A imagem do artista
Transcript of A imagem do artista
![Page 1: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/1.jpg)
A Imagem do Artista
![Page 2: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/2.jpg)
Quando falamos em artista, logo pensamos em sujeito excêntrico, um cantor de rock, um pintor, um gênio
maluco, etc... Mas quando é que surgiu essa imagem que temos do
artista?
![Page 3: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/3.jpg)
Nas primeiras produções de arte feitas pelo ser humano, não existia a figura do artista, nem a idéia de arte; o fazer esculturas ou pinturas se vinculava à relação mágica do
homem com o mundo.
![Page 4: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/4.jpg)
No Egito antigo, surge a figura do artesão, e boa parte da produção artística está
vinculada à religião.
![Page 5: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/5.jpg)
É somente na Grécia clássica que os artesões começam aexpressar sua individualidade como Policleto, Fídias, Mirón.
![Page 6: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/6.jpg)
Mas vai ser somente no Renascimento que vai surgir a figura do artista.
![Page 7: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/7.jpg)
Com a queda do Império romano e o crescimento
da igreja católica, surgem diversas ordens
monásticas (de monges).
![Page 8: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/8.jpg)
Que se ocupam na Idade Média em produzirem livros buscando a
organização do conhecimento espalhado pela Europa.
![Page 9: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/9.jpg)
Também produziam
Iluminuras (livros de orações ilustrados).
São considerados monges-artesões.
![Page 10: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/10.jpg)
Inicialmente estes monges trabalhavam no “scriptorium” (sala do
mosteiro). Com o tempo eles começam a viajar para orientar os
novos monges na produção dos manuscritos.
![Page 11: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/11.jpg)
Para mergulhar neste universo, recomendo o livro de Humberto Eco: “O Nome da Rosa” ou a sua
adaptação para o cinema.
![Page 12: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/12.jpg)
Na Idade Média, buscando proteger-se dos bárbaros, as pessoas passam a viver em feudos agrícolas
![Page 13: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/13.jpg)
Depois das cruzadas, as cidades voltam a serem povoadas e surge uma nova classe social
conhecida como burguesia.
![Page 14: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/14.jpg)
Além da Igreja essa nova classe social passa a patrocinar os artistas se
transformando nos novos mecenas.As cidades começam a fervilhar vida
cultural.
![Page 15: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/15.jpg)
Com o enriquecimento da Igreja, as construção de igrejas e mosteiros na zona rural antecede a construção das grandes
catedrais góticas (ano 1000/1300), onde as cidades disputavam pela
arquiteturamais bonita e grandiosa.
![Page 16: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/16.jpg)
Pouco a pouco o trabalho dos monges é substituído por outros artesões comandados por um arquiteto.
![Page 17: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/17.jpg)
Eles se reuniam na “logia” (lugar ao lado da construção para produzirem pinturas,
esculturas e outros materiais utilizados nas catedrais).
![Page 18: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/18.jpg)
Alguns pintores começam a receber encomendas
fora das logias e começam a se organizarem nos talheres (oficinas) de
pintura ou escultura.
![Page 19: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/19.jpg)
Buscando proteger os artesões em sua vidaprofissional, surgem os grêmios que buscam
garantir o trabalho de seus associados.
![Page 20: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/20.jpg)
Mas, se por um lado os artesões estão protegidos pelos grêmios, por outro sua
liberdade de criação fica limitada aos temas religiosos ou mitológicos.
![Page 21: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/21.jpg)
Passa-se então a valorizar a técnica do artista e seu potencial intelectual.
Andrea Mantegna
![Page 22: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/22.jpg)
Alguns artesões se rebelam contra os
grêmios, reivindicando para si o papel de artista
criador eindependente.
![Page 23: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/23.jpg)
Surgem então as primeiras “academias” que busca a formação dos estudantes, bem
como a sua participação na realização de encomendas feitas por papas, reis e
mercadores.
![Page 24: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/24.jpg)
Com o passar dos anos, as academias além de exigir uma sólida formação, se prende à cópias de artistas consagrados,
limitando a criatividade.
![Page 25: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/25.jpg)
No século XIX os artistas rompem com a arte acadêmica e se proclamam gênios
criadores comprometidos apenas com sua própria expressão.
![Page 26: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/26.jpg)
No século XX, alguns artistas passam a produzir a própriaimagem de gênio loucoe criativo.
Salvador Dali
![Page 27: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/27.jpg)
E foi esse percurso que proporcionou o status de “artista” para os artesões
(pintores, escultores, arquitetos), bem como a idéia de um “gênio criador” e cuja
imagem perdura até os dias atuais.
![Page 28: A imagem do artista](https://reader035.fdocumentos.tips/reader035/viewer/2022081508/557b4e7ed8b42a0d388b52c3/html5/thumbnails/28.jpg)
Projeto Gráfico:Paulo Cintra
Bibliografia:História da Arte – Ernest Gombrich
El Complot del Arte – Jean BaudrillardO Nome da Rosa – Humberto Eco