A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

download A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

of 10

Transcript of A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    1/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 20 

    A IMPORTÂNCIA DO CONSUMO DE FIBRAS DIETÉTICAS SOLÚVEIS NOTRATAMENTO DO DIABETES

    NELSON NILTON ROIG ALVES¹; LUIZ CLÁUDIO GAGLIARDO²*; FLÁVIA CONDE LAVINAS²

    1 Acadêmico de Nutrição (Escola de Ciências da Saúde, Unigranrio); 2 Docente do Curso de Nutrição (Escola de Ciências da Saúde,

    Unigranrio);* [email protected]  ,  Rua Professor José de Souza Herdy, 1160. CEP 25071-200, Duque de Caxias, RJ.

    RESUMO

    O presente trabalho objetivou fazer uma revisão na literatura sobre os efeitos benéficos que a fibra dietética,especialmente a fibra solúvel pode trazer para o paciente diabético, mostrando os principais hormôniosatuantes no diabetes, as principais complicações que estes pacientes podem apresentar quando o diabetesestá descompensado, destacando a importância das fibras e sua ação em pacientes diabético, sendo relatada aatuação do uso terapêutico que a fibra pode causar, evidenciando que uma dieta rica em fibras reduz o índiceglicêmico, retarda a absorção dos carboidratos, melhora os marcadores de inflamação e pode atuar até naredução da resistência a insulina, fatores que podem ser usados também como prevenção para o DiabetesMellitus tipo 2, que é um grande problema de saúde pública.

    Palavras-chave:  Diabetes Mellitus; fibra solúvel; fibra dietética.

    THE IMPORTANCE OF THE DIETARY SOLUBLE FIBER CONSUMPTION INTHE TREATMENT OF DIABETES

    ABSTRACT

    The present work objectified to make a revision in literature on the beneficial effect that the dietary fiber,especially the soluble fiber can bring for the diabetic patient, showing the main operating hormones indiabetes, the main complications that these patients can present when in diabetes no is control, detaching theimportance of staple fibers and its action in a diabetic patient, being told to a performance of the therapeuticuse of the fiber can cause, evidencing that a diet with high staple fiber text and reduces the glicêmico index,

    delays the absorption of the carbohydrates, improves the inflammation markers and can act ties in thereduction of the resistance insulin, factors that also can be used as prevention for diabetes melito type 2, thatit is a great problem of public health.

    Keywords: Diabetes Mellitus, fiber soluble , dietary fiber.

    INTRODUÇÃO

    O Diabetes Mellitu s (DM) não é umaúnica doença, mas um grupo de vários distúrbiosmetabólicos que apresentam em comum a

    hiperglicemia, que é o resultado de alterações naação da insulina, na secreção de insulina ou emambos (MAHAN, ESCOTT-STUMP, 2005). Aclassificação atual do DM é baseada na etiologia enão no tipo de tratamento, portanto os termos DMinsulinodependente e DM não-insulinoindependente devem ser eliminados. Aclassificação proposta pela Organização Mundialda Saúde e pela Associação Americana deDiabetes e aqui recomendada inclui quatro classesclínicas: Diabetes  Mellitu s  tipo 1 (DM tipo 1),Diabetes Mellitu s tipo 2 (DM tipo 2), outros tiposespecíficos de DM e Diabetes MellitusGestacional (DMG) (SOCIEDADEBRASILEIRA DE DIABETES –  SBD, 2006).

    O DM tipo 1, forma presente em 5% a10% dos casos, é o resultado de uma destruiçãodas células beta pancreáticas com conseqüentedeficiência de insulina. Na maioria dos casos essadestruição das células beta é mediada por auto-

    imunidade, porém existem casos em que não háevidências de processo auto-imune, portanto,referida como uma forma idiopática do DM tipo1. O DM tipo 2 é a forma presente em 90%-95%dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação ena secreção da insulina. Em geral ambos osdefeitos estão presentes quando a hiperglicemia semanifesta, porém pode haver predomínio de umdestes defeitos, segundo características variáveisem cada paciente, a maioria dos pacientes comessa forma de DM apresenta sobrepeso ouobesidade, e raramente desenvolve cetoacidoseespontaneamente, ocorrendo apenas quandoassociada a outras condições como infecções(SBD, 2006; SHILS, 2003).

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    2/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 21 

    Em 1985 estimava-se que existissem 30milhões de adultos com DM no mundo, em 1995esse número cresceu para 135 milhões, atingindo

    173 milhões em 2002, com projeção de chegar a300 milhões no ano 2030. Cerca de dois terçosdesses indivíduos com DM vivem nos países emdesenvolvimento, onde a epidemia tem maiorintensidade, com crescente proporção de pessoasafetadas em grupos etários mais jovens (LYRA etal ., 2006).

    As fibras de uma forma geral possuem umimpacto fisiológico no trato gastrintestinal (TGI)muito importante, já que elas possuem acapacidade de se tornar viscosas, seqüestrar água,ligar-se a minerais e sais biliares, degradaçãomicrobiológica e de seus metabólitos, afetando

    assim ao esvaziamento gástrico, ao trânsitointestinal, na digestão e absorção de nutrientes, naexcreção de sais biliares, no crescimento da floraintestinal, redução de ingestão de energia, entreoutras (TEIXEIRA NETO, 2003).

    O índice glicêmico (IG) é caracterizado pelo perfil de absorção dos carboidratos de umalimento e sua resposta metabólica após asrefeições, sendo esta resposta a carga glicêmicaliberada no organismo. Dietas ricas em fibras

     possuem baixo índice glicêmico, porque aviscosidade da fibra solúvel reduz a velocidade ea quantidade de glicose absorvida pelo organismo

     prolongando o período de reincidência da fomereduzindo o consumo calórico nas refeições posteriores (SARTORELLI; CARDOSO, 2006;TEIXEIRA NETO, 2003).

    As fibras solúveis influenciariam a dieta deforma a retardar o processo de esvaziamentogástrico, pois formam gel dando uma maiorsensação de saciedade ao paciente, contribuindo

     para a sua perda de peso, além de reduzir aabsorção da glicose e LDL-colesterol, diminuindoassim os picos hiperglicêmicos comuns nos

     paciente com DM tipo 2, devido a limitar ocontato com a luz intestinal (BRITTO; CRUZ,

    2000). O presente trabalho tem como objetivoapontar a importância do consumo de fibrasdietéticas no tratamento do Diabetes Mellitus,ressaltando o papel destas no controle glicêmico.

    METODOLOGIA

    O trabalho consiste em uma revisão deliteratura, incluindo publicações nacionais einternacionais dos últimos dez anos, em base dedados (Scielo, Bireme), livros de nutrição clínicae publicações de órgãos oficiais.

    As palavras-chaves utilizadas para buscasão:  diabetes mellitus, fibras alimentares, fibrassolúveis.

    REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    PÂNCREAS ENDÓCRINOO pâncreas basicamente é formado por

    dois tipos de tecidos os ácinos, que secretamsucos digestivos para o duodeno e as ilhotas de

     Langerhans, que secretam insulina e glucagon para a corrente sanguínea. Dentre estes dois tiposde tecidos destacamos as  ilhotas de Langerhans que são os alvos de estudo no DM. Estas sãoformadas por três tipos principais de células: ascélulas alfa, beta e delta que respectivamente

    secretam glucagon, insulina e somatostatina, e diferem entre si devido à estrutura e característica(GUYTON; HALL, 2002).

    INSULINAA insulina é um polipeptídio, composto

     por duas cadeias de aminoácidos, ligados entre si por ligações dissulfeto (GUYTON; HALL 2002;BEVILAQUA, 1998).

     Na deficiência de insulina a captação deglicose fica reduzida pelos tecidos periféricossensíveis ao hormônio, com o acúmulo de hexoseno meio extracelular, contribuindo ainda para ao

    aumento da glicose sanguínea, inibindo no fígadoas principais enzimas glicolíticas e a ativação dasenzimas neoglicogênicas (AIRES, 2008;BEVILAQUA, 1998).

    A redução da captação de glicose irádesencadear uma menor produção deacetilcoenzima A (acetil-CoA), nicotinamidaadenosina dinucleotídeo fosfato (NADPH+)  ealfaglicerofosfato no tecido adiposo e em outrostecidos, como resultado tem-se uma diminuiçãona síntese de ácidos graxos e triacilgliceróis. Alipólise (quebra de triacilgliceróis) é iniciada,aumentando a liberação de ácidos graxos livres e

    glicerol para o plasma sanguíneo. O aumento daquantidade de ácidos graxos livres para o fígado esua catabolização na via de beta oxidação é umfator que leva a formação de grande quantidadede acetil-CoA, e este excedente e convertido emcorpos cetônicos pelos hepatócitos (AIRES, 2008;FERNANDES et al ., 2006).

    A síntese protéica e reduzida em todos ostecidos e a degradação da massa muscular éaumentada e os aminoácidos resultantes sãodirecionados ao tecido hepático e juntamente como glicerol oriundo da lipólise do tecido adiposo,que fornece o carbono necessário para a

    gliconeogenese, que se encontra muito ativados.Este excesso de glicose também acarretará no

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    3/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 22 

    desequilíbrio hidroeletrolítico que pode sertraduzido por uma glicosúria. Como as hexosesestão em quantidade excessiva a reabsorção

    tubular renal não possui capacidade para talreabsorção, então grande quantidade de glicose éeliminada na urina, juntamente com uma grandequantidade de uréia, proveniente do aumento docatabolismo protéico. Estes fatores produzem umadiurese osmótica, que aumentará a quantidade dofluxo de urina (poliúria), e conseqüentemente daingestão de água (polidipsia) para compensar as

     perdas com o aumento do fluxo urinário (AIRES,2008).

    GLUCAGONO glucagon é um polipeptídeo constituído

     por uma cadeia de 29 aminoácidos. É liberado porexocitose dos grânulos que contem o hormônio. Ocontrole secretório é realizado através dos agentesmetabólicos, hormonais e neurais. A principalliberação por estímulo metabólico é realizada pelaqueda da glicemia, seja ela pelo motivo que for.Divergindo, o aumento da glicose sanguínea,inibe a secreção deste hormônio, sendo assimtanto a glicose como a insulina inibe a síntese doglucagon (AIRES, 2008).

    Os ácidos graxos também inibem asecreção do glucagon, em sua maioria osaminoácidos, em especial a alanina e a arginina

    induzem uma rápida secreção hormonal, por issoapós uma refeição que contenha proteínas ecarboidratos, a insulina e o glucagon serãosecretados, predominando a secreção dohormônio cujo respectivo nutriente estiver emmaior quantidade na refeição. Muitos hormôniosgastrintestinais participam da estimulação dasecreção do glucagon, assim como os receptoresdo sistema adrenérgicos do sistema nervoso emestado de estresse agudo. Mais da metade doglucagon é extraído pelo fígado após uma única

     passagem, sendo degradado principalmente nofígado e rim (AIRES, 2008).

    SOMATOSTATINACaracterizada inicialmente como um

    hormônio originado no hipotálamo que controlavao hormônio do crescimento, foi isolada

     posteriormente na mucosa gástrica e das ilhotas pancreáticas, onde é realmente sintetizado pelascélulas delta. Este hormônio pode apresentar-seem duas formas: uma cadeia péptica única, com14 aminoácidos ou com 28 aminoácidos, porextensão da primeira através da extremidade N-terminal. A secreção de somatostatina éviabilizada pela glicose, aminoácidos, ácidos

    graxos livres, glucagon, vários hormôniosgastrintestinais, neurotransmissores colinérgicos e

    ß-adernérgicos. A sua inibição pode ser feita pelainsulina ou por neurotransmissores α-adrenérgicos(AIRES, 2008).

    Muito semelhante à insulina em relaçãoaos fatores que determinam a regulação da suasecreção e de outros hormônios como o hormôniodo crescimento, glucagon, o polipeptídeo

     pancreático, além de hormônios como a gastrina,secretina, entre outros. A somatostatina exerce um

     papel controlador sobre o efeito de absorção denutrientes, reduzindo a absorção de glicose, etriglicerídeos pela mucosa intestinal (AIRES,2008).

    FISIOPATOLOGIA DO DIABETES

    Basicamente o DM ocorre devido a umadisfunção no metabolismo dos carboidratos, porfalta de uma ação  correta da insulina ou porausência desta, e a sua deficiência causa o DM

     podendo ser classificado de acordo com aquantidade produzida em cada indivíduoacometido (AIRES, 2008; BEVILAQUA, 1988).

    O DM é declarado também como umimportante fator de risco independente para adoença arterial coronária, sendo caracterizado

     pelo III National Cholesterol Education Progran(NCEP) como um dos equivalentes da doençacoronariana, pela sua alta correlação com a

    doença cardiovascular (FERNANDES et al .,2006).

    SINTOMASMuitas vezes DM não é diagnosticado

     porque seus sintomas parecem inofensivos, e adetecção precoce da doença e o tratamento dosseus sintomas podem diminuir a chance dedesenvolver as complicações do DM. Alguns deseus sintomas são:

    Poliúria –  é o aumento do numero de vezese da quantidade de urina eliminada por dia,devido ao excesso de glicose circulante,

    ocorrendo uma diurese osmótica.Polidipsia  –   o excesso de glicose séricaocasionara uma sensação de sede, para que maislíquido entre na corrente sanguínea e cause umahemodiluição e também devido a poliúria, aaumento da sede tentará normalizar o equilíbriohidroeletrolítico

    Polifagia  –   devido a não captação deglicose pelos tecidos corporais, a pessoa continuacom a sensação de que não comeu, causandofome excessiva.

    Emagrecimento incomum  –   como aenergia não chega ate as células passam por uma

     privação energética tira de suas reservas,ocasionando emagrecimento.

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    4/10

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    5/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 24 

    de produzir insulina, um defeito primário queresulta da destruição das células ß pancreática,levam a deficiência absoluta de insulina

    resultando em hiperglicemia e todos os sintomascaracterísticos do diabetes. A taxa de destruiçãodas células beta do pâncreas, pode ocorrerrapidamente em algumas pessoas e maislentamente em outras (SBD, 2006; MAHAN;ESCOTT-STUMP, 2005).

    O DM tipo 1 possui duas formas: umaimunomediada ou idiopática; a imunomediada é aforma em o DM tipo 1 resulta da destruição auto-imune das células ß do pâncreas, normalmenterelacionado com uma predisposição genética apóse logo após o inicio do tratamento corrigindo aglicemia inicia-se a fase “lua-de-mel”, em que as

    necessidades de insulina exógena são reduzidasconsideravelmente devido ao retorno da secreçãode insulina, e pode durar ate um ano, depois deste

     período as necessidades de insulina aumentam, ea destruição das células e beta pancreáticas ecompletada entre 8 e 10 anos do inicio do quadroclinico do DM tipo 1 e a forma idiopática, que serefere a uma doença de etiologia desconhecida(SBD, 2006; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005;SHILS, 2003).

    Diabetes tipo 2

    O DM tipo 2 é a forma presente em 90%-95%, sendo assim o que possui uma maior prevalência entre os tipos de diabetes, ecaracteriza-se por defeitos na ação e na secreçãoda insulina. A maioria dos pacientes com essaforma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade,raramente desenvolvem cetoacidoseespontaneamente, ocorrendo apenas quandoassociada a outras condições como infecções(LYRA et al ., 2006; SBD, 2006; SHILS, 2003).

    Em sua maioria passa anos sem seridentificado por ter seu desenvolvimento graduale de forma bem silenciosa nos estados iniciais,

    onde o histórico familiar apresenta-se como umfator de risco não modificável, dentre osmodificáveis destacam-se a obesidade, osedentarismo, fatores dietéticos, alem detabagismo, stress e episódios depressivo (LYRAet al ., 2006).

    Diferentemente do DM tipo 1 auto-imunenão há indicadores específicos para o DM tipo 2.Existem provavelmente diferentes mecanismosque resultam nessa forma de DM, e com aidentificação futura de processos patogênicosespecíficos ou defeitos genéticos, o número de

     pessoas com essa forma de DM irá diminuir

    (LYRA et al ., 2006; SBD, 2006).

    Diabetes gestacional

    O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é

    uma das complicações mais comuns da gravidez,definido quando uma mulher que nunca foidiagnosticada com diabetes apresenta valores deglicemia superior aos valores normais de glicose(ZHANG et al ., 2006).

    A paciente pode possuir a doençaanteriormente e descobrir apenas durante agravidez. Pacientes com diabetes gestacionaldevem ser reavaliadas quatro a seis semanas apóso parto e reclassificadas como apresentando DM,glicemia de jejum alterada, tolerância à glicosediminuída ou normoglicêmica. Na maioria doscasos há reversão para a tolerância normal após a

    gravidez, porém existe um risco de 17%-63% dedesenvolvimento de DM tipo 2 dentro de 5-16anos após o parto (SBD, 2006; MAHAN;ESCOTT-STUMP, 2005).

    É consenso que durante a gravidez o DM,uma das intercorrências clínicas, está associado arisco aumentado de resultado perinatalindesejável. Sugere a avaliação da glicemia de

     jejum a partir da 20ª semana de gestação, tendocomo ponto de corte 85 mg/dL. Destaca-se, ainda,a importância deste exame na primeira consultade pré-natal, especialmente nas portadoras defatores de risco para o DM. A associação da

    glicemia de jejum a fatores de risco (antecedentes pessoais, familiares e obstétricos investigados na primeira consulta) foi proposta há mais de 20anos. Se a glicemia de jejum for inferior a 90mg/dL e a paciente não tiver qualquerantecedente, ela é considerada normal do ponto devista de risco para DMG. Se a glicemia de jejumfor superior ou igual a este limite,independentemente da presença dos antecedentes,ou se a glicemia de jejum for normal, mas a

     paciente tem fator de risco, o rastreamento éconsiderado positivo e ela é encaminhada para aconfirmação do diagnóstico, entre a 24ª e a 26ª

    semana de gestação (RUDGE et al , 2005).

    CONSEQÜÊNCIAS DO DIABETESMELLITUS DESCOMPENSADO 

    DOENÇAS CARDIOVASCULARES

    O DM possui um elevado impactoindividual e coletivo em termos de carga dedoença cardiovascular. Do ponto de vista clínico,é conhecido que a presença de DM confere umaumento no risco de desenvolver eventoscirculatórios, sendo que até 80% dos indivíduos

    com DM vão desenvolver ou até mesmo morrer

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    6/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 25 

    de doença macrovascular (FURTADO;POLANCZYK, 2007).

    Em indivíduos adultos, o DM está

    associado a um alto risco de doençacardiovascular, em torno de 2 a 4 vezes maior emrelação a indivíduos sem diabetes, sendo a doençacardiovascular (DCV) a principal causa demortalidade e morbidade em indivíduos comdiabetes tipo 2 Indivíduos com DM, mesmo semdoença aterosclerótica estabelecida, têm um riscoelevado de desenvolver eventos vasculares nofuturo. Estima-se em torno de 20% a taxa dedesenvolvimento de evento cardíaco em um

     período de 7 anos em pacientes diabéticos semdoença cardiovascular prévia (FURTADO;POLANCZYK, 2007).

    A perda de peso em indivíduos obesosreduz a incidência da maioria dos fatores de risco para doença cardiovascular e melhora o controleda glicemia, sendo recomendada perda moderada(7 – 10% peso corporal em 6 meses a 1 ano) emmédio prazo (FURTADO; POLANCZYK, 2007).

    RETINOPATIA DIABÉTICA

    A retinopatia diabética (RD) é umacomplicação crônica DM que, após 20 anos deduração de diabete melito, ocorre em 99% dos

     pacientes com diabete melito tipo 1 e em 60% dos

     pacientes com diabete melito tipo 2, sendo a principal causa de cegueira em adultos. Níveis deglicose e pressão arterial elevados, junto comlongo tempo de duração do DM, são os principaisfatores de risco. Os fatores de risco pararetinopatia diabética podem ser classificadoscomo genéticos e não genéticos, onde estãoincluídos aqueles relacionados ou não ao DM,ambientais e oculares. Normalmenteassintomática, alterações precoces ao fundo deolho, através de dilatação venosa, podem levar a

     perda da visão principalmente quando a doença éde longa data e sem tratamento adequado,

    constitui uma das principais causas de cegueiraem pessoas jovens (SBD, 2006; BEVILAQUA etal ., 1998).

    A RD tem início nos capilares retinianos pelo comprometimento da barreira hemato-retiniana. As alterações fundoscópicas seguem umcurso progressivo, desde a RD leve, caracterizada

     por aumento da permeabilidade vascular, até amoderada e a grave, caracterizada por oclusãovascular e conseqüente proliferação fibrovascular(neovasos na retina e face posterior do vítreo) ecicatrização. A cegueira está associada à faseavançada sendo representada pela RD

     proliferativa e suas manifestações: hemorragia pré-retiniana ou vítrea, proliferação fibrovascular

    e descolamento tradicional de retina, neovasos deíris e glaucoma neovascular. Quanto mais grave oestágio da RD, maior é o risco de surgimento de

    redução grave de visão. Todos estes estudosdemonstram de forma contundente a importânciado controle glicêmico em todos os estágios daRD. Deve ser reforçada ao paciente suaimportância no sentido de prevenir a RD,especialmente no início do DM (BOLTER et al .,2003).

     NEFROPATIA DIABÉTICA

    A nefropatia diabética (NFD) Éconsiderada uma das principais causas deinsuficiência renal terminal, sendo em maior parte

    nos pacientes com DM tipo 2, aumentando aschances de morte em até 100 vezes para o paciente diabético em razão da proteinúria(FARIA, 2001). A NFD caracteriza-se por umamicroalbuminúria que é uma das principaiscomplicações do DM crônico e que comoconseqüência culmina com insuficiência renal emorte em pacientes com doenças DCV (FARIA,2001; BEVILAQUA et al ., 1998).

    A redução da sensibilidade à insulina em pacientes com DM tipo 1 e o aumento do contratransporte de sódio e lítio, são mais sujeitos adesenvolver NFD, o que pode sugerir que a

    resistência à insulina seja um fator primário na patogênese da NFD (FARIA, 2001). Odesenvolvimento de lesões glomerularesobservadas na NFD podem ser prevenidas ou

     bastante reduzidas em sua intensidade pelaobtenção de valores glicêmicos próximos aosnormais, obtidos por um tratamento continuo doDM (FARIA, 2001).

     NEUROPATIA DIABÉTICA

    A neuropatia diabética (NRD) é uma das principais complicações do DM é definida como a

     presença de sinais ou sintomas de disfunçãoneurológica em pacientes com DM após aexclusão de outras causas. Sua prevalência aindaé incerta, sendo diretamente influenciada pela

     população estudada e pelo critério diagnósticoutilizado. A presença de NRD varia de 13 a 47%em estudos populacionais e em pacientesambulatoriais e de 19 a 50% em pacienteshospitalizados a NRD pode levar a transtornostróficos da pele e da estrutura osteoarticular do pé,levando ao chamado “ pé diabético”. Pacientesdiabéticos que apresentam insensibilidade,fraqueza muscular e diminuição de amplitude de

    movimento têm maior risco para o

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    7/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 26  

    desenvolvimento de ulcerações nos pés(MOREIRA et al ., 2005).

    A polineuropatia distal diabética (PNDD) é

    a forma mais prevalente de apresentação da NRD,afetando aproximadamente 50% dos pacientesapós 20-25 anos de doença. A PNDD, apesar detambém afetar a parte motora, é

     predominantemente sensitiva e sua distribuição ésimétrica, afetando primeiramente os segmentosdistais dos nervos mais longos. O pacientequeixa-se de dor em pododáctilos ou pernas, deinstalação aguda, subaguda ou crônica, do tipoagudo ou em queimação, também podendoocorrer hiperestesia cutânea e parestesias. Essessintomas podem ser intensos, sem remissão e comexacerbação noturna. Além disso, pode também

    ocorrer desde uma diminuição das sensibilidadestáctil, térmica, dolorosa e vibratória até umacompleta abolição dos reflexos profundos. Deforma característica, as mãos encontram-seclinicamente comprometidas apenas em casosmais graves e de longa evolução (MOREIRA etal ., 2005).

    AS FIBRAS ALIMENTARES

    As fibras alimentares são substânciasindisponíveis para a obtenção de energia, pois nãoé possível ocorrer hidrólise pelas enzimas do

    intestino humano, porém podem ser fermentadas por algumas bactérias. Em sua maior parte asfibras são classificadas como polissacarídeos nãoamiláceos, sendo encontradas nos vegetais,

     principalmente cereais (arroz, soja, trigo),leguminosas (lentilha, ervilha, feijão), emfolhosos (couve, alface), hortaliças (cenoura,chuchu, vagem) (OLIVEIRA, 1998; MORAES;COLLA, 2006). 

    Estas fibras são resíduos das paredescelulares e dos tecidos dos vegetais consumidosna alimentação e atuam em um fator importante,o índice glicêmico dos alimentos: dietas de alto

    IG estão relacionadas à promoção da RI,obesidade e DM tipo 2. Quanto às fibrasalimentares, muitos estudos comprovam que adieta rica em fibras diminui o risco de doençascoronarianas e DM tipo 2, além de contribuir paramelhor controle glicêmico. Portanto, aalimentação adequada constitui um fatorindispensável não somente no tratamento, comotambém na prevenção do DM (MARQUES,1999).

    A fibra alimentar é composta por celulose,hemiceluloses, gomas, pectinas e mucilagenssendo classificada quanto a sua solubilidade em

    água em solúveis e insolúveis. As beta-glicanassão componentes da fibra alimentar solúvel

     presentes na aveia e sua importância é devido às propriedades funcionais e aos efeitoshipocolesterolêmicos e hipoglicêmicos

    apresentados. As fibras solúveis retardam oesvaziamento gástrico, a absorção da glicose ereduzem o colesterol no soro sangüíneo. As fibrasinsolúveis aceleram o trânsito intestinal,aumentam o peso das fezes, contribuindo para aredução do risco de doenças do tratogastrintestinal (FURTADO; POLANCZYK,2007).

    A IMPORTÂNCIA DAS FIBRASDIETÉTICAS

    Por muito tempo a fibra foi desconsiderada

    como um nutriente importante na alimentação, porém o início do interesse sobre a função dafibra e sua aplicação clinica, baseava-se no fato deque alguns estudos relatarem os efeitos de umadieta com baixo conteúdo de fibras e o aumentocrescente de doenças, como a obesidade e o DM,

     predominante em sociedades industrializadas em pessoas que já possuíam uma predisposiçãogenética (MARQUES, 1999).

    Estudos observaram que após a SegundaGuerra Mundial, período em que o consumo decereais e outras fontes de fibras foram muitomaiores que o de costume, devido à escassez de

    alimentos, a incidência de DM foi reduzida. Omesmo é observado em áreas rurais do continenteafricano que possuem uma alimentação rica emfibras e pobre em alimentos refinado estasdoenças são muito raras, mas quando expõe essemesmo grupo a condições de uma alimentaçãotipicamente urbana há um aumento na freqüênciaconsiderável de diabetes. O mesmo tambémocorre com índios submetidos a tal mudança dehábitos alimentares. Claro que também se discuteque este não e um fator isolado, e que a obesidade

     previa e a redução da atividade física acusada poresta mudança também influi no aumento da

    incidência do diabetes (MARQUES, 1999).O aumento da substituição dos alimentosin natura, que possuem grandes quantidades defibras, vitaminas e minerais, por produtosindustrializados, em conjunto com o estilo de vidasedentário, acompanhado dos avançostecnológicos compõem um dos principais fatores

     para o aumento obesidade associado DM(SARTORELLI; FRANCO, 2003).

    A IMPORTÂNCIA DA FIBRADIETÉTICA PARA O DIABÉTICO

     Nestes últimos anos, o interesse naadministração de dietas ricas em fibras para

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    8/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 27  

     pacientes diabéticos ou com intolerância aglicose, aumentou muito devido à melhora docontrole glicêmico, que conseqüentemente reduz

    as necessidades de insulina pelo paciente(MARQUES, 1999). As fibras solúveis são asmais eficazes no controle da glicemia e sabe-seque é uma propriedade relacionada aos seguintesfatores: 1) a fibra possui a capacidade de lentificaro esvaziamento gástrico; 2) proporciona aberturas

     para a penetração dos carboidratos dentro da fibrareduzindo a quantidade disponível para absorçãoe, por não haver contato com a mucosa intestinal,reduzindo os níveis de glicemia; 3) promovemodificações hormonais com aumento daingestão (MARQUES, 1999).

    A goma guar é um suplemento de fibra

    solúvel eficaz na redução da glicemia pós- prandial tanto em estudos experimentais quantoem indivíduos saudáveis e diabéticos, sendorelacionada com a redução da absorção daglicose, devido ao aumento da viscosidade doconteúdo intestinal, que retarda o contato daglicose com a área de absorção. A fermentação dagoma guar também produz quantidadesaumentadas de ácido butírico, que juntamentecom a fibra, demonstra grande capacidade deredução da glicemia em ratos (FERNANDES etal ., 2006).

    Segundo um estudo realizado por Zhang e

    colaboradores (2006), as mulheres queconsumiam uma dieta rica em fibras (frutas,cereais, e pães integrais) antes de engravidar

     possuem uma menor probabilidade dedesenvolver DMG. Neste mesmo estudo foirelatado que a cada 10 gramas de fibra ingeridadiariamente, reduziria em 26% o risco de DMG.

    Entre as fibras alimentares, as solúveisapresentam efeito hipoglicêmico,hipocolesterolêmico e atua lentificando oesvaziamento gástrico, além de seremmetabolizadas no cólon, fornecendo ácidos graxosde cadeia curta liberando energia (LIMA;

    SABAA-SRUR, 1999).Um estudo utilizando a goma guardemonstrou que a ingestão de 4,34g desta fibra,foi reduziu cerca de 5% do valor da glicose pós-

     prandial de pacientes diabéticos e 50% daglicose da mesma em indivíduos sadios (LIMA;SABAA-SRUR, 1999).

    Profissionais da saúde têm recomendado produtos de aveia como uma forma de prevenir ahipercolesterolemia no DM, permitindo melhorcontrole glicêmico, aumento da sensibilidade

     periférica à insulina e redução às dosesnecessárias de insulina exógena (FURTADO;

    POLANCZYK, 2007). Muitos alimentos com baixo IG são ricos em fibras alimentares, em

    especial as fibras solúveis. Dadosepidemiológicos recentes indicam que dietas ricasem fibras associam-se a um menor risco de

    doenças cardiovasculares e DM tipo 2. Alémdisso, sabe-se que as fibras alimentares melhorama resposta glicêmica e as concentrações deinsulina prandial (SANTOS et al ., 2006).

    As fibras solúveis reduzem o tempo detrânsito intestinal e ajudam na diminuição dasconcentrações séricas de colesterol. Além disso,melhoram a tolerância à glicose, sendoresponsáveis pela maioria dos benefícioscardiovasculares atribuídos às fibras alimentares.Já as fibras insolúveis não têm ação nacolesterolemia, mas aumentam a saciedade,auxiliando na redução da ingestão energética.

    Dessa maneira, o aumento da ingestão de fibrasalimentares pode promover a perda de peso. Arecomendação de ingestão diária de fibrasalimentares é de 20 a 30g, sendo que a dieta deveconter alimentos que ofereçam ao menos 5 a 10gde fibras solúveis ao dia (SANTOS et al ., 2006).

    A fibra também teria o efeito de reduzir asinflamações, isto foi observado em diabéticos queconsumiam maiores quantidades de grãosintegrais, farelo, fibra e cereais, apresentarammenores marcadores de inflamação do que os quefaziam uma dieta pobre em fibras e de maior IG,sugerindo que as fibras podem reduzir a

    inflamação total, diminuindo as chances decomplicações vasculares para estes pacientes (QIet al , 2006).

    Segundo Weickert e colaboradores (2006),o consumo de uma dieta com elevado teor emfibras tem demonstrado diminuir o risco dedesenvolver o DM tipo 2, isto porque as fibrasreduziriam a RI, melhorando a sensibilidade dainsulina, podendo ser usada assim tanto para

     prevenção como para o tratamento do DM tipo 2, por este ainda produzir insulina.

    O uso de carboidratos refinado reduziria aquantidade de nutrientes e aumentaria a

    quantidade de calorias de uma dieta, podendoentão DM estar relacionado tanto com naobesidade ou com a ausência de nutrientes

     presentes em alimentos que são fontes de fibras, oque aumentaria a suscetibilidade DM (GROSS,2004).

    A redução do risco de DM em indivíduosque consomem dietas ricas em grãos integrais sedeve a um possível efeito das fibras na ação dainsulina, pois estes indivíduos adultos queconsomem grandes quantidades de fibrasapresentam concentrações mais baixas de insulina(NELINA; RUIZ, 2005).

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    9/10

     

    Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.20-29, jul-dez 2008. Página 28 

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Podemos concluir que as fibras dietéticas

    solúveis podem apresentam benefícios para asaúde dos pacientes diabéticos,   por reduzir aabsorção de carboidratos, ou por reduzir índiceglicêmico dos alimentos, e como relatam algunsestudos por atuarem como interferindo naresistência a insulina, ou como redução dosmarcadores de inflamação. Estas melhorasocasionarão uma menor incidência decomplicações vasculares, portanto um umamelhor qualidade de vida ao paciente.

    O uso terapêutico da fibra deveria serincentivado desde o inicio do diagnostico do DMe durante todo o seu tratamento para uma melhor

    resposta do quadro clínico, pois se observa queseu uso pode representar até mesmo uma reduçãonos medicamentos usados para tratar o diabetes esuas complicações.

    Uma alimentação rica em fibra solúvel e baixos teores de carboidratos refinados devem serincentivados juntamente com a mudança de estilode vida, com uma alimentação mais equilibradacom fontes naturais de fibras na alimentação,como frutas, hortaliças e cereais integrais,incentivando também a atividade física, para otratamento de portadores de DM e como forma de

     prevenção para quem possui fatores de risco,

     porem não é portador da doença ainda.Observa-se que apesar de ser um temaestudado há vários anos, tem-se necessidade deaprofundar mais os conhecimentos sobre osefeitos das fibras dietéticas, principalmente o deredução de marcadores inflamatórios e redução daresistência à insulina

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    AIRES, M. M. Fisiologia, 3. ed. Rio de Janeiro,RJ: Guanabara Koogan. 2008.

    BEVILAQUA, F. et al . Fisiopatologia Clinica, 5ed, 1998.

    BRITTO, M. M. S.; CRUZ, T. R. P. Tratamentodo diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia eMetabologia,  São Paulo, v. 44, n.6, p.506-518,2000.

    BOELTER M. C. et al . Fatores de risco pararetinopatia diabética. Arquivo Brasileiro deOftalmologia, n. 66, p.239-247, 2003.

    FARIA, J.B.L. Atualização em fisiologia efisiopatologia: Patogênese da nefropatia diabética.Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 23 n.2 p.121-

    129, 2001.

    FERNANDES L. R. et al . Efeito da goma guar parcialmente hidrolisada no metabolismo delipídeos e aterogênese de camundongos. Revistade Nutrição, v.19, n.5, p.563-571, 2006.

    FURTADO, M. V. ; POLANCZYK, C. A.Prevenção cardiovascular em pacientes comdiabetes: revisão baseada em evidências. ArquivoBrasileiro de Endocrinologia e Metabologia,São Paulo, v.51, n.2, p.365-374, 2007.

    GROSS, L. S at al. Increased consumption ofrefined carbohydrates and the epidemic of type 2diabetes in the United States: an ecologicassessment. American Journal ClinicalNutrition, n.79 p.774-779, 2004.

    GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado defisiologia medica, 10. ed. Rio de Janeiro, RJ:Guanabara Koogan, 2002.

    LIMA, K. S. C.; SABAA-SRUR, A. U. O. Docecremoso de goiaba adicionado de goma guar e seuefeito hiperglicêmico em indivíduos sadios e

    diabéticos. Ciência e Tecnologia de Alimentos.Campinas, V.19 n.1, p.14-18, 1999.

    LYRA, R. et al . Prevenção do diabetes mellitustipo 2. Arquivos Brasileiros de Endocrinologiae Metabologia, São Paulo, v.50, n.2, p. 128-135,2006.

    MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause:alimentos, nutrição e dietoterapia, 11.ed. SãoPaulo: Roca, 2005.

    MARQUEZ, L. R. A fibra terapêutica. São

    Paulo, SP: Laboratorio Madaus, 1999.

    MORAES, F.P.; COLLA, L. M. Alimentosfuncionais e nutracêuticos: definições, legislaçãoe benefícios à saúde. Revista Eletrônica deFarmácia, v.3, p.109-122, 2006.

    MOREIRA, R. O. et al   . Tradução para o português e avaliação da confiabilidade de umaescala para diagnóstico da polineuropatia distaldiabética. Arquivo Brasileiro de Endocrinologiae Metabologia, São Paulo, v. 49, n. 6, p.944-950, 2005 .

  • 8/18/2019 A Importância Do Consumo de Fibras Dietéticas Solúveis No

    10/10

     

     NELINA, F.; RUIZ, F. Efectos beneficiosos deuna dieta rica en granos enteros beneficial.Revista Chilena de Nutrición, Santiago, v.32,

    n.3, p. 191- 1999, 2005.

    OLIVEIRA, J. E. D.; MARCHINI, J. S. Ciênciasnutricionais. São Paulo, SP: Sarvier, 1998.

    QI, L. et al . Whole-grain, ban, and cereal fiberintakes and markers of systemic inflammation indiabetic women. Diabetes Care, n.29 p. 207-211,2006.

    RUDGE, M. V. C. et al . Hiperglicemia maternadiária diagnosticada pelo perfil glicêmico: um

     problema de saúde pública materno e perinatal. 

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,Rio de Janeiro, v.27, n.11, p.691-697, 2005.

    SANTOS, C. R. B. et al   . Fatores dietéticos na prevenção e tratamento de comorbidadesassociados à síndrome metabólica.  Revista deNutrição, Campinas, v.19, n.3, p.389-401, 2006.

    SARTORELLI, D. S.; FRANCO, L. J.Tendências do diabetes melitus no Brasil: o papelda transição nutricional. Caderno de saúdepublica, Rio de Janeiro, v.19, n.1 p.s29- s36,2003.

    SARTORELLI, D. S.; CARDOSO, M.A.Associação entre carboidratos da dieta habitual ediabetes mellitus tipo 2: evidências

    epidemiológicas. Arquivo Brasileiro deEndocrinologia e Metabologia, v.50, n.3, p.415-426, 2006.

    SARTORI, M. S. et al  . Contribuição da glicemia pós-desjejum para o controle glicêmico do paciente com diabetes melito tipo 2.  ArquivoBrasileiro de Endocrinologia eMetababologia, São Paulo, v.50, n.1, p.53-59,2006.

    SHILS, E. M. et al . Tratado de nutriçãomoderna na saúde e na doença, 9 ª ed, v.2,Barueri, SP , Manole, 2003.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES -

    SBD. Tratamento e acompanhamento dodiabetes mellitus: diretrizes da sociedade brasileira de diabetes. Diagraphic, 2006.

    TEIXEIRA NETO, F. Nutrição Clinica.  Rio deJaneiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003.

    WEICKERT, M. O. et al . Cereal fiber improveswhole-body insulin sensitivity in overweight andobese women. Diabetes Care, n.29 p.775-780,2006.

    ZAHNG et al . Dietary fiber intake, dietary

    glycemic load, and the risk for gestacionaldiabetes mellitus. Diabetes Care, n.29, p.2223-2230, 2006.

    Recebido em / Received : 2009-02-10Aceito em / Accepted : 2009-03-25