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  • PARQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA e SO LOURENO Em obedincia vossa palavra, lanarei as redes (Lc 5,5b)

    Pa. Pe. Marcelo Almeida Pernambuco, 25 06890-000 Centro

    So Loureno da Serra SP Brasil Tel/Fax: 55 (11) 4686-1235

    www.paroquiasls.com.br [email protected]

    CNPJ: 61.378.766/0031-14

    A IGREJA, POVO DE DEUS EM MARCHA

    01 - O Conclio Vaticano II, na Constituio Dogmtica Lumen Gentium, em felizes consideraes sobre a Igreja, no-la mostra com sua verdadeira face, antes de tudo bblica e sacramental. Chamada a ser o novo Povo de Deus, aqui como sinal referencial de salvao, a Igreja vai unir-se ao seu Senhor, em peregrinao terrestre

    e escatolgica, rumo casa do Pai, ciente de que se est no mundo para serv-lo e para elev-lo, humanizando-o, mas ciente tambm de que no pertence ela ao mundo, por isso busca sempre as coisas do

    alto (Cf. Cl 3,1), sem negligenciar, porm, as tarefas terrenas. Ela tem conscincia de que no fruto de iniciativa humana e que, portanto, sua origem est na mente de Deus.

    A IGREJA COMO MISTRIO

    02 - A primeira compreenso que o Conclio tem da Igreja de sua natureza mistrica, fruto de contemplao do plano salvador de Deus que nela se realiza. Deus Pai, no desgnio de sua bondade, quis elevar os homens participao da vida divina, oferecendo-lhes sempre os auxlios para a salvao, em vista de Cristo, o Redentor, pois o pecado, a queda do homem, no mudou o plano original de Deus, antes tornou a pobre criatura humana

    mais ainda objeto da misericrdia divina. Deus presta socorro, digamos assim, fragilidade humana, e congrega na Igreja os filhos dispersos, como novo Israel (Cf. Gl 6,16), que, por Cristo e no Esprito Santo,

    visivelmente j manifesta o Reino de Deus presente no mundo. Assim, o mistrio da Igreja j se manifesta em sua fundao.

    03 - Como no AT o Reino de Deus proposto sob vrias figuras, tambm agora a natureza ntima da Igreja nos dada a conhecer por vrias imagens. Ela o redil do qual Cristo a nica porta (Jo 10,9), ou o rebanho do

    qual o prprio Deus o pastor (Is 40,11; Ez 34,11). A Igreja a lavoura, ou campo de Deus (1Cor 3,9), plantada pelo celeste Agricultor, como vinha eleita (Mt 21,33-43). Chamada tambm construo de Deus (1Cor 3,9), da recebendo vrios nomes: morada de Deus no Esprito (Ef 2,19-22), tenda de Deus entre os homens

    (Ap 21,3), templo santo, que, representado em santurios de pedra, louvado pelos santos Padres e, na liturgia, comparado Cidade santa. A Igreja chamada ainda de nossa me (Gl 4,26) e de esposa imaculada

    do Cordeiro imaculado (Ap 19,7; 21,2; 22,17). Entre outras figuras, a Igreja, simultaneamente visvel e invisvel, chamada de Corpo Mstico de Cristo, que se concretiza sobretudo pela participao de seus

    membros na Eucaristia, este sacramento especial, que difunde a vida de Cristo, de modo misterioso e real, na vida dos fiis, unidos que esto ao Cristo morto, ressuscitado e glorificado, como escreve Santo Toms de

    Aquino.

    04 - A identificao de Igreja Catlica Apostlica Romana de carter institucional, visvel, jurdico, mas, teologicamente, ela se identifica nas quatro notas fundamentais: una, santa, catlica e apostlica. So, pois, essas quatro notas que a manifestam como a Igreja de Cristo e que devem ser sempre nela encontradas,

    sobretudo em sua manifestao mais sublime, que acontece na Liturgia.

    A IGREJA COMO POVO DE DEUS

    05 - Numa volta feliz e oportuna identificao bblica de Povo de Deus, j ricamente esboada desde o Antigo Testamento, o Conclio Vaticano II vai ento referir-se Igreja, afirmando, em rica eclesiologia, que

    aprouve a Deus santificar e salvar os homens no singularmente, sem nenhuma conexo uns com os outros, mas constitu-los num povo, que O conhecesse na verdade e santamente O servisse. O povo de Israel foi

    figura desse novo Povo de Deus, a Igreja, e esta hoje povo messinico, tendo por cabea Cristo, o Qual foi entregue por nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificao (Cf. Rm 4,25).

    06 - Os cristos, como povo eleito, tm por condio a dignidade e a liberdade de filhos de Deus, que lhes so conferidas pelo Batismo. Em seus coraes habita o Esprito Santo, como num templo dedicado ao Senhor. Formando a Igreja, mesmo sem atingir ainda todos os homens, esse povo aparece no mundo como germe

    firmssimo de unidade e de esperana, pois, como Povo de Deus, assumido por Cristo, que o torna tambm instrumento de salvao.

    07 - Ensina-nos a f catlica que pelo Batismo todos se inserem na Igreja, o novo Povo de Deus, e se incorporam a Cristo, participando com ele do mistrio da salvao, seja pela participao ativa na liturgia,

    principalmente pela celebrao da Eucaristia, seja na vivncia dos valores do Reino, em testemunho do amor eterno, numa dimenso, pois, proftica e missionria. Veja-se ento, aqui, a grandeza do sacerdcio comum

    dos fiis, derivante da ao batismal, que os faz participantes da trplice dignidade de Cristo: proftica, rgia e sacerdotal, pois so constitudos em linhagem escolhida, sacerdcio rgio, nao santa, povo sacerdotal (1Pd

    2,9-10).

    ESTRUTURA ECLESIAL DO POVO DE DEUS

  • PARQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA e SO LOURENO Em obedincia vossa palavra, lanarei as redes (Lc 5,5b)

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    a) - A HIERARQUIA ECLESISTICA

    08 - Cristo nosso Senhor, fundando a Igreja, enviou os Apstolos a pregarem o Evangelho, assim como ele mesmo fora enviado pelo Pai (Cf. Jo 20,21). Quis ento que em sua Igreja os Bispos fossem, at consumao dos sculos, os sucessores dos Apstolos, prepondo a estes, desde o incio, como nos relatam os Evangelhos (Cf. Mt 16,19; Jo 21,15-17), o Apstolo Pedro, como o perptuo e visvel princpio de unidade, a fim de que o Episcopado fosse uno e indiviso. Tal princpio de unidade so tambm os Bispos, individualmente, em suas

    Igrejas particulares, formadas estas na imagem da Igreja universal. Assim, cada Bispo representa a sua Igreja particular, e todos eles, juntamente com o Papa, representam toda a Igreja, na sua universalidade.

    09 - Sabemos tambm que os Apstolos escolheram outros que os sucedessem (Cf. LG 20), como ainda constituram ministros que os auxiliassem, aqui, por exemplo, os Presbteros e Diconos. Um fato interessante e que sublima a pessoa de Pedro no governo da Igreja, provando a sua primazia, que somente ele, Pedro,

    teve historicamente os seus sucessores conhecidos e nomeados, como os papas que conhecemos, com registro histrico. Os Bispos so os sucessores dos Apstolos, mas no tm uma sucesso histrica de clara nomeao, necessria como a de Pedro. Podemos no saber, por exemplo, quem foi o bispo sucessor de Bartolomeu na

    Igreja que dirigiu, mas sabemos que ele teve um sucessor, e isto nos basta. Com relao ainda a Pedro, vemos que no senso comum dos fiis, nos primrdios da Igreja, sua primazia tambm se destacava (Cf. At 5,15).

    10 - Enfatizando a primazia de Pedro, Santo Agostinho vai dizer: Consideradas as suas propriedades materiais era por natureza homem, por graa um cristo; por graa mais abundante, um Apstolo. E diz ainda Santo Agostinho: Portanto, a Igreja, que tem Cristo por alicerce, dele recebeu, na pessoa de Pedro, as chaves do Reino dos Cus, quer dizer, o poder de ligar e desligar os pecados. Aqui vemos, no pensamento de Santo

    Agostinho, que o poder de Pedro, e em extenso tambm o dos Apstolos e dos demais ministros ordenados, um poder eclesial, no tanto pessoal, e que objetiva o bem espiritual de todo o Povo de Deus, no, pois,

    simples honra ou privilgio para quem o recebe. Alis, pensando no peso e na responsabilidade do ministrio, ainda Santo Agostinho que vai nos dizer: Aterroriza-me o que sou para vs, alegra-me o que sou convosco; pois para vs sou Bispo, convosco sou cristo; aquilo um perigo, isto uma graa; o primeiro um dever, o

    segundo redeno.

    11 - Na Bblia, a hierarquia eclesistica comea com a ordem episcopal: primeiro, Pedro; em seguida, os Apstolos, e nos primeiros anos da Igreja, ainda em vida os Apstolos, se acrescentam os epscopos (Bispos), como tambm, em segundo grau, os ancios (Presbteros), pelos Apstolos nomeados, e ainda os Diconos (servidores na diaconia), estes escolhidos, no incio, pelas comunidades (Cf. At 6,1-6). Como se sabe, pelo

    sacramento da Ordem so conferidos os trs graus das ordens sagradas: episcopado, presbiterato e diaconato, aqui considerados em ordem de importncia. Na Igreja, atualmente, o acesso a tais ordens se d de maneira crescente: primeiro, o diaconato; depois, o presbiterato e, finalmente, o episcopado, com este atingindo o

    cume do sacerdcio ordenado. Vejamos cada ordem em separado.

    OS DICONOS

    12 - Os Diconos so ordenados para servirem ao Povo de Deus na diaconia, tanto da Palavra, da liturgia, como da caridade, sempre em comunho com o Bispo e com o presbitrio. So ordenados no para o sacerdcio,

    mas para o ministrio, ou seja, sua funo, sempre, mesmo na liturgia, de cunho ministerial e no sacerdotal. Distingue-se aqui esse diaconato, que direcionado para o sacerdcio, do diaconato permanente, este sem acesso aos demais graus, mas com as mesmas atribuies diaconais do primeiro. Nesse caso, o diaconato

    permanente pode ser conferido a homens de idade mais madura, mesmo casados, e sua instituio fica a cargo da autoridade competente, que pode ser o Bispo diocesano ou a Conferncia Episcopal.

    13 - De acordo com a orientao da autoridade competente, o Dicono administra o sacramento do Batismo, distribui a Eucaristia, instrui e exorta o povo, assiste e abenoa, em nome da Igreja, o matrimnio, leva o

    Vitico aos moribundos, preside o culto na ausncia do Presbtero, proclama o Evangelho na missa, administra os sacramentais, recita as exquias etc.. Na Instruo Geral sobre Missal Romano, encontram-se outras

    atribuies do Dicono, ligadas s celebraes.

    OS PADRES OU PRESBTEROS

    14 - O segundo grau da hierarquia eclesistica a dos Presbteros, chamados de solcitos colaboradores da ordem episcopal, exercendo o seu sacerdcio sempre em unio com o Bispo e dele dependente. Seu mnus

    sacerdotal exercido principalmente na celebrao eucarstica, na qual agem in persona Christi, proclamando o seu mistrio e unindo a oferenda da Igreja e dos fiis ao sacrifcio de Cristo. Juntos, formam o presbitrio, em torno do Bispo, auxiliando-o no governo da Igreja particular, a diocese. Na orao consecratria da ordenao presbiteral, o Bispo, fazendo memria das funes sagradas do Antigo Testamento, louva a Deus como origem

    de tal estrutura eclesial, dizendo: Pela mesma providncia, Senhor, destes aos apstolos do vosso Filho auxiliares para pregar a f em todo o mundo. E, com palavras de humildade, suplica: Por isso, Pai, concedei

    tambm minha fraqueza a mesma ajuda, para mim mais necessria por ser maior minha fragilidade. Os

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    presbteros santificam, pois, e regem a poro da Igreja que lhes confiada pelo Bispo e, eficazmente, cooperam na edificao de todo o corpo de Cristo (Cf. Ef 4,12).

    15 - Mesmo no possuindo o pice do sacerdcio ordenado, dependendo ento dos Bispos no exerccio de seu sacerdcio, os presbteros esto unidos, porm, a eles na dignidade sacerdotal e a eles representam junto dos

    fiis que lhes so confiados. De acordo com o Conclio de Trento, em virtude do Sacramento da Ordem e segundo a imagem de Cristo, sumo e eterno sacerdote (Cf. Hb 5,1-10; 7,24; 9,11-28), os presbteros so

    consagrados para pregar o Evangelho, celebrar o culto divino, apascentar os fiis, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento.

    OS BISPOS

    16 - Como vimos no incio deste trabalho, os Bispos so os sucessores dos Apstolos e estes constituram o primeiro grupo nomeado pelo prprio Cristo, sendo Pedro o primeiro deles em importncia, dada a sua funo tambm especfica de cuidar das ovelhas do Senhor (Cf. Jo 21,15-17) e de confirmar na f os seus irmos (Cf. Lc 22,32). Por vontade do Senhor, Pedro e os demais Apstolos constituram um Colgio Apostlico, e hoje, da mesma maneira, tal Colgio constitudo, tendo frente o Santo Padre o Papa, como sucessor de Pedro, e os Bispos, como sucessores dos Apstolos. Esse colegiado tem como finalidade primeira manter a comunho entre os Bispos e a comunho destes com o Romano Pontfice, no vnculo da unidade, da caridade e da paz, conforme nos informa Eusbio em sua historiografia eclesistica. Nos primrdios da Igreja, os Apstolos foram enviados primeiro aos filhos de Israel (Cf. Rm 1,16), e s depois a outros povos (Cf. Mt 28,19-20; Lc 24,47), para que

    estes fossem tambm santificados.

    17 - Os Bispos so dispensadores dos mistrios de Deus (Cf. 1Cor 4,1), e a eles foi confiado o testamento do Evangelho da vida e da graa de Deus (Cf. Rm 15,16; At 20,24). Para tal, foram enriquecidos pela graa divina,

    com especial efuso do Esprito e em plena atmosfera pascal (Cf. Jo 20,22-23). A plenitude do sacerdcio, como chamada pela Igreja e pelos Santos Padres, , pois, a eles conferida no sacramento da Ordem, da o

    Episcopado ser a primeira ordem sacra.

    18 - Na pessoa dos Bispos, o Cristo Sacerdote e Pontfice eterno est presente no meio dos fiis e por meio dos Bispos, de sua prudncia e sabedoria, dirige o povo da Nova Aliana para a eterna bem-aventurana, j desde

    agora em marcha escatolgica e na eficcia salvfica de sua plenitude pascal.

    19 - Em seu ministrio episcopal, os Bispos recebem do Senhor a misso de ensinar, de santificar e de governar, e no podem eles omitir-se em to grande e elevada tarefa. Na misso de ensinar, sobressai a de pregar o Evangelho. So tidos na Igreja e pela Igreja, de acordo com o mandato de Cristo, como os mestres autnticos da pregao da f, que deve ser crida e praticada. Quando ensinam em comunho com o Romano

    Pontfice, devem ser respeitados como testemunhas da verdade divina e catlica, o que aparece mais claramente quando, em Conclio Ecumnico, unidos, pois, ao Papa, so mestres e juzes da f e da moral, para

    toda a Igreja.

    20 - Na misso de santificar, distinguidos pela plenitude do Sacramento da Ordem, os Bispos so os administradores da graa do sacerdcio supremo, como reza uma orao da consagrao episcopal do rito bizantino. Nessa tarefa, vai aparecer em primeiro lugar o oferecimento da Eucaristia, pela qual a Igreja se

    constri, cresce e vive, pois, como nos ensina So Leo Magno, a participao do Corpo e Sangue de Cristo no faz outra coisa seno transformar-nos naquilo que tomamos, ou seja, quando comungamos o corpo sacramental do Senhor nos transformamos no seu corpo eclesial, mstico e escatolgico, sendo uma s

    realidade com Cristo.

    21 - Os Bispos exercem em nome de Cristo tambm o poder de governar as Igrejas particulares, no s ento com conselhos, exortaes e exemplos, mas tambm com autoridade, isto fazendo, porm, to-somente para edificar. um poder prprio, ordinrio e imediato, que, embora possa ter limites segundo a utilidade da Igreja, no diminudo pelo poder universal do Papa, mas antes por este assegurado, consolidado e defendido, como

    afirma o Conclio Vaticano I.

    22 - Assim como o Papa no governa a Igreja em sentido absoluto, embora seu poder seja universal, mas se cerca dos Bispos, em Colgio Episcopal, para exercer tal governo e pastoreio, assim tambm os Bispos no

    dirigem sozinhos as Igrejas particulares, mas se cercam de seus presbteros, que, unidos, formam um presbitrio, de visvel comunho eclesial. Como se sabe, os presbteros so auxiliares da ordem episcopal,

    colocados ento pelos Bispos frente de uma pequena poro do povo de Deus, no caso as parquias.

    b) - A IMPORTNCIA DOS LEIGOS

    23 - Acentuando a Igreja como Povo de Deus e considerados os ministrios hierrquicos, aqui agora se colocam algumas consideraes sobre o laicato catlico. Primeiramente, deve-se dizer que toda a Igreja ministerial, ou

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    seja, ordenada ao servio da glria de Deus e de santificao dos homens, no exerccio, pois, das virtudes crists, como dons de Deus outorgados aos homens. Essa ministerialidade eclesial se nota sobretudo na

    Liturgia, onde todos so chamados a celebr-la como sujeitos ativos, e no como meros beneficirios da ao litrgica. Tudo ento que se diz de Povo de Deus aplica-se igualmente a leigos, religiosos e clrigos, na comum vocao santidade. Pelo nome de leigos, entende-se todos aqueles que no pertencem s ordens sacras e do

    estado religioso aprovado pela Igreja.

    24 - Deve-se enfatizar ento a dignidade dos leigos, como membros do Povo de Deus, pois um esse povo eleito e, nele, um s Senhor, uma s f, um s batismo (Cf. Ef 4,5-6). Na Igreja, so chamados a

    uma participao viva, entendida como participao na misso salvfica do prprio Cristo. Seu sacerdcio comum, batismal, deve ento ser entendido como participao no sacerdcio nico de Cristo, Mestre e Pastor. E se Cristo exerce o seu mnus proftico atravs da Hierarquia que ensina em seu nome, tambm o faz atravs dos leigos, razo pela qual os constituiu como testemunhas, ornando-os com o senso da f e a graa (Cf. At 2,17-18, Ap 19,10), a fim de que brilhe a fora do Evangelho na vida cotidiana, familiar e social. Aqui, deve-se colocar em destaque o estado de vida matrimonial, que santificado por um sacramento, onde a famlia crist

    proclama tanto as virtudes do Reino de Deus quanto a esperana da vida feliz, alicerada nos valores do Evangelho.

    25 - Se a ndole secular caracteriza especialmente os leigos, como afirma o Conclio, e portanto especfico deles procurar o Reino de Deus, exercendo funes temporais e ordenando-as segundo Deus, tais afirmaes expressam ao mesmo tempo uma profunda insero dos leigos na vida da Igreja e em sua apostolicidade, doutrina corrente que os leigos, pelo Batismo, participam da trplice dignidade de Cristo: proftica, rgia e

    sacerdotal. Proftica, pelo testemunho de uma vida santa, anncio do Reino; rgia, reconhecendo a natureza ntima de toda criatura, seu valor e sua ordenao ao louvor de Deus; e sacerdotal, com Cristo oferecendo-se

    como hstias vivas e espirituais a Deus (Cf. Rm 12,1), numa vida, pois, plenamente cristificada.

    26 - Finalizando essas pequenas consideraes sobre os leigos, devemos dizer com o Conclio: Cada leigo individualmente deve ser perante o mundo uma testemunha da ressurreio e vinda do Senhor Jesus e sinal do Deus vivo. Todos juntos e cada um na medida das suas possibilidades devem alimentar o mundo com frutos

    espirituais (Cf. Gl 5,22). Devem difundir no mundo aquele esprito pelo qual so animados os pobres, os mansos e os pacficos que o Senhor no Evangelho proclamou bem-aventurados (Cf. Mt 5,3-9). Numa palavra, o que a alma no corpo, isto sejam no mundo os cristos, lembrando aqui as palavras da Carta a Diogneto.

    c) - OS RELIGIOSOS

    27 - Os conselhos evanglicos da castidade consagrada a Deus, da pobreza e da obedincia se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. So recomendados pelos Apstolos e Padres e pelos mestres e pastores da Igreja. Constituem um dom divino que a Igreja recebeu de seu Senhor e que por graa dele sempre conserva. Com estas palavras do Conclio Vaticano II sobre os Religiosos, podemos sentir a importncia deles no seio da Igreja. Do ponto de vista da estrutura hierrquica da Igreja, no deve, porm, o estado religioso ser entendido

    como intermedirio entre o clerical e o laical.

    28 - O Conclio exorta os que so chamados profisso dos conselhos evanglicos a permanecerem e a se destacarem na vocao a que foram chamados por Deus, afirmando que a renncia de bens que merecem

    apreo no constitui obstculo realizao humana, sendo este, pois, o estado de vida escolhido pelo Cristo Senhor e que Maria, sua Me Santssima, tambm abraou, estado de vida enfim seguido por muitos santos e

    fundadores.

    29 - A uma Ordem ou Congregao Religiosa, o Bispo pode confiar uma parquia, sob a condio de que um de seus presbteros seja o proco, nesse caso indicado pelo Superior. O cuidado da parquia pode ser por prazo

    determinado ou no. Quando um Religioso promovido ao episcopado, continua membro de sua Congregao, mas unicamente sujeito ao Romano Pontfice, em virtude do voto de obedincia, e quando se torna emrito -lhe dada a liberdade de morar em casas do Instituto ou escolher para si residncia fora, salvo quando exista

    determinao contrria da Santa S.

    30 - No estado religioso, os homens podem abraar o sacerdcio ou permanecerem no estado laical, neste caso como irmos religiosos, de acordo com a sua vocao. J as mulheres sero simplesmente

    Religiosas, dado o no acesso delas ao sacerdcio ordenado. Mas a todos, homens e mulheres, Irmos e Irms, o Conclio encoraja e louva, reconhecendo que nos mosteiros, nos hospitais e nas misses eles adornam a

    Igreja, Esposa de Cristo, pela constante e humilde fidelidade consagrao.

    d) - ESTRUTURA ORGNICA DA IGREJA

    31 - A Igreja o Corpo Mstico de Cristo, corpo eclesial e escatolgico, simultaneamente visvel e invisvel, corporal e espiritual, portanto presente no mundo, mas no do mundo, Igreja que congrega um povo eleito, de caracterstica universal, que no tem aqui cidade permanente e que peregrina em busca da cidade futura (Cf.

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    Hb 13,14), definitiva, no alheia, porm, sorte do mundo, como que desinteressada das lutas histricas. Ao contrrio: a Igreja no negligencia as tarefas terrestres, insere-se na histria humana, ajudando a constru-la, iluminando-a com a luz do Verbo de Deus, sendo assim um sacramento referencial de salvao para os povos. Para isso, ela rejeita toda cultura de morte, e faz da vida o estandarte de sua misso, a exemplo de seu Mestre,

    o Cristo Senhor, que veio para nos dar a vida, e vida em abundncia (Cf. Jo 10,10).

    32 - Na sua marca humana, visvel, temporal, institucional, a Igreja precisa, como todo organismo, de praticidade, de organicidade, da sua estrutura no s cannica, mas tambm administrativa. A natureza da Igreja , pois, complexa, e exige desdobramentos vrios, quer em sua realidade hierrquica, como Povo de Deus, quer para o exerccio da Sagrada Liturgia, constituindo esta, alis, a mais forte epifania da Igreja.

    DIVERSOS ROSTOS, UMA NICA IGREJA

    33 - Em mbito universal e em aspecto jurdico, a Igreja tem a sua sede em Roma, governada, como sabemos, pelo Romano Pontfice, que primeiramente Bispo de Roma, mas, ao mesmo tempo, Pastor da Igreja universal,

    servindo-se, como ajuda, para tal pastoreio, do Colgio dos Bispos, em nvel mundial, e do Colgio dos Cardeais. Estes prestam ajuda ao Papa, em ao colegial, principalmente nos Consistrios. Quanto aos Bispos, embora ao Santo Padre sejam reservadas muitas decises da Igreja, reconhecido tambm, biblicamente, o poder conferido a eles, individual ou coletivamente (Cf. Mt 18,18; Jo 20,23), da que sua ajuda no governo da

    Igreja, junto ao Papa, de fundamental importncia.

    34 - Os cardeais so escolhidos livremente pelo Romano Pontfice e, quando ainda presbteros, devem receber a consagrao episcopal. Alguns atuam no Vaticano, ocupando congregaes, nos dicastrios, por nomeao do

    Papa, presentes ento, sempre, nos Consistrios ordinrios; outros o auxiliam mesmo de suas sedes cardinalcias, ou ento quando convocados a Roma, para alguma consulta ou estudo de maior importncia, em

    Consistrios extraodinrios. . Na eleio de novo Pontfice, como sabemos, os cardeais se renem, em conclave, para o elegerem, nos termos da Constituio do Vaticano. Nas sedes cardinalcias, a nomeao dos cardeais automtica quando da mudana dos Arcebispos, por morte destes ou por aposentadoria. Sedes

    cardinalcias so aquelas Arquidioceses que alcanaram este ttulo pela sua notoriedade, pela importncia das cidades onde se situam ou pela primazia da Igreja em nvel nacional. No Brasil, por exemplo, temos quatro

    sedes cardinalcias: Rio de Janeiro, So Paulo, Braslia e Salvador, as duas primeiras, dada a sua importncia em nvel mundial; Braslia, por ser a capital federal, e Salvador, por ser a sede da Igreja primaz do Brasil, ou

    seja, a Igreja mais antiga. Isto significa que sempre essas cidades tero seus cardeais. J outras cidades podero ter cardeais ou no, dependendo do desejo do Papa ou das necessidades da Igreja.

    35 - Em mbito menor, como nas dioceses, chamadas Igrejas particulares, a Igreja a representada pelos Bispos, que as governam com o auxlio dos presbteros, formando o seu presbitrio. Como auxiliares dos

    Bispos, principalmente para a administrao da Cria, os Bispos nomeiam presbteros que formam o cabido da Catedral, e estes recebem o ttulo de cnegos. Os Bispos podem conceder tambm o ttulo honorfico de

    monsenhor a presbteros, como reconhecimento de trabalho exercido em benefcio da Igreja.

    36 - O agrupamento de dioceses forma uma provncia eclesistica, e a diocese maior, ou mais importante, passa a chamar-se Arquidiocese e seu pastor, Arcebispo, Arcebispo Metropolitano ou Metropolita,

    que nomeado pelo Papa. O ttulo eclesistico de Arcebispo no deve ser entendido como superioridade episcopal, com relao aos outros Bispos, embora ele tenha algumas atribuies especficas, como, p. ex.,

    presidir a provncia eclesistica e vigiar para que nas dioceses sufragneas, chamadas assim as constitutivas da provncia eclesistica, a f e a disciplina eclesistica sejam claramente observadas. Pode ainda o Metropolita ser

    provido de outras funes e poder, onde as circunstncias o exigirem, para o bem da Igreja. Quanto s dioceses, estas no devem mais existir como dioceses isentas, pois todas elas devem estar adscritas

    provncia de sua regio, onde o Arcebispo constitui-se um ponto de unidade episcopal e de comunho. Tanto a criao das dioceses como das arquidioceses requer-se o reconhecimento de Roma, ouvidos sempre os Bispos

    interessados.

    37 - Os Arcebispos podem ter Bispos auxiliares que os auxiliem, principalmente em regies metropolitanas, com a diviso destas em regies episcopais. Mesmo na hiptese de um Bispo vir a ser responsvel

    pastoralmente por uma regio episcopal, ele sempre exerce sua funo em dependncia do Arcebispo. Na ausncia de Bispos como tais, a regio episcopal pode ser dirigida pastoralmente por um presbtero, nomeado pelo Arcebispo, chamado ento de Vigrio Episcopal, este - entendamos - continuar como antes, presbtero. Em casos especiais, quando as necessidades pastorais o aconselharem, as Arquidioceses e Dioceses podero

    ser providas de coadjutores, estes com direito sucesso, qual, porm, no tm direito os Bispos auxiliares.

    38 - Os Bispos de uma nao, que exercem certas funes pastorais em favor dos fiis, formam a Conferncia dos Bispos, e esta pode ainda ter seu desdobramento nos Regionais, que so organismos constitudos pelas

    diversas provncias eclesisticas de determinadas regies do territrio nacional.

  • PARQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA e SO LOURENO Em obedincia vossa palavra, lanarei as redes (Lc 5,5b)

    Pa. Pe. Marcelo Almeida Pernambuco, 25 06890-000 Centro

    So Loureno da Serra SP Brasil Tel/Fax: 55 (11) 4686-1235

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    CNPJ: 61.378.766/0031-14

    39 - Numa definio menor, mas de grande importncia, est a Parquia, esta pequena clula da Igreja universal. Nela toda a Igreja se faz presente, sobretudo quando celebra a Eucaristia. A Parquia tem sua

    frente, como pastor, um presbtero, proco, nomeado pelo Bispo diocesano ou pelo Arcebispo, quando localizada em Arquidiocese. Tambm o proco, dadas as necessidades da parquia, pode ter seus auxiliares, os vigrios, nomeados pelo Bispo. Na mesma dinmica das dioceses, e sempre para o bem dos fiis, as parquias podem formar foranias, tendo estas um presbtero coordenador, que se chamar vigrio forneo, eleito para um mandato, entre os presbteros. A forania, assim constituda, receber o nome da parquia mais antiga.

    VOCAO UNIVERSAL DO POVO DE DEUS SANTIDADE

    40 - A Igreja santa no mistrio proposto pelo Conclio Vaticano II, pois Cristo, o Filho de Deus, por ela se entregou, com o fim de santific-la (Cf. Ef 5,25-26), tendo pregado a santidade de vida da

    qual ele mesmo o autor e consumador, exortando: Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste perfeito (Cf. Mt 5,48). Tambm So Paulo nos admoesta a vivermos como convm a santos (Cf. Ef 5,3). Movidos, pois, pelo Esprito de Deus, os cristos adoram a Deus em esprito e em verdade, cultivando a santidade nos vrios

    gneros de vida.

    41 - A santidade deve manifestar-se ento no discpulo de Cristo, tanto pelo amor a Deus como pelo amor ao prximo, pois Deus amor, como nos diz So Joo (Cf. 1Jo 4,16), e o amor de Deus foi derramado em nossos coraes pelo Esprito Santo que nos foi dado (Cf. Rm 5,5). Portanto, pastores de nossa Igreja, imagem do

    sumo e eterno sacerdote, exeram seu ministrio santamente, reconhecendo os fiis como ovelhas do Senhor, e no como suas; esposos e pais cristos sigam o prprio caminho, em amor fiel, no possessivo, aberto para a

    vida e para os valores eternos; todos, enfim, como educadores, polticos, trabalhadores nas vrias reas, s vezes em situaes duras e injustas, ricos e pobres, fracos e doentes, ajudem a todos, na criao de um mundo melhor e mais humano. Tudo isso pode e deve significar busca da santidade, culminando depois na Liturgia, o

    lugar privilegiado de santificao.

    NDOLE ESCATOLGICA DA IGREJA

    42 - A Igreja, para a qual somos todos chamados em Cristo Jesus e na qual pela graa de Deus adquirimos a santidade, s se consumar na glria celeste, quando chegar o tempo de restaurao de todas as coisas (Cf. At 3,21), quando tambm o mundo ser perfeitamente restaurado em Cristo (Cf. Ef 1,10; Cl 1,20; 2Pd 3,13).

    Essa consumao, porm, j se realizou em Cristo e levada adiante pela misso do Esprito e por ele continua na Igreja.

    43 - A dinmica escatolgica da Igreja se realiza sobretudo na Eucaristia, pela qual os fiis, comungando o corpo sacramental do Senhor, so transformados no seu Corpo (Cf. 1Cor 10,16-17), notando ento que a era

    final do mundo j chegou at ns (Cf. 1Cor 10,11). Cristo, levantado da terra, atraiu todos a si (Cf. Jo 12,32) e, direita do Pai, opera continuamente sua obra de salvao, conduzindo os homens Igreja, para un-los mais

    estreitamente a si, fazendo-os participantes de sua vida gloriosa, mediante sobretudo a comunho de seu Corpo e de seu Sangue, memorial que ele instituiu no sinal proftico do Cenculo.

    44 - Sabemos que os sofrimentos da vida presente no tm proporo alguma com a glria futura que se manifestar em ns (Cf. Rm 8,18) e que Cristo transfigurar nosso corpo abatido, para que seja conforme o seu corpo glorioso (Cf. Fl 3,21). Vivendo ento nessa expectativa feliz, e esperando at que o Senhor venha, a Igreja peregrina se une Igreja celeste para cantar o mesmo hino de louvor e de glria ao nosso Deus, isto acontecendo liturgicamente na sua orao por excelncia, a Orao Eucarstica. Aqui os habitantes do cu, unidos mais estreitamente a Cristo, unem-se tambm aos que na Terra oferecem a Deus o culto de louvor.

    45 - Quando se entende esta ndole escatolgica da Igreja e quando se percebe a sua verdadeira comunho, a vida crist se torna encantamento, e a Liturgia faz acontecer j agora a salvao esperada. Em tal dimenso

    escatolgica, o hoje definitivo de Deus j entra em nossa vida e em nossa histria, transfigurando-a e tornando possvel ainda no tempo a fisionomia de um mundo novo e renovado. Contemplando, pois, a verdade inefvel de Cristo, e com o olhar tambm fixo em Maria, a Me do Redentor, deixando-nos envolver pelos seus exemplos de primeira discpula do Filho de Deus, certamente vamos ter uma conscincia mais viva de nossa vocao crist, estando sempre prontos a dar aos outros a razo de nossa f e de nossa esperana (Cf. 1Pd

    3,15).

    VESTES SAGRADAS E INSGNIAS

    46 - Como a dignidade e a santidade do Povo de Deus manifestam-se com mais expressividade na Sagrada Liturgia, e dada a importncia do exerccio litrgico na vida de todos os fiis, principalmente na daqueles que foram chamados para um ministrio especfico, a servio sempre do Povo de Deus, algumas

    consideraes se fazem aqui, limitadas, porm, a algumas vestes sagradas e a algumas insgnias.

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    47 - Conforme a Instruo Geral sobre o Missal Romano, nem todos os membros da Igreja exercem a mesma funo litrgica, da a diversidade de vestes sagradas, as quais manifestam ento, exteriormente, a diversidade de funes, contribuindo ao mesmo tempo para a beleza da ao sagrada. Temos ento: a alva, veste comum

    a todos os ministros, ordenados e institudos, de qualquer grau ( cingida cintura pelo cngulo e em ministrios leigos , quase sempre, substituda pelo jaleco ou confeco semelhante, dada a liberdade de uso

    conforme os costumes); a casula, veste prpria do sacerdote celebrante, que se coloca sobre a alva e a estola; a estola, veste do sacerdote, que se coloca em torno do pescoo, pendendo diante do peito; veste tambm do Dicono, que a usa a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo-a do lado direito, querendo dizer com isso

    que no possui ainda o poder sacerdotal; a dalmtica, veste prpria do Dicono, que se coloca sobre a alva e a estola (A dalmtica pode ser dispensada em celebraes menos solenes); o vu umeral, que se usa para a procisso eucarstica e para dar a bno do Santssimo; a capa pluvial ou de asperges, usada nos ritos de

    asperso; o plio, usado pelo Papa e pelos Arcebispos (O plio uma pea feita por religiosas, em Roma, com ls de ovelhas, benzidas pelo Papa na festa de Santa Ins e guardadas depois no Vaticano, para futura entrega

    a Arcebispos).

    48 - Com referncia a insgnias, temos: a cruz peitoral, a mitra, o bculo, o solidu (usados pelos Bispos e pelo Papa); o barrete, usado pelos cardeais e, mais simples, pelos cnegos. As vestes sagradas e as insgnias, como vemos, tm valor simblico, apontando ento para o mistrio da f. As mais expressivas, simbolicamente, so:

    a estola, que alude ao poder espiritual; a cruz peitoral, que sinaliza para o sacrifcio da Cruz; o bculo, simbolizando o servio do pastor; o plio, no Papa, indicando sua fidelidade ao Cristo Pastor, tambm disposto

    a imit-lo, como que levando a ovelha desgarrada ao ombro; nos Arcebispos, o plio simboliza a fidelidade deles ao Papa e, por extenso, tambm ao Cristo Pastor.

    BIBLIOGRAFIA

    - Constituio Dogmtica Lumen Gentium (Conclio Vaticano II)

    - Catecismo da Igreja Catlica - Instruo Geral sobre o Missal Romano

    - Ritual das Ordenaes - Um s corpo (Cesare Giraudo Loyola)

    Joo de Arajo