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A Imagem ao lado é, no sentido que pensamos, uma alegoria

que não representa uma realidade concreta.

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O termo “bárbaro”A rigor, o termo bárbaro não é de origem romana. Os gregos foram os primeiros a usá-lo, designando todos os povos considerados não-gregos. Até mesmo os romanos eram assim chamados por eles.Mais tarde, já no mundo romano, estes passaram a chamar todos os povos não-romanos desta forma – aí com o sentido de incivilizado. Deste modo, “bárbaros” eram todos aqueles que não viviam os valores culturais romanos.

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Quem eram os “bárbaros”?

Povos semi-nômades, os “bárbaros” tinham origens diversas, como o norte e o leste da Europa, além de regiões na Ásia.Viviam da agricultura e da coleta de animais (caça e pesca) e de vegetais.Possuíam organização social e política, formando lideranças em tempos de guerras – o que era muito comum a povos que ainda buscavam fixação territorial.

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Principais grupos bárbaros

Tártaro-mongóis de origem asiática, deles descendiam os hunos e os turcos

Eslavosoriginários da Europa Oriental e de parte da Ásia,

deram origem aos russos, poloneses, tchecos, bósnios, búlgaros, entre outros

Germanosde origem indo-européia (como os eslavos), ocuparam uma parte mais ao centro e ao ocidente da Europa, nas fronteiras do Império Romano, por isso mesmo seus ataques

e sua fusão cultural foram mais intensos. Francos, alamanos, visigodos, godos, ostrogodos, burgúndios, suevos, jutos, vândalos,

anglos e saxões compõem estes povos.

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Extraído de Cláudio Vicentino. Viver a história – ensino fundamental. (6ª série). São Paulo: Scipione, 2002

As principais invasões “bárbaras”

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Os germanos

O mais destacado dos povos “bárbaros” eram os germanos, que, como vimos, desenvolveram mais contatos com os romanos. Habitavam a região da Germânia, ao norte do Império Romano, e foram responsáveis pelas mais importantes invasões ao Império , inclusive a que o levou ao fim, em 476.Vários grupos étnicos o formavam, como os francos, os visigodos, os anglos e os saxões.

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Extraído de Alfredo Boulos Jr. História – sociedade e cidadania.São Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)

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Os Reinos BárbarosDepois das invasões, os germanos começaram a fundar seus reinos na Europa, dentro das regiões que antes pertenceram aos romanos, e agregando também regiões onde muitos destes povos estavam antes das invasões. Entre os reinos formados pelos “bárbaros” destacam-se os seguintes:

• Anglo-Saxão• Franco• Visigodo• Vândalo• Ostrogodo• Suevo

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Extraído de Alfredo Boulos Jr. História – sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)

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Dos reinos “bárbaros” que surgiram na Europa Ocidental, certamente o Reino dos Francos era o mais destacado, já que ocupou uma vasta área distribuída entre o que hoje são a França, Bélgica, Itália, Alemanha e alguns outros países europeus.O fato de ter servido de base para a construção destas nações, bem como, no curso do seu desenvolvimento, ter contribuído para a formação do feudalismo, torna o Reino dos Francos especial.

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Formação do ReinoO avanço dos povos germânicos sobre as antigas áreas de domínio romano levou os francos a se estabelecerem na Gália, conquistando-a.Inicialmente divididos, os francos foram unidos sob a força de Clóvis (481/2 – 511), que se tornara, assim, seu primeiro rei. Fundava-se então a dinastia Merovíngia.A partir deste momento, iniciou-se a tomada de áreas vizinhas e a expansão territorial franca.Convertido ao cristianismo, Clóvis inicia uma longa história de acordos e favores mútuos entre os francos e a Igreja Católica.

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O batismo de ClóvisImagem extraída de www.wikipedia.org

A imagem mostra o Rei Clóvis sendo batizado (iniciadono cristianismo). Era o iníciode uma longa união entre a Igreja Católica e os francose, posteriormente, os carolíngios.

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Os reis indolentes e Carlos Martel

A maioria dos sucessores de Clóvis não seguiu sua conduta de expansão e melhoramentos para o reino. Muitos preferiram usufruir do prestígio e das riquezas que o trono franco proporcionava, abrindo mão das suas obrigações reais.Diante disso, já no século VIII, surge uma importante figura, um funcionário encarregado da administração palaciana (o prefeito do palácio, ou prefeito do paço, Mordomo do Palácio ou Majordomus), Carlos Martel.Diante da inoperância real, Martel assume o poder e estabelece importantes conquistas, subjugando reinos e impedindo o avanço dos muçulmanos – sua mais famosa vitória.

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Charles de Steuben, Batalha de Poitiers, outubro 732. Óleo sobre tela, pintada entre 1834 e 1837, hoje no

Musée du château de Versailles (Museu do Palácio de Versalhes, França).

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Pepino, o breveFilho e sucessor de Carlos Martel, Pepino em princípio dividira o poder com seu irmão, Carlomano. Ambos, como o pai, eram prefeitos de diferentes palácios. Pepino, no entanto, seguiu o rastro do pai e assumiu o poder político-militar do francos.Depondo o último rei Merovíngio, foi escolhido rei, fundando a dinastia Carolíngia (nome dado em homenagem a seu pai). Com este ato fez o que o seu pai não se preocupou em fazer – transformou um poder de fato em poder de direito.Estreitou os laços com a Igreja, socorrendo Roma dos ataques lombardos, e depois disso doou terras conquistadas na Itália à Igreja – tais terras constituíram o “patrimônio de São Pedro”, e o Vaticano está incluído nelas.

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O Império CarolíngioO Império Carolíngio

Foi com Carlos Magno (768 – 814), filho de Pepino, que o Reino dos Francos transformou-se de fato em um Império – O Império Carolíngio. A conquista de territórios e a força com que subjugou povos vizinhos permitiu a Carlos Magno estabelecer seu poder e controle sob uma vasta área na Europa Ocidental, ocupando espaços onde hoje se vêem países como a França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suíça, dentre outros.

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Extraído de Alfredo Boulos Jr. História – sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)

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Administração do Império

O aumento significativo das terras dominadas pelos carolíngios fez com que Carlos Magno criasse novas formas de controle, subdividindo o Império em três tipos de áreas de administração, cada uma com características e administradores definidos.Surgiram assim:

CondadosCondadosEram controlados pelos

Condes, que deviam cobrar impostos e multas, além de fazer cumprir as leis.

DucadosDucadosEram controlados pelosDuques, que cuidavam

de formar e liderarExércitos.

MarcasMarcasEram controladas pelos

Marqueses, que cuidavam da defesa das regiões de

fronteira.

Para fiscalizar as ações de Condes, Duques e Marqueses, Carlos Magno atribuiu mais poderes aos seus fiscais, os Missi Dominici.

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A aliança com a IgrejaJá vimos que desde os Francos, com Clóvis, fundara-se uma aliança de ajuda mútua com a Igreja Católica. E isto continuou com Pepino e Carlos Magno - que foi coroado imperador, pelo Papa, na Noite de Natal do ano 800, na Basílica de São Pedro, em Roma.

Extraído de Alfredo Boulos Jr. História

– sociedade e cidadania. São

Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)

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A divisão do Império Carolíngio

A morte de Carlos Magno levou ao trono seu filho, Luís, o PiedosoLuís, o Piedoso. Este, porém, não possuía as mesmas habilidades do pai, e não soube controlar o Império. Ainda vivo, seus três filhos disputavam para decidir quem seria o sucessor do trono, enfraquecendo o poder do pai.Diante de uma situação interna conturbada, os Condes, Duques e Marqueses mantiveram-se no poder de forma vitalícia (até a morte), contrariando a regra.Quando Luís morreu, seus filhos selaram um acordo, dividindo o Império em 3 partes – era o Tratado de VerdumTratado de Verdum, assinado em 843.

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Extraído de Alfredo Boulos Jr. História – sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)

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Novas Invasõesmuçulmanos, vikings e magiaresmuçulmanos, vikings e magiares

Entre os séculos IX e X, a Europa se viu novamente invadida, desta vez pelos muçulmanosmuçulmanos (sarracenos), que já haviam iniciado os ataques desde o século VIII; pelos vikingsvikings, vindos do norte, da Escandinávia; e pelos magiaresmagiares (húngaros), vindos do centro asiático e se estabelecendo na Europa central.Tais invasões atingiram o já dividido e enfraquecido Império Carolíngio, levando-o à completa desagregação. Era o fim do último grande império da Europa Ocidental, e a partir disso modificações interessantes se montavam...

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Extraído de Alfredo Boulos Jr. História

– sociedade e cidadania. São

Paulo: FTD, 2004. (vol. 6ª série)