A Industria de Petróleo
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A Industria de petróleo
Em 1859 o maior e mais importante setor industrial da atualidade teve seu início,
quando o Coronel Edwin L. Drake perfurou, de forma rudimentar, o primeiro poço de
petróleo. O passar do tempo apenas consolidou a indústria petrolífera como uma das
mais influentes economicamente no mundo, movimentando bilhões de dólares através
dos seus produtos derivados, considerados o alicerce das necessidades do mundo
moderno. Porém, tão acentuados quanto seus efeitos socioeconômicos são seus
impactos ambientais, o que vai contra ao crescente princípio de desenvolvimento
sustentável.
A motorização individual crescente, principalmente no Brasil, que ganha
destaque nesse quesito, intensificou não só o trafego nos grandes centros urbanos, mas
também a poluição atmosférica dos mesmos. Dos danos ao ambiente e à saúde humana,
causados pela emissão dos poluentes gerados por estes, destacam-se a acidificação de
rios e florestas, o ataque aos materiais, o aumento de problemas respiratórios e
circulatórios na população, bem como a perda do seu bem estar, além do efeito estufa e
do aquecimento global. Na região metropolitana de São Paulo as emissões veiculares
chegam a corresponder a 83,2% do CO; 81,4% dos HC; 96,3% dos NOx; 38,9% do
MP10 e 53% dos SOx lançados na atmosfera.
Tendo a produção nacional de gasolina atingido a marca de 22 bilhões de litros
por ano e contendo esta 1000 ppm de enxofre em sua composição, os compostos
sulfonados oriundos de sua queima ganham atenção especial. Presente no sua forma
elementar, mercaptanas, sulfetos, tiofeno, benzotiofeno, dibenzotiofeno e seus derivados
alquílicos, o enxofre, quando queimado nos motores de veículos formam os óxidos
responsáveis pelas chuvas ácidas e por danos aos sistemas respiratórios e
cardiovasculares (SOx), o que levou as grandes refinarias a procurarem meios de reduzir
seu teor nos combustíveis de forma geral.
Um dos processos já consagrado é a hidrodessulfurização, onde ocorre a
hidrogenação catalítica dos compostos sulfonados, quebrando as ligações C-S e
formando H2S. Porém, para a adequação das atuais e mais exigentes norma de qualidade
dos combustíveis, processos alternativos de remoção de enxofre vem sendo propostos.
Um destes é a dessulfurização oxidativa, processo que consiste no princípio de
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aumentar a polaridade dos compostos sulfonados, através de uma reação de oxidação
auxiliada por catalisadores, favorecendo, assim, sua separação dos outros compostos
presentes no combustível através de uma extração liquido-liquido.
Sendo tal processo considerado promissor, garantindo os resultados esperados
quanto a produção de combustíveis mais limpos em escala de bancada, novos estudos
procuram a melhor combinação de catalisadores e condições operacionais que otimizem
o mesmo, adequando ainda mais estes combustíveis aos propósitos da “tecnologia
verde” e levando tal processo à escala de produção industrial. Para tanto, o
conhecimento da cinética reacional é de extrema importância, não só para o
conhecimento das condições de equilíbrio e rendimento das reações, mas para a
determinação e dimensionamento do reator que garantirá o seu potencial ótimo.
Diante do exposto, este trabalho visa a obtenção de equações de taxa para os
processos de dessulfurização oxidativa a partir de catalisadores heterogêneos analisando
as conversões de equilíbrio teóricas e constantes de velocidades para os modelos
cinéticos disponíveis na literatura, determinando as energias de ativação para cada
modelo.