A IMPORTÂNCIA DOS TRIBUTOS NA ORGANIZAÇÃO DO … · informações importantes para o meio...
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1
MARIA DAS GRAÇAS DE
FREITAS GOMES
CAMPO MOURÃO
2011
A IMPORTÂNCIA DOS TRIBUTOS NA ORGANIZAÇÃO DO
ESPAÇO URBANO DE CAMPO MOURÃO
UNIDADE
DIDÁTICA
1
PLANO DE UNIDADE DIDÁTICA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Maria das Graças de Freitas Gomes
Área/ Disciplina PDE: Geografia
NRE: Campo Mourão
Professor Orientador IES: Fábio Rodrigues da Costa
IES vinculada: FECILCAM
Tema de estudo: a aplicação dos tributos na educação
Título: a importância dos tributos na organização do espaço urbano de
Campo Mourão
Escola de Implementação: Colégio Estadual Unidade Polo
Público Objeto da Intervenção: alunos de 8ª série (9ºano)
2
JUSTIFICATIVA
A unidade “A importância dos tributos na organização do espaço urbano de
Campo Mourão”, foi pensada para atender preferencialmente os educandos da 8ª
série (9º ano) do fundamental, visto que nessa fase do ensino-aprendizagem é
comum os educadores diagnosticarem as constantes dúvidas referentes a
investimentos e melhorias dos serviços públicos no Brasil como um todo, desde
um pequeno município, a uma metrópole, com maior ou menor influência
nacional.
A partir do conteúdo desenvolvido nessa unidade, será possível trabalhar de
forma direta com a 8ª série (9º ano) e indireta com as demais séries, seja do
ensino fundamental ou médio.
É importante que todos os educandos e também educadores do Colégio Estadual
Unidade Polo de Campo Mourão, instituição onde ocorrerá a intervenção
pedagógica, tenham acesso ao conteúdo desta unidade didática, pois se tratando
de tributos, um grande número de pessoas, de nível cultural elevado ou não,
demonstra dificuldades quando ocorre qualquer questionamento a respeito do
tema.
3
OBJETIVOS
GERAL
Analisar os diferentes tipos de tributos, bem como a importância de cada
um para os investimentos adequados na infraestrutura da cidade e na
organização do espaço urbano, proporcionando à população melhores
condições de vida.
ESPECÍFICOS
Conscientizar o educando de que o tributo é a principal fonte de renda do
Estado e que a sua arrecadação é fundamental para que o cidadão tenha
acesso a melhores serviços públicos.
Despertar no educando o gosto pela preservação do que é público,
valorizando assim o dinheiro gasto com o pagamento de impostos.
Esclarecer sobre as verbas que a escola pública recebe e a origem
desses recursos.
Destacar a importância da cobrança da nota fiscal como fator gerador de
impostos.
Analisar a organização do espaço urbano de Campo Mourão, a fim de que
os educandos possam perceber a aplicação do dinheiro arrecadado com
os tributos.
4
Conceito de tributos
A origem dos tributos
Tipos de tributos
O Estado como Gestor
A legislação tributária
O imposto direto e o indireto
Documentos fiscais
Forma de investimento dos tributos
O financiamento da educação
Programa da Merenda Escolar
Urbanização no Brasil
O Município de Campo Mourão
CONTEÚDOS
5
Um projeto voltado para a área fiscal pode esclarecer muitas dúvidas e trazer
informações importantes para o meio educacional, pois o papel do educador é
contribuir para a formação de cidadãos críticos e dispostos a lutar por seus
direitos. Sendo assim, ele deve agir como mediador e levar ao educando
informações quanto à aplicação dos tributos na melhoria dos serviços públicos.
A partir desse projeto desenvolvido com os alunos da 8ª série (9º ano), será
possibilitado o acesso a informações inerentes à cobrança de tributos, bem
como sua aplicação nos serviços públicos, com destaque para a educação. Para
tanto, durante a implementação do projeto será realizado:
- elaboração de questionário para averiguar o que os alunos sabem sobre
tributos, promovendo debate e interação entre eles;
- pesquisas em sites que ofereçam informações seguras sobre o tema;
- visita ao observatório social de Campo Mourão;
- pesquisa de preço de alguns produtos do consumo habitual dos alunos e
verificação do percentual de imposto embutido nos mesmos;
- elaboração de entrevistas com pessoas de diferentes bairros e diferentes
realidades econômicas em Campo Mourão, para posterior avaliação da posição
das mesmas no que se refere à carga tributária a que são submetidas, bem
como o grau de satisfação com os investimentos feitos pelo município, nos
serviços públicos;
- palestra com especialista em tributos;
- Produção de texto sobre a importância dos tributos para a ampliação e
melhoria dos serviços públicos;
- produção de cartazes com informações relevantes a respeito dos tributos, que
deverão ser afixados em lugares estratégicos da escola.
ESTRATÉGIAS/ ATIVIDADES
6
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser vista como um processo permanente no ensino-
aprendizagem. Sendo assim, após toda atividade trabalhada, seja de
observação, análise de dados coletados através de pesquisa ou entrevista,
produção de textos, debates, questionários aplicados, participação durante uma
palestra, entre outros, os alunos estarão sendo avaliados de forma contínua e
diagnóstica.
O processo avaliativo se efetivará considerando:
- participação e interesse de cada aluno dentro de seus grupos;
- preocupação com o cumprimento dos prazos para entrega das atividades
solicitadas;
- contribuição espontânea durante as palestras e debates propostos;
- assimilação de conceitos básicos relacionados aos tributos;
- demonstração de atitudes corretas diante da preservação do patrimônio
público;
- conscientização da importância de se exigir a nota fiscal na compra de um
produto ou na prestação de um serviço;
- facilidade em reconhecer alguns impostos federais, estaduais e municipais;
- compreensão da função do Estado como gestor da renda gerada com a
arrecadação dos tributos;
- perceber que o papel de todo brasileiro como cidadão e contribuinte é de
fiscalizar a aplicação correta do dinheiro público.
7
CONCEITUANDO TRIBUTO
QUADRO 02
Tributo é tudo aquilo que um indivíduo deve pagar ao Estado. É um imposto, uma
contribuição obrigatória.
De acordo com o Código Tributário Nacional (lei 5.172/1966, alterada pela lei
complementar 118/2005), Tributo pode ser entendido como ”prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada” (CTN, art. 3º).
VEJAMOS COMO ESTÃO OS SEUS CONHECIMENTOS!
O QUE SÃO IMPOSTOS?
QUADRO 01
Desde os primórdios da humanidade, onde a História não registrou; o homem,
ser sociável, não pôde viver só. Ele passou a viver em grupos que se
denominavam clã, tribo ou família. Desses aglomerados naturais surgiram, com a
evolução científica, as sociedades maiores de hoje, denominadas Nação, Estado
ou País. Mas em todas as fases de evolução dos agrupamentos humanos houve
necessidade de um chefe, de um líder, ou de um governante. A esse líder ou
governante foram e são impostas obrigações de administrar em favor dos
interesses da sociedade governada. E para administrar, os governos sempre
dependeram e ainda dependem de contribuições para a obtenção de seus fins
(CELESTINO, 1984, p. 7).
8
A ORIGEM DOS TRIBUTOS
A cobrança de tributos é tão antiga quanto à organização da vida em sociedade, e
desde que a sociedade foi adquirindo maior complexidade, os impostos foram
exigidos como forma de pagamento por algum serviço prestado.
Na história da humanidade, os mais fortes (ricos), buscaram sempre dominar os
mais fracos (pobres). Aqueles que demonstravam necessitar de proteção para
enfrentar uma tribo rival, por exemplo, geralmente por serem mais pobres,
acabavam aceitando a ajuda dos mais ricos (poderosos) e tinham que pagar por ela.
A forma de pagamento variava de acordo com o tipo de proteção prestada ao outro
e podia ser através de trabalho ou entrega de produtos (cereais ou animais).
A cobrança de tributos no Brasil pode ser dividida basicamente em três modelos
políticos: Colônia, Império e República.
Conforme Celestino (1984) durante o Brasil colônia, os tributos eram estipulados
pela metrópole portuguesa e existiam três grandes modalidades de impostos: quinto
(que era a 5ª parte da produção de ouro); direitos régios (que era um imposto de
COMO SURGIRAM OS PRIMEIROS IMPOSTOS NO
MUNDO? E NO BRASIL?
1. Após ler as definições de tributo, pesquise o significado das palavras que
estão destacadas no texto do quadro 02 e depois o reescreva,
substituindo os termos de forma adequada.
2. Você acredita que um país possa ser organizado se não tiver um
governante? Comente.
9
importação) e dízimo real (que era um imposto sobre os produtos agrícolas e o
trabalho do lavrador).
Na história dos tributos no Brasil colônia, vale destacar o período “Pombalino” (1759-
1808), quando o Marquês de Pombal em 1772 criou o “subsídio”, que era o imposto
sobre a carne, o vinho, o vinagre e a aguardente, para pagar os professores. O
imposto não era cobrado regularmente e os professores ficavam por longo período
sem receber seus vencimentos. Percebe-se que o imposto no Brasil, já nessa época
desempenhava um papel de extrema importância para a manutenção da educação
como uma obrigação do Estado.
A independência do Brasil possibilitou ao novo governo – Império - instituir a
autonomia das províncias, estabelecendo seus próprios impostos. A situação da
população ficou ainda pior, pois acontecia de um produto ser tributado duas vezes,
visto que províncias e União não conseguiam organizar suas cobranças. Para tentar
amenizar os problemas, o governo então passou a utilizar-se de emendas
constitucionais, delimitando o que era imposto da União e o que era das províncias.
Ainda de acordo com Celestino (1984) com a proclamação da República e a
instituição da Constituição de 1891, foram discriminados rigorosamente os impostos
que competiam a cada nível do Poder Público, ou seja, a partir de então foram
discriminados os tributos que eram da competência da União, do Estado e dos
Municípios.
PESQUISE
1. A forma mais antiga de cobrança de imposto, registrada na história da
humanidade e em seguida faça uma análise, confrontando com os dias
atuais.
2. Descubra como a metrópole portuguesa cobrava o quinto e destaque a
participação dos escravizados no enriquecimento dos portugueses.
10
TIPOS DE TRIBUTOS
IMPOSTO
Conforme o Código Tributário Nacional (1966), art. 5º, no Brasil existem três tipos de
tributos: impostos, taxas e contribuições de melhorias.
O imposto é um tributo que não está vinculado a uma atividade estatal, portanto não
gera contribuições por serviços diretamente recebidos ou postos ao alcance do
contribuinte, ou seja, o imposto é um pagamento que todo cidadão deve fazer ao
Poder Público, independente de receber algo em troca por parte do governo. Se
você está satisfeito, você paga e se não está paga da mesma forma.
Geralmente os impostos não possuem vinculo com o destino das verbas, ao
contrário de taxas e contribuições de melhorias. Mesmo existindo uma lei que
obrigue os governos a destinarem parcelas mínimas dos recursos arrecadados com
a cobrança de tributos a determinados serviços públicos - especialmente à educação
e à saúde – o pagamento de impostos não oferece ao contribuinte qualquer garantia
de contraprestação de serviços.
O Código Tributário Nacional (Lei 5.172 de 25/10/1966) estabelece que os impostos
possam ser FEDERAIS, ESTADUAIS e MUNICIPAIS. Como exemplos de impostos:
a) FEDERAIS:
- FGTS: Fundo de garantia por tempo de serviço;
- II: Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros;
- IE: Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados;
- IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;
- IPI: Imposto sobre produtos industrializados;
IMPOSTO É DIFERENTE DE TRIBUTO?
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- IOF: Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativos a títulos e
valores imobiliários;
- ITR: Imposto sobre propriedade territorial rural;
- COFINS: Contribuição social para financiamento da seguridade social;
b) ESTADUAIS:
- ICMS: Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
- IPVA: Imposto sobre propriedade de veículos automotores;
- ITCMD: Imposto sobre transmissões causa mortis e doações;
c) MUNICIPAIS:
- IPTU: Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;
- ITBI: Imposto sobre transmissão de bens inter vivos;
- ISS ou ISSQN: Imposto sobre serviços de qualquer natureza.
TAXAS
O Código Tributário Nacional (Lei 5.172 de 25/10/1966) no seu art.77 trata das
taxas:
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (CTN, art. 77).
A taxa é exigida em razão de atividade estatal relacionada com o contribuinte.
Portanto, a pessoa que não utiliza de um serviço, nem o tem à sua disposição, não
está sujeito a taxas.
Conforme Aguiar (1982), a diferença entre taxa e imposto reside no fato de que, o
imposto se fundamenta apenas na faculdade tributária do poder público, na sua
competência constitucional para existir, unilateralmente, das pessoas sob seu
domínio a prestação pecuniária, sem contraprestação de serviços, ao passo que a
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taxa, além da competência tributária, deve ter a atuação concreta relacionada
diretamente com o contribuinte.
São muitas as taxas cobradas no Brasil e torna-se difícil determinar uma quantidade
exata, visto que cada município pode prestar algum serviço diferente e cobrar por
ele. Sendo assim, de acordo com o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172 de
25/10/1966), são exemplos de taxas cobradas nas três esferas (esfera federal,
estadual e municipal): taxas portuárias; taxa de conservação e limpeza; taxa de
coleta de lixo; taxa de combate a incêndios; taxa de iluminação pública; taxa de
segurança executada pela polícia; taxa de emissão de documentos; taxa de alvará;
taxa de publicidade; taxa de inspeção e taxa de fiscalização.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
A contribuição de melhoria é um tributo que se exige dos proprietários de imóveis
valorizados por obras públicas. Ela é considerada um tributo vinculado, pois resulta
da atuação concreta do Estado, que traz valorização ao imóvel do contribuinte.
De acordo com Aguiar (1982), o fato que gera a contribuição de melhoria, está
intrinsecamente vinculado a uma vantagem especial, obtida pelo contribuinte, em
consequência de uma obra pública. A vinculação não é à atuação do poder estatal,
mas aos efeitos dessa atuação; uma vinculação indireta e mediata à ação do poder
público.
Segundo o Código Tributário Nacional (Lei nº 5172 de 25/10/1966), são exemplos de
contribuição de melhoria: asfalto, calçamento, rede de esgoto e rede de água.
Entretanto, uma contribuição de melhoria pode ser cobrada também, se for
construída uma praça, por exemplo, próxima da sua residência e a administração
pública determina que com tal obra, o seu imóvel foi valorizado.
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O ESTADO COMO GESTOR
Na forma em que as sociedades se organizaram ao longo dos tempos, verifica-se
uma grande preocupação com a segurança, o conforto e principalmente com a
sobrevivência da espécie humana. Sendo assim, torna-se importante a distribuição
de responsabilidades, ou seja, cada pessoa deve executar uma tarefa, tendo como
finalidade atender as necessidades básicas do grupo. Quando todos desempenham
suas funções adequadamente, buscando um ambiente mais saudável e seguro, o
resultado será uma comunidade com melhor qualidade de vida.
A existência de um Estado organizado é fundamental para que os cidadãos tenham
uma vida digna, onde os seus direitos sejam assegurados, sem nenhum tipo de
discriminação. Esta garantia está na Constituição Federal (1988), em seu art. 3º,
inciso IV, onde se verifica que cabe ao Estado promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Com a cobrança de tributos o Estado objetiva diminuir as desigualdades sociais.
Sendo assim, a tributação pode ser considerada como um instrumento de
redistribuição de renda.
Quando o governo aplica seus recursos obtidos através da arrecadação dos tributos,
em atividades ligadas à educação, saúde e segurança, por exemplo, que beneficiam
as camadas mais pobres da população, ele está, de certa forma, também
redistribuindo renda na sociedade, oferecendo oportunidades de acesso a esses
serviços para todos os cidadãos.
POR QUE O ESTADO PRECISA COBRAR TRIBUTO?
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VAMOS PRODUZIR?
USE SUA CRIATIVIDADE
OBSERVE AS IMAGENS E FAÇA UM PEQUENO TEXTO UTILIZANDO AS
SEGUINTES PALAVRAS: DINHEIRO, DESIGUALDADE, TRIBUTO, EDUCAÇÃO,
SOCIEDADE, SERVIÇOS, SAÚDE, ESTADO, TRANSPORTE.
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A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Segundo Celestino (1984) desde o final do século XIX percebeu-se a necessidade
de um órgão para controlar e fiscalizar a criação de tributos no Brasil, pois a
desordem no sistema financeiro era muito grande.
Ao longo dos anos foram acontecendo várias mudanças em relação aos tributos no
Brasil, porém a maior de todas aconteceu na Constituição de 1946, onde no inciso
XV, alínea “b” do art. 5º, o Congresso Nacional passa a ser o legislador do sistema
financeiro brasileiro.
Finalmente, a Lei nº 5172/66, pela emenda constitucional nº 18, de 1965,
denominada como Código Tributário Nacional, vem regularizar a política tributária no
Brasil. A partir desse marco, as mudanças foram acontecendo na economia
brasileira e ao longo dos anos, criou-se novos impostos, substituindo antigos,
buscando adequar a economia com a realidade do país. É possível verificar, no
entanto, que as mudanças geralmente acontecem visando socorrer o governo nos
seus gastos e não consideram as condições impostas ao contribuinte. Essa Lei
sofreu várias críticas e foram muitos os obstáculos a serem vencidos, até que se
pudesse considerá-la como uma conquista da sociedade brasileira.
Conforme Celestino (1984) atualmente os profissionais (juízes e funcionários do
fisco) podem fazer a interpretação e aplicação da Lei tributária que está reunida em
Código, sem correrem o risco de se perderem no emaranhado legislativo, anterior à
criação do nosso Código Tributário Nacional, pois todos os tributos encontram-se
enumerados e a renda pública discriminada. Para cada tributo já se pode definir o
que o gerou e como deve ser calculado. As áreas a que pertence cada um dos
NO BRASIL EXISTE UM ÓRGÃO OU LEI QUE
REGULAMENTE A COBRANÇA DOS TRIBUTOS?
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tributos (federal, estadual e municipal), já estão delimitadas para evitar a tributação
duas vezes sobre um mesmo produto ou serviço.
Ao fazer um controle rígido sobre as cobranças de tributos, o CTN tem o objetivo de
proporcionar as mesmas oportunidades de desenvolvimento para as áreas
economicamente desiguais.
Considerando as palavras de Celestino (1984) pode-se dizer então que se existem
problemas com os assuntos que referem a tributos atualmente, eles são simples
quando se imagina a desordem que era antes da existência do CTN.
ATÉ MESMO OS BRASILEIROS MAIS POBRES SÃO
OBRIGADOS A PAGAR IMPOSTO?
QUADRO 03
O Estado tem o poder de impor sua soberania perante os demais países e sobre
os indivíduos. Impõe variadas obrigações, através de normas de conduta, em
favor do interesse maior, que é o interesse conjunto de todos os indivíduos. Dentre
as obrigações impostas, o Estado exige do cidadão, contribuições pecuniárias
para custeio das despesas por ele realizadas em prol de seus múltiplos objetivos.
(CELESTINO, 1984, p.75).
REFLITA E RESPONDA:
Se os impostos são cobrados com o objetivo de acabar com as
desigualdades sociais, por que existe tanta pobreza no Brasil?
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O IMPOSTO DIRETO E O INDIRETO
Conforme o Código Tributário Nacional (1966), os impostos podem ser considerados
diretos, quando são cobrados de acordo com a renda de cada contribuinte e
indiretos quando se referem à produção e comercialização de mercadorias, recaindo
sobre a venda dos produtos industrializados. Pode ser citado como exemplo de
imposto indireto o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que
é pago ao governo estadual e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), pago
para o Governo Federal. Do imposto indireto não tem como se livrar, pois ele já vem
embutido nos preços dos produtos que são adquiridos. Já o imposto direto, é pago
diretamente para o Governo Federal, governo estadual ou para o governo municipal.
Como exemplo, o Imposto de Renda, que é pago ao Governo Federal; Imposto
sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), pago ao governo estadual e
Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), pago à prefeitura.
Observe os objetos abaixo. Provavelmente todos eles façam parte de seu dia a
dia e você os utilize com frequência. Esses produtos têm preços diferenciados.
Por que existe diferença de preço entre eles?
1. Você concorda com a ideia de que o governo possa impor obrigações ao
cidadão?
2. Você se considera um contribuinte? Por quê?
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NO BRASIL, DEIXAR DE PAGAR IMPOSTO É CRIME?
QUADRO 04
O contribuinte que pratica o contrabando pode receber punições tributárias, penal
e administrativa, isto é, pode ter que pagar uma multa, pode ser preso e pode
perder sua licença para exercer o comércio. Além disso, pode perder a mercadoria
a favor do tesouro público (CELESTINO, 1984, p.257).
DESCUBRA...
1. O que pode ser considerado como contrabando no Brasil?
2. Quais crimes tributários se destacam no Brasil, de acordo com o Código
Penal Brasileiro?
QUADRO 05
A penalidade imposta aos contribuintes, em virtude de suas ações ou omissões
contrárias ao ordenamento fiscal, deve estar definida previamente na lei, do
contrário não existirá infração nem poderá o Fisco aplicar penalidades. Tanto a
infração ao regulamento fiscal deve estar definida como, também, a pena
correspondente deve estar fixada na norma jurídica tributária, sem o que não se
poderá afirmar que o contribuinte praticou tal ou qual infração, nem se poderá
aplicar-lhe tal ou qual pena – sanção fiscal (CELESTINO, 1984, p. 25).
19
INVESTIGUE...
1. Por que é importante que todo brasileiro pague seus impostos?
2. É possível saber quanto de imposto é cobrado sobre um produto
adquirido?
POR QUE TUDO É TÃO CARO NO BRASIL? Amplie seus conhecimentos...
O que é soberania?
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QUADRO 06
Será que nós viramos um país de contrabandistas? Do jeito que as coisas estão?
Veja o caso do ipad. Seja nos EUA ou na Europa, ele é importado da China.
Portanto deveria ter quase o mesmo preço em todos os países, já que o frete
sempre dá mais ou menos o mesmo valor. No entanto a versão básica custa R$
800,00 nos EUA e aqui no Brasil custa em torno de R$ 1.800,00. No resto do
mundo desenvolvido é raro o ipad passar de R$ 1000,00. Se você for aos EUA
consegue comprar um notebook que no Brasil custa R$ 5.500,00 por R$ 2.
300,00, ou um videogame de R$ 500,00 que pode ser adquirido por R$ 2.000,00
no comércio brasileiro. No caso dos carros o absurdo é ainda maior. Um corolla
zero custa R$ 28.000,00 nos EUA e aqui no Brasil é avaliado em mais de R$
60.000,00. O legal de tudo isso é que esse produto é tão nacional aqui no Brasil
quanto nos EUA, pois a Toyota fabrica o carro nos dois países.
Mas por que existe toda essa disparidade de preços? Vamos tentar entender?
No Brasil quase metade do valor de um carro (40%) vai para os cofres do
governo (tributos). Nos EUA e na China são apenas 20%. O padrão se repete
com os outros produtos. Enquanto em outros países o comum é ter um imposto
específico para o consumo, no Brasil são seis – IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF,
COFINS. Desta forma pode acontecer do cidadão brasileiro pagar imposto sobre
imposto que já tenha sido pago. O resultado é o absurdo que acontece com os
preços dos produtos em geral aqui no Brasil.
A bagunça tributária do Brasil não é novidade. A diferença é que os efeitos dela
ficam mais claros agora, já que existem mais produtos globalizados e o real
valorizado aumenta o nosso poder de compra lá fora.
Fonte: Revista Superinteressante, 2010, p. 21 e 22.
21
O QUE É UMA NOTA FISCAL?
COMO VOCÊ DIFERENCIA A NOTA FISCAL DE OUTROS
DOCUMENTOS UTILIZADOS NO COMÉRCIO EM GERAL?
PENSE E RESPONDA:
1. Você já comprou algum produto sabendo que sua origem podia ser de
contrabando, do Paraguai, por exemplo?
2. Compraria produtos de contrabando se os preços dos produtos nacionais
fossem mais baixos? Por quê?
3. Acha justo o brasileiro pagar tantos impostos?
4. Em sua opinião o dinheiro dos impostos está sendo bem investido?
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DOCUMENTOS FISCAIS
Para garantir a cobrança de impostos, as leis brasileiras exigem uma variedade de
documentos, que devem ser utilizados conforme o tipo de operação executada pelo
indivíduo. Os documentos fiscais de maior contato da população são as notas fiscais
e os cupons fiscais. Eles são usados de acordo com o tipo de operação que o
contribuinte realiza. Geralmente os documentos de maior contato da população, são
as notas fiscais e os cupons fiscais.
Existe uma regra onde cada imposto estabelece a espécie de documento fiscal que
vai ser utilizado pelo contribuinte, sendo que alguns impostos se servem de
documentos já exigidos por outros.
A nota fiscal e o cupom fiscal não devem ser confundidos com documentos emitidos,
principalmente no comércio varejista (mercado, restaurantes, bares, farmácias e
outros), com características semelhantes às dos documentos fiscais e que recebem
nomes como: ordem de serviço, orçamento, pedido, controle, nota de controle ou até
mesmo nenhuma denominação. O cupom fiscal é emitido por equipamentos
autorizados pelo Fisco, com as máquinas registradoras com memória fiscal e os
emissores de cupom fiscal – ECF.
Quando os documentos fiscais são emitidos pelo contribuinte, diminui a possibilidade
de sonegação fiscal. Portanto, para que o consumidor tenha seus direitos
assegurados no Código de Defesa do Consumidor, é importante que se exija e
guarde os documentos fiscais.
PESQUISE:
1. O que é o Código de Defesa do Consumidor?
2. O que é sonegação fiscal?
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OBSERVE OS DOCUMENTOS ABAIXO:
Figura 1: arquivo pessoal – Maria das Graças Gomes
Figura 2: arquivo pessoal – Maria das Graças Gomes
24
Após analisar os documentos das figuras 1 e 2 responda as questões abaixo:
1. A que se referem cada um dos documentos analisados?
2. Eles garantem o recolhimento de impostos? Explique.
3. Que tipo de impostos está sendo cobrado nessas operações? Eles são
federais, estaduais ou municipais?
4. Neste caso você acha que o consumidor está pagando os impostos, ou
somente o proprietário do comércio é obrigado a assumir a despesa?
Explique.
E SE O COMERCIANTE NÃO QUISER UTILIZAR CERTOS
DOCUMENTOS EM SEU ESTABELECIMENTO?
QUADRO 07
As obrigações podem ser de dar, fazer, ou de deixar de fazer alguma coisa. No
direito fiscal, por exemplo, o contribuinte é obrigado a dar a quantia de tributo
exigida pela lei; é forçado a fazer suas declarações de rendimentos; a fazer seus
negócios regularmente registrados nos livros fiscais; é obrigado a deixar de fazer
importações proibidas, a transportar mercadorias desacompanhadas de
documentação legal, a deixar de fazer declarações ou informações que não
sejam verdadeiras, entre outros (CELESTINO, 1984, p.41).
O que você pensa a respeito das exigências feitas às pessoas que querem
constituir uma empresa?
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FORMA DE INVESTIMENTO DOS TRIBUTOS
Segundo dados divulgados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e analisados
por Olivieri (2010), o Brasil está muito acima da média dos tributos cobrados em
países do mesmo nível de desenvolvimento, onde a carga geralmente não
ultrapassa os 27,44%, sendo que os tributos pagos pelos brasileiros atualmente
correspondem a cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. O Brasil
possui uma carga superior a países como: Estados Unidos (25,77%), Japão
(26,28%) e Austrália (30,68%). A carga tributária brasileira só não é superior à de
alguns países europeus como: França (45,04%), Bélgica (46,85%), Dinamarca
(49,85%) e Suécia (51,35%).
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
(FIPE) elaborou um estudo sobre os gastos do governo brasileiro, onde foi
constatado que suas despesas estão 25% acima da média internacional, podendo
dobrar nos próximos 20 anos. O mais preocupante, conforme Olivieri (2010), é que
além de gastar muito, o governo gasta mal, pois de acordo com os dados obtidos, as
despesas com a educação primária, por aluno, estão inferiores a países como
Tunísia e Filipinas e se equiparam à Bolívia e Irã, por exemplo. No que se refere ao
ensino universitário verifica-se uma distorção enorme, pois o Brasil consome mais
recursos do que a Finlândia e Reino Unido. É onde se constatam os desvios que
também ocorrem na área da saúde e segurança.
A educação no Brasil atualmente, se tornou uma grande preocupação e os políticos
de um modo geral têm se manifestado a favor de mudanças urgentes, pois um país
que apresenta um crescimento econômico do nível que o Brasil tem apresentado
nos últimos anos exige maiores investimentos na formação de mão de obra para
suprir a demanda que o setor produtivo oferece.
NO BRASIL, OS TRIBUTOS SÃO INVESTIDOS
ADEQUADAMENTE?
26
Porém, não basta abrir novas escolas, novas vagas, é preciso que haja qualidade no
ensino, o que não acontece nas escolas públicas de um modo geral, onde a
realidade de salas lotadas de alunos e professores sobrecarregados em suas
funções pode acarretar resultados negativos para a educação no país, refletindo mal
na imagem que os demais países possam ter do Brasil.
Conforme o IBGE está ocorrendo uma redução gradativa no número de alunos por
turma nas escolas públicas do Brasil, pois em 1999 havia em média 34,3 alunos por
sala de aula, em 2001 esse número caiu para 29,2 e em 2006 chegou a 27,4. Essa
diminuição é importante para que haja também uma melhora na qualidade do ensino
no país, pois uma coisa está diretamente ligada à outra, porém essa não é a única
questão a interferir nos resultados a serem obtidos.
Outro problema que o governo vem enfrentando é a questão do número de crianças
em idade escolar que está fora das escolas, geralmente porque precisam trabalhar
para aumentar a renda familiar. De acordo com dados obtidos junto ao IBGE em
2009, o número de crianças no Brasil que abandonaram a escola no ensino
fundamental e médio, foram respectivamente 3,7% e 11,5% do total de matriculados.
Apesar dos programas sociais como a Bolsa Família, por exemplo, que tem ajudado
a melhorar a renda da população mais pobre do país, o trabalho infantil continua
sendo um obstáculo para o governo diminuir o índice de analfabetismo, ou o
abandono da escola precocemente.
PARA REFLETIR...
Se o país cobra muito imposto, significa que ele oferece melhores serviços
públicos?
27
O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
Para diminuir as desigualdades sociais no Brasil, o governo precisa utilizar um
instrumento fundamental que é o financiamento da educação. Existe um grande
vínculo entre o financiamento público da educação e a situação socioeconômica do
país, na medida em que as principais fontes de recursos para a educação originam-
se da arrecadação de impostos, que é afetada pelo desempenho da economia.
De acordo com Santos (2003) como forma de financiar a educação, o governo criou
o salário-educação, instituído em 1964. Ele é uma contribuição social destinada ao
financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica
pública.
QUADRO 08
(...) Cargas tributárias muito elevadas se justificam em países ricos, onde a fonte
básica da arrecadação está na renda e na propriedade. Nos países de menor
renda, maiores cargas implicam cobrar mais no consumo, prejudicando quem
ganha menos.
Fonte: Revista Veja 23 de março/ 2011.
Após analisar o quadro 08, explique por que uma alta carga tributária
pode causar problemas à população.
QUAL A ORIGEM DAS VERBAS DESTINADAS À
EDUCAÇÃO?
28
Outra iniciativa do governo federal para viabilizar os investimentos na educação, foi
criar em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com a finalidade de
prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da
educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas
privadas de educação especiais mantidas por entidades sem fins lucrativos,
registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).
No Brasil, o FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de
valorização dos profissionais da educação), é o principal mecanismo financiador da
rede pública. Está em funcionamento desde janeiro de 2007 e deverá vigorar até 31
de dezembro de 2020.
O FUNDEB é composto quase que na sua totalidade, por recursos dos próprios
Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo constituído de 20% do:
- Fundo de participação dos Estados;
- Fundo de participação dos Municípios;
- Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços;
- Imposto sobre produtos industrializados, proporcional às exportações;
- Imposto sobre transmissão causa mortis e doações de quaisquer bens ou direitos;
- Imposto sobre a propriedade de veículos automotores;
- Imposto sobre a propriedade territorial rural;
- Receitas da dívida ativa e de juros e multas, incidentes sobre as fontes acima
relacionadas.
Os Municípios não utilizam seus impostos próprios (IPTU, ISS, ITIV), mas eles são
obrigados a aplicarem no mínimo 25% desses tributos na educação. Se algum
Estado não gerar uma receita suficiente que garanta o valor mínimo nacional por
aluno/ano (R$1.414,85) para aplicação na educação, a União faz uma
complementação da renda.
A legislação federal não impõe a obrigatoriedade de criação do FUNDEB em âmbito
municipal, pois o art. 1º da MP339/06 já institui o Fundo nos Estados e Municípios. O
FUNDEB, para cada ente federado, é representado pela conta específica (no Banco
29
do Brasil) onde os recursos são creditados e movimentados. O Fundo é implantado
automaticamente e seus recursos devem ser administrados pela secretaria ou órgão
ligado à educação.
CONSELHOS DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
PROGRAMA DA MERENDA ESCOLAR
De acordo com santos (2003) o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE,
também conhecido como “Programa da Merenda Escolar”, é um programa de
suplementação alimentar que visa, por meio da aquisição exclusiva de gêneros
alimentícios, suprir parcialmente as necessidades diárias de calorias e proteínas dos
alunos, para melhorar o rendimento escolar, reduzir a evasão e repetência, e formar
bons hábitos alimentares. Esse programa é destinado aos alunos matriculados em
estabelecimentos de ensino pré-escolar e fundamental regular nos Estados, no
Distrito Federal, nos Municípios, nos mantidos pela União e por instituições
filantrópicas, constantes do censo escolar realizado pelo Ministério da Educação no
ano anterior ao do atendimento.
Visando controlar os recursos do PNAE, o governo implantou o controle social por
meio de Conselhos de Alimentação Escolar – CAE, e determinou para esse fim a
obrigatoriedade da instituição de um conselho dentro de cada entidade executora
(Estado, Distrito Federal e Município), condicionando o envio de recursos à sua
existência de fato.
VOCÊ ACREDITA QUE A BOA QUALIDADE DA MERENDA
PODE INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DA
EDUCAÇÃO?
Você concorda com o fato de que a educação tem recebido todos os
investimentos necessários para apresentar melhores resultados?
30
Conforme Santos (2003), os CAE apresentam funcionamento apenas simbólico e
precário na maioria dos municípios, o que facilita os desvios de recursos da merenda
escolar. Geralmente, contrariando a finalidade para a qual foram criados, esses
conselhos, dominados por interesses político-eleitoreiros e por gestores
descompromissados com o benefício social gerado pelos programas a que estão
atrelados, propiciam – em razão da ineficiência do seu funcionamento – desvio das
verbas transferidas e dos gêneros alimentícios adquiridos.
A partir de 2010, o valor repassado pela União a Estados e Municípios foi reajustado
para R$ 0,30 por dia para cada aluno matriculado em turmas de pré-escola, ensino
fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As creches e as escolas
indígenas e quilombolas passam a receber R$ 0,60. Por fim, as escolas que
oferecem ensino integral por meio do programa Mais Educação, terão R$ 0,90 por
dia. Ao todo, o PNAE beneficia cerca de 47 milhões de estudantes da educação
básica.
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC), o orçamento do
programa, para 2010 foi de R$ 3 bilhões, e com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30%
desse valor, ou seja, cerca de 900 milhões de reais foram usados para a compra de
produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico
das comunidades.
Com este programa, o governo consegue melhorar a qualidade da merenda escolar
ao mesmo tempo em que contribui para o aumento da renda dos pequenos
agricultores, possibilitando uma melhor qualidade de vida às suas famílias.
AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS...
De que forma uma alimentação saudável pode interferir no rendimento
escolar?
31
URBANIZAÇÃO NO BRASIL
De acordo com Tandjian (2005) a população brasileira foi dividida em rural e urbana,
pela primeira vez no censo de 1940, quando na época foi constatado que apenas
31,1% dos brasileiros moravam nas cidades.
A partir dessa época é possível verificar que a população urbana não parou de
crescer e o Brasil passou a ser essencialmente urbano de forma rápida, em menos
de três décadas.
Na tabela abaixo é possível notar a transformação pela qual passou a população no
Brasil ao longo dos anos.
TABELA 01: POPULAÇÃO URBANA NO BRASIL
Ano 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000
População
Urbana
31.1% 36,2% 45,1% 55,92% 67,57% 75,2% 81,23%
Fonte: IBGE. Censos demográficos de 1940 a 2000.
O QUE É ESPAÇO URBANO?
QUADRO 09
Quando a população das cidades cresce mais que a das zonas rurais, acontece
o fenômeno que chamamos de urbanização. Um país é urbanizado quando sua
população urbana ultrapassa a população rural, ou seja, quando a população das
cidades é maior do que a do campo (MARINA E TÉRCIO, 2005, p.142).
32
Nota-se que enquanto nos países desenvolvidos a indústria se encontrava
espalhada pelo espaço territorial, promovendo ao mesmo tempo o desenvolvimento
de várias áreas urbanas industrializadas, no Brasil há poucos anos era no Sudeste
que as indústrias se concentravam e que consequentemente também era a região
mais urbanizada.
As outras regiões sofreram um processo mais lento de industrialização, pois
estavam em desvantagem em relação ao Sudeste, visto que a região tinha
infraestrutura e capital herdado do café, para investir nas indústrias.
Deve-se considerar que o crescimento da população urbana implica em maiores
investimentos em infraestrutura e consequentemente, no aumento das despesas do
governo.
A cobrança dos tributos é necessária para que o governo consiga cumprir todas as
suas metas de investimento e melhoria dos serviços públicos, oferecidos à
população, não somente no que refere à educação, mas em todos os setores de sua
competência, como transportes, saúde, moradia, segurança, saneamento básico,
energia elétrica, lazer e cultura. Além disso, é importante que o espaço urbano
esteja organizado de forma que facilite o dia a dia do cidadão e contribuinte.
ANALISE A TABELA 01 E RESPONDA:
1. Em que década, pode-se dizer que o Brasil se tornou um país
efetivamente urbano? Que percentual foi atingido nesse período?
2. Qual é a diferença entre o crescimento urbano de 1940 a 2000?
POR QUE A URBANIZAÇÃO DO BRASIL ACONTECEU DE
FORMA ACELERADA?
33
A sociedade brasileira atual se tornou muito exigente no sentido de cobrar por
melhores condições de vida e maior atuação governamental. Ainda que vivamos em
um país capitalista, o Estado tem suas obrigações para com o povo e para que ele
as cumpra é necessário que haja crescimento econômico no setor privado. Sabe por
quê? Veja bem. O governo depende da arrecadação de recursos para atender suas
responsabilidades. Por um lado, ele tem autonomia para fabricar dinheiro, visto que
controla a emissão de moeda; por outro, ele pode fazer empréstimos. As duas
opções são ruins, pois pode gerar inflação e aumento da dívida pública,
comprometendo o desempenho da economia. Que saída lhe resta? Que tal
arrecadar dinheiro através de impostos? É isso aí. E para aumentar a arrecadação
de impostos é preciso que haja um bom desempenho da atividade econômica do
país.
Sendo assim, à medida que as empresas produzirem e venderem, maiores serão os
recursos obtidos coma arrecadação de impostos e melhores os investimentos em
infraestrutura necessária ao bom desempenho do setor produtivo e nos serviços
públicos para atender as exigências da população, visando uma melhor qualidade
de vida para todos os brasileiros.
De acordo com Santos (1993), todas as cidades brasileiras exibem problemas
parecidos, ainda que seja com diferença de grau e de intensidade. Elas revelam, por
exemplo, carência de emprego, habitação, transportes, saneamento básico e saúde.
Quanto maior a cidade, mais graves são os problemas.
Conforme Boligian (2009), a urbanização no Brasil ganhou impulso somente após a
década de 1930, quando se acelerou o processo de industrialização no Brasil. O
desenvolvimento da atividade industrial passou a atrair milhares de trabalhadores do
campo para as cidades, onde foram ocupar os postos de trabalho gerados pelas
fábricas e pelo setor terciário. A industrialização do Brasil, juntamente com o
processo de urbanização, provocou muitas mudanças na sociedade brasileira. O
Brasil deixou de ser um país com população predominantemente rural e com a
economia baseada em atividades agrícolas. Atualmente, grande parte da população
brasileira reside em cidades e a maioria dos trabalhadores está empregada nas
indústrias, no comércio ou nos serviços.
34
QUADRO 10
O crescimento de qualquer cidade exige obras de ampliação da infraestrutura
urbana: distribuição de água, rede coletora de esgoto, fornecimento de energia
elétrica e pavimentação de ruas, entre outras. No entanto, a implantação desta
infraestrutura nas cidades brasileiras geralmente não acompanha o crescimento
urbano. Os bairros onde moram as famílias de baixa renda são os mais carentes,
e às vezes nem sequer contam com escolas, postos de saúde e policiamento.
Quando esses serviços existem, normalmente são insuficientes para atender às
necessidades da comunidade. (...) Os bairros onde reside a parcela da
população com altos e médios rendimentos são providos de serviços urbanos
como água encanada, coleta diária de lixo, iluminação pública, centros de
atendimento à saúde e centros comerciais próximos. Já os bairros habitados
pela população de baixa renda, geralmente localizados na periferia, muitas vezes
em áreas bastante afastadas do centro, recebem atendimento precário de
serviços urbanos (BOLIGIAN, 2009, p. 75 e 76).
O QUE VOCÊ CONSIDERA ESSENCIAL QUE UMA
CIDADE DEVA OFECER AOS SEUS HABITANTES?
REFLITA E RESPONDA:
Por que os bairros centrais oferecem melhor infraestrutura do que a
periferia das cidades em geral? Isso acontece em sua cidade?
35
PESQUISE
Agora admire as paisagens e faça o que se pede:
Você é capaz de identificar esse lugar?
Você sabe de onde vem o dinheiro usado na sua conservação?
Figura 3: Campo Mourão (PR) – acervo próprio: Maria das Graças Gomes
Descubra se em seu bairro existe: posto de saúde, creche, escola, rede de
esgoto, iluminação pública adequada, praça e áreas de lazer.
Através de entrevista, tome conhecimento dos principais problemas que as
pessoas enfrentam quando precisam de algum serviço público no bairro
onde moram.
Com base nos resultados elabore gráficos e tabelas.
VOCÊ CONHECE BEM A CIDADE DE CAMPO MOURÃO?
ELA TEM LUGARES BONITOS PARA SE VISITAR?
ESSES LUGARES SÃO BEM CONSERVADOS?
NO BAIRRO ONDE VOCÊ MORA EXISTEM ÁREAS DE LAZER
DISPONÍVEIS PARA CAMINHADA E PRÁTICA ESPORTIVA?
36
Figura 4: Campo Mourão (PR) – acervo próprio: Maria das Graças Gomes
Figura 5: Campo Mourão (PR) – acervo Próprio: Maria das Graças Gomes
Figura 6: Campo Mourão (PR) – acervo Próprio: Maria das Graças Gomes
37
O MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO
Até o ano de 1943, Campo Mourão pertencia ao município de Guarapuava e a partir
deste ano, se tornou um Distrito de Pitanga.
O município de Campo Mourão só foi criado pela lei Estadual nº 02, de 10 de
outubro de 1947, sancionada pelo governador Moysés Lupion. No dia 18 de outubro,
José Antônio dos Santos foi nomeado primeiro prefeito, sendo sucedido por Pedro
Viriato de Souza Filho, eleito por voto popular. A instalação oficial do município
ocorreu no dia 05 de dezembro de 1947, passando a sede de Comarca no ano de
1948. Pertence atualmente à microrregião 12 (COMCAM), e conforme o censo
(IBGE 2010) possui87.194 habitantes, sendo que destes, 82.676 residem na área
urbana e 4.518 na área rural do município.
De acordo com Simionato (2008), em 1934, o governo assinou um Decreto, no qual
nomeava Benjamim Cardoso Teixeira e Alvina Walter Teixeira para trabalharem com
subvenção (salário) do governo Federal naquela que seria a primeira escola a
funcionar em território de Campo Mourão. Essa escola recebeu o nome de “escola
Campos do Mourão”. Já no final da década de 1940, o governo autorizou a criação
de um grupo escolar com o nome de “Escola isolada de Campo Mourão” que passou
a funcionar na mesma casa da primeira Prefeitura, localizada no terreno em frente à
Praça Getúlio Vargas, na Avenida Capitão Índio Bandeira.
Atualmente Campo Mourão possui um total de 79 escolas públicas (IBGE 2010),
distribuídas entre federais, estaduais e municipais.
Nos últimos anos, Campo Mourão vem se consolidando como Polo de Alimentos e
com a instalação de várias empresas na cidade houve um aumento na arrecadação
de impostos. De acordo com informação obtida através do Jornal Tribuna do Interior,
em matéria publicada no mês de setembro de 2010, somente nesse ano, os
contribuintes mourãoenses recolheram mais de R$ 25,6 milhões aos cofres do
Município, do Estado e da União. Destaca ainda que cada contribuinte, precisa
38
trabalhar mais de quatro meses do ano apenas para pagar tributos federais,
estaduais e municipais diretos ou embutidos nos preços dos produtos e serviços.
Conforme “a Revista Campo Mourão História e Desenvolvimento” de outubro de
2010, a administração pública municipal tem tomado medidas para reduzir a falta de
moradias.Nesse sentido pode-se destacara erradicação de favelas com a construção
de novos conjuntos habitacionais, e mais a construção de quase mil casas do
programa Minha Casa Minha Vida na Asa Leste da cidade.
Na educação também houve investimentos, com reformas de 24 escolas e
construção de três novas instituições de ensino. Além disso, o ensino superior
recebeu uma atenção especial, oferecendo às faculdades locais a possibilidade de
ampliação de seus espaços e instalação de novos cursos com a doação de terrenos.
De acordo com a “Revista Campo Mourão história & Desenvolvimento”, o município
tem investido nos últimos anos 1,5% do orçamento no setor cultural e já é
considerado o terceiro do Brasil em termos de investimento no setor, só perde para
Santos (São Paulo) e Caxias do Sul (RS). Os dados foram apontados pelo Ministério
da Cultura, através da Secretaria de Políticas Culturais e IPEA – Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
São muitos os eventos realizados na área da cultura envolvendo a participação de
alunos que se apresentam gratuitamente no teatro municipal ou em escolas, quando
solicitados. Essas ações ajudam a manter fora das ruas dezenas de crianças que
frequentam as escolas de arte (em contra turno da escola regular) mantidas pela
prefeitura municipal. Isso é o imposto fazendo a diferença na vida do cidadão
mourãoense.
Os investimentos públicos só acontecem se há renda suficiente para tal, pois caso
contrário, a administração não tem como trabalhar em prol da população. E de onde
você acha que vem o dinheiro necessário para os investimentos? É isso mesmo.
Vem dos tributos pagos pela população, não só ao município, mas também ao
39
estado e à União, pois como já foi dito anteriormente, existem os tributos de
competência do governo Federal, estadual e municipal.
Toda a renda obtida com a cobrança dos tributos é repassada pelos governos, de
acordo com a competência de cada um deles e os investimentos serão feitos
conforme a necessidade e a disponibilidade de recursos para esse ou aquele setor.
Não basta querer investir na educação ou saúde, por exemplo, é preciso que haja
verbas para tal. É por isso que existem os órgãos competentes e responsáveis por
cada um dos setores de serviços públicos, pois a administração deve ser clara e
eficiente, o suficiente para atender às necessidades básicas da população.
Nos últimos anos as políticas públicas voltadas para consolidar a cidade de Campo
Mourão como Polo de Alimentos, tem atraído a instalação de várias empresas,
aumentando substancialmente a arrecadação de impostos como o ISSQN (Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza) no Município. Conforme dados obtidos na
Revista Campo Mourão História e Desenvolvimento, em 2009 foi registrada a maior
arrecadação da história da cidade, com R$ 8.553.252,57, cerca de 40% maior que
em 2008, que foi de R$ 5.902.201,06. Em 2010 os valores nos nove primeiros
meses do ano, superaram os R$ 6 milhões.
Veja na tabela abaixo, alguns dados sobre a arrecadação do município de Campo
Mourão em relação aos tributos do ano de 2009:
40
TABELA 02: RECEITAS TRIBUTÁRIAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS CATEGORIAS
– 2009
CATEGORIAS VALOR
(R$1,00)
IMPOSTO - TOTAL 15.057.302,22
Imposto Predial e Territorial urbano 4.934.943,19
Imposto de Renda Retido na Fonte s/ rendimentos do trabalho -
(IRRF)(1*)
1.347.003,69
Imposto de Renda Retido na Fonte s/ outros rendimentos 136.033,61
Imposto Sobre transmissão de Bens Imóveis (ITBI) 1.844.974,64
Imposto Sobre Serviços de Qualquer natureza (ISSQN) 6.794.347,04
TAXA - TOTAL 3.613.560,38
Pelo Exercício do Poder de Polícia 834.870,65
Pela Prestação de Serviços 2.778.689,73
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - TOTAL 91.091,43
TOTAL
18.761.954,03
Fonte: IPARDES – www.ipardes.gov.br (acessado em 17/11/2010)
(1*) Valor da arrecadação do Imposto de Renda sobre pagamento de salários,
inclusive adiantamentos de salários a qualquer título e remunerações por quaisquer
serviços.
Após analisar a tabela 02, responda:
1. Quais são os tipos de tributos apresentados na tabela?
2. Quanto Campo Mourão arrecadou em tributos no ano de 2009?
3. Na tabela aparece o Imposto Predial e Territorial Urbano. A que se refere
este imposto?
41
Quando educamos, contribuímos para a formação de cidadãos críticos e dispostos a
lutarem por seus direitos. Tendo em vista esse pensamento, o educador deve
informar o educando quanto à aplicação dos tributos na melhoria dos serviços
públicos. É fundamental que os educandos se conscientizem de que cidadania só
existe se houver informação e informação segura só existe se houver transparência.
Os tributos recolhidos pela população devem retornar em forma de melhorias nos
serviços públicos, como educação, saúde, transportes, moradias, saneamento
básico, enfim o dinheiro pago pelo contribuinte deve ser usado para melhorar o
ambiente onde ele vive.
Em Campo Mourão, assim como em todo o Brasil, mesmo com os avanços obtidos,
as condições dos serviços públicos ainda são precárias e isso vem reforçar a
importância da participação do cidadão na cobrança de melhores bens e serviços.
As transformações na sociedade não acontecem de forma natural e espontânea,
exige muita luta. As forças só serão equilibradas se o povo tiver acesso à educação
e mais ainda, que seja uma educação de qualidade para todos.
Não significa que o Estado deva ser eliminado, mas sim transformado em algo bom,
positivo, que proteja o cidadão e zele por seus interesses. Não se questiona a
cobrança dos tributos, mas como é feita essa cobrança e de que maneira a renda
obtida com a arrecadação dos mesmos, é transformada em benefícios para o
cidadão.
Dentro da lógica de um governo que se preocupa com seus cidadãos, é preciso
modificar muito o sistema de tributos do Brasil, visando suprir as necessidades da
sociedade e não de um partido político.
CONCLUINDO
42
Agora que você já aprendeu o que são tributos; quais são os tipos de
tributos existentes no Brasil; a importância dos mesmos para a
manutenção de um Estado organizado, próspero, justo e uma sociedade
com boa qualidade de vida; produza um texto com o tema “a aplicação
dos tributos na organização do espaço urbano”.
Monte um painel: com frases esclarecedoras sobre a importância dos
tributos para o bom funcionamento dos serviços públicos no Brasil; cole
diferentes documentos fiscais com dizeres que reforcem a importância de
se exigir a Nota Fiscal em todas as compras e até mesmo na prestação
de serviços; cole fotos de lugares públicos de Campo Mourão e de sua
escola, procurando conscientizar os outros alunos sobre a importância de
se preservar o que é público.
Elabore uma entrevista que deverá ser realizada abrangendo moradores
de bairros e classes sociais diferentes, para saber se têm o habito de
pedir nota fiscal e qual a opinião deles quanto aos serviços públicos em
Campo Mourão.
Pesquise junto à Prefeitura Municipal de Campo Mourão, que taxas e
contribuições de melhorias são cobradas da população.
Traga para a sala de aula, as notas fiscais que conseguir acumular
durante o mês, para que seja realizado um debate com os colegas e
verificado quantos têm o hábito de exigir a nota fiscal de compra.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
43
REFERÊNCIAS
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44
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