A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da...

81
A HISTÓRIA DO VINHO 1 (Extraído em sua maior parte da obra de Hugh Johnson "The Story of Wine" da editora Mitchell-Beazley, Londres, 1989) Não se pode apontar precisamente o local a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco. Há 2 milhões de anos já coexistiam as uvas e o homem que as podia colher. Seria, portanto, estranho se o "acidente" do vinho nunca tivesse acontecido ao homem nômade primitivo. Antes da última Era Glacial houve seres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivas como os povos Cro-Magnon que pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux, na França, onde os vinhedos ainda crescem selvagem. Esses fatos fazem supor que, mesmo não existindo evidências claras, esses povos conheceram o vinho, . Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 - 5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de transição entre a selvagem e a cultivada. A videira para vinificação pertence a espécie Vitis vinifera e suas parentes são a Vitis rupestris, a Vitis riparia e a Vitis aestivalis, mas nenhuma delas possui a mesma capacidade de acumular açúcar na proporção de 1/3 do seu volume, nem os elementos necessários para a confecção do vinho. A videira selvagem possui flores machos e fêmeas, mas raramente ambas na mesma planta. A minoria das plantas é hermafrodita e podem gerar uvas, mas quase a metade do número produzido pelas fêmeas. Os primeiros povos a cultivar a videira teriam selecionado as plantas hermafroditas para o cultivo. A forma selvagem pertence a subespécie sylvestris e a cultivada à subespécie sativa. As sementes encontradas na Georgia foram classificadas como Vitis vinifera variedade sativa, o que serve de base para o argumento de que as uvas eram cultivadas e o vinho presumivelmente elaborado. A idade dessas coincide com a passagem das culturas avançadas da Europa e do Oriente Próximo de uma vida nômade para uma vida sedentária, começando a cultivar tanto quanto caçavam. Nesse período começam também a surgir, além da pedra, utensílios de cobre e as primeiras cerâmicas nas margens do Mar Cáspio. O kwervri (um jarro de argila), existente no museu de Tbilisi, na Georgia, datado de 50000 - 6000 a.C, é outra evidência desse período. No mesmo museu existem pequenos segmentos e galhos de videiras, datadas de 3000 a.C., e que parecem ter sido parte dos adornos de sepultamento, talvez com significado místico de serem transportadas para o mundo da morte onde poderia ser plantada e dar novamente prazer. Além das regiões ao norte dos Caucásos (Georgia e Armenia), a videira também era nativa na maioria das regiões mais ao sul, existindo na Anatólia (Turquia), na Pérsia (Irã) e no sul da Mesopotâmia (Iraque), nas montanhas de Zagros, entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico. É possível que as videiras da região dos Cáucasos, tenham sido levadas pelos fenícios da

Transcript of A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da...

Page 1: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1

(Extraiacutedo em sua maior parte da obra de Hugh Johnson The Story of Wine da editora Mitchell-Beazley Londres 1989)

Natildeo se pode apontar precisamente o local a eacutepoca em que o vinho foi feito pela

primeira vez do mesmo modo que natildeo sabemos quem foi o inventor da roda Uma pedra que rola eacute um tipo de roda um cacho de uvas caiacutedo potencialmente torna-se um tipo de vinho O vinho natildeo teve que esperar para ser inventado ele estava laacute onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco Haacute 2 milhotildees de anos jaacute coexistiam as uvas e o homem que as podia colher Seria portanto estranho se o acidente do vinho nunca tivesse acontecido ao homem nocircmade primitivo Antes da uacuteltima Era Glacial houve seres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivas como os povos Cro-Magnon que pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux na Franccedila onde os vinhedos ainda crescem selvagem Esses fatos fazem supor que mesmo natildeo existindo evidecircncias claras esses povos conheceram o vinho

Os arqueologistas aceitam acuacutemulo de sementes de uva como evidecircncia (pelo menos de probabilidade) de elaboraccedilatildeo de vinhos Escavaccedilotildees em Catal Huumlyuumlk (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia em Damasco na Siacuteria Byblos no Liacutebano e na Jordacircnia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Periacuteodo Neoliacutetico B) cerca de 8000 aC As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Ruacutessia) e datam de 7000 - 5000 aC (datadas por marcaccedilatildeo de carbono) Certas caracteriacutesticas da forma satildeo peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas satildeo do tipo de transiccedilatildeo entre a selvagem e a cultivada

A videira para vinificaccedilatildeo pertence a espeacutecie Vitis vinifera e suas parentes satildeo a Vitis rupestris a Vitis riparia e a Vitis aestivalis mas nenhuma delas possui a mesma capacidade de acumular accediluacutecar na proporccedilatildeo de 13 do seu volume nem os elementos necessaacuterios para a confecccedilatildeo do vinho A videira selvagem possui flores machos e fecircmeas mas raramente ambas na mesma planta A minoria das plantas eacute hermafrodita e podem gerar uvas mas quase a metade do nuacutemero produzido pelas fecircmeas Os primeiros povos a cultivar a videira teriam selecionado as plantas hermafroditas para o cultivo A forma selvagem pertence a subespeacutecie sylvestris e a cultivada agrave subespeacutecie sativa

As sementes encontradas na Georgia foram classificadas como Vitis vinifera variedade sativa o que serve de base para o argumento de que as uvas eram cultivadas e o vinho presumivelmente elaborado A idade dessas coincide com a passagem das culturas avanccediladas da Europa e do Oriente Proacuteximo de uma vida nocircmade para uma vida sedentaacuteria comeccedilando a cultivar tanto quanto caccedilavam Nesse periacuteodo comeccedilam tambeacutem a surgir aleacutem da pedra utensiacutelios de cobre e as primeiras ceracircmicas nas margens do Mar Caacutespio

O kwervri (um jarro de argila) existente no museu de Tbilisi na Georgia datado de 50000 - 6000 aC eacute outra evidecircncia desse periacuteodo No mesmo museu existem pequenos segmentos e galhos de videiras datadas de 3000 aC e que parecem ter sido parte dos adornos de sepultamento talvez com significado miacutestico de serem transportadas para o mundo da morte onde poderia ser plantada e dar novamente prazer

Aleacutem das regiotildees ao norte dos Caucaacutesos (Georgia e Armenia) a videira tambeacutem era nativa na maioria das regiotildees mais ao sul existindo na Anatoacutelia (Turquia) na Peacutersia (Iratilde) e no sul da Mesopotacircmia (Iraque) nas montanhas de Zagros entre o Mar Caacutespio e o Golfo Peacutersico Eacute possiacutevel que as videiras da regiatildeo dos Caacuteucasos tenham sido levadas pelos feniacutecios da

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2

regiatildeo onde hoje eacute o Liacutebano para toda a Europa e seriam as ancestrais de vaacuterias das atuais uvas brancas Recentemente foi encontrada no Iratilde (Peacutersia) uma acircnfora de 3500 anos de contendo no seu interior uma mancha residual de vinho

Eacute provaacutevel que o Egito recebia suas videiras pelo rio Nilo de Canaatilde (Liacutebano Israel Jordacircnia e parte da Siacuteria) ou da Assiacuteria (Parte do Iraque e da Araacutebia Saudita) ou ainda da regiatildeo montanhosa da Nuacutebia ou da costa norte da Aacutefrica

Haacute inuacutemeras lendas sobre onde teria comeccedilado a produccedilatildeo de vinhos e a primeira delas estaacute no Velho Testamento O capiacutetulo 9 do Gecircnesis diz que Noeacute apoacutes ter desembarcado os animais plantou um vinhedo do qual fez vinho bebeu e se embriagou Entre outros aspectos interessantes sobre a histoacuteria de Noeacute estaacute o Monte Ararat onde a Arca ancorou durante o diluacutevio Essa montanha de 5166 metros de altura eacute o aacutepice dos Caacuteucasos e fica entre a Armecircnia e a Turquia Entre as muitas expediccedilotildees que subiram o monte a procura dos restos da Arca apenas uma em 1951 encontrou uma peccedila de madeira

A questatildeo mais complicada eacute onde morou Noeacute antes do diluacutevio Onde quer que ele tenha construiacutedo a Arca ele tinha vinhedos e jaacute sabia fazer o vinho As videiras logicamente faziam parte da carga da Arca Uma especulaccedilatildeo interessante eacute que Noeacute teria sido um dos muitos sobreviventes da submersatildeo de Atlacircntida Uma lenda basca celebra un heroacutei chamado Ano que teria trazido a videira e outras plantas num barco Curiosamente o basco eacute uma das mais antigas liacutenguas ocidentais e anordquo em basco tambeacutem significa vinho Na Galiacutecia tambeacutem existe uma figura legendaacuteria denominada Noya que os sumeacuterios da Mesopotacircmia diziam ser uma espeacutecie de deus do mar denominado Oannes Tambeacutem interessante eacute que na mitologia grega Dioniacutesio deus do vinho foi criado por sua tia Ino uma deusa do mar e a palavra grega para vinho eacute oinos

O eacutepico babilocircnico Gilgamesh o mais antigo trabalho literaacuterio conhecido (1800 aC) tambeacutem conta tambeacutem uma histoacuteria de Upnapishtim a versatildeo babilocircnica de Noeacute Esse homem tambeacutem construiu uma Arca encheu-a de animais atracou-a numa montanha soltou sucessivamente trecircs paacutessaros sobre as aacuteguas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses No entanto Upnapishtim natildeo fez vinho O vinho aparece em outra parte dos escritos na qual o heroacutei Gilgamesh entra no reino do sol e laacute encontra um vinhedo encantado de cujo vinho obteria se lhe fosse permitido bebecirc-lo a imortalidade que ele procurava

O vinho estaacute relacionado agrave mitologia grega Um dos vaacuterios significados do Festival de Dioniacutesio em Atenas era a comemoraccedilatildeo do grande diluacutevio com que Zeus (Juacutepiter) castigou o pecado da raccedila humana primitiva Apenas um casal sobreviveu Seus filhos eram Orestheus que teria plantado a primeira vinha Amphictyon de quem Dioniacutesio era amigo e ensinou sobre vinho e Helena a primogecircnita de cujo que nome veio o nome da raccedila grega

A mais citada de todas as lendas sobre a descoberta do vinho eacute uma versatildeo persa que fala sobre Jamshid um rei persa semi-mitoloacutegico que parece estar relacionado a Noeacute pois teria construiacutedo um grande muro para salvar os animais do diluacutevio Na corte de Jamshid as uvas eram mantidas em jarras para serem comidas fora da estaccedilatildeo Certa vez uma das jarras estava cheia de suco e as uvas espumavam e exalavam um cheiro estranho sendo deixadas de lado por serem inapropriadas para comer e consideradas possiacutevel veneno Uma donzela do hareacutem tentou se matar ingerindo o possiacutevel veneno Ao inveacutes da morte ela encontrou alegria e um repousante sono Ela narrou o ocorrido ao rei que ordenou entatildeo que uma grande quantidade de vinho fosse feita e Jamshid e sua corte beberam da nova bebida

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3

Os mesopotacircmios tambeacutem eram bebedores de vinho A Mesopotacircmia (Iraque) estaacute situada entre os rios Tigre e Eufrates que correm ao sul dos Caacuteucasos (o Eufrates nasce no Monte Ararat) e correm ateacute o Golfo Peacutersico numa regiatildeo plana quente e aacuterida uma antiacutetese da regiatildeo adequada para vitivinicultura Os sumeacuterios aiacute se estabeleceram entre 4000 a 3000 aC e fundaram as cidades de Kish e Ur De Kish proveacutem as primeiras forma de escrita os pictogramas desenhados com estilete em argila uacutemida Entre estes escritos haacute uma folha de uva Os mesopotacircmios tentaram mais tardiamente o plantio de videiras mas origininalmente importavam o vinho de outras regiotildees Haacute registros de que dois seacuteculos e meio depois o rio Eufrates foi usado para transporte de vinho da regiatildeo da Armenia para Babilocircnia a cidade que sucedeu Kish e Ur

Na Mesopotacircmia os sumeacuterios originaram os semitas e Mari foi sua principal cidade ateacute que o Imperador Hammurabi fundou Babilocircnia (proacutexima de Bagdaacute) em 1790 aC

Os hititas que ocuparam por volta de 2000 aC a regiatildeo da Anatolia (Turquia) parecem ter sido entusiastas do vinho julgando-se pela exuberacircncia dos frascos criados para servir e tomar o vinho (caacutelices e frascos em forma de cabeccedila de animal feitos em ouro)

A propoacutesito o coacutedigo de Hammurabi e o coacutedigo dos hititas satildeo os dois primeiros livros sobre leis de que temos conhecimento e ambos fazem referecircncia aos vinhos No coacutedigo de Hammurabi haacute trecircs toacutepicos relacionados com as casas de vinho O primeiro diz que a vendedora de vinhos que errar a conta seraacute atirada agrave aacutegua o segundo afirma que se a vendedora natildeo prender marginais que estiverem tramando e os levar ao palaacutecio seria punida com a morte a uacuteltima diz que uma sacerdotisa abrir uma casa de vinhos ou nela entrar para tomar um drinque seraacute queimada viva

Havia um grande intercacircmbio comercial incluindo-se aiacute a uva e o vinho entre os impeacuterios peri-mediterracircneos Ugarit (agora Latakia) e Al-Mina na Siacuteria e posteriormente Sidon e Tyre mais ao sul foram importantes portos comerciais e eram controlados pelos Cananeus a serviccedilo do Impeacuterio Assiacuterio Nessa regiatildeo da costa mediterracircnea os feniacutecios que sucederam os Cananeus e inventaram o alfabeto fundaram outras cidades comerciais como Cartago e Caacutediz Alexandre o Grande conquistou toda a regiatildeo e fundou Alexandria um porto neutro no delta do Nilo habitado por gregos egiacutepcios e judeus

Os egiacutepcios natildeo foram os primeiros a fazer vinho mas certamente foram os primeiros a saber como registrar e celebrar os detalhes da vinificaccedilatildeo em suas pinturas que datam de 1000 a 3000 aC Havia inclusive expertos que diferenciavam as qualidades dos vinhos profissionalmente Nas tumbas dos faraoacutes foram encontradas pinturas retratando com detalhes vaacuterias etapas da elaboraccedilatildeo do vinho tais como a colheita da uva a prensagem e a fermentaccedilatildeo Tambeacutem satildeo vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos em taccedilas ou em jarras atraveacutes de canudos em um ambiente festivo elegante algumas vezes licencioso O consumo de vinho parece ter sido limitado aos ricos nobres e sacerdotes Os vinhedos e o vinho eram oferecidos aos deuses especialmente pelos faraoacutes como mostram os registros do presente que Ramses III (1100 aC) fez ao deus Amun

Um fato muito interessante e que mostra o cuidado que os egiacutepcios dedicavam ao vinho eacute a descoberta feita em 1922 na tumba do jovem faraoacute Tutankamon (1371-1352 aC) Foram encontradas 36 acircnforas de vinho algumas das quais continham inscriccedilotildees da regiatildeo safra nome do comerciante e ateacute a inscriccedilatildeo muito boa qualidade

Quando do surgimento do Egito (por volta de 3000 aC) os precursores dos gregos ocuparam quatro aacutereas principais em volta do mar Egeu o sul e centro--leste da Greacutecia a ilha

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4

de Creta as ilhas Ciclaacutedicas no sul do Egeu e a costa noroeste da Asia Menor Nessas regiotildees foram cultivadas oliveiras e videiras duas novas culturas que acrescentaram nova dimensatildeo agrave dieta primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e pedregosas para o cultivo de gratildeos O azeite de oliva e o vinho foram poderosos estiacutemulos ao comeacutercio e consequentemente agrave troca de ideacuteias O vinho em particular trouxe uma nova dimensatildeo nas relaccedilotildees pessoais e comerciais na medida em que leva naturalmente a festividades confidencias e senso de oportunidade

No ano 2000 aC Creta era desenvolvida em parte pelo contato com o Egito mas por volta de 1500 aC foi superada por Micena situada no sul da Greacutecia cujo povo era mais agressivo inclusive como comerciantes e colonizadores Os micecircnios visitaram desde a Siciacutelia no oeste ateacute a Siacuteria no Leste Sob lideranccedila de Agamenon juntamente com seus vizinhos espartanos sitiaram Troacuteia O gosto dos gregos pelo vinho pode ser avaliado pela descoberta recente da adega do rei Nestor de Pilos cidade da Peloponeacutesia (sul da Greacutecia) A capacidade da adega do rei foi estimada em 6000 litros armazenados em grandes jarras denominadas pithoi O vinho era levado ateacute a adega dentro de bolsas de pele de animal que deviam contribuir para a formaccedilatildeo do buquecirc do vinho

Na Iliacuteada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o outono O poeta tambeacutem fala de vinhos nas narrativas da guerra de Troia e cita a ilha de Lemnos no mar Egeu como a fornecedora de vinho para as tropas que sitiavam Troia cujo vinho era proveniente da Friacutegia

Homero tambeacutem descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Odisseu e entre eles estaacute o vinho do sacerdote Maro vinho tinto com doccedilura do mel e tatildeo forte que era diluiacutedo com aacutegua na proporccedilatildeo de 120 Quando foi aprisionado na costa da Siciacutelia pelo ciacuteclope Polifemus Odisseu ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo Como o ciacuteclope estava acostumado com o fraco vinho da Siciacutelia apoacutes tomar o vinho forte caiu em sono profundo o que permitiu Odisseu extrair-lhe o olho

Entre 1200 e 1100 aC os doacutericos selvagens vindos do norte devastaram Micena e outros impeacuterios do Oriente Proacuteximo que exceccedilatildeo feita ao Egito caiacuteram nessa eacutepoca Foi o periacuteodo negro da histoacuteria da Greacutecia Ateacute a arte de escrever foi perdida Apoacutes esse periacuteodo os novos gregos tiveram mais energia e inteligecircncia que os seus predecessores Em dois seacuteculos o Mar Egeu tornava-se novamente o centro das atividades criativas O alfabeto eacute adotado e a linguagem escrita renasce entre 900 e 700 aC Nessa eacutepoca os gregos incluindo os refugiados de Micena transformaram as costas da Friacutegia (terra dos hititas) e da Liacutedia na Greacutecia Oriental trazendo sua agricultura de oliva e uva Atenas que natildeo fora inteiramente destruiacuteda pelos doacutericos comeccedilava a sua lideranccedila artiacutestica e cultural

Um novo periacuteodo se iniciou e os habitantes da Eubeacuteia na costa leste da Greacutecia Central chegaram a ilha de Chipre e a Al-Mina (na Siacuteria) e fundaram na Itaacutelia as cidades de Cumae e Naxos esta uacuteltima na Siciacutelia Colonizadores de outras regiotildees da Greacutecia cruzaram o mar e fundaram outras cidades na Itaacutelia como os corintos que fundaram Siracusa (na Siciacutelia) e os habitantes de Rodes que fundaram Gela (na Siciacutelia) e Naepolis (hoje Naacutepoles) Os acecircnios do norte da Peloponeacutesia fundaram Sybaris e Poseidonia (hoje Paestum) na Campania Os espartanos fundaram Tarentum (hoje Taranto) Os ateniences chegaram agrave Lombardia onde fizeram contato com os etruscos

Deste modo a expansatildeo da cultura grega fez com que a Siciacutelia e a ponta da bota da Italia fossem designadas nessa eacutepoca a Magna Greacutecia tambeacutem chamada de Oenotri a terra dos vinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

5

Nessa era de intensa procura por novas terras ocorreu tambeacutem a colonizaccedilatildeo do sul da Franccedila pelos gregos habitantes da Liacutedia que fugiam da invasatildeo dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram tambeacutem na Coacutersega em 500 aC Eles controlaram rotas do Rhocircne do Saocircne atraveacutes da Borgonha do Sena e do Loire Massalia fazia seu proacuteprio vinho e as acircnforas para exportaacute-lo Segundo o historiador romano Justiniano os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida cultivando olivas e videiras

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Greacutecia Eacute importante lembrar que em 1952 entre Paris e a Borgonha na cidade de Vix foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1200 litros originaacuteria de 600 aC

As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho sendo a ilha de Chios situada ao leste proacutexima ao litoral da Liacutedia a mais importante delas e a que possuiacutea o melhor vinho As suas acircnforas caracteriacutesticas foram encontradas em quase todas as regiotildees por onde os gregos fizeram comeacutercio tais como Egito Franccedila Bulgaacuteria Itaacutelia e Ruacutessia Tambeacutem a ilha de Lesbos ao norte de Chios possuiacutea um vinho famoso e provavelmente foi a fonte do Pramnian o equivalente grego do fantaacutestico vinho buacutelgaro Tokay Essenczia

Provavelmente havia predileccedilatildeo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol) mas haviam vaacuterios tipos diferentes de vinho Laerte o pai de Odisseu cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva Com relaccedilatildeo agrave praacutetica de adicionar resina de pinheiro no vinho utilizada na elaboraccedilatildeo do moderno Retsina parece que era rara na Greacutecia Antiga No entanto era comum fazer outras misturas com os vinhos e na verdade raramente eram bebidos puros Era normal adicionar-se pelo menos aacutegua e quanto mais formal a ocasiatildeo e mais sofisticada a comida mais especiarias aromaacuteticas eram adicionadas ao vinho

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpoacutesios cujo significado literal eacute bebendo junto Eram reuniotildees (daiacute o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais reclinados confortavelmente em divatildes onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre conviacutevio Todo Simpoacutesio tinha um presidente cuja funccedilatildeo era estimular a conversaccedilatildeo Embora muitos Simpoacutesios fossem seacuterios e constituiacutedos por homens nobres e saacutebios havia outros que se desenvolviam em clima de festa com jovens danccedilarinas ao som de flautas

Entre as muitas evidecircncias da sabedoria grega para o uso do vinho satildeo os escritos atribuiacutedos a Eubulus por volta de 375 aC Eu preparo trecircs taccedilas para o moderado uma para a sauacutede que ele sorveraacute primeiro a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono Quando essa taccedila acabou os convidados saacutebios vatildeo para casa A quarta taccedila eacute a menos demorada mas eacute a da violecircncia a quinta eacute a do tumulto a sexta da orgia a seacutetima a do olho roxo a oitava eacute a do policial a nona da ranzinzice e a deacutecima a da loucura e da quebradeira dos moacuteveis

O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inuacutemeros registros disso Hipoacutecrates fez vaacuterias observaccedilotildees sobre as propriedades medicinais do vinho que satildeo citadas em textos de histoacuteria da medicina

Aleacutem dos aspectos comercial medicinal e hedocircnico o vinho representava para os gregos um elemento miacutestico expresso no culto ao deus do vinho Dioniacutesio ou Baco ou Liacuteber Entre as vaacuterias lendas que cercam a sua existecircncia a mais conhecida eacute aquela contada na

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 2: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2

regiatildeo onde hoje eacute o Liacutebano para toda a Europa e seriam as ancestrais de vaacuterias das atuais uvas brancas Recentemente foi encontrada no Iratilde (Peacutersia) uma acircnfora de 3500 anos de contendo no seu interior uma mancha residual de vinho

Eacute provaacutevel que o Egito recebia suas videiras pelo rio Nilo de Canaatilde (Liacutebano Israel Jordacircnia e parte da Siacuteria) ou da Assiacuteria (Parte do Iraque e da Araacutebia Saudita) ou ainda da regiatildeo montanhosa da Nuacutebia ou da costa norte da Aacutefrica

Haacute inuacutemeras lendas sobre onde teria comeccedilado a produccedilatildeo de vinhos e a primeira delas estaacute no Velho Testamento O capiacutetulo 9 do Gecircnesis diz que Noeacute apoacutes ter desembarcado os animais plantou um vinhedo do qual fez vinho bebeu e se embriagou Entre outros aspectos interessantes sobre a histoacuteria de Noeacute estaacute o Monte Ararat onde a Arca ancorou durante o diluacutevio Essa montanha de 5166 metros de altura eacute o aacutepice dos Caacuteucasos e fica entre a Armecircnia e a Turquia Entre as muitas expediccedilotildees que subiram o monte a procura dos restos da Arca apenas uma em 1951 encontrou uma peccedila de madeira

A questatildeo mais complicada eacute onde morou Noeacute antes do diluacutevio Onde quer que ele tenha construiacutedo a Arca ele tinha vinhedos e jaacute sabia fazer o vinho As videiras logicamente faziam parte da carga da Arca Uma especulaccedilatildeo interessante eacute que Noeacute teria sido um dos muitos sobreviventes da submersatildeo de Atlacircntida Uma lenda basca celebra un heroacutei chamado Ano que teria trazido a videira e outras plantas num barco Curiosamente o basco eacute uma das mais antigas liacutenguas ocidentais e anordquo em basco tambeacutem significa vinho Na Galiacutecia tambeacutem existe uma figura legendaacuteria denominada Noya que os sumeacuterios da Mesopotacircmia diziam ser uma espeacutecie de deus do mar denominado Oannes Tambeacutem interessante eacute que na mitologia grega Dioniacutesio deus do vinho foi criado por sua tia Ino uma deusa do mar e a palavra grega para vinho eacute oinos

O eacutepico babilocircnico Gilgamesh o mais antigo trabalho literaacuterio conhecido (1800 aC) tambeacutem conta tambeacutem uma histoacuteria de Upnapishtim a versatildeo babilocircnica de Noeacute Esse homem tambeacutem construiu uma Arca encheu-a de animais atracou-a numa montanha soltou sucessivamente trecircs paacutessaros sobre as aacuteguas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses No entanto Upnapishtim natildeo fez vinho O vinho aparece em outra parte dos escritos na qual o heroacutei Gilgamesh entra no reino do sol e laacute encontra um vinhedo encantado de cujo vinho obteria se lhe fosse permitido bebecirc-lo a imortalidade que ele procurava

O vinho estaacute relacionado agrave mitologia grega Um dos vaacuterios significados do Festival de Dioniacutesio em Atenas era a comemoraccedilatildeo do grande diluacutevio com que Zeus (Juacutepiter) castigou o pecado da raccedila humana primitiva Apenas um casal sobreviveu Seus filhos eram Orestheus que teria plantado a primeira vinha Amphictyon de quem Dioniacutesio era amigo e ensinou sobre vinho e Helena a primogecircnita de cujo que nome veio o nome da raccedila grega

A mais citada de todas as lendas sobre a descoberta do vinho eacute uma versatildeo persa que fala sobre Jamshid um rei persa semi-mitoloacutegico que parece estar relacionado a Noeacute pois teria construiacutedo um grande muro para salvar os animais do diluacutevio Na corte de Jamshid as uvas eram mantidas em jarras para serem comidas fora da estaccedilatildeo Certa vez uma das jarras estava cheia de suco e as uvas espumavam e exalavam um cheiro estranho sendo deixadas de lado por serem inapropriadas para comer e consideradas possiacutevel veneno Uma donzela do hareacutem tentou se matar ingerindo o possiacutevel veneno Ao inveacutes da morte ela encontrou alegria e um repousante sono Ela narrou o ocorrido ao rei que ordenou entatildeo que uma grande quantidade de vinho fosse feita e Jamshid e sua corte beberam da nova bebida

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3

Os mesopotacircmios tambeacutem eram bebedores de vinho A Mesopotacircmia (Iraque) estaacute situada entre os rios Tigre e Eufrates que correm ao sul dos Caacuteucasos (o Eufrates nasce no Monte Ararat) e correm ateacute o Golfo Peacutersico numa regiatildeo plana quente e aacuterida uma antiacutetese da regiatildeo adequada para vitivinicultura Os sumeacuterios aiacute se estabeleceram entre 4000 a 3000 aC e fundaram as cidades de Kish e Ur De Kish proveacutem as primeiras forma de escrita os pictogramas desenhados com estilete em argila uacutemida Entre estes escritos haacute uma folha de uva Os mesopotacircmios tentaram mais tardiamente o plantio de videiras mas origininalmente importavam o vinho de outras regiotildees Haacute registros de que dois seacuteculos e meio depois o rio Eufrates foi usado para transporte de vinho da regiatildeo da Armenia para Babilocircnia a cidade que sucedeu Kish e Ur

Na Mesopotacircmia os sumeacuterios originaram os semitas e Mari foi sua principal cidade ateacute que o Imperador Hammurabi fundou Babilocircnia (proacutexima de Bagdaacute) em 1790 aC

Os hititas que ocuparam por volta de 2000 aC a regiatildeo da Anatolia (Turquia) parecem ter sido entusiastas do vinho julgando-se pela exuberacircncia dos frascos criados para servir e tomar o vinho (caacutelices e frascos em forma de cabeccedila de animal feitos em ouro)

A propoacutesito o coacutedigo de Hammurabi e o coacutedigo dos hititas satildeo os dois primeiros livros sobre leis de que temos conhecimento e ambos fazem referecircncia aos vinhos No coacutedigo de Hammurabi haacute trecircs toacutepicos relacionados com as casas de vinho O primeiro diz que a vendedora de vinhos que errar a conta seraacute atirada agrave aacutegua o segundo afirma que se a vendedora natildeo prender marginais que estiverem tramando e os levar ao palaacutecio seria punida com a morte a uacuteltima diz que uma sacerdotisa abrir uma casa de vinhos ou nela entrar para tomar um drinque seraacute queimada viva

Havia um grande intercacircmbio comercial incluindo-se aiacute a uva e o vinho entre os impeacuterios peri-mediterracircneos Ugarit (agora Latakia) e Al-Mina na Siacuteria e posteriormente Sidon e Tyre mais ao sul foram importantes portos comerciais e eram controlados pelos Cananeus a serviccedilo do Impeacuterio Assiacuterio Nessa regiatildeo da costa mediterracircnea os feniacutecios que sucederam os Cananeus e inventaram o alfabeto fundaram outras cidades comerciais como Cartago e Caacutediz Alexandre o Grande conquistou toda a regiatildeo e fundou Alexandria um porto neutro no delta do Nilo habitado por gregos egiacutepcios e judeus

Os egiacutepcios natildeo foram os primeiros a fazer vinho mas certamente foram os primeiros a saber como registrar e celebrar os detalhes da vinificaccedilatildeo em suas pinturas que datam de 1000 a 3000 aC Havia inclusive expertos que diferenciavam as qualidades dos vinhos profissionalmente Nas tumbas dos faraoacutes foram encontradas pinturas retratando com detalhes vaacuterias etapas da elaboraccedilatildeo do vinho tais como a colheita da uva a prensagem e a fermentaccedilatildeo Tambeacutem satildeo vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos em taccedilas ou em jarras atraveacutes de canudos em um ambiente festivo elegante algumas vezes licencioso O consumo de vinho parece ter sido limitado aos ricos nobres e sacerdotes Os vinhedos e o vinho eram oferecidos aos deuses especialmente pelos faraoacutes como mostram os registros do presente que Ramses III (1100 aC) fez ao deus Amun

Um fato muito interessante e que mostra o cuidado que os egiacutepcios dedicavam ao vinho eacute a descoberta feita em 1922 na tumba do jovem faraoacute Tutankamon (1371-1352 aC) Foram encontradas 36 acircnforas de vinho algumas das quais continham inscriccedilotildees da regiatildeo safra nome do comerciante e ateacute a inscriccedilatildeo muito boa qualidade

Quando do surgimento do Egito (por volta de 3000 aC) os precursores dos gregos ocuparam quatro aacutereas principais em volta do mar Egeu o sul e centro--leste da Greacutecia a ilha

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4

de Creta as ilhas Ciclaacutedicas no sul do Egeu e a costa noroeste da Asia Menor Nessas regiotildees foram cultivadas oliveiras e videiras duas novas culturas que acrescentaram nova dimensatildeo agrave dieta primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e pedregosas para o cultivo de gratildeos O azeite de oliva e o vinho foram poderosos estiacutemulos ao comeacutercio e consequentemente agrave troca de ideacuteias O vinho em particular trouxe uma nova dimensatildeo nas relaccedilotildees pessoais e comerciais na medida em que leva naturalmente a festividades confidencias e senso de oportunidade

No ano 2000 aC Creta era desenvolvida em parte pelo contato com o Egito mas por volta de 1500 aC foi superada por Micena situada no sul da Greacutecia cujo povo era mais agressivo inclusive como comerciantes e colonizadores Os micecircnios visitaram desde a Siciacutelia no oeste ateacute a Siacuteria no Leste Sob lideranccedila de Agamenon juntamente com seus vizinhos espartanos sitiaram Troacuteia O gosto dos gregos pelo vinho pode ser avaliado pela descoberta recente da adega do rei Nestor de Pilos cidade da Peloponeacutesia (sul da Greacutecia) A capacidade da adega do rei foi estimada em 6000 litros armazenados em grandes jarras denominadas pithoi O vinho era levado ateacute a adega dentro de bolsas de pele de animal que deviam contribuir para a formaccedilatildeo do buquecirc do vinho

Na Iliacuteada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o outono O poeta tambeacutem fala de vinhos nas narrativas da guerra de Troia e cita a ilha de Lemnos no mar Egeu como a fornecedora de vinho para as tropas que sitiavam Troia cujo vinho era proveniente da Friacutegia

Homero tambeacutem descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Odisseu e entre eles estaacute o vinho do sacerdote Maro vinho tinto com doccedilura do mel e tatildeo forte que era diluiacutedo com aacutegua na proporccedilatildeo de 120 Quando foi aprisionado na costa da Siciacutelia pelo ciacuteclope Polifemus Odisseu ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo Como o ciacuteclope estava acostumado com o fraco vinho da Siciacutelia apoacutes tomar o vinho forte caiu em sono profundo o que permitiu Odisseu extrair-lhe o olho

Entre 1200 e 1100 aC os doacutericos selvagens vindos do norte devastaram Micena e outros impeacuterios do Oriente Proacuteximo que exceccedilatildeo feita ao Egito caiacuteram nessa eacutepoca Foi o periacuteodo negro da histoacuteria da Greacutecia Ateacute a arte de escrever foi perdida Apoacutes esse periacuteodo os novos gregos tiveram mais energia e inteligecircncia que os seus predecessores Em dois seacuteculos o Mar Egeu tornava-se novamente o centro das atividades criativas O alfabeto eacute adotado e a linguagem escrita renasce entre 900 e 700 aC Nessa eacutepoca os gregos incluindo os refugiados de Micena transformaram as costas da Friacutegia (terra dos hititas) e da Liacutedia na Greacutecia Oriental trazendo sua agricultura de oliva e uva Atenas que natildeo fora inteiramente destruiacuteda pelos doacutericos comeccedilava a sua lideranccedila artiacutestica e cultural

Um novo periacuteodo se iniciou e os habitantes da Eubeacuteia na costa leste da Greacutecia Central chegaram a ilha de Chipre e a Al-Mina (na Siacuteria) e fundaram na Itaacutelia as cidades de Cumae e Naxos esta uacuteltima na Siciacutelia Colonizadores de outras regiotildees da Greacutecia cruzaram o mar e fundaram outras cidades na Itaacutelia como os corintos que fundaram Siracusa (na Siciacutelia) e os habitantes de Rodes que fundaram Gela (na Siciacutelia) e Naepolis (hoje Naacutepoles) Os acecircnios do norte da Peloponeacutesia fundaram Sybaris e Poseidonia (hoje Paestum) na Campania Os espartanos fundaram Tarentum (hoje Taranto) Os ateniences chegaram agrave Lombardia onde fizeram contato com os etruscos

Deste modo a expansatildeo da cultura grega fez com que a Siciacutelia e a ponta da bota da Italia fossem designadas nessa eacutepoca a Magna Greacutecia tambeacutem chamada de Oenotri a terra dos vinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

5

Nessa era de intensa procura por novas terras ocorreu tambeacutem a colonizaccedilatildeo do sul da Franccedila pelos gregos habitantes da Liacutedia que fugiam da invasatildeo dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram tambeacutem na Coacutersega em 500 aC Eles controlaram rotas do Rhocircne do Saocircne atraveacutes da Borgonha do Sena e do Loire Massalia fazia seu proacuteprio vinho e as acircnforas para exportaacute-lo Segundo o historiador romano Justiniano os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida cultivando olivas e videiras

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Greacutecia Eacute importante lembrar que em 1952 entre Paris e a Borgonha na cidade de Vix foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1200 litros originaacuteria de 600 aC

As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho sendo a ilha de Chios situada ao leste proacutexima ao litoral da Liacutedia a mais importante delas e a que possuiacutea o melhor vinho As suas acircnforas caracteriacutesticas foram encontradas em quase todas as regiotildees por onde os gregos fizeram comeacutercio tais como Egito Franccedila Bulgaacuteria Itaacutelia e Ruacutessia Tambeacutem a ilha de Lesbos ao norte de Chios possuiacutea um vinho famoso e provavelmente foi a fonte do Pramnian o equivalente grego do fantaacutestico vinho buacutelgaro Tokay Essenczia

Provavelmente havia predileccedilatildeo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol) mas haviam vaacuterios tipos diferentes de vinho Laerte o pai de Odisseu cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva Com relaccedilatildeo agrave praacutetica de adicionar resina de pinheiro no vinho utilizada na elaboraccedilatildeo do moderno Retsina parece que era rara na Greacutecia Antiga No entanto era comum fazer outras misturas com os vinhos e na verdade raramente eram bebidos puros Era normal adicionar-se pelo menos aacutegua e quanto mais formal a ocasiatildeo e mais sofisticada a comida mais especiarias aromaacuteticas eram adicionadas ao vinho

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpoacutesios cujo significado literal eacute bebendo junto Eram reuniotildees (daiacute o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais reclinados confortavelmente em divatildes onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre conviacutevio Todo Simpoacutesio tinha um presidente cuja funccedilatildeo era estimular a conversaccedilatildeo Embora muitos Simpoacutesios fossem seacuterios e constituiacutedos por homens nobres e saacutebios havia outros que se desenvolviam em clima de festa com jovens danccedilarinas ao som de flautas

Entre as muitas evidecircncias da sabedoria grega para o uso do vinho satildeo os escritos atribuiacutedos a Eubulus por volta de 375 aC Eu preparo trecircs taccedilas para o moderado uma para a sauacutede que ele sorveraacute primeiro a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono Quando essa taccedila acabou os convidados saacutebios vatildeo para casa A quarta taccedila eacute a menos demorada mas eacute a da violecircncia a quinta eacute a do tumulto a sexta da orgia a seacutetima a do olho roxo a oitava eacute a do policial a nona da ranzinzice e a deacutecima a da loucura e da quebradeira dos moacuteveis

O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inuacutemeros registros disso Hipoacutecrates fez vaacuterias observaccedilotildees sobre as propriedades medicinais do vinho que satildeo citadas em textos de histoacuteria da medicina

Aleacutem dos aspectos comercial medicinal e hedocircnico o vinho representava para os gregos um elemento miacutestico expresso no culto ao deus do vinho Dioniacutesio ou Baco ou Liacuteber Entre as vaacuterias lendas que cercam a sua existecircncia a mais conhecida eacute aquela contada na

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 3: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3

Os mesopotacircmios tambeacutem eram bebedores de vinho A Mesopotacircmia (Iraque) estaacute situada entre os rios Tigre e Eufrates que correm ao sul dos Caacuteucasos (o Eufrates nasce no Monte Ararat) e correm ateacute o Golfo Peacutersico numa regiatildeo plana quente e aacuterida uma antiacutetese da regiatildeo adequada para vitivinicultura Os sumeacuterios aiacute se estabeleceram entre 4000 a 3000 aC e fundaram as cidades de Kish e Ur De Kish proveacutem as primeiras forma de escrita os pictogramas desenhados com estilete em argila uacutemida Entre estes escritos haacute uma folha de uva Os mesopotacircmios tentaram mais tardiamente o plantio de videiras mas origininalmente importavam o vinho de outras regiotildees Haacute registros de que dois seacuteculos e meio depois o rio Eufrates foi usado para transporte de vinho da regiatildeo da Armenia para Babilocircnia a cidade que sucedeu Kish e Ur

Na Mesopotacircmia os sumeacuterios originaram os semitas e Mari foi sua principal cidade ateacute que o Imperador Hammurabi fundou Babilocircnia (proacutexima de Bagdaacute) em 1790 aC

Os hititas que ocuparam por volta de 2000 aC a regiatildeo da Anatolia (Turquia) parecem ter sido entusiastas do vinho julgando-se pela exuberacircncia dos frascos criados para servir e tomar o vinho (caacutelices e frascos em forma de cabeccedila de animal feitos em ouro)

A propoacutesito o coacutedigo de Hammurabi e o coacutedigo dos hititas satildeo os dois primeiros livros sobre leis de que temos conhecimento e ambos fazem referecircncia aos vinhos No coacutedigo de Hammurabi haacute trecircs toacutepicos relacionados com as casas de vinho O primeiro diz que a vendedora de vinhos que errar a conta seraacute atirada agrave aacutegua o segundo afirma que se a vendedora natildeo prender marginais que estiverem tramando e os levar ao palaacutecio seria punida com a morte a uacuteltima diz que uma sacerdotisa abrir uma casa de vinhos ou nela entrar para tomar um drinque seraacute queimada viva

Havia um grande intercacircmbio comercial incluindo-se aiacute a uva e o vinho entre os impeacuterios peri-mediterracircneos Ugarit (agora Latakia) e Al-Mina na Siacuteria e posteriormente Sidon e Tyre mais ao sul foram importantes portos comerciais e eram controlados pelos Cananeus a serviccedilo do Impeacuterio Assiacuterio Nessa regiatildeo da costa mediterracircnea os feniacutecios que sucederam os Cananeus e inventaram o alfabeto fundaram outras cidades comerciais como Cartago e Caacutediz Alexandre o Grande conquistou toda a regiatildeo e fundou Alexandria um porto neutro no delta do Nilo habitado por gregos egiacutepcios e judeus

Os egiacutepcios natildeo foram os primeiros a fazer vinho mas certamente foram os primeiros a saber como registrar e celebrar os detalhes da vinificaccedilatildeo em suas pinturas que datam de 1000 a 3000 aC Havia inclusive expertos que diferenciavam as qualidades dos vinhos profissionalmente Nas tumbas dos faraoacutes foram encontradas pinturas retratando com detalhes vaacuterias etapas da elaboraccedilatildeo do vinho tais como a colheita da uva a prensagem e a fermentaccedilatildeo Tambeacutem satildeo vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos em taccedilas ou em jarras atraveacutes de canudos em um ambiente festivo elegante algumas vezes licencioso O consumo de vinho parece ter sido limitado aos ricos nobres e sacerdotes Os vinhedos e o vinho eram oferecidos aos deuses especialmente pelos faraoacutes como mostram os registros do presente que Ramses III (1100 aC) fez ao deus Amun

Um fato muito interessante e que mostra o cuidado que os egiacutepcios dedicavam ao vinho eacute a descoberta feita em 1922 na tumba do jovem faraoacute Tutankamon (1371-1352 aC) Foram encontradas 36 acircnforas de vinho algumas das quais continham inscriccedilotildees da regiatildeo safra nome do comerciante e ateacute a inscriccedilatildeo muito boa qualidade

Quando do surgimento do Egito (por volta de 3000 aC) os precursores dos gregos ocuparam quatro aacutereas principais em volta do mar Egeu o sul e centro--leste da Greacutecia a ilha

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4

de Creta as ilhas Ciclaacutedicas no sul do Egeu e a costa noroeste da Asia Menor Nessas regiotildees foram cultivadas oliveiras e videiras duas novas culturas que acrescentaram nova dimensatildeo agrave dieta primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e pedregosas para o cultivo de gratildeos O azeite de oliva e o vinho foram poderosos estiacutemulos ao comeacutercio e consequentemente agrave troca de ideacuteias O vinho em particular trouxe uma nova dimensatildeo nas relaccedilotildees pessoais e comerciais na medida em que leva naturalmente a festividades confidencias e senso de oportunidade

No ano 2000 aC Creta era desenvolvida em parte pelo contato com o Egito mas por volta de 1500 aC foi superada por Micena situada no sul da Greacutecia cujo povo era mais agressivo inclusive como comerciantes e colonizadores Os micecircnios visitaram desde a Siciacutelia no oeste ateacute a Siacuteria no Leste Sob lideranccedila de Agamenon juntamente com seus vizinhos espartanos sitiaram Troacuteia O gosto dos gregos pelo vinho pode ser avaliado pela descoberta recente da adega do rei Nestor de Pilos cidade da Peloponeacutesia (sul da Greacutecia) A capacidade da adega do rei foi estimada em 6000 litros armazenados em grandes jarras denominadas pithoi O vinho era levado ateacute a adega dentro de bolsas de pele de animal que deviam contribuir para a formaccedilatildeo do buquecirc do vinho

Na Iliacuteada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o outono O poeta tambeacutem fala de vinhos nas narrativas da guerra de Troia e cita a ilha de Lemnos no mar Egeu como a fornecedora de vinho para as tropas que sitiavam Troia cujo vinho era proveniente da Friacutegia

Homero tambeacutem descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Odisseu e entre eles estaacute o vinho do sacerdote Maro vinho tinto com doccedilura do mel e tatildeo forte que era diluiacutedo com aacutegua na proporccedilatildeo de 120 Quando foi aprisionado na costa da Siciacutelia pelo ciacuteclope Polifemus Odisseu ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo Como o ciacuteclope estava acostumado com o fraco vinho da Siciacutelia apoacutes tomar o vinho forte caiu em sono profundo o que permitiu Odisseu extrair-lhe o olho

Entre 1200 e 1100 aC os doacutericos selvagens vindos do norte devastaram Micena e outros impeacuterios do Oriente Proacuteximo que exceccedilatildeo feita ao Egito caiacuteram nessa eacutepoca Foi o periacuteodo negro da histoacuteria da Greacutecia Ateacute a arte de escrever foi perdida Apoacutes esse periacuteodo os novos gregos tiveram mais energia e inteligecircncia que os seus predecessores Em dois seacuteculos o Mar Egeu tornava-se novamente o centro das atividades criativas O alfabeto eacute adotado e a linguagem escrita renasce entre 900 e 700 aC Nessa eacutepoca os gregos incluindo os refugiados de Micena transformaram as costas da Friacutegia (terra dos hititas) e da Liacutedia na Greacutecia Oriental trazendo sua agricultura de oliva e uva Atenas que natildeo fora inteiramente destruiacuteda pelos doacutericos comeccedilava a sua lideranccedila artiacutestica e cultural

Um novo periacuteodo se iniciou e os habitantes da Eubeacuteia na costa leste da Greacutecia Central chegaram a ilha de Chipre e a Al-Mina (na Siacuteria) e fundaram na Itaacutelia as cidades de Cumae e Naxos esta uacuteltima na Siciacutelia Colonizadores de outras regiotildees da Greacutecia cruzaram o mar e fundaram outras cidades na Itaacutelia como os corintos que fundaram Siracusa (na Siciacutelia) e os habitantes de Rodes que fundaram Gela (na Siciacutelia) e Naepolis (hoje Naacutepoles) Os acecircnios do norte da Peloponeacutesia fundaram Sybaris e Poseidonia (hoje Paestum) na Campania Os espartanos fundaram Tarentum (hoje Taranto) Os ateniences chegaram agrave Lombardia onde fizeram contato com os etruscos

Deste modo a expansatildeo da cultura grega fez com que a Siciacutelia e a ponta da bota da Italia fossem designadas nessa eacutepoca a Magna Greacutecia tambeacutem chamada de Oenotri a terra dos vinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

5

Nessa era de intensa procura por novas terras ocorreu tambeacutem a colonizaccedilatildeo do sul da Franccedila pelos gregos habitantes da Liacutedia que fugiam da invasatildeo dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram tambeacutem na Coacutersega em 500 aC Eles controlaram rotas do Rhocircne do Saocircne atraveacutes da Borgonha do Sena e do Loire Massalia fazia seu proacuteprio vinho e as acircnforas para exportaacute-lo Segundo o historiador romano Justiniano os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida cultivando olivas e videiras

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Greacutecia Eacute importante lembrar que em 1952 entre Paris e a Borgonha na cidade de Vix foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1200 litros originaacuteria de 600 aC

As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho sendo a ilha de Chios situada ao leste proacutexima ao litoral da Liacutedia a mais importante delas e a que possuiacutea o melhor vinho As suas acircnforas caracteriacutesticas foram encontradas em quase todas as regiotildees por onde os gregos fizeram comeacutercio tais como Egito Franccedila Bulgaacuteria Itaacutelia e Ruacutessia Tambeacutem a ilha de Lesbos ao norte de Chios possuiacutea um vinho famoso e provavelmente foi a fonte do Pramnian o equivalente grego do fantaacutestico vinho buacutelgaro Tokay Essenczia

Provavelmente havia predileccedilatildeo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol) mas haviam vaacuterios tipos diferentes de vinho Laerte o pai de Odisseu cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva Com relaccedilatildeo agrave praacutetica de adicionar resina de pinheiro no vinho utilizada na elaboraccedilatildeo do moderno Retsina parece que era rara na Greacutecia Antiga No entanto era comum fazer outras misturas com os vinhos e na verdade raramente eram bebidos puros Era normal adicionar-se pelo menos aacutegua e quanto mais formal a ocasiatildeo e mais sofisticada a comida mais especiarias aromaacuteticas eram adicionadas ao vinho

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpoacutesios cujo significado literal eacute bebendo junto Eram reuniotildees (daiacute o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais reclinados confortavelmente em divatildes onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre conviacutevio Todo Simpoacutesio tinha um presidente cuja funccedilatildeo era estimular a conversaccedilatildeo Embora muitos Simpoacutesios fossem seacuterios e constituiacutedos por homens nobres e saacutebios havia outros que se desenvolviam em clima de festa com jovens danccedilarinas ao som de flautas

Entre as muitas evidecircncias da sabedoria grega para o uso do vinho satildeo os escritos atribuiacutedos a Eubulus por volta de 375 aC Eu preparo trecircs taccedilas para o moderado uma para a sauacutede que ele sorveraacute primeiro a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono Quando essa taccedila acabou os convidados saacutebios vatildeo para casa A quarta taccedila eacute a menos demorada mas eacute a da violecircncia a quinta eacute a do tumulto a sexta da orgia a seacutetima a do olho roxo a oitava eacute a do policial a nona da ranzinzice e a deacutecima a da loucura e da quebradeira dos moacuteveis

O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inuacutemeros registros disso Hipoacutecrates fez vaacuterias observaccedilotildees sobre as propriedades medicinais do vinho que satildeo citadas em textos de histoacuteria da medicina

Aleacutem dos aspectos comercial medicinal e hedocircnico o vinho representava para os gregos um elemento miacutestico expresso no culto ao deus do vinho Dioniacutesio ou Baco ou Liacuteber Entre as vaacuterias lendas que cercam a sua existecircncia a mais conhecida eacute aquela contada na

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 4: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4

de Creta as ilhas Ciclaacutedicas no sul do Egeu e a costa noroeste da Asia Menor Nessas regiotildees foram cultivadas oliveiras e videiras duas novas culturas que acrescentaram nova dimensatildeo agrave dieta primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e pedregosas para o cultivo de gratildeos O azeite de oliva e o vinho foram poderosos estiacutemulos ao comeacutercio e consequentemente agrave troca de ideacuteias O vinho em particular trouxe uma nova dimensatildeo nas relaccedilotildees pessoais e comerciais na medida em que leva naturalmente a festividades confidencias e senso de oportunidade

No ano 2000 aC Creta era desenvolvida em parte pelo contato com o Egito mas por volta de 1500 aC foi superada por Micena situada no sul da Greacutecia cujo povo era mais agressivo inclusive como comerciantes e colonizadores Os micecircnios visitaram desde a Siciacutelia no oeste ateacute a Siacuteria no Leste Sob lideranccedila de Agamenon juntamente com seus vizinhos espartanos sitiaram Troacuteia O gosto dos gregos pelo vinho pode ser avaliado pela descoberta recente da adega do rei Nestor de Pilos cidade da Peloponeacutesia (sul da Greacutecia) A capacidade da adega do rei foi estimada em 6000 litros armazenados em grandes jarras denominadas pithoi O vinho era levado ateacute a adega dentro de bolsas de pele de animal que deviam contribuir para a formaccedilatildeo do buquecirc do vinho

Na Iliacuteada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o outono O poeta tambeacutem fala de vinhos nas narrativas da guerra de Troia e cita a ilha de Lemnos no mar Egeu como a fornecedora de vinho para as tropas que sitiavam Troia cujo vinho era proveniente da Friacutegia

Homero tambeacutem descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Odisseu e entre eles estaacute o vinho do sacerdote Maro vinho tinto com doccedilura do mel e tatildeo forte que era diluiacutedo com aacutegua na proporccedilatildeo de 120 Quando foi aprisionado na costa da Siciacutelia pelo ciacuteclope Polifemus Odisseu ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo Como o ciacuteclope estava acostumado com o fraco vinho da Siciacutelia apoacutes tomar o vinho forte caiu em sono profundo o que permitiu Odisseu extrair-lhe o olho

Entre 1200 e 1100 aC os doacutericos selvagens vindos do norte devastaram Micena e outros impeacuterios do Oriente Proacuteximo que exceccedilatildeo feita ao Egito caiacuteram nessa eacutepoca Foi o periacuteodo negro da histoacuteria da Greacutecia Ateacute a arte de escrever foi perdida Apoacutes esse periacuteodo os novos gregos tiveram mais energia e inteligecircncia que os seus predecessores Em dois seacuteculos o Mar Egeu tornava-se novamente o centro das atividades criativas O alfabeto eacute adotado e a linguagem escrita renasce entre 900 e 700 aC Nessa eacutepoca os gregos incluindo os refugiados de Micena transformaram as costas da Friacutegia (terra dos hititas) e da Liacutedia na Greacutecia Oriental trazendo sua agricultura de oliva e uva Atenas que natildeo fora inteiramente destruiacuteda pelos doacutericos comeccedilava a sua lideranccedila artiacutestica e cultural

Um novo periacuteodo se iniciou e os habitantes da Eubeacuteia na costa leste da Greacutecia Central chegaram a ilha de Chipre e a Al-Mina (na Siacuteria) e fundaram na Itaacutelia as cidades de Cumae e Naxos esta uacuteltima na Siciacutelia Colonizadores de outras regiotildees da Greacutecia cruzaram o mar e fundaram outras cidades na Itaacutelia como os corintos que fundaram Siracusa (na Siciacutelia) e os habitantes de Rodes que fundaram Gela (na Siciacutelia) e Naepolis (hoje Naacutepoles) Os acecircnios do norte da Peloponeacutesia fundaram Sybaris e Poseidonia (hoje Paestum) na Campania Os espartanos fundaram Tarentum (hoje Taranto) Os ateniences chegaram agrave Lombardia onde fizeram contato com os etruscos

Deste modo a expansatildeo da cultura grega fez com que a Siciacutelia e a ponta da bota da Italia fossem designadas nessa eacutepoca a Magna Greacutecia tambeacutem chamada de Oenotri a terra dos vinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

5

Nessa era de intensa procura por novas terras ocorreu tambeacutem a colonizaccedilatildeo do sul da Franccedila pelos gregos habitantes da Liacutedia que fugiam da invasatildeo dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram tambeacutem na Coacutersega em 500 aC Eles controlaram rotas do Rhocircne do Saocircne atraveacutes da Borgonha do Sena e do Loire Massalia fazia seu proacuteprio vinho e as acircnforas para exportaacute-lo Segundo o historiador romano Justiniano os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida cultivando olivas e videiras

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Greacutecia Eacute importante lembrar que em 1952 entre Paris e a Borgonha na cidade de Vix foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1200 litros originaacuteria de 600 aC

As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho sendo a ilha de Chios situada ao leste proacutexima ao litoral da Liacutedia a mais importante delas e a que possuiacutea o melhor vinho As suas acircnforas caracteriacutesticas foram encontradas em quase todas as regiotildees por onde os gregos fizeram comeacutercio tais como Egito Franccedila Bulgaacuteria Itaacutelia e Ruacutessia Tambeacutem a ilha de Lesbos ao norte de Chios possuiacutea um vinho famoso e provavelmente foi a fonte do Pramnian o equivalente grego do fantaacutestico vinho buacutelgaro Tokay Essenczia

Provavelmente havia predileccedilatildeo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol) mas haviam vaacuterios tipos diferentes de vinho Laerte o pai de Odisseu cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva Com relaccedilatildeo agrave praacutetica de adicionar resina de pinheiro no vinho utilizada na elaboraccedilatildeo do moderno Retsina parece que era rara na Greacutecia Antiga No entanto era comum fazer outras misturas com os vinhos e na verdade raramente eram bebidos puros Era normal adicionar-se pelo menos aacutegua e quanto mais formal a ocasiatildeo e mais sofisticada a comida mais especiarias aromaacuteticas eram adicionadas ao vinho

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpoacutesios cujo significado literal eacute bebendo junto Eram reuniotildees (daiacute o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais reclinados confortavelmente em divatildes onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre conviacutevio Todo Simpoacutesio tinha um presidente cuja funccedilatildeo era estimular a conversaccedilatildeo Embora muitos Simpoacutesios fossem seacuterios e constituiacutedos por homens nobres e saacutebios havia outros que se desenvolviam em clima de festa com jovens danccedilarinas ao som de flautas

Entre as muitas evidecircncias da sabedoria grega para o uso do vinho satildeo os escritos atribuiacutedos a Eubulus por volta de 375 aC Eu preparo trecircs taccedilas para o moderado uma para a sauacutede que ele sorveraacute primeiro a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono Quando essa taccedila acabou os convidados saacutebios vatildeo para casa A quarta taccedila eacute a menos demorada mas eacute a da violecircncia a quinta eacute a do tumulto a sexta da orgia a seacutetima a do olho roxo a oitava eacute a do policial a nona da ranzinzice e a deacutecima a da loucura e da quebradeira dos moacuteveis

O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inuacutemeros registros disso Hipoacutecrates fez vaacuterias observaccedilotildees sobre as propriedades medicinais do vinho que satildeo citadas em textos de histoacuteria da medicina

Aleacutem dos aspectos comercial medicinal e hedocircnico o vinho representava para os gregos um elemento miacutestico expresso no culto ao deus do vinho Dioniacutesio ou Baco ou Liacuteber Entre as vaacuterias lendas que cercam a sua existecircncia a mais conhecida eacute aquela contada na

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 5: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

5

Nessa era de intensa procura por novas terras ocorreu tambeacutem a colonizaccedilatildeo do sul da Franccedila pelos gregos habitantes da Liacutedia que fugiam da invasatildeo dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram tambeacutem na Coacutersega em 500 aC Eles controlaram rotas do Rhocircne do Saocircne atraveacutes da Borgonha do Sena e do Loire Massalia fazia seu proacuteprio vinho e as acircnforas para exportaacute-lo Segundo o historiador romano Justiniano os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida cultivando olivas e videiras

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Greacutecia Eacute importante lembrar que em 1952 entre Paris e a Borgonha na cidade de Vix foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1200 litros originaacuteria de 600 aC

As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho sendo a ilha de Chios situada ao leste proacutexima ao litoral da Liacutedia a mais importante delas e a que possuiacutea o melhor vinho As suas acircnforas caracteriacutesticas foram encontradas em quase todas as regiotildees por onde os gregos fizeram comeacutercio tais como Egito Franccedila Bulgaacuteria Itaacutelia e Ruacutessia Tambeacutem a ilha de Lesbos ao norte de Chios possuiacutea um vinho famoso e provavelmente foi a fonte do Pramnian o equivalente grego do fantaacutestico vinho buacutelgaro Tokay Essenczia

Provavelmente havia predileccedilatildeo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol) mas haviam vaacuterios tipos diferentes de vinho Laerte o pai de Odisseu cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva Com relaccedilatildeo agrave praacutetica de adicionar resina de pinheiro no vinho utilizada na elaboraccedilatildeo do moderno Retsina parece que era rara na Greacutecia Antiga No entanto era comum fazer outras misturas com os vinhos e na verdade raramente eram bebidos puros Era normal adicionar-se pelo menos aacutegua e quanto mais formal a ocasiatildeo e mais sofisticada a comida mais especiarias aromaacuteticas eram adicionadas ao vinho

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpoacutesios cujo significado literal eacute bebendo junto Eram reuniotildees (daiacute o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais reclinados confortavelmente em divatildes onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre conviacutevio Todo Simpoacutesio tinha um presidente cuja funccedilatildeo era estimular a conversaccedilatildeo Embora muitos Simpoacutesios fossem seacuterios e constituiacutedos por homens nobres e saacutebios havia outros que se desenvolviam em clima de festa com jovens danccedilarinas ao som de flautas

Entre as muitas evidecircncias da sabedoria grega para o uso do vinho satildeo os escritos atribuiacutedos a Eubulus por volta de 375 aC Eu preparo trecircs taccedilas para o moderado uma para a sauacutede que ele sorveraacute primeiro a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono Quando essa taccedila acabou os convidados saacutebios vatildeo para casa A quarta taccedila eacute a menos demorada mas eacute a da violecircncia a quinta eacute a do tumulto a sexta da orgia a seacutetima a do olho roxo a oitava eacute a do policial a nona da ranzinzice e a deacutecima a da loucura e da quebradeira dos moacuteveis

O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inuacutemeros registros disso Hipoacutecrates fez vaacuterias observaccedilotildees sobre as propriedades medicinais do vinho que satildeo citadas em textos de histoacuteria da medicina

Aleacutem dos aspectos comercial medicinal e hedocircnico o vinho representava para os gregos um elemento miacutestico expresso no culto ao deus do vinho Dioniacutesio ou Baco ou Liacuteber Entre as vaacuterias lendas que cercam a sua existecircncia a mais conhecida eacute aquela contada na

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 6: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6

peccedila de Euriacutepides Dioniacutesio nascido em Naxos seria filho de Zeus (Juacutepiter) o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Secircmele a filha de Cadmus o rei de Tebas Semele ainda no sexto mecircs de gravidez morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus Dioniacutesio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da matildee e o costurou-o na proacutepria coxa onde foi mantido ateacute o final da gestaccedilatildeo Dioniacutesio se confunde com vaacuterios outros deuses de vaacuterias civilizaccedilotildees cujos cultos teriam origem haacute 9000 anos Originalmente era apenas o deus da vegetaccedilatildeo e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho como Baco deus originaacuterio da Liacutedia

O vinho chegou ao sul da Itaacutelia atraveacutes dos gregos a partir de proacuteximo de 800 aC No entanto os etruscos jaacute viviam ao norte na regiatildeo da atual Toscana e elaboravam vinhos e os comercializavam ateacute na Gaacutelia e provavelmente na Borgonha Natildeo se sabe no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Aacutesia Menor ou da Feniacutecia) ou se cultivaram uvas nativas da Itaacutelia onde jaacute havia videiras desde a preacute-histoacuteria Deste modo natildeo eacute possiacutevel dizer quem as usou primeiro para a elaboraccedilatildeo de vinhos A mais antiga acircnfora de vinho encontrada na Itaacutelia eacute etrusca e data de 600 aC

O ponto criacutetico da histoacuteria do vinho em Roma foi a vitoacuteria na longa guerra com o Impeacuterio de Cartago no norte da Aacutefrica para controlar o Mediterracircneo Ocidental entre 264 e 146 aC Apoacutes as vitoacuterias sobre o general Anibal e a seguir sobre os macedocircnios e os Siacuterios houve mudanccedilas importantes

Os romanos comeccedilaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu cliacutemax O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catatildeo em sua obra De Agricultura No entanto ironicamente o mais famoso manual foi escrito por um cartaginecircs Mago e traduzido para o latim e para o grego O manual de Mago mais do qualquer outro estudo estimulava a plantaccedilatildeo comercial de vinhedos a substituiccedilatildeo de pequenas propriedades por outras maiores

Uma data importante no progresso de Roma foi 171 aC quando foi aberta a primeira padaria da cidade pois ateacute entatildeo os romanos se alimentavam de mingau de cereais Agora Roma comia patildeo e certamente a sede por vinho iria aumentar Comeccedilava uma nova era e apareciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos especiacuteficos equivalentes aos grands crus de hoje Na costa da Campania mais exatamente na baiacutea de Naacutepoles e na peniacutensula de Sorriento estavam os melhore vinhedos Dessa eacutepoca eacute o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 aC do vinhedo Falernum que foi consumido conforme registros histoacutericos ateacute125 anos depois Ainda assim os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores

No impeacuterio de Augusto (276 aC - 14 dC) a induacutestria do vinho estava estabelecida em toda a extensatildeo da Itaacutelia que jaacute exportava vinhos para a Greacutecia Macedocircnia e Dalmaacutecia) Todos os grands crus vinham da regiatildeo entre Roma e Pompeacuteia mas a regiatildeo da costa adriaacutetica era tambeacutem importante em especial pelas exportaccedilotildees Pompeacuteia ocupava uma posiccedilatildeo de destaque podendo ser considerada a Bordeaux do Impeacuterio Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma Apoacutes a destruiccedilatildeo de Pompeacuteia pela erupccedilatildeo do Vesuacutevio no ano 79 dC ocorreu uma louca corrida na plantaccedilatildeo de vinhedos onde quer que fosse Plantaccedilotildees de milho tornaram-se vinhedos provocando um desequiliacutebrio do fornecimento a Roma desvalorizaccedilatildeo das terras e do vinho

No ano 92 dC o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantaccedilatildeo de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas proviacutencias ultramariacutetimas O decreto parece visar a proteccedilatildeo do vinho domeacutestico contra a

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 7: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

7

competiccedilatildeo do vinho das proviacutencias e manter os preccedilos para o produtor O decreto permaneceu ateacute 280 dC quando o imperador Probus o revogou

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da eacutepoca estaacute no manual De Re Ruacutestica (Sobre Temas do Campo) de aproximadamente 65 dC de autoria de um espanhol de Gades (hoje Caacutediz) Lucius Columella O manual chega a detalhes como a produccedilatildeo por aacuterea plantada (que surpreendentemente eacute a mesma dos melhores vinhedos da Franccedila de hoje) a teacutecnica de plantio em estacas com distacircncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma teacutecnica usada hoje em vaacuterios vinhedos europeus) tipo de terreno drenagem colheita prensagem fermentaccedilatildeo etc

Quanto ao paladar os romanos tinham predileccedilatildeo pelo vinho doce daiacute fazerem a colheita o mais tardiamente possiacutevel ou conforme a teacutecnica grega colher o fruto um pouco imaturo e deixaacute-lo no sol para secar e concentrar o accediluacutecar (vinhos chamados Passum) Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver aumentando a concentraccedilatildeo de accediluacutecar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum) Preparavam tambeacutem o semper mustum (mosto permanente) um mosto cuja fermentaccedilatildeo era interrompida por submersatildeo da acircnfora em aacutegua fria e portanto contendo mais accediluacutecar Esse meacutetodo eacute o precursor do meacutetodo de obtenccedilatildeo do Suumlssreserve das viniacutecolas alematildes

Ainda no tocante ao paladar eacute interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileccedilatildeo por temperos fortes na comida e tambeacutem se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusotildees ou maceraccedilotildees com hervas especiarias resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperaacute-los Pliacutenio Columella e Apiacutecius descrevem receitas bastante exoacuteticas

Quanto a idade alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chatildeo Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium um quarto de defumaccedilatildeo onde as acircnforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado tornando-se mais paacutelido mais aacutecido e com cheiro de fumaccedila

Galeno (131-201 dC) o famoso grego meacutedico dos gladiadores e posteriormente meacutedico particular do imperador Marco Aureacutelio escreveu um tratado denominado De antiacutedotos sobre o uso de preparaccedilotildees agrave base de vinho e ervas usadas como antiacutedotos de venenos Nesse tratado existem consideraccedilotildees perfeitas sobre os vinhos tanto italianos como gregos bebidos em Roma nessa eacutepoca como deveriam ser analisados guardados e envelhecidos

A maneira de Galeno escolher o melhor era comeccedilar com vinhos de 20 anos que se esperava serem amargos e entatildeo provar as safras mais novas ateacute chegar-se ao vinho mais velho sem amargor Segundo Galeno o vinho Falerniano era ainda nessa eacutepoca o melhor (tatildeo famoso que era falsificado com frequumlecircncia) e o Surrentino o igualava em qualidade embora mais duro e mais austero A palavra austero eacute usada inuacutemeras vezes nas descriccedilotildees de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regiatildeo Os vinhedos proacuteximos a Roma que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos aacutesperos e aacutecidos estavam entre os preferidos de Galeno Ele descreveu os grands crus romanos todos brancos como fluiacutedos mas fortes e levemente adstringentes variando entre encorpados e leves Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas

Depois de Galeno natildeo existem registros da evoluccedilatildeo do paladar de Roma em relaccedilatildeo aos vinhos Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metroacutepole que nessa eacutepoca

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 8: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8

era a maior cidade do mundo Mediterracircneo e jaacute possuiacutea mais de um milhatildeo de habitantes Eacute claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da peniacutensula Eacute interessante notar que desde a eacutepoca de Galeno o vinho da Espanha e da Gaacutelia comeccedilava a chegar em Roma Um dos efeitos da expansatildeo dos vinhedos nas proviacutencias eacute que a produccedilatildeo em massa em regiotildees da Itaacutelia que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres Um desincentivo aos produtores italianos foi a criaccedilatildeo por volta de 250 dC de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as raccedilotildees do exeacutercito e para distribuiccedilatildeo agrave raleacute que tinha a bebida subsidiada) Talvez para remediar esta situaccedilatildeo em 280 dC o imperador Probus revogou o jaacute mencionado decreto editado (e amplamente ignorado) por Domiciano em 92 dC proibindo o plantio de vinhedos Probus inclusive colocou o exeacutercito para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gaacutelia e ao longo do Danuacutebio No entanto foi inuacutetil pois o decliacutenio do Impeacuterio Romano estava comeccedilando

Sobre a origem da vitivinicultura na Franccedila existe uma verdadeira batalha entre os historiadores Haacute os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboraccedilatildeo de vinhos na Franccedila Haacute ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso haacute 12000 anos ou mais Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente satildeo ignorados por natildeo terem registros escritos Os celtas da Gaacutelia foram ativos e agressivos Eles dominaram quase toda a regiatildeo dos Alpes na eacutepoca em que os atenienses dominavam a Greacutecia invadindo a Lombardia na Itaacutelia (onde fundaram Milatildeo) e alcanccedilando Roma chegaram agrave Aacutesia Menor penetrando na Macedocircnia e alcanccedilaram Delphi e fundaram um acampamento no Danuacutebio em Belgrado

Os gauleses antigos jaacute tinham contato com os vinhos do Mediterracircneo por longo tempo e como jaacute foi dito os gregos haviam fundado Marselha em 600 aC elaborando e comercializando vinhos com os nativos Os celtas do interior da Gaacutelia ainda natildeo tinham alcanccedilado o sul da Franccedila nessa eacutepoca ali habitavam os ibeacutericos do norte da Itaacutelia e da Espanha Se havia vinhedos celtas na Gaacutelia eles natildeo chegaram ao mediterracircneo Eacute difiacutecil acreditar que na Franccedila havia vinhedos pois os chefes gauleses pagavam um preccedilo exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos um escravo por uma acircnfora de vinho isto eacute trocavam o copo pelo copeiro Marselha tornou-se parte do Impeacuterio Romano por volta de 125 aC mas continuava sendo considerada uma cidade grega

A primeira verdadeira colocircnia romana na Franccedila foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da proviacutencia de Narbonensis e de fato de toda a chamada Gaacutelia Transalpina Com ponto de partida na Provence os romanos subiram o vale do Rhocircne e mais tarde no reinado de Ceacutesar dirigiram-se a oeste e chegaram na regiatildeo de Bordeaux Bordeaux Borgonha e Treacuteveris provavelmente surgiram como centros de importaccedilatildeo de vinho plantando a seguir as suas proacuteprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados No seacuteculo II havia vinhedos na Borgonha no seacuteculo III no vale do Loire no seacuteculo IV nas regiotildees de Paris Champagne Mosela e Reno Os vinhedos da Alsaacutecia natildeo tiveram origem romana e soacute surgiram no seacuteculo IX

Apoacutes a queda do Impeacuterio Romano seguiu-se uma eacutepoca de obscuridade em praticamente todas as aacutereas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latecircncia ateacute que algueacutem os fizesse renascer

Chegamos agrave Idade Meacutedia eacutepoca em que a Igreja Catoacutelica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas Felizmente o simbolismo do vinho na liturgia catoacutelica faz com que a Igreja desempenhe nessa eacutepoca o papel mais importante do renascimento desenvolvimento

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 9: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9

e aprimoramento dos vinhedos e do vinho Assim nos seacuteculos que se seguiram a Igreja foi proprietaacuteria de inuacutemeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da eacutepoca como os franciscanos beneditinos e cistercienses (ordem de Satildeo Bernardo) que se espalharam por toda Europa levando consigo a sabedoria da elaboraccedilatildeo do vinho

Dessa eacutepoca satildeo importantes trecircs mosteiros franceses Dois situam-se na Borgonha um beneditino em Cluny proacuteximo de Macirccon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux proacuteximo de Beaunne (fundado em 1098) O terceiro cisterciense estaacute em Clairvaux na regiatildeo de Champagne Tambeacutem famoso eacute o mosteiro cisterciense de Eberbach na regiatildeo do Rheingau na Alemanha Esse mosteiro construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux enviados por Satildeo Bernardo foi o maior estabelecimento viniacutecola do mundo durante os seacuteculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal

Os hospitais tambeacutem foram centros de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de vinhos e agrave eacutepoca cuidavam natildeo apenas dos doentes mas tambeacutem recebiam pobres viajantes estudantes e peregrinos Um dos mais famosos eacute o Hocirctel-Dieu ou Hospice de Beaune fundado em 1443 ateacute hoje mantido pelas vendas de vinho

Tambeacutem as universidades tiveram seu papel na divulgaccedilatildeo e no consumo do vinho durante a Idade Meacutedia Numa forma primitiva de turismo iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercacircmbio cultural com outras universidades Curiosamente os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e embora cultos estavam mais interessados em mulheres muacutesicas e vinhos Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e conheciam mais do que ningueacutem os vinhos de toda a Europa

Eacute interessante observar que eacute da idade meacutedia por volta do ano de 1300 o primeiro livro impresso sobre o vinho Liber de Vinis Escrito pelo espanhol ou catalatildeo Arnaldus de Villanova meacutedico e professor da Universidade de Montpellier o livro continha uma visatildeo meacutedica do vinho provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenccedilas Entre eles o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como restabelecer o apetite e as energias exaltar a alma embelezar a face promover o crescimento dos cabelos limpar os dentes e manter a pessoa jovem O autor tambeacutem descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaccediluz nozes ou queijos salgados antes que eles provassem seus vinhos de modo a natildeo perceberem o seu amargor e a acidez Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhatilde apoacutes terem lavado a boca e comido algumas nacos de patildeo umedecido em aacutegua pois com o estocircmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar Arnaldus Villanova falecido em 1311 era uma figura polecircmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378 o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro

Da Europa atraveacutes das expediccedilotildees colonizadoras as vinhas chegaram a outros continentes se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos especialmente nas Ameacutericas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina Chile e Brasil) e na Aacutefrica (Aacutefrica do Sul) A uva foi trazida para as Ameacutericas por Cristoacutevatildeo Colombo na sua segunda viagem agraves Antilhas em 1493 e se espalhou a seguir para o Meacutexico e sul dos Estados Unidos e agraves colocircnias espanholas da Ameacuterica do Sul As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Braacutes Cubas inicialmente no litoral paulista e depois em 1551 na regiatildeo de Tatuapeacute

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 10: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

10

Eacute importante mencionar um fato importantiacutessimo e traacutegico na histoacuteria da vitivinicultura ocorrido da segunda metade do seacuteculo passado em especial na deacutecada de 1870 ateacute o iniacutecio deste seacuteculo Trata-se de uma doenccedila parasitaacuteria das vinhas provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix cuja larva ataca as raiacutezes A Phylloxera trazida agrave Europa em vinhas americanas contaminadas destruiu praticamente todas as videiras europeacuteias A salvaccedilatildeo para o grande mal foi a descoberta de que as raiacutezes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europeacuteias Desse modo as videiras americanas foram o remeacutedio para a desgraccedila que elas proacuteprias causaram agraves vitis europeacuteias

Finalmente eacute imprescindiacutevel lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentaccedilatildeo feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Eacutetudes sur le Vin Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna

A partir do seacuteculo XX a elaboraccedilatildeo dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnoloacutegico na viticultura e da enologia propiciando conquistas tais como o cruzamento geneacutetico de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente a colheita mecanizada a fermentaccedilatildeo a frio na elaboraccedilatildeo dos vinhos brancos etc Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supotildeem) os vinhos dos seacuteculos passados como mais artesanais os vinhos deste seacuteculo tecircm certamente um niacutevel de qualidade bem melhor do que os de eacutepocas passadas Na verdade algumas conquistas tecnoloacutegicas como as substituiccedilotildees da rolha e da caacutepsula por artefatos de plaacutestico e da garrafa por caixinhas do tipo tetra brik satildeo de indiscutiacutevel mau gosto e irritam os amantes do vinho

Resta-nos esperar que os vinhos dos seacuteculos vindouros melhorem ou pelo menos mantenham o niacutevel de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do seacuteculo XX

A VIDEIRA

E SEUS CICLOS DE VIDA A uva mateacuteria prima do vinho eacute o fruto da videira ou vinha planta que possui a seguinte classificaccedilatildeo na sistemaacutetica botacircnica

bull ORDEM Ramnidea bull FAMIacuteLIA Vitacea bull SUB-FAMIacuteLIA Ampelidea bull GEcircNERO Vitis bull SUB-GEcircNERO Euvitis bull ESPEacuteCIES Vitis vinifera V rupestris V aestivalis V labrusca V riparia V cinerea etc

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 11: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Vitis labrusca (americana) Vitis viniacutefera (europeacuteia)

11

Cada uma dessas espeacutecies possui muitas variedades denominadas cepas ou castas As uvas que originam os melhores vinhos satildeo da espeacutecie Vitis vinifera de origem europeacuteia que possui inuacutemeras castas como a Cabernet Sauvignon a Merlot a Chardonnay etc As demais espeacutecies satildeo americanas e em geral natildeo satildeo adequadas para a elaboraccedilatildeo de vinhos prestando-se mais como uvas de mesa Essas espeacutecies tambeacutem possuem muitas variedades cujos melhores exemplos no Brasil satildeo a Niagara e a Isabel que ateacute a deacutecada de 80 eram as uacutenicas castas utilizadas na elaboraccedilatildeo dos vinhos brasileiros

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 12: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O CICLO DA VIDEIRA

Como toda a planta a videira possui um ciclo anual de vida que no Brasil eacute divido em trecircs periacuteodos a saber

1 PERIacuteODO DE REPOUSO

Extende-se em geral de abril a julho e nessa fase ocorre hibernaccedilatildeo da planta que perde as folhas e entra e latecircncia Durante essa eacutepoca satildeo feito o plantio e a enxertia das plantas novas eou a adubaccedilatildeo e a poda seca das plantas velhas

Enxertia (enxerto) Consiste na implantaccedilatildeo do

caule da videira europeacuteia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado agrave

raiz

O caule da videira americana (cavalo) com a raiz plantado

aguardando a enxertia da videira europeacuteia (cavaleiro)

Os dois caules jaacute ligados e amarrados originaratildeo uma

nova planta resistente agraves larvas da Phyloxera vastatrix que

atacam as raiacutezes

Poda seca

Detalhe da poda seca Os galhos mais fraacutegeis satildeo

retirados de modo a permitir a circulaccedilatildeo da seiva apenas nos galhos frondosos diminuindo a produtividade e aumentando a

qualidade das uvas em formaccedilatildeo

Poda seca

12

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 13: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

2 PERIacuteODO DE CRESCIMENTO

Vai aproximadamente de agosto a dezembro Durante esse periacuteodo faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas a floraccedilatildeo e a produccedilatildeo e a circulaccedilatildeo de seiva (observada quando se corta um galho ela escorre e eacute chamado o choro da videira ou Lacrima Vitis)

Brotamento das Folhas

Floraccedilatildeo

Polinizaccedilatildeo Formaccedilatildeo dos frutos Lacrima Vitis

13

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 14: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PERIacuteODO DE ELABORACcedilAtildeO

Extende-se por volta de dezembro a marccedilo e nela haacute a formaccedilatildeo e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas Eacute a fase da colheita sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a marccedilo)

Colheita manual Colheita mecanizada

OBS Nos paiacuteses europeus situados no hemisfeacuterio norte esses periacuteodos ocorrem em eacutepocas diferentes (repouso dezembro a marccedilo crescimento abril a julho elaboraccedilatildeo agosto a novembro)

14

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 15: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

TIPOS DE UVAS

COMUNS VINIacuteFERAS

ESPECIAIS OU SUPERIORES NOBRES

BRANCAS

Niagara Seibel Seyve Willard

Trebiano Ugni Blanc StEmilion Moscato Malvasia

Chardonnay Pinot Blanc Semillon

Sauvignon Blanc Chenin Blanc

Silvaner Riesling (Itaacutelico e Renano)

Gewuumlrztraminer Muumlller- Thurgau etc

TINTAS

Isabel Concord

Herbemont

Nebbiolo Barbera

Sangiovese Canaiolo Tannat

Cabernet Sauvignon Cabernet Franc

Gamay Pinot Noir Petit Syrah

Malbec Merlot

Tempranillo Carmenere

Cinsaut etc

HIacuteBRIDAS (Exemplos)

INTERESPECIacuteFICAS INTRAESPECIacuteFICAS

Isabel = V labrusca X V viniacutefera

Herbemont = V aestivalis X V cinerea X V vinifera

Flora = Gewuumlrztraminer X Semillon

Kerner = Trolinger X Riesling

Muumlller-Turgau = Riesling (f)) X Silvaner (m)

Scheurebe = Silvaner (f) X Riesling (m)

Pinotage = Pinot Noir X Cinsaut (Hermitage)

15

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 16: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

A FERMENTACcedilAtildeO

Visatildeo do interior do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho tinto mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

O vinho eacute definido pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentaccedilatildeo do mosto (suco) de uvas frescas Qualquer outra bebida fermentada natildeo obtida dessa forma natildeo pode ser denominada vinho pelo menos oficialmente (como eacute o caso do vinho de jabuticaba do vinho de maracujaacute etc)

A fermentaccedilatildeo eacute um processo bioquiacutemico realizado por microorganismos que convertem moleacuteculas de carboidratos (accediluacutecares) em aacutelcool gaacutes carbocircnico e energia

A fermentaccedilatildeo eacute utilizada na elaboraccedilatildeo de bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja No caso do vinho a fermentaccedilatildeo eacute utilizada para a obtenccedilatildeo de aacutelcool a partir dos accediluacutecares do suco de uva Para issso satildeo utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricaccedilatildeo de patildeo) do gecircnero Saccharomyces destacando-se as espeacutecies S ellipsoideus (ou cerevisae ou vini) S chevalieri e S oviformis (ou bayanus)

16

Leveduras vistas ao microscoacutepio oacuteptico

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 17: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)

A QUIacuteMICA DA FERMENTACcedilAtildeO

ACcedilUacuteCAR (17g) AacuteLCOOL (1 oGL) + CALORIAS (15 Cal) + CO2 (4 lit ou 4 atm)

Como o teor alcooacutelico do vinho eacute de 11 a 13o GL temos

187- 221g de accediluacutecar 11 a 13 o GL de aacutelcool + 44- 52 litros CO2 + 165 - 195 Cal

OBS - 165 a 195 Cal equivalem a 30 - 34oC que satildeo reduzidos para 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos - Nos espumantes a pressatildeo eacute de 6 atm litro necessitando portanto de 255 g accediluacutecar litro e resultando em um acreacutescimo de 15 oGL ao vinho base

17

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 18: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

PRINCIPAIS COMPONENTES QUIacuteMICOS DO VINHO

I - AacuteGUA 85 - 90

II - ALCOacuteOIS 7 - 24

- Etanol (72-120 gl) - Glicerol (5 -10 gl) - Outros alcoacuteois (Metanol isopropil etc)

III - AacuteCIDOS 1 - 8(Total de 5-7 gl)

(V = Volaacuteteis F= Fixos)

PROVENIENTES DA UVA

- Tartaacuterico 50-90 (F) - Maacutelico 10-40 (F) - Ciacutetrico 0-5 (F)

PROVENIENTES DA FERMENTACcedilAtildeO (em pequenas quantidades)

- Succiacutenico (F) - Laacutetico (F) - Aceacutetico (V) - Butiacuterico (V) - Foacutermico (V) - Propiocircnico (V) - Carbocircnico (V - nos espumantes = plusmn 05 gl)

IV- ACcedilUacuteCARES 0 - 15

- Glicose (na uva7-15) - Frutose (iacutedem) - Outros (Xilose e Arabinose)

18

( Pela legislaccedilatildeo brasileira Teor de accediluacutecar p secos lt 5gl meio secos 5 a 20 gl suaves e doces gt 20 gl)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 19: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

19

V - SUBSTAcircNCIAS FENOacuteLICAS

- Taninos - Antocianinas - Flavonas - Outras (fenoacuteis acidos etc)

(Total de subst fenoacutelicas nos brancos lt 350 mgl nos tintos ateacute 3000 mgl)

VI - OUTRAS SUBSTAcircNCIAS

- Aldeiacutedos Acetaldeiacutedo - Eacutesteres provenientes dos aacuteciacutedos aceacutetico tartaacuterico e maacutelico - Vitaminas A C B1 B2 B6 Biotina Niacina Inositol e Aacutec Pantotecircnico - Amino- aacutecidos alan argin glic cistid leuc isoleuc prol metion lis ser treon tiros valin fenilalan e aspart - Sais minerais Na K Cl Ca Mg Fe Mn Cu Zn Cr Si I B Mo Ti V - Conservantes P-V (SO2 ou anidrido sulfuroso ou metasulfito) P-IV (sorbato de potaacutessio)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 20: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE TINTOS

1 UVAS TINTAS

2 RECEPCcedilAtildeO DAS UVAS

Esteira conduzindo as caixas de plaacutestico contendo as uvas colhidas

Lanccedilamento das uvas no tanque de recepccedilatildeo

Eixo helicoidal que conduz as uvas para o desengaccedilador

20

3 DESENGACcedilAMENTO E ESMAGAMENTO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 21: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da

operaccedilatildeo

4 FERMENTACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo preacutevia de anidrido sulfuroso bull Toneacuteis de madeira ou de accedilo inox

Tanques de accedilo inox Tanques de madeira

bull Utilizaccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba)

21

bull Temperatura de 25 a 30o C

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 22: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Visatildeo do interior do tanque fermentaccedilatildeo mostrando o mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa com a espuma resultante da liberaccedilatildeo de CO2

Detalhe do mosto em fermentaccedilatildeo tumultuosa mostrando o chapeacuteu formado pelas cascas que ficam boiando na superfiacutecie do liquido

Detalhe do chapeacuteu na superfiacutecie do mosto a maioria das cascas das uvas jaacute sofreu maceraccedilatildeo (perda da cor pela accedilatildeo do aacutelcool formado) e algumas ainda estatildeo pigmentadas

bull Maceraccedilatildeo (48 hs - 5 dias) fermentaccedilatildeo tumultuosa com parte soacutelida (cascas sementes) em toneacuteis ou em recipientes com movimento automaacutetico (Vinimatic)

Chapeacuteu Remontagem Vinho flor

22

Remontagem - bombeamento do mosto do fundo do tanque para a superfiacutecie de modo a expor as cascas

Vinimatic - tanque de accedilo inox que como uma betoneira gira

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 23: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

do chapeacuteu agrave maceraccedilatildeo do aacutelcool de modo a extrair os pigmentos que conferem a cor ao vinho

continuamente realizando uma remontagem mais efetiva e melhor controlada

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do accediluacutecar) se necessaacuterio bull Descube (separaccedilatildeo da parte soacutelida) Bagaccedilo Vinho Inferior ou destilado bull 1a trasfega e atesto bull Fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica (20-40 dias) bull 2a trasfega

Trasfega

5 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas 3a trasfega seguida da anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

6 CORTE (ASSEMBLAGE)

bull Vinho(s) diferente(s) controlados pelo enoacutelogo

7 AMADURECIMENTO

23

bull Pipas de madeira (preferencialmente carvalho) de 225 litros por 6 meses a 5 anos)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 24: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 CLARIFICACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feita depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

24

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 25: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

9 ENGARRAFAMENTO

10 ENVELHECIMENTO NA GARRAFA

25

bull Duraccedilatildeo de 1 mecircs a vaacuterios anos anos dependendo do tipo de vinho

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 26: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

VINIFICACcedilAtildeO DE BRANCOS

1 UVAS BRANCAS TINTAS ou ROSADAS

2 DESENGACcedilAMENTO

Maacutequina de desengaccedilamento em operaccedilatildeo (esquerda) e o engaccedilo recolhido ao final da operaccedilatildeo

26

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 27: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 PRENSAGEM E RETIRADA DAS CASCAS

Prensas pneumaacuteticas Wilmes

bull Prensas especiais (Vaslin Willmes etc) com pressatildeo controlada (05 kgcm2) de modo a extrair apenas o suco da porccedilatildeo situada entre a casca e as sementes (teor ideal de accediluacutecar e aacutecidos)

bull 1a prensagem mosto flor ou gota vinho fino bull 2a prensagem mosto inferior vinho inferior bull Bagaccedilo destilado

4 DECANTACcedilAtildeO (DEBURRAGE) Borra

bull Duraccedilatildeo de 5 a 12 horas bull Pode ser substituiacuteda por centrifugaccedilatildeo

5 FERMENTACcedilAtildeO

bull Em toneacuteis de accedilo inox durante 15 a 20 dias bull Adiccedilatildeo de leveduras selecionadas (peacute-de-cuba) bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

Orifiacutecio de abertura do tanque de fermentaccedilatildeo de um vinho branco mostrando na superfiacutecie a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

Vista interna do tanque de fermentaccedilatildeo de vinho branco notando-se o mosto amarelado e a espuma resultande da liberaccedilatildeo de CO2

bull Chaptalizaccedilatildeo (correccedilatildeo do acuacutecar) se necessaacuteria

27

bull Pode ser seguida de fermentaccedilatildeo secundaacuteria ou malolaacutetica

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 28: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Tambeacutem feitas depois da prensagem ou depois da estabilizaccedilatildeo bull Colagem clara de ovo caseiacutena cola (peixe ou osso) bentonite gelatina etc

Separaccedilatildeo das claras dos ovos Satildeo usadas 6 a 7 claras por barrica de 225 litros

As claras satildeo batidas e adicionadas em cada barril

bull Seguida da 1a trasfega (21 dias apoacutes a prensagem) e da adiccedilatildeo anidrido sulfuroso

7 ESTABILIZACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 2a trasfega realizada 30 dias apoacutes agrave 1a traacutesfega bull Duraccedilatildeo de 30 a 60 dias a baixas temperaturas

8 CONSERVACcedilAtildeO

bull Precedida de uma 3a trasfega dura de 6 a 12 meses bull Temperaturas baixas e constantes (15 a 20 o C)

28

bull Anaacutelise e correccedilatildeo do anidrido sulfuroso

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 29: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

9 CORTE (ASSEMBLAGE)

10 FILTRACcedilAtildeO

bull Filtraccedilatildeo filtros de diatomaacutecea ou de milipore (acetato de celulose) ou como alternativa centrifugaccedilatildeo

Equipamento de filtragem de diatomaacutecea

11 ENGARRAFAMENTO

VINIFICACcedilAtildeO DE ROSADOS (ROSEacuteS)

29

1 UVAS TINTAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 30: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vinificaccedilatildeo em roseacute bull Maceraccedilatildeo curta (em torno de 24 hs) com remoccedilatildeo precoce das cascas bull Temperaturas de fermentaccedilatildeo baixas (15 a 20 o C)

2 MISTURA DE UVAS TINTAS E BRANCAS

3 CORTES (ASSEMBLAGES) ENTRE VINHOS TINTOS E BRANCOS

VINIFICACcedilAtildeO DE ESPUMANTES

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como as Cavas na Espanha o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itaacutelia A maioria deles satildeo elaborados atraveacutes dos meacutetodos criados e utilizados na Franccedila para elaboraccedilatildeo de seus espumantes o Meacutetodo Champenoise utilizado na elaboraccedilatildeo dos sempre famosos Champagnes e o Meacutetodo Charmat pelo qual satildeo feitos os espumantes de menor qualidade

I MEacuteTODO ldquoCHAMPENOISErdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull Champagne Pinot Noir Pinot Meunier e Chardonnay

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO

bull Licor de Tiragem Vinho base + Accedilucar refinado (24 g l de vinho)

NA GARRAFA

bull Adiccedilatildeo de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)

30

bull Fechamento com tampa corona (pressatildeo de 6 atm)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 31: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Fechamento com tampa corona

bull Duraccedilatildeo de cerca de 3 meses bull Autoacutelise das leveduras bull Apoacutes cessada as garrafas podem ficar ateacute anos para amadurecimento

4 REMUAGE

bull Rotaccedilotildees perioacutedicas e inclinaccedilotildees progressivas (gargalo para baixo)

bull Feita manualmente nos pupitres ou por meio de maacutequinas as gyropalettes

Reacutemuage manual Gyropalettes

31

bull Acuacutemulo de sedimentos no gargalo

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 32: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Acuacutemulo de sedimentos na garrafa e no gargalo ao final da remuage

5 DEacuteGORGEMENT

bull Congelamento do gargalo em soluccedilatildeo refrigerante

bull Abertura da tampa bull Expulsatildeo dos cilindros de sedimento congelado pela pressatildeo interna

Abertura da tampa e expulsatildeo do cilindro de sedimentos pela pressatildeo interna

32

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 33: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Licor de Expediccedilatildeo Vinho velho ou conhaque + accediluacutecar

(Teor de accediluacutecar em gl Extra-Brut Ultra Brut Brut Zero 0 Brut 1-15 Extra-dry 12-20 Sec17-35 Demi-sec 33-50 Doux gt50)

7 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

Fechamento com rolha especial

8 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 ano bull Os brut e milleacutesimeacute ateacute 7 anos

II MEacuteTODO ldquoCHARMATrdquo

1 UVAS BRANCAS E OU TINTAS

bull As mesmas do Meacutetodo Champenoise

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BASE

3 ARMAZENAMENTO

bull Tanques de accedilo inox ou outros tipos

33

4 SEGUNDA FERMENTACcedilAtildeO EM AUTOCLAVE

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 34: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Licor de Tiragem + leveduras + clarificante bull Temperaturas baixas e constantes (10 a 14 o C) bull Duraccedilatildeo de 20 a 60 dias

5 DECANTACcedilAtildeO E FILTRACcedilAtildeO

6 ADICcedilAtildeO DO LICOR DE EXPEDICcedilAtildeO

bull Dispensada se houver maior quantidade de accediluacutecar no licor de tiragem

7 ENGARRAFAMENTO

bull Sob pressatildeo e a baixas temperaturas

8 FECHAMENTO DA GARRAFA

bull Rolha de corticcedila apropriada e gaiola de arame

9 ARMAZENAMENTO

bull Miacutenimo de 1 mecircs

VINIFICACcedilAtildeO DE FORTIFICADOS

Satildeo vinhos que recebem aguardente viacutenica tornando-se mais alcooacutelicos e portanto mais fortes ou fortificados Embora existam vinhos fortificados em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas abordaremos apenas os tres mais famosos o Vinho do Porto o Jerez (ou Xerez ou Sherry) e o Vinho Madeira

I VINHO DO PORTO

1 UVAS

bull Tintas Touriga Bastardo Mourisca Sousatildeo Tinta Catildeo Tinta Francisca etc

34

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 35: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

35

bull Brancas Malvasia Verdelho Rabigato etc (usadas soacute nos brancos)

2 PRENSAGEM

bull Antigamente feita pelo pisoteamento em lagares Hoje prensa mecacircnica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Interrompida antes que o accediluacutecar tenha sido todo transformado em aacutelcool

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Adiccedilatildeo de aguardente viacutenica (destilado de uva ou brandy) na proporccedilatildeo de 1 5 o que leva o vinho a adquirir um teor alcooacutelico de ateacute 23 o GL

5 CORTE

bull Feito com vinhos de vaacuterias safras exceto nos Vintage Late-Bottled Vintage Vintage Character Garrafeiras e Colheita

6 ENVELHECIMENTO

bull Em pipas de carvalho (2 a 6 anos ou mais)

7 ENGARRAFAMENTO

bull Alguns tipos permanecem anos na garrafa antes de serem comercializados

8 TIPOS PRINCIPAIS

bull White Meio seco paacutelido feito de uvas brancas envelhecido ateacute 3 anos

bull Dry (ou Very Dry) White Seco (ou muito seco) mais envelhecido que o anterior

bull Ruby Puacuterpura jovem frutado obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras envelhecido ateacute 3 anos em tonel de carvalho Eacute um vinho pronto para ser consumido e natildeo deve ser guardado

bull Tawny (Aloirado) Amarelo-tijolo mais encorpado tambeacutem resultante do corte de vinhos de diferentes safras amadurecido em tonel por 4 a 8 anos Tambeacutem eacute um vinho pronto para ser consumido Ele e o Ruby satildeo os portos comuns e mais vendidos no mundo

bull Crusted Rubies com mais de 4 anos de garrafa natildeo filtrados e que deixam borra (em inglecircs crust)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 36: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Vintage Character (Premium Ruby) Ruby superior envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin First State Six Grapes Founderrsquos Reserve etc)

bull Years-Old (Old Tawny) Corte de Tawnies com diferentes idades de envelhecimento A idade declarada (10 20 30 e 40 anos) refere-se agrave meacutedia de idade dos vinhos utilizados no corte Tem o ano do engarrafamentono roacutetulo Eacute um vinho pronto para ser consumido

bull Single Quinta Vinho safrado proveniente de um uacutenico parreiral e amadurecido por 2 anos em tonel

bull Colheita Tawny proveniente de uma soacute colheita e envelhecido no miacutenimo 7 anos Tem a data de engarrafamento no roacutetulo e natildeo melhora muito com a guarda

bull Garrafeira Eacute tambeacutem um Tawny proveniente de uma soacute colheita mas permanece muitos anos na garrafa antes de ser comercializado Estaacute pronto para beber e tem a data do engarrafamento no roacutetulo

bull Late- Bottled Vintage (LBV) Eacute um vintage envelhecido de 4 a 6 anos envelhece bem na garrafa embora menos que o vintage

bull Vintage Eacute um vinho de uma safra de ano excepcional (soacute existe nos anos de grande safras) Eacute envelhecido de 1 a 3 anos em tonel e natildeo eacute filtrado resultando em borra excessiva no fundo da garrafa) Eacute um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no miacutenimo cerca de 20 anos de guarda para atingir a sua plenitude (alguns vintages chegam a sobreviver mais de um seacuteculo mantendo a sua realeza)

II JEREZ (XEREZ SHERRY)

1 UVAS

bull Palomino (90) e outras (Pedro Ximeacutenez Mantuo Albillo e Cantildeocaza) bull Colhidas em tinettas de madeira e colocadas ao sol em soleadas de palha e

depois levadas para a bodega

2 PRENSAGEM

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensa automaacutetica

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Primeira de 3 a 7 dias tumultuosa feita em botas com formaccedilatildeo da flor

36

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 37: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull Segunda 3 meses lenta accediluacutecar restante aacutelcool espessamento da flor

4 PRIMEIRA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Apoacutes trasfega o capataz faz a prova utilizando a venencia bull Separa 2 tipos Finos (continuam evoluccedilatildeo) e Olorosos (seratildeo fortificados)

5 SEGUNDA PROVA E SEPARACcedilAtildeO

bull Um ano depois apoacutes formaccedilatildeo de nova flor bull Tipos inferiores (destilados) e superiores (Finos e Olorosos)

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Apenas nos Finos e Olorosos bull Atingem ateacute 18 o GL ( ateacute cerca de 25 o GL nos mais velhos)

7 CRIANZA EM SISTEMA SOLERA

bull O vinho eacute transferido entre barricas (botas) empilhadas das criaderas (de cima com vinho jovem) para as soleras (de baixo com o vinho velho)

bull 3 a 12 anos

8 ENGARRAFAMENTO

9 TIPOS PRINCIPAIS

bull Manzanilla Paacutelido muito seco pouco aacutecido pungentedelicado amadurecido sob flor em Sanluacutecar de Barrameda 15 a 17 o GL

bull Fino Semelhante ao anterior mas menos delicado seco amadurecido sob flor em Jerez ou em Puerto de Santa Maria

bull Amontillado Acircmbar seco aromaacutetico mais alcooacutelico (22 a 24 o GL) bull Oloroso Dourado ou tijolo seco encorpado forte bull Palo Cortado Entre o fino e o oloroso raro e datado tem diferenccedila entre as

bodegas bull Amoroso Oloroso doce escuro licoroso baixo teor alcooacutelico bull Cream Oloroso muito doce escuro xaroposo

III VINHO MADEIRA

1 UVAS

bull Bual Verdelho Sercial (Esgana Catildeo) Malvaacutesia (Malmsey) e Tinta Negra Mole

37

2 PRENSAGEM

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 38: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

38

bull Por pisoteamento em lagares ou em prensas automaacuteticas

3 FERMENTACcedilAtildeO

bull Origina o vinho branco sendo interrompida pela fortificaccedilatildeo bull Os mostos da Bual e da Malvaacutesia satildeo usualmente fermentados com a casca

4 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Pode ser feita depois O teor alcooacutelico atinge de 17 a 21 o GL

5 ESTUFAGEM

bull Aquecimento a 40 a 50 o C durante 3 a 6 meses bull Aqui pode ser feita a fortificaccedilatildeo se natildeo foi feita durante a fermentaccedilatildeo

6 ESTAacuteGIO

bull Descanso de ateacute 18 meses

7 CORTE

8 ENVELHECIMENTO EM SOLERA

9 ENGARRAFAMENTO

10 TIPOS PRINCIPAIS

QUANTO A VARIEDADE DE UVA

bull Sercial Paacutelido seco leve perfumado a nozes bull Verdelho Dourado meio seco amendoado bull Malmsey (Malvasia) Escuro doce encorpado frutado e com bouquet bull Boal (Bual) Escuro doce encorpado

QUANTO AO TEMPO MIacuteNIMO DE ENVELHECIMENTO

bull Reserve (5 anos) bull Special Reserve (10 anos) bull Excepcional Reserve (15 anos) bull Vintage (20 anos) Eacute um corte de vinhos de vaacuterias idades e idade declarada eacute a

do vinho mais antigo na solera

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 39: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A IDENTIDADE DO VINHO

GARRAFAS ROLHA CAacutePSULA ROacuteTULO

GARRAFAS

HISTOacuteRICO

bull Os feniacutecios teriam descoberto o vidro (cerca de 3000 aC) bull Haacute evidecircncias de fabricaccedilatildeo de vidro no Egito Antigo (1500 aC) bull A induacutestria do vidro floresceu e desapereceu com o Impeacuterio Romano bull Renasceu com os bizantinos e com eles voltou agrave Europa bull No seacuteculo XVI iniciou o apogeu da teacutecnica na cidade de Veneza bull Sua utilizaccedilatildeo para armazenar vinho soacute surgiu no seacuteculo XVII bull A produccedilatildeo industrial em seacuterie comeccedilou em 1903

FORMAS CLAacuteSSICAS

Bordalesa

Francesa da regiatildeo de Bordeaux com pescoccedilo abrupto

Borgonhesa

Francesa da regiatildeo da Borgonha com pescoccedilo gradual

Renana

Alematilde da regiatildeo do rio Reno mais delgada e mais alta que a borgonhesa

Champagne

Francesa da regiatildeo do famoso vinho espumante mais alta e mais robusta que a borgonhesa

39

FORMA FANTASIA

Qualquer modelo diferente dos quatro modelos claacutessicos acima

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 40: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Alsaciana

Da Alsaacutecia regiatildeo francesa eacute semelhante agrave renana poreacutem mais alta e mais delgada

Do Chianti

Italiana da regiatildeo da Toscana eacute denominada fiasco bojuda na base e revestida de palha externamente

Do Porto

Portuguesa semelhante agrave bordalesa poreacutem geralmente mais baixa e de linhas mais retas

Do Jerez

Espanhola semelhante agrave do Porto poreacutem geralmente mais alta

Franconia

Alematilde da regiatildeo de Franken eacute denominada bocksbeutel possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base

Do Verdicchio

Italiana da regiatildeo de Marches possui forma semelhante a um violatildeo

CAPACIDADE

Garrafa comum 750 ml Miniatura 175 ml (alguma satildeo de 160 ml)

Meia-garrafa 375 ml Magnum 15 lit (2 garrafas)

Tamanhos de garrafas dos Champagnes

Jeroboam 3 lit (4 garrafas)

Rehoboam 45 lit (6 garrafas)

Methuselah ou Imperial 6 lit (8 garrafas)

Salmanazar 9 lit (12 garrafas)

Balthazar 12 lit (16 garrafas)

Nebuchadnezzar 20 lit (26 garrafas)

40

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 41: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ORIGEM Casca do sobreiro

O SOBREIRO Quercus suber

Aacutervore de grande porte ( altura de ateacute mais de 20 m) Periacuteodo de vida de cerca de 150 anos A primeira extraccedilatildeo da casca eacute feita por volta dos 20 anos Cerca de 12 de extraccedilotildees produtivas Extraccedilotildees seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos Adequada para rolhas soacute a partir da 3a extraccedilatildeo

PAIacuteSES PRODUTORES Portugal gt Espanha gt Argeacutelia

DIMENSOtildeES USUAIS Diacircmetro 24 mm O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento de 38 a 44 mm Nas meias garrafas 32 mm Nos espumantes 38-40 mm Nos vinhos de guarda miacutenimo de 40mm Nos espumantes 48-50 mm

IMPORTAcircNCIA NA CONSERVACcedilAtildeO Impermeabilidade elasticidade resistecircncia durabilidade

PRINCIPAIS DEFEITOS Gosto e vazamentos

A CAacutePSULA

De chumbo Geralmente utilizada nos vinhos finos melhores Maior proteccedilatildeo e melhor aparecircncia Mais caras e tecircm risco de contaminaccedilatildeo

41

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 42: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

De alupoli Geralmente usadas em vinhos de segunda linha Mais baratas e boa aparecircncia

De plaacutestico Geralmente usadas em vinhos de mesa Custo mais baixo que as anteriores Sofre retraccedilatildeo com calor

O ROacuteTULO

NO VINHO NACIONAL

Marca infelizmente predomina o estrangeirismo

Tipo tinto branco e rosado (roseacute)

Classe de mesa de mesa fino espumante e licoroso

Uva a legislaccedilatildeo brasileira permite o miacutenimo de 60 da variedade de uva declarada nos vinhos varietais

Teor alcooacutelico 11 a 13

Teor de accediluacutecar seco (lt 5 gl ) demi-sec ( 5-20 gl ) suave ( gt20 gl ) Nos espumantes satildeo permitidos teores maiores

Safra eacute permitido o miacutenimo de 60 da safra declarada

Conteuacutedo em miliacutelitros ( ml )

Produtor e engarrafador nome e endereccedilo

Registro no Ministeacuterio da Agricultura (nuacutemero)

Numeraccedilatildeo utilizada por alguns produtores em vinhos selecionados ou reservas especiais (nuacutemero para garrafas lotes e total do lote)

NO VINHO IMPORTADO

A grosso modo possui os mesmos iacutetens do roacutetulo nacional diferindo em teores (accediluacutecar aacutelcool da uva nos varietais etc)

42

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 43: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

43

Contem ainda outras informaccedilotildees especiacuteficas da legislaccedilatildeo viniacutecola de cada paiacutes como por exemplo

Franccedila Vin de Table Vin de Pays Vin Deacutelimiteacute de Qualiteacute Superieur (VDQS) e Apellation de Origine Controcirclleacute (AOC) Existem tambeacutem as classificaccedilotildees especiacuteficas de determinadas regiotildees como os os Premiegraveres Crus os Deuxiegravemes Crus os Crus Bourgeois etc de Bordeaux e os Crus e Grand Crus da Bourgougne

Itaacutelia Vino de Taacutevola Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica) Denominazione di Origine Controllata (DOC) Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) Encontram-se ainda os tipos Novello Classico e Riserva (Vecchio)

Espanha Vino de Mesa Vino de la Tierra Denominaciacuteon de Origen (DO) Denominaciacuteon de Origen Calificada (DOC) Quanto ao envelhecimento os vinhos satildeo classificados em Vino de Crianza Vino Reserva e Gran Reserva

Portugal Vinho de Mesa Vinho Regional Vinho de Qualidade Produzido em Regiatildeo Demarcada (VQPRD) Vinhos de Origem Controlada (DOC) e Vinho de Proveniecircncia Regulamenteda (IPR) Existem tambeacutem os tipos Garrafeira e Reserva

Alemanha Tafelwein Landwein Qualitaumltswein bestimmter Anbaugebiete (QbA) Qualitaumltswein mit Praumldikat (QmP) Kabinett Spaumltlese Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein Haacute ainda a regiatildeo (Gebiete) a subregiatildeo (Bereich) um grupo de vinhedos (Groszliglage) e um vinhedo especiacutefico (Einzellage)

Devido agrave complexidade do tema aconselhamos a consulta em literatura especializada para a compreensatildeo do significado dessas denominaccedilotildees

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 44: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A GUARDA DO VINHO

CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS DA ADEGA

Temperatura 12 a 18o C Umidade moderada (50 a 70) Arejamento moderado Luminosidade miacutenima Vibraccedilatildeo miacutenima Localizaccedilatildeo que atenda a todos itens

CUIDADOS COM AS GARRAFAS

Posiccedilatildeo deitadas ou de cabeccedila para baixo Disposiccedilatildeo brancos e jovens abaixo de guarda acima Manutenccedilatildeo roacutetulo caacutepsula e rolha Identificaccedilatildeo ficha de linhas (letras) e colunas (nuacutemeros) Registro ficha com nome origem safra caracteriacutesticas degustativas (visuais olfatoacuterias e gustativas) data local de compra e preccedilo local de degustaccedilatildeo e companhia(s)

ADEGAS CLIMATIZADAS

Para a correta conservaccedilatildeo do ambiente propiacutecio agrave guarda de vinhos existem agrave venda armaacuterios especiais sob forma de moacuteveis para a decoraccedilatildeo ou para embutir em vatildeos de casas ou apartamentos Estas adegas satildeo armaacuterios climatizados especialmente desenhados para esta finalidade permitindo a conservaccedilatildeo correta de um grande nuacutemero de garrafas em pequenos espaccedilos distribuiacutedas em gavetas ou prateleiras de faacutecil manuseioA maioria delas eacute importada podendo chegar a preccedilos elevados conforme o tipo tamanho e recursos oferecidos

No Brasil vaacuterias empresas comercializam adegas climatizadas para vinhos A maioria vende moacuteveis (tipo geladeira armaacuterio para 60 a 300 garrafas) ideais para apartamentos A Mistral e a Niper vendem aparelhos de refrigeraccedilatildeo (tipo ar condicionado para ser instalado em um cocircmodo da casa) com potecircncia suficiente para climatizar espaccedilos de 700 a 10 mil garrafas

O TEMPO MAacuteXIMO DE GUARDA

44

O tempo maacuteximo de guarda de um vinho natildeo deve ser o tempo maacuteximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo de vida) mas sim o tempo em que ele ainda estaacute na plenitude de suas caracteriacutesticas de sua tipicidade O ideal eacute tomaacute-lo no seu apogeu

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 45: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os tempos aqui mencionados satildeo valores meacutedios aproximados e podem variar dependendo das condiccedilotildees climaacuteticas e do solo da safra bem como dascondiccedilotildees de guarda do vinho

ATEacute 1 ANO Beaujolais nouveau ou primeur

(A rigor esse vinho mantem a sua tipicidade plena aroma e sabor frutadosateacute cerca de 6 mecircses)

ATEacute 2 ANOS A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros

Beaujolais geneacutericos e vinhos verdes portuguesesATEacute 3 ANOS Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella chianti comum frascati lambrusco etc)

A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros

Rosados

ATEacute 4 ANOS A maioria dos brancos europeus

Os melhores tintos brasileiros

ATEacute 7 ANOS A maioria dos bons tintos europeus

Alguns dos melhores tintos brasileiros Champagnes natildeo datados

ATEacute 10 ANOS Champagnes millesimeacutes (datados)

Alguns grandes brancos europeus (Auslese Bourgogne Alsace Rioja etc)

ATEacute 15 ANOS Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux Bourgogne Rioja e Douro etc)

45

ATEacute 25 ANOS Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux Bourgogne Barolo etc) e brancos (Sauterne

BeerenausleseTrockenbeerenauslese Tokay etc)

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 46: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

46

ATEacute 50 ANOS OU MAIS Vinhos fortificados (Porto principalmente os vintage Madeira Jerez etc) e as safras

excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 47: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

O SERVICcedilO DE VINHOS

AS TACcedilAS

REQUISITOS BAacuteSICOS PARA AS TACcedilAS

bull Corpo separado da base por uma haste bull Abertura mais estreita que o corpo bull Cristal ou vidro fino bull Incolor bull Limpeza cuidadosa bull Volume em torno de 350 ml bull O conteuacutedo natildeo deve ultrapassar a metade

FORMAS MAIS ADEQUADAS

TULIPA

47

Modelo ISO (International Standard Organization) para tintos e brancos idealizada para degustaccedilatildeo teacutecnica

Borgonhesa Mais bojuda e de peacute mais alto do que a bordalesa

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 48: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Bordalesa Com bojo e peacute de tamanhos moderados

Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos

Modelo para Vinho do Porto Ligeiramente menor do que a de vinho branco

Copita para Jerez Tem forma entre a tulipa e a flauta e tamanho menor do que a de vinho branco

FLAUTA

Delgada e alta para os espumantes Obs A Taccedila aberta ateacute pouco tempo era utilizada para espumantes mas natildeo eacute adequada

48

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 49: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

A SEQUEcircNCIA DOS VINHOS

A) QUANTO AOS TIPOS Brancos Tintos B) QUANTO Agrave QUALIDADE Mediacuteocres Meacutedios Bons Grandes C) QUANTO AO CORPO Leves Encorpados D) QUANTO Agrave IDADE Jovens Maduros

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR Secos Suaves Doces

(LEGENDA = antes de)

JUSTIFICATIVAS

49

A) B) e C) Os tintos geralmente satildeo mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores mais corpo mais tanino etc) do que os brancos Iniciar a degustaccedilatildeo com um vinho mais complexo elevaria o niacutevel de exigecircncia em relaccedilatildeo ao proacuteximo vinho menos complexo minimizando os seus aspectos positivos e realccedilando os seus aspectos negativos Pela mesma razatildeo depois de tomarmos um grande vinho os que se seguem ainda que de boa qualidade nos pareceratildeo sempre piores do que realmente satildeo D) Os vinhos mais velhos satildeo mais complexos do que os jovens Embora isso possa natildeo ocorrer para vinhos diferentes torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho poreacutem de safras diferentes especialmente se for um vinho longevo de longa guarda E) O accediluacutecar de um vinho doce ou suave prejudica na apreciaccedilatildeo de um vinho seco servido a seguir Natildeo eacute agrave toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeiccedilotildees acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 50: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

AS TEMPERATURAS IDEAIS

TINTOS

Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC Natildeo envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC Beujolais Primeur ou Nouveau - 10 A 12 oC

BRANCOS

Secos Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC Secos Jovens e Leves - 6 A 12 oC Suaves e Doces - 4 A 6 oC

ROSEacuteS

Todos de modo geral - 6 - 12 oC

ESPUMANTES

Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC

FORTIFICADOS

Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC

OBS Uma garrafa deixada durante 8 minutos na aacutegua com gelo sofreraacute uma reduccedilatildeo de 5 oC na temperatura que corresponde a 60 minutos de permanecircncia na geladeira

A ABERTURA DA GARRAFA

50

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 51: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1- A REMOCcedilAtildeO DA CAacutePSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porccedilatildeo da caacutepsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano pois na maioria dos vinhos de boa qualidade a caacutepsula eacute feita de chumbo que eacute toacutexico A caacutepsula deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo proacuteximo agrave abertura da garrafa Isto pode ser feito com uma faca

Pode-se tambeacutem fazer a remoccedilatildeo da caacutepsula utilizando o corta-caacutepsulas (foil-cutter) que eacute um acessoacuterio que tem a forma de um U cuja abertura abraccedila o gargalo Pressionado no gargalo e girado ele corta a caacutepsula atraveacutes de disquinhos de accedilo existentes na sua base mas em geral corta mais rente agrave borda do gargalo

2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Apoacutes a remoccedilatildeo da caacutepsula deve-se limpar vigorosamente o gargalo com um guardanapo de pano ou de papel principalmente se a caacutepsula removida for de chumbo que como jaacute foi dito eacute um material toacutexico ao organismo

51

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 52: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir eacute fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforccedilo do usuaacuterio e seja eficiente na sua funccedilatildeo essencial que eacute tirar a rolha sem danificaacute-la A abertura da garrafa de vinho eacute uma operaccedilatildeo oacutebvia e simples mas pode-se transformar em verdadeira tortura se natildeo se dispotildee de um saca-rolhas adequado

A maioria dos saca-rolhas entretanto usa ateacute hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste eacute o iacutetem fudamental Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais a) Ter um passo amplo isto eacute as voltas da espiral devem ser largas lembrando o rabo do porco e natildeo curtas como as voltas de um parafuso Quando o passo eacute curto a haste natildeo abraccedila firmemente a corticcedila e ao ser puxada esfarela a rolha e natildeo a retira b) Ser revestida de teflon material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da corticcedila

Haste adequada passo amplo e revestimento de teflon

Haste inadequada passo curto e sem revestimento de teflon

52

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 53: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Os saca-rolhas mais comuns

Modelo em T

Em geral esse tipo tem o passo da heacutelice muito curto e exige grande esforccedilo Natildeo eacute agrave toa que o chamam bate-coxa porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente Ideal para os amigos da forccedila e do contorcionismo

Modelo de alavanca uacutenica

Tambeacutem chamado modelo sommelier ou amigo do garccedilon que possui uma soacute alavanca atraveacutes de uma peccedila que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o proacuteprio cabo do saca-rolhasEmbora teoricamente melhor a maioria existente no mercado tambeacutem possuem o passo da heacutelice muito curto Resultado natildeo se faz esforccedilo mas a rolha tambeacutem natildeo sai

Modelo de alavanca dupla

Possui dois braccedilos laterais que sobem ao se introduzir a heacutelice na rolha e depois satildeo abaixados alavancando a saiacuteda da rolha Apesar de exigir menor esforccedilo padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior

Os saca-rolhas de lacircminas e de injeccedilatildeo de gaacutes

Existem dois tipos de saca-rolhas que satildeo muito quando uacuteteis a rolha jaacute foi danificada eou ameaccedila cair dentro do vinho Satildeo os saca-rolhas de lacircminas que satildeo introduzidas entre o vidro e a rolha e que com movimentos circulares retiram a rolha

53

saca-rolhas de lacircminas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 54: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Haacute tambeacutem saca-rolhas que injetam por uma agulha um gaacutes inerte que expulsa a rolha mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso

Os melhores saca-rolhas

Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de contra-rosca Nesse mecanismo gira-se o cabo para heacutelice penetrar na rolha e quando ela chega ao final continuando-se a girar a rolha sobe pela haste e sai Os saca-rolhas contra-rosca existem em vaacuterios modelos preccedilos designs e nacionalidades diferentes mas os que fazem mais sucesso entre os enoacutefilos satildeo os da marca franco-americana Screwpull - Le Creuset Satildeo de uma eficiecircncia fantaacutestica e apresentam-se em vaacuterios modelos o pocket-model de bolso mais simples e que custa cerca de 15 doacutelares (na Europa e nos EUA) o table-model que vem com um suporte para ser colocado agrave mesa e o lever-model modelo profissional de sistema de alavanca que custa cerca de 100 doacutelares Esse uacuteltimo apesar de meio exagerado eacute um show agrave parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA Herb Allen que vendeu o design para os franceses Segundo experts no entanto eacute uma versatildeo moderna de um modelo que jaacute existia no seacuteculo dezenove Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preccedilos mencionados os corta-caacutepsulas e os saca-rolhas da marca Screwpull - Le Creuset satildeo os melhores existentes na atualidade

SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET

Da esquerda para a direita

- lever-model

- table-model

- pocket-model

A AERACcedilAtildeO OU RESPIRACcedilAtildeO DO VINHO

54

A aeraccedilatildeo ou respiraccedilatildeo de um vinho eacute uma conduta sempre aconselhaacutevel para os bons vinhos em especial os tintos Durante o tempo de envelhecimento na garrafa o vinho estaacute em total ausecircncia de oxigecircnio e nele ocorrem reaccedilotildees complexas que levam agrave formaccedilatildeo de substacircncias sensiacuteveis ao oxigecircnio Em geral um bom vinho natildeo envelhecido em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 55: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

55

demasia quando exposto ao oxigecircnio do ar sofre alteraccedilotildees beneacuteficas liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos Quanto melhor o vinho quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas maior seraacute o tempo que se deveraacute deixar o vinho aerando ou respirando Essa operaccedilatildeo eacute realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviccedilo do vinho e deixando o vinho respirar Outra alternativa melhor ainda eacute transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o iacutetem decantaccedilatildeo) onde o vinho sofreraacute maior aeraccedilatildeo em menor tempo

Apesar da polecircmica em relaccedilatildeo agraves vantagens e ao tempo de aeraccedilatildeo dos vinhos a maioria dos conhecedores concorda que natildeo haacute necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos sendo exceccedilotildees os brancos de alta qualidade com grande estrutura e complexidade aromaacutetica que devem respirar algumas horas antes do serviccedilo

Os vinhos que mais lucram com a aeraccedilatildeo satildeo os tintos de qualidade maduros (prontos para tomar) jaacute suficientemente envelhecidos que devem respirar por um periacuteodo miacutenimo de uma a trecircs horas Quanto melhor o vinho maior seraacute o tempo de aeraccedilatildeo e para alguns o tempo de respiraccedilatildeo preconizado vai de 6 a 24 horas

No entanto eacute importante lembrar que a respiraccedilatildeo pode ser traacutegica para vinhos muito velhos com vinte trinta anos de vida ou mais Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa as substacircncias complexas formadas tornam-se extremamente sensiacuteveis ao oxigecircnio e quando em contato com o ar elas sofreratildeo uma raacutepida oxidaccedilatildeo degradando-se rapidamente Por melhor que seja o vinho ele natildeo suportaraacute o choque respiratoacuterio e natildeo eacute raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos servidos logo apoacutes de abrir-se a garrafa explodirem em aromas maravilhar-nos agrave boca e passados poucos minutos extinguirem-se por completo perdendo os aromas e tornando-se intragaacuteveis Portanto cuidado natildeo areje vinhos muito velhos

A DECANTACcedilAtildeO DO VINHO

A decantaccedilatildeo de um vinho consiste em uma operaccedilatildeo simples poreacutem cuidadosa para remover o sedimento ou borra ou depoacutesito do fundo da garrafa em geral existentes no vinhos muito envelhecidos Esse sedimento eacute constituiacutedo por vaacuterias substacircncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vatildeo se depositanto no fundo da garrafa como por exemplo os taninos que sofrem polimerizaccedilatildeo

Na realidade natildeo haacute nenhum problema meacutedico em bebermos um vinho com sedimento mas ao manusearmos a garrafa ele iraacute misturar-se no vinho tornando-o turvo e provocando quando bebido a sensaccedilatildeo desagradaacutevel de uma fina areia na boca Portanto a decantaccedilatildeo eacute aconselhaacutevel por razotildees esteacuteticas na sua degustaccedilatildeo do vinho melhor visualizaccedilatildeo e melhor sensaccedilatildeo gustativa

A decantaccedilatildeo eacute realizada apoacutes a abertura da garrafa de trecircs formas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 56: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 - Manual na garrafa

Deita-se a garrafa com cuidado para que o sedimento natildeo se misture ao vinho e com o auxiacutelio de uma fonte de luz (vela ou lacircmpada) com a matildeo firme e lentamente vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taccedila procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do ombro da garrafa Quando se notar que ele comeccedila a subir o ressalto paacutera-se espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeccedila-se a operaccedilatildeo Desse modo ele natildeo viraacute ateacute o gargalo e portanto natildeo se misturaraacute ao vinho que estaacute saindo

2 - Manual no decantador

Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no meacutetodo anterior) para um decantador ou decanter (inglecircs) ou carafe (francecircs) que eacute um frasco de vidro fino ou cristal com a base bem larga semelhante a uma licoreira Deixa-se o decanter em repouso ateacute que o sedimento vaacute todo para o fundo e em seguida serve-se lentamente o vinho nas taccedilas Como a base eacute muito larga a retenccedilatildeo do sedimento eacute bem faacutecil do que na garrafa acelerando o processo Outra vantagem do decanter eacute que ele tambeacutem se presta muito bem para aerar o vinho fazendo simultacircneamente as funccedilotildees de decantaccedilatildeo e respiraccedilatildeo do vinho

3 - Com auxiacutelio de aparelho especial

Existem aparelhos para fazer a inclinaccedilatildeo lenta da garrafa mediante a accedilatildeo de um sistema de engrenagens Ao girar-se uma pequena manivela aciona-se o sitema que provocaraacute a lenta inclinaccedilatildeo da garrafa de modo muito mais preciso do que o meacutetodo manual Apesar de charmosos esses aparelhos satildeo difiacuteceis de ser encontrados e muito caros

Filtragem uma alternativa agrave decantaccedilatildeo

56

Em caso de inabilidade ou falta de paciecircncia para realizar a decantaccedilatildeo bem como na ausecircncia de um decantador ou do aparelho mencionado a soluccedilatildeo menos charmosa poreacutem mais praacutetica e raacutepida eacute passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil Na falta desses utensiacutelios a soluccedilatildeo eacute coar o vinho atraveacutes de um pano limpo colocado na boca de uma jarra

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 57: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CONSERVANDO O VINHO JAacute ABERTO

No caso de vocecirc abrir uma garrafa de vinho e natildeo consumiacute-la toda o que fazer para conservar o vinho

Uma vez aberta a garrafa o vinho estaraacute em contato constante com o oxigecircnio e seguramente iraacute oxidar-se em pouco tempo Para protelar um pouco o problema tampe a garrafa com a proacutepria rolha coloque-a na porta da geladeira e procure bebecirc-la em dois a trecircs dias

Uma outra soluccedilatildeo eacute utilizar a bomba de vaacutecuo ou vacu-vin em francecircs ou wine-saver em inglecircs

A bomba de vaacutecuo

Trata-se uma pequena bomba que possui um ecircmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeccedilatildeo) que se adapta agrave uma rolha especial de borracha colocada na garrafa Com movimentos de vai e vem do ecircmbolo vai-se retirando o ar da garrafa pois o aparelho possui uma vaacutelvula que permite a saiacuteda do ar por succcedilatildeo mas impede a sua entrada Assim depois de vaacuterias bombeadas o ecircmbolo passa a movimentar-se com dificuldade indicando que o ar da garrafa estaacute saindo e quando tornar-se impossiacutevel movecirc-lo o vaacutecuo estaraacute efetuadona garrafa Desse modo o vinho poderaacute ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco por muito tempo No entanto por esse sistema natildeo se consegue um vaacutecuo absoluto sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mecircs

57

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 58: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

HARMONIZACcedilAtildeO DE VINHOS E ALIMENTOS

ANTES E DEPOIS

No Aperitivo

Na Sobremesa

Como Digestivo

Alimentos que natildeo combinam com o vinho

AgraveS REFEICcedilOtildeES

Peixes e Frutos do Mar

Carnes Brancas

Carnes Vermelhas

Massas

Queijos

IMPORTANTE

As sugestotildees aqui apresentadas satildeo mencionadas em grande parte da literatura consultada mas natildeo constituem regras absolutas e embora existam alguns consensos - o assunto eacute extremamente controverso

ANTES E DEPOIS DAS REFEICcedilOtildeES

1 NO APERITIVO

Vinho branco seco ou vinho fortificado seco (Porto White ou Dry White Jerez Fino Manzanilla ou Amontillado Madeira Sercial Marsala seco etc)

Espumante Brut (Champagne Sekt Cava Blanquete de Limoux Champanha etc)

Vermute seco

2 NA SOBREMESA

Vinho Branco Doce de Qualidade Sauternes Alsace (Vendange Tardive e Seacuteletion de Grains Nobles) Tokay e os alematildees com os predicados (mit Predikat) Auslese Beerenauslese Trockenbeerenauslese e Eiswein

Vinho Fortificado Demi-sec ou doce Porto (Ruby Tawny LBV Vintage etc) Jerez (Amoroso Oloroso ou Cream) Madeira (Verdelho Boal ou Malmsey) Moscatel de Setuacutebal Banyuls Moscato dAsti Banyuls Marsala Maacutelaga (Lagrima Christi) etc

Espumante Demi-sec ou doce Asti (italiano) Cava (espanhol) Champagne Doux (francecircs) Sekt Suszlig (alematildeo) Blanquete de Limoux (francecircs) e outros espumantes

58

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 59: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

59

3 COMO DIGESTIVO

Qualquer dos tipos anteriormente mencionados

Destilados de uva Cognac Armagnac e Marc (franceses) Bagaceira (portuguesa) Grapa (italiana) etc

AgraveS REFEICcedilOtildeES

1 PEIXES E FRUTOS DO MAR

Grelhados ou em molho leve Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro

Em molho forte Branco maduro de boa estrutura ou Roseacute seco de qualidade ou Tinto jovem de meacutedio corpo

Bacalhau Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro

Anchova atum salmatildeo e sardinha Tinto jovem ou de meacutedio corpo ou Branco maduro ou Rosado

2 CARNES BRANCAS

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de meacutedio corpo

Grelhadas em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de penas pato e coq au vin Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Peru Tinto leve ou meacutedio ou branco seco

Foie gras Branco doce de alto niacutevel (Sauternes Tokay etc) ou fortificado doce (Porto Vintage etc) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimeacute etc)

3 CARNES VERMELHAS

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 60: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Grelhadas ou em molho leve Espumante brut ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho forte Tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

Caccedilas de pecirclo Tinto maduro robusto

4 MASSAS

Em molho leve ou branco Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de meacutedio corpo

Em molho condimentado ou vermelho Espumante brut ou tinto maduro de meacutedio corpo a robusto

5 QUEIJOS

Fresco de massa mole (Frescal Ricota Requeijatildeo) Branco ou tinto jovem e leve

Fresco de massa filada (Mozzarela) Branco ou tinto jovem e leve

Maturado de massa mole (Brie Camambert e Coulommiers) Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado

Maturado de massa filada (Provolone) Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto maduro de bom corpo

Maturado de massa cozida (Roquefort Gorgonzola Stilton Danablue) Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce

Maturado de massa semidura (Emmental Gouda Reino Prato Saint-Paulin Tilsit Port-Salut) Tinto jovem ou pouco velho

Maduro de massa dura (Parmesatildeo Pecorino) Tinto maduro robusto ou fortificado

Observaccedilatildeo Os Espumantes de qualidade em especial os Champagnes combinam com todos os tipos de queijo

60

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 61: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ALIMENTOS QUE NAtildeO COMBINAM VINHO

O assunto eacute extremamente polecircmico e os alimentos aqui mencionados satildeo citados em diversas fontes na literatura enogastronocircmica

Na opiniatildeo do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estatildeo sublinhados

bull Temperos acentuados curry dendecirc shoyu wasabi etc bull Alimentos aacutecidos vinagre limatildeo laranja grapefruit kiwi etc bull Certas verduras e legumes alcachofra aspargo couve etc bull Outros ovo chocolate sopa feijoada etc

61

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 62: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

DEGUSTACcedilAtildeO DE VINHOS

AS ETAPAS DA DEGUSTACcedilAtildeO O Exame Visual O Exame Olfatoacuterio O Exame Gustativo Sensaccedilotildees Complexas Ficha de Degustaccedilatildeo Tipos de Degustaccedilatildeo Testes de Degustaccedilatildeo

I O EXAME VISUAL

Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 13 ou no maacuteximo metade do volume da taccedila

Inclina-se suavemente a taccedila de modo a melhor visualizar a superfiacutecie de vinho a ser observado que se torna eliacuteptica e portanto maior

Contra um fundo branco (uma folha de papel um guardanapo ou a toalha da mesa) devem ser observados os seguintes aspectos

1 LIMPIDEZ Os vinhos de longa guarda onde os melhores exemplos satildeo os vinhos do Porto Vintage os grandes Chacircteaux de Bordeaux e Barolos com o tempo vatildeo formando depoacutesitos no fundo da garrafa e se agitados dispersam-se no vinho Exceccedilatildeo feita a esses vinhos todo vinho correto deve apresentar-se liacutempido isto eacute sem partiacuteculas em suspensatildeo e sem depoacutesito A presenccedila dessas partiacuteculas geralmente indica que o vinho eacute mal feito ou estaacute deteriorado

2 TRANSPAREcircNCIA Um vinho correto natildeo pode estar turvo deve apresentar-se transparente Isto pode ser constatado colocando-se por baixo da taccedila um papel contendo texto Observando-se atraveacutes do vinho deve-se conseguir ler a palavra Vinhos deteriorados geralmente ficam turvos

3 BRILHO As caracteriacutesticas de limpidez viscosidade e transparecircncia reunidas causam reflexos intensos nos vinhos os quais podem apresentar um aspecto brilhante Em princiacutepio natildeo eacute um sinal absoluto de qualidade mas os grandes vinhos em geral apresentam brilho intenso

62

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 63: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

4 VISCOSIDADE Todo vinho deve apresentar viscosidade que eacute uma certa aderecircncia do liacutequido nas paredes da taccedila Quando eacute agitada e colocada em repouso o vinho escorreraacute da parede da taccedila lentamente em filetes denominados laacutegrimas pernas ou arcos A formaccedilatildeo das laacutegrimas eacute devida agrave tensatildeo superficial e evaporaccedilatildeo de aacutelcoois do vinho especialmente o glicerol (tambeacutem chamado glicerina) Um vinho com pouca densidade eacute um vinho aguado escorre rapidamente nas paredes da taccedila o que indica que esse vinho teraacute pouco corpo e natildeo teraacute na boca aquela sensaccedilatildeo aveludada

5 GAacuteS A maioria dos vinhos no mundo satildeo vinhos tranquumlilos isto eacute sem gaacutes Somente os vinhos espumantes (Champagnes Asti etc) e os frisantes (Frascati Lambrusco Vinhos Verdes portugueses etc) devem apresentar gaacutes carbocircnico observaacutevel na taccedila

6 COR A cor de um vinho deve ser examinada cuidadosamente pois fornece informaccedilotildees importantes sobre o vinho Depois da observaccedilatildeo geral da cor deita-se a taccedila e examinando-se a superfiacutecie do vinho que tem forma eliacuteptica Poderatildeo ser identificadas duas regiotildees a regiatildeo central ou olho onde a cor eacute mais concentrada e a borda perifeacuterica ou anel que tem cor menos concentrada pois o volume de vinho eacute menor nessa regiatildeo e a cor fica esmaecida Com o envelhecimento os vinhos tintos vatildeo tomando tonalidade alaranjada e chegam ateacute agrave cor de tijolo Embora o olho possa ainda estar vermelho intenso a mudanccedila comeccedila a ser percebida no anel Jaacute nos brancos o envelhecimento provoca mudanccedila de cor amarelo palha

para dourado RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIACcedilOtildeES DE COR

TINTOS JOVENS De violeta paacutelido a rubi intenso

TINTOS MADUROS De rubi paacutelido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (acircmbar)

BRANCOS JOVENS De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados

BRANCOS MADUROS De levemente dourado a intensamente dourado

ROSEacuteS JOVENS De rosa claro agrave rosa escuro

63

ROSEacuteS MADUROS De rosa escuro com reflexos dourados ateacute ambar

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 64: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

II O EXAME OLFATOacuteRIO

O sentido do olfato eacute percebido na cavidade nasal numa pequena aacuterea da mucosa de poucos miliacutemetros de extensatildeo onde se localizam as ceacutelulas nervosas responsaacuteveis pela captaccedilatildeo dos estiacutemulos olfatoacuterios O exame olfatoacuterio eacute realizado colocando-se o nariz dentro do copo e cheirando vigorosamente de preferecircncia alternando-se as narinas direita e esquerda

64

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 65: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

OS AROMAS

1 QUALIDADE A primeira coisa que se deve observar eacute se os aromas do vinho satildeo agradaacuteveis ou natildeo Aromas desagradaacuteveis significam que o vinho eacute mal feito de maacute qualidade ou estaacute deteriorado

2 INTENSIDADE Um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptiacuteveis embora natildeo necessariamente intensos Os vinhos inferiores satildeo fracos em aromas Os grandes vinhos tecircm aromas intensos ou sutis poreacutem complexos

3 CLASSIFICACcedilAtildeO

Primaacuterios - Satildeo aromas provenientes das uvas Geralmente natildeo persistem no vinho jaacute que durante a fermentaccedilatildeo aleacutem dos produtos finais (aacutelcool e CO2) formam-se muitas substacircncias secundaacuterias aromaacuteticas que mascaram os aromas da uva Em vinhos provenientes de uvas muito aromaacuteticas como a Moscatel e a Gewuumlrztraminer o aroma primaacuterio dessas uvas pode ser encontrado Secundaacuterios - Em geral satildeo provenientes de muitas substacircncias formadas durante o processo de fermentaccedilatildeo Constituem os aromas predominantes nos bons vinhos O mais comum eacute o do aacutelcool

Os vinhos brancos e roseacutes geralmente lembram frutas frescas (maccedilatilde abacaxi pecircssego pecircra etc) flores (rosa cravo jasmim etc) e agraves vezes aromas mais complexos aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) e minerais (petroacuteleo etc)

Nos vinhos tintos em geral satildeo aromas de frutas vermelhas (cereja amora groselha cassis etc) de frutas secas (ameixa avelatilde amecircndoa nozes passas etc) de especiarias (pimenta canela baunilha noz moscada oreacutegano tomilho alcaccediluz anis etc) e vegetais ou herbaacuteceos (feno grama hortelatilde menta etc) aromas animais (couro suor etc) aromas empireumaacuteticos (torrefaccedilatildeo tostado defumado tabaco cafeacute chocolate accediluacutecar-queimado etc) aromas de madeira (baunilha serragem etc) aromas adocicados (compota mel melado etc) aromas quiacutemicos e eteacutereos (acetona aacutelcool enxofre fermento patildeo leite manteiga etc) e muitos outros aromas

Terciaacuterios - Representam na realidade o conjunto dos aromas anteriores somados aos aromas mais complexos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica de madeira eou ao seu envelhecimento na garrafa Satildeo aromas ditos evoluiacutedos e constituem o chamado buquecirc que existe nos bons vinhos tintos e em alguns brancos de excepcional qualidade

65

III O EXAME GUSTATIVO

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 66: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

Realiza-se colocando um gole natildeo exagerado de vinho na boca e deixando-o girar lentamente no seu interior de modo a permitir que ele entre em contato com as regiotildees da lingua que satildeo diferentes em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo dos sabores Um bom vinho deve ter sabores agradaacuteveis de boa intensidade e compatiacuteveis com o tipo de vinho Por exemplo em um vinho seco natildeo se espera encontrar sabor doce

1 SABORES

DOCE Os receptores gustativos para o sabor doce estatildeo na extremidade anterior da liacutengua

AacuteCIDO Eacute percebido nas porccedilotildees laterais da liacutengua Eacute mais acentuado nos vinhos jovens do que nos velhos e mais nos brancos do que nos tintos

AMARGO Percebido na regiatildeo posterior da liacutengua deve estar presente mas natildeo muito intenso a ponto de ser desagradaacutevel

SALGADO Natildeo deve existir no vinho mas em certos vinhos de aromas minerais percebem-se sabores tambeacutem minerais ou metaacutelicos que lembram o salgado Esta caracteriacutestica denominamos SAPIDEZ do vinho

2 TATO

66

Na realidade natildeo se trata de tato tal como eacute percebido na pele mas sim de sensaccedilotildees decorrentes de estiacutemulos mecacircnicos ou quiacutemicos que satildeo percebidas na liacutengua e assim definidas

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 67: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

CORPO Eacute a sensaccedilatildeo de opulecircncia provocada pelo vinho agrave boca Vinhos de bom corpo ou encorpados satildeo vinhos untuosos na boca e nos datildeo a sensaccedilatildeo de que poderiacuteamos mastigaacute-lo Vinhos de pouco corpo ou magros satildeo vinhos aguados O glicerol eacute um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho

ADSTRINGEcircNCIA (TANICIDADE) Eacute a sensaccedilatildeo de travo ou secura da boca semelhante agrave de se comer uma banana ou um caqui verde Eacute provocada pelos taninos do vinho que se combinam com as proteiacutenas enzimaacuteticas da saliva e natildeo as deixa agir gerando a sensaccedilatildeo de boca seca

GAacuteS CARBOcircNICO Soacute deve ser percebido nos vinhos espumantes e frisantes e na boca causa a efeito agulha isto eacute como se houvessem agulhas picando a liacutengua

TEOR ALCOOacuteLICO Eacute percebido porque o aacutelcool confere uma sensaccedilatildeo de calor agrave boca Quanto mais aacutelcool no vinho mais intensa seraacute a sensaccedilatildeo de calor percebida

TEMPERATURA A sensaccedilatildeo da temperatura em que o vinho eacute servido eacute logicamente percebida

EQUILIacuteBRIO Eacute a harmonia entre acidez doccedilura amargor sapidez tanicidade e teor alcooacutelico Em um vinho equilibrado nenhum desses aspectos gustativos sobressai entre os demais causando uma sensaccedilatildeo complexa e agradaacutevel Podem-se ter vinhos equilibrados em suas caracteriacutesticas fracas meacutedias ou intensas simples ou complexas resultando em vinhos pequenos honestos bons ou grandes

IV SENSACcedilOtildeES COMPLEXAS

RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA Eacute a sensaccedilatildeo olfatoacuteria percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca ou ao fungar depois de engolir o vinho de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe ateacute cavidade nasal onde seratildeo sentidos na aacuterea olfatoacuteria

67

PERSISTEcircNCIA Eacute o tempo de duraccedilatildeo da sensaccedilatildeo de retrogosto Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores ditos curtos de 4 a 7 segundos nos vinhos meacutedios e acima de 8 segundos nos bons vinhos denominados longos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 68: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

DESTILADOS DE UVA

Satildeo aguardentes viacutenicas isto eacute feitos a partir da destilaccedilatildeo do vinho Embora existam em praticamente todos os paiacuteses viniacutecolas como a bagaceira em Portugal e a grappa na Itaacutelia abordaremos apenas os dois mais famosos do mundo elaborados na Franccedila o Cognac e o Armagnac

I COGNAC

1 UVA

bull Saint-Eacutemilion (Ugni BlancTrebbiano)

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 PRIMEIRA DESTILACcedilAtildeO

bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (8 a 10 horas) bull Utiliza o vinho fresco natildeo filtrado com 7 a 8 o GL bull Produto Brouillis (28 o GL aspecto leitoso volume reduzido em 13)

4 SEGUNDA DESTILACcedilAtildeO

bull Denominada bonne chauffe bull Alambique charantais (tipo cachimbo) de cobre bull Destilaccedilatildeo gota a gota lenta (12 a 16 horas) bull Utiliza o brouillis (eacute reduzido agrave metade) bull Produtos a cabeccedila o coraccedilatildeo e a cauda bull O coraccedilatildeo (le coeur du cognac) = destilado final com 70 o GL

5 ENVELHECIMENTO

bull Ateacute 40 anos em toneacuteis de carvalho claro (Limousin ou Tronccedilais) bull Teor alcooacutelico cai para 42 o GL

6 ENGARRAFAMENTO

7 TIPOS (Por tempo de envelhecimento)

bull Jovem 1 a 3 anos bull Tres Estrelas 3 a 5 anos

68

bull VS (Very Superior) 5 a 7 anos

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 69: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

bull VSOP (Very Superior Old Pale) 10 a 20 anos bull Cordon Bleu 20 a 30 anos bull XO 30 a 40 anos ou mais

8 MARCAS FAMOSAS

bull Martell Remy Martin Hennesy Courvoisier Bisquit OBS Os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

II ARMAGNAC

1 UVAS

bull Saint-Eumlmilion Picpoule Juranccedilon e Baco

2 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO BRANCO

3 DESTILACcedilAtildeO UacuteNICA

bull Alambique de destilaccedilatildeo contiacutenua originando produto final com 60 o GL

4 ENVELHECIMENTO

bull Em toneacuteis de carvalho negro da regiatildeo de Armagnac

5 ENGARRAFAMENTO

bull Pode ser milesimado (datado)

6 MARCAS FAMOSAS

bull Marquis de Montesquiou Duc de Feacutezensac Samalens Marsan OBS Os armagnacs como os cognacs satildeo raramente datados e natildeo envelhecem na garrafa

ELABORACcedilAtildeO DE DERIVADOS DO VINHO

VERMUTES

69

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 70: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 ELABORACcedilAtildeO DE VINHO BRANCO

bull Geralmente um vinho ordinaacuterio

2 ADICcedilAtildeO DE AROMATIZANTE

bull Cerca de 200 tipos de ervas eou substacircncias aromaacuteticas adicionadas ao vinho jaacute foram descritas (ex absinto casca de laranja quinino camomila peacutetalas de rosas canela angostura gengibre noz moscada accedilafratildeo etc) Os tipos e suas proporccedilotildees satildeo mantidos em segredo pelos fabricantes Teria sido inventado por Hipoacutecrates que utilizou macerado de flores de absinto que deu agrave bebida o nome de Vinho Hipocraacuteticoou Vinum Absinthianum

3 MACERACcedilAtildeO

4 AQUECIMENTO

bull Opcional

5 FILTRAGEM

6 FORTIFICACcedilAtildeO

bull Utiliza-se aguardente viacutenica

7 ADICcedilAtildeO DE ACcedilUacuteCAR

bull Nos vermutes doces

8 ADICcedilAtildeO DE TANINO

9 CLARIFICACcedilAtildeO

bull Realizada com gelatina

10 PASTEURIZACcedilAtildeO

11 RESFRIAMENTO

bull Agraves vezes de ateacute -10 o C durante 2 semanas ou mais promovendo precipitaccedilatildeo de tartaratos

12 FILTRAGEM

13 ARMAZENAGEM

70

bull Alguns meses

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 71: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

71

14 ENGARRAFAMENTO

15 TIPOS PRINCIPAIS

bull Marcas famosas Chambeacutery Noilly Prat Gancia Martini Cinzano Campari Dubonnet Saint-Raphael e Lillet

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 72: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

72

BIBLIOGRAFIA ENOLOacuteGICA COMENTADA

LITERATURA BAacuteSICA

Livros sobre temas baacutesicos e gerais para iniciaccedilatildeo ao vinho tais como elaboraccedilatildeo degustaccedilatildeo e serviccedilo de vinhos eou as principais regiotildees viniacutecolas do mundo e seus vinhos (Obs Os melhores e os mais completos estatildeo destacados em vermelho)

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos do Brasil e do Mundo para Conhecer e Beber Summus Editorial Satildeo Paulo 1983

2 CATALUNtildeA E As Uvas e os Vinhos Publicaccedilotildees Globo Rural - Editora Globo Rio de Janeiro 1988

3 COcircRTE REAL M A Arte de Beber Vinhos Editora Sulina Porto Alegre 1984 (esgotado)

4 COcircRTE REAL M O Ritual do Vinho - Etiqueta e Serviccedilo AGE Ed Porto Alegre1993

5 GALVAtildeO S Tintos e Brancos 2a ediccedilatildeo Editora Aacutetica Satildeo Paulo 1997 6 GONCcedilALVES FE Dicionaacuterio do Vinho Novo Tipo Lisboa 1986 7 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo

Paulo1988 8 JOHNSON H Como apreciar vinhos Ediouro SA Rio de janeiro 1991 9 LONA A A Vinhos Degustaccedilatildeo elaboraccedilatildeo e serviccedilo AGE Editora Porto Alegre

1996 10 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho para leigos MandarimSatildeo Paulo

1996 11 McCARTHY E amp EWING-MULLIGAN M Vinho branco para leigos MandarimSatildeo

Paulo 1997 12 PERCUSSI L Os Prazeres do Vinho Grupo Editorial Gama II Satildeo Paulo 1986 13 PIRES L Enciclopeacutedia de Vinhos Editora Record Rio de Janeiro 1993 14 SIMON J A Descoberta do Vinho Editorial Caminho Lisboa 1994 15 SCHROEDER O B Iniciaccedilatildeo ao Vinho Editora da Universidade Federal de Santa

Catarina 1985

EM ESPANHOL

1 BONE A Coacutemo Elegir los Vinos y Saborearlos Editorial Blume Barcelona 1981 2 BROADBENT M Guia para Conocer y Degustar los Vinos Ediciones Folio

Barcelona 1985 3 JOBEacute J (Editor) El Grand Libro del Vino Editorial Blume Barcelona 1979 4 TORRES M A Vintildeas y Vinos 3a edit Editorial Blume Barcelona 1982

EM INGLEcircS

1 BESPALOFF A Complete guide to Wine Penguin Books Inc New York 1994 2 BEZZANT N The Book of Wine Chartwell Books Inc New Jersey 1989 3 BUD J Appreciating Fine Wines Apple Press London 1996 4 CAMARRA C amp PAIREAULT J P The World of Wine Mallard Press New York1991 5 CLARKE O The Wine Book Portland House New York 1990

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 73: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

6 LICHINE A New Encyclopedia of Wine amp Spirits Alfred A Knopf Inc New York1981

7 McNULTY H Vogue A-Z of Wine Octopus Books London 1984 8 PHILPOTT D The Wine Drinkers Almanac Lochar Publishing Moffat (Scotland)

1991 9 PRIALF GEORGER amp EDWARDSM (Eds) The Companion to Wine Prentice Hall

General Reference New York 1992 10 ROBINSON J Jancis Robinsonrsquos Wine Course Abbeville Press Publishers New

York 1996 11 SIMON A Wines of the World 2nd ed SUTCLIFFE S (Ed) Macdonald Futura

Publishers London 1981 12 SCHUSTER M Understanding Wine - A Guide to Winetasting and Wine

Appreciation Mitchell Beazley London 1989 13 STEVENSON T Sothebyrsquos World Wine Encyclopedia Dorling Kindersley Ltd

London 1994 14 WALTON S The World Encyclopedia of Wine Lorenz Book London 1996

EM FRANCEcircS

1 DEVAUX S (Editeur) Encyclopeacutedie Pratique des Vins du Monde (Les Doigts dOr - Vins) Edition Atlas Paris 1979

2 ED LAROUSSE Larousse des Vins - Tous les vins du monde Larousse Paris 1994

3 RIBEacuteREAU-GAYON P amp DOVAZ M Guide Pratique du Vin - Hachette Hachette Livre Paris 1994

4 LICHINE A Encyclopeacutedie des Vins amp des Alcools de Tous les Pays Robert Laffont Paris 1998

LITERATURA AVANCcedilADA

Livros sobre temas especiacuteficos recomendados para quem jaacute possua conhecimentos baacutesicos sobre vinhos

1 TEMAS GERAIS SOBRE VINHO

Livros de crocircnicas e histoacuterias sobre o vinho abordando aspectos teacutecnicos eou culturais

EM PORTUGUEcircS

1 GROFF L O Espiacuterito do Vinho Fundaccedilatildeo Cultural de Curitiba Curitiba 1989 2 NUCCI C In vino veritas Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1988 3 PAULA SANTOS S Vinhos TA Queiroz Editor Satildeo Paulo 1983 4 PAULA SANTOS S Os Caminhos de Baco TAQueiroz Editor Satildeo Paulo1984 5 PAULA SANTOS S Vinho e Cultura Melhoramentos Satildeo Paulo 1989 6 PAULA SANTOS S O Vinho Nosso de Cada Dia TA Queiroz Ed Satildeo Paulo 1990 7 PAULA SANTOS S Vinhos a Mesa e o Copo LampPM Editores Porto Alegre 1992 8 PAULA SANTOS S O Vinho a Vinha e a Vida LampPM Editores Porto Alegre 1995 9 PAULA SANTOS S Vinho e Histoacuteria Editora DBA Satildeo Paulo 1998 10 PERCUSSI L Vinho o Bom Companheiro TAQueiroz Editor Satildeo Paulo 1992

73

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 74: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

11 PERCUSSI L Convite ao vinho Editora Nova Alexandria Satildeo Paulo 1998 ccedil 12 PESSANHA NM amp BASTIAN VRF Vinho e Pensamento Sociedade Brasileira de

Estudos Claacutessicos Tempo Brasileiro Rio de Janeiro 1991

13 TEMPORAL A De vinhos e rosas Ed Civilizaccedilatildeo Brasileira Rio de Janeiro 1992 14 WHITAKER PENTEADO JR O Folclore do Vinho Centro do Livro Brasileiro Lisboa

1980

EM INGLEcircS

1 FADIMAN C amp AARON S The New Joys of Wine HNAbrams New York1990 2 DUIJKER H Wine Winsdom Mitchell Beazley London 1993 3 MOLYNEUX-BERRY D The Sothebys Guide to Classic Wines and Their Labels

Ballantine Books New York 1990 4 ROTSCHILD P Mouton Rotschild - Painting for Lables NGS - Little Brown amp Co

London 1983

EM FRANCEcircS

1 CASAMAYOR P DOVAZ M amp BAZIN J-F Lor du Vin - Les 100 vins les plus prestigieux du monde Hachette Livre Paris 1994

2 MASTROJANNI M Les Vins de Garde Eacuteditions Solar Paris 1996 3 RABAUDY N amp POUTEAU J L Les Vins de Recircve Eacuteditions Solar Paris 1993

2 UVAS

Livros sobre os principais tipos de uvas utilizadas na elaboraccedilatildeo de vinhos sua distribuiccedilatildeo mundial teacutecnicas de plantio etc

EM PORTUGUEcircS

1 ALARTE V Agricultura das Vinhas T A Queiroacutez Satildeo Paulo 1994 2 GOBBATO C Manual do Vitivinicultor Brasileiro - Enologia Livraria do Globo Porto

Alegre 1942

EM INGLEcircS

1 ROBINSON J Vines Grapes amp Wines Mitchell Beazly London 1996 2 ROBINSON J Guide to Wine Grapes Oxford University Press London 1996

3 ELABORACcedilAtildeO DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a elaboraccedilatildeo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

74

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 75: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 PEYNAUD E Conhecer e Trabalhar o Vinho Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1982

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E Enologia Practica Conocimiento y Elaboracion del Vino 2a ed Ediciones Mundi Prensa Madrid 1984

2 TROOST R G Tecnologia del Vino Ediciones Omega Barcelona 1985

EM INGLEcircS

1 HALLIDAY J amp JHONSON H The Art and Science of Wine Mitchell Beazley London 1997

4 DEGUSTACcedilAtildeO

Livros e artigos especiacuteficos sobre teacutecnicas de degustaccedilatildeo

EM PORTUGUEcircS

1 BOSSI G Teoria e Praacutetica da Degustaccedilatildeo de Vinhos Editora Espaccedilo e Tempo Ltda Rio de Janeiro 1996

2 COSENZARM amp SOUSA NETOJA Existe mesmo o connaisseur Artigo publicado na Revista do Vinho No 6 paacuteginas 28 a 30 em 1993

3 RATTI R Como Degustar os Vinhos - Manual do Degustador Ediccedilotildees AEB Latino Americana Bento Gonccedilalves 1984

EM ESPANHOL

1 PEYNAUD E El Gusto del Vino Ediciones Mundi-Prensa Madri 1986

EM FRANCEcircS

1 PEYNAUD E Le Goucirct du Vin Bordas Paris 1983

5 HISTOacuteRIA DO VINHO

Livros especiacuteficos sobre a histoacuteria do vinho

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H The Story of Wine Mitchell Beazley London 1989

75

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 76: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM PORTUGUEcircS

1 JOHNSON H A Histoacuteria do Vinho Companhia das Letras Satildeo Paulo 1999

6 VINHOS DO BRASIL

Livros especiacuteficos sobre vinhos brasileiros

EM PORTUGUEcircS

1 AMARANTE JOA Vinhos e Viniacutecolas do Brasil - Guia Completo Summus Editorial Satildeo Paulo 1986

2 COcircRTE REAL M Os Bons Vinhos do Sul Editora Sulina Porto Alegre 1981

7 VINHOS DA FRANCcedilA

Livros especiacuteficos sobre vinhos franceses

EM PORTUGUEcircS

1 COcircRTE REAL M Sua Excelecircncia o Champanha Editora Sulina Porto Alegre 1981

EM INGLEcircS

1 CLARKE O New Encyclopedia of French Wines Simon amp Schuster New York 1990

2 EDWARD M The Champagne Companion The Authorative Connoisseurrsquos Guide Apple Press London 1994

3 FAITHN The story of Champagne Penguin Books Ltd London 1988 4 RIBEacuteREAU-GAYON P (Editor) The Wines and Vineyards of France Viking Penguin

Books Ltd New York London 1990

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris 1997

2 BOLTER W (Adaptaccedilatildeo Francesa de Claude Dovaz) Bordeaux Blanc - Guide du Conaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988

3 DUBOURDEUR F Les Grands Bordeaux de 1945 a Nos Jours Ed Molat 1996 4 MORRIS J (Adaptaccedilatildeo francesa de Claude Dovaz) Bourgogne Blanc - Guide du

Connaisseur Librarie Gruumlnd Paris 1988 5 SPIESS D Grands Vins de France (Les Vins de Bordeaux Bourgogne Champagne

Alsace Rhocircne et Loire) Trois Continent Lausanne 1997

76

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 77: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

8 VINHOS DA ITAacuteLIA

Livros especiacuteficos sobre vinhos italianos

EM INGLEcircS

1 ANDERSON B The Wine Atlas of Italy and Travellers Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1990

2 GLEAVE D The Wines of Italy Salamander Books Ltd London 1989

9 VINHOS DE PORTUGAL

Livros especiacuteficos sobre vinhos portugueses

EM PORTUGUEcircS

1 GONCcedilALVES FE Portugal Paiacutes Viniacutecola 2a ed Editora Portuguesa de Livros Teacutecnicos e Cientiacuteficos Lisboa 1984

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

10 VINHOS DA ESPANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos espanhoacuteis

EM INGLEcircS

1 METCALF C amp McWHIRTER K The Wines of Spain and Portugal Salamander Books Ltd London 1988

11 VINHOS DA ALEMANHA

Livros especiacuteficos sobre vinhos alematildees

EM INGLEcircS

1 PIGOTT S The Wine Atlas of Germany and Travellerrsquos Guide to the Vineyards Mitchell Beazley London 1995

77

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 78: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

12 VINHOS DA ARGENTINA

Livros especiacuteficos sobre vinhos argentinos

EM ESPANHOL

1 BRASCO M Vinos e Espirituosas - El libro de los Vinos y Bebidas Argentinos El Club de la Buena Vida SA Buenos Aires 1994

2 DENGIS J Manual do Vinho Argentino Editorial Albatroz Buenos Aires 1994

13 VINHOS DO CHILE

Livros especiacuteficos sobre vinhos chilenos

EM ESPANHOL

1 HERRERA B F El Vino Chileno Editorial Universitaria Santiago 1985 2 SANCHEacute F (editor) - Guia de Vinos de Chile - 1996-1997 Paula Comunicaciones

SA 1996

EM INGLEcircS

1 J MATHAumlSS Wines from Chile Ed Queacute Maacutes Amsterdam 1997

14 VINHOS DAS AMEacuteRICAS DO SUL E DO NORTE

Livros especiacuteficos sobre vinhos das Ameacutericas

EM INGLEcircS

1 JOSEPH R The Wines of the Americas Salamander London 1990 2 THOMPSON B The Wine Atlas of California (with Oregon and Washington)

Mitchell Beazley London 1993

15 GUIAS DE VINHOS

Livros ( geralmente de bolso) publicados anualmente muito praacuteticos e extremamente uacuteteis na hora dascompras dos vinhos pois trazem a avaliaccedilatildeo dos vinhos e das safras

EM PORTUGUEcircS

1 MARTINS JP Vinhos de Portugal - 1998 1999 - Notas de Prova Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa (Soacute de vinhos portuguesecircs Muito bom e bastante respeitado)

78

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 79: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

EM ESPANHOL

1 PENtildeIN J Guia Pentildein de los vinos de Espantildea - 1998 1999 Editora Pi amp Erre Comunicacion Integral SA Madri Soacute de vinhos espanhoacuteis (Muito bom)

EM INGLEcircS

1 JOHNSON H Hugh Johnsonrsquos Pocket Wine Book - 1998 1999 Mitchel Beazley London (Contem os melhores vinhos de todas as regiotildees viniacutecolas mais importantes do mundo e eacute publicado haacute 21 anos Excelente)

2 SHANKEN MR Wine Spectatorrsquos Ultimate Guide To Buying Wine M Shanken Communications Inc New York 1996 Compilado anual da Revista Wine Spectator Muito bom

EM FRANCEcircS

1 ARACHE J amp MONTALBETTI C Le guide Hachette des Vins - 1998 1999 Hachette Livre - Litteacuterature Geacuteneacuterale Paris (Soacute de vinhos da Franccedila mas completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa Excelente)

2 BETTANE M amp T DESSEAUVE Les Classement 1998 des Vins et Domaines de France Editions de La Revue du Vin de France Flammarion 1997 (Guia anual de vinhos da Franccedila completo e com avaliaccedilatildeo criteriosa)

16 VINHO E SAUacuteDE

Livros e artigos sobre aspectos meacutedicos do consumo de vinhos

EM PORTUGUEcircS

1 SOUSA NETOJA amp COSENZARM A gota de chumbo no vinho Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 3 paacuteginas 115 a 117 em 1993

2 SOUSA NETO JA amp COSENZA RM Efeitos do vinho no sistema cardiovascular Artigo publicado na Revista Meacutedica de Minas Gerais No 4 paacuteginas 27a 32 em 1994

EM INGLEcircS

1 JONES F The Save Your Heart Wine Guide Martinrsquos PressNew York 1996 2 PERDUE L The French Paradox and Beyond Renaissance Publishing Sonoma

California 1992

EM FRANCEcircS

1 MAURY E La Meacutedicine par le Vin Eacuteditions Artulen Paris 1991 2 Vins et Sainteacute - No 1 - Guide 1996 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1996 3 Vins et Sainteacute - No 2 - Guide 1997 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1997 4 Vins et Sainteacute - No 3 - Guide 1998 Les Editions du Voyage Lattes Montpellier 1998

EM ALEMAtildeO

79

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 80: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 KOumlHNLECHNER M Heilkraumlfte des Weines - ein medizinisches Weinbrevier Knaur Muumlnchen 1978

17 REVISTAS E JORNAIS DE VINHOS

EM PORTUGUEcircS

1 VINHO MAGAZINE Brasileira bimensal 2 REVISTA DE VINHOS Portuguesa mensal 3 REVISTA DO VINHO Brasileira bimensal 4 BON VIVANT Jornal mensal Assinatura pelo fone (054)462-4014 ou Email

bonvivantredesulcombr

EM INGLEcircS

1 DECANTER Inglesa bimensal 2 WINE ADVOCATE Americana quinzenal 3 WINE SPECTATOR Americana mensal

EM FRANCEcircS

1 REVUE DU VIN DE FRANCE Francesa mensal 2 VIN MAGAZINE Francesa mensal 3 IN VINO VERITAS Belga bimensal

18 VINHO E GASTRONOMIA

Livros sobre gastronomia que fazem referecircncia ao vinho

EM PORTUGUEcircS

1 BRILLAT SAVARIN J A A Fisiologia do Gosto Salamandra Consultoria Editorial Rio de Janeiro 1989

2 PINHEIRO MACHADO JA Copos de Cristal LampPM Porto Alegre 1994 3 PINHEIRO MACHADO JA Anonymus Gourmet LampPM Porto Alegre 1995 4 PITTE JR Gastronomia Francesa Histoacuteria e Geografia de uma Paixatildeo LampPM

Editores SA Porto Alegre 1991 5 QUEIROZ MJ A Comida e a Cozinha Iniciaccedilatildeo agrave Arte de Comer Forense-

Universitaacuteria Rio de Janeiro 1988 6 QUEIROZ MJ A Literatura e o Gozo Impuro da Comida Topbooks Rio de Janeiro

1994 7 SOUZA D F O Livro dos Cocktails Art Editora Satildeo Paulo 1990 8 WELLS P Cozinha de Bistrocirc Ediouro Rio de Janeiro 1993 9 WELLS P Trattoria Ediouro Rio de Janeiro 1995

EM INGLEcircS

80

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81

Page 81: A HISTÓRIA DO VINHO · recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em

A HISTOacuteRIA DO VINHO

1 LAROUSSE GASTRONOMIQUE The Worlds Greatest Cookery Encyclopedia Paul Hamlyn Publishing Group Limited London 1989

2 MILLON M amp MILLON K The Wine and Food of Europe Treasure Press London1982

19 TEMAS CORRELATOS AO VINHO

A OUTRAS BEBIDAS

COGNAC ARMAGNAC E OUTROS DESTILADOS

1 JOHNSON H O Vinho - Atlas Mundial de Vinhos e Aguardentes Ed Siciliano Satildeo Paulo1988

CERVEJA

1 HOUSAISS A A Cerveja e seus misteacuterios Salamandra Rio de Janeiro 1986 2 JACKSON M The New World Guide to Beer Running Press Philadelphia 1988 3 YENNE B Beer Labels of the World Chartwell Books New Jersey 1993

WHISKY

1 MURPHY B The World Book of Whisky William Collins Sons Co Ltd Glasgow 1978

CACHACcedilA

1 GRAVATA CES Almanaque da cachaccedila Formato Belo Horizonte 1990

1 GRAVATA CES Manual da Cachaccedila Artesanal 2a ed Mazza Ediccedilotildees Belo Horizonte 1992

B ALIMENTOS

QUEIJO

1 CASSONE L Conheccedila o Mundo do Vinho e do Queijo Editora Gaia Satildeo Paulo 1995

2 LEANDROJJ Queijos Origens tipos fabricaccedilatildeo conservaccedilatildeo e usos Summus Satildeo Paulo1987

3 NANTET B Le Goucirct de Fromage Flamarion Paris 1994

81