A importância da ferramenta tecnológica

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Marcos Nunes da Silva1 José Francisco Mendanha1

Este artigo tem como fundamento mostrar a importância da tecnologia dentro do contextoescolar e social. Vivemos em uma sociedade, onde a busca por melhorias em todos osângulos é incansável, ou seja, essa busca não para. O uso da tecnologia dentro do âmbitoescolar é muito importante para a construção do pensamento crítico, social e humano. Atecnologia é uma ferramenta pedagógica que dá subsídio e suporte a educadores, quebuscam novos métodos didáticos para ensinar. Vem mostrar que desde a formaçãoacadêmica, devemos estar sempre atentos a inovações que possam transformar o processode formação multidisciplinar do aluno. Foram utilizadas obras de referências que deramsuporte ao artigo, engrandecendo a pesquisa sob o título em discussão. Todas as obrasestão disponíveis na Biblioteca do ITPAC.

Palavras-Chave: Tecnologia. Ferramenta Pedagógica. Métodos.

This paper aims to show the importance of technology within the school and social context.We live in a society where the search for improvements in all angles is relentless, i.e., thissearch never ends. The use of technology within the school is very important for theconstruction of critical, social and human thinking. Technology is a pedagogical tool thatgives support and allowance to educators who seek new didactic methods to teach. Thisshows that since the academic, we must always be aware of innovations that can transformthe multidisciplinary education process of learner. Reference works were used to supportthe article, aggrandizing the research on the title under discussion. All works are availablein the Library of ITPAC.

Keywords: Technology. Pedagogical Tool. Methods.

1 Curso de Pedagogia; FAHESA/ITPAC - Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos. Av. Filadélfia, 568;Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. Email: [email protected], [email protected].

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Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.7, n.1, Pub.7, Janeiro 2014

1. INTRODUÇÃOA tecnologia educacional é um novo

instrumento de trabalho que pode propalar nasociedade e principalmente no âmbito escolar,a importância da interação, da pesquisa e dainformação tecnológica em todo meio social.

O papel do pedagogo é fundamentalno processo de construção do sabertecnológico, cognitivo, comportamental,comunicativo, formal, social, ético, moral,funcional e humanístico. A formaçãotecnológica não pode ser transmitida de formavazia ou nula. Todo planejamento feito peloeducador deve ser construído de formacoerente, visando à formação de um homemcapaz de ser crítico e pesquisador.

Segundo Grinspun (2001), o conceitode educação dentro de um paradigma damodernidade ou pós-modernidade e,portanto, uma educação que esteja consoantecom o seu tempo, partindo-se do pressupostoque a tecnologia já faz parte destamodernidade. O que se observa nestamodernidade é que a construção doconhecimento tem como base a razãosubjetiva, isto é, a construção parte do próprioindivíduo pela sua natureza sensível eracional.

Os tempos mudaram, e a necessidadede acompanhar esta mudança vem deencontro à pessoa do professor, que sempredeverá estar disposto a transformar seusmétodos de ensino. As novas tecnologias sãona verdade mais um instrumento de ensinoque pode e muito contribuir noaperfeiçoamento do aprendizado de cadaaluno.

2. CONCEITO DE TECNOLOGIA E UMOLHAR HISTÓRICO

Segundo Ferreira (2004), a palavratecnologia é um conjunto de conhecimentos.Princípios científicos, que se aplicam a umdeterminado ramo de atividade.

A tecnologia é vista como ferramentaeducacional para atingir determinadoresultado. Presente na vida real de cada umde nós, a mesma vem complementar, acelerar,buscar respostas, ajudar o homem a se inserirem um processo de conhecimento acerca devárias interrogações que para ele não haviamrespostas imediatas.

As frequentes transformações sociaisfizeram com que o uso de ferramentastecnológicas se tornasse freqüente nasociedade. Estas ferramentas, muitas vezes,acabam gerando uma desestruturação social,pois a má utilização desta acabamonopolizando a raça humana.

Segundo Brito (2008), [...] a “techné”não se limitava à pura contemplação darealidade. Era uma atividade cujo interesseestava em resolver problemas práticos, guiaros homens em suas questões vitais, curardoenças, construir instrumentos e edifícios,etc. As “techné” gregas eram, em princípio,constituídas por conjuntos de conhecimentose habilidades transmissíveis de geração ageração. [...] O que, entretanto, designamoshoje, de forma geral por técnica, não éexatamente a “techné” grega. A técnica nosentido geral é tão antiga quanto o homem;pois aparece com a fabricação deinstrumentos [...] e essa fabricação jácorresponderia a um saber fazer: uma técnica.

Com a racionalidade crescente no séculoXIX, que atribuiu ao homem à tarefa dedominar, explorar a natureza, aliada aotambém crescente processo deindustrialização, o desenvolvimentocentrado na ciência e tecnologia (C&T)passou a ser visto como sinônimo deprogresso. Mas, com as guerras mundiais,principalmente a segunda, estedesenvolvimento passou a serquestionado. O arsenal de guerra, como asbombas nucleares, deixou bem explícito opoder destrutivo do homem. O queinicialmente parecia um bem inegável atodos, com o passar dos anos revelououtras facetas. À medida que o usoabusivo de aparatos tecnológicos tornava-

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se mais evidente, com os problemasambientais cada vez mais visíveis, a tãoaceita concepção exultante de C&T, com afinalidade de facilitar ao homem explorara natureza para o seu bem-estar começoua ser questionada por muitos. (ANGOTTI,2001, p. 15).

A interação do homem com a naturezafez com que o processo revolucionário datecnologia se transformasse rapidamente. Suabusca por respostas a determinados elementosmudou todo modo de pesquisardiversificados elementos, sejam eles noâmbito social ou educacional.

Segundo Brito (2008), tecnologia é umprocesso contínuo através do qual ahumanidade molda, modifica e gera a suaqualidade de vida. Há uma constantenecessidade do ser humano de criar, a suacapacidade de interagir com a natureza,produzindo instrumentos desde os maisprimitivos até os mais modernos, utilizando-se de um conhecimento científico para aplicara técnica e modificar, melhorar, aprimorar osprodutos oriundos do processo de interaçãodeste com a natureza e com os demais sereshumanos.

A relevância da tecnologia na sociedadecontemporânea está ratificada em todos osseus domínios e seus reflexos transcendemaos seus resultados/produtos pararelacionar-se entre si numa cumplicidadepermanente – seja nos campos político,econômico, social e pedagógico. Não sepode avaliar ou indicar com precisãoaonde as tecnologias levaram o homemneste novo milênio [...] a globalização, asnovas políticas de governo, os novosgrupos formados na sociedade (porexemplo, via internet) nos dão algunsmodestos exemplos de radicais mudançase novas transformações neste tempovivido (GRINSPUN, 2001, p. 16).

Segundo LITWIN, (2001) ressalta que: aolongo de sua evolução, o ser humano foidesenvolvendo ferramentas que lhespermitiram o prolongamento de seus

sentidos, ampliando os limites que a naturezalhe impôs. Biologicamente dependente eindefeso, o homem sobrepõe-se a esse estadopor meio de suas criações.

3. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCA-ÇÃO

Segundo Brito (2008): o ser humano, aolongo de seu desenvolvimento, produzconhecimento e sistematiza-o, modificando-see alterando aquilo que é necessário à suasobrevivência. O ser humano, ou seja, o seuconhecimento nas suas diferentes formas –senso comum, científico, filosófico etc. – estáentrelaçado numa rede de concepções demundo e vida.

Ainda segundo Brito (2008), O homemusa o conhecimento do senso comum e aciência para compreender o mundo, paraviver melhor, para sobreviver. [...] insatisfeitocom os argumentos que o senso comum criapara explicar os fenômenos da natureza [...]ele estrutura a ciência num saber metódico erigoroso [...] sistematicamente organizado esuscetível de ser transmitido por meio de umprocesso pedagógico. O desenvolvimento daciência associou-se ao desenvolvimentotecnológico. [...] afinal a tecnologia é aaplicação do conhecimento científico paraobter um resultado prático.

Ciência e tecnologia interferem de formamarcante nos rumos das sociedades, e aeducação se vê no mínino pressionada areestruturar-se num processo inovador naformação de um ser humano universal.Entendemos que o profissionalcompetente deve não apenas sabermanipular as ferramentas tecnológicas,mas incluir sempre em suas reflexões eações didáticas a consciência de seu papelem uma sociedade tecnológica. (BRITO,2008, p. 9).

A ciência, a tecnologia, e a educaçãosempre andaram juntas. A ciência sendo umconjunto de resultados obtidos a partir de

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pesquisas, experimentos, não pode deixar queexista uma dicotomia entre tecnologia eeducação. A tecnologia, por exemplo, é umconjunto de conhecimentos e princípios quedá suplemento a Ciência na busca deresultados. Sabendo da importância destas,não podemos deixar de lado a educação, quepor sua vez tem uma parcela significativa noprocesso de construção do conhecimento.

Segundo Nérici (1973), a educação nãopodia fugir, também, deste envolvimento,apesar de ter sido o último reduto docomportamento humano.

A educação é a peça chave destainteração entre ciência e tecnologia. Suaparticipação dentro deste quadro de pesquisa,pode transformar uma sociedadecapacitando-a, no que diz respeito acompreensão dos valores morais e éticos decada povo.

4. O EDUCADOR FRENTE A ESTANOVA TECNOLOGIA

Hoje em dia com as transformaçõesocorridas no planeta acerca do processotecnológico, o professor se vê em umasituação de extrema mudança. Todo seuconhecimento deve ser atualizado, pois omercado exige dele uma capacidade de inovarcada dia mais no processo de metodologiaeducacional, ou seja, suas formas de ensinar.

Como educamos a criança de hoje, nascidaem um mundo de informações imediatas.Com uma miríade de recursos disponíveispelo simples pressionamento de umbotão? Para os alunos reunirem emodificarem ideias, acessareminformações, as ferramentas tradicionaisda sala de aula como lápis, cadernos elivros ainda são exigidas, mas sãoinadequadas. Os computadores, o vídeo, eas outras tecnologias engajam os alunospela proximidade com que são usados nodia-dia deles. A chave não é qualtecnologia está disponível na sala de aula,e sim como ela utiliza. Como qualquercoisa, o valor da tecnologia na educação é

derivado inteiramente da sua interação(HEIDE, 2000, p. 23).

O uso de ferramentas tecnológicasdentro da sala de aula deve ser minucioso. Amá utilização desta, pelo professor, podecausar um mal sentido no que se refere aoverdadeiro valor que este instrumentopedagógico pode transmitir.

Cada vez que utilizamos estasferramentas em sala de aula, é importante quetenhamos uma compreensão de que estesnovos métodos podem contribuir e muito naconstrução do raciocínio do aluno e na suacapacidade de compreender os processostecnológicos juntamente com os professores.Os educadores por sua vez devem agir comomediadores e colaboradores no processo deconstrução do saber de cada educando.

Segundo Lipmam (1995), uma coisa éafirmar que um pensamento de qualidade énecessário nas escolas; outra é fornecer umcurrículo e pedagogia capazes de trazer à tonaeste resultado. Inúmeros estudos foramproduzidos procurando demonstrar como osalunos pensam como os professores ensinam,[...] como cientistas preparam e conduzemsuas experiências; mas pouco destes estudosem relação àquilo que é feito forneceram umquadro claro de como professores ensinam afim de que consigam com que as criançaspensem melhor – isto é, da maneira comodeveriam.

Muitos educadores temem e com justarazão, que o equipamento, representadopelos recursos mecânicos e eletrônicos,utilizados no ensino, passe a serconsiderados como fim em si,estruturando-se o ensino em volta esubmisso aos mesmos. Assim, apredominância deveria ser o processo, damaneira de atuar, em que recursosmecânicos e eletrônicos passariam a serusados como meios conjugados eplanificados dentro de um plano de açãodidática, com o fim de facilitar aaprendizagem (NÉRICI, 1973, p. 11).

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Desde pequena a criança aprende araciocinar mesmo que ela não saiba o que estáfazendo. Esta capacidade de raciocínio fazparte do desenvolvimento humano, pois jánascemos com esta tendência mesmo semsaber o que queremos. O papel do professor éo de instigar, direcionar, guiar e mediar osseus alunos a ter esta desenvoltura intelectual,esta capacidade de criar.

O conhecimento origina-se da experiência.Uma maneira de ampliá-lo sem, noentanto, recorrer a experiências adicionais,é através do raciocínio. Considerandoaquilo que conhecemos, o raciocínio nospermite descobrir coisas adicionais afins.A partir de um argumento solidamenteformulado, onde iniciamos com premissasverdadeiras, descobrimos uma conclusãoigualmente verdadeira que é “inferida”em conseqüência destas premissas. Nossoconhecimento baseia-se na experiência domundo; é por meio do raciocínio queampliamos este conhecimento, preser-vando-o. (LIPMAM, 1995, p. 66).

Segundo Nérici (1973), máquina deensinar “é qualquer recurso mecânico oueletrônico utilizado para fins de ensino etreinamento, desde os “brinquedoseducativos” até a televisão ou o computador.”Segundo o mesmo autor, os aparelhos deensino podem ser classificados em:

1. Aparelhos de estímulos – aqueles queestimulam o educando, capazes detransmitir uma mensagem, comoprojetos, rádio, TV, satélites artificiais,etc.

2. Aparelhos de respostas – aquelesdestinados mais a transmitir respostas,como gravadores, máquina digital,calculadora, etc.

3. Aparelhos de estímulo - resposta –aqueles que fornecem a informação e,ao mesmo tempo, interrogam, a fim decontrolarem a aprendizagem, como ossimuladores, tabletes, computadores,etc.

É importante que o educador percebaque todos os tipos de instrumento, materialpedagógico, tecnológico, têm fundamento epermite a desenvoltura dos alunos na açãosobre os mesmos.

5. EDUCAR PARA MELHORARO Contato entre educador e aluno pode

gerar conhecimento e aprendizagem por partedos dois. Professor e aluno aprendem juntos.Este contato pode modificar o meio deconvivência entre eles. Lembrando que oprofessor deve sempre respeitar a cultura emque o aluno está inserido.

Na medida em que há uma mudançano modelo de ensino, na forma de integrá-loao plano de aula, o processo de capitação damensagem transmitida pelo professor podeser bem assimilado pelos alunos. A tecnologiaé este meio de transformação, que surge nãoapenas como entusiasmo por parte dosalunos, mas também, como forma decompreensão acerca dos conteúdostrabalhados em sala de aula.

A busca por inovação sempre será umassunto em destaque para profissionais daeducação.

O elemento tecnológico deve sempretransmitir valores que façam parte doseducadores, diretores, merendeiras, gestores,associação de pais e principalmente dosalunos. Estes valores éticos ecomportamentais devem ser aplicados empráticas na escola, de forma especial e nasociedade como sendo um resultado esperadodo que foi aprendido na educação escolar efamiliar.

Segundo Moran (2000): educar écolaborar para que professores e alunos – nasescolas e organizações transformem suasvidas em processos permanentes deaprendizagem. É ajudar os alunos naconstrução da sua identidade, do seu caminhopessoal e profissional, projeto de vida,

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desenvolvimento das habilidades decompreensão, emoção e comunicação que lhespermitam encontrar seus espaços pessoais,sociais e profissionais e tornam-se cidadãosrealizados e produtivos.

Ainda segundo Moran (2000), écaminhar para um ensino e uma educação dequalidade, que integre todas as dimensões doser humano. [...] precisamos de pessoas quefaçam essa integração em si mesmas no queconcerne os aspectos, sensorial, intelectual,emocional, ético, tecnológico, que transmitemde forma fácil entre o pessoal e o social, queexpressem nas suas palavras e ações que estãosempre evoluindo, mudando, avançando. Asmudanças na educação dependem, emprimeiro lugar, de termos educadoresmaduros intelectual e emocionalmente,pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, quesaibam motivar e dialogar. Pessoas as quaisvalha a pena entrar em contato, porque dessecontato saímos enriquecidos.

É por causa disso e muito mais que opapel do professor na educação etransformação é essencial para odesenvolvimento humano e intelectual denosso planeta. Sabemos que a educaçãocomeça em casa, e esta deve ser moldada,lapidada pela intervenção do professor dentroda sala de aula; do contrário não saberíamos oque seria da humanidade.

6. A FORMAÇÃO ACADÊMICA E ODESAFIO DESTAS NOVAS TECNOLO-GIAS

A inserção de novos métodos deensino, em se tratando de tecnologia dentroda universidade, deve ser bastanteaproveitada na formação de novosprofissionais na área de educação.

A disciplina de educação e novastecnologias deverá sempre fazer com que osacadêmicos explorem esta que é uma fonteinesgotável de motivação e pesquisa na sala

de aula. Dentro desta disciplina é importantetambém que os acadêmicos aprendam deforma clara a melhor maneira de utilizar estaferramenta durante sua formação, para poderassim, pôr em prática todo conhecimentoadquirido na universidade.

Segundo Brito (2008), o professor, emprimeiro lugar, é um ser humano e, como tal,é construtor de si mesmo e da sua história.Essa construção ocorre pelas ações numprocesso interativo permeado pelas condiçõese circunstâncias que o envolvem. É criador ecriatura ao mesmo tempo: sofre as influênciasdo meio em que vive e com as quais deve autoconstruir-se. Quando se fala em práticapedagógica, o professor é aquele que, tendoadquirido o nível de cultura necessário para odesempenho de sua atividade, dá direção aoensino e à aprendizagem.

A todo tempo dentro da universidade,aprende-se que esta profissão mestre, é acimade tudo um conceito que envolve arte, técnicae ciência. Portanto é na construçãotecnológica, na sala de aula da universidade,que descobrimos que esta formação deve serbem construída dentro do currículopedagógico.

Modernidade significa um desafio em quese aponta para o futuro com suas novaspropostas, onde a educação se faz presentenão como antes, mas sim como a mediaçãoneste novo tempo. A utilização dastecnologias com sua dimensão interativamostra que a educação tem que mudarpara que o indivíduo não venha a sofrercom lacunas que deixaram de serpreenchidas porque a educação só estavapreocupada com um currículo rígidovoltado para saberes e conhecimentosaprovados por um programa oficial(GRINSPUN, 2001, p. 30).

Como já foi dito anteriormente, asurpreendente transformação do mundo fazcom que busquemos informações que deemcomplemento ao currículo de formaçãoacadêmica.

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Segundo Grinspun (2001), nomomento atual, em que estamos observandouma série de mudanças em todos os camposda sociedade, há que se pensar na educaçãomais contextualizada possível, considerandoas causas e fatos que ocorrem no seucotidiano. As rupturas nas relações dessecontexto vão sendo inevitáveis, muito emboradesconfortáveis e dolorosas. Há, porém, comodiz Rogers, possibilidades para se buscar umavida criativa em face do contexto em que asmesmas rupturas se instalam, para que asnovas mudanças sejam desenvolvidas.Inaugura-se um novo tempo, com novaspossibilidades, novas propostas.

A educação faz parte deste tecido sociale sua participação no contexto da sociedade éde grande relevância, não só pela formaçãodos indivíduos que atuam nela, masprincipalmente, pelo potencial criativo que aohomem está destinado no seu próprioprocesso de desenvolvimento humanístico.

7. O USO DA INTERNET COMOFERRAMENTA PEDAGÓGICA NASALA DE AULA

Segundo Brito (2008): a internet nasceunos Estados Unidos da América, em 1969, noauge da Guerra Fria, tendo como principalconceito o de ser uma rede de computadoresem que todos os pontos se equivalem, semhaver uma administração central, justamentepara evitar que, em caso de um bombardeio,toda a rede parasse. Durante duas décadas, ainternet ficou restrita ao ambiente acadêmicoe científico. Em 1987, foi liberado, pelaprimeira vez, seu uso comercial nos EUA. [...]em 1995, o uso da internet foi liberada paraexploração comercial, no Brasil.

A internet é uma ferramenta que sendoutilizada de forma correta pelo professor,pode contribuir e muito no processointelectual, cognitivo, social, afetivo,

emocional e principalmente, no que dizrespeito à formação do homem.

Dentro do ambiente da sala de aula oeducador tem que saber utilizar estaferramenta pedagógica. Mediante a estastransformações tecnológicas, o que se percebenos dias de hoje é que ainda existemeducadores que acabam não sabendomanusear esta que faz parte da construção deum homem mais humanitário, crítico epesquisador.

A internet é uma gigantesca redeinterconectada por milhares de diferentestipos de redes, que se comunicam pormeio de uma linguagem em comum(protocolo) e um conjunto de ferramentasque viabiliza a comunicação a obtenção deinformações. [...] qualquer usuário podeestar conectado com o mundo. [...]algumas escolas [...] têm seus websites,trabalham com softwares educacionaisdisponíveis na rede. [...] website pode serclassificado quanto ao conteúdo e quantoa sua forma de acesso (BRITO, 2008, p.102).

Segundo Heide (2000), como qualquerempreendimento de aprendizagem, o sucessodepende da capacidade de dominar o básico edepois, gradualmente, expandir oconhecimento por meio da prática. Embora ainternet seja um universo de informaçõesimenso e sempre em expansão, você nãoprecisa conhecê-lo por inteiro. Para osprofessores, a chave para utilizar a internetcom sucesso é aprender a utilizar algumasferramentas básicas e, então, focalizar autilização de alguns recursos-chave.

Ainda segundo Heide (2000), cadaferramenta da internet possui uma funçãoespecífica, e a maioria dos professores que aexplora vai querer familiarizar-se com todaselas. Para os professores, tais ferramentaspodem ser utilizadas para fornecer aos alunosoportunidades animadoras para acessar einterpretar o mundo ao redor deles. Osprofessores em uma sala de aula tradicional

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geralmente têm de criar um mundo artificial,a partir de quaisquer recursos que estejamdisponíveis, para proporcionar oportunidadesde aprendizagem que capturem algumadimensão do mundo real. Esses recursos, noentanto, sempre foram limitados e o ambientede sala de aula nunca foi exatamente “real”.Familiarizando-se com algumas ferramentasbásicas de navegação da internet, osprofessores podem trazer o mundo real para asala de aula.

Não é que a sala de aula tradicionalnão consiga ajudar o aluno a construir seuconhecimento de mundo, é que na verdade ainternet pode propiciar vários tipos deatividades que podem levar o aluno aconectar-se com o mundo exterior, fora daclasse com melhor amplitude deconhecimento. É a partir desta novaperspectiva de ensinar, que o aluno passa acompreender que o âmbito escolar,especificamente falando da sala de aula, étambém um ambiente interativo que vai deacordo com aquilo que ele busca fora dela.

Um desenvolvimento importante nopensamento atual sobre a educação é queagora reconhecemos a necessidade de osalunos desenvolverem habilidades deaprendizagem por toda a vida. A interneté um mecanismo ideal para incentivar osalunos a assumirem responsabilidade peloseu próprio aprendizado. Tendo aoportunidade de acessar recursos deaprendizagem na internet, os alunostornam-se participantes ativos na suabusca pelo conhecimento (HEIDE, 2000, p.36).

Se houver um reconhecimento por parte dosprofessores acerca de que a internet teminterferido nas estruturas sociais, econômicase educacionais, todo conteúdo trabalhado emsala de aula será inteiramente exclusivo parao crescimento educacional dos alunos. Tudoisto é fundamental para que os educandos sesintam também motivados a aprender cada

vez mais sobre a utilização desta ferramentano seu cotidiano.8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trabalhar o assunto tecnologia, noâmbito educacional e social, é na verdadebuscar dar respostas positivas ao uso desteinstrumento educacional no ambiente da salade aula.

Devido às mudanças ocorridas nasociedade por decorrência deste assunto emuitos outros, os educadores de modo geral,devem buscar de forma concisa ampliar seusconhecimentos sobre estas novas tecnologiaseducacionais.

É notório em meio aos professores,perceber que todos os dias há uma utilizaçãoinadequada deste instrumento didáticochamado tecnologia dentro da sala de aula. Apartir desta situação, passa-se a perceber quena formação humana é necessária umaprofunda reflexão sobre este método deensino que é contrário ao queverdadeiramente se pretende alcançar comesta ferramenta.

Bem antes da universidade, muitosacadêmicos já mantinham contato com estaferramenta tecnológica, só que não sabiamcomo utilizá-la de forma a contribuir naconstrução humana.

A vida acadêmica é o ponto de partidapara a construção deste novo método deensino. É a partir desta formação universitáriaque se compreende o verdadeiro sentidodesta que pode e muito transformar oprocesso de ensino aprendizagem.

9. REFERÊNCIASANGOTTI, José André Peres; AUTH, MiltonAntonio. Ciência e tecnologia: implicaçõessociais e. O papel da educação. Ciência &educação, v.7, n.1, 2001, p.15.

BRITO, Glaucia da Silva. Educação e NovasTecnologias: um re-pensar. Curitiba: Ibpex,2008. p. 22-30-32-45-101-103.

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.Miniaurélio: o minidicionário da línguaportuguesa. 6ª. ed. Curitiba; Posigraf, 2004. p.690.

GRINSPUN, Mírian P. S. Zippin. EducaçãoTecnológica: desafios e perspectivas. 2. Ed.São Paulo; Cortez, 2001. p. 29-32.

HEIDE, Ann. Guia do Professor para aInternet. Completo e fácil. 2ª. ed. Porto Alegre:Artes Médicas Sul, 2000. p. 29-31.

LIPMAM, Matthew. O pensar na educação.Petrópolis, RJ; Vozes, 1995. p. 46.

LITWIN, Edith. Tecnologia Educacional:políticas, histórias e propostas. Porto Alegre;Artes Médias, 2001. p. 40

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.et al. Novas Tecnologias e mediaçõespedagógicas. 5. ed. Campinas, SP; Papirus,2000. p. 13-15-16.

NÉRICI, Imídeo Giuseppe. Educação eTecnologia. Rio de Janeiro; Fundo de Cultura,1973. p. 9.