joelho antes e

após a colocação da célula programadora. Assim conclui-se que a célula programadora do

Método de Reprogramação Músculo-Articular influenciou positivamente no aumento do

ângulo de extensão do joelho.

Palavras-chave: Célula Programadora; Cicatrização; Tecido Conjuntivo; Amplitude de

Movimento; Colecistectomia.

1. Introdução

O Método de Reprogramação Músculo – Articular possui seus alicerces na medicina

tradicional chinesa e nos princípios de biomecânica. É terapia inovadora que utiliza células

programadoras para combater a origem e sintomatologia das lesões músculo – esqueléticas.

Uma das lesões tratadas pelo método é a cicatriz, a qual provoca alterações no organismo,

desequilibrando o sistema músculo – esquelético (YASUNAGA JUNIOR, 2007).

A cicatriz tratada no estudo é decorrente de uma colecistectomia. A colecistectomia

convencional é um procedimento cirúrgico em que é realizada a retirada da vesícula biliar

através da laparotomia, na qual é feita uma incisão da pele e tela subcutânea e, depois de

secção de alguns músculos abdominais como o músculo reto abdominal (GOFFI, 2004). Após

o procedimento cirúrgico, o tecido lesionado entra na fase de cicatrização, onde ocorre um

complexo processo para que haja a recuperação tissular.

A cicatrização pode ser divida em três fases: inflamatória, proliferativa e de moldagem

(PITREZ, PIONER, 2003). O colágeno que forma a cicatriz é imaturo e depende da força de

tração dos tecidos subjacentes, dessa forma ocorrerá encurtamento da cicatriz em resposta as

forças contráteis e de tração do tecido cicatricial, com conseqüente limitação da amplitude de

movimento e prejuízo das funções (SULLIVAN, SCHIMITZ, 2004). O processo de

cicatrização compreende a recuperação de todo o tecido conjuntivo durante suas fases.

Os tecidos conjuntivos são estruturas tissulares compostas por elementos extracelulares,

colágeno, elastina, fibras reticulares, elementos celulares, fibroblastos e condrócitos. Eles

compreendem a pele, ligamentos, tendões, cápsulas articulares e fáscias (GEMELLI, 2004).

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A fáscia é o tecido mais penetrante e representa uma rede tridimensional que envolve todo o

corpo (MANHEIN apud BIANCHINI, MOREIRA, 2003, p. 60). Pode influenciar diretamente

na amplitude de movimento (PAOLETTI apud BIANCHINI, MOREIRA, 2003, p. 62). Desta

forma, cicatriz de um procedimento cirúrgico, como a colecistectomia, poderá ter influência

na amplitude de movimento do joelho. Com esse pensamento elegemos para a análise apenas

o ângulo de extensão do joelho, já que a lesão fascial atinge de maneira global, podendo,

então, ter influência em qualquer articulação.

A amplitude de movimento normal é influenciada pela mobilidade articular e flexibilidade

dos tecidos moles (músculos, tecido conectivo e pele) que envolvem a articulação (BRANDY,

2003; FOSS, KETEYIAN, 2000; KISNER, COLBY, 1998).

O objetivo desta pesquisa é verificar a influência da célula programadora do Método de

Reprogramação Músculo – Articular no ângulo de extensão do joelho em paciente submetido

à colecistectomia. Para tal, o método de escolha para a análise dos ângulos foi a

biofotogrametria.

A biofotogrametria é um método que possui princípios fotogramétricos utilizando-se de

imagens obtidas dos movimentos corporais (RICIERI, 2000).

Há uma escassez de estudos a respeito da utilização da célula programadora do Método de

Reprogramação Músculo - Articular. Tendo em vista tal situação faz-se necessário a

realização de pesquisas na área, com o intuito de trazer maiores conhecimentos sobre a

técnica estudada.

2. Marco Teórico

2.1. Reprogramação músculo – articular

O Método de Reprogramação Músculo - Articular é uma terapia nova, desenvolvida a partir

de estudos de um médico japonês, Matsubara Eita. Esses estudos uniram o conhecimento da

Medicina Tradicional Chinesa e os princípios da Biomecânica. O método baseia-se em

técnicas de Acupuntura, Cinesiologia Aplicada, Kinethio Tape, Kabat, RPG, Cadeias

Musculares, Osteopatia, Posturologia e outras (YASUNAGA JUNIOR, 2007).

O método propõe-se a fazer uma reprogramação das cadeias musculares e articulares,

procurando eliminar a causa e não apenas os sintomas da lesão. É uma forma de tratamento

inovadora que utiliza Células Programadoras (adesivos com formatos especiais), colocados no

sentido e locais adequados no paciente. As Células Programadoras possuem características

inelásticas, são hidrófobas e hipoalérgicas. Além da reprogramação das cadeias musculares e

articulares, essa terapia também age com o objetivo de fazer uma reprogramação

biomecânica, metabólica, reequilíbrio energético, normalização do tônus muscular e

amplitude de movimento (YASUNAGA JUNIOR, 2007).

A Reprogramação Músculo - Articular é utilizada em lesões do sistema músculo – esquelético

como, por exemplo, nas cicatrizes. No caso da cicatriz, o organismo humano pode encontar-se

desregulado em três níveis: postural, energético e metabólico. A cicatriz provoca um

estiramento dos exteroceptores, desorganiza o fluxo energético e aumenta a produção de

adrenalina, alteração esta que provoca um aumento da freqüência cardíaca, aumentando a

circulação no local da cicatriz. Essas alterações decorrentes da cicatriz provocam um

desequilíbrio no organismo, alterando o sistema músculo – esquelético (YASUNAGA

JUNIOR, 2007).

A aplicação da Célula Programadora será sobre o ponto de tensão e o sentido, longitudinal

(em forma de cruz) ou diagonal (em forma de “x”), dependerá da origem e inserção, caso seja

no músculo, e posição anatômica, caso seja no osso. Na cicatriz, a célula deve ser colocada

longitudinalmente em toda a extensão da mesma. O tempo de aplicação varia de 48 a 72 horas

(YASUNAGA JUNIOR, 2007).

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2.2. Exteroceptores

Exteroceptores são receptores que se localizam na superfície externa do corpo e recebem

estímulos do ambiente através da pele e do tecido subcutâneo, sendo os responsáveis pelas

sensações de dor, temperatura, toque leve e pressão (MACHADO, 2000; SULLIVAN, 2004).

Os exteroceptores mais importantes são corpúsculos de Meissner, responsáveis por tato e

pressão; corpúsculos de Ruffini, responsáveis também por tato e pressão e corpúsculos de

Vater-Paccini, responsáveis pela sensibilidade vibratória. Além desses receptores existem as

terminações nervosas livres que também acumulam as sensações de tato, temperatura e dor

(MACHADO, 2000).

Os estímulos externos afetam todos os sentidos do corpo humano, assim quanto mais

estímulos um individuo receber, mais treinados estarão seus receptores e a sua musculatura

(KNUDSON e MORRISON,2001 apud GONZALEZ, 2005).

2.3. Cicatriz e cicatrização

A cicatrização consiste em um conjunto de eventos celulares e moleculares, no qual ocorrem

fenômenos bioquímicos e fisiológicos que interagem de maneira harmoniosa na recuperação

tissular (ORTONNE apud MANDELBAUM, S., MANDELBAUM, M., SANTIS, 2003, p.

393).

Existem três formas de cicatrização: por primeira intenção, por segunda intenção e por

terceira intenção (PITREZ, PIONER, 2003).

Na cicatrização por primeira intenção as bordas cicatriciais são aproximadas como nas feridas

limpas que são suturadas imediatamente. Já na cicatrização por segunda intenção as bordas

não são aproximadas o que resulta na produção de tecido de granulação, ocupando o intervalo

entre as bordas. E na cicatrização por terceira intenção a ferida permanece aberta, ocorrendo à

aproximação das bordas alguns dias depois, quando solucionado o quadro infeccioso

(PITREZ, PIONER, 2003).

As feridas cirúrgicas geralmente cicatrizam por primeira intenção, envolvem pouca perda

tecidual e apresentam um risco menor de infecção, gerando cicatrizes mínimas em quatro a

quatorze dias após a cirurgia. Entretanto, essas lesões cirúrgicas podem cicatrizar por terceira

intenção, caso precisem permanecer abertas para que ocorra a redução da infecção e

drenagem local de exudato. Em lesões crônicas a cicatrização ocorre por segunda intenção

(HESS, 2002).

O colágeno que forma a cicatriz é imaturo e depende da força de tração dos tecidos

subjacentes, dessa forma ocorrerá encurtamento da cicatriz em resposta as forças contráteis e

de tração do tecido cicatricial, com conseqüente limitação da amplitude de movimento e

prejuízo das funções (SULLIVAN, SCHIMITZ, 2004). No tecido cicatricial não há formação

de elastina, o que faz com que o tecido perca sua elasticidade (BIENFAIT apud PEGORARO,

2004).

2.4. Amplitude de movimento

Amplitude de movimento é o grau de movimento de uma articulação (PASSOS, HUBINGER

2001).

A amplitude de movimento pode ser dividida em ativa e passiva. Amplitude ativa é aquela em

que o movimento articular é voluntário e sem resistência. Amplitude passiva é realizada

através do movimento passivo, involuntário. Em geral, a amplitude ativa é menor que a

passiva, uma vez que a articulação possui um pequeno grau de movimento em sua amplitude

final, que não está a cargo do controle voluntário (SULLIVAN, SCHIMITZ, 2004).

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A amplitude de movimento normal é influenciada pela mobilidade articular e flexibilidade

dos tecidos moles (músculos, tecido conectivo e pele) que envolvem a articulação (BRANDY,

2003; FOSS, KETEYIAN, 2000; KISNER, COLBY, 1998).

2.5. Tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos são estruturas tissulares compostas por elementos extracelulares,

colágeno, elastina e fibras reticulares e elementos celulares, fibroblastos e condrócitos. Eles

compreendem a pele, ligamentos, tendões, cápsulas articulares e fáscias (GEMELLI, 2004).

O colágeno é o principal componente do tecido conjuntivo e é sintetizado pelos fibroblastos

(HALL apud GEMELLI, 2004). Segundo BIENFAIT (1995 apud GEMELLI, 2004) as

moléculas de colágeno são unidas por ligações intramoleculares (pontes cruzadas) que

conferem às mesmas força e estabilidade sob tensão mecânica.

Na formação do tecido conectivo o colágeno posiciona-se em paralelo para formar as

microfibrilas, passando a fibrilas e finalmente a feixes de tecido conectivo representando

cerca de 80 a 90 % de sua estrutura, resultando em muita força e pouca extensibilidade devido

à consistência das ligações cruzadas do colágeno. (ACHOUR JR apud GEMELLI, 2004).

A fáscia é o tecido mais penetrante e representa uma rede tridimensional que envolve todo o

corpo (MANHEIN apud BIANCHINI, MOREIRA, 2003, p. 60). ACHOUR (2002 apud

GEMELLI, 2004) complementa, afirmando que a fáscia possui também elasticidade

tridimensional.

Nenhuma atividade metabólica é apresentada pelas fáscias, tendo sua fisiologia encontrada

unicamente na produção de colágeno e elastina. Por ser uma proteína que sofre constantes

modificações, acredita-se que a maior parte das patologias do tecido conjuntivo encontra-se

no colágeno, pois sua secreção vai depender da tensão exercida no tecido. Se a tensão for

contínua e prolongada, as fibras colágenas se instalam em série e alongam-se, mas se for curta

e recorrente, ficam em paralelo e tornam-se densas, mais resistentes e perdem elasticidade

progressivamente (BIENFAIT, 2000).

Conclui-se então que fáscia influencia diretamente a amplitude de movimento (PAOLETTI

apud BIANCHINI, MOREIRA, 2003, p. 62). Em pesquisa realizada em animais na

Universidade de Tiradentes, RODRIGUES (1998 apud VIEIRA et al., 2000) ressalta que o

tecido conjuntivo influencia na limitação da amplitude de movimento.

Alguns fatores são determinantes para uma maior ou menor amplitude de movimento, como a

forma do osso e cartilagem, força, tônus e volume musculares, frouxidão ligamentar e

capsulares, extensibilidade da pele e tecido subcutâneo, raça, sexo, idade, fatores genéticos,

dominância de membros (o membro dominante tende a ser menos móvel que o não

dominante) e a sobrecarga sobre as articulações (MAGEE, 2002).

2.6. Músculo esquelético

O músculo é formado por fibras musculares, que se organizam em fascículos. As fibras

musculares são formadas por feixes menores, as miofibrilas. Nas miofibrilas estão contidos os

sarcômeros, que são formados por miofilamentos de actina (faixas claras e finas) e miosina

(faixas escuras e espessas). No sarcolema, membrana que envolve a fibra muscular, está

contido o sarcoplasma, no qual existem estruturas significantes como a mitocôndria e o

retículo sarcoplasmático. O limite do sarcômero começa em uma linha Z e termina em outra

linha Z. A faixa escura presente no músculo corresponde à faixa A ou anisotrópica, composta

por filamentos de actina e miosina. A faixa A é dividida por uma zona intermediária, a faixa

H, formada por filamentos de miosina exclusivamente. A faixa clara do músculo representa a

faixa I ou isotrópica, onde contém apenas actina e localiza-se a linha Z. Enquanto os

filamentos de miosina são formados apenas por miosina, os filamentos de actina da faixa I são

compostos por actina, tropomiosina e troponina (SMITH, WEISS, LEHMKUH, 1997).

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Os músculos possuem uma característica muito importante chamada plasticidade, propriedade

que lhe dá a capacidade de adaptarem-se aos mais diversos estímulos (SALVINI in

MARQUES, 2000). Para Willians e Goldspink citado por Salvini (2000 apud MARQUES,

2000) estudos demonstraram que ao sofrer um estímulo o músculo adapta-se às alterações de

comprimento através da regulação no número de sarcômeros em série, sendo que na posição

alongada há um aumento de 20% e no encurtamento ocorre um redução de 40%.

Segundo Willians e Goldspink citado por Salvini (2000 apud MARQUES, 2000) o tecido

conjuntivo apresenta-se mais abundante e sofre um maior remodelamento quando os

músculos estão imobilizados em posição encurtada e isso acontece principalmente com as

fibras de colágeno do perimísio, acarretando diminuição da elasticidade e aumento da tensão.

2.7. Anatomia da vesícula biliar

A vesícula biliar tem o aspecto piriforme, mede aproximadamente 10 centímetros de

comprimento por 3,5 centímetros de largura e suporta em média 30 mililitros de bile. Tem

como função básica armazenar e concentrar a bile (DIDIO, 2002).

Para uma melhor compreensão, a vesícula biliar pode ser dividida em quatro partes: fundo,

corpo, infundíbulo e colo. Está localizada na face inferior do lobo direito do fígado

(MICMINN, HUTCHINGS, LOGAN, 2000).

2.8. Colecistectomia

A colecistectomia é o procedimento cirúrgico que permite a retirada da vesícula biliar e a

principal intervenção do trato digestivo, em virtude ao alto índice de litíase vesicular. Está

indicada na calculose biliar, colecistite aguda ou crônica, calculosa ou alitiásica, em

malformações da vesícula biliar, fístula pós – colecistotomia, ruptura traumática da vesícula

biliar ou ducto cístico, peritonite biliar e neoplasias (GOFFI, 2004).

Em estudo realizado na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo no período de janeiro de

1997 a janeiro de 2001, 1123 pessoas foram submetidas à cirurgia de colecistectomia, dentre

os quais 39 evoluíram com complicações. Dentre elas fístula biliar em 20,5%, pancreatite

aguda em 15,4%, broncopneumonia em 10,3%, perda do dreno em 7,7%, evisceração em

7,7%, íleo prolongado em 7,7%, coleção intra-abdominal em 7,7%, acidente vascular cerebral

em 5,1%. No número total de pacientes apenas 0,4% evoluíram a óbito (HANGUI et al, 2004,

p.60).

2.9. Biofotogrametria

A biofotogrametria é um método que possui princípios fotogramétricos utilizando-se de

imagens obtidas dos movimentos corporais. Conceitos de fotointerpretação foram aplicados às

imagens constituindo uma poderosa ferramenta para o estudo da cinemática (RICIERI, 2000).

Um dos principais programas para a análise de imagens através da biofotogrametria é o AL

Cimage 2.1, desenvolvido pelo Dr. Mário Antônio Baraúna. Este programa é um algoritmo

matemático que quantifica pontos de imagem transformando-os em eixos coordenados

cartesianos. O programa realiza cálculos de ângulos formados através da marcação de três

pontos seqüenciais, tendo o resultado a precisão de três casas decimais (MAGAZONI apud

BARAÚNA et al, 2003, p. 29).

3. Metodologia

O estudo foi realizado no ambulatório de Fisioterapia da UEPA /Campus XII/Santarém com o

paciente N.S.S., sexo masculino, 34 anos de idade, policial militar, natural de Santarém/Pará e

submetido à cirurgia de colecistectomia em 4 de novembro de 2010. O paciente da presente

pesquisa foi estudado segundo as Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS

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196/96) do Conselho Nacional de Saúde e de acordo com o Código de Ética do Fisioterapeuta

(Resolução COFFITO 10/78).

Esta pesquisa é experimental, há um controle sobre os fatores; constituindo uma relação de

causa e efeito. Descritiva, pois aborda descrição, registro, análise e interpretação dos

fenômenos. Aplicada, pois objetiva a aplicação prática dos dados teóricos (MARCONI,

LAKATOS, 1999).

A pesquisa trata-se de um estudo de caso e foi dividida em duas etapas, antes da colocação da

célula programadora e após a colocação. A primeira etapa teve duração de três dias

consecutivos, com intervalo de 24 horas entre uma coleta e outra das imagens. Houve um

intervalo de uma semana entre a primeira e a segunda etapa. A segunda etapa também teve

duração de três dias consecutivos com intervalo de 24 horas entre a coleta das imagens.

A variável analisada foi o ângulo de extensão do joelho, através da biofotogrametria com o

software AlCimage 2.1, antes e após a colocação da célula programadora do Método de

Reprogramação Músculo-Articular.

Antes do início da pesquisa, o paciente foi informado sobre os objetivos do trabalho e de sua

participação no mesmo. Foi enfatizado ao voluntário o tipo de vestimenta que deveria usar e

todos os procedimentos que seriam utilizados para a coleta de dados.

O cenário para coleta de dados foi montado no ambulatório de Fisioterapia da UEPA Campus

XII. O suporte metálico com regulagem de altura foi fixado a uma maca posicionada junto à

parede (figura 1). O tripé regulável (figura 2) foi posicionado a uma distância de 2,5 metros

da maca e regulado à mesma altura do membro do paciente sobre o suporte, 1,2 metros. A

câmera foi acoplada ao tripé. Foram feitas marcações no chão com esparadrapo para que,

tanto a maca quanto o tripé, ficassem sempre nas posições iniciais.

Figura 01 – Maca com suporte

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Figura 02 – Tripé Regulável

No primeiro dia, durante a primeira etapa, o paciente foi posicionado em decúbito dorsal na

maca, com o membro inferior direito sobre o suporte, de modo que a articulação coxo-femoral

ficou em um ângulo de 90° em relação ao tronco, e a articulação do joelho em um ângulo de

90° em relação à coxa. O paciente foi estabilizado à maca com faixas inelásticas no quadril e

membro inferior esquerdo e no suporte, com faixa inelástica na coxa direita (figura 3). O

mesmo procedimento foi repetido no segundo e terceiro dias desta primeira etapa.

Figura 3 – Posicionamento do paciente antes da execução do movimento

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Com base no livro de anatomia palpatória Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior

(TIXA, 2000), foram localizados os pontos anatômicos sobre os quais foram colados os

adesivos. Os pontos escolhidos foram no quadril o trocânter maior do fêmur, no joelho o

epicôndilo lateral do fêmur e no tornozelo o ápice do maléolo lateral.

O paciente foi fotografado inicialmente com o membro relaxado sobre o suporte metálico e

em seguida foi dado o comando verbal: “Estique a perna até o seu limite e mantenha nesta

posição”. Três segundos após o comando verbal o paciente foi novamente fotografado. Após

a fotografia foi solicitado ao paciente que baixasse o membro (figura 4).

Figura 4 – Paciente com a perna estendida

De acordo com estudos realizados em indivíduos durante seis semanas, o alongamento do

músculo durante trinta segundos aumentou a amplitude de movimento muito mais que o

alongamento realizado por quinze segundos, sendo que os resultados obtidos com o último

não foram estatisticamente significantes (BANDY et al, 1994 apud Gemelli).

Durante a segunda etapa de testes o paciente foi orientado quanto à célula programadora, para

que tomasse cuidado durante o banho e a troca de roupas. Caso ocorresse descolamento ou

queda das mesmas, estas seriam recolocadas pelos pesquisadores.

No primeiro dia o paciente foi posicionado à maca e estabilizado como na etapa anterior. Na

sequência, as células programadoras foram colocadas longitudinalmente sobre toda a extensão

da cicatriz (figuras 5 e 6). Em seguida foram localizados os pontos anatômicos e colocado os

adesivos. Como na primeira etapa o paciente foi fotografado antes e depois do movimento de

extensão da perna. Após a fotografia foi solicitado ao paciente que baixasse o membro.

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Figura 5 – Cicatriz sem a célula

Figura 6 – Célula programadora sobre a cicatriz

No segundo e terceiro dias o paciente foi posicionado, estabilizado e fotografado como nos

dias anteriores. Ao final do último dia, as células programadoras foram retiradas da cicatriz do

paciente.

Os dados foram obtidos e catalogados em graus de acordo com a tabela 1.

Antes Após

1º dia 153,35° 158,33°

2º dia 152,85º 156,59°

3º dia 154,82º 157,57°

Tabela 1 – Dados obtidos em graus do ângulo de extensão do joelho antes e após a utilização da célula programadora

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A análise estatística se procedeu com o teste de contraste de médias, comparando-se os graus

de cada variável entre as diferentes etapas. Após este, foi utilizado o teste “t de student” com

o nível de significância α de 5% (α=0,05). Para níveis de significância entre 0.05 e 0.01 os

resultados são considerados significantes, para valores entre 0.01 e 0.001 são considerados

muito significantes, e para valores menores que 0.001, extremamente significantes.

4. Resultados

De acordo com o Teste t de Student, que apresentou o resultado t = 4,92 e comparação com a

tabela para valores de t (anexo 1), chega-se a conclusão que houve diferença estatisticamente

significativa entre as etapas.

Tabela 2 – Análise estatística, média e desvio padrão de acordo com o resultado t=4,92

5. Discussão

O voluntário submetido à pesquisa foi selecionado por se tratar de um indivíduo que obedece

aos critérios de inclusão e exclusão, por ter sido submetido à colecistectomia convencional,

estando na faixa etária entre 25 e 45 anos, sendo do sexo masculino e não apresentando

distúrbios articulares, neurológicos, circulatórios ou metabólicos, que possam influenciar no

ângulo de extensão do joelho.

O Método de Reprogramação Músculo - Articular, terapia eleita por que se propor a tratar

lesões músculo - esqueléticas, dentre as quais as cicatrizes. O método, através de Células

Programadoras (adesivos com formatos especiais), atua no sentido de reprogramar as cadeias

musculares e articulares e justamente um dos seus objetivos é a normalização da amplitude de

movimento. Além da reprogramação das cadeias musculares e articulares, essa terapia

também age com o objetivo de fazer uma reprogramação biomecânica e metabólica,

reequilíbrio energético e normalização do tônus muscular e amplitude de movimento

(YASUNAGA JUNIOR, 2007).

A colecistectomia convencional foi o procedimento cirúrgico eleito por ser uma técnica em

que é realizada a retirada da vesícula biliar através da laparotomia, na qual é feita uma incisão

da pele e tela subcutânea e, depois de secção de alguns músculos abdominais como o músculo

reto abdominal (GOFFI, 2004). Após o procedimento cirúrgico, o tecido lesionado entra na

fase de cicatrização, na qual é formado o tecido cicatricial.

A escolha da cicatriz para o tratamento com as células programadoras deve-se ao fato que esta

provoca um estiramento dos exteroceptores, desorganiza o fluxo energético e aumenta a

produção de adrenalina, alteração esta que provoca um aumento da freqüência cardíaca,

aumentando a circulação no local da cicatriz. Essas alterações decorrentes da cicatriz

provocam um desequilíbrio no organismo, alterando o sistema músculo – esquelético

(YASUNAGA JUNIOR, 2007).

Segundo alguns estudiosos, em uma cicatrização normal o tecido cicatricial perde 20% da

força de tensão de uma pele sem lesão, devido aos próprios eventos celulares e moleculares

responsáveis pela restauração tissular (MANDELBAUM, S., MANDELBAUM, M.,

SANTIS, 2003).

Exteroceptores são receptores que se localizam na superfície externa do corpo e recebem

estímulos do ambiente através da pele e do tecido subcutâneo, sendo os responsáveis pelas

sensações de dor, temperatura, toque leve (MACHADO, 2000; SULLIVAN, 2004). Os

Sem a célula Com a célula t-valor<0,05

Média Desvio padrão Média Desvio Padrão t = 4,92

153,67 1,024 157,50 0,87

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receptores responsáveis pela captação de sinais que determinam o toque contínuo de objetos

sobre a pele são os Discos de Merkel (GUYNTON E HALL apud GONZALEZ, 2005).

A fáscia é o tecido mais penetrante e representa uma rede tridimensional que envolve todo o

corpo (MANHEIN apud BIANCHINI, MOREIRA, 2003, p. 60). ACHOUR (2002 apud

GEMELLI, 2004) complementa, afirmando que a fáscia possui também elasticidade

tridimensional.

Os autores supracitados sugerem que lesões cicatriciais podem afetá-la, o que pode ser

verificado no local da lesão através de exame físico, promovam alterações músculo –

esqueléticas em qualquer parte do corpo, mesmo àquelas distantes da lesão inicial. Desta

forma, cicatriz de um procedimento cirúrgico em tronco, como a colecistectomia, poderá ter

influência na amplitude de movimento do joelho. Com esse pensamento foi escolhido para a

análise apenas o ângulo de extensão do joelho, já que a lesão fascial atinge de maneira global,

podendo, então, ter influência em qualquer articulação.

Na comparação entre o ângulo de extensão do joelho antes e após a colocação da célula

programadora do Método de Reprogramação Músculo-Articular, houve ganho

estatisticamente significativo neste ângulo, evidenciando a influência do método sobre a

amplitude de movimento da extensão de joelho.

6. Conclusão

O estudo sugere que a célula programadora do Método de Reprogramação Músculo-Articular

influencia na amplitude de movimento, uma vez que a pesquisa demonstrou alterações no

ângulo de extensão do joelho na comparação entre as fases do trabalho, como demonstrado no

valor encontrado estatisticamente com t=4,92 no teste estatístico t de Student.

Toda terapia, antes de receber o reconhecimento no mundo acadêmico e científico, precisa

passar por uma fase de constantes estudos, o que irá dizer se a mesma tem aplicabilidade

prática e embasamento teórico condizentes com seus objetivos terapêuticos.

O fato acima descrito dá ao Método de Reprogramação Músculo - Articular pouco

reconhecimento, pois se trata de uma técnica nova e com poucas pesquisas a seu respeito.

Infelizmente, não é possível a comparação deste estudo a outros, pela escassez de trabalhos

científicos a respeito do método proposto, por se tratar de uma terapia relativamente recente.

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ANEXO

ANEXO A – Tabela t de Student