A História Perdida de Sepetiba

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A história perdida de Sepetiba 27/03/2010 22:23 Por Bianca Wild Busco neste texto demonstrar a rele!ncia e import!ncia da reali"a#$o de uma pes% procure &usti'icar( ou melhor( explicar a descaracteri"a#$o( a perda da história Sepetiba( locali"ado no munic)pio do *io de +aneiro/*+ tendo sua 'unda#$o datada de &ulho de 1,-7 com a che.ada dos )ndios amoios Acredito ser necess ria uma explica#$o ao menos para o desaparecimento misterio al.umas constru#4es de import!ncia histórica n$o apenas para a localidade( mas si pa)s( locali"adas neste bairro( e tamb5m para o silenciamento no %ue concerne a dissemina#$o da import!ncia histórica do bairro( nas escolas locais em .eral n$o men#$o ao 'ato e muito menos se busca res.atar a identidade histórica do local 6m uma de minhas tentatias em encontrar in'orma#4es releantes sobre o bairro n$ obtie muito sucesso( claro %ue me re'iro a%ui a uma busca super'icial( e n$o pes%uisa cient)'ica8 pes%uisei na internet e n$o encontrei muita coisa al5m de a e%uiocadas ( pois retrataam imedia#4es como a praia da brisa e pedra de 9uarati n$o 'a"em parte do bairro( claro %ue encontramos tamb5m 'otos e )deos do local( n mero muito pe%ueno( tamb5m encontrei textos sobre o bairro de santa cru" e sua com men#4es muito super'iciais ao bairro de Sepetiba( e 'inalmente encontrei a le sancionada pelo ereador +erominho onde 'icaa estabelecida a data de aniers ri bairro em , de &ulho( e a n)el de produ#$o liter ria( pes%uisa etc( a nica pub encontrei 'oi a obra de autoria de Alceb)ades ;rancisco *osa( al5m disso se cone com os moradores do local( mesmo os mais anti.os podemos notar %ue muito do %ue s sabe sobre a história do bairro acabou se perdendo( pois 'oi transmitida somente da tradi#$o oral < %ue mais me deixa indi.nada 5 o 'ato de %ue Sepetiba deeria ter sido reconheci se.undo munic)pio do *io de +aneiro deido a sua 'unda#$o datar de 1,-7( pelos )n tamoios < ent$o pr)ncipe re.ente = +o$o >?( reconheceu a rea e terminou por baixar um lei em 2- de &ulho de 1@13( onde no mesmo 'icaa estabelecida a doa#$o das terras correspondentes rea de Sepetiba aos anti.os moradores pescadores e larador diidindo a terra em s)tios8 por5m se.undo Alceb)ades *osa( um dos sitiantes a perdendo suas terras em uma mesa de &o.o( de um dos cassinos pertencentes a uma conhecida como Conastere ( %ue 'icou com a posse do s)tio( e desonestamente ten desmembramento das terras incluindo toda a rea de 'unda#$o de Sepetiba( no proc conhecido como ;a"enda Pia) 8 o pa#o imperial ne.ou o recurso impetrado por tra rea preserada pelo decreto lei de 2- de &ulho de 1@13 =e acordo com Alceb)ade n$o se sabe ao certo as ra"4es pelas %uais o anti.o dom)nio da uni$o departament terras da uni$o ( n$o se mani'estou respeito( deixando ocorrer na re.i$o de Se rios ne.ócios il)citos com as terras a partir de coniEncias cartoriais

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Busco neste texto demonstrar a relevância e importância da realização de uma pesquisa que procure justificar, ou melhor, explicar a descaracterização, a perda da história do bairro de Sepetiba, localizado no município do Rio de Janeiro/RJ tendo sua fundação datada do dia 5 de julho de 1567 com a chegada dos índios Tamoios.Acredito ser necessária uma explicação ao menos para o desaparecimento “misterioso” de algumas construções de importância histórica não apenas para a localidade, mas sim, para o país, localizadas neste bairro, e também para o silenciamento no que concerne a disseminação da importância histórica do bairro, nas escolas locais em geral não se faz menção ao fato e muito menos se busca resgatar a identidade histórica do local.

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A histria perdida de Sepetiba27/03/2010 22:23Por Bianca Wild

Busco neste texto demonstrar a relevncia e importncia da realizao de uma pesquisa que procure justificar, ou melhor, explicar a descaracterizao, a perda da histria do bairro de Sepetiba, localizado no municpio do Rio de Janeiro/RJ tendo sua fundao datada do dia 5 de julho de 1567 com a chegada dos ndios Tamoios.

Acredito ser necessria uma explicao ao menos para o desaparecimento misterioso de algumas construes de importncia histrica no apenas para a localidade, mas sim, para o pas, localizadas neste bairro, e tambm para o silenciamento no que concerne a disseminao da importncia histrica do bairro, nas escolas locais em geral no se faz meno ao fato e muito menos se busca resgatar a identidade histrica do local.

Em uma de minhas tentativas em encontrar informaes relevantes sobre o bairro no obtive muito sucesso, claro que me refiro aqui a uma busca superficial, e no nvel de pesquisa cientfica; pesquisei na internet e no encontrei muita coisa alm de algumas fotos equivocadas , pois retratavam imediaes como a praia da brisa e pedra de Guaratiba, que no fazem parte do bairro, claro que encontramos tambm fotos e vdeos do local, mas em nmero muito pequeno, tambm encontrei textos sobre o bairro de santa cruz e sua histria, com menes muito superficiais ao bairro de Sepetiba, e finalmente encontrei a lei sancionada pelo vereador Jerominho onde ficava estabelecida a data de aniversrio do bairro em 5 de julho, e a nvel de produo literria, pesquisa etc, a nica publicao que encontrei foi a obra de autoria de Alcebades Francisco Rosa, alm disso se conversarmos com os moradores do local, mesmo os mais antigos podemos notar que muito do que se sabe sobre a histria do bairro acabou se perdendo, pois foi transmitida somente por meio da tradio oral.

O que mais me deixa indignada o fato de que Sepetiba deveria ter sido reconhecida como segundo municpio do Rio de Janeiro devido a sua fundao datar de 1567, pelos ndios tamoios.

O ento prncipe regente D. Joo VI, reconheceu a rea e terminou por baixar um decreto lei em 26 de julho de 1813, onde no mesmo ficava estabelecida a doao das terras correspondentes rea de Sepetiba aos antigos moradores (pescadores e lavradores), dividindo a terra em stios; porm segundo Alcebades Rosa, um dos sitiantes acabou perdendo suas terras em uma mesa de jogo, de um dos cassinos pertencentes a uma famlia conhecida como Monastere, que ficou com a posse do stio, e desonestamente tentou o desmembramento das terras incluindo toda a rea de fundao de Sepetiba, no processo conhecido como Fazenda Pia; o pao imperial negou o recurso impetrado por tratar-se da rea preservada pelo decreto lei de 26 de julho de 1813. De acordo com Alcebades Rosa, no se sabe ao certo as razes pelas quais o antigo domnio da unio departamento de terras da unio, no se manifestou respeito, deixando ocorrer na regio de Sepetiba vrios negcios ilcitos com as terras a partir de conivncias cartoriais.

Talvez se Alcebades Rosa no tivesse escrito esta obra sobre a histria de Sepetiba, no teramos conhecimento destes acontecimentos, muito embora que mesmo sendo de extrema valia, a histria de Sepetiba ainda muito superficial, acredito que talvez pela falta de fontes de pesquisa j que o livro por completo foi baseado em entrevistas, relatos de moradores antigos.

Alcebades Francisco Rosa defende em sua obra a hiptese de que o progresso do bairro foi afetado por falta de pulso por parte dos rgos federais no que diz respeito lei imperial e ressalva que se no fossem os pescadores e lavradores, antigos moradores do local e o professor oficial da marinha Antonio Cerqueira Fontes (ocorrendo aqui uma dvida, pois ao final do livro o autor agradece ao professor oficial da marinha Arandu de Cerqueira Fontes), ele mesmo jamais poderia ter concludo esta obra, pois ningum saberia desta parte especfica da histria de Sepetiba; isto porque segundo o autor o desejo dos antigos republicanos era que Sepetiba se tornasse um local esquecido, desconhecido de todos, com o objetivo de esconder as atrocidades realizadas por eles neste local.

De acordo com Francisco Rosa, D. Joo VI e a corte foram convencidos a visitar Sepetiba pelos padres da companhia de Jesus e aps percorrer o litoral decidiu que o mesmo seria apropriado para a navegao; e ordenou a construo de um cais, na localidade conhecida como ilha da pescaria e de duas pontes ligando a ilha ao continente, e antes mesmo da inaugurao do cais e das pontes, trs vapores foram utilizados para o transporte de carga e passageiros entre Sepetiba e o porto de Santos, e assim o prncipe regente elevou Sepetiba a condio de provncia, o que nunca havia aprendido na escola, ou melhor nunca havia ouvido falar.

Outro fato muito confuso e misterioso que D, Joo VI havia mandado que fossem construdos dois fortes, o primeiro chamou-se de Forte de So Pedro localizado no morro de Sepetiba, na poca conhecido como mirante, onde hoje encontra-se o radar da base area de santa cruz, o segundo forte chamou-se So Leopoldo, construdo no ento morro do Piranga hoje conhecido como Ipiranga localizado na diviso entre a praia de D. Luiza ( Recncavo ) e a praia do Cardo, a dvida e/ou o mistrio: Por que no houve interesse em manter-se erguida as construes? Ou mesmo no caso de terem sido parcialmente destrudas e/ou estarem danificadas pelo tempo, em condies ruins, porque no mant-las ali, em seu local de origem? Porque no nos restaram ao menos runas? Pedaos? Nada que nos remeta aos fortes antes ali existentes? Ou ao Cais?

O fato de que a famlia real freqentava Sepetiba durante o vero, possua uma rea de lazer onde se encontra hoje a praa Washington Luiz, quase nunca mencionado, em Sepetiba eram realizadas belssimas touradas com toureadores vindos diretamente da Espanha, tambm eram realizados saraus maravilhosos etc., Tambm no se divulga o fato de que o conhecido Visconde de Sepetiba (Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, nascido em Niteri,que foi um juiz de rfos e poltico brasileiro.Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, deputado geral, presidente das Provncias de So Paulo e do Rio de Janeiro, ministro da Justia (1840) e dos Negcios Estrangeiros (1841), e senador do Imprio do Brasil de 1843 a 1855. Lder do chamado Clube da Joana, exerceu enorme influncia sobre o Imperador D. Pedro II no incio de seu reinado), possua uma casa (Casa da Esquina) no bairro de Sepetiba que confrontava com a colnia Z15 (pescadores). Com o advento da proclamao da repblica em 1889, as coisas comearam a modificar-se bastante para Sepetiba, segundo Alcebades Rosa, insurretos da revoluo armada ocorrida em santa Catarina, estavam a bordo de um navio a caminho do Rio de Janeiro que teria sido atingido justamente na praia de Sepetiba ao cruzarem a baa (o nome deste navio no livro de Alcebades Rosa consta como Custdio de Mello o que impossvel, pois o primeiro navio lanado ao mar com este nome data do ano de 1954, e alm disso o referido almirante Custdio de Melllo ainda estava vivo, logo no poderia receber homenagem pstuma e teria participado da revoluo da armada), os tripulantes teriam sido presos, levados para a chamada ilha da pescaria e fuzilados, sabemos disso por intermdio de Alcebades Rosa e dos relatos dos moradores mais antigos dados a ele, que talvez no estejam mais entre ns, a questo : Ser verdade? Existem inmeras histrias envolvendo Sepetiba, e at mesmo esta obra de Alcebades no possui muito respaldo histrico, pois basicamente composta por relatos de moradores antigos, no possu ao menos referncias bibliogrficas, anexos de documentos etc.

Sepetiba ao que tudo indica possui uma histria rica, repleta de acontecimentos importantes para a formao do pas, a histria desta localidade precisa ser resgatada, contada, e assim estimular-se auto estima dos moradores desse bairro que um dia seria provncia, julgo primordial esse resgate e a realizao de uma pesquisa que busque comprovar e descobrir as verdades, causas, historicidade etc deste local e uma explicao para o tamanho descaso para com a identidade histrica de Sepetiba, acredito ser muito importante a disseminao de um estudo (pesquisa) sobre esta descaracterizao e destruio da historicidade local para os estudantes no s do curso de histria mas tambm de outros cursos moradores da zona oeste e claro para a populao local, pois uma histria no pode ser esquecida, apagada, destruda desta forma, sem constrangimentos, sem motivos, causas ou culpados a serem apontados. Bianca Wild

Links interessantes:

http://emendasesonetos.blogspot.com/2007/10/estrada-real-de-santa-cruz.html

ttp://www.ihp.org.br/docs/fprl20001001t.htm

http://www.unicamp.br/iel/memoria/base_temporal/Historia/index.htm

http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/l4pa1027.htm

http://www.brown.edu/Facilities/John_Carter_Brown_Library/CB/indexes/laws_1813_p1.html

http://www.brown.edu/Facilities/John_Carter_Brown_Library/CB/1813_docs/L10_p01.html

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